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Memorial Descritivo - ETE Abatedouro Rio Bonito

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Academic year: 2021

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Cliente

CNPJ

ABATEDOURO RIO BONITO LTDA.

83.639.534/0001-90

Serviço

Memorial Descritivo - ETE

Local

Massaranduba – SC

(2)

INDICE

1. INTRODUÇÃO 03

2. OBJETIVO 04

3. INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO 05

4. SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES 06

5. CONTROLE AMBIENTAL 14

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1. INTRODUÇÃO

Os riscos ambientais que vêm ameaçando o Planeta como a escassez ou finitude de recursos, deterioração da qualidade ambiental, as agressões sobre o uso dá água e do solo, a ameaça de extinção de espécies, as taxas de crescimento demográfico com o consequente aumento da demanda por bens e serviços, alimentam o crescimento da consciência ecológica e da preocupação ambiental.

Entende-se por poluição a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a vida do homem, flora e fauna. Condições críticas se apresentaram a partir da Revolução Industrial, devido ao rápido crescimento industrial aliado à falta de tecnologias para controle e fiscalização.

A poluição hídrica se dá principalmente pela emissão de substâncias químicas e biológicas resultantes dos processos industriais, que em contato com os corpos receptores alteram suas características químicas, físicas e biológicas. Por ser um recurso natural comum a todos, foi delegado a órgãos fiscalizadores o controle destas emissões através de limites estipulados em legislações federais, estaduais ou municipais.

Pelo presente documento, o Abatedouro Rio Bonito Ltda. vem apresentar Memorial Descritivo das adequações implementadas em sua Estação de Tratamento de Efluentes à Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina – FATMA, com vistas à Obtenção da Licença Ambiental de Operação de seu empreendimento.

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2. OBJETIVO

Os trabalhos desenvolvidos pela Metaquímica Ambiental Ltda. na empresa ABATEDOURO RIO BONITO LTDA. tiveram como principal objetivo:

 Realizar as adequações necessárias e elaborar Memorial Descritivo do

Sistema de Tratamento de Efluentes Industriais, com descrição detalhada das unidades e sua função, bem como dos insumos utilizados e resíduos gerados.

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3. INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO

3.1 Dados do empreendedor

Razão Social/Nome: ABATEDOURO RIO BONITO LTDA.

CNPJ: 05.526.228/0001-33

Endereço: Estrada Geral Rio Bonito, SN

E-mail: abatedourorb@hotmail.com

Fone: (47) 3275-4472

3.1 Dados do processo

A unidade industrial opera com abate de bovinos em número máximo de 5 animais/semana, variando conforme demanda do mercado. A tabela abaixo apresenta os consumos de água e geração de efluentes a partir desta capacidade.

Parâmetro Valor

Numero de animais abatidos 5 animais/semana

Geração específica de efluentes 700 l/animal

Geração de efluentes da unidade 0,7 m3/d

A geração de efluentes se dá principalmente nas etapas de sangria,

evisceração, lavagem e cortes e considerando-se a vazão total diária de 0,7 m3, a

vazão horária média de efluente bruto no turno de trabalho é de 0,0875m3/h.

A composição do efluente na entrada e saída do sistema de tratamento é apresentada no item 4.2.

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4. SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

O objetivo principal Sistema de Tratamento de Efluentes Industriais é a separação de sólidos e gordura, oxidação da matéria orgânica, precipitação e remoção das substâncias indesejáveis presentes e a consequente adequação das características do efluente lançado às legislações ambientais vigentes.

O sistema proposto para o tratamento dos efluentes será composto por tratamento preliminar (gradeamento e caixa de gordura), tratamento secundário (tanque séptico e sistema de zona de raízes) e desinfecção.

Os principais componentes da Estação de Tratamento de Efluentes são: grade, caixa de gordura, tanque séptico, sistema de zona de raízes e sistema de desinfecção.

4.1 Princípio de funcionamento

O Figura 01 apresenta através de um esquema de fluxograma a sequencia do tratamento.

O efluente oriundo dos processos de abate é coletado através de tubulação, passa por um gradeamento de barras paralelas, com objetivo de separar sólidos grosseiros, e é conduzido para a caixa de gordura.

Da caixa de gordura, o efluente segue por gravidade para o tanque de séptico. Deste tanque, o efluente segue por gravidade para o sistema de zona de raízes, que é a principal etapa do sistema de tratamento.

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GERAÇÃO DE EFLUENTE (PRODUÇÃO) GRADEAMENTIO DESINFECÇÃO ZONA DE RAÍZES TANQUE SÉPTICO CAIXA DE GORDURA CORPO RECEPTOR

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A estação de tratamento de esgoto por zona de raízes é um sistema físico-biológico, com parte do filtro constituído de plantas. O esgoto bruto é lançado através de uma rede de tubulações perfuradas que é instalada logo abaixo da zona de raízes, área plantada. Esta área é dimensionada de acordo com a demanda de esgoto já pré-determinada (VAN KAICK, 2002).

Conforme definição de Philippi e Sezerino (2004), CW podem ser definidos como um ecossistema de transição entre ambientes terrestres e aquáticos. Os elementos que compõem esse tipo de ambiente são: substrato (suporte físico e fixação microbiana), plantas (suporte de microrganismos e transporte de oxigênio), regime hidráulico (tipo de escoamento) e fauna (micro e macro organismos).

Para Valentin (1999), o tratamento das águas residuárias na ETE por zona de raízes é o resultado da união entre os processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem por causa do filtro físico, das comunidades bacterianas e macrófitas. As bactérias são fundamentais para o tratamento do efluente, uma vez que são responsáveis pela degradação da matéria orgânica presente no efluente por meio de processos anaeróbios, anóxicos e aeróbios. As condições aeróbias e anóxicas só acontecem devido ao fornecimento de oxigênio pelas raízes das macrófitas.

O oxigênio captado pelas folhas das macrófitas é levado através do caule até as raízes, não apenas para suprir a demanda respiratória dos tecidos das raízes, mas também para oxigenar sua rizosfera. A saída do oxigênio das raízes para o filtro cria condições de oxidação no meio, possibilitando,assim, a decomposição da matéria orgânica (BRIX, 1994).

O transporte do oxigênio atmosférico no interior das plantas aquáticas ocorre devido à presença de grandes espaços internos de ar chamados aerênquimas, que podem chegar a ocupar até 60% do volume dos tecidos das macrófitas. Com isso, o bom funcionamento da ETE por zona de raízes depende de plantas com uma rede muito bem desenvolvida de aerênquimas (BAHLO; WACH, 1996).

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A Figura 02 ilustra o esquema de tratamento do sistema de zona de raízes.

Figura 2 - Desenho esquemático de um corte longitudinal do leito da zona de raízes

A Tabela 01, apresenta a eficiência, em termos de remoção de DBO (%), dos sistemas de tratamento utilizados para o tipo de efluente em questão.

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Além da eficiência na remoção de contaminantes, este sistema apresenta as vantagens de baixo custo de implantação e operação e simplicidade operacional. Também são sistemas ditos naturais, ou seja, se baseiam na capacidade de ciclagem dos elementos contidos nos esgotos em ecossistemas naturais, sem o fornecimento de qualquer fonte de energia induzida para acelerar os processos bioquímicos, os quais ocorrem de forma espontânea.

Após o tempo de permanência nestes tanques, o efluente segue também por gravidade para o sistema de desinfecção, realizado através do conto dos efluentes com pastilhas de cloro e, posteriormente, para o corpo receptor.

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4.2 Características dos componentes da ETE

A seguir são apresentados os descritivos e memorial de cálculo dos principais componentes da ETE, a fim de atingir os parâmetros legais exigidos para o tratamento do efluente com as características abaixo:

pH: 7,0

DBO: 500mg/L

DQO: 750mg/L

Óleos e Graxas: 475 mg/L

Nitrogenio Total Kjedahl: 370mg/L

Fósforo Total: 15mg/L

4.2.1 GRADEAMENTO

• Função: Reter sólidos grosseiros que possam estar presentes no

efluente bruto. A sua retirada do efluente é importante para o perfeito funcionamento da ETE, seja pela eficiência do tratamento ou pelo bom desempenho dos equipamentos existentes.

• Características: Construído com barras paralelas.

• Manutenção: remoção realizada através de um rastelo, de forma

manual pelo operador responsável pela limpeza. O material removido é depositado em um recipiente apropriado e, posteriormente, ensacado e encaminhado ao aterro industrial.

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4.2.2 CAIXA DE GORDURA

• Função: Separação da fração de gordura, graxas e óleos presentes

nos efluentes provenientes do refeitório, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

• Características: Construído em alvenaria, fechado, seção circular,

alimentação e saída por gravidade.

• Manutenção: limpeza da caixa feita por empresa especializada a

cada sessenta dias ou quando se fizer necessário, sempre que se observar a formação de uma capa de gordura na parte superior da câmara receptora. Os materiais usados para este tipo de limpeza devem ser específicos. Os resíduos devem ser embalados em sacos plásticos e dispostos adequadamente.

.

4.2.4 TANQUE SÉPTICO

• Função: Sedimentação e remoção de materiais flutuantes e

conversão biológica de matéria orgânica em ambiente anaeróbico, a partir da alimentação do efluente equalizado ocorrendo oxidação da matéria orgânica a gás carbônico.

• Características: Capacidade de 5m3, fechado, com

impermeabilização em alvenaria, seção retangular, alimentação e saída por gravidade.

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4.2.6 SISTEMA DE ZONA DE RAÍZES

• Função: filtração e formação de biofilme aderido a um meio suporte e

raízes das plantas, onde comunidades de microrganismos aeróbios e anaeróbios irão depurar a matéria orgânica e promover a

transformação da série nitrogenada – nitrificação e desnitrificação. O

oxigênio requerido é suprido pelas macrófitas e pela convecção e difusão atmosférica.

• Características: Capacidade de 30m3, construído em alvenaria,

aberto, com impermeabilização, seção retangular, alimentação e saída por gravidade.

4.3 Resultados do tratamento

A tabela abaixo apresenta o resultado obtido com o tratamento empregado:

ENSAIOS UNIDADE ENTRADA

ETE SAÍDA ETE CONAMA 430 VMP * DBO5 mg L-1 500,00 50,00 120,0mgL -1 /60% DQO mg L-1 750,00 70,00 --- Fósforo Total mg L-1 15,00 5,00 --- Nitrogênio Total mg L-1 370,00 10,00 --- Óleos e Graxas mg L-1 475,00 0,50 100,0 mg L-1 pH --- 7,00 7,00 5,0 – 9,0 Temperatura ºC 25,00 25,00 <40,0ºC

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5. CONTROLE AMBIENTAL

O efluente final tratado deve atender os parâmetros exigidos pela legislação ambiental vigente.

5.1 Parâmetros operacionais

Diariamente o operador verifica os níveis de Sólidos Sedimentáveis no efluente de saída, pH, presença de Sólidos Suspensos e Temperatura, sendo que os resultados devem obedecer aos seguintes limites:

Sólidos Sedimentáveis* (Efluente de Saída) – não pode ser superior a 1,0 ml/L; pH – Os níveis de pH deverão ficar entre 6,0 – 9,0. Medidos com pHmetro digital; Sólidos Suspensos – Deverá ser virtualmente ausente;

Temperatura – Deverá ser inferior a 40º C.

Caso algum dos valores encontrados encontre-se fora da faixa de aceitação, o processo de tratamento deverá ser interrompido e deverá ser solicitado apoio técnico para identificação e solução do problema.

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5.2 Parâmetros de controle da ETE

Além dos controles operacionais diários feitos pelos próprios operadores ou responsáveis, serão realizadas análises externas em laboratório devidamente autorizado para confirmação dos padrões de lançamento, conforme Legislação Vigente.

Segue abaixo parâmetros e frequência propostos para a realização deste monitoramento: Parâmetro Frequência DBO5 Bimestral DQO Fósforo Total Nitrogênio Total Óleos e Graxas pH Temperatura

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6. RESPONSABILIDADE SOBRE O TRABALHO

Eu, Mario André Belini de Araujo, abaixo qualificado declaro para os devidos fins e efeitos legais, que as informações prestadas neste estudo representam a real situação “in loco”.

MARIO ANDRÉ BELINI DE ARAUJO Engenheiro Químico

CRQ 13302308

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BIBLIOGRAFIA

BAHLO, K.; WACH, G. Naturnahe Abwasserreiningung. Staufen bei Freiburg: Ökobuch Verlag, 1996.

BARROS, R. T. V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte, MG: DESA/UFMG, 1995.

BRIX, H. Function of macrophytes in constructed wetlands. Water Science and Technology, London, v. 29, n. 4, p. 71-78, 1994.

Philippi, L. S. e Sezerino, P. H., 2004. Aplicação de sistemas tipo wetlands no tratamento de águasresiduárias: utilização de filtros plantados com macrófitas (Application constructed wetllands for wastewater treatment). 1st Ed., Florianópolis. Editora do Autor.

VAN KAICK, T. S. Estação de tratamento de esgoto por meio de zona de raízes: uma proposta de tecnologia apropriada para saneamento básico no litoral do

Paraná. 2002. 128 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Universidade

Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2002.

VALENTIM, M. A. A. Uso de leitos cultivados no tratamento de efluentes de tanque séptico modificado. 1999. 119 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

Referências

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