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Os seus direitos de segurança social na Eslovénia

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Academic year: 2021

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O presente guia foi redigido e actualizado em estreita colaboração com os correspondentes nacionais do Sistema de Informação Mútua sobre a Protecção Social (MISSOC).

Coordenada desde 1990 pela Comissão Europeia, a rede MISSOC abrange até dois representantes oficiais das administrações públicas de 31 países europeus (os 27 Estados-Membros da União Europeia, a Suíça, o Listenstaine, a Noruega e a Islândia). O MISSOC publica regularmente informações e análises actualizadas, que são essencialmente utilizadas por funcionários, investigadores e pessoas que se deslocam na Europa. Estão disponíveis mais informações sobre a rede MISSOC em:

http://ec.europa.eu/social/main.jsp?langId=pt&catId=815

O presente guia não apresenta uma descrição exaustiva do regime de segurança social aplicável na Eslovénia. Se necessitar de informações mais pormenorizadas sobre a segurança social neste e noutros países europeus, consulte os quadros comparativos MISSOC, os gráficos e descrições MISSOC sobre a organização da protecção social e o anexo MISSOC sobre a protecção social dos trabalhadores independentes, todos disponíveis na hiperligação supramencionada.

A Comissão Europeia, ou qualquer pessoa que actue em seu nome, declina toda a responsabilidade pela utilização que possa ser feita das informações constantes da presente publicação.

© União Europeia, 2011

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Capítulo I: Introdução, organização e financiamento...6

Introdução... 6

Organização da protecção social... 7

Financiamento... 7

O seu direito a prestações de segurança social quando se desloca na Europa ... 7

Capítulo II: Cuidados de saúde...9

Aquisição do direito aos cuidados de saúde ... 9

Cobertura... 9

Acesso aos cuidados de saúde ... 9

O seu direito a cuidados de saúde quando se desloca na Europa... 10

Capítulo III: Prestações pecuniárias por doença...11

Aquisição do direito a prestações pecuniárias por doença ... 11

Cobertura... 11

Acesso às prestações pecuniárias por doença ... 11

O seu direito a prestações pecuniárias por doença quando se desloca na Europa ... 12

Capítulo IV: Prestações por maternidade e por paternidade ...13

Aquisição do direito a prestações por maternidade ou por paternidade ... 13

Cobertura... 13

Acesso às prestações por maternidade e paternidade... 14

O seu direito a prestações por maternidade e paternidade quando se desloca na Europa... 14

Capítulo V: Prestações por invalidez ...16

Aquisição do direito a prestações por invalidez ... 16

Cobertura... 16

Acesso às prestações por invalidez ... 17

O seu direito a prestações por invalidez quando se desloca na Europa ... 18

Capítulo VI: Pensões e prestações por velhice...19

Aquisição do direito a prestações por velhice... 19

Cobertura... 19

Acesso às prestações por velhice... 20

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Capítulo VII: Prestações por sobrevivência ...21

Aquisição do direito a prestações por sobrevivência... 21

Cobertura... 22

Acesso às prestações por sobrevivência... 23

O seu direito a prestações por sobrevivência quando se desloca na Europa... 23

Capítulo VIII: Prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais ...24

Aquisição do direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais . 24 Cobertura... 24

Acesso às prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais... 24

O seu direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais quando se desloca na Europa... 25

Capítulo IX: Prestações familiares...26

Aquisição do direito a prestações familiares ... 26

Cobertura... 27

Acesso às prestações familiares... 27

O seu direito a prestações familiares quando se desloca na Europa ... 28

Capítulo X: Desemprego...29

Aquisição do direito a prestações por desemprego... 29

Cobertura... 29

Acesso às prestações por desemprego ... 30

O seu direito a prestações por desemprego quando se desloca na Europa... 30

Capítulo XI: Recursos mínimos ...31

Aquisição do direito a prestações de recursos mínimos... 31

Cobertura... 31

Acesso às prestações de recursos mínimos... 32

O seu direito a prestações de recursos mínimos quando se desloca na Europa... 32

Capítulo XII: Cuidados de longa duração...33

Aquisição do direito a cuidados de longa duração... 33

Cobertura... 34

Acesso a cuidados de longa duração ... 34

O seu direito a cuidados de longa duração quando se desloca na Europa... 34

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Capítulo I: Introdução, organização e financiamento

Introdução

O sistema de segurança social da Eslovénia compreende o seguro social, as prestações familiares e o regime de acção social. Os regimes de seguro social consistem nos seguros obrigatórios de pensões e invalidez, seguro de doença, seguro de desemprego e seguro de protecção parental. Os seguros são obrigatórios para todos os trabalhadores por conta de outrem e independentes, à excepção do seguro de desemprego, facultativo para os independentes. Os seguros são financiados pelas contribuições para a segurança social pagas pelos assalariados e pelas entidades patronais.

Seguro de pensão e invalidez obrigatório

O seguro de pensão e de invalidez obrigatório cobre os riscos de velhice, invalidez, cuidados e assistência, deficiência física e morte. A sua subscrição é obrigatória para os trabalhadores por conta de outrem, os trabalhadores independentes, os agricultores e outras categorias de pessoas que desenvolvem determinadas actividades cobertas pelo seguro. É gerido por uma única agência, o Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez da Eslovénia (Zavod za pokojninsko in invalidsko zavarovanje Slovenije), que desenvolve a sua actividade nos serviços centrais em Ljubljana, bem como nas unidades regionais e nas delegações locais. O conselho dos Serviços é composto por representantes do Governo, dos sindicatos, das associações patronais e dos reformados, bem como pelo representante das pessoas com incapacidade para o trabalho e dos funcionários do próprio Serviço.

Seguro de doença obrigatório

As pessoas que subscrevem o seguro de doença obrigatório têm direito a prestações médicas em espécie (cuidados de saúde) e a prestações pecuniárias, nomeadamente, prestações pecuniárias por doença, prestação de montante fixo por morte, reembolso parcial de despesas de funeral e reembolso de despesas de tratamento médico fora da Eslovénia. O sistema abrange trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes, agricultores, beneficiários de prestações da segurança social (incluindo pensionistas) e outras pessoas residentes na República da Eslovénia, bem como os seus familiares. O Instituto de Seguro de Doença da Eslovénia (Zavod za zdravstveno

zavarovanje Slovenije) é o único prestador de seguro de doença obrigatório. Desenvolve

as suas actividades através das unidades regionais e das delegações locais. O seu conselho de administração é composto por representantes dos segurados e das entidades patronais.

Está previsto um seguro de doença complementar voluntário (seguro para comparticipação nos custos) destinado a cobrir prestações médicas que não são integralmente cobertas pelo seguro obrigatório.

Seguro de desemprego

O regime do seguro de desemprego garante o pagamento das prestações de desemprego. O Serviço de Emprego da Eslovénia (Zavod Republike Slovenije za

zaposlovanje) desenvolve as suas actividades através de unidades regionais e das

agências de emprego. O seu conselho de administração é composto por representantes das organizações patronais, dos sindicatos, dos funcionários dos Serviços de Emprego e do Governo.

O seguro de desemprego cobre ainda os reembolsos de despesas de transporte e mudança e garante o direito aos cuidados de saúde e a cobertura do seguro de pensão

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Seguro de protecção parental

O seguro de protecção parental prevê a atribuição das licenças parentais (maternidade, assistência e guarda de crianças, paternidade e adopção) e prestações parentais (maternidade, assistência e guarda de crianças e adopção) a trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes, agricultores e a outras categorias de pessoas na República da Eslovénia. O sistema desenvolve as suas actividades através de 62 centros locais de acção social (centri za socialno delo).

Prestações familiares

As prestações familiares são prestações pecuniárias que incluem o subsídio parental, o subsídio por nascimento, o abono de família, o complemento para famílias numerosas, o subsídio para assistência a filho e a compensação parcial por perda de rendimentos. Assistência social

No sistema de segurança social esloveno, a par da acção social geral, há várias categorias de prestações de acção social, nomeadamente, a pensão do regime geral. Organização da protecção social

O Ministério do Trabalho, da Família e dos Assuntos Sociais supervisiona as actividades do Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez, do Serviço de Emprego e dos centros de acção social.

As prestações médicas destinadas aos segurados são definidas pelo Ministério da Saúde em colaboração com o Instituto de Seguro de Doença e representantes das instituições e profissões ligadas aos cuidados de saúde. O Instituto de Seguro de Doença fiscaliza a aplicação de convenções celebradas com instituições de saúde, bem como o modo e o processo de aplicação do seguro de doença.

As prestações familiares, a acção social e os serviços sociais são concedidos pelos Centros de Acção Social locais. O Ministério do Trabalho, da Família e dos Assuntos sociais é responsável pela fiscalização.

Financiamento

Na Eslovénia, os regimes de seguro social são financiados por contribuições das entidades patronais e quotizações dos trabalhadores para a segurança social. O Estado tem a obrigação constitucional de suprir quaisquer eventuais perdas dos regimes de seguro social. O seguro de desemprego e o seguro de protecção parental são predominantemente financiados pelo Orçamento de Estado. As prestações familiares e a acção social são financiadas integralmente pelo Orçamento de Estado.

O seu direito a prestações de segurança social quando se desloca na Europa Os sistemas de segurança social diferem de país para país na Europa, razão pela qual foi necessário estabelecer disposições ao nível da UE para os coordenar. É importante que existam regras comuns que garantam o acesso a prestações sociais para evitar que os trabalhadores europeus se encontrem em situação de desvantagem ao exercerem o seu direito de livre circulação. Estas regras assentam em quatro princípios.

ƒ Quando se desloca no interior da Europa, está sempre segurado ao abrigo da legislação de um Estado-Membro: em princípio, se estiver activo, será o país onde trabalha; caso contrário, será o país onde reside.

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ƒ O princípio da igualdade de tratamento garante que possui os mesmos direitos e obrigações que os nacionais do país onde está segurado.

ƒ Quando necessário, os períodos de seguro cumpridos noutros países da UE podem ser tomados em consideração para efeitos de atribuição de uma prestação.

ƒ É possível “exportar” prestações pecuniárias se viver num país diferente daquele onde está segurado.

Pode invocar as disposições da UE em matéria de coordenação da segurança social nos 27 Estados-Membros da UE bem como na Noruega, Islândia, Listenstaine (EEE) e Suíça (31 países no total).

No final de cada capítulo, são fornecidas algumas informações gerais sobre as disposições da UE. Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na UE ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

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Capítulo II: Cuidados de saúde

Aquisição do direito aos cuidados de saúde

Se é trabalhador por conta de outrem, trabalhador independente, agricultor, beneficiário de prestações de segurança social (pensão de velhice, invalidez ou sobrevivência, prestações de desemprego, assistência social permanente) ou uma pessoa com residência permanente que não subscreveu nenhum outro regime de seguro, é obrigatório que subscreva o seguro de doença.

Familiares a cargo, incluindo cônjuges ou parceiros civis, filhos e enteados, bem como outras pessoas que necessitam de assistência de terceiros, também têm direito a cuidados de saúde.

Por norma, não é exigido qualquer período mínimo de contribuição anterior. Pode haver excepções no que se refere a equipamento ortopédico, óculos, aparelhos de audição, próteses e outros dispositivos de assistência médica.

Cobertura

Este seguro confere acesso a médicos ou a centros de cuidados primários convencionados pelo Instituto do Seguro de Saúde. Caso não disponham de seguro complementar de comparticipação, as pessoas abrangidas pelo regime obrigatório de seguro terão de participar nas despesas de saúde, suportando 5% a 90% dessas despesas (2009 e 2010). No caso de algumas prestações médicas, o beneficiário não participa nas despesas. Por exemplo, não há comparticipação do utente nas despesas de cuidados de saúde preventivos, tratamento e reabilitação de crianças (incluindo medicamentos das listas positiva e intermédia), estudantes e mulheres, bem como de algumas doenças graves, de cuidados urgentes e outras prestações.

Os cuidados de saúde que não têm objectivos clínicos, nomeadamente, a cirurgia estética, e os produtos farmacêuticos que não constam das listas positiva e intermédia, bem como os cuidados de saúde alternativos (por exemplo, a homeopatia) não são abrangidos pelo seguro de doença obrigatório. Terão de ser integralmente pagos pelos utentes.

Pode ter direito a reembolso de despesas de deslocação se, por exemplo, tiver de consultar um médico fora da sua zona de residência ou se for encaminhado/convocado pelo médico responsável. Se a deslocação demorar mais de 12 horas, também poderá ser reembolsado por despesas limitadas de alojamento.

Acesso aos cuidados de saúde

Pode escolher livremente o seu médico (médico de família, ginecologista, pediatra e dentista). O acesso a especialistas depende do encaminhamento do médico de família. Ao verificar-se esse encaminhamento, o beneficiário dispõe igualmente de liberdade ao escolher o tratamento médico, os especialistas e os hospitais públicos ou os hospitais privados convencionados.

Os nomes e os endereços dos médicos públicos e dos médicos privados convencionados encontram-se na lista do Instituto do Seguro de Saúde: Izvajalci zdravstvenih storitev.

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O seu direito a cuidados de saúde quando se desloca na Europa

Caso se encontre temporariamente ou resida noutro país da União Europeia ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, pode usufruir dos serviços públicos de cuidados de saúde prestados nesse país, o mesmo acontecendo com a sua família. Tal não significa necessariamente que o tratamento seja gratuito; tudo depende das regras nacionais.

Se estiver a planear uma estada temporária (férias, viagem de negócios, etc.) noutro país da UE ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, deve requerer o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD) antes de partir. Estão disponíveis mais informações sobre o CESD e o modo de o requerer em: http://ehic.europa.eu.

Se estiver a planear instalar-se permanentemente noutro país da UE, pode obter mais informações sobre os seus direitos em matéria de cuidados de saúde em:

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Capítulo III: Prestações pecuniárias por doença

Aquisição do direito a prestações pecuniárias por doença

O seguro de doença atribui uma prestação pecuniária por doença para compensar a perda temporária de capacidade para o trabalho de segurados economicamente activos. Essa prestação é paga a trabalhadores por conta de outrem, a trabalhadores independentes, a empresários, a atletas e a jogadores de xadrez de primeiro plano, bem como a agricultores.

Cobertura

Geralmente, as prestações pecuniárias por doença são pagas pela entidade patronal nos primeiros 30 dias de ausência. Não é exigido o cumprimento prévio de seguro e o montante da prestação depende da causa do impedimento. No caso de doença não relacionada com o trabalho, ascende a 80% do salário médio do último mês.

A partir do 31º dia de ausência, as prestações pecuniárias por doença são pagas pelo Instituto do Seguro de Saúde. Em determinados casos são pagas a partir do primeiro dia de ausência. Isso verifica-se, por exemplo, em caso de dádiva de tecidos, órgãos ou sangue, de cuidados prestados a familiar próximo, bem como em caso de isolamento e de acompanhamento prescritos pelo médico.

Por norma, as prestações pecuniárias por doença são concedidas, no máximo, durante um ano. Excepcionalmente, são atribuídas por períodos mais prolongados, caso o tratamento médico não tenha ficado concluído no tempo decorrido. Podem igualmente ser pagas por um período máximo de 30 dias após a conclusão de um contrato de trabalho.

A duração é limitada em caso de prestação de cuidados a familiar, nomeadamente, um filho ou o cônjuge. Nesse caso, está limitado a sete dias úteis. Caso se trate de um filho com menos de sete anos ou um filho com deficiência, será de 15 dias úteis. Estão previstos prolongamentos, por exemplo, nos casos mais graves até à maioridade do filho. A prestação pecuniária por doença é calculada com base no salário mensal médio, ou com base na média das quotizações pagas (no caso dos trabalhadores independentes), no ano civil anterior ao ano em que teve início o impedimento para o trabalho.

O montante das prestações pecuniárias por doença varia entre 80% e 100% da base de cálculo. Por exemplo, corresponde a 80% em caso de lesão não resultante do trabalho e em caso de prestação de cuidados a um familiar próximo, 90% em caso de doença não resultante do trabalho e 100% em caso de dádiva de tecidos, órgãos ou sangue, bem como de isolamento prescrito pelo médico.

Acesso às prestações pecuniárias por doença

As prestações pecuniárias por doença são pagas nos primeiros 30 dias, na condição de avaliação pelo médico de família da incapacidade para o trabalho ou da necessidade de prestação de cuidados a familiar. Após esse período, ou noutros casos em que as prestações pecuniárias por doença são pagas pelo seguro de doença a partir do primeiro dia de impedimento, é necessário o aval de um médico convencionado. Nesse caso, está previsto o recurso para a Comissão de Saúde do Instituto de Seguro de Doença.

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Em princípio, a partir do 31º dia do início do impedimento, as prestações pecuniárias por doença também são pagas pela entidade patronal. A entidade patronal será reembolsada pelo Instituto de Seguro de Doença mediante a apresentação de um certificado válido e pormenorizado sobre o impedimento para o trabalho, bem como os documentos de cálculo.

O seu direito a prestações pecuniárias por doença quando se desloca na Europa Em regra, as prestações pecuniárias por doença (ou seja, as prestações que visam geralmente substituir um rendimento que é suspenso por motivo de doença) são sempre pagas em conformidade com a legislação do país onde está segurado, seja qual for o país onde reside ou onde se encontra temporariamente.∗

Caso se instale noutro país da União Europeia ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, sempre que a aquisição do direito a prestações por doença dependa do preenchimento de certas condições, a instituição competente (ou seja, a instituição do país onde está segurado) tem de tomar em consideração os períodos de seguro, residência ou emprego que tenha cumprido ao abrigo da legislação de qualquer um dos países supramencionados. Garante-se, deste modo, que as pessoas que mudam de emprego e se instalam noutro país não perdem a cobertura do seu seguro de doença. Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo IV: Prestações por maternidade e por paternidade

Aquisição do direito a prestações por maternidade ou por paternidade

As mulheres têm direito a cuidados de saúde antes, durante e após o parto a título do seguro de doença obrigatório. O direito à licença e às prestações pecuniárias parentais é conferido pelo seguro de protecção parental.

Para ter o direito a prestações de maternidade ou de paternidade, é necessário que o beneficiário tenha subscrito o seguro antes do primeiro dia de licença ou, pelo menos, durante um ano nos três anos anteriores. A licença e as prestações por maternidade podem geralmente ser requeridas pela mãe de uma criança. Só excepcionalmente pode ser requerida pelo pai da criança ou por outro segurado que cuide da criança, ou ainda um pai adoptivo, em caso de falecimento da mãe, de abandono ou de incapacidade em viver e trabalhar independentemente. Por norma, os pais e os pais adoptivos têm direito a prestações especiais.

Se as condições de seguro não forem preenchidas, poderá haver direito a subsídio parental a título do regime de prestações familiares.

Cobertura

O seguro de protecção parental abrange a licença parental (licença de maternidade, de paternidade, de adopção e assistência a filho), as prestações parentais (prestações de maternidade, paternidade, adopção e assistência a filho) e o direito a trabalhar a tempo parcial por nascimento de um filho.

Licença de parto

A licença de parto tem uma duração de 105 dias consecutivos, com início 28 dias antes da data prevista do parto e 77 dias após essa data. É obrigatória após o parto e os dias de licença não gozados antes do parto não podem ser gozados depois do nascimento da criança.

Licença de paternidade

O pai tem direito a 90 dias de licença de paternidade, 15 dos quais devem ser gozados durante os primeiros seis meses de vida do filho. Os 75 dias restantes devem ser gozados antes de o filho completar três anos.

Licença para assistência a filho

Após a conclusão da licença de parto, qualquer dos progenitores pode requerer uma licença para assistência a filho. Tem uma duração de 260 dias consecutivos e, em certos casos, pode ser prolongada. Por exemplo, pode ser prolongada mais 90 dias em caso de nascimentos múltiplos (por cada filho adicional), ou na eventualidade de a criança necessitar de cuidados especiais. Pode igualmente ser prolongada se os progenitores já têm dois ou mais filhos com menos de oito anos, ou ainda em caso de nascimento prematuro.

Licença por adopção

A licença de adopção pode ser gozada por um ou ambos os adoptantes, com vista a que estes e a criança se possam dedicar inteiramente uns aos outros após a adopção. A licença por adopção tem uma duração de 150 dias, no caso de crianças de idade compreendida entre um e quatro anos, e de 120 dias, no caso de crianças de idade

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compreendida entre quatro e dez anos. Quando a licença de adopção é requerida pelos dois pais adoptivos simultaneamente, a duração total é limitada a 150 ou 120 dias, respectivamente.

Prestações parentais (maternidade, paternidade, assistência a filho e adopção)

As prestações parentais são pagas durante a licença parental. Para ter direito às prestações parentais, basta ter subscrito o seguro na véspera do dia do início da licença parental. Se não se verificar o direito a licença parental, pode haver direito a prestações parentais, se o beneficiário tiver estado segurado pelo menos 12 meses nos três anos anteriores.

O montante das prestações parentais equivale a 100% do salário médio (ou de outra base de cálculo) dos 12 meses que antecederam a apresentação do pedido de licença parental. Caso não estejam preenchidas as condições de tempo, é tido em conta um limiar mínimo. O montante das prestações parentais é limitado, com excepção no que se refere à licença de maternidade.

As prestações parentais são, geralmente, pagas durante a licença parental. A única excepção refere-se às prestações por paternidade. Estas são pagas apenas nos primeiros 15 dias. Nos restantes 75 dias, apenas serão pagas ao pai quotizações para a segurança social baseadas no salário mínimo.

Um dos progenitores tem direito a trabalhar em tempo parcial (não menos que metade do horário completo) até a criança completar três anos de idade. Caso a família tenha dois ou três filhos, o período é prolongado até o filho mais novo completar seis anos. Se o agregado familiar tem quatro ou mais filhos, um dos pais pode abandonar por completo a actividade laboral. No caso de uma criança com deficiência, o direito a trabalhar a tempo parcial pode ser prolongado até o filho atingir a maioridade.

Em todos os casos referidos, a entidade patronal garante o pagamento relativo a trabalho efectivo. As quotizações para a segurança social relativas ao tempo restante são pagas pelo seguro de protecção parental.

Acesso às prestações por maternidade e paternidade

A licença e as prestações parentais são requeridas ao Centro Regional de Acção Social no local de residência permanente da mãe.

Os beneficiários devem informar a entidade patronal, normalmente, 30 dias antes do início previsto da licença parental. Caso este prazo não possa ser respeitado, a entidade patronal deve ser informada no prazo de três dias após o parto.

O seu direito a prestações por maternidade e paternidade quando se desloca na Europa

As disposições de coordenação abrangem as prestações por maternidade e por paternidade equiparadas. Sempre que a aquisição do direito a prestações dependa do preenchimento de certas condições, a instituição competente (ou seja, a instituição do país onde está segurado) tem de tomar em consideração os períodos de seguro, residência ou emprego cumpridos ao abrigo da legislação de qualquer outro país da União Europeia, da Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça.

Em regra, as prestações pecuniárias (ou seja, as prestações que visam substituir o rendimento suspenso) são sempre pagas em conformidade com a legislação do país onde está segurado, seja qual for o país onde reside ou onde se encontra

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país de residência, tal como se nele estivesse segurado.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo V: Prestações por invalidez

Aquisição do direito a prestações por invalidez

Poderá ter direito a prestações por invalidez, desde que a invalidez seja atestada. A invalidez ocorre quando, em virtude de uma alteração nas condições de saúde (resultante de acidente ou de doença) que não pode ser corrigida por tratamento médico ou reabilitação, se dá uma diminuição ou perda da capacidade para trabalhar. A Comissão de Invalidez do Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez determina uma das três categorias de invalidez em função da capacidade para trabalhar ainda existente:

ƒ categoria I: o segurado deixou de estar apto a efectuar um trabalho de produção organizado;

ƒ categoria II: a aptidão do segurado para o trabalho, no que se refere à sua profissão, está diminuída em 50% ou mais;

ƒ categoria II: o segurado deixou de ser capaz de trabalhar a tempo inteiro, podendo, contudo, executar um determinado trabalho a tempo parcial, ou a aptidão do segurado para o trabalho, no que se refere à sua profissão, sofreu uma redução inferior a 50%, ou o segurado pode trabalhar a tempo inteiro na sua profissão mas está inapto para as tarefas que lhe foram atribuídas.

As pessoas que adquiriram o direito a prestações por invalidez antes dos 45 anos de idade serão submetidas a exames médicos obrigatórios de cinco em cinco anos. Também podem ser exigidos exames médicos após essa idade ou antes da conclusão do período de cinco anos, atendendo às circunstâncias específicas de cada caso. Pode ainda dar-se o caso de não serem exigidos exames médicos, ainda que a pessoa tenha menos de 45 anos.

Cobertura

Pensão de invalidez

O segurado pode beneficiar de uma pensão por invalidez, caso esta seja comprovadamente de:

ƒ categoria I:

ƒ categoria II, se não estiver apto para qualquer outro trabalho adequado sem

reconversão profissional, que não lhe é proposta apenas pelo facto de ter mais de 50 anos de idade;

ƒ categoria II ou III, se não lhe foi proposto qualquer emprego ou afectação adequados pelo facto de ter 63 anos (para os homens) ou 61 anos (para as mulheres).

Se a invalidez foi causada por um acidente de trabalho ou por uma doença profissional, o segurado tem direito a uma pensão por invalidez sem exigência de subscrição prévia de um seguro. De outro modo, só haverá direito a uma pensão por invalidez se existir uma determinada “densidade de seguro”, como a seguir fica exposto.

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respectivamente) e a ocorrência da invalidez. Se a pessoa incapacitada tiver mais de 21 anos e menos de 30, exige-se apenas uma subscrição de seguro durante um quarto do período entre os 21 anos e a ocorrência da invalidez. Caso a invalidez de categoria I tenha ocorrido antes dos 21 anos, as condições estipuladas são menos rígidas. Neste caso, é apenas exigida a titularidade de seguro à data da ocorrência da invalidez ou, pelo menos, três meses de subscrição de seguro.

O montante da pensão por invalidez é determinado na mesma base utilizada para o cálculo da pensão de velhice (salário médio nos últimos 18 melhores anos consecutivos após 1970).

Caso a pessoa não tenha atingido a idade de reforma – 63 anos para os homens e 61 anos para as mulheres - a percentagem da base de cálculo é fixada em função do prazo de garantia real e do prazo de garantia acrescido (fictício).

Subsídio complementar

Os beneficiários de pensões de invalidez muito baixas podem ter direito a um subsídio complementar (varstveni dodatek), que equivale a assistência social específica.

Prestações por invalidez

Podem beneficiar de prestações por invalidez (nadomestilo za invalidnost) os segurados com invalidez da categoria II que tiverem mais de 50 anos, bem como os segurados com invalidez da categoria III.

Subsídio de grande inválido

O subsídio de grande inválido (invalidnina) é uma prestação pecuniária mensal que o segurado ou o beneficiário de uma pensão pode receber devido a uma deficiência física que se tenha manifestado durante o período de seguro ou de benefício de pensão. Não é necessário que a invalidez tenha sido causada por doença.

O montante do subsídio de grande inválido depende da causa da deficiência física e do seu grau (existem oito graus). Se a incapacidade foi causada por doença ou acidente não relacionados com o trabalho, para a atribuição de subsídio de grande inválido, ela terá de ser, pelo menos, de 50%. É exigido um período de seguro equivalente ao requerido para a pensão por invalidez.

Reabilitação profissional

A reabilitação profissional é organizada pela entidade patronal em colaboração com o Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez, que suporta os custos. As prestações por reabilitação profissional (nadomestilo za čas poklicne rehabilitacije) são atribuídas no período imediatamente antes, durante e após a reabilitação profissional.

Acesso às prestações por invalidez

A perda de capacidade para o trabalho ou o grau ainda existente de capacidade para o trabalho, a deficiência física e a necessidade de outras prestações por invalidez são avaliadas pelos peritos médicos, ou pela Comissão de Invalidez, no primeiro e no segundo caso. Os peritos individuais e as comissões de invalidez são entidades peritas do Instituto de Seguro de Pensão e de Invalidez.

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O seu direito a prestações por invalidez quando se desloca na Europa

A instituição competente do país onde requer a pensão de invalidez tomará em consideração períodos de seguro ou residência cumpridos ao abrigo da legislação de qualquer outro país da UE, da Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, se tal for necessário para o cálculo das prestações.

O pagamento das prestações por invalidez não depende do local de residência ou de estada na União Europeia, Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça.∗ Normalmente, os

controlos administrativos e exames médicos que se revelarem necessários serão realizados pela instituição competente do país onde reside. Em alguns casos, poder-lhe-á ser exigido que realize os referidos exames no país que paga a sua pensão, caso o seu estado de saúde o permita.

Cada país aplica os seus próprios critérios para determinar o grau de invalidez. Deste modo, é possível que determinados países considerem que o grau de invalidez de uma pessoa é de 70 %, enquanto outros consideram que, nos termos da sua legislação, essa pessoa não é, de todo, inválida. Esta potencial disparidade resulta do facto de os sistemas nacionais de segurança social não estarem harmonizados, sendo apenas coordenados por disposições da UE.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo VI: Pensões e prestações por velhice

Aquisição do direito a prestações por velhice

Pensão de reforma

O direito a pensão de reforma está condicionado pela idade, sexo e duração do período contributivo efectivo. O segurado tem direito à pensão de reforma:

ƒ aos 58 anos de idade, com 40 anos de direitos adquiridos à pensão(para os homens) ou 38 anos (para as mulheres). Estas condições mínimas para as mulheres serão aplicáveis após um período de transição que culminará em 2014, ou

ƒ aos 63 anos de idade (para os homens) ou aos 61 anos (para as mulheres), com 20 anos de direitos adquiridos à pensão, ou

ƒ aos 65 anos de idade (para os homens) ou aos 63 anos (para as mulheres), com 15 anos de período de seguro.

O período de aquisição de direitos inclui os períodos não contributivos creditados, nomeadamente, estudos completados para licenciatura ou pós-graduação, serviço militar, formação para unidades de polícia, ou o tempo de inscrição nos serviços de emprego. À excepção desses períodos, o tempo de seguro cobre apenas períodos para os quais foram pagas quotizações.

Em certos casos, a idade mínima de reforma pode ser antecipada. Por exemplo, pode ser reduzida num determinado período correspondente à educação de filhos; também pode ser reduzida no caso de mulheres que estiveram empregadas entre os 15 e os 18 anos. Assim, a idade mínima de reforma para as mulheres é aos 55 anos e para os homens aos 58 anos.

Pensão estatal

Se as condições mínimas correspondentes à pensão de reforma não forem preenchidas, a pessoa pode ter direito a uma pensão do regime geral como uma prestação de assistência social específica para pessoas com mais de 65 anos de idade.

Cobertura

Pensão de velhice

O montante da pensão de velhice é calculado a partir da percentagem da base de cálculo da pensão. Esta tem em conta 18 anos de contribuição consecutiva desde 1970, considerando-se o cálculo de pensão mais favorável para o segurado.

A percentagem em causa depende do sexo - é ligeiramente mais elevada para as mulheres – e da duração do período de pensão. Por exemplo, para um período de aquisição de direitos de pensão de 40 anos (homens) ou 38 anos (senhoras), o montante da pensão por velhice equivale a 72,5% da base de cálculo da pensão.

Não está previsto limite máximo. Aliás, os segurados são encorajados a trabalhar durante mais tempo e a adiarem a data da reforma. Se um segurado cumprir mais do que o período contributivo completo (40 anos para os homens e 38 anos para as mulheres) ou se reformar depois da idade de reforma (63 e 61), é-lhe atribuída uma bonificação no

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cálculo (uma percentagem suplementar). Também está prevista uma redução (penalização), se a pessoa se reformar antes de atingir a idade legal de reforma.

Pensão parcial

Caso o segurado já beneficie de uma pensão por velhice, tem direito a uma pensão parcial. O beneficiário não pode trabalhar por conta de outrem nem realizar actividade independente por mais do que metade do horário completo. Não obstante a redução, a pensão parcial equivale sempre a metade da pensão por velhice a que o segurado teria direito caso requeresse a reforma completa.

Complemento anual

Os pensionistas têm direito a um complemento anual (letni dodatek) que está previsto em dois montantes, dependendo do valor da pensão. É ligeiramente mais elevado para beneficiários de pensões um pouco mais baixas.

Subsídio complementar

Os beneficiários de pensões por velhice muito baixas podem ter direito a um subsídio complementar (varstveni dodatek), que equivale a assistência social específica.

Acesso às prestações por velhice

O pedido deve ser apresentado na delegação do Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez da zona de residência onde subscreveu pela última vez o seguro.

O seu direito a prestações por velhice quando se desloca na Europa

As disposições da UE relativas às pensões por velhice respeitam unicamente a regimes públicos de pensões, não sendo aplicáveis aos regimes privados, profissionais ou instituídos pelas empresas. Estas disposições garantem o seguinte:

ƒ Em cada país da UE (e também na Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça) onde está seguro, o seu histórico de contribuições é mantido até que atinja a idade de reforma nesse país.

ƒ Cada país da UE (e também a Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça) em que tenha estado seguro terá de pagar uma pensão por velhice quando atingir a idade da reforma. O montante da pensão que irá receber de cada Estado-Membro dependerá do período de contribuições em cada um deles.

ƒ A sua pensão será paga no país da UE em que reside (e também na Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça).∗

Deve apresentar o pedido de pensão à caixa de seguro de pensões do país da UE (ou da Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça) em que reside, salvo se nunca aí tiver trabalhado. Neste caso, deve apresentar o seu pedido no país onde exerceu a sua última actividade profissional.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo VII: Prestações por sobrevivência

Aquisição do direito a prestações por sobrevivência

O pagamento da pensão de sobrevivência é regido por condições gerais e específicas. As condições gerais aplicam-se ao segurado falecido e as condições específicas aplicam-se à pessoa viúva ou a outras familiares.

Condições gerais relativas ao falecido

Os familiares sobrevivos poderão beneficiar da pensão de sobrevivência nos casos em que o falecido:

ƒ completou, no mínimo, cinco anos de períodos de seguro ou, pelo menos dez anos de períodos de aquisição de direitos de pensão (incluindo períodos não contributivos creditados),

ƒ cumpriu as condições de elegibilidade para uma pensão por velhice ou por invalidez, ou

ƒ já beneficiava de uma pensão por velhice ou invalidez ou de outras prestações por invalidez.

Condições especiais para atribuição de pensão de viuvez

Os seguintes membros da família poderão beneficiar de uma pensão de viuvez (vdovska

pokojnina): o cônjuge sobrevivo, o parceiro civil (caso a união de facto tenha durado,

pelo menos, três anos, ou um ano, caso exista um filho comum) e o cônjuge divorciado a cujas necessidades o segurado provia.

Poderão ter direito a este benefício, se

ƒ atingiram determinada idade, por exemplo, 53 anos. Se o beneficiário tiver apenas 48 anos, o pagamento será adiado até completar 53 anos (mais cedo se a pessoa viúva não estava segurada à data da morte da pessoa segurada),

ƒ estiverem completamente incapacitados para trabalhar ou preencham essa condição no prazo de um ano após a morte, independentemente da idade, ou

ƒ ficarem com um filho a cargo que tenha direito a uma pensão familiar (družinska

pokojnina) e se verifique o dever de manter a guarda do filho, ou se esse filho nasceu

no prazo de 300 dias após o falecimento do progenitor. Condição especial para atribuição da pensão familiar

As pessoas que podem beneficiar de uma pensão familiar por morte da pessoa segurada (družinska pokojnina) são:

ƒ os filhos (nascidos dentro ou fora do casamento, bem como adoptados);

ƒ os enteados, netos e outros órfãos menores a cujas necessidades o segurado provia;

ƒ os pais (pai e mãe, padrasto e madrasta) e pais adoptivos a cujas necessidades o segurado provia;

ƒ os irmãos e as irmãs a cujas necessidades o segurado provia e que não tenham meios de subsistência próprios.

Os filhos têm direito a uma pensão de sobrevivência até aos 15 anos (ou 18, se estiverem inscritos nos serviços de emprego) ou até à conclusão de estudos (que devem provar

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através de um certificado do estabelecimento de ensino), o mais tardar, aos 26 anos. Um filho que fique completamente inapto para trabalhar enquanto ainda beneficiar da pensão de sobrevivência mantém o direito à pensão enquanto a incapacidade durar. Os pais a cujas necessidades o segurado proveu até à sua morte têm direito à pensão familiar se tiverem, pelo menos, 58 anos ou se estiverem totalmente incapacitados para o trabalho.

Os irmãos e irmãs a cujas necessidades o segurado proveu até à sua morte têm direito a pensão familiar se preencherem as condições estabelecidas para os filhos ou para os pais do segurado falecido.

Prestação por morte e reembolso das despesas funerárias

Trata-se de benefícios a título do seguro de doença obrigatório e a sua atribuição depende do cumprimento de determinado período de seguro. Devem ser requeridos no prazo de seis meses após a morte do segurado.

A prestação por morte (posmrtnina) é um pagamento de montante fixo aos membros da família a cujas necessidades o falecido provia. Considera-se que estavam a cargo do falecido se eram titulares de seguro de doença obrigatório enquanto seus familiares. As despesas funerárias (pogrebnina) são parcialmente reembolsadas à pessoa que suportou os custos do funeral do segurado falecido.

Cobertura Pensão de viuvez

A pensão de viuvez corresponde a 70% da pensão do falecido (por velhice ou invalidez) ou da pensão de reforma a que o falecido teria direito à data da morte.

Uma pessoa viúva que beneficie de pensão própria tem direito ainda a 15% da pensão de viuvez, até determinado limite. O montante das duas pensões não poderá exceder o da pensão por velhice calculada para um homem a partir da base de cálculo mais elevada para 40 anos de carreira contributiva.

Se uma pessoa viúva tiver direito a uma de várias pensões, pode escolher a que lhe for mais favorável (isto é, a de montante mais elevado).

A mesma norma aplica-se a um cônjuge divorciado que tinha direito a pensão paga pelo falecido até à data da sua morte. Se o falecido tinha voltado a casar, mas continuava a pagar a pensão a cônjuge, o último cônjuge e todos os outros ex-cônjuges são considerados co-beneficiários.

Pensão familiar

A percentagem da pensão familiar depende do número de beneficiários:

ƒ para um único membro da família, corresponde a 70% da pensão da pessoa falecida,

ƒ para dois membros da família, equivale a 80%,

ƒ para três membros da família, é de 90% e

ƒ para quatro ou mais membros da família, corresponde a 100% da pensão do segurado à data do falecimento.

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determinado limite). Contudo, o montante somado relativo a todos os filhos não pode ultrapassar 100% da base de cálculo da pensão do outro progenitor.

Compensação

Uma pessoa viúva que não preencha as condições para beneficiar de pensão de viuvez e que não trabalhe por conta de outrem e não desenvolva actividade independente e que, portanto, não seja titular de seguro obrigatório, tem direito a um subsídio (odpravnina) de seis prestações mensais equivalentes ao que lhe seria devido se tivesse direito a pensão de viuvez.

Subsídio de subsistência

O subsídio de subsistência (oskrbnina) pode ser requerido uma vez findo o prazo da compensação, a fim de prover recursos mínimos.

Acesso às prestações por sobrevivência

O pedido deve ser apresentado na delegação do Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez onde o segurado estava inscrito à data da morte.

O subsídio por morte e o reembolso de despesas funerárias devem ser requeridos na delegação local do Instituto de Seguro de Doença. As despesas funerárias também podem ser requeridas pela instituição pública que tratou do funeral, caso tenha sido celebrada uma convenção com o Instituto de Seguro de Doença.

O seu direito a prestações por sobrevivência quando se desloca na Europa

Em geral, aplicam-se às pensões para cônjuges sobrevivos ou órfãos e aos subsídios por morte as mesmas regras que se aplicam às pensões por invalidez e velhice (ver capítulos

V e VI). Designadamente, as pensões de sobrevivência e os subsídios por morte não podem ser alvo de redução, modificação ou suspensão, independentemente do local de residência do cônjuge sobrevivo na União Europeia ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça.∗

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo VIII: Prestações por acidentes de trabalho e doenças

profissionais

Aquisição do direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

Não há um regime de seguro social específico para a cobertura do risco de acidentes no trabalho e de doenças profissionais. Esses riscos estão cobertos pelo seguro de doença obrigatório, em caso de incapacidade de curta duração para o trabalho, e pelo seguro de pensões e de invalidez obrigatório, em caso de invalidez ou morte do segurado. Os acidentes no trabalho estão definidos como acidentes resultantes do trabalho e no decorrer do mesmo ou durante a deslocação entre a residência e o trabalho. Existe, para consulta pública, uma lista de doenças profissionais. Se uma doença não consta dessa lista não é considerada doença profissional.

Cobertura

Em caso de acidente no trabalho ou da ocorrência de doença profissional, todos os custos do tratamento médico na fase aguda e na fase de reabilitação clínica estão cobertos pelo seguro de doença obrigatório. O segurado não participa nas despesas. Se a incapacidade por curta duração for causada por um acidente no trabalho ou por uma doença profissional, as prestações pecuniárias por doença, pagas no início pela entidade patronal e, subsequentemente, pelo Instituto de Seguro de Doença, corresponderão a 100% do cálculo de base. O segurado continuará a receber as prestações, ainda que se verifique o termo do contrato de trabalho, até recuperar a capacidade para o trabalho.

Em caso de invalidez causada por um acidente no trabalho ou por uma doença profissional, não é exigível qualquer período de contribuição anterior para a atribuição da pensão por invalidez ou do subsídio de grande inválido. Além disso, para a atribuição de um subsídio de grande inválido, a percentagem de incapacidade física aceite é mais baixa (30%).

Tanto o acesso ao subsídio como o âmbito das prestações são mais favoráveis. Por exemplo, a pensão por invalidez é calculada tendo em conta o período total de contribuições (40 anos para os homens e 38 para as mulheres) e o subsídio de grande inválido é mais elevado.

Em caso de morte, não é exigido período de aquisição de direitos de pensão relativo ao período que, em qualquer outra circunstância, o segurado falecido teria completado. Acesso às prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

Os cuidados de saúde são prestados pelo médico de família escolhido ou por qualquer outro médico em caso de tratamento de urgência. As prestações pecuniárias por doença são pagas pela entidade patronal (a partir de 30 dias de doença há direito a reembolso do Instituto de Seguro de Doença).

As prestações em caso de invalidez ou de morte do segurado devem ser requeridas na delegação do Instituto do Seguro de Pensão e Invalidez onde o segurado está inscrito ou

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O seu direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais quando se desloca na Europa

As disposições da UE relativas a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais são muito semelhantes às disposições relativas a prestações por doença (ver capítulos II e III). Na União Europeia bem como na Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça, se residir ou se encontrar temporariamente num país diferente daquele onde está segurado contra acidentes de trabalho, tem normalmente direito a receber cuidados de saúde nesse país em caso de acidente de trabalho ou doença profissional; em regra, as prestações pecuniárias serão pagas pela instituição do país onde está segurado, ainda que resida ou se encontre temporariamente noutro país.∗

Sempre que a aquisição do direito a prestações por acidentes de trabalho ou doenças profissionais dependa do preenchimento de certas condições, a instituição do país onde está segurado tem de tomar em consideração os períodos de seguro, residência ou emprego cumpridos ao abrigo da legislação de outros países da União Europeia, bem como da Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça. Garante-se, deste modo, que as pessoas que mudam de emprego e se instalam noutro país continuam a estar cobertas pelo seguro.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo IX: Prestações familiares

Aquisição do direito a prestações familiares

As prestações familiares compreendem prestações pecuniárias atribuídas por nascimento e durante a educação de um filho, bem como prestações especiais para crianças com deficiência.

Subsídio parental

O subsídio parental (starševski dodatek) é uma assistência financeira a progenitores que não têm direito a prestações parentais a título do regime do seguro de protecção parental.

O subsídio parental é atribuído pelo prazo de um ano após o nascimento do filho. Por norma, nos primeiros 77 dias após o nascimento, a mãe tem direito ao subsídio. Em casos excepcionais, o pai ou outra pessoa pode exercer o direito ao subsídio parental durante os 77 primeiros dias após o nascimento da criança.

Após 77 dias, esse direito pode ser exercido por qualquer dos progenitores, a mãe ou o pai, conforme acordarem por escrito. A condição exigida é que ambos os indivíduos - o progenitor escolhido (ou outra pessoa que tenha a criança cargo) e a própria criança - sejam cidadãos da UE e tenham residência permanente na Eslovénia. Não é permitida a cumulação com outras prestações.

Subsídio de nascimento (enxoval)

O subsídio de nascimento (pomoč ob rojstvu otroka) é uma prestação de montante fixo destinada à aquisição de roupa e de outros artigos para um recém-nascido cujo pai e a mãe têm residência permanente na Eslovénia.

Abono de família

O abono de família (otroški dodatek) assegura aos pais uma prestação para a subsistência, educação e formação de um filho. É atribuído nos casos em que o rendimento per capita do agregado familiar é inferior a 99% do salário médio na Eslovénia. É ainda exigido que a criança tenha residência registada na Eslovénia.

O abono de família é concedido a um dos pais por cada filho com idade inferior a 18 anos, assim como a filhos adultos, enquanto mantiverem o estatuto de estudantes e até à idade máxima de 26 anos. A título excepcional pode ser prolongado, nomeadamente, se o curso tem uma duração de cinco ou seis anos ou quando, em virtude de doença prolongada ou acidente, o curso não pode ser concluído no período previsto.

Complemento para famílias numerosas

O complemento para famílias numerosas (dodatek za veliko družino) é uma prestação anual atribuída a famílias com três ou mais filhos com idade inferior a 18 anos (ou a 26, caso estejam a estudar ou em formação profissional). O montante é mais elevado para famílias com quatro ou mais filhos. O complemento para famílias numerosas é concedido a um dos pais, desde que resida permanentemente com os filhos.

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varstvo) é uma prestação pecuniária destinada a cobrir parte do acréscimo de despesas

de uma família com uma criança que carece de cuidados especiais.

O subsídio é atribuído a um dos pais, desde que a criança tenha nacionalidade eslovena (ou de outro Estado-Membro da UE) e tenha residência permanente na Eslovénia. É concedido com base no parecer de uma junta médica especial e é pago até a criança atingir os 18 anos ou iniciar estudos ou formação profissional a tempo inteiro. A título excepcional, o subsídio é atribuído por crianças que estão a cargo de terceiros, nomeadamente, quando estão em formação escolar ou a viver com uma família de acolhimento.

Compensação parcial por perda de rendimentos

A compensação parcial por perda de rendimentos (delno plačilo za izgubljeni dohodek)

é atribuída a um progenitor que deixou de trabalhar ou que se vê obrigado a trabalhar a tempo parcial devido à necessidade de prestar assistência a um filho com deficiência motora ou mental grave. As condições a preencher, tanto para a criança como para o progenitor, são a residência permanente na Eslovénia e a cidadania da UE.

Cobertura

O subsídio parental corresponde a uma assistência financeira mensal fixa de 195,56 euros (2010).

Em alternativa ao subsídio por nascimento os pais podem optar por um enxoval para o recém-nascido de valor equivalente (em 2010, 279,42 euros).

O montante do abono de família depende do rendimento do agregado familiar (quanto mais baixo o rendimento mais alta a prestação) e do número de filhos. A prestação sofre um acréscimo de 10% no caso de famílias monoparentais e de 20% no caso da existência de crianças em idade pré-escolar que não frequentam um jardim-escola.

Em 2010, o complemento para famílias numerosas ascendia a 391,60 euros no caso de um agregado com três filhos. O montante é mais elevado para famílias com quatro ou mais filhos (477,56 euros).

O subsídio para assistência a filho corresponde a uma prestação mensal de 100,57 euros (2010). Esta prestação sofre um acréscimo de 100% no caso de crianças com deficiência motora ou mental grave.

O complemento mensal por perda de rendimento equivale ao salário mínimo nacional (em 2010, 734,15 euros, ou 562,07 euros uma vez deduzidos impostos e contribuições). Se o progenitor começar a trabalhar a tempo parcial, a prestação é ajustada em conformidade e é paga como uma percentagem do salário mínimo.

Acesso às prestações familiares

As prestações familiares são requeridas no Centro Regional da Acção Social. O beneficiário deve reclamar os seus direitos 30 dias antes da data prevista para o parto ou, o mais tardar, 30 dias após o nascimento da criança. O subsídio por nascimento deve ser requerido num prazo de 60 dias após o parto, findo o qual deixa de ser possível reclamá-lo.

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O abono de família pode ser requerido pelo filho, desde que tenha, pelo menos, 18 anos de idade. Nesse caso, o montante atribuído pelo primeiro filho não está dependente do número de filhos no agregado familiar. O direito é concedido por um período de um ano, podendo ser requerido nos 90 dias seguintes ao nascimento da criança. Após este prazo, só pode ser atribuído a partir do primeiro dia do mês subsequente à apresentação do pedido. Se o titular do direito pretender beneficiar ininterruptamente do abono, deve, para tal, apresentar um novo pedido durante o último mês de validade da decisão de concessão do direito ao abono de família.

O requerimento do complemento para famílias numerosas deve ser apresentado até 15 de Julho de cada ano. Após essa data, o direito cessa. Poderá ser atribuído automaticamente pelo Centro de Acção Social, se a família tiver direito a abono de família.

O subsídio para assistência a filho deve ser requerido no prazo de 90 dias após o nascimento. Caso isso não aconteça, o subsídio será pago a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da apresentação do pedido.

O seu direito a prestações familiares quando se desloca na Europa

As características e os montantes das prestações familiares variam consideravelmente de um Estado para o outro.∗ Por conseguinte, é importante que saiba qual o Estado que é

responsável pelo pagamento destas prestações e quais as condições de atribuição das mesmas. Poderá encontrar os princípios gerais para determinar a legislação aplicável em

http://ec.europa.eu/social/main.jsp?catId=849&langId=pt.

O país responsável pelo pagamento das prestações familiares tem de tomar em consideração os períodos de seguro cumpridos ao abrigo da legislação de quaisquer outros países da União Europeia, bem como da Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, caso tal seja necessário para satisfazer as condições de atribuição das prestações.

Se uma família tiver direito a prestações ao abrigo da legislação de mais do que um país, será aplicável, em princípio, a legislação que prevê o montante mais elevado. Por outras palavras, a família será tratada como se todas as pessoas em causa residissem e estivessem seguradas no país com a legislação mais favorável.

Não podem ser pagas prestações familiares duas vezes durante o mesmo período e a favor do mesmo membro da família. Existem regras de prioridade que prevêem a possibilidade de um país suspender as prestações até ao montante pago pelo país que é o principal responsável pelo pagamento.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo X: Desemprego

Aquisição do direito a prestações por desemprego

As prestações por desemprego (nadomestilo za primer brezposelnosti) podem ser atribuídas a trabalhadores por conta de outrem abrangidos pelo seguro obrigatório e a trabalhadores independentes que subscreveram voluntariamente o seguro de desemprego. O desemprego terá de ser involuntário; não pode ser consequência de falta ou da vontade do segurado.

O segurado deverá preencher ainda as seguintes condições:

ƒ ter tido, nos 18 últimos meses, um contrato de trabalho durante, pelo menos, 12 meses;

ƒ aceitar emprego adequado (na existência de emprego adequado não será paga prestação de desemprego); após determinado período, o beneficiário será obrigado a aceitar emprego um ou dois níveis abaixo, desde que adequado;

ƒ ter-se inscrito nos Serviços de Emprego num prazo de 30 dias após a cessação da relação de trabalho;

ƒ estar apto para o trabalho;

ƒ estar à disposição dos Serviços de Emprego (três horas por dia);

ƒ ter idade compreendida entre os 15 anos e a idade de reforma.

Cobertura

O montante do subsídio de desemprego é calculado com base na remuneração média mensal (sem limite máximo e incluindo as prestações substitutivas de rendimentos de trabalho) auferida durante os 12 últimos meses que precedem a situação de desemprego.

Nos primeiros três meses, as prestações de desemprego equivalem a 70% da base de cálculo. Após esse período, são reduzidas para 60% da mesma base de cálculo. A prestação paga não pode ser inferior a 45,56% do salário mínimo e não pode ser superior ao triplo do montante da prestação mais baixa.

A duração da prestação de desemprego depende da extensão do período contributivo até essa data. É pago durante:

ƒ 3 meses, para um período contributivo de 1 a 5 anos;

ƒ 6 meses, para um período contributivo de 5 a 15 anos;

ƒ 9 meses, para um período contributivo de 15 a 25 anos;

ƒ 12 meses, para um período contributivo superior a 25 anos;

Os desempregados de idade avançada gozam de melhor protecção. Podem receber a prestação de desemprego por 18 meses, se tiverem entre 50 e 55 anos, e por 24 meses, se tiverem mais de 55 anos. Em ambos os casos, deverão ter um período de quotizações superior a 25 anos. Os Serviços de Emprego pagam as contribuições para o seguro de pensão e de invalidez por um máximo de três meses, se for possível ao beneficiário reformar-se durante o período em causa.

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As pessoas que recebem prestações de desemprego estão cobertas pelos regimes de seguro social, que consistem no seguro de pensão e de invalidez obrigatório, no seguro de doença obrigatório, no seguro de protecção parental e no seguro de desemprego. Acesso às prestações por desemprego

A prestação de desemprego deve ser requerida na delegação local dos Serviços de Emprego. A prestação é paga a partir do primeiro dia após a cessação da relação de trabalho.

Se o desempregado se inscrever após o prazo indicado de 30 dias, o seu direito à compensação financeira é encurtado de acordo com o atraso em questão. Se a inscrição não for efectuada 60 dias após a cessação da relação de trabalho, o desempregado perde o direito à prestação.

O seu direito a prestações por desemprego quando se desloca na Europa

Em regra, o Estado-Membro onde trabalha é responsável pelo pagamento das prestações por desemprego. Aos trabalhadores fronteiriços e outros trabalhadores transfronteiriços que mantiveram a sua residência num Estado-Membro diferente daquele onde trabalham são aplicáveis disposições especiais.

Os períodos de seguro ou emprego cumpridos noutros países da União Europeia ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça podem ser utilizados para o preenchimento das condições contributivas.

Se pretender procurar emprego noutro país da União Europeia ou na Islândia, Listenstaine, Noruega ou Suíça, poderá, em certos casos, exportar estas prestações durante um período de tempo limitado.∗

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas

exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

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Capítulo XI: Recursos mínimos

Aquisição do direito a prestações de recursos mínimos

Todas as pessoas com residência permanente que carecem de recursos mínimos (cujo património e rendimento se situe abaixo de determinado limiar) em virtude de motivos objectivos podem beneficiar da ajuda social financeira (denarna socialna pomoč). Pensão do regime geral

A pensão do regime geral (državna pokojnina) é uma prestação sujeita a avaliação dos recursos. Pode ser atribuída a qualquer pessoa com residência permanente na República da Eslovénia que não tenha direito a uma pensão a título do regime obrigatório do seguro de pensão e de invalidez ou de uma pensão pública de outro país. O beneficiário deverá ter mais de 65 anos e ter tido residência permanente na Eslovénia por, pelo menos 30 anos entre os 15 e os 65 anos de idade.

Subsídio complementar

O subsídio complementar (varstveni dodatek )é uma prestação pecuniária mensal sujeita a avaliação dos recursos no âmbito do regime do seguro de pensões e de invalidez. É concedido a titulares de pensões muito baixas, nomeadamente, de velhice, de invalidez, de viuvez ou familiar. Para beneficiar deste complemento, o pensionista deve ter residência permanente na Eslovénia.

Subsídio de subsistência

O subsídio de subsistência pode ser requerido uma vez expirado o direito a compensação (descrito no capítulo VII). A pessoa viúva deve inscrever-se na delegação de emprego no prazo de 30 dias após aquela data e satisfazer as condições de acesso à prestação complementar. O subsídio de subsistência é uma prestação sujeita a avaliação dos recursos.

Cobertura

A ajuda social financeira é determinada em função do nível de subsistência e está associada ao rendimento mínimo (minimalni dohodek). O montante de base deste rendimento mínimo para um indivíduo estava fixado em 2010 em 229,52 euros. O rendimento mínimo familiar é determinado em função da estrutura familiar, do seguinte modo: para o primeiro adulto considera-se 100% do montante de base do rendimento mínimo; para o adulto seguinte há um acréscimo de 70% e para cada filho e para famílias monoparentais há um acréscimo de 30% do montante de base.

O montante da ajuda social financeira equivale à diferença entre o rendimento mínimo (do indivíduo ou da família) e o rendimento efectivo (do indivíduo ou da família). O período de ajuda não pode ultrapassar três meses na primeira vez que é concedida, mas a partir daí pode ser prolongada para seis meses, desde que as circunstâncias não tenham mudado. Em casos especiais (pessoas com mais de 60 anos ou outras circunstâncias relevantes) a ajuda pode ser concedida por um período máximo de 12 meses. A ajuda social financeira permanente é atribuída a pessoas cuja condição social não tem probabilidades de melhorar.

A pensão do regime geral é uma ajuda mensal fixa, que corresponde a 33,3% da base de pensão mínima. Em 2010, ascendia a 181,36 euros.

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O subsídio complementar é calculado com base na diferença entre a pensão e o limite fixado. Pode cobrir uma parte ou a totalidade da diferença e depende ainda da duração do período da pensão. Por exemplo, no caso de um período de pensão de 15 anos, cobre 60% da diferença entre a pensão e o limite e no caso de um período de pensão de 35 anos, cobre a totalidade da diferença.

O subsídio de subsistência é equivalente à pensão de viuvez que o beneficiário teria recebido se a ela tivesse direito. Não pode ultrapassar determinado limite ou duração (24 meses).

Acesso às prestações de recursos mínimos

A ajuda social financeira pode ser requerida no Centro de Acção Social. Os requerimentos podem ser apresentados através do preenchimento de um formulário especial, ao qual é anexada documentação comprovativa.

A pensão do regime geral, o subsídio complementar e o subsídio de subsistência devem ser requeridos na delegação local do Instituto do Seguro de Pensão e de Invalidez. A delegação pode, em qualquer altura, exigir aos beneficiários do subsídio complementar provas de que continuam a preencher as condições de atribuição. A manutenção desse direito pode ser verificada automaticamente de dois em dois anos. Se não apresentar as provas no prazo fixado, o beneficiário pode perder o direito à prestação.

O seu direito a prestações de recursos mínimos quando se desloca na Europa Algumas prestações pecuniárias especiais de carácter não contributivo são concedidas exclusivamente no país onde o beneficiário reside e, como tal, não são “exportáveis”. Estas prestações encontram-se enumeradas no Anexo II, no final do presente guia.

As regras de coordenação da UE aplicam-se apenas à segurança social, não às prestações de assistência social.

Estão disponíveis mais informações sobre a coordenação dos direitos de segurança social quando se desloca ou viaja na Europa em: http://ec.europa.eu/social-security-coordination.

Referências

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