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James Swetnam - Gramática Do Grego Do Novo Testamento

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Professor Emérito do Pontifício Instituto Bíblico de Roma

Gramática do Grego

do Novo Testamento

Parte I

Morfologia

Volume I

Lições

PAULUS

(4)

D ados Internacionais de C a talo g ação na Publicação (C IP ) (C â m a ra B rasileira do Livro, S P, Brasil) S w etnam , J a m e s

G ra m á tic a do G reg o do N ovo T e s ta m e n to / Jam es Sw etnam ; [tradução] H enrique M u- rachco, Juvino A. M a ria J r.t P aulo B azaglia. - S ão Paulo : Paulus, 2 0 0 2.

Título original: An Introduction to the S tudy of the N e w T e s ta m e n t G re e k

C onteúdo: V .1 . Lições, pt.1. M orfologia. - V .2. C h a v e , listas, parad igm as, índices. p t.1 . M orfologia.

IS B N 8 5 -3 4 9 -2 0 0 1 -X

1. G re g o bíblico - G ra m á tic a 2. G rego bíblico - Livros-texto I. Título.

0 2 -4 3 8 3 C D D -4 8 7 .4

índices para catálogo sistem ático: 1. G rego bíblico : Novo T e stam ento 4 8 7 .4 2. N ovo T e s ta m e n to : G rego bíblico 4 8 7 .4

Título original

An Introduction to the Study of the New Testament Greek © Editrice Pontifício Istituto Bíblico, 2 a ed. revista e corrigida, R om a, 1 9 9 8

IS B N 8 8 -7 6 5 3 -6 0 0 -0 D ireção editorial Paulo Bazaglia Tradução Henrique Murachco Juvino A. Maria Jr. Paulo Bazaglia R evisão

Ciaudiano Avelino dos Santos Ivo Storniolo José Bortolini

C a p a

: Marcelo Campanhã Im pressão e acabam ento

P A U L U S

© P A U L U S - 2 0 0 2

R ua Francisco C ruz, 2 2 9 · 0 4 1 1 7 -09 1 S ão P aulo (Brasil) Tel. (1 1 ) 5 0 8 4 -3 0 6 6 · Fax (1 1 ) 5 5 7 0 -3 6 2 7 w w w .paulus.com .b r · editorial@ p au lus.com .br

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Esta primeira edição impressa de minhas notas mimeografadas da gramática grega, que veio à luz inicialmente em 1981, apresenta-se com certo atraso devido a diversos motivos, alguns dos quais alheios a mim. Tal atraso, porém, provavelmente tomou possível urria reformulação mais completa e imaginativa na versão original. Esta ultima trouxe um resultado que eu não havia previsto.

Para esta edição, assim como para as notas anteriores, sinto-me agradecido so­ bretudo a meus estudantes passados e presentes, especialmente àqueles do Pontifí­ cio Instituto Bíblico a partir de 1963, por sua ajuda ao indicar o que poderia ser útil para o aprendizado do grego. Devo agradecer, especialmente, pelo conselho e alento, a seis colegas professores de grego: Rev. Leo Arnold, SJ; Rev. Anthony J. Forte, SJ; Rev. William J. David Holly, OSBCam; Pe. Cario Rusconi, da diocese de Rimini; Rev. Silvano Votto, SJ; Rev. João Welch, SJ. De qualquer forma, assumo a total responsabilidade pelo trabalho final.

Ficarei agradecido pelas sugestões ou correções que considerarem convenientes os que fizerem uso desta obra.

James Swetnam, SJ

Festa da Epifania Roma, 6 de janeiro de 1992

Prefácio à segunda edição inglesa

Para esta segunda edição, estou particularmente em dívida com o paciente, con­ selho e assistência do meu colega Rev. Silvano Votto, SJ. A ele, e a todos os que apresentaram sugestões e correções para a primeira edição, meu agradecimento.

James Swetnam, SJ

Festa de São Marcos Evangelista Roma, 25 de abril de 1998

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Prefácio à edição em português

. Esta edição em português da minha gramática introdutória ao grego do Novo Testamento deixa-me muito satisfeito. Com ela poderei ajudar muita gente em di­ versos lugares - Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Timor Leste etc. - a com­ preender a língua original do conjunto de livros escritos de forma ímpar sobre a pessoa mais importante que já viveu: Jesus Cristo.

A gramática foi escrita com extrema pormenorização. Por duas razões: 1) as pormenorizações podem ser de grande ajuda ao estudante que usa este texto sem o auxílio de um professor (ainda que as lições possam ser seguidas com a vantagem da supervisão de um professor, como num curso ministrado); 2) as pormenorizações podem ajudar o estudante a compreender que o texto grego neotestamentário é im­ portante sob todos os aspectos, até o menor deles. A decisão de insistir nos porme­ nores, além disso, é simplesmente reflexo do modo como o grego do Novo Testa­ mento é ensinado no Pontifício Instituto Bíblico. Após 33 anos de ensino no Insti­ tuto Bíblico, portanto, de modo nenhum me arrependo a esse respeito. O domínio do Novo Testamento certamente requer muito mais que o domínio do texto grego. Todavia, o domínio do texto grego geralmente é essencial ao domínio do Novo Testamento.

A insistência nos pormenores, no entanto, de modo nenhum deve ser entendida como implicação de que esta seja a única forma de aprender o grego neotestamentá­ rio, ou como se as outras gramáticas fossem inadequadas. Esta gramática é apenas um meio para aprender o grego do Novo Testamento; se algum outro modo de estu­ dar o grego neotestamentário parecer mais produtivo para determinado estudante ou em determinada circunstância, eu gostaria de ser o primeiro a incentivá-lo.

Um das imagqns que conservo como professor de grego do Novo Testamento no Pontifício Instituto Bíblico é uma fotografia que um dos nossos estudantes me mostrou quando aqui chegou: ele está Vestido com o uniforme do exército espanhol e ao fundo se vê a Rocha de Gibraltar; está estudando aplicadamente com uma ver­ são anterior, mimeografada, desta gramática. Aquelas páginas lhe possibilitaram passar no exame de qualificação de grego para a admissão ao Instituto Bíblico. Esta fotografia definitivamente me ensinou que quando algo que vale a pena encontra-se impresso, é imprevisível o número e categoria de pessoas que dele tirarão proveito.

É lógico que aprender o grego do Novo Testamento é simplesmente um meio para aprender o que o Novo Testamento ensina, ou seja, em última instância e fun­ damentalmente situar-nos em uma relação mais segura com Deus através de Jesus Cristo. Ainda que esta gramática possa ser estudada com proveito por alguém que não tem fé em Jesus como o Redentor, ela é programada especialmente para aqueles que se aproximam do Novo Testamento dentro da dimensão da fé.

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O domínio do grego do Novo Testamento, ainda que em nível introdutório, pode dar a impressão de que, com tal domínio, temos controle do Novo Testamento e de sua mensagem sobre Jesus Cristo. Nada, naturalmente, poderia estar mais longe da verdade. Dominamos o Novo Testamento à medida e da mesma forma que nos dei­ xarmos dominar por ele.

James Swetnam, SJ

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Abreviaturas

I. Novo Testam ento II. G eral

Mt Mateus a acusativo

Mc Marcos Adj Adjetivo

Lc Lucas Adv Advérbio

Jo João Conj Conjunção

At Atos dos Apóstolos d dativo

Rm Romanos f feminino

ICor 1 Coríntios g genitivo

2Cor 2 Corfntios Inter Interjeição

G1 Gálatas m masculino

Ef Efésios N Nome, substantivo

F1 Filipenses N.B. Nota bene

Cl Colossenses Neg Negação

lTs 1 Tessalonicenses neut neutro

2Ts 2 Tessalonicenses n nominativo

lTm 1 Timóteo P plural

2Tm 2 Timóteo Part Particípio, Partícula

Tt Ti to Prep Preposição

Fm Fi lemon Pro Pronome

Hb Hebreus s singular

Tg Tiago V vocativo

lPd I Pedro V Verbo

2Pd 2 Pedro VD Verbos difíceis

lJo 1 João PV Paradigmas dos verbos

2Jo 2 João 3Jo 3 João

Jd Judas

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Um livro de .texto nunca é completamente satisfatório, exceto, talvez, para seu autor. A esse respeito, o autor desta obra não se ilude. Ele sim­ plesmente oferece esta gramática como resultado de vários anos de ensino a estudantes de ampla variedade de proveniência (mais de mil e quinhentos, de oitenta e cinco países). Sua esperança é que esta gramática possa ser de ajuda a outros professores, seja por meio de seu uso direto, seja como in­ centivo a que escrevam a sua própria. Mas esta obra fo i escrita especial­

mente para estudantes que, por diversas circunstâncias, se vêem obrigados a empreender o estudo do grego do Novo Testamento sem a ajuda de um professor, ainda que não se exclua a possibilidade de seu uso em aulas.

A obra se baseia numa série de observações do autor, fundadas em sua

experiência pessoal:

1. Não é fácil aprender o grego do Novo Testamento; exceto para pes­ soas que possuem um dom para além do normal, a aprendizagem re­ quer esforço considerável e perseverante. Por outro lado, qualquer pessoa que possua inteligência normal pode aprender muito desta lín­ gua, desde que esteja disposta a enfrentar um grande trabalho.

2. Aprender o grego do Novo Testamento requer realismo em perseguir um objetivo, se é que o estudante procura perseverar a ponto de con­ seguir o domínio da língua e conseqüentemente a habilidade para ler o texto do Novo Testamento.

3. Geralmente se obtém maior fruto do estudo do grego do Novo Testa­ mento caso.se desenvolva uma aprendizagem tanto dedutiva (que consiste na memorização do vocabulário, paradigmas e regras) quanto indutiva (que consiste no contato com o texto do Novo Testamento). 4. A aprendizagem do grego do Novo Testamento pode tomar-se menos

difícil quando se faz uma apresentação cuidadosa da nova matéria, de modo que os pontos essenciais sejam claramente dispostos e aqueles não tanto essenciais sejam apresentados em modo subordinado ou re­ metidos a ulterior consideração.

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Gramáticadogregodo Novo Testamento

De acordo com tais observações, a presente obra se distingue pelas se­ guintes características:

1. Não se oferecem atalhos. Presume-se que o estudante esteja interessa­ do em aprender bem a língua e que pagará o preço para obter tal aprendizado.

2. As lições estão estruturadas de modo a possibilitar contínuo progresso na compreensão do texto do Novo Testamento.

3. O método dedutivo é utilizado na apresentação do vocabulário, para­ digmas, regras e nos exercícios de tradução do português para o gre­ go. O método indutivo é utilizado nos exercícios de tradução do grego para o português e no contato do estudante com o texto do Novo Tes­ tamento, já na lição 1, começando com os primeiros cinco versículos do evangelho de Marcos.

4. A clareza na apresentação é buscada por meio da disposição em cem lições, cada qual com sua matéria cuidadosamente definida. Cada li­ ção pode ser considerada suficiente para uma hora de aula, se o livro for usado para apresentação em aulas. Um principiante normal, no entanto, necessitará ao menos de três ou quatro horas adicionais para aprender a fundo a matéria de cada lição. Algumas lições- contêm mais matéria que outras, e por isso exigirão maior tempo de estudo privado. Além disso, aconselham-se períodos de revisão de vez em quando, que permitam ao estudante recuperar a disposição.

A estrutura geral da obra é a seguinte:

a) Paradigmas do verbo: O verbo ei μι é apresentado por primeiro, se­ guido pelo verbo temático λύω. Quando λύω for completamente trata­ do, serão apresentadas as “variantes” maiores (por exemplo, verbos “contratos”, irregulares, depoentes e atemáticos).

b) Paradigmas de substantivos, pronomes e adjetivos: São apresentados logo que possível: primeiro a segunda declinação, depois a primeira, e finalmente a terceira.

c) Preposições: As preposições mais importantes são apresentadas gra­ dualmente, mas de forma constante, de modo que ao chegar à lição 30 o estudante já terá visto todas as essenciais para facilitar a leitura do Novo Testamento.

d) Advérbios: São apresentados gradualmente, como parte de quase to­ dos os vocabulários que integram as lições.

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e) Vocabulário: Todas as palavras do Novo Testamento que ocorrem mais de vinte vezes (excluindo nomes próprios) são apresentadas, quando possível, juntamente com a apresentação do paradigma apro­ priado.

f) Leituras do Novo Testamento: O evangelho de Marcos é apresentado nas primeiras sessenta e sete lições, junto com a apresentação dos pa­ radigmas e um vocabulário básico; o mesmo evangelho é novamente apresentado nas lições 68-81. O evangelho de João é apresentado nas lições 82-100.

g) Sintaxe: Suficiente sintaxe é oferecida a fim de capacitar o estudante a ler o texto do Novo Testamento em nível de compreensão básica. E prevista uma segunda parte da Gramática do grego do Novo Testa­

mento, que se dedicará ao tratamento mais extensivo da sintaxe.

h) Listas e paradigmas: Um elaborado sistema de listas de vocabulários une a apresentação inicial dos vários tipos de palavras do volume I aos paradigmas do volume II. O objetivo destas listas é ajudar o estu­ dante a constatar como as palavras individuais estão situadas nas dis­ tintas categorias da língua. As listas, ademais, podem ser utilizadas como recurso para facilitar a memorização.

A forma de apresentação desta gramática será sem dúvida considerada como exageradamente explicativa. O autor, que muitas vezes se viu obriga­ do a ler um manual de computador sem ajuda de um professor, antecipada­ mente se defende. Se algo continua claro depois de sua experiência de 38 anos como professor de grego, é o seguinte: Repetitio mater scientiae - “A repetição é a mãe da aprendizagem”. Este modo de proceder é particular­ mente necessário em relação aos fundamentos básicos, tais como voz, modo e tempo. A simples repetição, porém, não é suficiente: um manual para principiantes em gramática deveria possibilitar interação de perspectivas, perspectivas que têm na repetição um caminho para a compreensão cres­ cente e constante.

A particularidade com que as formas e o vocabulário são classificados também constitui uma tentativa de contornar uma possível deficiência no conhecimento de gramática, dificiência que se mostrou mais e mais nos úl­ timos anos entre os estudantes de língua indo-européia. É, além disso, uma tentativa de ajudar estudantes de famílias lingüísticas distintas da indo-euro­ péia, que estudarão o grego com esta gramática ou com uma tradução nela baseada.

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10 Gramáticadogrego do Novo Testamento

As referências ao Novo Testamento serão feitas ao longo do livro, sem­ pre que for possível, com a finalidade de possibilitar ao estudante o máximo de contato com o texto sagrado, cujo conhecimento é a meta última desta obra.

A “chave” deste manual (incluída no volume II) permitirá ao estudante trabalhar de modo inteligente com a gramática e os exercícios. Um profes­ sor, é claro, seria preferível: um bom manual é um excelente professor, mas um excelente professor é mais que um bom manual.

O uso inadequado da “chave”, deve-se dizer, pode ser contraproducente. Se a presente gramática não atender às expectativas do leitor, aconselha- se a procurar outra, que satisfaça sua preferência. O importante é que se aprenda o grego.

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O alfabeto. Pronúncia. Espíritos. Acentos. O iota subscrito.

O alfabeto.

Letras maiusculas Letras minúsculas Nome Som

A

A

a

a alfa a

B

B

β

b beta b

Γ

G

Ύ

g gama g (gato, guerra)

Δ

D

δ

d delta d

E

E

e

e epsilon e (breve)

Z

Z

C

z dzeta dz

H

H

η

e eta e (longo)

Θ

TH

θ '

th teta th (ingl. thing)

I

I

1

i

iota i

K

K

K

k

capa k

Λ

L

λ

1

lambda l

M

M

μ

m

mi m

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12 Gramáticadogregodo Novo Testamento X ξ X csi cs (axioma)

O

0 0 0 ômicron o (breve)

Π

P τ τ Ρ Pi P

P

R

P

r rô r(cara)

Σ

S

σ , ς

S sigma s

T

T

τ

t tau t

T

u

υ

u ípsilon y

Φ

F

Φ

f fl f( p h ,p aspirado)

X

CH

X

ch qui c, qu

Ψ

PS

Ψ

ps psi ps

Ω

o

ω

0 ômega o (longo) Pronúncia.

Gama (γ) é pronunciado como ni (v) quando precede imediatamente capa (k), qui (χ) ou outro gama (γ). Por exemplo: ά γγ ελ ο ς se pronuncia ángue-

los; άγκυρα se pronuncia ánkira. (O acento e sua posição não se relacionam

com o som do gama.)

Sigma se escreve σ no início ou no meio de uma palavra, e ς no final. A pronúncia é a mesma em todos os casos.

ípsilon não tem equivalente exato na língua portuguesa. Corresponde ao som do u francês ou do ü alemão. Uma descrição aproximada de como se forma é a que segue: com os lábios arredondados, língua alta e o som focado no meio da boca, o u pronuncia-se como i com som gutural1.

Qui é pronunciado como qu com som aspirado.

As letras a , e, η, ι, ο, υ e ω são vogais. As restantes são consoantes, η e ω são sempre longas; e e o são sempre breves; a, t e υ podem ser longas ou

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breves, mas a duração não é indicada pela ortografia, podendo ser deduzida, ao menos no geral, somente pelo acento da palavra em que a vogal se encon­ tra. Em estudos lingüísticos especializados, a duração das vogais ambíguas a, i e υ é às vezes especificada pelos seguintes sinais: um mácron ( ~ ) sobre uma destas vogais indica que ela é longa (e.g., ã), um sinal para uma vogal breve ( " ) sobre uma destas vogais indica que a vogal é breve (e.g., d). Estes sinais, no entanto, geralmente são omitidos nos textos gregos.

Existem oito ditongos, isto é, combinações de duas vogais que são pro­ nunciados como um som:

O U ai pronunciado como ai

e i

ei pronunciado como ei O L oi pronunciado como oi

υι

ui pronunciado como ui

αυ

au pronunciado como au

e v

eu pronunciado como ew

ηυ

eu pronunciado como eu

ου

ou pronunciado como u

O sistema de pronúncia indicado acima é um tanto arbitrário, e é empre­ gado para facilitar a comunicação entre estudantes coetâneos do Novo Tes­ tamento grego no Brasil e nos países onde o português é falado. Estudantes de diferentes tradições não devem hesitar em adotar o padrão de pronúncia do grego do Novo Testamento de sua região.

Espíritos.

Uma vogal ou ditongo no início de uma palavra tem sempre um “espíri­ to”, que pode ser “suave” ( ’) ou “áspero” ( ') . O espírito suave não se pro­ nuncia; o espírito áspero é pronunciado como se fosse um r suave em portu­ guês, ou como um h em inglês. Quando uma vogal simples inicia uma pala­ vra, o espírito se escreve diretamente sobre esta vogal se se trata de uma mi­ núscula (oi, ct), ou imediatamente diante dela se se trata de uma maiúscula

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14 Gramáticadogregodo Novo Testamento

( Ά , A). Quando um ditongo inicia uma palavra, o espírito é posto sobre a segunda vogal, independendo de a primeira vogal ser minúscula ou maius­ cula (αύ, αύ, Αύ, Αΰ).

A consoante p, quando encontrada no início de uma palavra, tem sempre espírito áspero: p.

Acentos.

Os acentos em grego foram originalmente empregados para indicar a en­ tonação musical da voz na pronúncia de uma palavra. Finalmente (possivel­ mente na época do Novo Testamento), os acentos passaram a indicar a ênfase numa sílaba, na pronúncia de uma palavra. As regras de acentuação em grego são complicadas e serão, por isso, apresentadas apenas gradualmente nas li­ ções que seguem. Os acentos são importantes sobretudo para a pronúncia (indicando a sílaba de uma palavra que deve ser enfatizada) e, ocasional­ mente, para prover um sentido de distinção entre diferentes palavras com a mesma grafia (e.g., r i s , quem?, e τ ις , algum).

Há três tipos de acentos em grego: o agudo ( ' ), o circunflexo (~ ou ~ ) e o grave ( ' ). Os acentos se escrevem sobre vogais simples ou ditongos. Os acentos sobre os ditongos são sempre escritos sobre a segunda vogaj. Quando um espírito ocorre sobre a mesma letra acentuada, o espírito é sempre escrito por primeiro, exceto no caso de um circunflexo; neste caso o espírito é es­ crito sob o acento (ã, a, a t, αϊ, ά, a).

O iota subscrito.

Em algumas palavras um iota é escrito sob as vogais longas a, η e ω. Este iota é chamado “iota subscrito” e não afeta a pronúncia (ou seja, q, η, q são pronunciados como α, η, ω). É uma convenção de escritura para indicar a omissão de uma letra (i) que era antes pronunciada. * I. II. III.

Exercícios.

I. Memorize de modo ativo e passivo o alfabeto e os ditongos.

II. Pratique a escritura das letras até que as possa reproduzir de memória. III. Trabalhe nos cinco primeiros versículos do evangelho de Marcos (Mc

1,1-5), confrontando o texto com as informações dadas acima. Pronuncie as palavras de todos os cinco versículos, até que não seja mais necessário verificar as instruções dadas na lição para ver se a pronúncia está correta.

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[Qualquer edição crítica do Novo Testamento grego pode ser utilizada para fazer os exercícios desta gramática. O texto seguido na composição desta gramática foi o The Greek New Testament, 4a ed., The United Bible Societies, 1993.]

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16 Gramáticadogregodo Novo Testamento

Lição 2

Presente do indicativo de cífií. O tempo presente. O modo indicativo. Pessoa. O número nos verbos. O -u móvel. O artigo. Gênero. O número no artigo, substantivos, pronomes e adjetivos. Caso. Declinação do artigo. O caso nominativo. A oração principal.

A oração subordinada. O uso predicativo do adjetivo. O uso atributivo do adjetivo. Adjetivos como substantivos.

Concordância. O substantivo Àóyoç.

Presente do indicativo de elp í.

O verbo ser em grego é usado como em português, tanto para indicar existência (Deus existe) quanto para ligar um sujeito a um adjetivo como predicativo (Deus é bom). No tempo presente do modo indicativo, ele é con­ jugado da seguinte maneira (cf. V 16; VD 78; PV 9 - para uma explicação

destas abreviaturas, ver abaixo nesta lição): Singular Plural 1* pessoa d p i έσμέν 2a pessoa α> έστέ 3a pessoa έσ τι(ν) eiaí(y) sou somos és sois é são

O tempo presente. O modo indicativo.

“Tempo” e “modo” são difíceis de definir. A função precisa do “tempo” no sistema verbal grego é particularmente complexa e muito discutida. Por ora, o estudante precisa apenas pensar no “tempo presente” como se referin­ do ao presente, em contraste com o passado e o futuro. Em relação ao “modo indicativo”, o estudante precisa apenas saber que é usado para expressar

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sim-pies enunciados (e.g., Ele é alto) ou para formular perguntas comuns (e.g.,

Ele é alto?).

Pessoa.

A “primeira pessoa” é usada para designar a pessoa que fala: eu, nós; a “segunda pessoa” é usada para designar a pessoa a quem se fala: tu, vós; a “terceira pessoa” é usada para designar a pessoa ou coisa da qual se fala: ele,

ela, eles, elas.

O núm ero nos verbos.

O “singular” refere-se a “um”; o “plural”, a “mais de um”. O -v móvel.

Na terceira pessoa do singular e do plural, o v entre parênteses indica que a forma completa pode ser tanto έσ τί / e ia í quanto έσ τιν / eto ív . As formas

sem o v normalmente são usadas se a palavra que segue é iniciada por conso­

ante; formas com o v são normalmente usadas se a palavra que segue é inici­ ada por vogal, ou se a forma verbal finaliza o enunciado. Mas o uso não é rí­ gido: há muitas exceções, especialmente em apoio do uso do -v.

O artigo.

Em português temos artigos definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um,

uma, uns, umas). Em grego existe apenas o artigo definido. Assim, uma pa­

lavra como λόγος pode ser traduzida como palavra ou como uma palavra, dependendo do contexto. Mas o uso do artigo definido em grego corresponde em grande parte ao uso do artigo definido em português. As diferenças são freqüentemente muito sutis para serem mencionadas numa introdução. Aten­ ção deverá ser dada ao modo como o artigo é usado nos exercícios de grego e de português que seguem e no Novo Testamento.

O artigo grego geralmente funciona como o adjetivo, concordando com a palavra que ele modifica em gênero, número e caso.

Gênero.

Em grego os substantivos são divididos em três grupos que são distingui- dos de acordo com os artigos que se encontram firmemente associados a eles. Assim, λόγος é associado a ó, e é chamado “masculino”. Substantivos asso­ ciados a ή chamam-se “femininos”, e aqueles associados a t ó chamam-se

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18 Gramáticadogregodo Novo Testamento

“neutros”. O “gênero”, portanto, é primeiramente gramatical. Mas, onde é apropriado, ele frequentemente, embora não sempre, segue divisões de sexo. Por exemplo, “um homem” é gênero masculino, “iima mulher” é gênero fe­ minino. Contudo, “uma criança” pode ser relacionada a uma palavra que é associada ao artigo neutro.

O número no artigo, substantivos, pronomes e adjetivos.

O Novo Testamento grego divide o artigo, substantivos, pronomes e adje­ tivos em dois grupos: aqueles que se referem a uma só pessoa ou coisa, e aqueles que se referem a mais de uma pessoa ou coisa. Em outras palavras, é a mesma distinção vista no uso do número para o verbo.

Caso.

“Casos” (nominativo [n], vocativo [v], genitivo [g], dativo [d] e acusativo [a]) são expressões dos modos como um substantivo, pronome ou adjetivo pode ser usado dentro de um enunciado. O significado dos casos será intro­ duzido gradualmente no curso das lições seguintes.

Declinação do artigo.

O artigo grego se declina do seguinte modo (cf. Adj IPro e Art [para a explicação destas abreviaturas, ver abaixo nesta liçãoj):

Singular

Masculino Feminino Neutro

n 0f η< T Ó

g του T T j ç του

d τω τη τω

a τόν την τό

Plural

Masculino Feminino Neutro

n OL αί τα

g των των των

d T O I Ç T a t s T o t s

a το υ ς r á s τά

Não existe o caso vocativo para o artigo.

Neste e nos outros paradigmas que seguirão, bem como nos exercícios de tradução, os acentos serão escritos para familiarizar o estudante com o modo como as palavras em questão realmente aparecem no texto do Novo Testa­

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mento. Mas um controle ativo dos acentos não é aconselhável na memoriza­ ção dos paradigmas e vocabulário, ao menos nos primeiros estágios de estu­ do do grego. Exceções devem ser feitas onde o acento é necessário ou útil para distinguir entre duas palavras de outro modo semelhantes (e.g., ó, artigo masculino singular nominativo, deve ser atentamente distinto de 6, pronome relativo neutro singular nominativo ou acusativo, como será apresentado na lição 3). As regras de acentuação serão iniciadas na lição 9.

O caso nominativo. A oração principal. A oração subordinada.

O caso nominativo é usado, sobretudo, para indicar o “sujeito” de uma oração principal ou subordinada. Ele exprime o tópico principal que é consi­ derado, o “sujeito” do discurso, a respeito do qual se fala.

Uma “oração” é uma palavra ou exposição de palavras implicando ou propondo um juízo completo em relação a algum aspecto da existência, e ge­ ralmente é expressa como afirmação, questão, ordem, desejo, ou exclamação. Ordinariamente, uma oração contém um sujeito e um predicado, isto é, um substantivo e· uma forma verbal, que são tanto explícitos como implícitos. Exemplos de orações: Deus é bom (afirmação); Deus é bom? (pergunta);

Vem! (ordem - o caso nominativo “tu” é subentendido); Venha o Senhor (de­

sejo); Ó Deus! (exclamação - algum verbo deyé ser pressuposto, dependendo do contexto).

Uma oração subordinada é uma palavra, ou conjunto de palavras, que não expõe ou implica um juízo completo em relação a algum aspecto da existên­ cia. Exemplos de orações subordinadas: ... quando ele vem...; ... em que ele

vive...; ... embora ela ainda esteja viva... As vezes, orações são referidas

como orações principais. No contexto de tal uso, as que aqui são determina­ das simplesmente como “orações dependentes” são consequentemente cha­ madas “orações subordinadas”.

Dado que as orações subordinadas não podem gramaticalmente se esta­ belecer por si mesmas, elas devem ser encontradas como parte de um perío­ do. Tais períodos são chamados de “períodos compostos” . A parte que expõe ou implica um juízo completo é chamada de “oração principal”. A oração dependente dela é especificada como “oração subordinada”. Exemplos de pe­ ríodos compostos: Quando ele vier (oração subordinada), nós ficaremos fe li­

zes (oração principal); Apesar de que esteja ainda viva (oração subordinada), ela não está bem (oração principal).

Os períodos que contêm duas ou mais orações principais chamam-se “pe­ ríodos compostos por coordenação”: Deus é sempre bom, mas os seres hu­

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20 Gramáticadogregodo Novo Testamento

ção são chamados de “períodos complexos”: Deus, que é criador, é sempre

bom, mas os seres humanos, que são criaturas, às vezes são maus.

O uso predicativo do adjetivo.

O verbo et μι é peculiar, podendo ser usado não somente para indicar existência (ó θεό? έσ τιν - Deus existe), mas também para unir um sujeito a um adjetivo como seu “predicado” (ó θεός έσ τιν αγαθό? - Deus é bom). No segundo exemplo, a “bondade” está sendo “predicada” de Deus, isto é, afirmada.

O verbo είμ ί no tempo presente do modo indicativo pode .ser omitido, se o sentido for claro pelo contexto. Esta omissão usualmente é indicada pela posição do artigo, que normalmente não é usado para o predicado. Assim, a proposição ό λόγο? έσ τιν ά γιο ? (A palavra é santa) também pode ser ex­ pressa como ό λόγο? ά γιο? ou ά γιο? ò λόγο? (a diferença na ordem das palavras não implica diferença no significado básico).

Tal uso de um adjetivo é chamado “predicativo”, pois o adjetivo funciona como o predicado da sentença, com o verbo είμ ί subentendido. Quer dizer, o adjetivo é usado para afirmar ou “predicar” algo a respeito do sujeito. A “santidade” está sendo afirmada, isto é, predicada em relação à “palavra”, em ambas as expressões: esse é o ponto em questão. Quando um adjetivo é, por­ tanto, usado de modo predicativo, o pensamento pode permanecer no que foi afirmado, pois o que se afirmou é implicitamente uma sentença.

Este uso de predicação adjetiva vai além de sentenças simples, tais como as dadas acima, e é importante para o uso do adjetivo em muitas outras situa­ ções.

O uso atributivo do adjetivo.

Em cada um dos três exemplos do uso “predicativo” de um adjetivo (1. ò άγγελό? έσ τιν ά γιο ?, Ί, ό ά γγελο? άγιο?, 3. ά γιο? ό άγγελο?), ο adje­ tivo está fora da combinação ό ά γγελο?. Se ο adjetivo está dentro da com­ binação ό ά γγελο ?, de modo que a expressão seja ό ά γιο ? ά γγελο ?, ou se o adjetivo está unido ao seu próprio artigo, de modo que a expressão seja ó άγγελο? ό ά γιο ?, o uso é chamado “atributivo”.

Quando um adjetivo é usado atributivamente, o verbo ε ίμ ί não está im­ plícito. Então não se faz um juízo completo; o pensamento não pode perma­ necer no que foi estabelecido, pois o que foi estabelecido não é uma senten­ ça, nem mesmo implicitamente. A “santidade” não está sendo predicada. Esse não é o ponto em questão; é qualquer outra coisa.

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O emprego do artigo para distinguir entre o uso predicativo e o atributivo de um adjetivo não é uniforme. Adjetivos que não devem usar o artigo deste modo serão notados assim que ocorram (por exemplo, o adjetivo όλος nesta lição). Estes adjetivos são pouco numerosos.

Distinção entre uso predicativo e atributivo de um adjetivo pode também ocorrer independentemente do emprego do artigo. Finalmente, o uso ou não- uso do artigo não necessita sempre ter relevância na distinção entre o uso predicativo e o atributivo de um adjetivo.

A distinção eritre o uso predicativo e atributivo do adjetivo também é en­ contrada em outros casos, mas ela é particularmente usada em vista do nomi­ nativo.

Os exemplos dados acima estão no singular, mas a distinção entre atribu­ tivo e predicativo é igualmente aplicável para o plural.

Adjetivos como substantivos.

Muitos adjetivos têm não só a mesma terminação que os substantivos (ou seja, são declinados do mesmo modo que os substantivos), mas também muitos adjetivos (normalmente os de primeira e segunda declinações) podem ser usados como substantivo. Assim άγιος·, santo, é normalmente adjetivo: ó ά γιο ς λόγος, a palavra santa. Mas o adjetivo pode ser usado individual­ mente e, neste caso, deve ser traduzido cornò substantivo: ό ά γ ιο ς, o santo, ou ά γιο ς, um santo.

Concordância.

Implícita na discussão acima sobre o uso de adjetivos com substantivos está a regra básica, segundo a qual adjetivos podem “modificar” substantivos ou pronomes, isto é, podem ser usados para qualificar substantivos ou pro­ nomes. Neste caso o adjetivo “concorda” com o substantivo ou pronome em gênero, número e caso. Esta regra é vista nos exemplos de adjetivos dados acima.

Um substantivo ou pronome pode ser explicitamente mencionado como sujeito de um verbo ou pode estar implícito. Por exemplo, na sentença ό ά γγελ ο ς αγαθός έ σ τιν ο substantivo ά γγ ελ ο ς é explicitamente menciona­ do quando usado como sujeito de έσ τιν. Mas, na sentença αγαθός έσ τιν, ο adjetivo αγαθός concorda com o sujeito ele, que está implícito na forma da terceira pessoal do singular de έσ τιν, como é claro pelo fato de αγαθός en­ contrar-se no caso nominativo. Deve, então, referir-se a um nominativo - neste caso, o sujeito implícito de έσ τιν. αγαθός é também masculino

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sin-Gramáticadogregooo Novo Testamento

guiar (a declinação seguirá na lição 3), indicando que o sujeito implícito de έσ τιν também é masculino e singular. Daí a tradução Ele é bom para a sen­ tença αγαθό? e o n v .

O substantivo λόγο?.

O substantivo λόγο?, palavra, é um substantivo masculino da segunda declinação, isto é, da segunda das três categorias principais de substantivos gregos. É apresentado antes dos substantivos da primeira declinação, porque é semelhante na forma ao masculino do artigo, e porque é encontrado muito frequentemente. Além disso, muitos adjetivos masculinos se declinam do mesmo modo que λόγο?.

Singular Plural n λόγο? λόγοι V λόγ€ λόγοι g λόγου λόγων d λόγω λόγοι? a λόγον λόγου? Vocabulário.

Nas listas de vocábulos desta lição e das lições subseqüentes, serão dadas somente as mais importantes distinções entre os vários significados de uma palavra. Estas listas poderíam ser chamadas de “significados introdutórios”, porque visam a fornecer ao estudante uma introdução aos possíveis signifi­ cados das palavras em questão. Para as várias nuanças de significado é indis­ pensável um dicionário especializado. Em última instância, é o contexto do texto bíblico, obviamente, que dá o sentido de uma palavra, caso a caso.

No vocabulário cada palavra é seguida por uma ou mais abreviaturas, ge­ ralmente com números. Ás abreviaturas e números referem-se às listas e/ou paradigmas do volume II desta gramática. Há dois tipos de listas: “Listas de palavras por categoria” e “Listas de verbos difíceis”. Além disso, existem doze séries de “paradigmas dos verbos”. (Há também paradigmas para todas as categorias de adjetivos e substantivos, porém estes paradigmas estão in­ cluídos nas “Listas de palavras por categoria”. Assim a referência a uma ca­ tegoria para um adjetivo ou substantivo incluirá automaticamente acesso ao paradigma apropriado.) Os paradigmas do volume II são repetições dos para­ digmas que foram apresentados nas lições. (Somente os paradigmas dos

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substantivos e adjetivos irregulares apresentam uma exceção a esta regra de dupla apresentação.)

Como ilustração da explicação dada no parágrafo precedente, pode ser útil o seguinte: A entrada “ού, ούκ, ούχ” é seguida de “[Neg]”, que significa que as palavras ού, ούκ, ούχ devem ser encontradas na categoria “Nega­ ções”, junto com um número de outras palavras. A palavra “λόγος·” é segui­ da da entrada “[N 6mj”, que significa que λόγος deve ser encontrada na ca­ tegoria “Substantivos” sob o número “6m” (o “m” indica palavras de gênero masculino, para distinguir esta categoria em relação à dos substantivos que apresentam exatamente as mesmas formas, e que são do gênero feminino - cf; o vocabulário da lição 8) junto com um número de outras palavras e o pa­ radigma para sua declinação. Algumas palavras encontram-se em mais de uma lista. Portanto, a entrada “[Adj lPro]” e “[Art]” depois de “ò, ή, τ ό ” in­ dica que o artigo deve ser encontrado em ambas as listas, como adjetivo, sob o título “Adjetivo lPronome”, e também sob o título “Artigo”.

Todos os verbos encontram-se na categoria apropriada das “Listas de pa­ lavras por categoria” (alguns verbos encontram-se em máis de uma categoria - as normas para definir as categorias não são rigorosamente científicas [isso demandaria um confuso sistema de subcategorias cuidadosamente elaborado, porém possível] mas fundamentalmente pedagógicas). Além disso, a maioria dos verbos é ilustrada com um dos paradigmas encontrados em separado sob o título “Paradigmas dos verbos”, como meiícionado acima.

Por fim, um grande número de verbos (350) deve ser buscado na “Lista de Verbos Difíceis” (como mencionado acima). Por exemplo, a entrada “e íp í” é seguida da entrada “V 16; VD 78; PV 9”, que indica que e lp í se encontra nas “Listas de palavras por categoria” sob “Verbos 16”, na “Lista de verbos difí­ ceis” sob o número 78, e na “Paradigmas dos verbos”, seção 9.

Certo grau de redundância será conferido ao dar listas de vocabulário para substantivos e adjetivos. Ainda que as referências às listas de vocabulário sejam suficientes para situar uma dada palavra em uma categoria, uma forma abreviada de genitivo dos substantivos será dada com o caso nominativo, junto com o artigo apropriado. Adjetivos serão dados com o nominativo em todos os três gêneros. Tal redundância ajudará na memorização.

Os verbos são indicados no vocabulário normalmente por uma citação da primeira pessoa do singular do tempo presente, voz ativa, modo indicativo. Assim, “etp t, sou” (elpí, estritamente falando, não tem “voz”). No entanto, até que a conjugação de outros verbos possa ser apresentada, algumas formas verbais serão dadas na terceira pessoa, como “elneín), disse, falou”, e “Ιρ χ ε τ α ι, vem” . (Se não houver sujeito expresso para um verbo em grego,

(26)

24 Gramáticadogregodo Novo Testamento

ele, ela, isso, deve-se entendê-lo a partir do contexto, como foi estabelecido

acima.) Outras formas de tais verbos dados na terceira pessoa não devem,

ser usadas pelo estudante, até que elas tenham sido adequadamente apre­ sentadas mais tarde ou no curso das lições. Estas formas em terceira pessoa

são dadas para ajudar na variedade de criação nos exercícios de tradução no final das lições iniciais.

εί,μί [V 16; VD 78; PV 9] sou; existo; estou.

είπε(ν) [do verbo λέγω: cf. lição 50] disse; falou. A forma plural é εΐττον:

disseram; falaram.

έρ χετα ι [do verbo έρχομαι: cf. lição 45] vem ou chega, está vindo, está

chegando. A forma plural é έρχονται: chegam, estão vindo, estão chegando.

ό, ή, τό [Adj IPro, Art] o, a.

ά γγελος, -ου, ό [N 6m] anjo; mensageiro.

αδελφός, -οΰ, ό [N 6m] irmão; parente; consangüíneo.

άνθρωπος, -ου, ό [N 6m] normalmente homem no sentido de ser humano, mas às vezes homem no sentido de varão.

θεός, -οΰ, ό [N 6m] Deus; deus.

κόσμος, -ου, ό [N 6m] mundo; universo.

κύριος, -ου, ό [N 6m] Senhor, senhor, patrão [nas formas de tratamento]. Por convenção esta palavra não se inicia com maiuscula em algumas edições do texto grego, quando se refere a Deus ou a Cristo.

λόγος, -ου, ό [N 6m] palavra; discurso. ουρανός, -οΰ, ό [N 6m] céu; céus; firmamento. υιός, οΰ, ό [N 6m) filho; descendente.

αγαθός [Adj 1] [A forma masculina deste adjetivo se declina como λόγος.]

bom.

ά γιο ς [Adj 2] [A forma masculina deste adjetivo se declina como λόγος.]

santo; consagrado.

καλός [Adj 1] [A forma masculina deste adjetivo se declina como λόγος.]

(27)

όλος· [Adj 1] [A forma masculina deste adjetivo se declina como λόγο?.]

todo; inteiro; completo. No Novo Testamento, quando usado com o

artigo, este adjetivo está sempre em posição predicativa, ainda que o sentido seja atributivo. Por exemplo, όλο? ό λόγο? significa “o dis­ curso inteiro” e não “o discurso (é) inteiro” .

ού, ούκ, ούχ [Neg] não. Esta negação é geralmente usada com o modo indi­ cativo. ού se usa diante de palavras que começam por consoante; ούκ se usa diante de palavras que começam por vogal com espírito suave; ούχ se usa diante de palavras que começam por vogal com espírito áspero.

Exercícios.

Nos exercícios que seguem, a referência ao Novo Testamento indica um texto de algum modo útil para compreender a sentença em questão (e vice- versa). No início, esta utilidade será mínima, e as referências terão apenas tê­ nue relação com o exercício particular em questão. Todavia, à medida que os exercícios ficarem mais complexos, as referências igualmente irão ficar mais significativas, até se tomarem eventualmente uma ferramenta prática para quem vai se familiarizando com o texto do Novo Testamento. A preferência será dada aos evangelhos, sempre que possível, com referências.

I. Traduza para o português:

1. ó ulò? είπ εν , είμ ι. (Mc 14,62) 2. ό υιό? τού ανθρώπου κύριό? έσ τιν. (Mc 2,28) 3. έρ χ ετα ι ό αδελφό? ό καλό?. (Mc 3,31) 4. ό άνθρωπο? έρ χ ετα ι. (Mc 6,1) 5. οι άνθρωποι ούχ ά γιο ί είσ ιν. (Mc 1,24) 6. ό θεό? είπ εν . (Mc 2,19) 7. ό άγγελο ? ό ά γ ιο ? ούκ έρ χ ετα ι. (Mc 8,38) 8. όλο? ό κόσμο? καλό? έσ τιν. (Mc 14,9) 9. ό ούρανό? ού καλό? έσ τιν. (Mc 13,31) 10. ό υιό? τού θεού έ σ τιν αγαθό?. (Mc 3,11)

Ν.Β. A ausência de acento em certas palavras, e a presença de mais de um acento em algumas, será explicada nas “Regras de acentuação”, na lição 9. II.

II. Traduza para o grego:

1. Os filhos não são santos. (Mc 2,19)

« « J

T

r *

t

!

(28)

26 Gramáticadogregodo Novo Testamento

2. Os céus de Deus são belos. (Mc 1,10) 3. O irmão bom vem. (Mc 10,18)

III, Trabalhe nos cinco primeiros versículos do evangelho de Marcos (Mc 1,1-5), confrontando o texto com o ensinamento dado na lição 2. Não de­ sanime diante de muitos aspectos do texto que permanecerem obscuros. No decorrer das lições os textos se tornarão cada vez mais claros.

(29)

Lição 3

O imperfeito do indicativo. Imperfeito do indicativo de e i μι. O pronome relativo. Ό caso acusativo. O substantivo epjou.

Sujeito neutro plural e verbo no singular.

O imperfeito do indicativo.

No Novo Testamento, o tempo imperfeito da maioria dos verbos é usado para expressar uma ação passada que não é vista como acabada (cf. lição 10). Visto que o tempo imperfeito do verbo e ip t é o único tempo passado que este apresenta, o imperfeito serve para indicar algum tipo de ação passada, ainda que seja vista como ação acabada. O tempo imperfeito encontra-se so­ mente no modo indicativo.

Imperfeito do indicativo de είμ ί.

O imperfeito indicativo do verbo et μι se conjuga como segue (cf. V 16; VD 78; PV 9): Γ pessoa 2a pessoa 3a pessoa Singular j i n ^ ή? / ήσθα ήν Plural ήμ<Ξθα /ή μ € ν ήτ€ ήσαν era éramos eras éreis era eram

ήσθα é uma forma alternativa para ή?; ή pen é uma forma alternativa para ήμεθα.

O pronome relativo.

(30)

28 Gramáticadogregodo Novo Testamento Singular M asculino tr FemininoV Neutro</ n 09 η 0 g ο ν η? ο ύ d ψ fl t/ ωΓ/ a ò v ην 0 Plural M asculino t/ FemininoΓ/ NeutroΓ/ n 01 αι α g ών ών d ο ι ςT α ι ς o i ç a ο ν ςt/ ά ς αa

D eve-se tomar cuidado para distinguir as seguintes formas do artigo e do pronome relativo:

ol - oí ή - ή αί - α ι ό - õ

Em grego o pronome relativo segue em geral as mesmas regras gramati­ cais que em português. O pronome concorda com seu antecedente (ou seja, com a palavra à qual se refere) em gênero e número, mas toma o caso a partir do uso que dele é feito em sua própria frase;

ό λόγος· ο ς έ σ τ ιν α γα θ ό ς έσ τ ι καλός.

Α palavra que é boa é bela.

ό λ ό γ ο ς Óv e ln e v ό θβός ά γ ιό ς έ σ τ ιν .

A palavra que Deus disse é santa.

O caso acusativo.

Um substantivo ou pronome pode ser usado, em grego, no caso acusativo com o o objeto direto de um verbo:

ό 0€0ς ε ίπ ε τ ο ν λ ό γον.

Deus disse a palavra.

Um substantivo ou pronome pode ser posto no caso acusativo com o ob­ jeto regido por uma preposição:

ό Κ ύριος έ ρ χ ε τ α ι ε ι ς τ ο ν κόσμον.

(31)

O substantivo êpyov.

A palavra êpyov, trabalho, substantivo neutro da segunda declinação, é declinada do seguinte modo (cf. N 7):

Singular Plural n êpyov êpya V êpyov êpya g êpyou έργων d êpyo) êpyoiç a êpyov êpya

As formas neutras dos adjetivos como αγαθός (que se declinam como λόγος nas formas do masculino) são declinadas como êpyov. Deve-se notar que as formas neutras do nominativo e do acusativo de êpyov, tanto no sin­ gular quanto no plural, são idênticas. Isto é verdadeiro para todos os substan­ tivos e adjetivos neutros em grego.

Sujeito neutro plural e verbo no singular,

Um aspecto digno de nota do gênero neutro em grego é que um sujeito neutro plural geralmente rege um verbo no singular:

τα epya του θεοΰ αγαθά εο τιν. A.y obras de Deus são boas.

A forma plural do verbo, no entanto, às vezes é encontrada com sujeito neutro plural:

τα êpya του Qeου αγαθά elaiv. obras de Deus são boas.

Vocabulário.

€ ΐς [Prep 1] Rege sempre o caso acusativo: em, para dentro de, em direção

a, para (objetivo).

ός, ή, <5 [Pro] que; quem; o qual, a qual.

δαιμόνιου, -ου, τό [N 7] demônio; espírito malvado. Ιργον, -ου, τό [N 7] obra; trabalho; ação; atividade. εύαγγέλιον, -ου, τό [N 7] evangelho; boa notícia.

(32)

30 Gramáticadogregodo Novo Testamento

ιερόν, -ου, το [N 7] templo; santuário. ίμ ά τιο ν, -ου, τ<5 [N 7] veste; manto. σημείου, -ου, τό [N 7] sinal.

Os adjetivos αγαθός, ά γιο ς, καλός e όλος da lição 2 são declinados no neutro como έργου.

Os adjetivos έτερ ο ς, ίδ ιο ς, νεκρός e πρώτος são declinados no masculino como λόγος e no neutro como έργου.

έτερ ο ς [Adj 2] outro; um outro.

ίδ ιο ς [Adj 2] próprio; pessoal; apropriado a.

νεκρός [Adj 2] morto. Esta palavra é freqüentemente usada como substanti­ vo com o significado “[o, um] morto” [N 6mj.

πρώτος [Adj 1] primeiro.

ακούεις [de ακούω: cf. lição 10] ouves, escutas, prestas atenção, estás ou­

vindo, estás escutando. Este verbo rege o genitivo ou o acusativo,

com diferença não facilmente distinguível. έχω [cf. lições 9 e 49] tenho; possuo; estou de posse de.

λ έγει [de λέγω: cf. lições 9 e 50] fala, diz, declara; está falando, está dizen­

do, está declarando.

πρώτον [Adv 2] 'primeiro; em primeiro lugar; antes de tudo. Exercícios.

I. Traduza para o português:

1. ό κύριος είπ ε τό εύαγγέλιον. (Mc 1,14) 2. έχω τα ί μάτια. (Mc 2,10) 3. τό σημεΐον καλόν ήυ. (Mc 8,11) 4. ό έτερ ο ς ά γγ ελ ο ς έρ χετα ι ε ις τό καλόν ιερόν. (Mc 16,12) 5. τα (μ ά τια ήν καλά. (Mc 9,3) 6. ούκ ακούεις τών ανθρώπων. (Mc 9,7) 7. ό κύριος ούκ έσ τι νεκρός. (Mc 9,26) 8. τα δαιμόνια ούκ εισ ίν αγαθά. (Mc 1,34) 9. ό κύριος έρ χ ετα ι ε ις τό ιερόν. (Mc 11,11) 10. ει ό πρώτος δς λέγει τούς λόγους. (Mc 9,35) 11. τα έργα ήν καλά. (Mc 14,6)

(33)

12. t ò í.epòv καλόν ήν. (Mc 11,15)

13. τα ίδια ίμ ά τια καλά έσ τιν. (Mt22,5)

14. οί λόγοι ου? βίπβν ό κύριο? αγαθοί eíoiv. (Mc 3,14)

II. Traduza para ο grego:

1. A obra era santa. (Mc 14,6)

2. O homem que entra no templo é bom. (Mc 10,18) 3. Não és santo. (Mc 1,24)

III. Trabalhe em Mc 1,6-10, conferindo o texto com as informações dadas acima e na lição 2. Leia os versículos em voz alta ao menos três vezes.

(34)

32 Gramáticadogregodo Novo Testamento

Lição 4

O infinitivo. O infinitivo “de complemento ”. O infinitivo presente de e i μι. O imperativo. Imperativo de e i μι.

Os substantivos ζωή, ά μ α ρ τΐα e δόξα. Os adjetivos ά γ ιο ς e αγαθός. O radical.

O caso genitivo.

Os cinco principais sinais de pontuação.

O infinitivo. O infinitivo “de complemento”.

O infinitivo em grego corresponde aproximadamente ao infinitivo em português (e.g., ver), ou ao gerúndio (e.g., vendo). O infinitivo grego é con­ siderado substantivo verbal. Como verbo, possui voz, modo e tempo. Estas são as categorias sob as quais ele é normalmente tratado. Ocasionalmente, sua categoria como substantivo também deve ser analisada.

O infinitivo tem certa variedade de usos que irá sendo explicada nas li­ ções seguintes. Um uso comum é o infinitivo “de complemento”, em que o infinitivo “complementa” ou “completa” o sentido de um verbo, como em português:

Θέλω eivai αγαθό?. [Θέλω, “desejo” - cf. o vocabulário da lição 15]

Desejo ser bom.

O infinitivo presente de είμί.

O infinitivo presente do verbo eip i é eivai.

O imperativo.

O modo imperativo é usado para expressar uma ordem. E encontrado apenas na segunda e terceira pessoas.

Imperativo de elpt.

(35)

2a pessoa 3a pessoa ictGl αγαθός. Sê bom. Singular ϊσθί έστω / ήτω Plural εστε εστωσαν / ήτωσαν sede seja sejam ισθι αγαθή. Sê boa. εσ τε αγαθοί. Sede bons. εσ τε αγαθαί. Sede boas. έστω αγαθός. Seja bom. έστω αγαθή, εστωσαν αγαθοί.

Seja boa. Sejam bons.

Os substantivos ζωή, α μ αρτία e δόξα.

Os substantivos da primeira declinação são tanto femininos quanto mas-culinos. Os substantivos femininos dividem-se em três categorias:

1) Substantivos terminando em -η no nominativo singular (cf. N 1): Singular Plural n ζωή ζωαί V £ωή ζωαί g ίω ή ς ζωών d ζωή ζω αΐς a ζωήν ζωάς

2) Substantivos terminando em -a precedido de e, i ou p (cf. N 2): Singular Plural n αμαρτία άμαρτίαι V αμαρτία άμ αρτίαι g αμαρτίας* αμαρτιών d άμαρτία ά μ α ρ τία ις a αμαρτίαν αμ αρτίας

3) Substantivos terminando em -a não precedido de e, t ou p (cf. N Singular Plural n δόξα δόξαι V δόξα δόξαι g δόξης δόξων d δόξη δόξαις a δόξαν δόξας

(36)

Gramáticadogregodo Novo Testamento

Os adjetivos άγιος· e αγαθός. O radical.

Nos adjetivos da primeira e segunda declinações, a presença de um α pre­ cedido de e, i ou p no nominativo feminino singular indica que todas as desi- nências do feminino são a, como αμαρτία (cf. Adj 2):

Singular

Masculino Feminino Neutro

n άγιος* άγια άγιον V ά γιε άγια άγιον g ά γιο ν ά για ς άγιου d άγίω ά για άγίω a ά γιον άγίαν άγιον Plural

Masculino Feminino Neutro

TI ά γιο ι ά γιαι ά για

V ά γιοι άγιαι ά για

g άγιων άγιων άγιων

d ά γ ίο ις ά γ ία ις ά γ ίο ις

a ά γιο υ ς ά για ς άγια

mesmo modo como ά γιο ς, άγια, άγιον são declinados έτερος, έτέρα, eTepov - ίδ ιο ς, ιδία, ίδιον - νεκρός, νςκρά, νβκρόν.

Os adjetivos que não têm e, i ou p diante das desinências do nominativo feminino singular têm o feminino singular em -η. Todos os adjetivos da pri­ meira e segunda declinações que não são contratos (cf. lições 31 e 32) e que não se limitam a duas terminações (cf. lição 24) dividem-se em duas catego­ rias:

1) aqueles cujo nominativo feminino singular termina em -a porque o ra­ dical do adjetivo termina em e-, i- ou p- ;

2) aqueles cujo radical termina em uma letra diferente destas, e neste caso a terminação é -η.

O “radical” de uma palavra (o conceito é aplicável a todos os verbos, substantivos e pronomes, assim como a adjetivos) é aquela parte que é cons­ tante em relação à sua parte variável ou “desinência” . Assim, o adjetivo αγία , no nominativo feminino singular, tem radical ά γ ι- e a desinência a. Pelo fato de o radical terminar em i-, a terminação é em -a. Radicais termi­ nando em e- ou p- também têm -a como desinência. Todos os outros radicais têm, como desinência, -η. O adjetivo αγαθός encontra-se nesta última cate­ goria (cf. Adj 1):

(37)

Masculino Feminino Neutro n αγαθός αγαθή αγαθόν V αγαθό αγαθή αγαθόν g αγαθού αγαθής αγαθού d άγαθψ αγαθή άγαθώ a αγαθόν αγαθήν αγαθόν Plural

Masculino Feminino Neutro

n αγαθοί άγαθαί αγαθά V αγαθοί άγαθαί αγαθό g αγαθών αγαθών αγαθών d αγαθοί ς άγα θαΐς άγαθοΐς a αγαθούς αγαθός άγαθό Assim também: καλός, καλή, καλόν - όλος, όλη, όλον - πρώτος, πρώτη, πρώτον. Ο caso genitivo.

Ο caso genitivo é usado para significar posse. ό λόγος τού θβού

a palavra de Deus

O caso genitivo também pode ser regido por certas preposições: έκ του ιερού

do templo

Estes são apenas dois dos usos mais fundamentais do caso genitivo.

Os cinco principais sinais de pontuação.

Os cinco principais sinais de pontuação usados em grego são os seguintes: Português Grego Comentário e exemplo

. . O mesmo no português: λόγος.

, , O mesmo no português: λόγος,

; · Um ponto acima da linha: λόγος·

: Um ponto acima da linha: λόγος·

(38)

36 Gramáticadogregodo Novo Testamento

O grego distingue entre o ponto-final e a vírgula, como o português, e usa o mesmo sinal para indicá-los. O grego não distingue dois pontos e ponto-e- vírgula, mas usa um ponto acima da linha para indicar uma pausa menor que aquela indicada por um ponto final, porém maior que aquela indicada por uma vírgula. O grego usa o que aparenta em português um ponto-e-vírgula para indicar um sinal de interrogação no final de uma sentença, e este sinal se usa sempre no final de uma oração. Em grego não há aspas ou ponto de ex­ clamação.

Vocabulário.

από [Prep 1] Rege sempre o caso genitivo: de, a partir de.

εκ [Prep 1] Sempre rege o caso genitivo: de, fora de. Diante de vogais εκ toma-se έξ.

αγάπη, -η?, ή [Ν 1] amor.

γή, -ps, ή [Ν 1; por causa do acento é irregular (N 33)] terra; país. ξωή, -ής·, ή [N 1] vida.

φωνή, -ήS', ή [Ν 1] voz; som.

αλήθεια, -a s, ή [Ν 2] verdade.

αμαρτία, -as, ή [Ν 2] pecado; engano; erro. βασιλεία, -a s, ή [Ν 2] reino.

εκκλησία, -a s, ή [Ν 2] assembléia; igreja. εξουσία, -as, ή [Ν 2] autoridade; poder. ήμερα, -as, ή [Ν 2] dia.

καρδία, -a s, ή [Ν 2] coração.

γλώσσα, -ps, ή [Ν 3] língua; linguagem. δόξα, -ps, ή [Ν 3] glória; esplendor. τράπεξα, -ps, ή [Ν 3] mesa.

άγαπητ05, -ή, -όν [Adj 1] amado; querido.

eK aaros, -η, _ov [Adj 1] cada; cada um. [como substantivo]. Esta palavra nunca se usa com o artigo.

(39)

® ||βίπιστ09, -ή, <>v [Adj 1 \fiel; crente. .

7

δίκαιος·, -α, -ον [Adj 2] justo; reto. πονηρός, -ά, -όν [Adj 2] mau.

. . .

μή [Neg, Conj] não. Esta negação é paralela à negação ού. ού é normalmente usada com o modo indicativo, enquanto μή é normalmente usada com os outros modos. Ocorrem exceções a esta regra geral.

w Exercícios.

- s f S t . . . .

I. Traduza para o português:

l. ò υίός έρ χετα ι από του αγαθού ανθρώπου. (Mc 5,35) '•'•'ώ7::ίτή

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2. έχω την εξουσίαν ή έκ του θεού εσ τιν. (Mc 2,10) 3. ή φωνή του υιού καλή ήν. (Mc 9,7) 4. το δαιμόνιον έρ χ ετα ι έκ του ανθρώπου. (Mc 5,8) 5. ' ό αδελφός ούκ ήν δίκαιος. (Lc 2,25) 6. τό δαιμόνιον πονηρόν ή ν ò ά γγελ ο ς αγαθός ήν. (Mc 7,22) 7. ό αδελφός έρ χετα ι ε ις τήν ξωήν. (Mc 9,43) 8. ή δόξα του θεού ούκ εσ τιν ή δόξα των ανθρώπων. (Lc 2,9) 9. ό αδελφός είπ εν τήν αλήθειαν. (Mc 5,33) 10. ή τράπ εξα του κυρίου ά για ε σ τ ι ν (Lc 1,9) 11. μή εσ τε πονηροί. (At 1,20) 12. ούκ έσ τε πονηροί. (Mc 13,11) 13. έκαστος υιός α γα π η τό ς ήν. (Lc 6,44) 14. εί π ισ τό ς; (Mc 14,61) 15. ή αγάπη τού θεού καλή εσ τιν. (Jo 5,42) 16. ή εξουσία εκ τού θεού εσ τιν. (Lc 22,53) 17. εκ των καρδιών των ανθρώπων ερ χ ετα ι ή αμαρτία. (Mc 7,21) 18. ή βασιλεία τού θεού εξ ούρανοΰ ήν. (Mc 4,26) 19. ή εκκλησία τού κυρίου αγία εσ τιν. (At 9,31) 20. ή γη ούκ εσ τιν ούρανός. (Mc 13,31) 21. ή γλώσσα τού ανθρώπου καλή εσ τιν. (Lc 1,64) 22. ερ χετα ι ή ήμερα τού κυρίου. (Lc 22,7) 23. ό υιός α γα π η τό ς εσ τιν. (Mc 1,11) 24. αί ά μ α ρτία ι τού κόσμου ού καλα'ι ήσαν. (Mc 2,5)

25. εκείνη θέλει είνα ι αγαθή. (Mc 9,35) [“Aquela (mulher)” - cf. li­ ção 5 para a explicação do pronome εκείνη.]

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Gramáticadogregodo Novo Testamento

II. Traduza para o grego:

1. Aquele (homem) quer ser bom. (Mc 9,35) (Cf. lição 5 para a expli­ cação de “Aquele (homem)”.

2. A autoridade da assembléia vem de Deus. (Lc 22,53) 3. Não somos santos. (Lc 17,10) III.

III. Trabalhe em Mc 1,11-15, conferindo o texto com as informações dadas acima e nas lições anteriores. Leia os versículos em voz alta ao menos três vezes.

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Lição 5

O subjuntivo. Subjuntivo de βίμί. Orações finais com ΐνα. Os pronomes demonstrativos ο ύ το ς e έκεϊνος.

O caso dativo. O apóstrofo. Crase. Diérese.

O subjuntivo.

Em grego o modo subjuntivo, encontrado tanto em orações principais quanto subordinadas, usa-se de modo mais amplo do que em português. Al­ guns desses usos serão explicados nas lições seguintes deste volume. Estes usos têm um elemento comum pelo fato de tenderem a pôr em relevo a atitu­ de mental do agente de uma ação, ou da atitude de um agente diante de uma realidade, mesmo quando essa realidade não está sob o controle do agente (e.g., em determinados tipos de condição).

Talvez o uso mais difundido do modo subjuntivo do Novo Testamento grego seja para expressar “finalidade”, isto é, o efeito pretendido de alguma ação (cf. abaixo, nesta lição).

Subjuntivo de είμ ί.

O tempo presente do modo subjuntivo de εΐ,μί se conjuga como segue (cf. V 16; VD 78; PV 9):

Singular Plural

I a pessoa ωT ώμει»

2a pessoa OS ή τε

3 a pessoa h ώσι(ν)

O iota subscrito é escrito sob ο η da segunda e terceira pessoas do singu­ lar. Este iota subscrito, como o iota subscrito alhures, não afeta a pronúncia. É útil para a identificação visual das formas.

Referências

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