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LISTA DE EXERCÍCIOS 3ª UL Sociologia e Filosofia 2º EM/EP Prof. Mariana

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Academic year: 2021

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LISTA DE EXERCÍCIOS – 3ª UL

Sociologia e Filosofia – 2º EM/EP – Prof. Mariana

Exercícios Objetivos

1. (UFU) O nada, impensado para Parmênides, encontrou em Sartre valor ontológico, pois o nada é o ponto de partida da existência humana, uma vez que não há nenhuma anterioridade à existência, nem mesmo uma essência. Esta tese apareceu no livro O Ser e o Nada. Tal afirmação encontra-se também em outro livro, O existencialismo é um humanismo, no qual está escrito:

“Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência.” (SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. Trad. de Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6. Coleção Os Pensadores)

A responsabilidade para Sartre diz respeito:

a) Ao indivíduo para consigo mesmo, já que o existencialismo é dominado pelo conceito de subjetividade que restringe o sujeito da ação à sua esfera interior, circunscrita pelas suas representações arbitrárias, que exclui o outro; toda escolha humana é a escolha por si próprio.

b) Ao vínculo entre o indivíduo e a humanidade, já que para o existencialista, cada um é responsável por todos os homens, pois, criando o homem que cada um quer ser, estaremos sempre escolhendo o bem e nada pode ser bom para um, que não possa ser para todos.

c) À imagem de homem que pré-existe e é anterior ao sujeito da ação. É uma imagem tal qual se julga que todos devam ser, de modo que o existencialismo, em virtude da sua origem protestante com Kierkegaard, renova a moral asceta do cristianismo, que exige a anulação do eu.

d) Ao partido político que tem a primazia na condução do processo de edificação da nova imagem de homem comprometido com a revolução e que faz de cada um aquilo que deverá ser, tal como ficou célebre no mote existencialista: o que importa é o resultado daquilo que nos fizeram.

2. (UFU) Maquiavel esteve empenhado na renovação da política em um período ainda dominado pela teologia cristã com os seus valores que atribuíam ao poder divino a responsabilidade sobre os propósitos humanos. Em sua obra mestra, O príncipe, escreveu:

“Deus não quer fazer tudo, para não nos tolher o livre arbítrio e parte da glória que nos cabe”. (MAQUIAVEL, N. O príncipe. Tradução Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção Os Pensadores. p. 108.)

Assinale a alternativa que fundamenta essa afirmação de Maquiavel.

a) Deus faz o mais importante, conduz o príncipe até o trono, garantindo-lhe a conquista e a posse. Depois, cabe ao soberano fazer um bom governo submetendo-se aos dogmas da fé.

b) A conquista e a posse do poder político não é uma dádiva de Deus. É preciso que o príncipe saiba agir, valendo-se das oportunidades que lhe são favoráveis, e com firmeza alcance a sua finalidade.

c) Os milagres de Deus sempre socorreram os homens piedosos. Para ser digno do auxílio divino e alcançar a glória terrena é preciso ser obediente à fé cristã e submeter-se à autoridade do papa.

d) Nem Deus, nem o soberano são capazes de conquistar o Estado. Tudo que ocorre na História é obra do capricho, do acaso cego, que não distingue nem o cristão nem o gentio.

3. (ENEM) "O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo." (MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009).

No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na:

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b) Bondade em relação ao comportamento dos mercenários. c) Compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. d) Neutralidade diante da condenação dos servos.

e) Conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

4. (ENEM) "Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade." (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado)).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:

a) Valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) Rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.

c) Afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) Romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) Redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

5. Assinale a alternativa correta a respeito da Filosofia Política de Thomas Hobbes:

a) Para Hobbes, a melhor forma de governo possível é uma monarquia absolutista, uma vez que ele acreditava no direito divino dos reis e também que só a bondade de Deus evitaria a destruição dos homens.

b) Para Hobbes, o homem sai do estado de natureza para buscar sua sobrevivência, uma vez que, nele, todos estavam ameaçados.

c) Para Hobbes, o contrato social é um acordo feito entre cidadãos e Estado, em que aqueles se submetem às leis desde que este lhes forneça proteção.

d) Para Hobbes, o constante conflito entre os homens pode ser explicado pelo fato deste ser fundamentalmente mau: "O homem é o lobo do homem".

e) Para Hobbes, a maior garantia possível para o cumprimento do contrato social é a confiança que os homens depositam uns nos outros.

6. Considere as afirmações abaixo sobre a Filosofia Política de John Locke:

I- Para Locke, tem direito legítimo à propriedade o homem que primeiro declarar que tal terra ou bem é seu - o "primeiro a chegar".

II- Para Locke, a saída do estado de natureza se faz necessária uma vez que os homens começam a disputar os recursos finitos da natureza, o que ameaça seus direitos naturais

III- Para Locke, o estado de natureza é originalmente positivo, e poderia ter se mantido indefinidamente, mas se degrada como resultado de más decisões humanas.

IV- Para Locke, todos os cidadãos têm direito a fazer uma revolução quando acreditam ter encontrado uma forma de governo inovadora que será mais proveitosa que as conhecidas até o momento.

V- Para Locke, o Estado é uma das partes do contrato, e está sujeito à acusação de não cumprir com suas obrigações, de modo a desobrigar os cidadãos de se submeterem à sua autoridade.

Estão corretas as afirmações: a) II e V.

b) I e III. c) I e IV. d) III e V. e) II e IV.

7. Assinale a alternativa incorreta a respeito da filosofia de Jean-Jacques Rousseau:

a) Para Rousseau, o estado de natureza deixa de existir quando é criada a propriedade privada - o precursor de todos os males da humanidade.

b) Para Rousseau, o homem no estado de natureza se apresenta em sua melhor forma, e pode ser descrito de maneira tão positiva que sua concepção ficou conhecida como "mito do bom selvagem".

c) Para Rousseau, a liberdade na sociedade civil é possível através do direito ao voto direto para todos os cidadãos, de modo que cada um seja parte da autoridade política que tem o dever de respeitar.

d) Para Rousseau, uma sociedade livre deve ser capaz de escolher suas próprias leis, e eventuais disputas entre os cidadãos devem ser resolvidas pelo voto, instrumento igualitário para que cada um defenda seu próprio interesse.

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e) Para Rousseau, com o fim do estado de natureza, vêm também o fim da inocência e igualdade originais do homem e o início de um caminho de ganância, orgulho, inveja e falsidade.

8. (UERJ - Adaptada) “Democracia: Governo no qual o povo toma as decisões importantes a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade.” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2007).

O conceito de democracia apresentado acima se relaciona diretamente com a prática de: a) Unidade sindical

b) Socialização da riqueza c) Estabilidade constitucional d) Autodeterminação das minorias e) Manifestações públicas

9. De acordo com seus conhecimentos sobre o Totalitarismo, indique a alternativa abaixo que está incorreta: a) Na economia, o totalitarismo teve um caráter intervencionista por parte do Estado, sendo que qualquer outra forma de ordenação das atividades produtivas seria contrária ao fortalecimento da economia e do próprio governo. b) Na esfera política, o totalitarismo reprimiu sistematicamente a existência de diferentes grupos políticos divergentes da orientação oficial. Por isso, tais governos costumeiramente defenderam a adoção de um sistema unipartidário, sendo nenhum outro grupo político aceito.

c) O ufanismo nacionalista foi repetidas vezes comemorado por meio de manifestações públicas, feriados nacionais, cartazes, canais de comunicação do Estado e políticas educacionais, supervalorizando um passado de glórias e oferecendo uma perspectiva de futuro onde a unidade do povo oferecia um porvir próspero e soberano. d) Os governos totalitários estabeleceram as forças armadas e policias como uma extensão do Estado, com a polícia no papel de garantia da submissão ao governo, utilizando de violência física, tortura, prisões arbitrárias, espionagem, censura e exílio. As forças armadas, complementando essa ação, deviam estar fortemente munidas contra qualquer ameaça externa.

e) O totalitarismo não contou com uma ideologia sistematicamente reafirmada por meio de agências de propaganda. O abandono de uma propaganda massiva impedia que o regime repetisse sistematicamente uma visão histórico-ideológica da nação, que era contrária aos ideais totalitários.

10. Considere as afirmações abaixo com respeito a partidos políticos e sistemas eleitorais:

I) O sistema de voto proporcional foi concebido como uma maneira de aumentar o grau de representatividade dos governantes eleitos, refletindo mais adequadamente os interesses e valores da sociedade.

II) A ideia de partido político está comprometida desde suas primeiras formulações, já que sempre supôs que um partido deve defender os interesses de seus membros acima de todos os outros.

III) O sistema proporcional é o que mais dá sentido à ideia de partido político, uma vez que o resultado da eleição considera não apenas os votos para os candidatos específicos, mas o número total de votos recebidos pelo partido.

Estão corretas apenas as afirmações: a) I.

b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.

11. (UEL) O etnocentrismo pode ser definido como uma “atitude emocionalmente condicionada que leva a considerar e julgar sociedades culturalmente diversas com critérios fornecidos pela própria cultura. Assim, compreende-se a tendência para menosprezar ou odiar culturas cujos padrões se afastam ou divergem dos da cultura do observador que exterioriza a atitude etnocêntrica. (...) Preconceito racial, nacionalismo, preconceito de classe ou de profissão, intolerância religiosa são algumas formas de etnocentrismo”. (WILLEMS, E. Dicionário de Sociologia. Porto Alegre: Editora Globo, 1970. p. 125.)

Com base no texto e nos conhecimentos de sociologia, assinale a alternativa cujo discurso revela uma atitude etnocêntrica:

a) A existência de culturas subdesenvolvidas relaciona-se à presença, em sua formação, de etnias de tipo incivilizado.

b) Os povos indígenas possuem um acúmulo de saberes que podem influenciar as formas de conhecimentos ocidentais.

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c) Os critérios de julgamento das culturas diferentes devem primar pela tolerância e pela compreensão dos valores, da lógica e da dinâmica própria a cada uma delas.

d) As culturas podem conviver de forma democrática, dada a inexistência de relações de superioridade e inferioridade entre as mesmas.

e) O encontro entre diferentes culturas propicia a humanização das relações sociais, a partir do aprendizado sobre as diferentes visões de mundo.

12. (UEL) No Brasil e em outros países, o etnocentrismo fundamentou muitas práticas etnocidas e genocidas, oficiais e não-oficiais, contra populações culturalmente distintas das de origem européia, cristã e ocidental, principalmente indígenas e africanas. Discriminação de etnia e de classe social também se inclui entre as formas de etnocentrismo. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta uma interpretação contrária ao etnocentrismo.

a) “Quando nos referimos a uma raça, não individualizamos tipos dela, tomamo-la em sua acepção mais lata. E assim procedendo vemos que a casta negra é o atraso; a branca o progresso, a evolução[...]” (Revista Brazil Médico, 1904.)

b) “Esta Lei regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional”. (Estatuto do Índio, Lei No 6001 de 19 de dezembro de 1973, Artigo 1º, ainda em vigor.)

c) As sociedades humanas se desenvolvem por estádios ou estados que vão sendo superados sucessivamente: o estado teológico, o metafísico e o positivo. Os povos indígenas e as etnias afro-brasileiras encontram-se nos estádios teológico ou metafísico e, por essa razão, permanecem nos estratos sociais inferiores e marginais de nossa sociedade. (Baseado em Augusto Comte.)

d) “[...]segundo o que até aqui escrevi acerca dos Coroados [Kaingang] dos Campos Gerais, é evidente que, no seu estado selvagem, são eles superiores em inteligência, indústria e previdência a muitos outros povos indígenas, e talvez até em beleza. Dada essa circunstância, dever-se-ia pôr todo o empenho em aproximá-los dos homens de nossa raça e, após, encorajar os casamentos mistos entre eles e os paulistas pobres [...]. Devo dizer, porém, que é mais fácil matar e reduzir os Coroados à escravidão, do que despender tais esforços em seu favor”. (Saint- Hilaire, V. E. Viagem à Comarca de Curitiba –1820.)

e) “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 1- O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”. (Constituição Federal de 1988 na Seção II – Da Cultura, Art. 215.)

13. (UFUB - Adaptada) O fato de o homem ver o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão para considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Essa tendência se denomina: a) Egocentrismo b) Heliocentrismo c) Heterocentrismo d) Etnocentrismo e) Antropocentrismo

14. (UEL) “Tudo indica que o termo ‘indústria cultural’ foi empregado pela primeira vez no livro Dialética do esclarecimento, que Horkheimer [1895-1973] e eu [Adorno, 1903-1969] publicamos em 1947, em Amsterdã. (...) Em todos os seus ramos fazem se, mais ou menos segundo um plano, produtos adaptados ao consumo das massas e que em grande medida determinam esse consumo”. (ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1986. p. 92.)

Com base no texto acima e na concepção de indústria cultural expressa por Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:

a) Os produtos da indústria cultural caracterizam-se por ser a expressão espontânea das massas.

b) Os produtos da indústria cultural afastam o indivíduo da rotina do trabalho alienante realizado em seu cotidiano. c) A quantidade, a diversidade e a facilidade de acesso aos produtos da indústria cultural contribuem para a formação de indivíduos críticos, capazes de julgar com autonomia.

d) A indústria cultural visa à promoção das mais diferentes manifestações culturais, preservando as características originais de cada uma delas.

e) A indústria cultural banaliza a arte ao transformar as obras artísticas em produtos voltados para o consumo das massas.

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Exercícios Dissertativos

15. Considerando seus conhecimentos sobre a Ética de Jean-Paul Sartre, responda ao que se pede:

a) Explique o que significa, no interior da filosofia de Sartre, a afirmação: “O homem é um ser condenado a ser livre”. Como Sartre chama o sentimento decorrente desta condição?

b) O que é, para Sartre, o estado de má-fé? Ele é algo que devemos procurar ou evitar? Por quê? c) Explique o que significa, no interior da filosofia de Sartre, a afirmação: “O inferno são os outros”.

16. Hobbes, Locke e Rousseau são filósofos políticos cujo pensamento tem muito em comum – todos eles buscam responder à pergunta “O que justifica o consentimento dos indivíduos que se submetem a um Estado?” e, em suas respostas, adotam uma estrutura comum de explicação.

a) Escolha um destes filósofos e apresente suas ideias a respeito do homem em seu estado de natureza.

b) Explique como ele concebe a passagem do estado natural ao estado de sociedade, destacando o que torna justificável que os homens abram mão da sua liberdade natural.

c) Apresente a concepção deste filósofo do contrato social, evidenciando qual a relação que este estabelece entre os governantes e os governados.

d) Aponte e explique duas diferenças entre este filósofo e os outros dois. 17. Responda às questões abaixo sobre os sistemas políticos estudados: a) O que define uma democracia?

b) O que diferencia autoritarismo e totalitarismo? c) Monarquias podem ser democráticas?

d) Qual o papel da imprensa em um Estado democrático?

18. Considerando seus conhecimentos sobre Antropologia, responda ao que se pede: a) Explique o que é etnocentrismo e relativismo cultural.

b) Cite uma relação entre culturas que favorece a diversidade cultural e uma que a ameaça. c) Aponte uma dificuldade da defesa do relativismo cultural em nossos dias.

GABARITO

Exercícios Objetivos

1 B – 2 B – 3 E – 4 C – 5 B – 6 A – 7 D – 8 C – 9 E – 10 D – 11 A – 12 E – 13 D – 14 E

Exercícios Dissertativos

15 a) Para Sartre, o ser humano é indeterminado antes de existir e, portanto, é totalmente livre para tomar decisões e, assim, definir sua essência. O único limite para a liberdade humana é que o homem não pode não exercê-la: somos obrigados a decidir como viver nossa vida. Mesmo que adotarmos uma atitude passiva e simplesmente seguirmos o que outros esperam, isso também é uma escolha e um exercício constante da nossa liberdade. Para Sartre, a consciência da responsabilidade que acompanha nossa liberdade radical é fonte de angústia.

b) A má-fé é um estado em que entramos para nos enganar a respeito da nossa liberdade e da responsabilidade que a segue. Trata-se da negação de que somos livres e do ato de culpar outras pessoas e circunstâncias pelas escolhas que fazemos. É algo a ser evitado, porque é falsa: somos sempre livres e apenas tomando consciência disso podemos fazer melhor uso dessa liberdade.

c) A existência de outras pessoas aumenta o peso de nossa responsabilidade, pois, ao escolher para nós mesmos, estamos nos manifestando a respeito da melhor escolha para a humanidade como um todo. A consciência disso nos torna ainda mais angustiados a respeito de nossas decisões.

16. [A resposta pode ser construída a partir de qualquer um dos três filósofos contratualistas estudados, e os itens seguem a mesma ordem da apresentação desses filósofos em aula e na lousa].

17 a) Democracias são definidas como sistemas em que há meios institucionais para o cidadão expressar sua vontade política e influenciar a tomada de decisões. Pode-se mencionar também a máxima “governo do povo, pelo povo e para o povo”; a democracia é um sistema que governa o povo, mas quem exerce esse governo é o próprio povo, tendo como finalidade resguardar os interesses do próprio povo.

b) O nível de interferência na esfera privada da vida de seus cidadãos. Em ambas as formas de ditadura, haverá repressão, censura e violações de direitos humanos mas, no autoritarismo, a parcela da população

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que não representa uma ameaça ao governo ditatorial segue sua vida sem grandes alterações, apesar de não ter garantias fundamentais nem o direito de se expressar politicamente. Já no totalitarismo, não é possível ao cidadão se manter neutro em relação ao regime: é exigido seu apoio e sua integração ao governo ditatorial, de modo que a vida privada de todos os cidadãos é profundamente alterada.

c) Sim, desde que sejam monarquias parlamentaristas. O chefe de Estado (rei ou rainha) é estabelecido por tradição, mas o governo é exercido pelo parlamento, que é democraticamente eleito e representa os interesses da população.

d) A imprensa tem a função de informar a população sobre os assuntos de seu interesse bem como sobre a atuação do governo. É preciso que ela seja livre e imparcial para informara população. Isso é essencial para construir o debate político que deve estar presente em uma sociedade democrática. Por isso, toda ditadura exerce algum tipo de censura à imprensa.

18 a) Etnocentrismo é uma postura que coloca a própria etnia do observador como o padrão a partir do qual outras culturas e práticas serão avaliadas. Trata-se da base de muitos preconceitos e juízos de valor. O relativismo cultural é uma postura que procura estabelecer uma neutralidade e compreender a própria cultura como uma entre outras, em que o outro é apenas diferente, e não pior, estranho ou primitivo. b) Favorece: troca cultural. Ameaçam: aculturação e padronização cultural.

c) Uma dificuldade da defesa do relativismo é sua incompatibilidade com a defesa de direitos humanos universais. Se desejamos defender que todos os seres humanos têm direitos básicos que não dependem da sociedade em que estão inseridos, estamos nos comprometendo com uma certa visão de mundo ocidentalizada e, consequentemente, etnocêntrica. Há muitas posturas a serem adotadas a partir desse conflito: é possível favorecer a defesa dos direitos humanos mesmo que ela implique em alguma forma de relativismo, e também adotar diversas posições a respeito de quais atitudes devem ser tomadas com respeito a violações de direitos humanos por parte de outras culturas. Outras pessoas decidem se comprometer com a defesa irrestrita do relativismo cultural, precisando, nesse caso, se abster de julgamentos com respeito a tais violações.

Referências

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