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Qualidade física e fisiológica de grãos de feijão de diferentes marcas comerciais

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Academic year: 2021

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Qualidade física e fisiológica de grãos de

feijão de diferentes marcas comerciais

Clarismar de Oliveira Campos

1

, Laíse de Sousa Santos

2

, Edvagner Almeida de

Araújo

2

, Floriza Gonçalves Farias

2

, Patricia F. I. Vilar

2

1 Engo Agro. Dr. Professor Orientador UNEB/DTCS. Av. Edgard Chastinet, s/n. São

Geraldo, 48.905.680.Fone:74-3611-7363. e-mail: clarismarcampus3dtcs@uol.com.br

2 Formandas (o) de Engenharia Agronômica da UNEB/DTCS, executores do

experi-mento. Juazeiro,BA.

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Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar as qualidades físicas e fisiológicas de grãos de feijão de dife-rentes marcas comerciais. Realizou-se testes de imersão em NaOCl, pH do exsudado e IVG. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 4 repetições de 25 sementes. Para pureza física teve-se os seguintes resultados: Imperial® (97,01%), São João® (94,63%), Maravilhoso® (98,82%), Kaldão® (98,07%) e Turquesa® (99,01%). A marca Maravilhoso®

apresentou no teste imersão em NaOCl a maior porcentagem de deterioração do tegumento, bem como o menor índice no teste de pH do exsudado. O IVG as diferentes marcas não apresen-taram diferença significativa.

Termos para indexação: Phaseolos vulgaris, L., germinação, impureza, IVG.

Abstract

The aim of this study was to evaluate the physical and physiological qualities of beans of different brands. We performed tests of immersion in NaOCl, pH of the exudate and IVG. The experimental design was completely randomized design with five treatments and four replicates of 25 seeds. For physical purity had the following results: Imperial ® (97.01%), St. John ® (94.63%), Wonderful ® (98.82%), Kaldão ® (98.07%) and Cyan ® ( 99.01%). The Wonderful ® brand introduced the test immersion in NaOCl greater percentage of deterioration of the seed coat, and the lowest in the pH test exudate. The IVG different brands showed no significant difference.

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Introdução

O feijão comum, Phaseolus vulgaris L., é o produto alimentício mais popular e conhecido do país, cuja produção se dá tanto em cultivos de subsistência, realizado por pequenos produtores, como também em cultivos altamente mecanizados. O Brasil se destaca como o maior produtor e con-sumidor mundial da leguminosa (ALMEIDA, 2000).

O uso do grão como semente é comum entre os agricultores do Nordeste. O agricultor familiar, carente de recursos para adquirir bens de produção sabe da possibilidade de utilizar o grão que produz como semente, reduzindo o investimento neste insumo a cada ano agrícola. A produção de semente própria em propriedades familiares, sem caráter empresarial, pode perfeitamente ser reali-zada, porém, a maior dificuldade é a viabilização do processo individualmente e a garantia da qualida-de fisiológica da semente produzida. Neste contexto, Diversos estudos ressaltam a importância do desenvolvimento de testes rápidos para avaliação de viabilidade de sementes (MATOS, 2009). Os estudos de germinação de sementes são geralmente realizados objetivando a ampliação dos conhecimentos fisiológicos, verificação das respostas de germinação a fatores ambientais, cau-sas de dormência e métodos de superação, obtenção de conhecimentos morfológicos, acompa-nhamento do desenvolvimento do embrião e da plântula, verificação do estádio de maturação das sementes e do efeito do processamento e armazenamento sobre a qualidade de sementes (BASKIN & BASKIN, 1998).

Os testes clássicos de verificação de viabilidade de sementes, germinação e tetrazólio, são reco-nhecidos como técnicas confiáveis, mas, apresentam inconveniências quanto a tempo de execu-ção e custo elevado, respectivamente. Dentro deste contexto surgem outras técnicas, como pH de exsudato, imersão em hipoclorito de sódio. (MATOS, 2009).

O teste de pH do exsudato é um método bioquímico que se baseia nas reações químicas que ocorrem no processo de deterioração e que podem determinar a redução da viabilidade das se-mentes (PIÑA-RODRIGUES et al., 2004). Este trabalho teve por objetivo avaliar as qualidades físicas e fisiológicas de grãos de feijão de diferentes marcas comerciais.

Material e métodos

O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus III, Juazeiro – BA.

Os testes para determinar a pureza física das sementes foram realizados de acordo com as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). O cálculo das impurezas foi determinado pela relação entre a massa de sementes puras e a massa inicial da amostra.

Para o teste de imersão em hipoclorito de sódio (NaOCl) utilizou-se 100 sementes por tratamen-to, onde, as sementes foram imergidas na solução de NaOCl a 5%, durante 15 minutos. O critério de avaliação seguiu a metodologia proposta por Vaughan (1982). Para o teste de pH do exsudado, foram empregadas 100 sementes por tratamento, onde, colocou-se as sementes em becker

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(100 mL) individualizados, contendo 50 mL de água destilada, numa temperatura de 25 ºC por 12 horas. Em seguida foi feita a leitura da solução desse material utilizando-se um peagâmetro. O teste de germinação foi realizado utilizando-se caixas plásticas tipo “gerbox” (11 x 11 cm), forradas com dupla camada de papel toalha, devidamente esterilizado, servindo este como substrato. Antes da semeadura, o substrato foi umedecido com água destilada e as sementes foram tratadas com hipoclorito de sódio a 1%, durante 2 minutos e enxaguadas em água corrente por 5 minutos. As contagens de germinação foram feitas diariamente, a partir da instalação do teste até seu encerramento, que ocorreu aos sete dias.

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos (Imperial® (T1),

São João® (T2), Maravilhoso® (T3), Kaldão ® (T4), Turquesa® (T5)) e 4 repetições de 25

semen-tes, para cada tratamento, sendo cada repetição representada por uma caixa plástica tipo “gerbox”. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de média Tukey a 5% de probabilidade pelo programa ASISTAT.

Resultados e discussão

Os dados referente à pureza física, teste de imersão em hipoclorito de sódio e teste de pH do exsudado não sofreram análise estatística, pois não houve repetições para os tratamentos. Os dados dos resultados de caracterização da pureza física do feijão, contidos na Tabela 1, reve-laram, para esse fator, para as sementes das marcas Imperial®, São João®, Maravilhoso®, Kaldão®

e Turquesa®, 97,01%; 94,63%; 98,82%; 98,07% e 99,01% de pureza, respectivamente; foram

contabilizadas como impurezas, fragmentos de sementes, pedaços de tegumento, frações de plantas, partículas de solo e areia.

Tabela 1. Grau de pureza das marcas estudadas.

Marca® Massa da amostra (g) Impurezas (g) Grau de pureza (%)

Imperial 1004,71 29,98 97,01

São João 1003,37 53,95 94,20

Maravilhoso 988,06 51,18 94,82

Kaldão 998,76 19,16 98,07

Turquesa 993,80 9,83 99,01

A marca de feijão Maravilhoso®, apresentou no teste de hipoclorito de sódio a 5%, a maior porcen-tagem de deterioração do tegumento (Figura 1). Em todas as marcas houve problemas acentua-dos de semente quebrada, com ruptura de tegumento e dano mecânico, exceto a marca Turque-sa® que apresentou menor valor. Esses resultados, aparentemente, podem ser atribuídos a ajus-tes inadequados dos mecanismos de trilha das máquinas colhedoras. Os mecanismos de trilha, normalmente, transmitem impactos agressivos sobre as plantas, principalmente, os de alimenta-ção tangencial, pois o sistema envolve ações simultâneas de impacto, de compressão e atrito sobre as sementes que são levadas a passar entre o cilindro e o côncavo durante a colheita.

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Figura 1. Porcentagem de sementes deterioradas após o teste de imersão em hipoclorito (5%).

No teste de pH de exsudado a marca Maravilhoso® obteve menor índice (Figura 2), isto pode ser

explicado em razão da grande quantidade de material lixiviado para a solução (Figura 3). Segundo Cabrera & Peske (2002), as sementes com baixa viabilidade e vigor apresentam maior lixiviação de solutos que sementes vigorosas e com alta germinação, o que pode ser confirmado pelo teste de germinação.

Figura 2. Índices de pH da solução oriunda do exsudado das sementes de feijão após 12 horas.

No que tange ao Índice de Velocidade de Germinação (IVG) das sementes de feijão os dados podem ser observados na Tabela 2.

Tabela 2. Índice de velocidade de germinação e porcentagem de germinação das sementes de feijão de diferentes marcas.

Marca® IVG Gerninação (%)

Imperial 1,54 a 90,0 a

São João 1,27 a 94,0 a

Maravilhoso 1,63 a 94,0 a

Kaldão 1,33 a 95,0 a

Turquesa 1,08 a 100,0 a

Valores seguidos de mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de proba-bilidade. 6,60 6,40 6,20 6,00 5,80 5,60 5,40 5,20 5,00

Imperial São João Maravilhoso Kaldão Turquesa Marca pH da solução 6,34 6,28 6,00 5,90 5,50

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Observa-se que não houve diferença estatística para o IVG das diferentes marcas analisadas.

Conclusões

Testes de baixo custo e fácil operacionalidade, como o de imersão em hipoclorito de sódio a 5%, apontam de forma indireta o vigor da semente. Podendo este ser utilizado pelo agricultor familiar para avaliar a qualidade de seus grãos.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, L.D. O feijão carioca: reflexos de sua adoção. In: DIA DE CAMPO DE FEIJÃO, 16, 2000, Capão Bonito. Anais...Campinas, Instituto Agronômico, 2001. 83 p.

BASKIN, C.C.; BASKIN, J.M. Ecolologically meaningful germination studies. In: BASKIN, C.C.; BASKIN, J.M. Seeds – ecology, biogeography,and evolution of dormancy and germination. New York: Academic Press, 1998. p.5-26.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília, 1992. 365 p.

BUNCH, H.D. Relationships between moisture content of seed and mechanical damage in seed conveying. Seed World, Chicago, v.86, n.5, p.14, 16-17, 1962.

CABRERA, A.C.; PESKE, S.T. Testes do pH do exsudato para sementes de milho. Revista Bra-sileira de Sementes, vol. 24, nº 1, p.134-140, 2002

MATOS, J.M.M. de. Avaliação da eficiência do teste de pH de exsudato na verificação de viabilidade de sementes florestais. Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal, Publi-cação PPG EFL.DM-121/09, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade d Brasília, Brasília, DF, p. 75, 2009.

PIÑA-RODRIGUES, F.C.M.; FILGLIOLIA, M.B.; PEIXOTO, M.C. Testes de qualidade. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. (Org.). Germinação do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.283-297.

VAUGHAN, C.E. The chlorox test (soybean). Quality assurance technique (emphasis: mechanical damage). In: SHORT COURSE FOR SEEDSMEN, 1982 . Proccedings... [S.l.]: Mississippi State University Seed Technology Laboratory, p.117-118. 1982.

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