AYLA ANDRADE
CRP 11- 0716
–
Transtorno de leitura que
ocorre apesar da inteligência
normal, da ausência de
problemas sensoriais ou
neurológicos, de instrução
escolar adequada , de
oportunidade sociocultural
suficiente.
Presença de inteligência normal
Ausência de deficiências cognitivas,
sensoriais e motoras associadas
Presença de fatores neurobiológicos
Presença de histórico familiar positivo
Presença de alterações em habilidades
cognitivas que comprometem o uso de
atenção, memória e percepção
Exposição da criança ao ambiente escolar
e sociocultural adequado.
Persistência de sintomas da infância até a
Formação no período embrionário
Corpo geniculado medial - sons
pré-linguístico
Córtex Frontal - processamento
metalinguístico e parte anterior do lobo
temporal - área de Wernicke
Para ocorrência da interação
entre processamento visual,
linguístico e auditivo no momento
da leitura é necessário que se
tenha
função executiva atuante
,
capaz de selecionar e sustentar
a atenção do indivíduo por
tempo de suficiente.
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas. A dislexia é herdada e,
portanto, uma criança disléxica tem algum pai, avô, tio ou primo que também é
disléxico.
Diferentemente de outras pessoas que não
sofrem de dislexia, disléxicos processam informações em uma área diferente de seu cérebro; MAS, os cérebros de disléxicos são perfeitamente normais.
A criança com transtorno especifico de
leitura em decorrência de problemas do
processamento da informação
Apresenta dificuldades :
Entendimento da execução do cálculo
aritmético na
presença de enunciado
Não propriamente de execução de cálculo
matemático
Crianças com Dislexia apresentam
dificuldade em :
Prestar atenção a sons os
individuais, especialmente a
fonemas durante a fala
normal e contínua, e de
associá-los a letras
Tendência a ler palavra de
trás para frente
Dificuldade em identificar as
letras que são imagem
espelhadas uma da outra (b
-d) tanto em situação de
Entre 3 a 6 anos - Na pré-escola Persiste em falar como um bebê.
Frequentemente pronuncia palavras de forma errada
Não consegue reconhecer as letras que soletram seu nome
Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana
Leva muito tempo para aprender novas palavras
1.Tem dificuldade em dividir palavras em sílabas;
2. Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, tais como “rei” ou “bom”; 3. Comete erros de leitura que demonstram uma dificuldade em relacionar letras a seus
respectivos sons;
4. Tem dificuldade em reconhecer fonemas; 5. Reclama que ler é muito difícil;
6. Frequentemente comete erros quando escreve e soletra palavras;
1. Comete erros ao pronunciar palavras longas ou
complicadas;
2. Confunde palavras de sonoridade semelhante, como “tomate” e “tapete”, “loção” e “canção”;
3. Utiliza excessivamente palavras vagas como “coisa”;
4. Tem dificuldade para memorizar datas, nomes ou números de telefone;
5. Pula partes de palavras quando estas têm muitas sílabas;
6. Costuma substituir palavras difíceis por outras mais
simples quando lê em voz alta; por exemplo, lê “carro”
invés de “automóvel”;
7. Comete muitos erros de ortografia; 8. Escreve de forma confusa;
9. Não consegue terminar as provas em sala de aula; 10. Sente muito medo de ler em voz alta;
1. Comete erros na pronúncia de palavras longas ou complicadas.
2. Seu nível de leitura está abaixo de seus colegas de sala de aula?
3. Inverte a ordem das letras – “bolo” por “lobo”, “lago” por “logo”?
4. Tem dificuldades em soletrar palavras? Soletra a mesma palavra de formas diferentes
numa mesma página? 5. Lê muito devagar? 6. Evita ler e escrever ?
7. Tem dificuldade em resolver problemas de matemática que requeiram leitura?
8. Tem muita dificuldade em aprender uma língua estrangeira?
Fazer perguntas – idade,
nome completo, endereço,
nome da mãe.
Escrever palavras que sabe
(bola, balão, pato, papai);
Escrever alfabeto e números
Seqüência lógica, vê jogos.
Noções de tempo ou espaço, direita, esquerda,
sobe, desce, ontem e hoje.
Cortar linha pontilhada, pula amarelinha, jogar
bola na cesta, chutar bola.
Verificar nível de organização.
Verificar se é desajeitado, cai, tropeça, derruba
coisas, etc.
velocidade de leitura oral e silenciosa
Leitura oral e escrita sob ditado de
palavras isoladas reais e inventadas;
produção textual;
prova de consciência fonológica;
prova de nomeação seriada ou automática;
prova de atenção seletiva e sustentada;
Wisc
provas de memória de curta e longa duração provas de cálculo matemático e resolução de
problemas.
Verificar dominação lateral não definida Noção tempo e espaço alterada
Percepção auditiva e visual alterada Alteração de coordenação motora
Dificuldade no reconhecimento dos dedos das mãos (sincinesias)
WISC – QI 90 ou acima
-
Deverá excluir uma causa evidente do
transtorno da leitura como atraso na
linguagem oral, possíveis atrasos no
neurodesenvolvimento e transtornos
psicológicos primários.
Deverá também identificar a presença
de outros membros da família que
apresentam problemas de
Avaliação fonoaudiológica e Neuropsicológica, deverá verificar :
Questões relacionadas à atenção, velocidade
de processamento e planejamento;
Verificar a importância quantitativa do atraso
de leitura;
A importância qualitativa da natureza dos
erros, sendo considerada significativa uma diferença de pelo menos dois anos entre a idade e o nível escolar;
Verificar a ausência de dificuldades em outras
matérias escolares, principalmente em cálculo.
Realização de exames complementares
como exames oftalmológicos,
otorrinolaringológicos, psicológico, para
destacar a presença de deficiências
sensoriais, motoras e cognitivas
(retardo mental)
A dislexia não deve ser motivo de
vergonha para crianças que
sofrem dela ou para seus pais.
Dislexia não significa falta de
inteligência e não é um indicativo
de futuras dificuldades
acadêmicas e profissionais.
A dislexia, principalmente quando
tratada, não implica em falta de
sucesso no futuro.
Alguns exemplos de pessoas disléxicas
que obtiveram grande sucesso:
Thomas Edison (inventor)
Tom Cruise (ator)
Walt Disney (fundador dos personagens
e estúdios Disney)
Alguns pesquisadores acreditam que
pessoas disléxicas têm até uma maior
probabilidade de serem bem sucedidas;
acredita-se que a batalha inicial dos
disléxicos para aprender de maneira
convencional estimula sua criatividade e
desenvolve uma habilidade para lidar
melhor com problemas e com o stress.
Os tratamentos buscam estimular a
capacidade do cérebro de relacionar letras aos sons que as representam e,
posteriormente, ao significado das palavras que elas formam.
Alguns pesquisadores acreditam que quanto mais cedo é tratada a dislexia, maior a chance de corrigir as falhas nas conexões cerebrais da criança. Em outras
palavras, a dislexia, se tratada nos
primeiros anos de vida da criança, pode ser curada por completo.
Não há um só tratamento que seja adequado a todas as pessoas.
A maioria dos tratamentos enfatiza a
assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão
e fluência na leitura.
Ajudar o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim, frases.
É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para que ele
possa corrigi-la.
É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e
Teste de Competência de Leitura de Palavras; Teste de Competência de Leitura de Sentenças
Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral
(Capovilla & Capovilla, 1998, 2000): avalia a habilidade das crianças de manipular sons da fala, expressando oralmente o resultado dessa manipulação.
Prova de Consciência Sintática (Capovilla, Soares &
Capovilla, 2004): avalia as habilidades de julgamento gramatical, correção gramatical, correção gramatical de frases agramaticais e assemânticas e categorização de palavras.
Teste de Vocabulário por Imagens Peabody
(Capovilla & Capovilla, 1997): avalia as
habilidades de compreensão de vocabulário,
de crianças entre 2a6m até 18 anos de idade.
Lista de Avaliação de Vocabulário Expressivo
(Capovilla & Capovilla, 1997): avalia
vocabulário expressivo, i.e., quais palavras
uma criança fala, destinada a crianças a partir
de 2 anos de idade, com o objetivo de avaliar
atraso de linguagem.
Neuropsicologia – Teoria e Prática
DISTORÇÃO VISUAL ATRAPALHA
APRENDIZADO
Crianças com síndrome que afeta leitura
podem ter mau desempenho na escola se o
problema não for diagnosticado
A deficiência de aprendizado conhecida
como Síndrome de Irlen ou Dislexia
Perceptual de Leitura é um distúrbio
oftamológico
.
Ele causa distorções visuais que
interferem no processamento de letras,
números e símbolos.
Pessoas com síndrome de Irlen se
cansam facilmente durante a leitura e
têm dificuldade de compreensão.
Pessoas com a doença têm a sensação
de que as letras pulsam, tremem,
vibram, confluem ou desaparecem no
papel .
Muitas se queixam, além da dificuldade
para ler, de insegurança ao dirigir e ao
praticar esportes.
A doença é hereditária, embora pais e
filhos possam apresentar distorção
visual de intensidades diferentes.
Intolerância à luz
(
luz do sol, luzes
fortes, luzes fluorescentes, faróis,
iluminação
das
ruas)
Dificuldade para manter o foco
Alteração
na
percepção
de
Profundidade
Dores de cabeça e irritação nos
- Estresse e esforço ao realizar tarefas rotineiras (atividades visuais, audição, assistir TV,
visualização de cores, uso de computador) - Dificuldade na área matemática (erros de alinhamento, velocidade, exatidão/precisão)
- Distração constante (leitura, audição, trabalho, provas)
- Desempenho comprometido nos esportes com bola
- Dificuldade para acompanhar objetos em movimento
- Sonolência em viagens de carro ou ônibus - Dificuldades ao dirigir durante a noite
- Audição “retardada”
- Baixa concentração no estudo e ao realizar provas
- Dificuldade na leitura de partituras
- Percepção de profundidade comprometida - Déficit de Atenção
- Náuseas, tontura e dores de estômago ao ler
- Dificuldades para seguir a leitura apenas com os olhos
- Ansiedade - Nervosismo
Muitas pessoas não têm
consciência do problema
porque os sintomas aparecem
depois de 10 minutos de
leitura, o que os leva a pensar
que as distorções são
naturais, resultado da
concentração.
Pessoas com a síndrome podem usar
óculos com lentes coloridas, especialmente prescritas por oftalmologistas. Essas lentes
corrigem as distorções visuais.
Outra alternativa é usar transparências coloridas, também indicadas por um
especialista, em cima do texto na hora de ler.
“Os óculos são mais adequados nos casos mais severos, quando a qualidade de vida e
os estudos estão comprometidos pela síndrome”.
“Em casos em que o grau de distorção é menor, usa-se apenas as transparências.”
Dificuldade relacionada à manutenção da
atenção, compreensão e memorização e à
atividade ocular durante a leitura levando a
um déficit de aprendizado.
A Dislexia de Leitura afeta pessoas de
todas as idades, com inteligência normal
ou superior à média e está relacionada a
uma desorganização no processamento
cerebral das informações recebidas pelo
Devido ao esforço despendido no
processamento das informações visuais,
a leitura torna-se mais lenta e
segmentada, o que compromete a
velocidade de cognição e a
memorização, produzindo cansaço,
inversões, trocas de palavras e perda de
linhas no texto, desfocamento,
sonolência, distúrbios visuais, dores de
cabeça, irritabilidade, enjôo, distração e
fotofobia, após um intervalo
relativamente curto na leitura.
DISLEXIA
Dificuldade com aprendizagem e
leitura, em geral crianças, não tem
capacidade de prestar atenção aos
fonemas e associar com a escrita.
Conseguem aprender outro símbolo
– sinais de trânsito – coca. Ler de
trás para frente- ex..Rota e ator,
Fazer perguntas – idade,
nome completo, endereço,
nome da mãe.
Escrever palavras que sabe
(bola, balão, pato, papai);
Escrever alfabeto e números
Seqüência lógica, vê jogos.
Noções de tempo ou espaço, direita, esquerda,
sobe, desce, ontem e hoje.
Cortar linha pontilhada, pula amarelinha, jogar
bola na cesta, chutar bola.
Verificar nível de organização.