PROJETARG ILMO SR. PREGOEIRO DO PREGÃO ELETRÔNICO SESC/AN Nº 21D/0005-PG - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - ADMINISTRAÇÃO NACIONAL

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Razão Social: PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI CNPJ 31.355.146/0001-83

Endereço: Rua Guarani 310, CJ 11. Bairro Bom Retiro. CEP 01123-040. S. Paulo-SP Telefone: (11) 9.5957-8636 / e-mail: ariel@projetarg.com.br

1 ILMO SR. PREGOEIRO DO PREGÃO ELETRÔNICO

SESC/AN Nº 21D/0005-PG - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - ADMINISTRAÇÃO NACIONAL

A Empresa PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI, CNPJ 31.355.146/0001-83, com sede localizada na Rua Guarani, 310, Conjunto 11, Bairro Bom Retiro – São Paulo/SP CEP 01.123- 040, por seu Sócio-Administrador Ariel Dov Ber Gandelman, portador do RG nº 9.081.609-8 SSP/PR e do CPF nº 055.226.169-62, qualificada nos autos do processo administrativo à epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, em prazo hábil, apresentar CONTRA-RAZÕES em face do Recurso Administrativo interposto pela empresa WIND SERVICE LTDA, nos termos do art. 4º, XVIII, da Lei 10.520/02, expondo para tanto os fatos e fundamentos a seguir deduzidos:

I - RESUMO DOS FATOS

A empresa PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI, CNPJ 31.355.146/0001-83, com sede localizada na Rua Guarani, 310, Conjunto 11, Bairro Bom Retiro – São Paulo/SP adquiriu o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO SESC/AN Nº 21D/0005–PG, a fim de participar do certame da licitação, cujo objeto é a “contratação de empresa especializada em Elaboração de Projetos Executivos de Climatização, Ventilação e Exaustão Mecânica para obras de construção e reformas do Serviço Social do Comercio – Sesc/AN, Polos de Referência e Departamentos Regionais, conforme este edital e seus anexos.”

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2 O Pregoeiro e os membros da Equipe de Apoio se reuniram para realizar os procedimentos relativos ao Pregão, sendo aberta a sessão e divulgada as propostas recebidas, passando-se para a fase de lances se sangrando classificada e habilitada em 1º lugar a empresa PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI, CNPJ 31.355.146/0001-83.

Contudo, inconformada com o resultado, a empresa recorrente, manifestou sua intenção de recurso, sendo este recurso apresentado conforme a baixo não merece provimento, como se demonstrará a seguir.

Alega a recorrente que a Empresa PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI, não atendeu o edital no que tange as exigências do Item 4.2, alínea e.1)

“e.1) Projetos Executivos de Climatização com área mínima de 3.200,00m2, comprovando a execução de sistemas de climatização, utilizando-se redes e conjunto de bombas primárias e secundárias de água gelada com capacidade térmica mínima de 700TR, e a execução de projetos utilizando-se aparelhos de fluxo de refrigerante variável do tipo VRF/VRV com capacidade térmica mínima de 30TR.”

A mesma alega que segundo seu entendimento legal é que os atestados devem possuir todos os detalhes técnicos de um projeto de engenharia, bom tenta inovar a exigência legal criando barreiras para a habilitação da recorrida em beneficio próprio.

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3 Primeiramente evidencia-se o principio da economicidade onde a PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI sagrou-se vencedora com mais de 20% de economia frente a segunda colocada

Segundo o poder discricionário do pregoeiro é incontestável para realizar quantas diligencias forem necessárias para a comprovação e verificação da documentação de qualquer empresa participante.

Exigir que um uma CAT/ART conste todo o detalhamento de um projeto de engenharia completo tornaria inviável a documentação a ser acervada, então é flagrante que a recorrente quer impor novos regramentos ao certame em seu favor.

Sob uma interpretação estritamente literal/gramatical, a Lei Geral de Licitações confere à comissão e também ao pregoeiro, visto que a regra se aplica subsidiariamente ao pregão, o direito de efetuar diligência para complementar a instrução do processo licitatório.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

§3º. É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

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4 Ocorre, no entanto, que de acordo com o entendimento pacífico do Tribunal de Contas da União, o dispositivo legal não veicula uma simples discricionariedade ao gestor público, mas sim um verdadeiro dever de ação nas situações em que a diligência se mostrar necessária e adequada.

É pacífico o entendimento do Tribunal de que falhas sanáveis, meramente formais, identificadas nas propostas, não devem levar necessariamente à inabilitação, cabendo à Comissão Julgadora promover as diligências destinadas a esclarecer dúvidas ou complementar o processamento do certame (Lei 8.666/1993, art. 43, §3º). É o sentido que se extrai do Acórdão 2.521/2003-TCU-Plenário, in verbis: “atente para o disposto no art. 43, §3º, abstendo-se, em consequência, de inabilitar ou desclassificar empresas em virtude de detalhes irrelevantes ou que possam ser supridos pela diligência autorizada por lei”.

Acórdão 3.340/2015 – Plenário

O Tribunal de Contas da União tem se posicionado favoravelmente à utilização da diligência nos casos em que são identificados erros sanáveis na planilha de preços apresentadas pela empresa.

Nessa linha de raciocínio, a Corte de Controle Federal tem admitido e até mesmo exigido que os órgãos/entidades promovam diligência com vistas a corrigir erros de natureza meramente formal, de modo a priorizar o menor preço. Essa retificação da planilha, por óbvio, não pode acarretar aumento no preço global da proposta.

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5 A diligência também é muito usada para sanear dúvidas em relação às informações dos atestados de capacidade técnica, especialmente porque são documentos produzidos por terceiros, os quais muitas vezes já possuem um padrão de texto para emissão desses documentos.

Ao constatar incertezas sobre o cumprimento de disposições legais ou editalícias, especialmente dúvidas que envolvam critérios e atestados que objetivam comprovar a habilitação das empresas em disputa, o responsável pela condução do certame deve promover diligências para aclarar os fatos e confirmar o conteúdo dos documentos que servirão de base para a tomada de decisão da Administração (art. 43,

§3º, da Lei 8.666/1993)

Acórdão 2.730/2015 – Plenário

A promoção de diligência em face do atestado de capacidade técnica pode ter como finalidade tanto a complementação de informação ausente no documento como a confirmação da veracidade dos fatos nele descritos.

É importante ressaltar que a diligência pode ser feita junto à empresa ou ao emissor do atestado, ficando a cargo da comissão ou do pregoeiro decidir qual opção será mais rápida e segura.

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6 Em linhas gerais, portanto, a diligência funciona como um recurso indispensável para a comissão de licitação ou o pregoeiro aproveitarem boas propostas para a administração pública desde que os erros, falhas ou omissões identificadas em planilhas ou documentos apresentados possam ser sanados ou esclarecidos sem violação ao princípio da isonomia entre os licitantes. Não se trata de uma simples faculdade ou direito da administração, mas de verdadeiro poder-dever do gestor público, posto que não há discricionariedade para decidir fazer ou não a diligência, quando esta se mostrar cabível, sob pena de descartar uma boa proposta e, consequentemente, acarretar prejuízo econômico para o órgão/entidade contratante.

Quanto especificamente ao item em debate temos:

Documentos Comprobatórios encaminhados:

• CAT

• Memorial Descritivo

• Pranchas

O referente Projeto - ZARAPLAST CABREÚVA envolveu:

• Projeto Executivo de Climatização com a execução de sistemas utilizando-se redes e conjunto de bombas primárias e secundárias de água gelada com capacidade térmica mínima de 700TR.

Na Prancha de Projeto (ZARA-CLIP-PE-0001-IMP-R01) são apresentados os Conjuntos de Chillers, no total 03, com as seguintes capacidades:

• Conjunto 1: Capacidade 175 TR

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No total 700 TR em capacidade de sistema de água gelada.

Conforme o Memorial Descritivo na página 14 é apresentado o conceito do sistema, com fluxograma didático, onde estão os conjuntos de bombeamento com bombas primárias e secundárias. O sistema é descrito nas páginas 13, 14 e 15, e as bombas descritas na página 27.

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8 Comprovação de Projetos utilizando-se aparelhos de fluxo refrigerante variável do tipo VRF/VRV com capacidade térmica mínima de 30TR: Conforme Memorial Descritivo páginas: 70, 76, 77 e 78 e Prancha ZARA- CLIP-PE-4001-TER-R04, o Projeto utilizou sistema VRV/VRF com capacidade superior a 30 TR.

Conforme a prancha ZARA-CLIP-PE-4001-TER-R04 foram adotados dois conjuntos de VRV/VRF, sendo um de 44 HP (MV5-X44W) e outro de 88 HP (MV5-X88W), que totalizam 132 HP, equivalente a 110 TR de capacidade de climatização.

Estes 110 TR não se somam aos 700 TR do sistema de água gelada realizada por chillers.

Desta forma fica demonstrado o total atendimento ao exigido no edital e não há que se falar em inabilitação da recorrida já que comprovou documentalmente a execução dos serviços em debate, também considerar a economia e o interesse publico, principalmente no momento atual em que se vive o país.

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9 III – DO REQUERIMENTO

Ante aos fatos narrados e as razões de direito acima aduzidas a signatária requer à d. Pregoeiro que seja reconhecida e declarada a total improcedência do recurso ora impugnado e a declaração que PROJETARG - ARIEL GANDELMAN ENGENHARIA DE PROJETOS EIRELI encontra-se em plena conformidade com o Edital e seus Anexos.

Nestes Termos Pede Deferimento

São Paulo, 24 de maio de 2021

--- Ariel Dov Ber Gandelman SOCIO ADMINISTRADOR Mestre Engenheiro Mecânico Especialista em Climatização