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RP707 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) Luis Claudio da Silva Consultor Técnico Ambiental

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BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO PDMI – TF 055121

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS)

Luis Claudio da Silva Consultor Técnico Ambiental

Setembro de 2007

RP707

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BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO PDMI – TF 055121

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ...4

LISTA DE QUADROS...5

LISTA DE QUADROS...5

1. DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA ...6

1.1OBJETIVOS DO PROGRAMA...6

1.1.1 Objetivo Geral...6

1.1.2 Objetivos Específicos...6

1.2COMPONENTES DO PROGRAMA...7

1.2.1 Componente 1 - Desenvolvimento Institucional ...7

1.2.2 Componente 2 – Geração de Trabalho e Renda...8

1.2.3 Componente 3 – Qualificação Territorial ...9

1.3CUSTOS E FONTES...11

2. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DO PROJETO ...12

2.1MUNICÍPIO DE BAGÉ...12

2.2MUNICÍPIO DE PELOTAS...14

2.3MUNICÍPIO DE RIO GRANDE...18

2.4MUNICÍPIO DE SANTA MARIA...21

2.5MUNICÍPIO DE URUGUAIANA...24

3. MARCO INSTITUCIONAL E REGULATÓRIO AMBIENTAL E SOCIAL...28

3.1ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL...28

3.2MUNICÍPIO DE BAGÉ...34

3.3MUNICÍPIO DE PELOTAS...36

3.4MUNICÍPIO DE RIO GRANDE...38

3.5MUNICÍPIO DE SANTA MARIA...39

3.6MUNICÍPIO DE URUGUAIANA...41

3.7GESTÃO SÓCIOAMBIENTAL DO PDMI ...43

3.7.1. Arranjos Institucionais para implantação do Plano Sócio-Ambiental nos municípios. ...44

3.7.2. Funções e Competências Específicas da Coordenação de Gestão Sócio-Ambiental (CSA) ...47

3.8PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL...49

4. POLÍTICAS DE SALVAGUARDA DO BANCO ...50

4.1COMPARAÇÃO DAS POLÍTICAS LOCAIS COM AS POLÍTICAS DO BANCO...50

4.2AVALIAÇÃO AMBIENTAL EA(PO/PB4.01)...50

4.3HABITAT NATURAL (PO/PB 4.04)……… ....…51

4.4REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO DE FAMÍLIAS (PO/PB4.12) ...52

4.5MANEJO DE PRAGAS (PO4.09) ...53

4.6SALVAGUARDA PATRIMÔNIO CULTURAL FÍSICO (OPN11.03) ...53

4.7POLÍTICA DE INFORMAÇÃO E CONSULTA PÚBLICA...54

5. PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ...56

6. AVALIAÇÃO AMBIENTAL...61

6.1ESTUDOS REALIZADOS...61

6.1.1 Recuperação Técnica, Social e Ambiental de Área Localizada Junto à Av. Henrique Pancada, na Orla da Laguna dos Patos – Rio Grande/RS ...62

6.1.2 Estudos para Urbanização e Recuperação Ambiental da Orla do Saco da Mangueira em Rio Grande – RS ...64

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6.1.3 Melhoramento Ambiental da Bacia do Arroio Cadena – Santa Maria ...66

6.1.4 Implantação do Parque da Barragem do rio Vacacaí Mirim – Santa Maria...68

6.1.5 Construção de Galeria de Drenagem Pluvial – Uruguaiana...69

6.2TIPOLOGIA AMBIENTAL DAS INTERVENÇÕES...72

6.3AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E SEUS POTENCIAIS IMPACTOS (FICHAS DE AVALIAÇÃO PRELIMINAR) ...73

6.3.1 Impactos previstos por tipologia de intervenção...73

7. INCENTIVO À PRODUÇÃO, AGROINDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ...75

7.1IMPACTOS POTENCIAIS...76

7.1.1 Impactos Negativos ...76

7.1.2 Impactos Positivos...76

7.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...76

8. REABILITAÇÃO E/OU PAVIMENTAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS...77

8.1IMPACTOS POTENCIAIS...77

8.1.1 Impactos Negativos ...77

8.1.2 Impactos Positivos...78

8.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...78

9. MANUTENÇÃO E MELHORIA DE ESTRADAS RURAIS E PONTES...79

9.1IMPACTOS POTENCIAIS...79

9.1.1 Impactos Negativos ...79

9.1.2 Impactos Positivos...80

9.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...80

10. QUALIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS ...80

10.1IMPACTOS POTENCIAIS...80

10.1.1 Impactos Negativos ...80

10.1.2 Impactos Positivos...81

10.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...81

11. AMPLIAÇÃO DE SISTEMAS DE ÁGUA, ESGOTO E/OU GALERIAS PLUVIAIS ...81

11.1IMPACTOS POTENCIAIS...81

11.1.1 Impactos Negativos ...82

11.1.2 Impactos Positivos...82

12. REURBANIZAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS...84

12.1IMPACTOS POTENCIAIS...84

12.1.1 Impactos Negativos ...84

12.1.2 Impactos Positivos...86

13. RECUPERAÇÃO DE LIXÕES E/OU CONSTRUÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO E CENTRAIS DE RECICLAGEM ...91

13.1IMPACTOS POTENCIAIS...91

13.1.1 Impactos Negativos ...91

13.1.2 Impactos Positivos...92

13.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...92

14. REABILITAÇÃO E RENOVAÇÃO DE PRÉDIOS/EDIFÍCIOS EXISTENTES ...94

14.1IMPACTOS POTENCIAIS...94

14.1.1 Impactos Negativos ...94

14.1.2 Impactos Positivos...94

14.2MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO...94

15.LICENCIAMENTO AMBIENTAL E STATUS ATUAL...95

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16.AVALIAÇÃO GLOBAL...99

17. MARCO DE POLÍTICA DE REASSENTAMENTO E DESAPROPRIAÇÃO...99

17.1DESAPROPRIAÇÕES...99

17.2.REASSENTAMENTOS...100

18. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTAO AMBIENTAL E SOCIAL DO PDMI...100

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização geral e principais acessos à cidade de Pelotas- RS ...15

Figura 2: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Pelotas ...16

Figura 3: Localização geral e principais acessos à cidade do Rio Grande - RS ...18

Figura 4: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Rio Grande...19

Figura 5: Localização geral e principais acessos à cidade de Santa Maria – RS ...22

Figura 6: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Santa Maria...23

Figura 7: Localização geral e principais acessos à cidade de Uruguaiana- RS...25

Figura 8: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Uruguaiana ...26

Figura 9: Procedimentos Administrativos para Licença Ambiental...34

Figura 10: Fluxograma parte1 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras ...59

Figura 11: Fluxograma parte 2 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras ...60

Figura 12: Fluxograma parte 3: Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras ...60

Figura 13: Intervenções realizadas na rua Henrique Pancada...63

Figura 14: Riscos potenciais no trânsito e moradias precárias ...63

Figura 15: Áreas de risco na Lagoa dos Patos ...64

Figura 16: Fotos da situação das moradias em Rio Grande ...65

Figura 17: Disposição irregular de resíduos ...66

Figura 18: Fotos da degradação ambiental no Arroio Cadena ...67

Figura 19: Áreas de risco do Vacacaí Mirim ...69

Figura 20: Degradação Ambiental em Uruguaiana...70

Figura 21: Impactos gerais típicos decorrentes das tipologias de intervenção do Programa ...74

Figura 22: Principais impactos negativos e as medidas mitigatórias e os programas sócio ambientais para a fase de implantação ...75

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dados relativos a saneamento básico ...17

Quadro 2: Dados relativos a saneamento básico ...21

Quadro 3: Dados relativos a saneamento básico ...24

Quadro 4: Dados relativos a saneamento básico ...27

Quadro 5: Procedimentos Sócio Ambientais ...58

Quadro 6: Quadro Resumo: Problemas versus soluções para as principais intervenções propostas...71

Quadro 7: Síntese das propostas básicas de intervenção – Bacia do Arroio Cadena...72

Quadro 8: Tipologia Ambiental das Intervenções ...73

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PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL

1. DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA

O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI - foi concebido com a finalidade de produzir mudanças estruturais em cinco municípios pólo na metade sul do Estado do Rio Grande do Sul, região que apresenta baixo desenvolvimento econômico em relação às demais.

O PDMI pretende estabelecer novas bases que possibilitem a conquista de um processo de desenvolvimento urbano e rural amparado na sustentabilidade social, cultural, ambiental e econômica, de forma a reverter os baixos indicadores de qualidade de vida de parte da população que vive nas regiões mais pobres destes municípios.

O Programa prevê uma série de ações estruturais direcionadas à melhoria de áreas importantes nos municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana, através de intervenções de Qualificação Territorial, Geração de Trabalho e Renda e Desenvolvimento Institucional com ações que visam à qualificação da gestão pública.

1.1 Objetivos do Programa 1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral do Programa é a melhoria da qualidade de vida das populações residentes nos cinco municípios, principalmente em áreas de grande precariedade urbana e de vulnerabilidade social, por meio de intervenções sociais, econômicas e físico-ambientais articuladas. Espera-se a melhoria da eficiência da gestão pública dos municípios envolvidos, ampliação das oportunidades de trabalho e renda e disponibilização de uma melhor infra-estrutura urbana e rural com equilíbrio sócio-ambiental.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Reforçar institucional e tecnicamente os municípios, promovendo a qualificação da gestão pública municipal, melhorando a gestão interna e os serviços prestados à população;

• Melhorar a infra-estrutura urbana e rural (saneamento, drenagem, acessos viários, pavimentação e obras complementares de urbanização), principalmente em áreas carentes;

• Solucionar o problema de áreas de risco dando-lhes outra destinação que evite novas ocupações, através do reassentamento de famílias que vivem em área de risco social e ambiental;

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• Estimular a Geração de Renda através do aumento de oportunidades de trabalho e da criação de mecanismos impulsores dos negócios, tanto no meio urbano como rural;

• Capacitar a população para a inserção no mercado de trabalho, priorizando os Arranjos Produtivos Locais (APL), através de ações diretas, fortalecimento de ações cooperativas e associativas e concessão de microcrédito priorizando as populações afetadas pelas intervenções;

• Qualificação ambiental com a adequada utilização e manejo dos recursos naturais, por meio de processos de recuperação de áreas comprometidas e redução de impactos em futuros processos de ocupação.

1.2 Componentes do Programa

Para o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Marco Lógico, o Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI – foi estruturado em três componentes que por sua vez se subdividem em subcomponentes e atividades.

A estrutura geral do Programa é apresentada abaixo, sendo que as atividades específicas de cada município são apresentadas nos Projetos Municipais.

1.2.1 Componente 1 - Desenvolvimento Institucional

Constitui o eixo de ação principal do Programa e financiará as atividades relacionadas ao melhoramento do serviço público municipal e a estrutura necessária para a implantação e execução do Programa.

O componente trata da qualificação da gestão pública das cinco administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais para a Implementação do Programa e do estabelecimento dos mecanismos de gestão, acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações previstas nos cinco municípios, considerando a necessidade imperiosa de integração entre os mesmos.

Busca uma administração municipal eficiente e eficaz, com estrutura moderna e qualificada, onde os serviços prestados aos cidadãos proporcionem o desenvolvimento social e econômico do município.

1.2.1.1 Subcomponente Qualificação da Gestão Pública

Contempla as atividades para melhoria do serviço público prestado pelos municípios considerando os serviços de gestão interna, os serviços prestados à população, o aumento da arrecadação e a redução de custos.

Os principais objetivos deste subcomponente são: unificar um sistema de informações que possa ser acessado por todas as secretarias e órgãos municipais;

qualificar o fluxo de informações e processos entre os diversos níveis da administração;

promover a informatização de toda a estrutura administrativa das Prefeituras Municipais; qualificar o corpo funcional nos diversos segmentos da administração;

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melhorar a fiscalização dos serviços prestados à população; melhorar a arrecadação e a receita dos municípios.

1.2.1.2 Subcomponente Gerenciamento e Monitoramento do Programa

Aqui estão contemplados os arranjos institucionais para a Implementação do Programa, a estrutura e o funcionamento das Unidades de Gerenciamento do Programa (UGM – Unidade de Gestão Municipal e UAP – Unidade de Articulação do Programa), o sistema de acompanhamento e monitoramento através de indicadores de resultados e indicadores de impacto.

Tem o objetivo de promover a adequada execução, implantação e avaliação do Programa, observados o planejamento das atividades e os procedimentos recomendados pelo órgão financiador e a legislação brasileira.

1.2.2 Componente 2 – Geração de Trabalho e Renda

A economia dos municípios está baseada principalmente na agropecuária e no comércio. A indústria possui pouca expressão precisando ser estimulada. Parte considerável do PIB (produto interno bruto) tem origem na microeconomia com muita informalidade nos pequenos negócios.

Busca-se com as diversas ações deste componente uma maior rentabilidade das economias locais por meio da qualificação dos micronegócios, estímulo à criação de unidades empresariais inovadoras de base tecnológicas e criação de novas alternativas geradoras de trabalho e renda.

1.2.2.1 Subcomponente Reestruturação do Micronegócio

O micronegócio nos cinco municípios possui características semelhantes, sendo constituído principalmente por micro e pequenas indústrias, comerciantes de produtos e serviços, vendedores ambulantes, camelôs e artesãos. São atividades desenvolvidas no meio urbano e rural, grande parte na informalidade. Serão implementadas ações para facilitar o acesso ao microcrédito, equalização dos custos financeiros, capacitação dos micro empreendedores com enfoque em gestão do negócio, divulgação e apoio na comercialização. O objetivo é estabelecer um processo de reestruturação e qualificação dos micro e pequenos negócios que são desenvolvidos nos cinco municípios.

1.2.2.2 Subcomponente Alternativas de Produção, Trabalho e Renda

Tradicionalmente a região possui pouca diversificação da produção agrícola na pequena propriedade, e normalmente é trabalhado somente um elo da cadeia produtiva, a produção, resultando em pouca rentabilidade da atividade aos agricultores.

Na área urbana os vendedores ambulantes e catadores de resíduos sólidos carecem de

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melhor organização e condições de trabalho, incluindo o local para desempenho de suas atividades.

Este subcomponente foi planejado para criar novas alternativas de produção agropecuária, estimular a agroindustrialização e apoiar a comercialização dos produtos oriundos da agricultura. Os ambulantes e catadores serão organizados e capacitados, serão adquiridos equipamentos e construídos prédios para o desenvolvimento das atividades.

1.2.2.3 Subcomponente Inovação e Modernização Tecnológica

Serão criados dois Parques Tecnológicos nos municípios de Pelotas e Santa Maria, que deverão se constituir em locais geradores de inovação tecnológica, gerando sinergia entre o meio acadêmico e o empresarial para a criação de novas empresas com tecnologia e gestão avançadas. O principal objetivo é criar mecanismos para transformar o conhecimento científico em inovação industrial e promover o desenvolvimento de empresas de base tecnológica na região de abrangência do Programa.

1.2.3 Componente 3 – Qualificação Territorial

Neste componente estão contidas atividades e ações distribuídas em três subcomponentes que abrangem a qualificação do meio urbano, a qualificação do meio rural e o melhoramento ambiental.

1.2.3.1 Melhoramento Urbano

As atividades a serem desenvolvidas são: definição de vias estruturantes para o transporte coletivo, pavimentação de vias, drenagem pluvial, construção de ciclovias, mobiliário urbano, melhorias na iluminação e sinalização, qualificação de prédios históricos, praças, calçadões, ampliação e reestruturação do sistema de abastecimento de água.

1.2.3.2 Melhoramento Rural

Os investimentos desse subcomponente são destinados principalmente a melhoria das estradas rurais e a construção e/ou substituição de pontes.

1.2.3.3 Melhoramento Ambiental

As atividades e ações a serem desenvolvidas estão focadas no tratamento dos esgotos, no adequado gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, manejo da água e preservação da biodiversidade. Estão previstos investimentos para construção de redes coletoras de esgoto, estações elevatórias e estações de tratamento de esgoto,

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juntamente com limpeza e construção de galerias pluviais além da recuperação de um antigo lixão e implantação de aterro sanitário. Estão previstos reassentamentos de famílias, que vivem em locais inadequados, considerados áreas de risco social e ambiental, situadas nas margens de arroios poluídos e lagoas e, em locais com alto risco de desabamento, além da implantação de um Parque Público, destinado a preservação da Biodiversidade, a educação ambiental, lazer e turismo, além de parques lineares junto aos arroios Cadena e Cancela em Santa Maria.

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1.3 Custos e fontes

Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 361.000,00 450.711,00 811.711,00 2. Geração de Trabalho e Renda 320.000,00 0,00 320.000,00 3. Qualificação Territorial 5.919.000,00 3.949.450,00 9.868.450,00 Total Geral 6.600.000,00 4.400.161,00 11.000.161,00

BAGÉ

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 1.874.197,00 4.147.826,00 6.022.023,00 2. Geração de Trabalho e Renda 2.160.869,00 315.255,00 2.476.124,00 3. Qualificação Territorial 14.864.934,00 8.136.919,00 23.001.853,00 Total Geral 18.900.000,00 12.600.000,00 31.500.000,00

PELOTAS

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 2.170.200,00 1.600.000,00 3.770.200,00 2. Geração de Trabalho e Renda 2.120.000,00 750.000,00 2.870.000,00 3. Qualificação Territorial 11.609.800,00 8.250.000,00 19.859.800,00 Total Geral 15.900.000,00 10.600.000,00 26.500.000,00

RIO GRANDE

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 1.992.275,00 1.153.365,00 3.145.640,00 2. Geração de Trabalho e Renda 3.167.023,00 1.919.457,00 5.086.480,00 3. Qualificação Territorial 8.790.702,00 6.227.178,00 15.017.880,00 Total Geral 13.950.000,00 9.300.000,00 23.250.000,00

SANTA MARIA

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 483.921,00 253.940,00 737.861,00 2. Geração de Trabalho e Renda 844.017,00 349.478,00 1.193.495,00 3. Qualificação Territorial 5.507.114,00 3.953.284,00 9.460.398,00 Total Geral 6.835.052,00 4.556.702,00 11.391.754,00

URUGUAIANA

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

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2. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DO PROJETO 2.1 Município de Bagé

A cidade de Bagé está localizada na região da Campanha, próximo a fronteira com o Uruguai (60 Km). Está 383 km distante de Porto Alegre e 240 km do Porto de Rio Grande. Com área de 5.674,10 km², limita-se ao Norte com os municípios de Lavras do Sul e Caçapava do Sul; ao Sul, com a República Oriental do Uruguai e Herval; ao Leste, com Pinheiro Machado, Hulha Negra e Candiota, ao Oeste com Dom Pedrito e República Oriental do Uruguai. São possibilidades de acesso as BRs 290, 153 e 293, pela RST 473 ou pela Estação Ferroviária.

Segundo estimativas do IBGE, em 2005 a população do município atingiu 119.961 habitantes, com um índice de 81% de urbanização e densidade demográfica de 29,3 habitantes/Km2.

O Clima da região, segundo a classificação de KOPPEN, corresponde a um clima mesotérmico, tipo subtropical da classe Cfa., com chuvas regularmente distribuídas durante o ano. O Município está situado a 218 metros acima do nível do mar.

A precipitação média é de 1.350 mm, com uma variação de 20%. A distribuição desta precipitação durante o ano situa-se em torno de 34% no inverno, 25%

na primavera, 25% no outono e 16% no verão.

A temperatura média anual é de 17,6° C. A média do mês mais quente (janeiro) é de 24° C e do mês mais frio (junho) 12,5°C.

As temperaturas extremas são – 4°C no mês mais frio e 41°C no mês mais quente. A umidade relativa do ar oscila de 75 a 85%. A insolação anual é de 2.444 horas. A formação de geadas ocorre de abril a outubro, com maior incidência nos meses de junho a agosto. Os ventos predominantes são de setembro a abril - Sudeste - , e de maio a agosto - Nordeste.

As condições climáticas do município permitem a realização de cultivos tanto de inverno (trigo, centeio, aveia, cevada, forrageira de ciclo hibernal), como de verão (milho, arroz, soja, sorgo, forrageira de ciclo estival).

Sob o ponto de vista climático, a fruticultura, principalmente a viticultura, teria amplas e bem sucedidas condições de desenvolvimento no município.

A economia do município está representada principalmente pelo setor primário. 70% de sua extensão é dedicada à bovinocultura de corte. A cultura do arroz e a ovinocultura também tem grande representatividade na economia.

A indústria praticamente gira em torno do beneficiamento do arroz, contando com oito engenhos do beneficiamento do arroz, além de possuir uma planta frigorífica e uma indústria de laticínios.

Nos últimos anos a fruticultura vem crescendo no município, por este apresentar boas condições de clima e solo, sendo a produção de uvas a que tem tido maior crescimento.

Em Bagé encontra-se no bioma Campos Sulinos. Esse bioma possui uma área aproximada de 180 mil quilômetros quadrados e abrange os campos do alto da serra localizados em algumas porções dos Estados de Santa Catarina e Paraná e a

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“Campanha Gaúcha” ou “Pampa”, termo de origem indígena que significa região plana, que se estende por cerca de dois terços da área do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma planície ondulada de grandes proporções, dominada por gramíneas, com arbustos dispersos, formando em certas localidades, capões esparsos e isolados. Uma região plana de vegetação aberta e de pequeno porte, predominando gramíneas, compostas e leguminosas.

No entanto, como conseqüência das diversificações de relevos e tipos de solos, ocorre variações nesta formação campestre. Na região encontramos os chamados campos finos, situados sobre os solos das unidades de mapeamento: Piraí, Bagé e Aceguá.

Embora muito descaracterizados pela pressão antrópica, há uma fauna expressiva no bioma, composta de espécies com 102 mamíferos, 476 aves e 50 peixes, com índices de endemismos de 5%, 2% e 12%, respectivamente.

Os ventos predominantes são de setembro a abril - Sudeste -, e de maio a agosto - Nordeste.

As condições climáticas do município permitem a realização de cultivos tanto de inverno (trigo, centeio, aveia, cevada, forrageira de ciclo hibernal) quanto de verão (milho, arroz, soja, sorgo, forrageira de ciclo estival). Sob o ponto de vista climático, a fruticultura, principalmente a viticultura, teria ampla e bem sucedida condições de desenvolvimento no município.

Com relação à geologia do município de Bagé, observa-se destacadamente as seguintes unidades geológicas: sedimentos gondwânicos, ou seja, rochas sedimentares formadas a partir das rochas ígneas e/ou metamórficas do escudo cristalino. As rochas se desgastaram e se depositou numa depressão em forma de faixa, chamada de faixa gondwânica. Os depósitos carboníferos pertencem a esta unidade. Aí se encontram também os depósitos de calcário sedimentar e caulim. Maciços rochosos, ígneos e metamórficos, conhecidos como Escudo Cristalino. Nesta unidade estão as possibilidades de ocorrência dos depósitos minerais metálicos e não metálicos econômicos exploráveis, a exemplo do cobre e calcário de Bagé.

Repetindo o mesmo erro dos agricultores, o pastoreiro está provocando a degradação do solo. Na época de estiagem, quando as pastagens secam, o mesmo número de animais continua a disputar áreas menores. Com o pasto quase desnudo, cresce a pressão sobre o solo que se “abre em veios”: devido à formação do solo, ou seja, argilas expansivas. Quando as chuvas recomeçam, as águas correm por essas depressões dando início ao processo de erosão, como ocorre em algumas áreas do Estado. O fogo utilizado para eliminar restos de pastagem seca torna o solo ainda mais frágil.

Outros problemas ambientais também ocorreram e se caracterizam por: perda de cobertura vegetal, perda de mata ciliar, erosão, agrotóxicos (contaminação da água, do solo, dos animais, destinação das embalagens), assoreamento dos cursos d’água, contaminação dos recursos hídricos (Arroio Bagé, Gontan, Pedreira do Lixão), esgotamento do solo, destinação de resíduos sólidos (depósitos clandestinos), falta de planejamento e educação ambiental, poluição do ar (queimadas), saneamento básico ineficiente.

Dentre a atividade rural, destaca-se o rebanho bovino, rebanho eqüino e rebanho ovino. A produção agrícola além de hortifrutigranjeiros destaca-se pelo plantio de arroz

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(1.800.000 sacas de 50 kg/ano); sorgo (216.000 sacas de 50 kg/ano) e milho (75.000 sacas de 60 Kg/ano).

Com relação à infra-estrutura básica e serviços, município apresenta 35% das ruas com pavimentação, totalizando 459 Km na área urbana. Conta ainda com 725 Km de estradas vicinais, entre as vias principais de escoamento da produção e seus

“corredores”, estas estradas são utilizadas para o escoamento de mais de 96% da produção agrícola e pecuária, e atualmente encontram-se em péssimas condições de trafegabilidade.

No que se refere ao abastecimento de água coleta e tratamento de esgoto, o órgão responsável é o DAEB - Departamento Municipal de Água e Esgoto de Bagé, uma autarquia com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, técnica e financeira, criado em 24 de março de 1969.

Duas barragens abastecem a cidade de Bagé. A água bruta que sai destas barragens e vai para Estação de Tratamento de Água é insuficiente para abastecer a população. Desta maneira, como medida temporária, foi feita barragem emergencial em um dos arroios (Piraí) que circundam a cidade, que está localizada abaixo das cotas de nível da Estação de Tratamento de Água, exigindo, portanto, um recalque por bombeamento para a mesma. A falta de água em alguns bairros da periferia da cidade ocorre pela falta de planejamento anterior, ou seja, a cidade cresce de forma desordenada e não há projetos para ampliação da capacidade de armazenamento e para a extensão de rede de abastecimento. Já no centro da cidade, os problemas são as redes de ferro fundido com mais de 50 anos de idade, que estão totalmente

“esclerosadas”.

A população urbana atendida com abastecimento de água é de 114 mil habitantes, sendo que a quantidade de ligações totais de água é de 46.347 ligações, distribuídas por uma rede de 450,0 Km (Dados DAEB – 2006).

No Município, só há coleta de esgoto sanitário por meio de separador absoluto no centro, mas não há tratamento dos efluentes. No restante dos bairros da cidade, a situação é pior: mais de 2/3 da população não é atendida por redes de esgotamento sanitário e, também, não existe o tratamento de efluentes.

A população urbana atendida com esgotamento sanitário é de 61 mil habitantes, sendo que a quantidade de ligações totais de esgoto é de 18.925 ligações, através de uma rede coletora de 215,0 Km. (Dados DAEB – 2006).

São coletadas no município cerca de 60 toneladas de lixo por dia, considerados os resíduos domiciliares, os provenientes de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, e os gerados pelos órgãos públicos. Os resíduos provenientes dos serviços de saúde somam uma média semanal de aproximadamente 200kg, gerados pelos 98 estabelecimentos cadastrados para o serviço de coleta especial. Com estes dados chaga-se a uma produção per capita de 12,50 Kg/por mês por habitante. O lixo é depositado junto ao aterro sanitário, sendo que os serviços de coleta são operados em sua totalidade, por empresa privada por meio de contrato.

2.2 Município de Pelotas

A cidade de Pelotas localiza-se no sudeste do Estado do Rio Grande do Sul, às margens do Canal São Gonçalo, a 31º46’19” de Latitude e 52º20’33” de Longitude e está distante aproximadamente 252 km da capital. Pelotas faz limite com os municípios

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de Turuçu e São Lourenço do Sul ao Norte, Rio Grande e Capão do Leão ao Sul, Canguçu e Morro Redondo a Oeste e com a Laguna dos Patos a Leste. De acordo com a sua localização o município está inserido na Mesorregião Sudeste Rio-Grandense e Microrregião Pelotas.

A Figura 1 ilustra a localização geral e os principais acessos à sede do município de Pelotas - RS.

Figura 1: Localização geral e principais acessos à cidade de Pelotas- RS

Com relação aos acessos e a estruturação de mobilidade logística, o município de Pelotas contempla rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Pelotas situa- se na confluência das rodovias BR-116, BR-392 e BR-471, que juntas fazem a ligação aos países do Mercosul e todas as capitais do país. O ramal ferroviário dá acesso ao Porto de Rio Grande, às fronteiras da Argentina e Uruguai, entre outros estados brasileiros, via Santa Maria. O aeroporto internacional está equipado para receber aviões de grande porte. O porto de Pelotas está localizado à margem do Canal São Gonçalo, que liga as lagoas dos Patos e Mirim. Integra o complexo portuário do Rio Grande do Sul, formado pelos portos de Rio Grande (marítimo), Porto Alegre, Pelotas e Cachoeira do Sul (fluvial), além da integração rodo-ferro-hidroviário de Estrela, no rio Taquari.

A evolução histórica do município se iniciou em fins do século XVIII, quando o comércio do gado existente na capitania de São Pedro do Rio Grande já se transformara em ótima fonte de renda. A exportação de carne e outros produtos derivados para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais era bastante ativa. Surgem, então, numerosas estâncias e charqueadas dedicadas às atividades de criação de gado e processamento dos seus derivados comerciais. Coube ao cearense José Pinto

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Martins, em 1780, fundar o primeiro desses estabelecimentos e o litoral do canal de São Gonçalo foi todo partilhado em nada menos que sete estâncias. Em 1812 tão povoada se achava a região, que D. João VI buscou erigir uma nova freguesia na localidade denominada Pelotas, desmembrando-a da freguesia de São Pedro do Rio Grande. No ano seguinte, se iniciou a construção da Capela dedicada a São Francisco de Paula, no local onde se situa, atualmente, a cidade. Não tardou para que ali se transferissem os moradores das margens do arroio Pelotas e do Laranjal. Em 1830, foi a freguesia elevada à categoria de vila e sede municipal.

A Figura 2 apresenta os principais aspectos da morfologia da mancha urbana e do relevo do município.

A - Vista superior; em B - tomada inclinada de Sul para Norte

Figura 2: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Pelotas

Fonte: Imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Eart.

Em termos populacionais e demográficos, o município apresenta uma das maiores populações do estado do Rio Grande do Sul, a qual vem apresentando um crescimento contínuo desde os anos 70. O município possui uma predominância acentuada de população urbana e uma média densidade demográfica. A taxa de analfabetismo é baixa e a expectativa de nascer se aproxima dos 70 anos, bons indicadores da estrutura do tecido social municipal.

Desde a sua fundação, o município apresenta uma boa diversidade de ações econômicas e aumenta os seus focos de produção, mesmo com o fenômeno de estagnação que assolou a região a alguns anos, o qual vem sendo revertido atualmente com a inserção de novos investimentos e a diversificação da matriz produtiva regional.

As principais atividades econômicas são:

Setor Primário: arroz, milho, feijão, tomate, batata-inglesa, laranja, pêssego, bovinos, suínos, aves;

Setor Secundário (indústria): alimentícia, minerais não metálicos, metalurgia, cerâmica, química, mecânica, vestuário, calçados e tecelagem;

Setor Terciário (comércio): atacadista, varejista e transportes.

Ressalta-se a diversidade de produtos e, com destaque, a produção de arroz irrigado, que também exibe um grande parque de processamento no município.

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Os dados do PIB municipal indicam uma curva equilibrada, porém com um decréscimo nos últimos anos, o que vem prejudicando a posição do município no ranking estadual. Pelotas exibe uma boa estrutura urbana em termos de utilidades públicas (energia, transportes e saneamento).

A empresa responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resíduos sólidos e drenagem urbana, é o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Pelotas (SANEP). O SANEP atende 99% da cidade em termos de abastecimento de água, com 86.500.000 litros de água potável produzidos por dia. A água chega às 103.556 economias, através de 857 km de rede. O sistema consta basicamente de 3 estações de tratamento, 20 reservatórios, linhas adutoras e redes de distribuição.

Com relação ao esgotamento sanitário o município possui 349 km de redes coletoras atendendo 67% das residências e empresas. A cidade conta com duas estações de tratamento de esgoto que atendem apenas 40% da demanda do esgoto coletado. A ausência de tratamento, em parte dos efluentes sanitários, origina problemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos, impacto visual e de maus odores.

Diariamente são coletadas 150 toneladas de resíduos sólidos urbanos de natureza domiciliar, os quais são depositados em aterros controlados e licenciados.

A mobilidade urbana apresenta deficiências quanto à qualidade de diversas vias em termos de conservação de pavimentos e pistas estreitas, em especial nas regiões mais antigas do centro da cidade.

O sistema de drenagem pluvial do município exibe uma alta complexidade uma vez que a cidade está localizada numa planície costeira, relevo plano e com altitude baixa em relação ao nível do mar. Com isso, o sistema é composto por nove canais coletores e condutores, seis diques de contenção e oito casas de bombas com capacidade total de bombeamento de 33.400.000 litros/dia. A microdrenagem da cidade é deficitária em termos qualitativos e quantitativos, sendo que nas vias não pavimentadas os condutos são formados por valetas a céu aberto.

No Quadro 1 são relacionados os principais itens relativos ao saneamento básico no município.

Saneamento Básico do Município de Pelotas

Total de domicílios em 2000 99.112

Com banheiro 96.305

Sem banheiro 2.807

Abastecimento com poços ou nascentes 6.693

Abastecimento com rede de abastecimento geral 90.250

Abastecimento com outra forma de abastecimento 2.169

Esgotamento sanitário na rede geral 41.652

Domicílios com coleta de resíduos urbanos 91.742

Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 7.370

Quadro 1: Dados relativos a saneamento básico

Fonte: NUTEP/UFRGS.

Ressalta-se que apesar da boa situação em que se encontra o município, os principais problemas relativos aos aspectos de saneamento básico estão vinculados a deficiências nas redes de macrodrenagem urbana (em especial alguns canais que

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secionam a área urbana, onde os mananciais hídricos apresentam acentuado grau de poluição) e a ausência de tratamento em parte dos efluentes sanitários, que originam problemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos, impacto visual e de maus odores.

De acordo com dados do IBGE (2003) a estrutura de saúde do município é composta por 142 estabelecimentos de prestação de serviços, dos quais, seis constituem unidades hospitalares. Quanto ao número de leitos, do total de 1.425, o número disponibilizado pelo SUS é de 1.098.

O sistema de iluminação pública apresenta 24.072 pontos de iluminação, o que representa 90% do total necessário para a total abrangência no perímetro urbano.

2.3 Município de Rio Grande

O município de Rio Grande, com uma área territorial de 2.813,91 km², está localizado na Planície Costeira Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Seu território compreende uma faixa de terras baixas, na restinga do Rio Grande, a Sudoeste da desembocadura da Laguna dos Patos.

As coordenadas geográficas da sede do município são 32º 01’40” latitude sul e 52º 05’40” longitude oeste de Greenwich.

A Figura 3 exibe a localização geral e os principais acessos à sede do município do Rio Grande em termos regionais.

Figura 3: Localização geral e principais acessos à cidade do Rio Grande - RS O município é dividido em cinco distritos:

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1º Distrito: denomina-se Rio Grande e tem como sede a Cidade do Rio Grande. Está subdividido em 1º Sub-distrito: Cidade do Rio Grande; 2º Subdistrito:

Balneário Cassino.

2º Distrito: denomina-se Ilha dos Marinheiros e tem como sede a Vila do Porto do Rei. Abrange além da Ilha dos Marinheiros, as ilhas das Pombas, dos Cavalos, da Pólvora, do Leonídio, Caldeirão, Cabras e Constância.

3º Distrito: denomina-se Povo Novo e tem como sede a Vila do Povo Novo.

Abrange também as ilhas da Torotama, Carneiros, Mosquitos e Martin Coelho.

4º Distrito: denomina-se Taim e tem como sede a Vila do Taim. Abrange ainda as ilhas Grande e Pequena.

5º Distrito: denomina-se Vila da Quinta e tem como sede a própria Vila da Quinta.

A Figura 4 ilustra os principais aspectos da morfologia da mancha urbana e do relevo do município.

A - Vista superior; em B - tomada inclinada de Sul para Norte.

Figura 4: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Rio Grande

Fonte: imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Earth.

O município de Rio Grande está servido, estrategicamente, por um sistema de transportes que integra rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O acesso rodoviário ao município ocorre pelas rodovias federais BR-116 e BR-391.

É o município mais antigo do Estado do Rio Grande do Sul e foi elevado à categoria de cidade em 1835.

A cidade do Rio Grande está localizada nas margens da região estuarina da laguna, numa restinga limitada nos quadrantes sul e noroeste por enseadas rasas marginais (Saco da Mangueira, do Martins e do Justino), ao norte pelo Canal do Norte e ao leste pelo canal de acesso da laguna ao Oceano Atlântico (Canal do Rio Grande).

Rio Grande possui uma rede hidrográfica interna, formada por lagoas e arroios, com muitos banhados permanentes e temporários, resultantes da dificuldade de escoamento superficial, conseqüência da baixa declividade e da permeabilidade do solo arenoso (Duarte, 1997).

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O município de Rio Grande possui um clima subtropical úmido, com forte influência do oceano (Strahler e Strahler, 1996 em Braga, 1997). Neste município, o predomínio de ventos com direção nordeste foi observado para a maioria dos meses do ano, excetuando-se os meses de maio, junho e julho onde a maior ocorrência foi da direção norte, sendo verificado nestes meses uma grande incidência de ventos de sudoeste e oeste (Braga, 1997).

As principais atividades econômicas do município são: a produção industrial de agroquímicos (adubos e fertilizantes), o refino de petróleo, bem como a industrialização do pescado. No segmento agropastoril, destacam-se as culturas do arroz, cebola, milho, melancia, tomate, alho, pecuária de corte, pecuária de leite, ovinocultura, eqüinos, suínos, apicultura e hortigranjeiros em geral. O setor comercial é bastante diversificado, com uma acentuada dinâmica nos centros comerciais da cidade.

Deve-se destacar o papel do Superporto de Rio Grande no contexto econômico do município. Superporto, implantado entre as décadas de 1950 e 1980, tem 3.020 metros de cais e conta com os terminais mais importantes, quase todos eles graneleiros e voltados principalmente para a movimentação do chamado complexo soja. Esses terminais estão distribuídos ao longo de aproximadamente 10 quilômetros. Os mais importantes são os da Termasa, Tergrasa, Santista e Adubos Trevo, além do Terminal de Contêineres (que não é graneleiro e sim de carga geral), um dos mais eficientes de toda a América Latina.

A cidade do Rio Grande tem parte de sua economia voltada para o mar, sendo privilegiada por sua localização e pelo porto marítimo de importante valor para toda a região sul. Seu parque industrial está formado por três indústrias de pescado, cinco de fertilizante (quatro de processamento e uma de mistura), uma têxtil, três de extração e refino de óleo vegetal, uma refinaria de petróleo, uma de moagem e benefício de farinha, um frigorífico e uma de conservas alimentícias, distribuídas na Área Urbana de Ocupação intensiva e no seu Distrito Industrial (modificado de Tagliani e Asmus, 1997). Outra atividade importante do município é a agricultura, principalmente o arroz e a cebola. A população urbana do município dedica-se às atividades dos setores secundário e terciário da economia, predominando as atividades de movimentação de cargas no porto, produção de fertilizantes, derivados do petróleo e indústrias de pesca e cereais (Habiaga, 1998).

O Porto Novo tem 1.952 metros e é especializado em carga geral. O seu maior destaque é a área de movimentação de contêineres arrendada a um grande número de operadores privados. Já o Porto Velho, construído em 1915, tem 640 metros e vem sendo utilizado unicamente para a movimentação de pescado.

Sobre a movimentação do porto, ela está dividida em granéis sólidos (soja e fertilizantes), granéis líquidos (derivados de petróleo e produtos químicos) e carga geral (contêineres contendo fumo, calçados, arroz, resinas termoplásticas, móveis, couro, borracha, celulose, entre outros). No período de 1991 a 1998, o total geral destes produtos transportados pelo porto (importação/exportação) foi, em média, de 11 milhões de toneladas, sendo que o maior volume ocorreu em 1998, com o total de 13,9 milhões de toneladas. Deste volume, cerca de 15% corresponde a cargas gerais, 25% a granéis líquidos e 60% a granéis sólidos (SUPRG, 1999a).

Os dados do PIB municipal indicam uma curva equilibrada com crescimento do PIB e demonstram que Rio Grande se posiciona invariavelmente entre os dez maiores PIB´s municipais no ranking estadual. Os Gráficos, da figura a seguir, exibem

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as principais características de distribuição e volumes do PIB do município, bem como a evolução do PIB em relação à classificação dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

Em termos de infra-estrutura urbana voltada ao saneamento básico, verifica- se que o município apresenta bons indicadores relativos a redes de água e esgoto, bem como a domicílios com as condições sanitárias mínimas para habitação.

O Quadro 2 2 a seguir resume alguns indicadores relativos a saneamento básico do município de Rio Grande.

Saneamento Básico do Município de Rio Grande

Total de domicílios em 2000 35.119

Com banheiro 34.445

Sem banheiro 674

Abastecimento com poços ou nascentes 2.203

Abastecimento com rede de abastecimento geral 32.342

Abastecimento com outra forma de abastecimento 574

Esgotamento sanitário na rede geral 15.322

Domicílios com coleta de resíduos urbanos 32.347

Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 2.772

Quadro 2: Dados relativos a saneamento básico

Fonte: NUTEP/UFRGS.

Apesar da boa situação em que se encontra o município, os principais problemas relativos a esses aspectos estão vinculados a deficiências nas redes de macrodrenagem urbanas e a ausência de tratamento em grande parte dos efluentes sanitários, que originam problemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos, impacto visual e de maus odores. Também a destinação final dos resíduos sólidos urbanos é problemática, dadas às características ambientalmente frágeis dos locais onde estão colocados os aterros. Além disso, embora a quase totalidade dos domicílios urbanos possua coleta de resíduos urbanos (98,5%), apenas 10% desses materiais são reciclados.

Por outro lado, a área urbana demarcada é de apenas 50 km², com cerca de 1,75 % da área total do município, ocorrendo uma grande concentração urbana que se reflete numa disputa constante pelo território. Esta concentração urbana agrava as questões sociais e ambientais, dificultando as ações de saneamento básico e proteção ambiental. A urbanização descontrolada gerou uma configuração urbana bastante complicada que se caracteriza, principalmente, pelas ocupações irregulares de espaços públicos e pela dificuldade de se dotar a cidade da infra-estrutura adequada ao atendimento das necessidades de seus habitantes.

2.4 Município de Santa Maria

Santa Maria esta situada na região central do estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas 53°45’00’’ e 53º52’30’’, de longitude Oeste e 29º40’00’’ e 29°45’00’’ de latitude Sul. Constitui o centro geográfico do estado do Rio Grande do Sul, localizado no Arenal, distrito do Passo do Verde, distante 500m da BR 392 (SM/São Sepé) na Longitude 53º 46´02,01"W e Latitude 29º 51´02,48".

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A Figura 5 exibe a localização geral e os principais acessos à sede do município de Santa Maria em termos regionais.

Figura 5: Localização geral e principais acessos à cidade de Santa Maria – RS Os aspectos históricos do município são de acentuada riqueza e diversidade.

A primeira referência escrita sobre a região em que se localiza a sede municipal deve- se a José Saldanha, astrônomo que integrava a Comissão Demarcadora de Limites que, entre 1784 e 1797, esteve empenhado de fixar os limites de Portugal e Espanha na América do Sul. Em 1810 a doação de vários estancieiros possibilitou a instituição de Capela Curada. Em 1837, tornou-se freguesia com o nome de Santa Maria da Boca do Monte. Vinte anos depois, foi elevada à vila. Tornou-se município em 16 de dezembro de 1857, instalado em 17 de maio de 1858.

Possui uma população próxima a 250 mil habitantes, dos quais cerca de 80%

residem na área urbana, engendrada a partir da colonização da área por portugueses, espanhóis, alemães, judeus, árabes, italianos, bem como as etnias indígenas que já habitavam o local.

O município de Santa Maria está articulado em distritos, que podem ser sistematizados como:

1º Distrito Sede, compreende a área urbana, com cerca de 230 mil habitantes;

2º Distrito São Valentim, com cerca de 500 habitantes;

3º Distrito Pains, com aproximadamente 2.500 habitantes;

4º Distrito Arroio, Grande com cerca de 2.700 habitantes;

5º Distrito Arroio do Sol, com aproximadamente 1.200 habitantes;

6º Distrito Passo do Verde, com aproximadamente 500 habitantes;

7º Distrito Boca do Monte, com 4.000 habitantes;

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8º Distrito Palma, com cerca de 860 habitantes;

9º Distrito Santa Flora com aproximadamente 1.300; e 10º Distrito, denominado Santo Antão.

A zona urbana esta construída sobre o inter-flúvio que divide as sub-bacias hidrográficas do Vacacaí-Mirim e Arroio Cadena. O PUSM (Perímetro Urbano de Santa Maria) se constitui na área urbana e área de expansão urbana e compreende 12.548ha.

A Figura 4 ilustra os principais aspectos da morfologia da mancha urbana e do relevo do município.

A - Vista superior; B - tomada inclinada de Sul para Norte

Figura 6: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo do município de Santa Maria

Fonte: Imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Earth.

O município de Santa Maria vem apresentando crescimento populacional progressivo, porém em taxas contínuas e equilibradas. Deve-se ressaltar que com a instalação da Universidade Federal houve um aumento acentuado do desenvolvimento cultural, científico e tecnológico em Santa Maria e impulsionado o desenvolvimento integrado no município.

Em termos econômicos, verifica-se que a matriz do município é composta por um setor de comércio e serviços que atende a região central do estado e por uma produção agropastoril padrão da região da Metade Sul do Estado. Observa-se uma produção diversificada, com áreas de plantio consideráveis, entre as quais se destacam o arroz irrigado, a soja e o milho.

Em termos de utilidades urbanas, Santa Maria exibe bons indicadores de transportes/mobilidade urbana, energia e saneamento básico. A título de exemplo o quadro abaixo apresenta os dados sumarizados de saneamento básico no município.

Saneamento Básico do Município de Santa Maria

Total de domicílios em 2000 72.515

Com banheiro 71.535

Sem banheiro 980

Abastecimento com poços ou nascentes 6.755

Abastecimento com rede de abastecimento geral 64.420 Abastecimento com outra forma de abastecimento 1.340

Esgotamento sanitário na rede geral 40.580

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Saneamento Básico do Município de Santa Maria

Domicílios com coleta de resíduos urbanos 68.808

Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 3.707

Quadro 3: Dados relativos a saneamento básico

Fonte: NUTEP/UFRGS.

Os períodos de estiagem que aconteceram nos últimos anos têm afetado acentuadamente o município, tanto em termos de prejuízos à produção, quanto e principalmente, no que se refere ao abastecimento das comunidades urbanas e rurais, afetadas, inclusive por racionamento.

No que se refere ao clima da região de Santa Maria - RS, de acordo com classificação de Köppen, corresponde ao clima sub-tropical (úmido) “Cfa”, cuja temperatura média anual apresenta uma média de 19ºC, atingindo as temperaturas máximas no mês mais quente de 31ºC, e as temperaturas mínimas do mês mais frio em torno de 9ºC, atingindo as máximas e as mínimas absolutas de 35ºC e 0ºC, respectivamente. A média anual de ocorrência de geadas costuma variar de 1 a 10 dias. As precipitações pluviométricas são regulares o ano todo, apresentando índices pluviométricos anuais entre 1500mm a 1600mm. Os ventos predominantes são de leste e sudoeste, entretanto, a região de Santa Maria caracteriza-se também pela constante presença de ventos de originários do quadrante norte. Quanto ao inverno, a região é freqüentemente atingida por ondas de frio (procedentes do anticiclone migratório polar) caracterizadas pelo vento minuano.

A vegetação do município de Santa Maria está constituída por vegetação do tipo campos limpos e floresta Sub-tropical, havendo o predomínio das pastagens naturais nas áreas caracterizadas pela Depressão Periférica sul-rio-grandense;

entretanto, na porção norte do município, área caracterizada pela presença do Planalto, predominam as matas de pequeno e grande porte. Conforme classificação de Leite &

Klein (1990), a floresta caducifólia sub-tropical caracteriza a escarpa da Serra Geral, ocupando a região central do Município.

Quanto aos solos, o município de Santa Maria, caracteriza-se por uma grande diversidade, observando-se o predomínio dos Podzólicos-vermelho-amarelo álico, Brunizém Hidromórficos, Litossolos, Planossolos e Latossolos. Em uma escala de reconhecimento, podem ser distribuídos em 6 unidades de mapeamento: Unidade Mapeamento Julio de Castilhos; Unidade de mapeamento Charrua; Unidade de Mapeamento Ciríaco; Unidade de Mapeamento São Pedro; Unidade de Mapeamento Santa Maria e Unidade de Mapeamento Venda Grande.

1.5 Município de Uruguaiana

O município de Uruguaiana está localizado no extremo Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, a 29º 46' 55" de latitude Sul e 57º 02' 18" de longitude Oeste, a 634 km da capital, Porto Alegre. A cidade, a oeste da capital do Estado, faz limite com os municípios de Alegrete, Itaqui, Barra do Quaraí, Quaraí, Paso de Los Libres (República da Argentina) e Artigas (República do Uruguai). De acordo com sua localização, o município está inserido na Mesorregião Sudoeste Rio-Grandense e Microrregião Campanha Ocidental, mas pela classificação do Conselho Regional de Desenvolvimento – COREDE – o município faz parte da Fronteira Oeste.

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A Figura 7 abaixo mostra a localização geral de Uruguaiana e seus principais acessos, em termos regionais.

Figura 7: Localização geral e principais acessos à cidade de Uruguaiana- RS A área urbana da sede de Uruguaiana acrescida da área destinada à zona industrial, segundo Lei Municipal n.º 1004/69, situa-se à margem esquerda do arroio Salso de Baixo, entre a BR-472 e a margem do Rio Uruguai, sendo o limite sul estabelecido por uma linha normal ao eixo da BR-472, distando 3 (km do ponto de intersecção desta com o arroio Salso de Baixo.

Os aspectos históricos do município remontam a 1814, quando D. Diogo de Souza doa a primeira sesmaria entre os rios Ibicui e o Ibirocai. Porém, a idéia da fundação do povoado só ocorreu em plena Revolução Farroupilha. Um dos sesmeiros, Manuel Joaquim do Couto doou meia légua para edificação do povoado. Ali foi, em 1843, criada uma Capela Curada, denominada Capela do Uruguai para onde se transferiram os moradores de um lugarejo denominado Santana do Uruguai. Dois anos após, o novo povoado já possuía cerca de 100 casas e a denominação fora alterada para Uruguaiana. Uma Lei Provincial de 1846 criou o município e freguesia de Santana do Uruguaiana, desmembrando de Alegrete.

A figura a seguir ilustra os principais aspectos da morfologia da mancha urbana e do relevo do município.

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