1. Definição
É a perceção que cada um tem de si mesmo que é resultado da avaliação que fazemos de nós próprios e das avaliações dos outros sobre nós. É o grau de satisfação pessoal do indivíduo consigo mesmo, a eficácia do seu próprio funcionamento e a atitude de aprovação que sente por si próprio.
O autoconceito e a autoestima estão fortemente relacionados com o rendimento académico
dos alunos.
2. Autoconceito vs. Autoestima
O autoconceitoé a atitude que o sujeito demonstra dependendo da maneira como o próprio se vê.
A autoestima e autoconceito estão intimamente relacionados: se o autoconceito satisfaz a pessoa, a avaliação é positiva, pelo que eleva a autoestima. Pelo contrário, quando a autoimagem não satisfaz o individuo, produz-se uma avaliação negativa que, por sua vez, provoca a descida da autoestima.
AUTO ESTIM A Ne ws lett er SP O
AUTO ESTIM A Ne ws lett er SP O
3 . Componentes da Autoestima
❑Cognitiva : Autoconceito como opinião que se tem da própria personalidade e
conduta
❑Afetiva: Valorização do que há em nós de positivo e negativo que gera sentimento do favorável e desfavorável, do agradável e desagradável
❑Comportamental: Intenção e decisão de atuar. Esforço para alcançar honra e respeito perante os outros e nós próprios.
4 . A Influência da Autoestima
A baixa autoestima relaciona-se com altos níveis de ansiedade, insegurança, pouco estabilidade
emocional, pouco apetite, insónia, solidão, hipersensibilidade à critica, passividade, competitividade,
destruição e baixo rendimento escolar.
A autoestima alta está positivamente relacionada com
um bom ajuste psicológico, estabilidade emocional,
atividade, curiosidade, segurança, colaboração, pensamento flexível, sentido de
humor e bom rendimento escolar.
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5. As Características da Alta e Baixa Autoestima
❑Acredita, firmemente, em certos valores e princípios e está disposto a defendê-los, mesmo quando encontra uma forte oposição coletiva
❑Considera-se e sente-se igual, como pessoa, a qualquer outra, mesmo reconhecendo diferenças em dotes intelectuais específicos
❑Reconhece e aceita em sim mesmo os sentimentos positivos e negativos sem se envergonhar por isso
❑Tem confiança na sua capacidade para resolver os seus problemas
❑Não se deixa manipular pelos outros.
A U T OEST IM A A L T A
❑
É muito sensível à crítica, pois tenta sempre demonstrar o seu valor e sente-se angustiada quando não pode mostrar esta boa imagem aos outros❑
Tem uma imagem pobre de si mesmo, focalizada nos defeitos e nas carências, em que prevalecem os aspetos negativos e as críticas❑
Necessita muito da opinião dos outros para tomar as próprias decisões❑
É muito critico e exigente consigo mesmo, por não se sentir satisfeito com o que faz ou alcança❑
Apresenta um interesse desmedido por agradar e a aceder à vontade de alguém.A U T OE ST IM A B A IX A
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6. A Autoestima no contexto escolar
O contexto escolar é considerado um dos principais contextos para o desenvolvimento, principalmente a nível pessoal e social cooperando na formação e desenvolvimento de perceções que cada um possui acerca das suas capacidades, aprendizagens e aptidões.
O ambiente escolar e os professores colaboram, em grande medida, no desenvolvimento da autoestima do aluno através:
❑do autoconceito académico que cada professor fomenta na aula, através da sua interação com os alunos
❑da influência da autoestima do professor:
os professores com um fraco autoconceito e défice de autoestima podem mostrar-se distantes e pouco interativos com os alunos, o que se repercute, de forma negativa, no rendimento dos mesmos.
A autoestima docente positiva é condição muito importante à construção positiva da autoestima dos alunos.
Alunos que os professores afirmam ter mais dificuldades escolares, por norma, elaboram um juízo negativo acerca de si próprios, dificultando o sucesso
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6. Estratégias para aumentar autoestima na sala de aula
❑
Escutar o que o/a aluno/a fala, sempre motivando a que se expresse❑
Respeitá-lo/a, ou seja, nunca humilhar ou rotular no negativo❑
Valorizar as suas qualidades; elogiar as atividades bem feitas e atitudes positivas❑
Não compará-lo/a com os outros colegas❑
Fortalecer e desenvolver o autoconceito académico e a autoestima dos alunos e professores❑
Procurar estimular no/a aluno/a a autoestima, a dedicação e interesse pelos estudos de forma a diminuir o fracasso escolar.Alguns autores referem que é fundamental manter o autoconceito e autoestima positivos, pois uma autoestima e uma perceção das competências elevadas, resultará numa motivação positiva, o que acabará por facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
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7. Mais estratégias para aumentar a autoestima no dia a dia
❑Ser generoso(a) com os elogios: Experimentar direcionar a atenção para as coisas que o(a) jovem já fez ou alcançou. É mais importante elogiar o esforço e investimento que fez para alcançar determinada meta do que o resultado em si, isto é, em vez de dizer “Parabéns pela nota que tiraste! És muito bom a matemática!”
dizer“Otempo que dedicaste a estudar para o teste deu muito bonsresultados!”
❑As falhas não são sentenças: Os adolescentes que têm dificuldades em desenvolver uma certa competência ou tarefa podem concluir que “são um fracasso” ou que
“nunca vão ser bem-sucedidos”. Se o/a jovem tiver dificuldades, por exemplo, a matemática, poderá vir a entender isso como “eu não sou esperto/a” ou “nunca serei bom/boa a matemática”. Por conseguinte, é preciso explicar que é possível aceitar as suas dificuldades ou falhas e, ainda assim, lutar por ultrapassar ou superá- las. Não deixar que atribua o rótulo de“estúpido/a” ou“burro/a”a si mesmo/a, em vez disso explicar que, apesar das suas dificuldades, é possível tornar-se melhor.
❑Definir expectativas realistas: É importante solicitar que se esforce, mas é necessário que mantenha as suas expetativas razoáveis quanto aos resultados. É importante que se consiga aceitar que os jovens não são perfeitos, pois quando se espera que sejam competentes ou bem-sucedidos em tudo, o mais certo é que eles percam confiança em si mesmos. Embora, por vezes, possa ser difícil, o ideal seria conseguir aceitar os resultados, independentemente de ter ou não sucesso, e valorizar o esforço genuíno do/a jovem, quando sabe que ele/a se empenhou no máximo que podia. Assim, sugere-se a definição de expetativas que eles/as possam, efetivamente, alcançar.
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7. Mais estratégias para aumentar a autoestima no dia a dia
❑Usar outras estratégias de comunicação: Os adolescentes podem tender a pensar que são autossuficientes e que têm tudo sob controle, contudo, enquanto pais, é importante investir na comunicação para estar a par da real situação dos seus filhos.
Assim, sugere-se que ao perguntar sobre algo, tente formular as questões de modo a requerer mais do que uma resposta de“sim”ou“não”. Hoje em dia, mesmo que não possa estar presente fisicamente para, por exemplo, assistir um jogo ou competição da qual o/a jovem irá participar, pode facilmente enviar uma mensagem a expressar o desejo de que possa tudo correr pelo melhor e, no final, referir o quanto se está desejoso(a) para saber de tudo mais ao final do dia
❑ Encorajar: é muito difícil os jovens conseguirem expressar-se, principalmente com os pais. O encorajamento e a força que os pais podem dar aos filhos é de extrema importância, sejam para defender os seus ideais ou para conseguir aquilo que tanto desejam, por mais banal que possa parecer
❑ Não subestimar:nunca subestimar um/a adolescente, pois este/a tem a sua forma de se expressar, de falar e de agir e de fazer o que quiser e muito mais do que os pais/adultos imaginam. Aprender a escutá-lo/a é muito importante para conseguir compreender o que ele/a espera, deseja, estão a viver e procuram para o seu futuro
❑ Não o/a comparar com outros:o modo de ser de cada um deve ser respeitado, não devendo comparar com outros. Deve ser valorizado/a pelas coisas que faz, não o/a deixando esquecer que ele/a é especial na sua unicidade.