• Nenhum resultado encontrado

Implementação de um plano de segurança numa gare de transporte rodoviário

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Implementação de um plano de segurança numa gare de transporte rodoviário"

Copied!
107
0
0

Texto

(1)

I

MPLEMENTAÇÃO DE UM

P

LANO DE

S

EGURANÇA NUMA

G

ARE DE

T

RANSPORTE

R

ODOVIÁRIO

H

UGO

X

AVIER

S

OARES

F

ERREIRA

Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de

MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL —ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES

(2)

Tel. +351-22-508 1901 Fax +351-22-508 1446 miec@fe.up.pt

Editado por

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Rua Dr. Roberto Frias

4200-465 PORTO Portugal Tel. +351-22-508 1400 Fax +351-22-508 1440 feup@fe.up.pt Þ http://www.fe.up.pt

Reproduções parciais deste documento serão autorizadas na condição que seja mencionado o Autor e feita referência a Mestrado Integrado em Engenharia Civil - 2011/2012 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2012.

As opiniões e informações incluídas neste documento representam unicamente o ponto de vista do respetivo Autor, não podendo o Editor aceitar qualquer responsabilidade legal ou outra em relação a erros ou omissões que possam existir.

Este documento foi produzido a partir de versão eletrónica fornecida pelo respetivo Autor.

(3)

Aos meus Pais

A sabedoria consiste em compreender que o tempo dedicado a trabalho nunca é perdido Ralph Emerson

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Miguel Jorge Chichorro Rodrigues Gonçalves, por toda a disponibilidade demostrada na partilha de conhecimentos e por todos os esclarecimentos prestados.

Ao Comandante dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, Júlio Pereira, pela colaboração na obtenção dos conhecimentos e informações sobre o edifício Centro Coordenador de Transportes de Felgueiras. Ao meu pai, pelo apoio prestado ao longo do curso.

(6)
(7)

RESUMO

A segurança contra incêndio em edifícios é uma das especialidades de projeto com maior importância, visto estar diretamente ligada à manutenção e salvaguarda da vida das pessoas em caso de incêndio, bem como das instalações, dos equipamentos e dos sistemas de segurança.

É também importante que os utentes de um edifício (qualquer que seja a sua utilização-tipo) estejam informados e preparados para agir face à ocorrência de um incêndio. Para isso é necessário fazer a organização e gestão da segurança, definindo medidas, denominadas no contexto de SCIE como medidas de autoproteção.

Assim, propõe-se neste trabalho fazer a implementação do Plano de Segurança numa gare de transporte, de forma a cumprir parte das medidas de autoproteção exigíveis no regime jurídico de segurança contra incêndio em edifícios. As outras medidas de autoproteção, não objeto de estudo, são a formação, que é necessária promover perante os elementos que trabalham no edifício e a realização do simulacro. Estes últimos, com o intuito de fazer cumprir a prescrição regulamentar assim como agilizar a aplicação do Plano de Segurança entretanto realizado.

PALAVRAS-CHAVE: Incêndio, Segurança contra incêndio, Gare de transporte, Medidas de autoproteção, Plano de segurança

(8)
(9)

ABSTRACT

The fire safety in buildings is one of the specialties of project with the highest importance since it is directly linked to the maintenance and protection of the life of people in case of fire, as well as the facilities, equipment and safety systems.

It is also important that the users of a building (whatever its use-type) are informed and prepared to act against the occurrence of a fire. For this it is necessary to do the organization and management of security, defining measures, called in the context of Fire Safety in Buildings as measures of self-protection.

Thus, it is proposed in this work to do the implementation of the Security Plan in a station of transport, in order to fulfill part of the measures of self-protection payable in the legal regulation of fire safety in buildings. The other measures of self-protection, not an object of study, are the training, which is necessary to promote the elements that work in the building and completion of the simulacrum. The latter, with the aim to enforce the regulatory requirement as well as accelerate the implementation of the Security Plan however performed.

(10)
(11)

ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS ... i RESUMO ... iii ABSTRACT ... v

1. INTRODUÇÃO

... 1 1.1.NOTA INTRODUTÓRIA ... 1 1.2.OBJETIVO DO TRABALHO ... 1 1.3.ORGANIZAÇÃO DA TESE ... 2

2. BREVE ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

... 3

2.1.EVOLUÇÃO LEGISLATIVA ... 3

2.2.OBJETIVOS DA SCI ... 3

2.3.UTILIZAÇÕES TIPO ... 4

2.4.LOCAIS DE RISCO ... 4

2.5.CATEGORIAS DE RISCO ... 5

3. ANÁLISE DOS ASPETOS DAS MEDIDAS DE

AUTPROTEÇÃO NA SCIE

... 7

3.1.IMPORTÂNCIA DA AUTOPROTEÇÃO ... 7

3.2.RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA ... 8

3.3.MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO EXIGÍVEIS ... 9

3.4.EQUIPAS DE SEGURANÇA ... 10

3.5.REGISTOS DE SEGURANÇA ... 11

3.6.PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO ... 12

3.7.PLANO DE PREVENÇÃO ... 13

3.8.PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA ... 13

3.9.PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO... 13

3.9.1.PLANO DE ATUAÇÃO ... 14

3.9.2.PLANO DE EVACUAÇÃO ... 14

3.10.FORMAÇÃO EM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ... 15

(12)

4.

APRESENTAÇÃO DO CASO EM ESTUDO –

DIAGNÓSTICO E INSPEÇÃO

... 17

4.1.IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO EM ESTUDO ... 17

4.2.LOCALIZAÇÃO ... 18 4.2.1.ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO ... 18 4.2.2.ENTIDADES DE EMERGÊNCIA ... 18 4.3.DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO ... 19 4.3.1.CARACTERÍSTICAS GERAIS ... 19 4.3.2.UTILIZAÇÕES TIPO ... 22 4.3.3.CATEGORIA DE RISCO ... 22 4.3.4.LOCAIS DE RISCO ... 24

4.4.EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA EXISTENTES ... 24

4.4.1.SINALIZAÇÃO ... 25

4.4.2.ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ... 26

4.4.3.DETEÇÃO,ALARME E ALERTA ... 26

4.4.4.MEIOS DE INTERVENÇÃO ... 27

4.4.4.1. Extintores ... 27

4.4.4.2. Rede de Incêndio Armada ... 28

4.4.5.DISPONIBILIDADE DE ÁGUA PARA OS MEIOS DE SOCORRO ... 29

4.5.CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO E ACESSIBILIDADE ... 29

4.5.1.NÚMERO DE SAÍDAS ... 29

4.5.2.LARGURA DAS SAÍDAS... 30

4.5.3.CAMINHOS DE EVACUAÇÃO ... 31

4.5.4.VIAS DE ACESSO AO EDIFÍCIO ... 32

4.6.ESTADO GERAL DO EDIFÍCIO ... 34

5. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA

... 37

5.1.TIPOLOGIA DO PLANO DE SEGURANÇA ... 37

5.2.ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA ... 38

5.2.1.RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA ... 38

5.2.2.EQUIPAS DE SEGURANÇA ... 38

5.2.2.1. Número de Elementos ... 38

(13)

5.2.3.POSTO DE SEGURANÇA ... 39

5.3.DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS ... 40

5.3.1.PROMULGAÇÃO ... 40

5.3.2.LISTA DE PÁGINAS EM VIGOR ... 40

5.3.3.LISTA DAS REVISÕES E ALTERAÇÕES ... 42

5.3.4.LISTA DA DISTRIBUIÇÃO ... 42

5.3.5.DEFINIÇÕES ... 43

5.3.6.SIGLAS E ABREVIATURAS ... 44

5.4.REGISTOS DE SEGURANÇA ... 45

5.4.1.RELATÓRIOS DE VISTORIA, INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO ... 45

5.4.2.RELATÓRIOS DE ANOMALIAS RELACIONADAS COM INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 45

5.4.3.RELATÓRIOS DE ANOMALIAS RELACIONADAS COM OS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ... 45

5.4.4.RELAÇÃO DAS AÇÕES DE MANUTENÇÃO EFETUADAS NAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 46

5.4.5.RELAÇÃO DAS AÇÕES DE MANUTENÇÃO EFETUADAS NOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA 46 5.4.6.DESCRIÇÃO DAS MODIFICAÇÕES, ALTERAÇÕES E TRABALHOS PERIGOSOS EFETUADOS ... 46

5.4.7.RELATÓRIOS DE OCORRÊNCIAS RELACIONADAS COM A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ... 47

5.4.8.CÓPIAS DOS RELATÓRIOS DE INTERVENÇÃO DOS BOMBEIROS ... 47

5.4.9.RELATÓRIOS DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO... 47

5.4.10.RELATÓRIOS DOS EXERCÍCIOS DE SIMULAÇÃO ... 48

5.5.PLANO DE PREVENÇÃO DA GARE DE TRANSPORTE ... 48

5.5.1.IDENTIFICAÇÃO DA UT ... 49

5.5.2.DATA DE ENTRADA EM FUNCIONAMENTO... 49

5.5.3.IDENTIFICAÇÃO DO RS ... 49

5.5.4.PLANTA À ESCALA 1/200 CONTENDO OS ELEMENTOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ... 49

5.5.5.ACESSIBILIDADE DOS MEIOS DE SOCORRO AOS ESPAÇOS DA UT ... 49

5.5.6.ACESSIBILIDADE DOS VEÍCULOS DE SOCORRO AOS MEIOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 49

5.5.7.PRATICABILIDADE DOS CAMINHOS DE EVACUAÇÃO ... 49

5.5.8.EFICÁCIA DOS MEIOS PASSIVOS DE ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA AO FOGO ... 50

5.5.9.ACESSIBILIDADE AOS MEIOS DE ALARME E DE INTERVENÇÃO ... 50

5.5.10.VIGILÂNCIA DOS LOCAIS DE MAIOR RISCO E DESOCUPADOS ... 50

5.5.11.CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS LIMPOS E ARRUMADOS ... 50

5.5.12.SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE MATÉRIAS PERIGOSAS ... 50

(14)

5.5.14.PROCEDIMENTOS DE EXPLORAÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 51

5.5.14.1. Instalações de energia elétrica ... 51

5.5.14.2. Ascensores ... 51

5.5.15.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 51

5.5.16.PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA... 51

5.5.16.1. Sinalização de Segurança ... 52

5.5.16.2. Iluminação de Emergência ... 52

5.5.16.3. Deteção, alarme e alerta ... 52

5.5.16.4. Meios de Intervenção ... 52

5.5.16.5. Posto de Segurança ... 53

5.5.17.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ... 53

5.6.PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA DA GARE DE TRANSPORTE ... 53

5.6.1.PROCEDIMENTOS DE ALARME ... 53

5.6.1.1. Elemento do Posto de Segurança ... 53

5.6.1.2. Funcionários ou utentes ... 53

5.6.1.3. Elementos da equipa de segurança ... 54

5.6.1.4. Delegado de Segurança ... 54

5.6.2.PROCEDIMENTOS DE ALERTA ... 54

5.6.3.PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO ... 54

5.6.4.TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO ... 55

5.6.5.APOIO À INTERVENÇÃO EXTERNA... 55

5.7.PLANO DE PREVENÇÃO DA ZONA COMERCIAL ... 56

5.7.1.IDENTIFICAÇÃO DA UT ... 56

5.7.2.DATA DE ENTRADA EM FUNCIONAMENTO ... 56

5.7.3.IDENTIFICAÇÃO DO RS ... 56

5.7.4.PLANTA À ESCALA 1/200 CONTENDO OS ELEMENTOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ... 56

5.7.5.ACESSIBILIDADE DOS MEIOS DE SOCORRO AOS ESPAÇOS DA UT ... 56

5.7.6.ACESSIBILIDADE DOS VEÍCULOS DE SOCORRO AOS MEIOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 56

5.7.7.PRATICABILIDADE DOS CAMINHOS DE EVACUAÇÃO... 57

5.7.8.EFICÁCIA DOS MEIOS PASSIVOS DE ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA AO FOGO ... 57

5.7.9.ACESSIBILIDADE AOS MEIOS DE ALARME E DE INTERVENÇÃO ... 57

5.7.10.VIGILÂNCIA DOS LOCAIS DE MAIOR RISCO E DESOCUPADOS ... 57

(15)

5.7.12.SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE MATÉRIAS PERIGOSAS ... 57

5.7.13.SEGURANÇA NOS TRABALHOS DE MANUTENÇÃO OU ALTERAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ... 57

5.7.14.PROCEDIMENTOS DE EXPLORAÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 58

5.7.14.1. Instalações de energia elétrica ... 58

5.7.14.2. Ascensores ... 58

5.7.15.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 58

5.7.16.PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ... 59

5.7.16.1. Sinalização de Segurança ... 59

5.7.16.2. Iluminação de Emergência ... 59

5.7.16.3. Deteção, alarme e alerta ... 59

5.7.16.4. Meios de Intervenção ... 60

5.7.16.5. Posto de Segurança ... 60

5.7.17.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ... 60

5.8.PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA DA ZONA COMERCIAL ... 60

5.8.1.PROCEDIMENTOS DE ALARME ... 60

5.8.1.1. Elemento do Posto de Segurança ... 60

5.8.1.2. Funcionários ou utentes ... 60

5.8.1.3. Elementos da equipa de segurança ... 61

5.8.1.4. Delegado de Segurança... 61

5.8.2.PROCEDIMENTOS DE ALERTA ... 61

5.8.3.PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO ... 62

5.8.4.TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO ... 62

5.8.5.APOIO À INTERVENÇÃO EXTERNA ... 62

5.9.PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO DA ZONA DE GABINETES DA POLÍCIA MUNICIPAL ... 63

5.9.1.ACESSIBILIDADE DOS MEIOS DE SOCORRO AOS ESPAÇOS DA UT ... 63

5.9.2.ACESSIBILIDADE DOS VEÍCULOS DE SOCORRO AOS MEIOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 63

5.9.3.PRATICABILIDADE DOS CAMINHOS DE EVACUAÇÃO ... 63

5.9.4.EFICÁCIA DOS MEIOS PASSIVOS DE ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA AO FOGO ... 63

5.9.5.ACESSIBILIDADE AOS MEIOS DE ALARME E DE INTERVENÇÃO ... 63

5.9.6.VIGILÂNCIA DOS LOCAIS DE MAIOR RISCO E DESOCUPADOS ... 64

5.9.7.CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS LIMPOS E ARRUMADOS ... 64

5.9.8.SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE MATÉRIAS PERIGOSAS ... 64

(16)

5.9.10.PROCEDIMENTOS DE EXPLORAÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 64

5.9.10.1. Instalações de energia elétrica ... 64

5.9.10.2. Ascensores ... 65

5.9.11.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES TÉCNICAS ... 65

5.9.12.PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA... 65

5.9.12.1. Sinalização de Segurança ... 65

5.9.12.2. Iluminação de Emergência ... 65

5.9.12.3. Deteção, alarme e alerta ... 65

5.9.12.4. Meios de Intervenção ... 66

5.9.12.5. Posto de Segurança ... 66

5.9.13.PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ... 66

5.10.INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA DA ZONA DE GABINETES DA POLÍCIA MUNICIPAL ... 66

5.10.1.INSTRUÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA ... 66

5.10.3.TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO ... 66

6. CONCLUSÕES

... 69

BIBLIOGRAFIA ... 71

ANEXO A –

PLANTAS DE ARQUITETURA

(17)

ÍNDICE DE FIGURAS

Fig.4.1 – Edifício Centro Coordenador de Transportes de Felgueiras ... 17

Fig.4.2 – Mapa de Felgueiras ... 18

Fig.4.3 – Entidades de Emergência de Felgueiras ... 19

Fig.4.4 – Planta do rés-do-chão ... 20

Fig.4.5 – Plantas do piso intermédio e piso 1 ... 21

Fig.4.6 – Bloco autónomo permanente com indicação do sentido de saída ... 25

Fig.4.7 – Bloco autónomo permanente com indicação da saída ... 25

Fig.4.8 – Iluminação de segurança ao longo das plataformas de embarque ... 26

Fig.4.9 – Extintor numa loja ... 27

Fig.4.10 – Local sem extintor, nem sinalização ... 27

Fig.4.11 – Boca-de-incêndio tipo teatro na zona comercial ... 28

Fig.4.12 – Boca-de-incêndio sem mangueira ... 29

Fig.4.13 – Caminho de evacuação vertical na zona comercial ... 32

Fig.4.14 – Vias de acesso ao edifício CCT ... 33

Fig.4.15 – Veículos estacionados na Travessa Júlio Dinis ... 33

Fig.4.16 – Fissuras nas paredes exteriores ... 34

(18)
(19)

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 2.1 – Descrição das utilizações-tipo ... 4

Quadro 2.2 – Definição dos locais de risco ... 5

Quadro 2.3 – Parâmetros de classificação da categoria de risco ... 6

Quadro 3.1 – Responsável pela segurança ... 8

Quadro 3.2 – Medidas de autoproteção exigíveis... 9

Quadro 3.3 – Definição das equipas de segurança ... 11

Quadro 3.4 – Periodicidade dos simulacros ... 16

Quadro 4.1 – UT’s presentes no edifício ... 22

Quadro 4.2 – Classificação da CR da UT III ... 22

Quadro 4.3 – Classificação da CR da UT VI ... 23

Quadro 4.4 – Efetivo da UT VI ... 23

Quadro 4.5 – Classificação da CR da UT VIII ... 23

Quadro 4.6 – Efetivo da UT VIII ... 23

Quadro 4.7 – Locais de Risco ... 24

Quadro 4.8 – Número mínimo de saídas de locais cobertos em função do efetivo ... 29

Quadro 4.9 – Verificação da conformidade do número mínimo de saídas ... 30

Quadro 4.10 – Número mínimo de unidades de passagem em espaços cobertos ... 30

Quadro 4.11 – Verificação da conformidade da largura mínima das saídas ... 31

Quadro 5.1 – Constituição do Plano de Segurança ... 37

Quadro 5.2 – Designação do RS ... 38

Quadro 5.3 – Designação das equipas de segurança ... 39

Quadro 5.4 – Lista de páginas em vigor ... 40

Quadro 5.5 – Lista das revisões e alterações ... 42

Quadro 5.6 – Lista da distribuição do Plano de Segurança ... 43

Quadro 5.7 – Anomalias nas instalações técnicas ... 45

Quadro 5.8 – Anomalias nos equipamentos e sistemas de segurança ... 45

Quadro 5.9 – Ações de manutenção efetuadas nas instalações técnicas ... 46

Quadro 5.10 – Ações de manutenção efetuadas nos equipamentos e sistemas de segurança ... 46

Quadro 5.11 – Ações de manutenção efetuadas nos extintores ... 46

Quadro 5.12 – Modificações, alterações e trabalhos perigosos efetuados ... 47

(20)

Quadro 5.14 – Registo das ações de formação ... 47 Quadro 5.15 – Exercícios de simulação ... 48

(21)

SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil CCT – Centro Coordenador de Transportes CR – Categoria de risco

DS – Delegado de segurança

GNR – Guarda Nacional Republicana

INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica NT – Nota Técnica

PM – Polícia Municipal PP – Plano de prevenção PS – Plano de Segurança RIA – Rede de Incêndio Armada

RJ-SCIE – Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios RS – Responsável pela segurança

RT-SCIE – Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios SADI – Sistema automático de deteção de incêndios

SCIE – Segurança contra incêndio em edifícios SSI – Serviço de segurança contra incêndio UT – Utilização-tipo

(22)
(23)

                        

(24)

   

(25)

1

INTRODUÇÃO

1.1.NOTA INTRODUTÓRIA

Ao longo do tempo são vários os relatos e notícias sobre incêndios urbanos que causaram perdas humanas e materiais. É por isso, notória a crescente preocupação das populações e das entidades com a Segurança Contra Incêndio e em particular em edifícios.

A Segurança Contra Incêndio tem como principais objetivos a preservação da vida humana, do ambiente e do património cultural. É assim, considerada como o conjunto de medidas e sistemas que permitem reduzir ao mínimo o número de incêndios ocorridos e, ao mesmo tempo, minimizar a severidade das suas consequências.

Para que esses objetivos sejam cumpridos, é importante preparar as pessoas que utilizam determinado edifício para um cenário de emergência, pois as pessoas sendo informadas vão saber o modo de proceder face a um sinistro, atuando de maneira mais eficaz para que os prejuízos sejam minimizados. Mas naturalmente também é necessário preparar as pessoas sobre os aspetos preventivos para que de facto se evitarem, tanto quanto possível, os incêndios.

As medidas físicas de segurança, como por exemplo, as adotadas na conceção e construção de um edifício ou os sistemas de segurança implantados, não eliminam a possibilidade de ocorrência de um incêndio nem garantem, por si só, a limitação das suas consequências. A existência de uma organização de segurança, é então, fundamental para a segurança contra incêndio.

1.2.OBJETIVO DO TRABALHO

É expectável que a gare de transporte, construída antes da entrada em vigor do novo regulamento de SCIE (D.L. nº 220/2008), não esteja dotada de medidas de autoproteção, embora estas sejam obrigatórias mesmo em edifícios existentes à data de em entrada em vigor do dito regulamento.

Com a aplicação das medidas de autoproteção exigíveis, as pessoas ficarão melhor preparadas em situação de incêndio, reduzindo assim as consequências dos mesmos.

Este trabalho tem como finalidade a compreensão e organização dos diplomas relativos à segurança contra incêndio em edifícios (SCIE) e em particular nas exigências relativas às medidas de autoproteção e a sua aplicação à realização de um plano de segurança de uma gare de transporte. O presente trabalho visa criar uma estrutura de segurança através do Plano de Segurança com o objetivo de assegurar o cumprimento das medidas excecionais de emergência, com vista a reduzir ou mesmo eliminar os prejuízos humanos e materiais, em caso de incêndio.

(26)

1.3.ORGANIZAÇÃO DA TESE

O trabalho é composto por seis capítulos.

Neste primeiro capítulo faz-se a nota introdutória referindo-se o objetivo do trabalho e estruturando-se a organização da tese.

No capítulo dois faz-se uma breve análise legislativa da segurança contra incêndio, onde se fala da evolução da publicação de corpos legislativos ao longo do tempo e do mais recente regulamento. No capítulo três, analisa-se os aspetos das medidas de autoproteção da SCIE. Fala-se da importância da autoproteção e de cada uma das medidas de autoproteção existentes no regulamento.

No quarto capítulo é feita a apresentação do caso em estudo e faz-se o diagnóstico e inspeção à gare de transporte, mais concretamente o levantamento de todos os meios e sistemas de segurança existentes no edifício, bem como as suas condições de evacuação e acessibilidade.

No quinto capítulo apresenta-se a implementação do PSI da gare de transporte, constituído pelas medidas de autoproteção exigíveis para este caso.

Finalmente no capítulo seis, apresenta-se as conclusões, onde se resumem as considerações mais relevantes do presente trabalho, tanto da análise dos Planos de Segurança, como da sua aplicação prática.

(27)

2

BREVE ENQUADRAMENTO

LEGISLATIVO

2.1.EVOLUÇÃO LEGISLATIVA

A legislação sobre SCIE em Portugal, antes da implementação do novo Regime Jurídico de SCIE em 1 de Janeiro de 2009 [1], encontrava-se dispersa por um número elevado de diplomas, dificilmente harmonizáveis entre si e que dificultavam a sua compreensão.

Para além disso, verificavam-se diversas lacunas e omissões, as quais se devem, em parte, ao elevado conjunto de edifícios (gares de transporte, instalações industriais, armazéns, lares de idosos, museus, bibliotecas, arquivos e locais de culto), para os quais não existiam regulamentos específicos de segurança contra incêndio. Nestas situações, aplicava-se apenas o RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas (Decreto-Lei n.º 38382 de 1951), [2], que era manifestamente insuficiente para a salvaguarda da segurança contra incêndio.

A publicação do D.L. nº 220/2008, [1] veio consolidar a legislação sobre segurança contra incêndio em edifícios, apresentando, através de um diploma complementar, um amplo conjunto de exigências técnicas aplicáveis à segurança contra incêndio no que se refere à conceção geral da arquitetura dos edifícios e recintos a construir ou remodelar, às disposições construtivas, às instalações técnicas e aos sistemas e equipamentos de segurança (Portaria nº 1532/2008), [3].

2.2.OBJETIVOS DA SCI

O RJ-SCIE baseia-se nos princípios gerais da preservação: ƒ Da vida humana;

ƒ Do ambiente;

ƒ Do património cultural;

ƒ Dos meios essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes.

Neste sentido, inclui disposições que cobrem todo o ciclo de vida dos edifícios ou dos recintos, destinando-se a:

ƒ Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;

ƒ Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeadamente a propagação do fumo e gases de combustão;

ƒ Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes em risco; ƒ Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro;

(28)

ƒ Proteger bens do património cultural e meios essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes.

Como é de fácil compreensão, para o cumprimento da regulamentação, a implementação dos sistemas de segurança contra incêndio condiciona as opções arquitetónicas, pelo que é importante e fundamental que o projeto de segurança contra incêndio acompanhe o projeto de arquitetura desde o primeiro instante. Com isto, o processo de conceção da segurança contra incêndio torna-se mais eficaz e económico.

2.3.UTILIZAÇÕES TIPO

O RJ-SCIE classifica os edifícios, recintos ou parte destes em 12 utilizações tipo (UT) distintas, conforme o uso dominante de cada um, como se refere no Quadro 2.1.

Quadro 2.1 - Descrição das utilizações-tipo

Utilização-Tipo Descrição

UT I Habitacionais

UT II Estacionamentos

UT III Administrativos

UT IV Escolares

UT V Hospitalares e lares de idosos UT VI Espetáculos e reuniões públicas

UT VII Hoteleiros e restauração

UT VIII Comerciais e gares de transporte

UT IX Desportivos e de lazer

UT X Museus e galerias de arte

UT XI Bibliotecas e arquivos

UT XII Industriais, oficinas e armazéns

Atendendo ao seu uso, os edifícios e recintos podem ser de utilização exclusiva, quando integrem uma única UT, ou de utilização mista, quando integrem diversas UT, e devem respeitar as condições técnicas gerais e específicas definidas para cada UT.

O regulamento prevê também situações em que aos espaços integrados numa dada UT, aplicam-se as disposições gerais e as específicas da UT onde se inserem, em determinadas condições.

2.4.LOCAIS DE RISCO

Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com exceção dos espaços interiores de cada fogo, e das vias horizontais e verticais de evacuação, são classificados, de acordo com a natureza do risco, em locais de risco, do seguinte modo:

(29)

ƒ Local de risco A – Presença dominante de pessoal afeto ao estabelecimento, em pequena quantidade;

ƒ Local de risco B – Presença dominante de pessoas (pessoal e público), em grande quantidade;

ƒ Local de risco C – Risco agravado de incêndio, devido a atividades, equipamentos ou materiais (carga de incêndio);

ƒ Local de risco D – Presença de pessoas de mobilidade ou perceção reduzidas (idosos, acamados, crianças);

ƒ Local de risco E – Locais de dormida, em estabelecimentos, que não caibam na definição de local de risco D;

ƒ Local de risco F – Com meios essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes.

Esta classificação é inerente a cada local, independentemente de qualquer outro aspeto, como por exemplo, a utilização-tipo onde se encontra, ou a localização no edifício.

No Quadro 2.2 apresenta-se, em síntese, a caracterização dos locais de risco. O não cumprimento de alguma das condições

Quadro 2.2 - Definição dos locais de risco

Local de Risco A B C D E F Efetivo total ” 100 > 100 ou > 50 - - - - Efetivo – público ” 50 - - - - Efetivo – pessoas limitadas ” 10% ” 10% ” 10% > 10% ” 10% ” 10% Efetivo – locais de dormida 0 0 0 - • 1 0 Risco agravado de incêndio - - Sim - - - Continuidade de atividades socialmente relevantes - - - Sim 2.5.CATEGORIAS DE RISCO

Nos termos do regime jurídico de SCIE, cada UT é classificada, no que se refere ao risco de incêndio, numa de quatro categorias de risco (CR):

ƒ 1ª - risco reduzido; ƒ 2ª - risco moderado; ƒ 3ª - risco elevado; ƒ 4ª - risco muito elevado.

(30)

ƒ Altura da utilização-tipo; ƒ Efetivo;

ƒ Efetivo em locais de tipo D ou E; ƒ Área bruta;

ƒ Número de pisos abaixo do plano de referência; ƒ Espaço coberto ou ao ar livre;

ƒ Saída independente de locais do tipo D ou E; ƒ Densidade de carga de incêndio modificada.

Estes parâmetros de classificação, variam consoante a UT conforme se pode verificar no Quadro 2.3 seguinte.

Quadro 2.3 - Parâmetros de classificação da categoria de risco

Utilização-tipo I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII Altura da UT x x x x x x x x x x x x

Efetivo x x x x x x x x x

Efetivo em locais de tipo D ou E x x x x

Área bruta x

Número de pisos abaixo do plano de referência x x x x x x x

Espaço coberto ou ao ar livre x x x x

Saída independente de locais do tipo D ou E x x x

(31)

3

ANÁLISE DOS ASPETOS DAS

MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO NA

SCIE

3.1.IMPORTÂNCIA DA AUTOPROTEÇÃO

A prevenção é possivelmente, o tipo de estratégia mais poderoso para reduzir as perdas por incêndio. Um fogo que nunca deflagra não produz perdas, e caso deflagre, se as pessoas tiverem devidamente preparadas para atuar, os prejuízos vão ser minimizados.

As medidas físicas de segurança adotadas na conceção e construção de um edifício e os sistemas de segurança implantados por si só não chegam [4], pois de nada serve se as pessoas não souberem utilizar esses sistemas, nem se estas não souberem o modo de agir perante uma situação de emergência.

Para além dos meios materiais, é o comportamento humano que separa a ténue linha do sucesso ou insucesso (nesta e noutras situações). No caso da segurança contra incêndio, é fundamental a formação dos indivíduos, bem como a adequada manutenção dos sistemas e equipamentos – é necessário garantir a sua operacionalidade/funcionalidade a 100%, quando solicitados, [5].

Muitos dos nossos edifícios encontram-se equipados com modernos sistemas de deteção e combate ao incêndio. Mas de pouco servem se não forem mantidos em condições de perfeita operacionalidade. Os extintores, através de uma etiqueta com a data da última revisão e a data de validade, ainda vão sendo mantidos. Já o mesmo não se poderá dizer dos Sistemas Automáticos de Deteção de Incêndio (SADI), bocas-de-incêndio, por vezes alimentadas por um sistema com a cisterna vazia ou com água lamacenta e um grupo hidropressor inoperacional. Igualmente os sistemas de controlo de fumo dificilmente serão testados com a regularidade requerida, acabando por não funcionar em caso de necessidade. É dinheiro que foi gasto na construção, com o objetivo de obter a licença de utilização e cumprir a legislação, que nunca mais será recuperado na efetiva proteção do edifício, e do seu conteúdo, em bens e pessoas, [5]. É por isso da maior importância conservar os equipamentos e sistemas afetos à segurança contra incêndio, em boas condições de funcionamento e pugnar pela formação dos utentes para que saibam utilizá-los em caso de necessidade, [5]

Desta forma, é necessário encaixar mecanismos que permitam uma atuação mais eficaz e célere na prevenção de acidentes e na ação em caso dos mesmos, atribuindo áreas de intervenção e linhas de comando bem definidas, atribuindo competências, fazendo uma qualificação dos agentes intervenientes e otimizando recursos, [6].

(32)

A Organização e Gestão da Segurança consiste na otimização dos meios de proteção existentes, através de uma adequada planificação do seu uso em caso de necessidade, que garanta a disponibilidade dos recursos humanos e materiais, nas melhores condições, [7].

A segurança contra incêndio nos edifícios deve passar por uma exploração que garanta a manutenção dos equipamentos e uma formação e treino das pessoas que permita, em caso de necessidade, a utilização atempada de forma correta e eficaz, dos recursos materiais e humanos existentes, [7]. Com a publicação do D.L. nº 220/2008 a 1 de Janeiro, passou a ser obrigatório dotar os edifícios, os estabelecimentos e os recintos (mesmo os existentes), no decurso da exploração dos respetivos espaços, de medidas de autoproteção. As medidas em que se baseiam são:

ƒ Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de prevenção ou planos de prevenção, conforme a CR e UT;

ƒ Medidas de intervenção em caso de incêndio, que tomam a forma de procedimentos de emergência ou de planos de emergência interno, conforme a CR e UT;

ƒ Registo de segurança onde devem constar os relatórios de vistoria ou inspeção, e relação de todas as ações de manutenção e ocorrências direta ou indiretamente relacionadas com a SCIE;

ƒ Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas a todos os funcionários e colaboradores das entidades exploradoras, ou de formação específica, destinada aos delegados de segurança e outros elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;

ƒ Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com vista a criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.

3.2.RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA

O responsável pela segurança contra incêndio (RS) perante a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) é a pessoa, individual ou coletiva, que se indica no Quadro 3.1:

Quadro 3.1 - Responsável pela segurança

Utilizações-tipo Ocupação Responsável de segurança (RS)

I Espaços comuns Proprietário ou administração do condomínio

II a XII

Cada utilização-tipo Entidade exploradora da utilização-tipo Espaços comuns a

várias utilizações-tipo Administração do edifício

No caso das pessoas coletivas, o RS corresponde ao respetivo órgão de gestão máximo.

Na situação em que várias entidades explorem um mesmo compartimento corta-fogo afeto a uma dada utilização-tipo, a gestão da segurança desse espaço deve ser centralizada, sendo o RS designado por acordo explícito entre as referidas entidades e deste facto ser dado conhecimento à entidade fiscalizadora.

(33)

O RS pode delegar competências, no designado delegado de segurança (DS).

Durante a intervenção dos bombeiros, o respetivo comandante das operações de socorro é responsável pelas operações, devendo o RS prestar toda a colaboração solicitada.

Compete ao RS a regularização, nos prazos estipulados, das desconformidades detetadas nas vistorias e inspeções de segurança.

3.3.MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO EXIGÍVEIS

As medidas de autoproteção, previstas no regulamento, exigíveis para cada categoria de risco nas diversas utilizações tipo, são as constantes no Quadro 3.2:

Quadro 3.2 - Medidas de autoproteção exigíveis

Utilização-tipo Categoria de risco

Medidas de autoproteção R eg is to s de s eg ur an ça P ro ce di m en to s de p re ve nç ão P la no d e pr ev en çã o P ro ce di m en to s em c as o de em er gê nc ia P la no d e em er gê nc ia in te rn o A çõ es d e se ns ib ili za çã o e fo rm aç ão S im ul ac ro s

I 3ª (apenas para os espaços comuns) x x x x

4ª (apenas para os espaços comuns) x x x x x

II

1ª x x

2ª x x x x

3ª e 4ª x x x x x

III, VI, VIII, IX, X, XI e XII

1ª x x

2ª x x x x x

3ª e 4ª x x x x x

IV, V e VII

1ª (sem locais de risco D ou E) x x 1ª (com locais de risco D ou E) e 2ª

(sem locais de risco D ou E) x x x x

2ª (com locais de risco D ou E), 3ª e 4ª x x x x x

Podemos ter quatro tipos de Planos de Segurança:

(34)

ƒ Plano de Segurança tipo II – Registos de Segurança + Procedimentos de Prevenção + Procedimentos em caso de emergência;

ƒ Plano de Segurança tipo III – Registos de Segurança + Plano de Prevenção + Procedimentos em caso de emergência;

ƒ Plano de Segurança tipo IV – Registos de Segurança + Plano de Prevenção + Plano de Emergência Interno.

Pelo exposto acima verifica-se que o Plano de Segurança de um determinado edifício ou recinto é constituído por 2 ou 3 capítulos, função da UT e CR, e da simplicidade ou complexidade da construção e respetiva exploração. A estes 2 ou 3 capítulos, juntar-se-á mais um, o 1º capítulo, com as Disposições Administrativas.

O Plano de Segurança deve ser um documento de fácil consulta e atualização, atendendo às alterações introduzidas ou conclusões após os exercícios. Tem igualmente que ser organizado por capítulos e secções em páginas diferentes e substituíveis sem interferir nas demais.

Complementarmente, está claramente definido pelo RJ-SCIE que o RS assume a responsabilidade de implementar o sistema de gestão de segurança e de autoproteção, de garantir a existência dos registos, de criar a equipa de Serviço de Segurança Contra Incêndio (SSI), etc. É lógico que o RS fique vinculado ao Plano de Segurança aprovando-o e mandando-o executar por todos os colaboradores através de um despacho de promulgação.

Conclui-se que o Plano de Segurança terá um “1º Capítulo – Disposições Administrativas” com a seguinte estrutura:

ƒ Promulgação (pelo RS);

ƒ Lista de (capítulos, secções) páginas em vigor;

ƒ Lista das revisões e alterações (capítulos, secções, páginas e motivos de alteração, anulação e adição, data e aprovação);

ƒ Lista da distribuição (nº do exemplar, entidade ou pessoa recetora, data, rubrica, versão inicial, alterações);

ƒ Definições (utilizadas neste Plano);

ƒ Siglas e abreviaturas (utilizadas neste Plano).

3.4.EQUIPAS DE SEGURANÇA

O RS ao definir as medidas de autoproteção, deve criar a(s) equipa(s) de segurança constituída(s) por trabalhadores, colaboradores, prestadores ou terceiros que, durante o funcionamento das UT’s, devem ter o nº mínimo indicado no Quadro 3.3, apoiados pelo posto de segurança (ou central de segurança) que deve estar equipado, pelo menos, com um elemento.

(35)

Quadro 3.3 - Definição das equipas de segurança

Utilizações-tipo Categorias de risco

Número mínimo de elementos da

equipa

III, VIII, X, XI e XII

1ª Um

2ª Três

3ª Cinco

4ª Oito

IV e V

1ª (sem locais de risco D ou E) Dois

1ª (com locais de risco D ou E) e 2ª (sem locais de risco D ou E) Três

2ª (com locais de risco D ou E) Seis

3ª Oito 4ª Doze VI e IX 1ª Dois 2ª Três 3ª Seis 4ª Dez VII

1ª (sem locais de risco E) Um

1ª (com locais de risco E) e 2ª (sem locais de risco E) Três 2ª (com locais de risco E) e 3ª Cinco

4ª Oito

Nos casos em que é exigido um plano de emergência, tem que ser implementado um SSI chefiado por um delegado de segurança e com o nº adequado de colaboradores.

Nas 3ª e 4ª categorias de risco das UT’s que recebem público, este delegado deve exercer as funções a tempo inteiro, não se aplicando o mesmo aos demais colaboradores, desde que estejam permanentemente contactáveis pelo posto de segurança.

Os parágrafos seguintes referem genericamente a estrutura e conteúdo de cada um dos componentes que compõem o Plano de Segurança, começando pelos registos de segurança.

3.5.REGISTOS DE SEGURANÇA

O RS deve garantir a existência de Registos de Segurança, destinados à inscrição de ocorrências relevantes e à guarda de relatórios relacionados com a segurança contra incêndio, devendo compreender, designadamente:

(36)

ƒ Informação sobre anomalias, observadas nas operações de verificação, conservação ou manutenção das instalações técnicas, dos sistemas e dos equipamentos de segurança; ƒ Relação de todas as ações de manutenção efetuadas em instalações técnicas, dos sistemas

e dos equipamentos de segurança;

ƒ Descrição sumária das modificações, alterações e trabalhos perigosos efetuados nos espaços da utilização-tipo;

ƒ Relatórios de ocorrências direta ou indiretamente relacionados com a segurança contra incêndio;

ƒ Cópia dos relatórios de intervenção dos bombeiros;

ƒ Relatórios sucintos das ações de formação e dos exercícios de simulação.

Estes Registos de Segurança devem ser arquivados pelo período de 10 anos, embora haja o interesse em guardá-los ao longo da vida útil da UT.

3.6.PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO

Os procedimentos são um conjunto de regras de exploração e de comportamentos humanos e técnicos, em situação de rotina e normalidade da vida de uma empresa ou entidade, constituindo a parte mais importante do plano de prevenção, a serem aplicados quando este não se justifique, em face da baixa categoria de risco da UT.

O objetivo destes procedimentos é garantir a continuidade de um conjunto de condições de segurança na exploração diária do edifício ou recinto e nos seus acessos, pelo que se deve listar e controlar as seguintes situações:

ƒ Acessibilidade dos meios de socorro a espaços da UT;

ƒ Acessibilidade dos veículos de socorro dos bombeiros aos meios de abastecimento de água, designadamente hidrantes exteriores;

ƒ Praticabilidade dos caminhos de evacuação;

ƒ Eficácia da estabilidade ao fogo e dos meios de compartimentação, isolamento e proteção;

ƒ Acessibilidade aos meios de alarme e de intervenção em caso de emergência;

ƒ Vigilância dos espaços, em especial os de maior risco de incêndio e os que estão normalmente desocupados;

ƒ Conservação dos espaços em condições de limpeza e arrumação adequadas;

ƒ Segurança na produção, na manipulação e no armazenamento de matérias e substâncias perigosas;

ƒ Segurança em todos os trabalhos de manutenção, recuperação, beneficiação, alteração ou remodelação de sistemas ou das instalações.

Os procedimentos de exploração e de utilização das instalações técnicas, equipamentos e sistemas, devem incluir as respetivas instruções de funcionamento, os procedimentos de segurança, a descrição dos comandos e de eventuais alarmes, bem como dos sintomas e indicadores de avaria que os caracterizam.

(37)

3.7.PLANO DE PREVENÇÃO

O plano de prevenção é um documento onde deve constar a organização da segurança e das suas atribuições, assim como os procedimentos de atuação em situação normal tendo em vista a capacidade de passagem à situação de emergência, em caso de necessidade.

Assim o Plano de Prevenção deve conter as seguintes secções: ƒ Identificação da UT;

ƒ Data da sua entrada em funcionamento; ƒ Identificação do RS;

ƒ Identificação de eventuais delegados de segurança;

ƒ Plantas à escala 1:100 ou 1:200 com a representação inequívoca, recorrendo à simbologia constante das normas portuguesas, dos seguintes aspetos:

• Classificação de risco e efetivo previsto para cada local;

• Vias horizontais e verticais de evacuação, incluindo os eventuais percursos em comunicações comuns;

• Localização de todos os dispositivos e equipamentos ligados à segurança contra incêndio.

ƒ Pelos Procedimentos de Prevenção;

O Plano de Prevenção e os seus anexos devem ser atualizados sempre que as modificações ou alterações efetuadas na UT o justifiquem e estão sujeitos a verificação em inspeções.

No posto de segurança deve estar disponível um exemplar do plano de prevenção.

3.8.PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA

Para cada tipo de UT devem ser definidas as técnicas e as ações comportamentais, individuais e coletivas para de uma forma organizada, coerente e rápida fazer face a uma emergência, tido como um acontecimento nem desejado, nem por vezes esperado. De uma forma simples e resumida pode-se dizer que os procedimentos, perante uma situação de incêndio, são, no mínimo, os seguintes:

ƒ Os procedimentos de alarme, a cumprir em caso de deteção ou perceção de um incêndio; ƒ Os procedimentos de alerta;

ƒ Os procedimentos a adotar para garantir a evacuação rápida e segura dos espaços em risco;

ƒ As técnicas de utilização dos meios de primeira intervenção e de outros meios de atuação em caso de incêndio que sirvam os espaços da UT;

ƒ Os procedimentos de receção e encaminhamento dos bombeiros.

3.9.PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO

Os objetivos do plano de emergência são os de sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes da UT que se encontrem em risco e limitar a propagação e as consequências dos incêndios, recorrendo a meios próprios da UT. Deve ser por isso, simples e bem estruturado, preciso e devidamente realista. O Plano de Emergência Interno deve ser constituído:

ƒ Pela definição da organização a adotar em caso de emergência;

ƒ Pela indicação das entidades internas e externas a contactar em situação de emergência; Pelo Plano de Atuação;

(38)

ƒ Pelo Plano de Evacuação;

ƒ Por um anexo com as instruções de segurança; ƒ Por um anexo com as plantas de emergência. A organização em situação de emergência deve contemplar:

ƒ Os organogramas hierárquicos e funcionais do SSI, cobrindo as várias fases do desenvolvimento de uma situação de emergência;

ƒ A identificação dos delegados e agentes de segurança componentes das várias equipas de intervenção, respetivas missões e responsabilidades, a concretizar em situações de emergência.

3.9.1.PLANO DE ATUAÇÃO

O Plano de Atuação deve contemplar a organização das operações a desencadear por delegados e agentes de segurança em caso de ocorrência de uma situação perigosa e os procedimentos a observar, abrangendo:

ƒ O conhecimento prévio dos riscos presentes nos espaços afetos à UT (nomeadamente nos locais de risco C, D e F);

ƒ Os procedimentos a adotar em caso de deteção ou perceção de um alarme de incêndio; ƒ A planificação da difusão dos alarmes restritos e geral e a transmissão do alerta; ƒ A coordenação das operações previstas no Plano de Evacuação;

ƒ A ativação dos meios de primeira intervenção que sirvam os espaços da UT, apropriados a cada circunstância, incluindo as técnicas de utilização desses meios;

ƒ A execução da manobra dos dispositivos de segurança (designadamente de corte da alimentação de energia elétrica e de combustíveis, de fecho de portas resistentes ao fogo e de instalações de controlo de fumo);

ƒ A prestação de primeiros socorros;

ƒ A proteção de locais de risco e de pontos nevrálgicos da UT; ƒ O acolhimento, informação, orientação e apoio dos bombeiros;

ƒ A reposição das condições de segurança após uma situação de emergência.

3.9.2.PLANO DE EVACUAÇÃO

O Plano de Evacuação deve contemplar as instruções e os procedimentos, a observar por todo o pessoal da UT, relativos à articulação das operações destinadas a garantir a evacuação ordenada, total ou parcial, dos espaços considerados em risco pelo RS e abranger:

ƒ O encaminhamento rápido e seguro dos ocupantes desses espaços para o exterior ou para uma zona segura, mediante referenciação de vias de evacuação, zonas de refúgio e pontos de encontro;

ƒ O auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade, de forma a assegurar que ninguém fique bloqueado;

(39)

3.10.FORMAÇÃO EM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

As ações de formação compreendem a sensibilização para a segurança contra incêndios, cumprimentos dos procedimentos de alarme e evacuação e instruções básicas de operação de extintores e carretéis. Deverá ainda ser dada formação adicional ao pessoal cuja atividade seja desempenhada em locais de risco agravado e ao pessoal afeto à equipa de segurança.

Assim sendo, devem possuir formação no domínio da SCI:

ƒ Os funcionários e colaboradores das entidades exploradoras dos espaços afetos às UT’s; ƒ Todos os que exerçam atividades profissionais em mais de 30 dias por ano nos espaços

afetos às UT’s;

ƒ Todos os elementos com atribuições previstas nas atividades de autoproteção. As ações de formação, a definir em programa estabelecido por cada RS, poderão consistir em:

ƒ Sensibilização para a SCI, constantes de sessões informativas com o objetivo de:

• Familiarização com os espaços da UT e identificação dos respetivos riscos de incêndio;

• Cumprimento dos procedimentos genéricos de prevenção (ou, caso exista, do plano de prevenção);

• Cumprimento dos procedimentos de alarme;

• Cumprimento dos procedimentos gerais de atuação em caso de emergência (incluindo os de evacuação);

• Instrução de técnicas básicas de utilização dos meios de primeira intervenção. ƒ Formação específica destinada aos elementos que lidam com situações de maior risco de

incêndio (nomeadamente os que trabalham em locais de risco C, D ou F);

ƒ Formação específica para os elementos com atribuições especiais de atuação em caso de emergência, como:

• A emissão do alerta; • A evacuação;

• A utilização dos comandos de meios de atuação em caso de incêndio e de 2ª intervenção;

• A receção e o encaminhamento dos bombeiros; • A direção das operações de emergência;

• Outras atividades previstas no plano de emergência, quando exista. As ações de sensibilização devem ser programadas de modo a que:

ƒ Incluam como destinatários, nas UT I (habitacionais) da 3ª e 4ª categoria de risco, os ocupantes dos fogos de habitação;

ƒ Incluam como destinatários, nas UT IV (escolares), os alunos e formandos que nelas permaneçam por um período superior a 30 dias;

ƒ Incluam com destinatários, nas UT IX (desportivos e de lazer), os frequentadores dos espaços que neles permaneçam por um período superior a 30 dias;

ƒ Os seus destinatários que tenham frequentado no prazo máximo de 60 dias após a sua entrada em serviço nos espaços da UT (com exceção dos alunos e formandos da UT IV, em que as ações devem ser realizadas no primeiro período do ano escolar).

As ações de sensibilização para os destinatários acima referidos das UT’s IV (alunos e formandos) e IX (frequentadores de espaços desportivos e de lazer) podem não incluir as instruções de técnicas de

(40)

3.11.SIMULACROS

Nas UT’s com plano de emergência interno devem ser realizados exercícios de teste e de treino dos ocupantes, com vista à criação de rotinas de comportamento e ao aperfeiçoamento dos procedimentos em causa.

A periodicidade máxima na realização dos exercícios de simulação depende da UT e da categoria de risco, conforme o quadro 3.4:

Quadro 3.4 - Periodicidade dos simulacros

Utilizações-tipo Categorias de risco Períodos máximos entre exercícios

I 4ª Dois anos

II 3ª e 4ª Dois anos

VI e IX 2ª e 3ª Dois anos

4ª Um ano

III, VIII, X, XI e XII 2ª e 3ª Dois anos

4ª Um ano

IV, V e VII 2ª (com locais de risco D ou E) e 3ª e 4ª Um ano

Nas UT IV deve ser sempre realizado um exercício no início do ano escolar.

Os exercícios devem ser devidamente planeados, executados e avaliados, com a colaboração eventual do corpo de bombeiros e de coordenadores ou delegados da proteção civil (e com observadores que colaborarão na avaliação).

Deve ser sempre dada informação prévia aos ocupantes da realização de exercícios (podendo não ser rigorosamente estabelecida a data e/ou hora programadas).

Quando as características dos ocupantes inviabilizem a realização de exercícios de evacuação, devem ser realizados exercícios de quadros que os substituam e reforçadas as medidas de segurança.

(41)

4

APRESENTAÇÃO DO CASO EM

ESTUDO – DIAGNÓSTICO E

INSPEÇÃO

4.1.IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO EM ESTUDO

O foco de atenção e aonde se concentrarão os objetivos deste trabalho é o edifício Centro Coordenador de Transportes de Felgueiras (CCT), apresentado na Figura 4.1, localizado na freguesia de Margaride do concelho de Felgueiras, distrito do Porto.

Figura 4.1 - Edifício Centro Coordenador de Transportes de Felgueiras Com a seguinte morada postal:

Morada: Rua Júlio Dinis

(42)

4.2.LOCALIZAÇÃO

4.2.1.ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

O Município de Felgueiras, localizado na parte superior do Vale do Sousa, abrange cerca de 116 Km2, repartidos por 32 freguesias. É constituído por quatro centros urbanos: a Cidade de Felgueiras, a Cidade da Lixa, a Vila de Barrosas e a Vila da Longra (Figura 4.2). Felgueiras, com 59 000 habitantes é um dos concelhos com a população mais jovem do país e da Europa, [8].

O município é limitado a norte pelo município de Fafe, a nordeste por Celorico de Basto, a sueste por Amarante, a sudoeste por Lousada e a noroeste por Vizela e Guimarães, [8].

Figura 4.2 - Mapa de Felgueiras 4.2.2.ENTIDADES DE EMERGÊNCIA

O edifício CCT de Felgueiras está situado numa zona de fácil acesso pelas entidades de emergência. Os Bombeiros Voluntários de Felgueiras estão a uma distância de 300 m deste edifício, estimando-se um tempo de intervenção, em caso de emergência, de 3 minutos. A GNR de Felgueiras, o Centro de Saúde de Felgueiras e o Hospital Agostinho Ribeiro estão a cerca de 1 km de distância.

A Polícia Municipal está sediada no próprio edifício do CCT, bem como a Proteção Civil de Felgueiras.

(43)

Mais afastada está a GNR da Lixa a uma distância de 7 km, num trajeto que se faz em cerca de 12 minutos. Os Bombeiros Voluntários da Lixa estão a 6 km, demorando 10 minutos a chegar ao CCT. Quanto a hospitais alternativos, o Hospital de Guimarães encontra-se a uma distância de 21 km, num percurso de 27 minutos, enquanto que o Centro Hospitalar do Tâmega e do Sousa, em Penafiel, se encontra a cerca de 32 km e a 30 minutos de distância.

Na Figura 4.3 estão assinaladas as localizações das entidades de emergência da cidade de Felgueiras, [9].

Figura 4.3 - Entidades de Emergência de Felgueiras

4.3.DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO 4.3.1.CARACTERÍSTICAS GERAIS

O edifício CCT está dividido por 3 pisos, com programas funcionais distintos. No rés-do-chão está o terminal de transportes, constituído por 16 lugares para acesso aos autocarros, mais 14 lugares para estacionamentos dos mesmos. Para além destes espaços existe uma sala de espera, bilheteiras e outros lugares de apoio às transportadoras, bem como um estacionamento de veículos ligeiros para funcionários e entidades da gare.

O piso intermédio é constituído por gabinetes, onde está o posto da Policia Municipal de Felgueiras. O acesso a este piso é feito apenas pelo rés-do-chão.

O 1º andar é um espaço comercial, constituído por lojas de diferentes áreas, e também um espaço para restaurante/ snack-bar, que posteriormente foi transformado em discoteca. Este espaço de discoteca encontra-se atualmente fechado ao público. O acesso ao espaço comercial pode ser feito tanto pelo rés-do-chão como pela travessa Júlio Dinis, que é a rua ao nível do 1º andar (como se pode ver na Figura 4.5). Já o acesso à discoteca é apenas feito pela travessa Júlio Dinis.

(44)
(45)
(46)

4.3.2.UTILIZAÇÕES TIPO

De acordo com artigo 8.º do D.L. nº 220/2008 [3], o CCT de Felgueiras é de utilização mista, tendo sido identificadas as seguintes UT’s no edifício, conforme o Quadro 4.1. Para a identificação de todos os espaços do edifício, pode-se consultar as plantas de arquitetura no Anexo A.

Quadro 4.1 – UT’s presentes no edifício

Utilizações-tipo Espaço Piso

III Gabinetes da PM Piso intermédio

VI Discoteca Piso 1

VIII Gare de transportes Rés-do-chão

Zona comercial Piso 1

Os gabinetes da Polícia Municipal (UT III) têm uma área pequena mas não se inserem na UT VIII, visto que são da responsabilidade de uma entidade diferente das entidades que gerem a UT VIII. O estacionamento de veículos ligeiros não é considerado na UT II, porque está aberto, ou seja não é um recinto, logo este espaço não está sujeito ao regime de segurança contra incêndios.

Na zona comercial existem dois cafés, mas como são geridos sob a responsabilidade da entidade exploradora desta zona comercial e o seu efetivo é inferior a 200 pessoas, estes cafés não se inserem na UT VII, mas sim na UT VIII.

4.3.3.CATEGORIA DE RISCO

A classificação da CR do edifício foi efetuada recorrendo às disposições regulamentares do artigo 12º do RG-SCIE [1].

No Quadro 4.2 apresenta-se os critérios referentes à UT III (gabinetes da Policia Municipal). Atendendo a esses critérios a UT III foi classificada na 1ª CR.

Quadro 4.2 - Classificação da CR da UT III

Utilização-tipo III Gabinetes da PM 1ª CR 2ª CR 3ª CR 4ª CR

Altura da UT < 9 m ” 9 m ” 28 m ” 50 m > 50 m

Efetivo da UT 12 ” 100 ” 1000 ” 5000 > 5000

O piso intermédio é composto por dois gabinetes de escritório e por uma sala de escritório e secretárias, com um índice ocupação, segundo o artigo 51º do RT-SCIE [3], de 0,10 pessoas/m2 e 0,20

pessoas/m2, respetivamente. Mas atendendo ao facto do número de elementos da Policia Municipal ser

6, foi considerado um efetivo para estes espaços de 12 pessoas (6 policias + 6 visitantes). Este número de 6 visitantes é um limite conservativo visto que não é provável um número tão elevado.

Nos Quadros 4.3 e 4.4 apresentam-se os critérios referentes à UT VI (discoteca) e o cálculo do seu efetivo, respetivamente. Estes critérios permitem classificar a UT VI na 2ª CR.

(47)

Quadro 4.3 - Classificação da CR da UT VI

Utilização-tipo VI Discoteca 1ª CR 2ª CR 3ª CR 4ª CR

Ar livre não não não não não

Altura da UT < 9 m < 9 m ” 28 m ” 28 m > 28 m Número de pisos abaixo do plano de referência 0 0 ” 1 ” 2 > 2

Efetivo 622 ” 100 ” 1000 ” 5000 > 5000

Quadro 4.4 - Efetivo da UT VI

Espaço Índice de pessoas/m2 Área (m2) Efetivo

Bares – zonas de consumo com lugares em pé 2,0 145 290

Pista de dança em salões ou discotecas 3,0 94 282

Zona de bebidas com lugares sentados 1,0 50 50

Total 622

Nos Quadros 4.5 e 4.6 apresentam-se os critérios relativos à classificação da CR da UT VIII (zona comercial + gare de transporte) e a demonstração do cálculo do seu efetivo, respetivamente. A UT VIII é da 2ª CR.

Quadro 4.5 - Classificação da CR da UT VIII

Utilização-tipo VIII Zona comercial 1ª CR 2ª CR 3ª CR 4ª CR Altura da UT < 9 m < 9 m ” 28 m ” 28 m > 28 m Número de pisos abaixo do plano de referência 0 0 ” 1 ” 2 > 2

Efetivo 630 ” 100 ” 1000 ” 5000 > 5000

Quadro 4.6 - Efetivo da UT VIII

Espaço Índice de pessoas/m2 Área (m2) Efetivo

Zona de circulação comum 0,20 594 119

Lojas 0,50 510,39 256

Cafés 1,00 134,51 135

Sala de espera 1,00 113,33 114

Bilheteiras - - 6

Total 630

(48)

Atendendo às CR das diversas UT’s presentes no edifício, este classifica-se na 2ª CR – risco moderado.

4.3.4.LOCAIS DE RISCO

De acordo com o artigo 10º do RJ-SCIE [1], o edifício é classificado, no que se refere aos locais de risco, como se mostra no Quadro 4.7:

Quadro 4.7 – Locais de Risco

Espaço Piso Local de Risco

Lojas do espaço comercial 1 A

Cafés 1 A

Bilheteiras r/c A

Gabinetes da Policia Municipal Intermédio A

Parque de carrinhos de mercadoria r/c A

Armazém da Policia Municipal r/c A

Sala de espera r/c B

Discoteca 1 B

Recoveira r/c C

Compartimento “EDP, PT” r/c C

Posto de Segurança r/c F

Nos cafés considerou-se que os aparelhos para confeção de alimentos instalados, têm uma potência útil inferior a 20 kW.

A recoveira, sendo um espaço de armazenamento de material diverso, é um local de risco C pois o seu volume é superior a 100 m3. O armazém da Policia Municipal, como tem um volume inferior a

100 m3, é um local de risco A.

Não existe nenhum posto de segurança, mas atendendo às UT’s e à CR do edifício, vai ter de ser estabelecido um.

4.4.EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA EXISTENTES

A localização dos equipamentos e sistemas de segurança existentes no edifício, que vão ser descritos de seguida, pode ser vista nas plantas de prevenção presentes no Anexo B. A falta ou a inconformidade de algum destes equipamentos e sistema de segurança na altura do diagnóstico será assinalada com um círculo à volta do respetivo símbolo.

(49)

4.4.1.SINALIZAÇÃO

Em termos de sinalização de segurança, o espaço comercial dispõe de blocos autónomos permanentes com pictograma, sinalizando o sentido de saída, ao longo dos caminhos de evacuação, nas portas de saída de cada loja e nas portas de saída do edifício, como se pode verificar nas Figuras 4.6 e 4.7.

Figura 4.6 - Bloco autónomo permanente com indicação do sentido de saída

Figura 4.7 - Bloco autónomo permanente com indicação da saída

Em cada loja existem placas de sinalização do meio de intervenção contra incêndio disponível.

Nas zonas de circulação comum, não estão sinalizadas as localizações dos meios de intervenção, deficiência que deve ser colmatada.

No ascensor existente, junto à porta está colocado um aviso que indica a proibição de utilização do mesmo em caso de incêndio. Existe também, em diversos pontos, a sinalização de proibição de fumar. Na sala de espera da gare de transporte, assim como na zona de gabinetes (Policia Municipal), existe sinalização em todas as portas de saída, nos blocos autónomos permanentes. Porém, como acontece na zona comercial, os meios de intervenção existentes não se encontram sinalizados com placas, tanto na zona de gabinetes, como na sala de espera e nas plataformas de embarque.

Existe em vários pontos, na discoteca, sinalização com o sentido da saída, em blocos autónomos permanentes.

(50)

4.4.2.ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Para além dos blocos autónomos permanentes com pictograma da sinalização de segurança descritos no ponto anterior, todo o edifício dispõe de iluminação de emergência em blocos autónomos não permanentes nas saídas de todas instalações sanitárias. Este tipo de iluminação também está presente nas portas de saída de cada gabinete para o hall dos gabinetes, nas portas de saída das bilheteiras e dentro da sala de espera, junto às bilheteiras.

Ao longo dos corredores da zona comercial e das plataformas de embarque existe iluminação de segurança permanente e autónoma, como pode ser visto na Figura 4.8.

Figura 4.8 - Iluminação de segurança ao longo das plataformas de embarque

Em termos de iluminação de emergência na discoteca, existem blocos autónomos não permanentes em alguns pontos da pista de dança e da zona do bar, assim como nas portas de saída das instalações sanitárias, da cozinha e da despensa.

4.4.3.DETEÇÃO,ALARME E ALERTA

O edifício CCT de Felgueiras está dotado de sistema automático de deteção e alarme de incêndio, constituído pelos seguintes equipamentos:

ƒ Botoneiras de alarme manual; ƒ Detetores automáticos de incêndio; ƒ Central de controlo;

ƒ Sirenes de incêndio e evacuação.

Existem duas botoneiras na zona comercial, localizadas nos pontos mais afastados da saída principal, visto serem pontos de riscos especiais por se encontrarem longe da saída. Deveria haver uma outra botoneira junto à saída, de forma a satisfazer o artigo 120º do RT-SCIE [3].

(51)

Existem outras duas botoneiras, junto a duas saídas da sala de espera da gare de transporte. Na zona de gabinetes da Polícia Municipal existe uma botoneira.

Os detetores automáticos de incêndio estão localizados ao longo dos corredores de circulação comum da zona comercial, nas lojas, na sala de espera da gare de transporte e nos gabinetes da PM.

As sirenes estão localizadas fora do alcance dos ocupantes e espalhadas pelo edifício de forma a ser audível em todo o edifício o sinal emitido, quando o sistema de deteção automática ou manual entram em alarme.

A central e quadro de sinalização e comando estão localizados no átrio dos gabinetes da Policia Municipal.

4.4.4.MEIOS DE INTERVENÇÃO

4.4.4.1. Extintores

Os extintores presentes no edifício são extintores portáteis de 6 Kg de pó químico ABC.

Cada loja da zona comercial tem um extintor (Figura 4.9) e na zona de circulação comum, desta zona, existem três extintores. Segundo o projeto de segurança contra incêndios do edifício, deveriam existir quatro extintores na zona de circulação comum, mas um desses locais não tem extintor (ver Figura 4.10).

Figura 4.9 - Extintor numa loja

(52)

Deverá ser colocado um extintor nesse local de forma a respeitar o artigo 163º do RT-SCIE [3], que diz que os extintores devem ser adequadamente distribuídos, de forma que a distância a percorrer de qualquer saída de um local de risco para os caminhos de evacuação até ao extintor mais próximo não exceda 15m.

Na sala de espera da gare de transporte e em cada gabinete da Policia Municipal existe um extintor. Na discoteca existem dois extintores. Um deles está dentro do balcão do bar, outro encontra-se perto da saída.

4.4.4.2. Rede de Incêndio Armada

O artigo 164º do RT-SCIE [3], diz que as UT VIII da 2ª CR devem ser servidas por redes de incêndio armadas, guarnecidas com bocas-de-incêndio do tipo carretel, no entanto, as bocas-de-incêndio existentes no edifício são do tipo teatro (Figura 4.11).

Figura 4.11 - Boca-de-incêndio tipo teatro na zona comercial

A rede de distribuição de água, encontra-se ligada diretamente à rede pública, sendo independente e exclusiva da RIA a partir do exterior do edifício. As redes de incêndio armadas do tipo teatro (RIATT) são servidas por redes húmidas. Estas bocas encontram-se em armários, de acordo com as normas em vigor, apresentando mangueiras de 25 metros de comprimento.

No piso da zona comercial existem três bocas-de-incêndio tipo teatro, nos caminhos horizontais de evacuação, distribuídas de forma a que a distância entre elas não seja superior ao dobro do comprimento das mangueiras utilizadas. Duas dessas bocas-de-incêndio estão junto à saída para os caminhos verticais de evacuação (Ver Anexo B).

Apesar de a rede ficar sobredimensionada em termos de pressão e caudal, sugere-se a alteração das mangueiras flexíveis de todas as bocas-de-incêndio do edifício para mangueiras semirrígidas, para que as bocas-de-incêndio passem a ser do tipo carretel e assim cumprir o artigo 164º do RT-SCIE [3]. Deveria existir uma boca-de-incêndio junto à saída da zona comercial de forma a respeitar a alínea c) do artigo 165º do RT-SCIE [3].

No exterior do edifício, junto às plataformas de embarque existem quatro bocas-de-incêndio e outra junto à zona de estacionamento dos autocarros. Mas em todas elas falta a mangueira, como se pode ver na Figura 4.12, devido a atos de vandalismo. É necessário voltar a colocar mangueiras nas bocas-de-incêndio, para que seja possível utilizá-las em caso de incêndio.

Referências

Documentos relacionados

Compete ao conselho geral emitir parecer sobre todas as questões solicitadas pelo conselho de administração da ULS, nomeadamente sobre programas e planos de actividade e

Diante das consequências provocadas pelas intempé- ries climáticas sobre a oferta de cana-de-açúcar para a indústria, a tendência natural é que a produção seja inferior

No período de primeiro de janeiro a 30 de junho de 2011, foram encaminhadas, ao Comitê de Segurança do Paciente da instituição sede do estudo, 218 notificações de

(32) O trabalho realizado pela força elétrica do campo elétrico para deslocar uma carga entre dois pontos pertencentes à mesma linha de força é nulo.. (64) Potencial

após a administração, a curto prazo, da dose recomendada para o tratamento da ansiedade transitória e dos distúrbios de ansiedade (por exemplo, 0,75 a 4 mg por dia). Certos

considerado sujeito de direito, pois era propriedade do dominus. O trabalho escravo continuava no tempo, de modo indefinido, mais precisamente enquanto o escravo vivesse ou deixasse

O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, os efeitos anti-helmínticos do extrato aquoso das folhas e do extrato metanólico dos frutos de algaroba sobre cultivos de larvas de

Júri de Seleção de trabalhos Ginecologia/ Obstetrícia Hélder Ferreira Luís Guedes Martins Júri de Prémio CO Ginecologia/ Obstetrícia Anabela Branco José Cabral Luísa Vieira