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Democratização de Ordens Profissionais através da Votação Eletrónica

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Democratização de Ordens Profissionais através da

Votação Eletrónica

Dissertação de Mestrado em Engenharia Informática

José Manuel da Cunha Ferreira

Sob orientação do Professor Doutor João Manuel Pereira Barroso e

coorientação do Engenheiro José Correia

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Democratização de Ordens Profissionais através da

Votação Eletrónica

Dissertação de Mestrado em Engenharia Informática

José Manuel da Cunha Ferreira

Orientador: Professor Doutor João Manuel Pereira Barroso

Coorientador: Engenheiro José Correia

Composição do Júri: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

Vila Real, 2018

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Dissertação apresentada por José Ferreira à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Engenharia Informática, sob a orientação do Professor Doutor João Manuel Pereira Barroso, Pró-reitor da Área de Transferência de Inovação e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e coorientação do Engenheiro José Correia, investigador sénior e responsável de área no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Tecnologia e Ciência.

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A todos aqueles que me são próximos e que testemunharam o meu longo caminho até aqui, agradeço e dedico profundamente a eles tudo aquilo que conquistei. Um bem-haja e que o futuro continue a proporcionar-me sucessos ao lado dos que mais me apoiam.

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Agradecimentos

Ao longo da vida são vários os obstáculos que temos que enfrentar. Desde problemas familiares, problemas económicos, problemas de saúde, entre tantos outros, são diferentes situações que, por vezes, nos fazem fraquejar e duvidar de nós próprios. No entanto, cedo percebemos que com a ajuda de amigos e familiares os nossos desafios vão sendo facilmente ultrapassados.

Este projeto é prova disso mesmo. Nunca pensei chegar até aqui. Nunca fui o rapaz que ansiava pelas aulas, os trabalhos da casa não eram excitantes e nunca tive uma profissão em mente. O 9º ano era a meta que eu queria cortar. Cheguei ao 12º ano com muito esforço da minha mãe, mas cheguei bem. Vi na informática o prazer de programar, a liberdade de desenvolver e um futuro promissor. Afinal eu queria ser alguém. Eu quis ser engenheiro informático e agora quero ser mestre em engenharia informática. Obrigada a todos aqueles que fizeram aquilo que sou e aquilo que serei.

Aos meus pais, agradeço, do fundo do coração, todas as palavras sábias que me fizeram despertar para uma outra realidade e perceber que há mais em mim para dar. Mostraram que tenho capacidades únicas e que devo pô-las em prática, de modo a crescer pessoal e profissionalmente. Os livros da “Constância” nas minhas férias de verão deram resultado.

Ao meu irmão, que teve a maturidade de me passar o seu exemplo. Ele é das pessoas mais metódicas que conheço e o seu testemunho serviu para me incentivar.

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Á minha namorada, que me acompanha há quatro anos nos bons e maus momentos. Ela sabe que nem sempre foi fácil escrever uma dissertação. O seu apoio e ajuda foram fundamentais para mim.

Ao meu grupo de amigos, que me acompanha desde o início da minha vida académica e que nunca deixaram que eu desistisse. Ao longo de várias horas de estudo e depois de muitos conselhos, eles também merecem um especial obrigado.

Ao meu orientador Professor João Barroso e coorientador Engenheiro José, agradeço inteiramente todo o auxílio que me prestaram e toda a dedicação que depositaram neste projeto que também é deles. A sua sabedoria foi uma mais-valia.

E, por último, mas não menos importante, obrigado ao meu amigo e companheiro Marlon, que me esclareceu em algumas dúvidas e ajudou na pesquisa de alguns conceitos.

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Resumo

Este projeto surge no mestrado no curso de Engenharia Informática. Esta dissertação tem como tema “Democratização de Ordens Profissionais através da Votação Eletrónica”. Interessa, nesta área, estudar e criar projetos que mostrem inovação e que vão ao encontro da modernidade e desenvolvimento que todos os dias afeta a sociedade. Sabe-se que, em muitos países, a democracia lidera e os cidadãos podem escolher que partidos e listas querem para governar ou representar. No entanto, se até aqui a democracia era desejada por muitos, hoje em dia há ainda muitas pessoas que se deixam ficar pela escolha de terceiros. De facto, as condições meteorológicas, a falta de meios de transporte, os problemas de saúde, ou, pura e simplesmente, a pouca vontade de deixar afazeres faz com muitos cidadãos deixem de se deslocar às suas respetivas sedes. Desta forma, sempre que há eleições burocráticas, verifica-se um grande número de abstinências. A votação eletrónica surge para evitar este tipo de situações. Através de uma plataforma online, o eleitor é capaz de se autenticar e conseguir exercer o seu direito de voto à distância de um clique, sem que para isso tenha que sair de casa ou do sofá. Portanto, tudo aquilo que seria uma desculpa para não votar, com a invenção do voto eletrónico, deixou de o ser. Com o aparecimento da crise económica em Portugal, torna-se cada vez mais importante a necessidade de dever e responsabilidade social. As Ordens Profissionais (OP) foram criadas para defender e representar técnicos especializados em cada profissão. Assim sendo, todos os profissionais devidamente qualificados deveriam estar inscritos nas respetivas ordens, evitando comportamentos inadequados e outras ilegalidades. As OP vieram garantir uma maior segurança e credibilidade para os seus membros e para as entidades que contratavam, pois sabiam que estavam perante uma pessoa realmente especializada cujo mérito já tinha sido reconhecido e comprovado. Porém, como em tudo, também as OP devem estar bem representadas face à grande importância deste setor. Apesar destas trazerem vantagens para os seus inscritos, vários eram aqueles que continuavam sem decisão final. Daí a “Democratização nas Ordens Profissionais através do Voto Eletrónico”. Esta dissertação aborda diferentes pontos para ajudar a perceber o título principal. O conceito de governo eletrónico e os diferentes estágios de evolução que o desenvolveram até aqui, serve para compreender melhor a base do voto eletrónico. A definição de voto eletrónico e as experiências feitas em diversos países a comprovar a sua eficácia, é dos principais tópicos. Explicar a democracia eletrónica e as suas plataformas de votação é um dos pontos e, por fim, desenvolver as OP em Portugal é o principal da parte teórica da dissertação.

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Abstract

This project begins in the master degree of Computer Engineer. The name is “Professionals Orders Democratization with Electronic Voting”. In this kind of area, interest study and create new projects with innovation. These projects must show us the modernity and the development in our society. In the most countries, democracy leads and the citizens can choice your favorite list to rule or represent. However, democracy was desired for many people but, today, there are people who still do not vote. In fact, meteorologic conditions, the healthy problems, the lack of transports or others reasons, makes a lot of citizens stop moving to their headquarters. So, when there are bureaucratic elections, there is many abstinence. Electronic Voting begins to avoid this kind of situations. Through an online platform, the voter is able to vote with a click, without leaving your house or armchair. All the excuses that served to not vote, no longer existed. With economic problems in Portugal, the necessity and social responsibility are the most important. Professionals Orders was created to defend and represent differents special tecnics inside theirs areas and jobs. So, all the professionals must be enrolled in the orders to avoid illegalities. These orders ensure security and credibility to your members and to organizations. But, Professionals Orders must be well represented because they are really important in our life. “Professionals Orders Democratization with Electronic Voting” has differents goals and people must vote in every elections. This project includes government, e-vote and e-democracy concepts. I talked about e-government evolution and all the electronic voting experiences in America and Europe countries.

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Palavras-chave

 Democracia eletrónica  Governo eletrónico  Ordens Profissionais  Voto eletrónico

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Keywords

 Electronic Democraci  Electronic Goverment  Electronic Vote  Professional Orders

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“O teu tempo é limitado, portanto não perca tempo a viver a vida de outra pessoa qualquer. Não seja ultrapassado pelo dogma, onde escolhe viver com os resultados do que as outras pessoas pensam. Não deixe que o barulho das outras opiniões se sobreponha à sua própria voz. E o mais importante, tenha a coragem de seguir o seu coração e intuição. Eles já saberão o que tu realmente quererás. Tudo o resto é secundário. ” Steve Jobs

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Índice

Agradecimentos ... xi Resumo ... xiii Abstract ... xv Palavras-chave... xvii Keywords ... xix Índice de tabelas ... xxv Índice de figuras ... xxvii Acrónimos ... xxix Introdução ... 1 1.1. Justificativa de pesquisa ... 2 1.2. Objetivos ... 3 1.2.1. Objetivo geral ... 3 1.2.2. Objetivos específicos ... 3 1.3. Contribuição esperada ... 3 1.4. Estrutura do trabalho ... 4 Fundamentação teórica ... 5 2.1. Governo eletrónico ... 5 2.1.1. Estágios da evolução do governo eletrónico ... 6 2.2. Voto eletrónico ... 9 2.2.1. Projetos Experimentais ... 10 2.3. Democracia eletrónica... 12 2.3.1. Plataformas de votação eletrónica... 14 2.4. Ordens profissionais em Portugal ... 16

Prova de conceito ... 19

3.1. Visão geral ... 19 3.2. Levantamento de requisitos ... 19 3.2.1. Requisitos funcionais ... 19 3.2.2. Requisitos não-funcionais ... 22

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3.2.3. Utilizadores do sistema ... 22 3.2.4. Diagrama de Caso de Uso ... 23 3.3. Arquitetura ... 29 3.3.1. Arquitetura MVC (Model View Controller) ... 30 3.4. Tecnologias utilizadas ... 31 3.5. Base de dados ... 34 3.5.1. Simple Memberships Provider ... 34 3.6. Prototipagem do sistema ... 36 3.6.1. Criação de mensagens de suporte de formulários ... 36 3.6.2. Notificação por e-mail ou por sms ... 36 3.6.3. Configuração do intervalo de datas da eleição... 37 3.6.4. Configurar título e descrição da eleição ... 38 3.6.5. Gestão dos eleitores ... 38 3.6.6. Estatísticas da quantidade de votos por dia ... 39 3.6.7. Formulário do candidato ... 40 3.6.8. Eleições gerais - Resultados temporários ... 40 3.6.9. Importar caderno eleitoral ... 41 3.6.10. Formulário criar eleitor ... 41 3.6.11. Boletim de voto ... 42 3.6.12. Configuração de resultados ... 42 3.7. Considerações finais ... 43 Conclusão ... 45 Trabalhos futuros ... 47 Referências bibliográficas ... 49

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Índice de tabelas

Tabela 1-Niveis de e-Governo ... 6 Tabela 2- Níveis de e-Democracia ... 13 Tabela 3-Plataformas de votação eletrónica ... 15 Tabela 4 – Data da fundação e primeira votação online das Ordens profissionais ... 17 Tabela 5- Caso de Uso: Criar boletim de voto ... 23 Tabela 6 - Caso de Uso: Gerir eleição ... 24 Tabela 7 - Seleciona eleição ... 24 Tabela 8 - Caso de Uso: Consulta caderno eleitoral ... 25 Tabela 9 - Caso de Uso: Visualizar resultados ... 25 Tabela 10 - Caso de Uso: Requisitar novo PIN Code ... 25 Tabela 11 - Caso de Uso: Inserir PIN Code ... 26 Tabela 12 - Caso de Uso: Aceder boletim de Voto ... 26 Tabela 13 - Caso de Uso: Selecionar candidato ... 26 Tabela 14 - Caso de Uso: Confirmar voto ... 27 Tabela 15 - Caso de Uso: Enviar voto ... 27 Tabela 16 - Caso de Uso: Reenviar novo PIN Code ... 28 Tabela 17 - Caso de Uso: Habilitar membro a votar ... 28 Tabela 18 - Caso de Uso: Desabilitar membro a votar ... 28 Tabela 19 - Caso de Uso: Visualizar logs do sistema. ... 29 Tabela 20 - Caso de Uso: Fazer autenticação. ... 29 Tabela 21- Entidades do Simple Memberships Provider API ... 35

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Índice de figuras

Figura 1 - Os 4 estágios de desenvolvimento de serviços online. Fonte: United Nations e-Governmet Survey 2012. ... 8 Figura 2- Diagrama de Caso de Uso ... 23 Figura 3 - Diagrama simples da explicação entre o Model, View e Controller. ... 30 Figura 4 - Modelo ER - Simple Memberships Provider. Fonte: Elaborado pelo Autor. .. 34 Figura 5 – Protótipo - Formulário de criação de mensagens. ... 36 Figura 6 - Protótipo - Notificação por e-mail ou por sms. ... 37 Figura 7 - Protótipo - Configuração do intervalo de datas da eleição. ... 37 Figura 8 - Protótipo - Configurar título e descrição da eleição. ... 38 Figura 9 - Protótipo - Gestão dos eleitores ... 38 Figura 10 - Protótipo - Estatísticas da quantidade de votos por dia - Página 1 ... 39 Figura 11 - Protótipo - Estatísticas da quantidade de votos por dia - Página 2 ... 39 Figura 12 - Protótipo - Formulário do candidato ... 40 Figura 13 - Protótipo - Eleições gerais - Resultados temporários ... 40 Figura 14 - Protótipo - Importar caderno eleitoral ... 41 Figura 15 - Protótipo - Formulário criar eleitor ... 41 Figura 16 - Protótipo - Boletim de voto ... 42 Figura 17 - Protótipo - Configuração de resultados ... 42

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Acrónimos

Nesta dissertação são utilizadas abreviaturas de designações comuns apenas apresentadas aquando da sua primeira utilização:

Acrónimo

Descrição

API Application Programming Interface

CNOP Conselho Nacional das Ordens Profissionais

CNPL Conselho Nacional de Profissões Liberais

TIC Tecnologias da Informação e Comunicação

e-Democracia Democracia Eletrónica

e-Governo Governo Eletrónica

EGDI e-Government Development Index

ER Modelo Entidade-Relacionamento

GEMS Global Election Management System

GIC Government Information Center

G2B Government-to-Business

G2C Government-to-Citizen

G2G Government-to-Government

IIS Internet Information Service

LINQ Language Integrated Query

MVC Model View Controller

OP Ordens Profissionais

RF Requisito Funcional

RNF Requisito Não Funcional

PVE Plataforma de Votação Eletrônica

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Introdução

Com o advento da internet, muitos avanços foram feitos quer seja nos ambientes sociais, económicos, industriais e políticos. Lee e Braynov (2003) dizem que o rápido desenvolvimento da tecnologia de informação e comunicação resultou no veloz crescimento de sites de administração pública, bem como a variedade de serviços oferecidos.

Nos últimos anos, o sector público em Portugal tem feito grandes esforços para se modernizar ao implementar plataformas e serviços de governo eletrónico com real impacto na vida das pessoas e das empresas.

Pode-se citar vários exemplos como a introdução do cartão do cidadão, autenticação e assinatura digital que abriram novos desafios e oportunidades, além de iniciativas de votação eletrónica como experiências-piloto realizadas nas Eleições Autárquicas de 2004 através a Agência para a Sociedade do Conhecimento - UMIC. (CC & iAP).

A UMIC teve interesse em considerar um projeto de voto eletrónico em Portugal para permitir a votação de cidadãos que se encontrem longe do local da sua mesa de voto no Dia das Eleições, o chamado "voto em mobilidade". Com isto, o governo português criou vários programas, entre eles, o SIMPLEX+. (SEMA).

O programa SIMPLEX+ tem dado suporte a estas iniciativas, permitindo que os diferentes organismos e entidades públicas, entre elas, as ordens profissionais, modernizem e criem os seus próprios serviços eletrónicos, providenciando serviços públicos mais rápidos, mais simples e mais centrados nas necessidades dos utilizadores e na melhoraria da eficiência interna da Administração Pública. (SEMA).

As ordens profissionais têm vindo, por sua vez, a fazer esforços para implementar os seus processos de modernização criando e desenvolvendo soluções e sistemas informáticos para este efeito, entre elas, plataformas de votação eletrónica com o objetivo de democratizar o exercício e direito do voto aos seus membros.

Dentro deste contexto, esta proposta de trabalho pretende contribuir para o desenvolvimento e implementação da votação eletrónica em ordens profissionais em Portugal a fim de otimizar todo o processo eleitoral dos seus órgãos e diminuir os custos operacionais e processuais, além de promover a democratização da instituição ao potenciar a participação dos seus membros através da utilização da votação eletrónica.

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Este trabalho foi desenvolvido em contexto de empresa, pelo que alguns detalhes de análise e implementação foram ocultados por forma a preservar os direitos de propriedade industrial.

1.1. Justificativa de pesquisa

Tendo em consideração que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são uma prerrogativa para inclusão social e digital, muitos governos e instituições estão a adotá-las a fim de melhorar e oferecer serviços mais eficientes e acessíveis para a sociedade.

Alguma instituições portuguesas, por exemplo, as Ordens Profissionais (OP), procuram a modernização dos seus serviços, uma vez que muitos destes ainda são realizados de forma manual o que reflete na carência de eficiência da entrega dos seus serviços aos membros e sócios.

Estas necessidades são cada vez mais evidentes, podemos citar o processo de democratização através da realização de eleições gerais. Os elevadíssimos custos no processamento e envio de documentos aos membros para que os mesmos possam ter direito ao voto, faz com que muitos membros optem pela abstenção do voto, refletindo-se na não participação dos membros nas eleições gerais na sua Ordem Profissional.

Neste contexto, identificamos que nas OP, o processo de votação ainda é realizado de forma manual, via correspondência ou presencialmente. Isto significa que há uma oportunidade de implementar a votação eletrónica como uma forma de aumentar a taxa de participação dos membros nas eleições gerais e diminuir a taxa de abstenção dos votos, além de criar a possibilidade aos membros que estão no estrangeiro de poder participar através do voto eletrónico.

Assim, este projeto pretende solucionar o problema acima identificado. Ao elaborar uma proposta de uma prova de conceito de uma Plataforma de Votação Eletrónica (PVE) que possa permitir que as OP possibilitem a ampliação da participação democrática, através do voto eletrônico, resultando numa economia de custos nos processos eleitorais e acredita-se que a taxa de abstencionismo possa diminuir.

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1.2.Objetivos

1.2.1. Objetivo geral

O processo de votação na maioria das OP é realizado de duas formas: o membro envia o voto antecipadamente às OP por correspondência através dos CTT ou presencialmente nas instalações das mesmas.

Assim sendo, este estudo pretende elaborar uma prova de conceito de uma plataforma de votação eletrônica com o intuito de otimizar e facilitar o processo eleitoral dos órgãos das Ordens Profissionais, ou seja, permitir o acesso ao voto eletrônico para aumentar a taxa de participação e votação dos membros nas eleições gerais das OP.

Deve-se salientar e ressaltar que este estudo tem a intenção de colaborar na área da implementação e utilização do voto eletrônico nas OP em Portugal como uma forma de permitir a democratização do voto através das TIC.

1.2.2. Objetivos específicos

 Identificação de plataformas de votação eletrónica existentes;  Identificação dos principais módulos de uma PVE;

 Identificação de API de integração para autenticação na PVE;  Definição e execução de testes;

1.3.Contribuição esperada

A necessidade das OP se modernizarem e adaptarem aos novos desafios do mundo moderno, obriga a que estas criem os seus próprios sistemas de informação com diversas funcionalidades online, entre elas, a votação eletrónica.

A votação eletrónica permite uma nova forma de mecanismo que facilita a participação dos membros de uma Ordem Profissional promovendo o rápido acesso ao exercício do voto e, consequentemente, a democratização ao incluir um maior número de votantes numa eleição, contribuindo para a diminuição da abstenção.

O desenvolvimento deste trabalho pretende contribuir para a modernização e evolução do processo de votação dos órgãos nas OP.

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A elaboração deste estudo permitirá que as OP possam aumentar a eficiência no processo de votação, uma vez que os custos de processamento e envio de documentos aos membros são elevados, o que resulta num ato difícil para, um inscrito exercer os seus direitos de voto.

A implementação do voto eletrônico nestas associações, para além de ser uma oportunidade de experiência de comunicação social e participação popular, visa a conquista do direito da democracia em um ambiente digital e também um espaço para a oferta de conteúdo institucional e de interesse público, de forma mais autónoma e transparente.

1.4.Estrutura do trabalho

Este trabalho é apresentado em cinco capítulos incluindo este primeiro, introdutório. O segundo capítulo introduz conceitos e uma revisão bibliográfica sobre os temas fundamentais para esta pesquisa: governo eletrónico, democracia eletrónica, voto e votação eletrónica, e OP em Portugal.

O terceiro capítulo expõe a conceção da estrutura de desenvolvimento da solução proposta como uma prova de conceito, onde é apresentada uma visão da ideia geral e a justificativa do conceito sugerido. A seguir, é elaborado o levantamento dos requisitos, diagramas de caso de uso, prototipagem, arquitetura, modelo de base de dados e, por último, cenários de utilização do sistema.

O quarto capítulo apresenta a conclusão geral da solução sugerida ao identificar os processos de desenvolvimento de uma plataforma de votação eletrónica. É questionado se os objetivos específicos foram alcançados e descritas as dificuldades acerca dos mesmos. Por fim, no último capítulo, são sucintamente, mencionados trabalhos futuros tendo a presente pesquisa como ponto de partida para outros projetos de implementação do voto eletrónico nos processos eleitorais das OP.

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Fundamentação teórica

2.1.Governo eletrónico

Este título servirá para esclarecer a origem do governo eletrónico, dividir e designar as diferentes categorias em que se insere e como tem desenvolvido e evoluído este conceito no mundo.

Governo eletrónico ou e-governo é um conceito relativamente recente na área das Tecnologias da Informação e Comunicação. O mesmo foi criado para reduzir alguns custos e facilitar em questões públicas. Sendo assim, solucionar questões internas e externas da participação popular é um dos seus objetivos primordiais.

Segundo Hoeschl (2002), o governo eletrónico estabelece uma ligação direta entre duas áreas, a social aplicada (apresentada pela administração, direito, economia e contabilidade) e a tecnologia (apresentada por engenharias e computação). O autor diz ainda que o conceito “eletrónico” não se pode limitar só ao formato online, mas sim, estar também associado a simuladores, hardwares e softwares inteligentes. Desta forma, possibilita ao cidadão ter uma constante ligação a todos os serviços e informações do Estado.

O governo eletrónico é constituído por três categorias diferentes: Government-to-government (G2G) que estabeleceria uma ligação intra ou inter governos; Government to business (G2B) que ligaria o governo a empresas e parceiros; Government to Citizen (G2C) que envolveria relações entre governo e cidadãos (portais de serviços, participação eletrónica) (Carter & Belanger, 2005).

Phippen e Lacohée (2006) defendem que a eficiência da prestação de serviços públicos, informação e a garantia que mais populares participam e votam nas decisões políticas são os motivos principais pela qual países desenvolvidos e países em desenvolvimento cada vez mais implantam este tipo de serviço no seu processo governamental. Não só estes países, mas outros adotaram o governo eletrónico como forma de inovar e promover a democracia. Países poderosos e tão bem conhecidos a nível social, político e económico já são detentores deste sistema. (Chen, Huang & Ching, 2006).

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Ainda associado ao parágrafo acima, muitos governos têm criado variadas formas que visam promover o uso desta plataforma online e enriquecer a democracia. O uso da internet e de ferramentas web1 para apoiar ações participativas são alguns exemplos disso.

Para além daquilo que já foi dito, é importante realçar que, o facto do governo eletrónico trazer inúmeros benefícios como a interação com cidadãos e empresas, a redução de custos e o fornecimento de informações ao povo, não significa que todo o mundo já esteja rendido a ele. É crucial reconhecer o porquê de tantos países ainda não terem identificado os seus pontos positivos e reverter as suas ideias para que o implemento desta tecnologia seja sucessiva.

2.1.1. Estágios da evolução do governo eletrónico

Alguns autores que estudaram o assunto reconhecem diferentes níveis que classificam o Governo Eletrónico (e-governo). (Andersen & Henriksen, 2005; Baum & Di Maio, 2000; Bélanger & Hiller, 2001, 2006; Layne & Lee, 2001; Moon, 2002; United Nations, 2010; Zarei, Ghapanchi & Sattary, 2008).

Tabela 1-Niveis de e-Governo

Níveis de e-Governo Descrição

Nível 1 – Informação Neste nível estão disponiveis informações básicas ao público. Desta forma, é notável a presença governamental e a divulgação da democracia. Aqui, é também possível uma intranet ligada aos colaboradores do governo.

Nível 2 - Comunicação de duas vias

Este nível é caracterizado pela comunicação entre governo e populares. Através de sistemas online, os cidadãos conseguem requerimentos e outros pedidos. Isto acontece depois de ser preenchido um formulário e ser enviado ao responsável do sistema.

Nível 3 – Transações Este é dos níveis mais vantajosos e usados de momento. A partir daqui, as pessoas podem realizar transações, como o pagamento de impostos, renovação de licenças, etc. É uma alternativa

1 Importante distinção entre Internet e web: a Internet é a infraestrutura de redes que conecta os computadores, já World Wide Web ou

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inovadora e evita esperas e outros percalços em serviços públicos.

Nível 4 – Integração Este nível caracteriza-se pela centralização de todos os serviços públicos num único portal. No entanto, existe um pequeno engano entre utilizadores e responsáveis pelo sistema que é necessário corrigir de modo a reduzir custos e aumentar a utilização dos serviços públicos online.

Nível 5 – Participação Neste último nível, à parte o acesso a informações e serviços públicos, as pessoas podem votar online. É-lhes também permitido acrescentar opiniões e críticas se for esse o caso.

Para além do modelo de Bélanger e Hiller (2005), as Nações Unidas apresentam e propõem conceitos semelhantes ao modelo apresentado por Bélanger e Hiller (2006).

Os níveis de crescimento do e-governo apresentados por Bélanger e Hiller (2005) e das Nações Unidas (United Nations, 2014) representam distintas categorias de tecnologia, de orientação ao povo e de mudança e transformação administrativa.

Segundo a figura 1, os indicadores agrupados ao longo das quatro etapas do modelo de e-governo (emergentes, aprimorados, transacional e conectado) mudam de informações estáticas, tais como:

 Links para ministérios e departamentos, informações em arquivo, e os serviços governamentais regionais/locais;

 Informações unidirecional governo-cidadão (G2C) como correntes de informações, tais como: notícias políticas online, regulamentos e leis, relatórios, boletins informativos, entre outras;

 Para serviços transacionais bidirecionais financeiros e não-financeiros, características técnicas e de software avançadas, tais como aplicativos móveis; serviços integrados e participativos caracterizados por uma integração de G2G e G2C, e para a criação de interatividade no último estágio do modelo.

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Figura 1 - Os 4 estágios de desenvolvimento de serviços online. Fonte: United Nations e-Governmet Survey 2012.

A Organização das Nações Unidas tem estudado o desenvolvimento do governo eletrónico e apresenta uma classificação e um relatório dos países que o adotaram como uma forma de evolução nos serviços da administração pública, sendo fácil retirar uma reflexão acerca das iniciativas e práticas dos mesmos. O estudo usa um indicador de desenvolvimento de e-governo que classifica os países participantes das Nações Unidas (e-Government Development Index, EGDI) baseado em: abrangência e qualidade dos serviços online; conectividade, telecomunicações e, por último, capacidade humana. As pesquisas são realizadas primeiramente em âmbito mundial e apresentadas e divulgadas a cada dois anos.

No relatório apresentado em 2014, Portugal ocupou a 33º posição no EGDI relativamente a e-participação, evidenciando que nas diversas câmaras municipais de diversas cidades (Concelhos) como Faro, Penacova, Matosinhos, Figueira da Foz e Coimbra, não disponibilizavam ferramentas de e-participação aos cidadãos nomeadamente a e-votação, porém ambas permitem a e-participação através de preenchimento de formulários para envio de sugestões e dúvidas via e-mail. (United Nations, 2014; M. Freire, 2014)

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2.2.Voto eletrónico

Presencialmente ou não, o voto eletrónico tem vindo a ganhar terreno em eleições burocráticas. Não só por ser um método moderno, mas também por assegurar um processo mais eficaz, seguro e credível. Por outro lado, o voto eletrónico veio proporcionar uma maior comodidade aos eleitores e assim evitar abstinências.

Atualmente, são utilizados alguns sistemas eletrónicos para contabilizar votos. Entre eles estão: os contadores óticos, as urnas eletrónicas e as soluções integradas.

O contador eletrónico é utilizado nas eleições em países como Canadá e Estados Unidos da América. A máquina de votação consiste numa junção entre um leitor ótico e uma caixa de escrutínio. Cada uma destas máquinas tem inserida um módulo de memória que regista todos os detalhes de cada boletim lá colocado e, de modo a manter a confidencialidade, os boletins vão sempre dentro de um envelope próprio e adequado. Quando a mesa de voto é fechada, o módulo de memória imprime um papel com os respetivos resultados. No final, o módulo é desencaixado da caixa de forma a se poder comparar e confirmar os resultados que se imprimiram.

Ballotmaster é o nome da primeira urna portátil e carregada a bateria. Ela foi construída com vista numa mesa de voto com cerca de 1500 eleitores. Também no ano de 2000, foi apresentada, na Polónia, a Touchvote, no âmbito da conferência “Information Tecnology in Elections”. Shoup Voting Solutions é um fabricante de urnas que permite deslocações fáceis, redes sem fios, grandes ecrãs táteis e o uso de baterias.

As soluções integradas constituem um conjunto de sistemas que colaboram nas eleições. A Global Election Systems disponibiliza diversos mecanismos para a realização de eleições. Exemplos disso são: accuvote, accuvote-ts e GEMS (Global Election Management System). O accuvote-ts consiste numa pequena máquina semelhante a um computador que contém um smart card que permite o aparecimento do boletim no ecrã e, posteriormente, o voto de forma tátil. Já o GEMS é responsável por todo o processo de votação, desde a candidaturas e desenho de boletins, até ao voto e resultados finais. Entre outros sistemas, o Eletronic 1242 Voting System reflete a eficácia e segurança durante votações. (CNE, 2017)

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2.2.1. Projetos Experimentais

Neste ponto irá ser falado sobre alguns projetos experimentais, tais como:

 Experiência Norte Americana: No canada, a primeira experiencia relacionada ao voto eletrônico foi realizada no ano de 1995. Foram utilizadas máquinas de votar com o sistema de leitura ótica implementado nas eleições municipais desse ano. Por essa altura, o interior dos módulos de memória eram extraídos para o gabinete central de eleições através de modens. A partir dai já não se usaria qualquer votação em papel, como foi o caso das eleições de 2003 em que forma utilizadas eleições eletrónicas por telefone ou internet.

 Experiencia Sul Americana: também em 2000, o partido Acción Nacional, do México, tomou a iniciativa de recorrer, pela primeira vez, a votação eletrónica. Aqui, foi introduzido um sistema de reconhecimento facial para elimina duplos registos de eleitores. Metadata foi a empresa responsável pela experiencia e contruiu o processo de identificação, usando a tecnologia facelt2 pertencente a

Visionics3.

 Experiencia Europeia: O primeiro teste na União Europeia realizou-se em março de 2002. O mesmo destinou-se a eleger a comissão representativa dos estudantes de cada pais membro. O sistema de voto selecionado para a experiencia foi o predileto da empresa Election.com, outrora testado para suportar quatrocentos milhões de transações num processo eleitoral único. Um outro projeto juntou a empresa Siemens, a France Telecom, a região francesa Aquitaine, o ministério do interior Italiano, Ancitel, a sociedade informática Sopra Et Municipium e um organismo polaco. Assim, juntaram-se mesas de voto modernas e cerca de oito mil utentes de hospitais em França experienciaram este processo. Desta forma, o conjunto de urnas com os respetivos cartões eletrónicos permitiu aos votantes autentificarem-se e realizarem o voto. A segurança e a mobilidade destes equipamentos ajudaram, aos poucos, a transportar este inovador sistema a grande parte da União Europeia, continuando, assim, a criar outros projetos dentro do mesmo conceito como foi o caso do cyvervote, patrocinado pela comissão europeia primou pela confidencialidade e privacidade durante o processo de voto.

2 Sistema de reconhecimento facial: http://valy.1ka.eu/ruzne/tash/tash.gn.apc.org/Visionics_Tech1.pdf 3 http://www.visionics.a.se/

(41)

11

Em Portugal, o voto eletrónico começa a ser mencionado e o principal argumento a favor foi combater o abstencionismo, pois, desta forma, a meteorologia, o cansaço, deslocações, entre outros motivos deixariam de ser desculpa, visto que o processo eleitoral estaria a um clique de distância. Através de uma palavra-passe pessoal, reconhecimento da impressão digital ou identificação da íris, cada pessoa era capaz de realizar este dever quer estivesse em casa, na praia, no trabalho, no jardim. “Será normal a relação do cidadão com o estado através do telemóvel. A internet dá a conectividade e o telemóvel a mobilidade” disse José Luis Moutinho, diretor da Tinta Invisível, empresa responsável pelo portal.pt. O certo é que, posteriormente, organizou-se o colóquio “A comunicação e o marketing político na era da internet” em que José Luis Moutinho defendeu o ato de votar eletronicamente.

Foram desenvolvidos alguns projetos para experienciar o voto eletrónico. Nos anos de 1997 e 2001, o Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) foi responsável pelas inovadoras tentativas em eleições para autárquicas locais. As experiências de 2004 e 2005 foram realizadas pela Unidade de Missão Inovação e Conhecimento e pelo STAPE, sendo que a Comissão Nacional de Eleições e Comissão Nacional de Proteção de Dados coordenaram as mesmas. A experiência de 2004 realizou-se unicamente com o voto eletrónico presencial, nas eleições para o Parlamento Europeu. Neste ano foram testadas três diferentes tecnologias de votação eletrónica vindas de dois fornecedores multinacionais: Indra e Unisys e Multicert / PT Inovação. Ambos os sistemas eram compostos por máquinas de voto com ecrãs táteis. Quando colocado o smartcard, era permitido, ao eleitor, votar uma vez e no final este era devolvido ao presidente da assembleia de voto. Já em 2005 o processo concretizou-se de forma presencial e não presencial em eleições para a Assembleia da República. O processo de voto eletrónico não presencial esteve acessível aos portugueses emigrantes através de uma plataforma online. Com a colaboração das universidades portuguesas, a nível tecnológico, o voto eletrónico veio dar liberdade as pessoas invisuais que votaram por si mesmas sem que para isso precisassem de uma segunda pessoa a acompanhar. (UMIC, 2010; UMIC, 2011)

(42)

12

2.3. Democracia eletrónica

O termo “democracia” teve origem durante o período de Péricles, séc. V a.C, em Atenas. A palavra em si é constituída por dois vocábulos gregos. “Demos” significa povo e “kracia” significa governo ou autoridade. Sendo assim, contrariando a prática da monarquia, democracia começa a ser praticada. Embora a democracia englobe a participação de todos, já, na altura, não o era na realidade, visto que mulheres, trabalhadores braçais e escravos estavam afastados desse direito.

Durante essa época, questões ligadas á economia, impostos e defesa a invasões externas eram discutidas na assembleia de cidadãos, em Atenas. Para além do direito de voto, os cidadãos dispunham ainda de outras regalias. Através de sorteio, havia a possibilidade de conseguirem chegar a cargos públicos e demitir governantes cujo trabalho estivesse a ser prejudicial perante o bem comum. Quando recuperada na modernidade política, nos séculos XVII e XVIII, a democracia envolvia dois princípios fundamentais: a igualdade de todos os cidadãos perante a lei e o direito de se expressarem em assembleia.

Segundo Ziegler (2003), só existe democracia quando todas as pessoas que constituem a comunidade podem exprimir as suas ideias e conseguem transformá-las em leis e instituições. Numa outra perspetiva, O´Donnell (2001) refere que um regime democrático tem outros pontos essenciais: é um regime que representa o governo, em que o acesso aos cargos públicos sucede por meio de eleições e que todos os seres humanos devem votar e ser votados; é um regime em que o sistema legal é responsável pela liberdade e pelos direitos considerados fundamentais ao exercício da cidadania política. O regime democrático pode ser exercido perante diferentes tipos: democracia direta, democracia representativa e democracia semidirecta.

Na democracia direta, o povo decide através de um voto particular em cada assunto. Os delegados são apenas permitidos para apresentar soluções e são porta-vozes para a opinião de todos. Qualquer delegado e funcionário têm mandato imperativo por certo período de tempo. Na democracia representativa o povo pode eleger os governantes, no entanto, são esses governantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.

A democracia semidirecta é a junção dos dois tipos de exercício da democracia: a direta e a indireta. Podemos encontrar ferramentas da democracia semidirecta, o plebiscito e o referendo. A natureza do plebiscito e do referendo é a de ser uma reflexão formulada ao povo para que decida sobre matéria de acentuada importância, de índole constitucional, legislativa

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13

ou administrativa. O plebiscito é a consulta anterior ao ato legislativo ou administrativo e o referendo é a consulta seguinte ao ato legislativo ou administrativo realizado pelo governo, executando ao povo a respetiva aprovação ou recusa.

Segundo Aristóteles, a democracia é um regime em que os mais pobres estão no poder. Com isto podemos então confirmar que, ao empregar as Tecnologias de Informação e Comunicação para a divulgação da democracia, uma grande quantidade de pessoas poderá beneficiar dela, construindo-se um breve conceito de democracia eletrónica. Alguns autores vêm na democracia uma maneira de ressuscitar a democracia ateniense. O termo de e-democracia serve para minimizar a distância entre os cidadãos e as decisões políticas, visando a participação popular.

O atual modelo deve ser alvo de constantes inovações de forma a integrar novos procedimentos participativos, deliberativos e representativos. Por meio da democracia eletrónica, as Tecnologias de Informação e Comunicação podem auxiliar em processos de decisão política e transformações. (Becker & Slaton, 2000).

Na e-democracia existem diferentes níveis de participação consoante a compreensão de cada um em relação a democracia, afirma Gomes (2009).

Tabela 2- Níveis de e-Democracia

Níveis de e-democracia Descrição

Nível 1 O primeiro nível representa o acesso aos serviços públicos através da rede. Implanta-se praticamente em toda a parte, pois tem vantagens significativas para o governo e para os cidadãos em termos de custos e comodidade.

Nível 2 O segundo nível é constituído por um pequeno grupo de estado que consulta as mais variadas opiniões dos cidadãos acerca de assuntos de agenda pública, evitando assim outras sondagens.

Nível 3 O terceiro nível é formado por um estado que presta transparência aos cidadãos sobre contas, serviços e outras

(44)

14

informações. No entanto, a cidadania não entra na decisão politica.

Nível 4 O quarto nível corresponde a modelos de democracia deliberativa. Entre democracia participativa e democracia representativa, aqui o estado permite que o povo se mantenha informado e que tenha produção na decisão política.

Nível 5 O quinto nível é representado por democracia direta onde o círculo politico acabaria porque o público controlaria a decisão politica. Neste nível, o voto eletrónico, preferencialmente online, dá conversão do cidadão não apenas como controlador da esfera politica mas produtor em decisões de negócios públicos. Sendo assim, ao governo restaria apenas as funções na administração pública.

Para Gomes (2009), as possibilidades plebiscitárias da internet já se confirmaram vantajosas. Porém , não se sabe as consequências de uma afluência grande de transferência de decisão politica para a comunidade, por meios eletrónicos, produziria sobre a sociedade politica no seu formato atual e nem como integrar a decisão da cidadania com uma gestão de Estado formada por representantes eleitos. (M. Freire, 2014).

2.3.1. Plataformas de votação eletrónica

De seguida é mostrado na tabela 3 algumas das empresas que fornecem plataformas de votação eletrónica, onde estas foram contactadas e ao qual não obtivemos resposta para efetuar demostrações.

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15

Tabela 3-Plataformas de votação eletrónica

Nome da empresa Tipo de distribuição Período de demonstração

País de origem URL

nVotes Freeware4 e

Shareware5

Consultar ao fornecedor

Espanha https://nvotes.com/

Indra Company Shareware Consultar ao fornecedor

Espanha http://www.indracompa

ny.com/en/electronic-voting-solutions

Smart Matic Shareware Consultar ao

fornecedor

Reino Unido https://www.smartmatic. com/voting/software/

Scytl Shareware Consultar ao

fornecedor Espanha https://www.scytl.com/e n/products/pre- election/scytl-online-voting/ Meridia Interactive Solutions Shareware Consultar ao fornecedor EUA https://www.meridiaars. com/electronic-delegate-voting

Multicert Shareware Consultar ao

fornecedor

Portugal https://www.multicert.c om/pt/produtos/voto- eletronico/certvote-voto-eletronico/

Mi-Voice Shareware Consultar ao

fornecedor

Reino Unido

http://www.mi-voice.com/products/elec toral-services/

Election Runner Shareware Consultar ao fornecedor

EUA https://electionrunner.co

m/

4 Consiste num programa cuja a utilização não implica pagamento de licença de uso.

5 Consiste num programa disponibilizado gratuitamente, mas com limitação, ou seja, com funcionalidades limitadas ou tempo de uso

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16

Doodle Shareware Sem restrições EUA?/ (n/a)

https://doodle.com/free-online-voting

Easy Polls Freeware e

Shareware

Sem restrições EUA https://www.easypolls.n

et/

Election Buddy Shareware Sem restrições EUA https://electionbuddy.co

m/

Helios Freeware Sem restrições n/a https://vote.heliosvoting

.org/

2.4.Ordens profissionais em Portugal

O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) é a organização que integra e defende as profissões regulamentadas. Um dos critérios para a atividade é a matrícula numa ordem profissional.

O CNOP foi desenvolvido aos poucos após várias questões terem levantado a necessidade de criar uma associação destas características. A competitividade e crescente desenvolvimento do país exigiam a ajuda de técnicos especializados e a prática destes devia estar previamente reconhecida pela respetiva ordem profissional. Também o Conselho Nacional de Profissões Liberais (CNPL) deliberou que a prática de trabalhos das profissões liberais associadas no CNPL só pode ser desempenhada por profissionais matriculados nas respetivas associações-. Entre outras coisas, o CNPL defende que sem uma regulamentação profissional adequada e dedicada, as pessoas estarão cada vez mais desprotegidas mediante um mercado sem garantias. Portanto, a qualificação dos diferentes técnicos é essencial para eliminar abusos e comportamentos ilegais.

O CNOP foi criado com base na defesa dos valores das profissões liberais regulamentadas, coordenar e promover as mesmas de forma a melhorá-las, representar o conjunto das vastas áreas junto dos organismos públicos e privados, nacionais e internacionais. Tendo estabelecido estes fins, o CNOP desenvolve algumas funções em prol das mesmas.

As Ordens Profissionais visam a defesa e a proteção dos direitos relacionados aos cidadãos e asseguram a independência técnica a cada profissão. Detentoras de uma organização interna focada no cumprimento dos direitos dos seus membros, apenas podem ser constituídas para o

(47)

17

benefício de determinadas necessidades quando completamente afastadas das associações sindicais.

Em suma, as Ordens Profissionais procuram o aperfeiçoamento no setor das profissões regulamentadas no que respeita a qualificações, à eliminação das restrições ao uso de publicidade e à eliminação de requisitos que colocam em causa o desempenho de determinada profissão. (CNOP, 2017)

Em seguida na tabela 4 irão ser mostradas as ordens profissionais existentes com a respetiva data de fundação e se já tiveram experiencia com o voto eletrónico.

Tabela 4 – Data da fundação e primeira votação online das Ordens profissionais

Nome Data da fundação Site Votação Online

Ordem dos Advogados 12/06/1926 Fonte67 X

Ordem dos Arquitetos 03/07/1998 Fonte89 V

Ordem dos Biólogos 04/07/1998 Fonte1011 V

Ordem dos Despachantes Oficiais

20/04/1945 Fonte12 V

Ordem dos Economistas 02/07/1998 Fonte13 X

Ordem dos Enfermeiros 21/04/1998 Fonte14 V

Ordem dos Engenheiros 24/11/1936 Fonte15 V

Ordem dos Farmacêuticos 23/08/1972 Fonte1617 V

6 https://portal.oa.pt/ordem/historia/ 7 https://www.oa.pt/cd/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?sidc=31690&idc=30285&idsc=30288&ida=58677 8 http://www.arquitectos.pt/index.htm?no=101068 9 http://www.arquitectos.pt/documentos/1475506789U1sVZ4nv1Ss33PU9.pdf 10 https://ordembiologos.pt/ordem/estatutos/ 11 goo.gl/sPd55L 12 http://www.cdo.pt/pt/regulamentacao/1_Ordem_Despachantes_Oficiais.pdf 13 http://www.ordemeconomistas.pt/xportalv3/file/XEOCM_Documento/41233053/file/OE%20-%20Novos%20Estatutos.pdf 14 http://www.ordemenfermeiros.pt/publicacoes/Documents/nEstatuto_REPE_29102015_VF_site.pdf 15 https://goo.gl/4CAaHq 16 https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/documentos/doc9992_29465282759230d567eecb.pdf 17 https://goo.gl/huZ7YT

(48)

18

Ordem dos Médicos 24/11/1938 Fonte18 X

Ordem dos Médicos Dentistas

29/08/1991 Fonte1920 X

Ordem dos Médicos Veterinários

04/10/1991 Fonte21 X

Ordem dos Notários 04/02/2004 Fonte2223 X

Ordem dos Nutricionistas 14/12/2010 Fonte2425 X

Ordem dos Psicólogos 04/09/2008 Fonte2627 V

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

16/11/1999 Fonte2829 V

Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução

10/02/2013 Fonte3031 V 18 http://ordemdosmedicos.pt/wp-content/uploads/2017/08/Novo_EOM_Lei_117_2015_31_Agosto_2015.pdf 19 https://www.omd.pt/info/estatuto/EstatutodaOMD3alteraoLein124.2015de2.09.pdf 20 https://www.omd.pt/noticias/2010/10/projectoregulamentoeleitoral.pdf 21 https://www.omv.pt/download/4/d08775d50d525245de33a7597276c730 22 https://goo.gl/HBZLr1 23 http://www.notarios.pt/NR/rdonlyres/ED6BA7A3-EFAE-4BD2-A8A9-844637F2F1D6/4341/RegulamentoEleitoral2017.pdf 24 http://www.ordemdosnutricionistas.pt/ver.php?cod=0Q0C 25 https://dre.pt/application/conteudo/70179155 26 https://dre.pt/application/file/70202880 27 https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/convocaa_aao_das_eleia_aoes_2016_16_08_2016_1.pdf 28 https://dre.pt/home/-/dre/105711016/details/5/maximized?serie=II&dreId=105700818 29 http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=2489&tabela=leis&ficha=1&pagina=1 30 http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=2442&tabela=leis&ficha=1&pagina=1 31 https://goo.gl/FSQTKk

(49)

19

Prova de conceito

3.1.Visão geral

3.2.Levantamento de requisitos

Este tópico descreve os utilizadores/atores e os principais requisitos levantados para a elaboração da especificação da Plataforma de Votação Eletrónica (PVE). Uma vez definidos os requisitos, também será apresentado diagramas de caso de uso baseados na linguagem UML32 que descrevem com maior nível de abstração as funcionalidades de infraestrutura

elaborada com o intuito de aumentar a abrangência sobre o seu funcionamento. Por fim, são apresentadas algumas imagens de alguns ecrãs já implementados.

3.2.1. Requisitos funcionais

De seguida serão listados os Requisitos Funcionais (RF) para o desenvolvimento da PVE fundamentado nas necessidades, benefícios e oportunidades de implementação em algumas OP.

 RF1 – Gerir utilizadores;

 RF2 – Promover a democracia digital direta através da votação eletrónica;  RF3 – Garantir a votação eletrónica em todas as OP;

 RF4 – Disponibilizar seção de ajuda e dúvidas;

Módulo Eleitor

O módulo do eleitor deverá estar preparado para integrar as seguintes funcionalidades:  RF5 - Disponibilizar um ecrã que tenha acesso a todas as informações sobre o

boletim de voto, mais concretamente as informações do candidato: o Título;

o Descrição; o Seleção de voto.

 RF6 - Apresentar uma mensagem automática após a submissão do voto;

32 UML é um acrônimo para a expressão Unified Modeling Language. Pela definição UML é uma linguagem que define uma série de

(50)

20

 RF7 - Criar um mecanismo de envio automático de notificações;

 RF8 - Criar uma função que permita ao eleitor, através de um botão, cancelar o processo do voto;

Módulo Caderno Eleitoral

O módulo do caderno eleitoral deverá estar preparado a integrar as seguintes funcionalidades:

 RF9 - Disponibilizar uma lista contendo os seguintes dados: o Nº do membro;

o Nome completo; o Secção regional; o Zona;

o Situação das quotas (ativo/inativo); o Campo identificador (à definir).

 RF10 - Permitir a habilitação/desabilitação de eleitores Permitir pesquisar um elemento específico do grupo de eleitores.

Módulo Comissão Eleitoral

O módulo da comissão eleitoral deverá estar preparado a integrar as seguintes funcionalidades:

 RF11 - Permitir criar eleições;

 RF12 - O sistema deve conter um webservice em que a eleição apenas é criada/aberta depois de todos os elementos da comissão eleitoral (CE) terem concordado:

o Criação de uma webservice onde todos os elementos da CE deverão inserir uma chave pessoal e apenas depois de todos validados a eleição é aberta; o Criação de um webservice responsável pelo envio e posterior validação de

um e-mail para todos os elementos da CE para a aceitação da abertura da eleição;

 RF13 - Disponibilizar toda a informação sobre as eleições existentes (correntes e encerradas);

(51)

21 o Título;

o Descrição;

o Período de tempo;

o Números de questões, tipo de opção);

 RF15 - Disponibilizar automaticamente um preview de todas as alterações que efetuadas no Boletim de Voto;

 RF16 - Disponibilizar automaticamente diferentes dados estatísticos sobre as eleições;

 RF17 - Permitir à CE efetuar o download dos resultados de uma eleição em diferentes formatos;

 RF18 - Disponibilizar informações sobre o caderno eleitoral;

 RF19 - Ser capaz de pesquisar um elemento específico do caderno eleitoral.

Módulo de Autenticação

O módulo da comissão de autenticação será transversal a todo o tipo de utilizadores (eleitor, caderno eleitoral e comissão eleitoral), sendo que deverá estar preparado a integrar as seguintes funcionalidades:

 RF20 - Permitir a autenticação do eleitor, através de uma webservice;

 RF21 - Permitir o bloqueio do utilizador caso se verifique atividade suspeita.  Neste módulo será implementada uma web service de verificação da autenticidade

de utilizadores do PVE, onde poderão ser implementadas uma das seguintes técnicas:

 RF22 – Implementação de webservices responsável pela criação/gestão/validação de um código PIN que serão enviados para os utilizadores através de SMS e posteriormente utilizados na plataforma para acederem ao PVE e/ou exercerem o seu voto;

 RF23 - Criação de uma webservice responsável pela validação dos utilizadores com base em informações conhecidas pelas OP. Por exemplo, o eleitor terá que finalizar o preenchimento do seu NIF para aceder à PVE.

(52)

22

Módulo Criptografia

O módulo da comissão de criptografia é um requisito fundamental para este projeto, sendo que deverá estar preparado a integrar as seguintes funcionalidades:

 RF24 - Permitir que o voto seja totalmente anónimo, sendo que para tal devem ser implementados mecanismo criptografia que assegurem a fiabilidade do serviço;  RF25 - Implementar criptografia assimétrica (chave pública) podendo ser utilizada

qualquer uma das técnicas existentes pois todas apresentam uma boa robustez de segurança. Exemplos: RSA (Rivest-Shamir-Adleman), ECC (Elliptic Curve Cryptography);

 RF26 - Os dados criptógrafos serão qualquer identificação do eleitor ao voto realizado.

3.2.2. Requisitos não-funcionais

 RNF1 - Garantir a portabilidade e a interoperabilidade do sistema online;  RNF2 – Oferecer usabilidade e acessibilidade de fácil compreensão gráfica;  RNF3 – O sistema deverá ser desenvolvido na plataforma .NET 4.0 e MVC4 .NET;  RNF4 – A documentação incluirá um manual de utilização das principais

funcionalidades do sistema;

 RNF5 – Os dados fornecidos pelos utilizadores não terão fins comerciais;  RNF6 – Ser compatível em todos os browsers.

3.2.3. Utilizadores do sistema

Os utilizadores que interagem e desempenham papéis no sistema estão classificados como:  Eleitor: representa a entidade que possui credenciais para aceder ao sistema, onde

poderá aceder a um conjunto de funcionalidades destinadas ao eleitor.

 Comissão de voto (CV): Representa a entidade que possui credenciais para aceder ao sistema, onde poderá aceder e gerir todo o processo eleitoral.

 Caderno eleitoral (CE): Representa a entidade que possui credenciais para aceder ao sistema, onde poderá gerir todo o caderno eleitoral disponível.

 Auditor: Representa a entidade que possui credenciais para aceder ao sistema, onde poderá ter acesso a estatísticas e logs da respetiva votação.

(53)

23

3.2.4. Diagrama de Caso de Uso

Adquiridos os requisitos e especificados os utilizadores que irão interrelacionar no sistema explícitos nos pontos anteriores, conforme a figura 2, foram delineados alguns casos de uso, com base na linguagem UML, para descrever em maior detalhe as principais funções da infraestrutura realizada com a ideia de aumentar a compreensão sobre o funcionamento desta.

Na figura a baixo estão explícitos os principais casos de uso da PVE.

Figura 2- Diagrama de Caso de Uso

Tabela 5- Caso de Uso: Criar boletim de voto

Caso de Uso: 01 Criar boletim de voto

Utilizador Comissão de voto

(54)

24

Pré-condição O utilizador deve estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 6 - Caso de Uso: Gerir eleição

Caso de Uso: 02 Gerir eleição

Utilizador Comissão de voto

Descrição Gestão de toda a eleição.

Pré-condição O utilizador deve estar autenticado.

Extensões Estende a criação da eleição.

Inclusões Inclui o carregamento do caderno eleitoral, a inicialização da votação e encerramento da votação.

Tabela 7 - Seleciona eleição

Caso de Uso: 03 Seleciona eleição

Utilizador Comissão de voto

Descrição Seleciona a eleição que pretende gerir.

Pré-condição O utilizador deve estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

(55)

25

Tabela 8 - Caso de Uso: Consulta caderno eleitoral

Caso de Uso: 04 Consulta caderno eleitoral

Utilizador Comissão de voto

Descrição Consulta todo o caderno eleitoral da votação.

Pré-condição O utilizador deve estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 9 - Caso de Uso: Visualizar resultados

Caso de Uso: 05 Visualizar resultados

Utilizador Comissão de voto

Descrição Consultas os resultados da eleição.

Pré-condição O utilizador deve estar autenticado.

Extensões Importação dos resultados e visualiza estatísticas.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 10 - Caso de Uso: Requisitar novo PIN Code

Caso de Uso: 06 Requisitar novo Pin Code

Utilizador Eleitor

Descrição Preenche o formulário de requisição de novo PIN Code.

Pré-condição Não contêm pré-condição.

(56)

26

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 11 - Caso de Uso: Inserir PIN Code

Caso de Uso: 07 Inserir PIN Code

Utilizador Eleitor

Descrição Insere o PIN Code e os restantes dados para se autenticar na PVE.

Pré-condição Não contêm pré-condição.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 12 - Caso de Uso: Aceder boletim de Voto

Caso de Uso: 08 Aceder boletim de voto

Utilizador Eleitor

Descrição Acede aos boletins de voto da eleição e pode visualizar detalhes do candidato.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Visualizar detalhes do candidato.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 13 - Caso de Uso: Selecionar candidato

Caso de Uso: 09 Selecionar Candidato

(57)

27

Descrição Após a visualização do boletim seleciona o candidato.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 14 - Caso de Uso: Confirmar voto

Caso de Uso: 10 Confirmar voto

Utilizador Eleitor

Descrição Após selecionar o candidato confirma voto.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 15 - Caso de Uso: Enviar voto

Caso de Uso: 11 Enviar voto

Utilizador Eleitor

Descrição Após confirmar voto, submete o voto.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

(58)

28

Tabela 16 - Caso de Uso: Reenviar novo PIN Code

Caso de Uso: 12 Reenviar novo PIN Code

Utilizador Caderno Eleitoral

Descrição Após a análise do pedido do PIN Code, reenvia o novo PIN

Code.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 17 - Caso de Uso: Habilitar membro a votar

Caso de Uso: 13 Habilitar membro a votar

Utilizador Caderno Eleitoral

Descrição Esta funcionalidade dá a possibilidade de habilitar os membros

a votarem.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 18 - Caso de Uso: Desabilitar membro a votar

Caso de Uso: 14 Desabilitar membro a votar

Utilizador Caderno Eleitoral

Descrição Esta funcionalidade dá a possibilidade de desabilitar os membros a votarem.

(59)

29

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 19 - Caso de Uso: Visualizar logs do sistema.

Caso de Uso: 15 Visualizar logs do sistem

Utilizador Auditor

Descrição Esta funcionalidade dá a possibilidade de visualizar logs e estatísticas da votação, permitindo assim a auditoria.

Pré-condição O utilizador necessita de estar autenticado.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

Tabela 20 - Caso de Uso: Fazer autenticação.

Caso de Uso: 16 Fazer autenticação

Utilizador Auditor, Caderno Eleitoral, Eleitor e Comissão de Voto.

Descrição Efetuar autenticação a as suas credenciais.

Pré-condição Não contêm pré-condição.

Extensões Não contêm extensões.

Inclusões Não contêm inclusões.

3.3.Arquitetura

Este ponto esclarece a arquitetura precisa para a realização deste trabalho e diferencia detalhes da aplicação e as tecnologias utilizadas para a implementação e desenvolvimento da PVE.

(60)

30

A arquitetura do tipo cliente – servidor, foi a escolhida para a criação do modelo de troca de informações entre os representantes e os eleitores, pois a troca de informações entre estes é feita pela internet e contém características noutros sistemas criados com este tipo de arquitetura.

Dois dos papéis que a PVE tem, é o de servidor, aquando o utilizador deseja enviar seu voto, e o de cliente, aquando o utilizador solicitar ao servidor web as informações e para a autenticação do sistema.

Pondo isto, o padrão escolhido para o desenvolvimento deste sistema foi o MVC que visa a divisão do sistema com componentes multicamadas para separar o modelo de dados, a regra de negócio e o layout.

3.3.1. Arquitetura MVC (Model View Controller)

A arquitetura utilizada para a implementação da PVE segue os princípios do modelo MVC (Model View Controller) que consiste num padrão de arquitetura de software que aumenta a complexidade dos sistemas desenvolvidos, tornando essencial a separação entre dados (Model) e o layout (View), deste modos as alterações que foram feitas no layout não afetaram as manipulação de dados, e estes poderão sere reorganizados sem alterá-lo.

Figura 3 - Diagrama simples da explicação entre o Model, View e Controller.

Após a divisão dos componentes em camadas podemos aplicar o MVC, onde é definida a camada de negócios como o Model e a apresentação como a View. A componente Controller exige uma maior complexidade, logo é necessário garantir que não se confunde MVC com separação de camadas. Camadas dizem como agrupar os componentes. O MVC diz como os componentes se interagem, e baseia-se em dois grandes princípios: Controller onde despacha as solicitações do Model e a View exibe o Model. Para compreender melhor cada um destes componentes, irão ser descritas as funcionalidades de cada componente.

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Figura 1 - Os 4 estágios de desenvolvimento de serviços online.
Tabela 3-Plataformas de votação eletrónica
Tabela 4 – Data da fundação e primeira votação online das Ordens profissionais
Figura 2- Diagrama de Caso de Uso
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Referências

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