HUMBERTO
2FENNER
LYRA
JÚNIOR.
COMPARAÇÃO
-ENTRE
DOIS
REGIMES DE
TRA-
TAMENTO
ANALGÉSICO
EM
HEMORROIDECTO-
MIAS,
UTILIZANDO.
O
TEN
OXICAM.
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
COMPARAÇÃO
ENTRE
DOIS-
REGIMES DE
TRA-
TAMENTO
ANALGÉSICO
EM
HEMORROIDECTO-
MIAS,
UTILIZANDO
O
TENOXICAM.
Trabalho» apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador do Curso: Professor Edson José Cardoso.
Orientador: Professor João “Carlos C. de Oliveira.
Co-Orientador: Dr. Getúlio R. de Oliveira Filho.
FLORIANÓPOLIS
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina - Universidade
Federal de Santa Catarina.
1. Analgesia Preventiva 2.Tenoxicam 3. Dor pós-operatória
Aos meus
pais, por todo apoio que-me
dispensaram
duranteminha
vida- acadêmica, pelacompreensão,
pelo-_amor
e principalmente peloexemplo
de
honestidade,companheirismo
eeducação
passados ano
decorrer.do
meu
desenvolvimento.À
Deus,
pelacompanhia
e pela proteçãodadaem
váriosmomentos
dificeis pelos quais. passei, epelas várias. oportunidadesque
me
ofereceu nessa jornada.Aos meus
avós, Gentil(in
memor-ian)
e Pierina, peloexemplo
de- luta,bondade, força de vontade, carinho e. trabalho.
dados
aÀ
minha
queridanamorada
Hellen, por seucompanheirismo, amor,
dedicação, sinceridade, paciência e- compreensão.
Aos meus
orientadores, Dr. João Carlos e Dr. Getúlio, pela ajuda,amizade, paciência, tempo» dispensado- e grande orientação dados a
mim,
que
tomaram
possível a confecção deste estudo.Ao
amigo
Tiago, pelo colegismo, ajuda e lealdade-demonstrados
duranteesses anos de convivência.
Aos
colegasde
“várzea”, por todos osmomentos
felizes, festeiros pelos quaispassamos
jzuntos e até pelos desentendimentosque
contribuiram parao
crescimentoda
minha
formação
psicológica e social. _.// / /
0
š óffeyêaâífiâ._, aQL3¿<z«›
AW
°Q“`W°€"'u//as iQëé
«¿¿eø~úú‹_â¬Introdução ... .. Objetivo ... ._
Método
... .. Resultados ... .. ~ Discussao ... ._Conclusão
... . _ Referências ... ._Normas
Adotadas
Resumo
... ..Summary
... .. Apêndice» ... ..Anexo
...A
dor,na
prática médica, éum
dos sintomasmais
desconfortáveis,preocupantes e de difícil controle, tanto para
o
clínico, o anestesiologista, quanto para o cirurgião; poisalém
depromover
um
estado de estresse ao paciente, fazcom
que o médico
se utilize de vários recursos,em
algumas
situações,na
tentativa de aliviá-la aomáximo.
Dentre os vários tipos de dor, a pós-operatória
vem
sendo muito
questionada e analisada através deinúmeros
protocolos de pesquisa,que tentam
suprimi-la por variadosmeios de
ação, atuandoem
diversos níveis de sua gênese.1`13As
hemorroidectomias são procedimentosque
causam, freqüentemente,muita
dorno
pós-operatório ena
primeiraevacuação
pós-cirurgia.1°14`16Estudos
têm
mostrado que
a lesão tissular ( estímulo nocivo )~provocada
pelo ato operatório,
promove
alterações tantoem
nível local ( hiperalgesiaprimária ), pela sensibilização de nocireceptores periféricos e liberação de
metabólitos
do
ácido» aracdônico (degradados pela ciclooxigenase)que
ativamo
processo inflamatório local, quanto
em
nível de SistemaNervoso
Central(SNC),
hiperalgesia secundária, resultandono aumento
dos
campo-s de recepção de dor e diminuiçãodo
limiar de dor dos neurôniosdo
como
posteriorda
medula
espinhal, tendo
como
conseqüência a amplificação eu perpetuaçãodas
respostasdolorosas e
da
dor pós-operatória,mesmo
a estímulos inócuosem
situaçõesnormais
( hiperexcitabilidade ).17`22A
analgesia preventivatem
como
conceito eobjetivo a diminuiçãoda
dor pós-operatória, atuando, através demecanismos
que
previnam
o
desenvolvimentoou
instalaçãoda
hiperexcitabilidadeem
nível deSNC,
que
égerada pela lesão tissular, originada durante
uma
cirurgia e após ela, impedindo,assim, a perpetuação e amplificação
da
sensação dolorosa.23`28Diferentes protocolos de analgesia preventiva
têm
sido elaboradoscom
baseno
conceitoacima
citado, atuando de diversas maneiras,com
variados fármacos, vias de administração,tempo
e duração de tratamento.29`3l Trabalhosublicados utilizando
o
ióidesU0
anestésicos locaiscom
infiltraão
ré e ósP
›P
›/.
incisão cirúrgica,“ anestesia epidural e geral,8 anti-inflamatórios
não
esteroidais(AINES
) por via oralz e endovenosa3”29°32”33mostraram
variados grausde
sucesso
no
controleda
dor pós-operatória.Recentemente, tenoxicam,
um
novo
tienotiazídico pertencente à classe química dos oxicans eucom
potentes propriedades anti-inflamatórias,34`37 foiintroduzido
na
prática clínica.Sua
hidrossolubilidade e. longotempo
deação
(meia-vida
plasmática de60
à75h
) são suas vantagens,34`37 poispode
serusado
tanto por via intramuscularfs quanto por via endovenosa,34`37 tendo sido sua eficácia
no
controleda
dor pós-operatória relatadaem
trabalhos recentes,29”33embora
questionada por outros autores.5°39 _Com
relação à hemorroidectomias, trabalhos recentesusando
AINES
pós- cirurgiafó lactulose pré-operatóriam emorfma
epidurallmostraram
diferentesresultados
na
diminuiçãoda
dor pós-operatória,porém
nenhum
utilizouo
tenoxicam
comparando
sua administração préou pós trauma
cirúrgico, sendo,portanto,
uma
boa
área para ser pesquisada e desenvolvidana
cirurgia orificialanal, já
que
eletem
sidousado
largamentecomo
analgésicono
período pós-operatório de hemorroidectomias, objetivando
mais
comodidade
e conforto aos2.
OBJETIVO
/
Verificar se
o
tenoxicam, administrado por via endovenosa,precedendo o
trauma
cirúrgico nas hemorroidectomias, diminui a dor 10, 24,48
e72
horaspós-cirurgia e a dor após a primeira evacuação,
comparando-se
com
sua administração apenasno
pós-operatório.3.
MÉTODO
Foi realizado
um
estudo, tipo ensaio clínico, controlado,randomizado,
duplo-cego,
no
período de julhode 1997
amarço
de 1998,no
HospitalUniversitário
da
Universidade Federal de Santa Catarina(HU-UFSC).
Participaram
do
estudo24
pacientes deambos
os sexos, submetidos à cirurgia de hemorroidectomia,no
períodoacima
citado, pelo Serviçode
Colo-proctologia
do
HU-UFSC.
Tinham
como
critérios de exclusão: idade inferior à 18 anosou
superior à65
anos, portadoresou
com
história pregressade
cardiopatia,doença
péptica, hipersensibilidade a anti-inflamatóriosnão
hormonais, insuficiência renalou
hepática, doenças psiquiátricas, pacientessubmetidos a outras técnicas anestésicas
ou
cirúrgicasque não
as citadas abaixo-e
com
patologias anais associadas a hemorróidas.Os
pacientesforam
divididosem
dois grupos (1 e 2), através deum
sorteioprévio.
Todos
tiveram amesma
preparação e cuidados pré-operatórios, tantopor
parteda
enfermagem,
quantoem
relação à dieta e a medicações.Todos
foram
submetidos àhemorroidectomia
aberta pela técnicade
Milligan e Morgan.4°”41As
cirurgiasforam
realizadas por três cirurgiõesdo
Serviço de Colo-proctologiado
HU-UFSC,
que
possuem
mais
de dez anos de experiênciaem
cirurgiacolorretal, e
formação
nasmesmas
instituiçõesde
ensino. .Os
procedimentos de anestesiologiaforam
iguais nos doisgrupos
tendosido feitos pela
mesma
equipe de anestesiologistasdo
HU-UFSC.
Todos
os pacientesforam
pré-medicadoscom
midazolan
(0,1 à 0,2mg
.Kg
`1 ),60
minutos
antesdo
início previsto para ofprocedimento
cirúrgico, que foi realizadoanestésico local utilizado e o acesso foi realizado pelo espaço entre as vértebras
L4
e L5,com
agulha de Quinke, calibre27G.
_O
grupo l recebeu20mg
detenoxicam
por via endovenosa, 15minutos
antes
do
inícioda
anestesia,sendo
consideradoo
grupo de estudoou
intervenção, e
o
grupo 2 recebeu20mg
detenoxicam
por via endovenosa, imediatamente após o ténninoda
cirurgia, sendo considerado grupo de controle»ou não
intervenção.Todos
os pacientes tiveram osmesmos
cuidados pós-operatórios
na
sala de recuperação ena
enfermaria, até omomento
da
altahospitalar.
Ambos
os gruposforam
submetidos amesma
prescrição de analgésicos,tanto
no
diada
cirurgia, quanto nos diasque
se seguiram a ela, até a altahospitalar, que consistia em: nas primeiras 24h, sulfato de
morfina
l0mg
porvia subcutânea a cada `6h, se
o
paciente solicitasse analgesia,não
sendo
permitido
nenhum
outro tipo de analgésico.Após
esse período, administrava-setenoxicam
por viaendovenosa
a cada 24h, e sulfato demorfina
l0mg
por viasubcutânea a cada 6h, se solicitado pelo paciente,
não
sendo
permitido,também,
nenhum
outro tipo de analgésico.A
mensuração-da
dor pós-operatória foi feita porum
pesquisador,que
não
sabia a qual
gmpo
de estudoo
paciente pertencia, nos seguintesmomentos:
10(M1),
24
(M2),48 (M3)
e72
GVI4) horas pós-cirurgia e após a primeiraevacuação
do
paciente (l\/Iev¿c)~. Para quantificar a intensidade de dor utilizou-seuma
escalaanalógica visual
(EAV)
del0Omm,
na
qualo
pesquisador mostravaao
pacientea face
não
milimetrada, indicandoque
em
um
extremo
significavanenhuma.
dor (correspondente a0mm),
eno
outroextremo
significava a pior dor imaginável (correspondente al00mm).
O
paciente indicavao
localna
escala referente à dorsentida
no
momento,
e esta eracomparada
pelo pesquisadorna
escala milimetrada, sendo anotado o valor correspondenteem
milímetros.Foi,
também,
quantificado pelo pesquisador onúmero
de solicitaçõesde
sulfato demorfina, que foram
administradas nas primeiras24h
de pós-operatório e os efeitos colateraiscomo
vômitos, náuseas e dor epigástrica.A
alta hospitalar foi concedida aos pacientes após a primeira evacuação.Os
dados
referentes à idade, ao peso, à altura e à dose de sulfato demorfina
foram comparados
entre os grupos, pelo testeT
de Studentnão
pareado.As
distribuições por sexo, raça e efeitos colaterais, entre os grupos,
foram
comparados
pelo teste exato de Fisher.Os
escores diários de dorforam
comparados
por análisede
variânciabifatorial para
medidas
repetidas, seguida pelo testede Student-Newman-Keuls.
Os
escores de dor,na
primeira evacuação,foram
comparados
por análisede
variância unifatorial.
Os
efeitos colaterais eo
número
de solicitações de analgesia suplementar nas primeiras24
horas,foram comparadas
entre os grupos, pelo testede
qui-quadrado
(X2).O
cálculodo
tamanho
da
amostra levouem
contaque
a diferençamínima
entre as
médias
dos escores analógicos visuais deveria ser de30mm,
para serclinicamente significante.
O
desvio padrão residualassumido
foi de20mm
e arobustez esperada (B) 0.80, para
ANOVA.
Assim,
11 pacientes teriamque
ser alocadosem
cada grupo.Para detectar diferença de
30mm
entre os grupos,4
pacientes teriamque
ser alocadosem
cada grupo.Por
isso, foi projetadauma
amostracom
15pacientes,
em
cada grupo, levando-seem
consideração possiveis perdas.Foram
considerados estatisticamente significantes, valorescom
p<
0.05.4.
RESULTADOS
Os
grupos de estudo (1 e 2) totalizaram 24» pacientes,com
idade entre 24-56 anos , sendo
que
10eram do
sexo masculino, 14do
feminino,20
da
raçabranca, 4
da
negra,com
altura variando entre150-178
cm
e peso entre45-84
kg
(Tab.I).
Tabela I- Dados demográficos.
Grupo
1(n=l
1)Grupo
2(n=13)
p
Idade (anos) 39.18i
7.4946
i
9.25 0.06Peso
(kg)64
i
4.89 67.21i
11.36 0.39 Altura(cm)
169.10i
4.62 168.38i
9.08 0.84Sexo (m/f)
4/7
6/7
0.41Cor
(b/p)9/2
11/2
1Dados expressos como média i desvio padrão (DP), exceto sexo e cor (número de pacientes)
As
doses totais de sulfato demorfina
, utilizadas nas primeiras»24
horasno
Grupo
1 (17.27i 7.86mg
;média
i DP)
eno
Grupo
2 (15.83i7.92mg
; médiai-
DP), não
diferiram estatisticamente(p
=
0.66).A
dose de sulfato demorfina
em
mg/kg,
foi de 0.31no
grupo 1, e de 0.30no grupo
2 (p=0.6~9).Também
não
diferiram, entre os
gmpos,
a distribuição dos pacientessegundo
ofnúmero
de
Tabela II- Analgesia suplementar solicitada nas primeiras 24h.(Sulfato de
Morfina lOmg
por via subcutânea). `Grupo
1 .Grupo
2
Sem
analgésico O O 1Dose
5 7 2Doses
44
3Doses
2 2 Total 1 1 13 112 = 0.168 (2 gi.) ; p=o_92Entre todas as
comparações
possíveis deM1, M2,
M3
eM4,
em
cada
um
dos
grupos, verificaram-se escores analógicos visuais significantemente
menores
entre,
M4
comparado
aM1
(p=0.005)no grupo
1, e entreM3
e M4- (p=0.007),comparados
àM1, no grupo
2 (Tab
III).Porém,
os escores analógicos visuaisde
dor
não
diferiram nascomparações
intergrupos deM1,
M2,
M3
e M4.Os
escores. analógicos visuais. de dor, após a primeira evacuação,não
diferiram entre os
gmpos
(Tab
III).No
grupo 1, três pacientesnão
completaram
o M4,
eno
2, cinco pacientesnão completaram o M4,
poisevacuaram
antes das72
horas ereceberam
alta hospitalar.Também
no
grupo 1, três pacientesnão
completaram
0 1\/IMC, pois solicitaram alta hospitalar antesda
primeira evacuação.Os
efeitos co-laterais observadosforam
náuseas, vômitos e dor epigástrica eocorreram
em
oito pacientesdo
total estudado, sendo»que
sua prevalênciaTabela IH- Escores Analógicos Visuais de Intensidade Dolorosa, mensurados l0(M1), 24(Mz), 48(M3), 72(M4) horas pós-cirurgia e após 1” evacuação (1\/IMC).
Grupo
1(n=l1)
Grupol
(n=l3)
Média
ÍDP
Média
iDP
M1
571
28.2548
1
30.09M2
34.54Í
20.97 27.76Í
19.71M3
23.631
19.14 17.84Í
16.239)M., 16.12
116.340)
17.12 fz12.o7<3>Mem
72.50i
24.64 60.90i
27.79(1) p=0.005 comparado com M1 no mesmo grupo. (2) p=0.02 compamdo com M1 no mesmo grupo. (3) p=0.007 comparado com M1 no mesmo grupo.
Tabela IV-
Número
de pacientes que referiram efeitos colaterais durante os dias de pós~operatório.
Grupo
1 (n=l l)Grupo
2 (n=l3)Náuseas
2 2Vômitos
1 2Dor
Epigástrica 0 1 l Total 3 5 X2 = o.ss( 2 gL); p= 0.6415.
DISCUSSÃO
A
dor, pós-hemorroidectomias, é considerada de forte intensidade.Durante
a primeira evacuação,tem
sido descritacomo
insuportável e extrema. Trabalhosprospectivos, randomizados, duplo-cegos, controlados
com
placebo, utilizandomorfina
epidural imediatamente após a cirurgia,1comparando
infiltração local eacaudal de bupivacaínafs e até
mesmo,
o
usode
laxativos (lactulose) nos quatrodias
que antecedem
à hemorroidectomia,14mostraram bons
resultadosno
controleda
dor ena
diminuiçãodo
requerimento de analgésicosno
período pós- operatório.A
dor pós-operatória édo
tipoagudo
e é causada por múltiplos fatores químicos (bradicinina, histamina, substância P, derivado-sido
ácido aracdônico),que
são liberados diretaou
indiretamentenos
tecidos lesados ecausam
hiperexcitabilidade medular,19que
perpetua a dor pós-operató1ia.17'19'2°`22A
analgesia preventiva23`28 consistena
administração de substâncias analgésicasou
anestésicas antesda
ocorrênciada
lesão tíissular, visando impediro
desenvolvimentode
hiperexcitabilidade medular. Vários traballiosprospectivos, controlados,
conseguiram
êxitona
diminuiçãoda
dor,no
períodopós-operatório, utilizando
o
conceitode
analgesia preventivacom
vários tipos de drogas.3”30°3l°42O
tenoxicam
éum
AINE
derivado dos oxicans que,quando
administrado por via endovenosa,tem
início deação
imediato e sua meia-vida de eliminação é-de
70
horas.É
pouco
lipofilico e suas concentraçõesna
pele e tecido adiposo são baixas,não
tendotambém
boa
penetraçãono
SNC.34°36”37Seu
mecanismo
de-ação se
dá
pelo bloqueioda
viada
ciclooxigenase,que
degradao
ácidoresponsáveis pelas alterações inflamatórias
que
ocorrem
em
nível tecidualperiférico e, possivelmente,
no
como
posterior de substância cinzentamedular.”
O
tenoxicam
apresentapoucos
efeitos colaterais e é largamente utilizadocomo
. , . , . , . , . 5
adjunto
ou
unico analgesicona
pratica cl1n1ca.3Trabalhos prospectivos, randomizados, controlados,
que
utilizaramo
tenoxicam, preventivamente (antesda
indução anestésica), por via endovenosa, para diminuir a dor pós-operatóriaem
cesarianas29”33 eem
cirurgiasabdominais
superficiaisfz
mostraram bons
resultados.Porém
outros estudos,também
prospectivos, controlados, randomizados,
que
utilizaram amesma
dosede
tenoxicam
por via endovenosa,no
mesmo
período,em
toracotomiass elaparoscopias,9
não
tiveram omesmo
sucessona
diminuiçãoda
dor pós- operatória.Este estudo avaliou se a administração prévia
do
tenoxicam
modifica
lo~padrão
da
dor pós-hemorroidectomiascomparada
à administração iniciadano
período pós-operatório imediato,
com
baseem
sua fannacocinética, seus rarosefeitos colaterais, seu
mecanismo
de ação e nosdados
conflitantesda
literaturaacima
citados.Nos
resultados obtidos,não
houve
diferençasna
intensidade dolorosamedida
pelaEAV,44
10, 24, 48,72
horas pós-cirurgia enem
após a primeiraevacuação
entre os grupos estudados, indicandoque
a administraçãodo
tenoxicam, 15 minutos antes
do trauma
cirúrgico,não
alterouo
padrãode
dorpós-operatória nas hemorroidectomias,
comparado
à sua administraçãoapenas
no
periodo pós-operatório imediato.No
que se referiu à metodologiaempregada
paramensuração da
dor, mostrou-se recentementeque
o
desvio padrão de escores analógicos visuaisem
uma
dada
população é deaproximadamente 20mm,45
necessitando»-sede
valoresacima
de20mm
na
EAV,
paraserem
consideradoscomo
confiaveis e servirem paramedir
o
efeito de intervenções farmacológicasou
a eficácia de tratamentos.Neste
estudo, a diferença considerada clinicamente aceitável, foi de30mm,
em
concordânciacom
o estudoacima
citado.O
consumo
-de sulfato demorfina
não
teve diferença, estatisticamenterelevante, entre os dois grupos, ratificando a ausência
na
mudança
do padrão de
dorquando comparados
os dois regimes de tratamento analgésico.Esses dados,
acima
citados,revelam que
aabordagem
unimodal
da
dor,feita por esse estudo, utilizando
somente
otenoxicam
para prevenir a hiperexcitabilidadedo
SNC,
não
obteve sucesso, pois a doraguda
pós-operatóriatem
etiologia multifaton`al,19 eo
bloqueioda
viada
ciclooxigenase,promovido
pelo tenoxicam,não
é suficiente para impedir a hiperexcitabilidade medular.Trabalhos
que
tiveram essamesma
abordagem
unimodal, para diminuir a dor pós-operatória,também
não
tiveram êxito.4”5°9”n°13°39Outra
explicação para esse resultado encontrado,pode
serdada
pela baixa penetraçãodo tenoxicam no
SNC
e as baixas concentrações.na
pele eno
tecido adiposo, levandoem
contaque na
cimrgia de hemorróidas., tem-semuita
lesãona
peleda
região anal.As
doses de tenoxicam,em
mg/kg, foram
idênticasem
ambos
os grupos(g1upo1=
0.31 e grupo2=
0.30).O
tempo
decorrido entre a administração do-tenoxicam
e o trauma,no
grupo 1,também
não
foi insuficiente, poiso
tenoxicam
administrado por viaendovenosa
tem
ação imediata, não-podendo
seatribuir a esses fatores a
semelhança no
padrão de dor encontradaenem
os grupos.Os
efeitos colateraisforam poucos
e,em
parte, atribuíveisao
sulfato demorfina.
i
Possivelmente,
uma
abordagem
multimodal43da
dorpode
sermais
efetivaque
aunimodal
utilizada nesse estudo, pois mostrou-se, recentemente,que
a utilização de bupivacaína local e intra-tecal associada àmorfina
e piroxicam administradosno
período pós-operatório (analgesia balanceada)46em
cirurgiacolorretal apresentou
um
ótimo controleda
dor pós-operatória dos pacientes,ratificando
o
fato de que,uma
atuaçãoem
diversos setoresda
etiologiada
dor,com
drogas queagem
em
diferentesmediadores
químicos ebloqueiam
variosmecanismos
sensoriais(abordagem
multimodal),impedindo
efetivamenteque
ocorra a hiperexcitabilidade
em
nível deSNC,
possa ser a chave para a atenuação efetivada
dorno
período pós-operatório, inclusiveem
hemorroidectomias, oque
deverá sercomprovado
em
pesquisas futuras.6.
CoNcLUsAo
Conclui-se
que o tenoxicam
administrado por via endovenosa,precedendo
otrauma
cirúrgicoem
hemorroidectomias,não
diminui a intensidadeda
dor, 10, 24,48 ou 72
horas apósa
cirurgia,nem mesmo
após a primeira evacuação,comparando-se
com
sua administração apenasno
período- pós-operatório.7.
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Mogensen
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NORMAS
ADOTADAS
Para digitação, formato,
margens
e paginação deste trabalho,foram
seguidas as
normas
estabelecidas pela resoluçãonúmero
001 / 97,do
colegiadodo
cursode graduação
em
medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina, deliberadasem
sessãodo
dia 21.08.97, presidida pelo ProfessorEdson
José Cardoso.. Para as referências bibliográficas,
foram
seguidas asnormas
no
estilode
Vancouver, conforme
a 5” edição dos “RequisitosUniformes
para Originaissubmetidos a Revistas Biomédicas”, publicado pelo
Comitê
Internacionalde
Editores
de
Revistas Médicas,com
algumas
adaptações.Os nomes
dos
periódicosforam
abreviadosconforme
os critériosda
International Serials
Data System
&
International Organization forRESUMO»
Objetivo:
Comparar
o perfilda
dor pós-hemorroidectomias,quando
oitenoxicam
é administrado por via endovenosa, previamenteou
apóso trauma
cirúrgico.Método:
Foi realizadoum
ensaio clínico,com
24
pacientes,submetidos
àhemorroidectomia
aberta, pela técnica de Milligan eMorgan.
Os
pacientesforam
divididosem
dois grupos (l e 2), sendoque
ou grupo- l~- recebeu20mg
de
tenoxicamz Por via endovenosa, 15
minutos
antesdo
procedimento cirúrgico e o»grupo 2, imediatamente após
o
términoda
cirurgia.-Todos
tiveram osmesmos
cuidados
na
sala de recuperação euna
enfermaria,não
sendo permitidonenhum
tipo de, analgésico nas primeiras24
horas após a cirurgia, apenas aadministração
de
sulfato demorfina
tlOmg
por via subcutânea a-cada
6 horas,conforme- solicitação dos pacientes.
A
mensuração da
dor foi feitacom
tunaescala analógica visual, 10, 24,
48
e72
horas pós-cirurgia eu após a primeiraevacuação.
Também
foram
anotados os efeitos colaterais eo requeriento- de
analgesia suplementar.
A
altafoiconcedida
apósa
primeira evacuação.Resultados:
Não
houve
diferenças estatisticamente significativas entre osgrupos,
na
intensidadeda
dormedida
10 (1=-~ 5751-28.25;2=
4=8i30‹.09')z, 24»(l=
34.54i20.97;2=
27.76i19z71), 48-(l=
23.63il9.I4;2=
1Í7'.8i4il6.23)-, eu72
(I-=16.12il6.3=4;
2=
l7.12il2.07) horas pós-cirurgia,nem
mesmo-
após a» primeiraevacuação
(1-= 72.50i24.64;2=
60.90i27.79).Conclusãozi O- tenoxicam, administrado por via endovenosa,
precedendo o
trauma
cirúrgico nas hemo-rroidectomias,não
diminuiu a dorno
pós-operatório,nem
mesmo
após
a primeira evacuação,comparado
à suaadministraçãoapós
ay
SUMMARY
Objective:
To
compare- theposthemorrhoidectomy
pain- profilewhen
tenoxicam
is administered intravenously prior to or following the surgicaltrauma. -
Method:
A
clinical trial»was
accomplishedzwith24
patients,undergoing
open hemorrhoidectomies
using Milliganand
Morgan°s. technique; Patientswere
randomly
assigned totwo
groups (1and
2);Group
1 received20mg
of
intravenous (i.v.)
tenoxicam 15
minutes before the surgical procedure,and
ingroup 2,
tenoxicam
was
given i.v. immediately after the end-of
surgery.Every
patient
had
thesame
care inthe
recoveryroom
and
Ward;none of
them
receiveing
any
supplementary analgesia atthe first24
postoperative hours, otherthan
10mg
of subcutaneousmorphine
sulfate every6
hours,upon
their request. Painmeasurements
were
made
with a visual analog pain scale at 10, 24,48
and 72
postoperative hours, and- after first evacuation. Side effectsand
supplementaiy r
analgesic requests
were
also recorded. 'Dischargefrom
thehospital
was
allowed after the first evacuation.» .Results:
There were no
significant statistic differencesbetween
groups,neither concerning pain scores .at 10 (l= 57128.25;
2=
4~8i~3-0.09),24 (1=
34.541-20.97;
2=
27.76i19.7r1), 482(1-= 23.631-1×9.14;2=
I»7.84i1›6.2'3),,and-72
(l'= 16;12i1»6.34›;2=
17.121-12.07) -postoperative hours, nor after the firstevacuation
(l=
7»2.50Ii24.64;2=
60;90i27.79).Conclusion: intravenous tenoxicam, administered prior to surgical-
trauma
in hemorrhoidectomies,.did not decrease neither the postoperative pain, nor the pain after first evacuation-,
comparing
toits administration following surgery.Nome:
Idade:
Data da
Cirurgia:FICHADE COLETA
DE
DADOS
Sexo: Cor: Altura
Peso
Intensidade
da
dormedidaapós
a cimrgia, nas:10 horas:
24
horas:48
horas: 72 horas:Analgesia suplementar solicitada nas primeiras
24
horas-
Número:
IIIIII. IIHII. IIHII. IIIIII.Após
la evacuação:mm.
- Dose: -
Dia
Hora
Efeitos Colaterais:
A
B
0363
Ii.\.I
II III IIIIIIIIIIIIIII IIIIII
972799988 Ac. 253185