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Open innovation: elementos para sua prática nos setores de energia solar e eólico

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Open Innovation: Elementos para sua Prática nos Setores de Energia Solar e Eólico. Edicleide da Silva Marinho. Natal - RN 2017.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Open Innovation: Elementos para sua Prática nos Setores de Energia Solar e Eólico. Dissertação de mestrado apresentada à Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtenção do título de mestre em Engenharia de Produção. Grande Área: Engenharias Área: Engenharia de Produção Orientador Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González. Edicleide da Silva Marinho. Natal - RN 2017.

(3) Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Prof.ª Drª Ângela Maria Paiva Cruz Diretor do Centro de Tecnologia Prof. Dr. Luiz Alessandro Pinheiro da Câmara de Queiroz Coordenador da Pós Graduação em Engenharia de Produção Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González Orientação Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González.

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(5) AGRADECIMENTOS Agradeço a deus, em primeiro lugar, pela vida, saúde, serenidade, calma, paciência, otimismo e oportunidades a mim concedidas. Aos meus pais, Eriberto Marinho e Maria Inês, por tudo que sou e por está presente em todos os momentos da minha vida, aconselhando, apoiando e incentivando, sempre com palavras sinceras. Aos professores Carla Almeida Vivacqua, José Guilherme Da Silva Santa Rosa e Raoni Barros Bagno pela contribuição à minha pesquisa e ao Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González, por mais essa oportunidade A amiga Ana Cláudia Costa de Araújo por ter colaborado com seu conhecimento durante o processo de construção, na parte do design, da figura final da pesquisa. Aos amigos: Ana Cláudia Costa de Araújo, George André Souza Santiago, Marcela Silva Cavalcanti Rosa, Rafael Monteiro, Raimundo Alberto Rego Junior e Vanessa Stephanie de Azevedo Arruda por terem me acompanhado e apoiado durante toda essa etapa de construção de conhecimento e pelos momentos de descontração..

(6) RESUMO O objetivo deste estudo é identificar os elementos da open innovation que devem ser considerados na implantação no setor de energias renováveis eólica e solar. A pesquisa foi realizada em quatro etapas e caracteriza-se como Qualitativa-quantitativa, com procedimento de pesquisa tipo survey. A primeira contempla uma revisão bibliográfica sistemática sobre open innovation e uma pesquisa exploratória no setor de estudo (eólico e solar) com a finalidade de identificar princípios e práticas da inovação aberta utilizadas no desenvolvimento de tecnologias do setor. A segunda é referente à survey, na qual teve como objetivo identificar quais elementos eram relevantes para o processo de inovação no setor. A terceira e a quarta foram, respectivamente, o tratamento dos dados e análise e interpretação dos dados. Os resultados apresentam quatro fatores e 14 elementos que devem ser considerados na implantação da open innovation no setor em estudo são eles: Fator 1 –Adoção de Práticas, Ferramentas ou Métodos para Gestão da OI, Características do Processo, Considerações Tecnológicas e Inteligência Coletiva e Plataforma de Troca de Conhecimento; Fator 2 – Capacidade de Absorver Conhecimento, Capacidade de Integrar Conhecimento no Processo de Inovação, Programa de Capacitação; Fator 3 – Critérios para Selecionar Colaboradores, Criação de um Time de Inovação, Indicadores para Medir Inovação; Fator 4 – Política de Apoio a Inovação, Política de Inserção dos Elos da Cadeia no Processo de Inovação, Critérios para Atrair Colaboradores, Parcerias. Palavras-Chave: Inovação Aberta, Energia renovável, Desenvolvimento..

(7) ABSTRACT The objective of this study is to identify the elements of open innovation that should be considered in the deployment of renewable energy in wind and solar. The research was carried out in four stages and is characterized as Qualitative-quantitative, with research procedure type survey. The first one contemplates a systematic literature review on open innovation and an exploratory research in the field of study (wind and solar) in order to identify principles and practices of open innovation used in the development of technologies of the sector. The second one refers to the survey, in which the objective was to identify which elements were relevant to the innovation process in the sector. The third and fourth were, respectively, data processing and data analysis and interpretation. The results present four factors and 14 elements that should be considered in the implementation of open innovation in the sector under study are: Factor 1 - Adoption of Practices, Tools or Methods for OI Management, Process Characteristics, Technological Considerations and Collective Intelligence and Knowledge Exchange Platform; Factor 2 - Capacity to Absorb Knowledge, Ability to Integrate Knowledge into the Innovation Process, Training Program; Factor 3 - Criteria for Selecting Employees, Creation of an Innovation Team, Indicators for Measuring Innovation; Factor 4 - Policy for Innovation Support, Policy for the insertion of chain links in the Innovation Process, Criteria for Attracting Employees, Partnerships Keywords: Open Innovation, Renewable Energy, Development..

(8) LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 - Capacidade Eólica Instalada no Mundo por Ano........................................12 Figura 2.1 - Etapas do Método de Pesquisa....................................................................19 Figura 3.1 - Processos: Outside-in (de fora para dentro), Inside-out (de dentro para fora) e Couple (acoplado)........................................................................................................31 Figura 4.1 - Cadeia de Valores de Bens e Serviços........................................................53 Figura 5.1 - Fatores e seus Componentes.......................................................................75.

(9) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 5.1 - Número de Respondentes por Gênero ......................................................65 Gráfico 5.2 - Características dos Respondentes quanto à Escolaridade.........................66.

(10) LISTA DE QUADROS Quadro 2.1 - Caracterização do Método de Pesquisa......................................................17 Quadro 3.1 - Definição de Inovação................................................................................23 Quadro 3.2 - Definição de Open Innovation...................................................................27 Quadro 3.3 - Definições de Outside-in............................................................................32 Quadro 3.4 - Definições de Inside-out.............................................................................32 Quadro 3.5- Definição de Couple....................................................................................32 Quadro 3.6 - Principais Características dos Processos....................................................33 Quadro 3.7 - Perspectiva Atual e Futura.........................................................................34 Quadro 3.8 - Processo Genérico para o Gerenciamento de Fontes Externas de Informação para Inovação...............................................................................................39 Quadro 3.9 - Práticas de Inovação Referentes à Abordagem Open Innovation............ 41 Quadro 3.10 - Elementos de Estudo................................................................................42 Quadro 3.11- Indicadores para Examinar as Práticas de Inovação Aberta.....................47 Quadro 4.1 - Aplicações de Energia Solar... ..................................................................52 Quadro 4.1 - Tecnologia Solar com Suporte da Open Innovation..................................53 Quadro 4.2 - Tecnologia Eólica com Suporte da Open Innovation................................55.

(11) LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 - Principais Fontes de Conhecimentos.......................................................... 42 Tabela 5.1 - Setor de Atuação dos Respondentes........................................................... 73 Tabela 5.2 - Cargo dos Respondentes ............................................................................ 74 Tabela 5.3 - Resultado do Teste KMO ........................................................................... 75 Tabela 5.4 - Nível de Importâncias dos Elementos ........................................................ 75 Tabela 5.5 - Component Matrix ...................................................................................... 70 Tabela 5.6 - Matriz de Componentes Rotacionados ....................................................... 77.

(12) Sumário CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO .................................................................................... 14 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO.................................................................................... 14 1.2. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 17 1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................... 17 1.4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 17 1.5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................... 19 CAPÍTULO 2 - MÉTODO DE PESQUISA................................................................... 20 2.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .............................................................. 20 2.2. PROCEDIMENTO DA PESQUISA ................................................................... 21 2.2.1. DETALHAMENTO DO PROCEDIMENTO DA PESQUISA .................... 22 CAPÍTULO 3 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................... 27 3.1. INOVAÇÃO ........................................................................................................ 27 3.2. OPEN INNOVATION ......................................................................................... 30 3.3. PERSPECTIVAS PASSADAS, PRESENTES E FUTURAS DA OPEN INNOVATION ............................................................................................................. 37 3.4. OPEN INNOVATION COMO MODELO DE PRÁTICAS INTERATIVAS ..... 39 3.4.1. OPEN INNOVATION E AS FONTES DE CONHECIMENTO ................... 40 3.4.2. PRÁTICAS DE OPEN INNOVATION ......................................................... 43 3.4.3. ELEMENTOS CONSIDERADOS NA OPEN INNOVATION .................... 46 CAPÍTULO 4 - O SETOR EM ESTUDO ...................................................................... 55 4.1. ENERGIA EÓLICA ............................................................................................ 55 4.2. ENERGIA SOLAR .............................................................................................. 57 4.3. DESENVOLVIMENTO TECNOLOGIAS SOLAR E EÓLICA COM O SUPORTE DO OPEN INNOVATION ........................................................................ 60 4.3.1 DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS SOLAR ............................................. 63 4.3.2. DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS EÓLICA........................................... 67 4.3.3. ANÁLISE DAS TECNOLOGIAS SOLAR E EÓLICA ABORDADAS ..... 70 CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................... 72 5.1. ANÁLISE CRÍTICA DO QUESTIONÁRIO ...................................................... 72 5.2. CARACTERIZAÇÃO DOS RESPONDENTES ................................................ 72 5.3. TESTES ESTATÍSTICOS ................................................................................... 74 5.4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ESTATÍSTICOS ............................................ 75 5.4.1 ANÁLISE DE FREQUÊNCIA ...................................................................... 75.

(13) 5.4.2. ANÁLISE FATORIAL ................................................................................. 76 5.5. INFORMAÇÕES QUALITATIVAS LEVANTADAS NA PESQUISA DE CAMPO ...................................................................................................................... 78 5.6. IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS E FATORES ....................................... 81 CAPÍTULO 6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................................................ 84 6.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 84 6.2. CONCLUSÕES ................................................................................................... 86 6.3 RECOMENDAÇÕES ........................................................................................... 87 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 88 APÊNDICE A - CONVITE ............................................................................................ 97 APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO ................................................................................ 98 APÊNDICE C - MATRIZ DE AFINIDADE ............................................................... 101 APÊNDICE D - MATRIZ ANTIIMAGEM ................................................................. 103 APÊNDICE E - NOVOS ELEMENTOS ..................................................................... 105.

(14) CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO. A energia elétrica tornou-se um componente importante, ao longo dos séculos, para o desenvolvimento humano, resultando na sua dependência para diversas atividades do cotidiano das pessoas, empresas, indústrias ou organizações. Nas mais diversas “áreas” da vida do homem, esse recurso se faz presente para o desenvolvimento de suas atividades. De acordo com Çetin e Egrican (2011) a energia é vital, uma vez que é um dos maiores inputs para a indústria e para a sociedade, ao passo que está presente em todos os lares e atividades cotidianas, como, por exemplo, na preparação de alimentos, iluminação, transporte, lazer, dentre outras. Diante disso, a sua utilização tem sido de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade humana tanto no aspecto social quanto econômico. Consoante a Pianezzola (2006) a evolução do mundo após a energia elétrica passou a ser indispensável e estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de países e regiões. Entretanto, o aumento populacional, o avanço tecnológico e a modernidade fizeram com que o consumo de energia global aumentasse consideravelmente. Esse excesso de demanda tem levantado hipóteses de esgotamento, no futuro, dos recursos não renováveis até então utilizados como fontes geradoras de energia. De acordo com Mekhilefa et al. (2011), o consumo de energia tornou-se uma preocupação fundamental nas últimas décadas por causa do rápido aumento na demanda de energia. Isso tem causado, principalmente nas últimas décadas, o levantamento de temores acerca do esgotamento de reservas de petróleo e de outros recursos no futuro (SHARMA et al. 2012). Segundo Parida et al. (2011), com os combustíveis fósseis na beira da exaustão, as fontes renováveis estão destacando-se cada vez mais como potenciais recursos para a geração de energia. Além disso, as questões ambientais de recursos energéticos convencionais, tais como as alterações climáticas e o aquecimento global vêm continuamente forçando-nos para fontes alternativas de energia (MEKHILEF et al. 2011).. 14.

(15) Diante desse contexto, o desafio energético está se tornando cada vez mais importante e requer o uso racional dos recursos e da gestão dos impactos ambientais decorrentes da emissão de poluentes e do consumo de recursos não renováveis (KIM et al. 2014). Isso reforça o interesse das organizações pela pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias que atendam a essa demanda. Uma forma de captação de energia é a solar que, de acordo com Mundo-Hernández et al. (2014), é um recurso totalmente renovável e abundante, com rápido declínio de custos de conversão podendo ser uma potencial opção popular para geração de energia elétrica nos próximos anos. Além disso, essa fonte primária de energia mostra-se como possível solução para atender a demanda energética devido a sua disponibilidade, empregabilidade e sua forma não impactante ao meio ambiente. Outra forma é a energia eólica, o qual tem crescido consideravelmente como mostra a Figura 1.1, nos últimos anos. Esse progresso pode ser explicado tanto pela disponibilidade do recurso vento, como pelo rápido desenvolvimento da alta tecnologia, em comparação com o resto das energias renováveis (ESTEBAN et al. 2011).. Figura 3.1 - Capacidade Eólica Instalada no Mundo por Ano Fonte: http://cerne.org.br/energia-eolica/. Entretanto, para que a utilização desses recursos resultem no seu maior aproveitamento, é necessário o desenvolvimento de tecnologias e da sua cadeia produtiva que atendam a essa demanda de forma eficiente. É nessa perspectiva que novos materiais e formas de aplicações podem ser pesquisados com o objetivo de proporcionar uma maior eficiência dos equipamentos a um preço mais acessível e para explanar o leque de opções de aplicações desses recursos.. 15.

(16) Para tanto, o desenvolvimento de projetos cooperativos entre empresas e instituições de ciência e tecnologia (ICT), visando agregar valor aos produtos e ao desenvolvimento de processos e produtos na cadeia produtiva do setor se faz necessário (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE, 2010). Além disso, o documento técnico desenvolvido por esse mesmo centro de gestão retrata que a interação entre a indústria, universidades, institutos federais, órgãos regulamentadores e sociedade, torna-se importante para desenvolver mecanismos que promovam o desenvolvimento da cadeia produtiva, em especial com projetos cooperativos (CGEE, 2010). Nesse contexto, que se configura um ambiente que implica necessariamente em criar, ou, pelo menos, adotar soluções tecnológicas inovadoras e/ou novos modelos organizacionais, a open innovation mostra-se como uma abordagem para estimular a inovação e o crescimento desse setor. A open innovation utiliza conhecimentos internos e externos para acelerar o processo de inovação e expandir o mercado. Ela não engloba só o envolvimento dos clientes, fornecedores e usuários, mas também, tem o objetivo de explorar o conhecimento gerado pelos concorrentes, grupos de pesquisa, universidades e de maneira geral das partes interessadas.. De acordo com Mortara e Minshall (2011), a adoção da abordagem open innovation, em que organizações fazem uso de fontes internas e externas para direcionar seus processos de inovação, é considerado por muitas empresas contemporâneas como um caminho para aumentar a capacidade inovativa e promover desenvolvimento. Esses mesmos autores enfatizam que mesmo sendo considerada por muitas empresas contemporâneas uma forma de melhorar as capacidades de inovação e apesar do crescente interesse nessa abordagem, existem ainda lacunas relacionadas ao entendimento sobre sua adoção.. Nessa perspectiva Huizingh (2011) e Mortara e Minshall (2011) expõem. as. dificuldades enfrentadas por empresas para gerir as práticas da open innovation. Esses autores concluíram a necessidade de estudos relacionados em como o processo de inovação aberto acontece nas empresas, a fim de identificar fatores ou determinantes que auxiliem na construção de um modelo referência para melhor operacionalizar o processo inovativo. De acordo com Huizingh (2011, p.7), "o que está faltando é um. 16.

(17) livro de receitas coerente, uma estrutura integradora que ajuda os gestores a decidir quando e como implantar as práticas de inovação aberta". É nessa vertente que o estudo parte do seguinte problema de pesquisa: Quais os elementos da open innovation devem ser considerados para sua implantação no setor de energias eólico e solar? 1.2. OBJETIVO GERAL Para responder o problema de pesquisa, o objetivo geral da dissertação é: Identificar os elementos da open innovation para implantação no setor de energias renováveis solar e eólica. 1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS. Para alcançar o objetivo geral proposto foram necessários os seguintes objetivos específicos: . Conhecer o estado da arte sobre o tema open innovation por meio de uma revisão bibliográfica sistemática e pesquisa teórica tradicional;. . Identificar os elementos presentes da abordagem open innovation na literatura;. . Validar os elementos da open innovation mediante survey direcionada aos envolvidos nas cadeias de energia eólica e solar;. . Agrupar os elementos da open innovation e modelar seus relacionamentos.. 1.4. JUSTIFICATIVA O crescente consumo de eletricidade vem impulsionando pesquisas referentes à temática, com a finalidade de mostrar que a utilização de energia limpa pode proporcionar benefícios no tocante à economia e estabilidade energética mundial, além de reduzir perdas ambientais irreversíveis. A busca por alternativas para o aproveitamento energético, também vem sendo realizada, principalmente pelo fato de que a demanda atual é suprida em sua grande parte por recursos que degradam o meio ambiente e são passíveis de esgotamento.. 17.

(18) É nesse contexto que a energia solar e eólica aparecem como um recurso alternativo, o qual visa atender a demanda de energia elétrica. Contudo, para promover essa indústria, é necessário considerar a questão a partir da perspectiva integratista. De acordo com Chen et al. (2014), essa perspectiva é uma integração de uma variedade de partes, incluindo pesquisadores acadêmicos, governos e fornecedores de equipamentos com um objetivo de desenvolver o setor. É nesse aspecto, que a open innovation surge como uma alternativa na qual permite que a troca de informações e conhecimentos ultrapasse os limites organizacionais, podendo ser uma abordagem aplicada com a finalidade de gerar soluções inovadoras que minimize ou elimine os problemas presentes nas cadeias produtivas de energia eólica e solar. A open innovation, tem em sua estrutura a valorização da parceria entre empresa, cliente, fornecedores, universidades, instituições e outras fontes externas a fim de entender o mercado e desenvolver tecnologias compatíveis e mais efetivas com as suas necessidades. Setores como o de alimentos, telecomunicação, de produtos eletrônicos, farmacêutica, e de serviços já estão fazendo uso da abordagem open innovation para melhoria de seus processos inovativos. Contudo, a literatura não fornece de forma clara, uma base empírica das práticas de inovação aberta e uma análise detalhada dessas atividades. Assim, pesquisar sobre a open innovation objetivando identificar elementos que potencializem o desenvolvimento setorial faz-se necessário para direcionar a organização na elaboração de estratégias e políticas para geri-la e, ao identificar esses elementos, possibilitará a unidade adotante dessa abordagem implantar um ambiente colaborativo, o qual irá promover a competitividade e a adequação e melhoria da cadeia produtiva de forma que esses promovam uma cultura colaborativa e inovadora. Conforme citado anteriormente e por ser tema relevante na atualidade à pesquisa se justifica na perspectiva acadêmica, social e setorial. Na primeira o estudo irá contribuir para o avanço no conhecimento da temática de estudo aplicada ao setor de energia solar e eólica; para a segunda, a disponibilização das práticas o qual envolvem a abordagem da open innovation, possibilitarão as organizações. desenvolverem. tecnologias. direcionadas a geração de energia limpa, trazendo condições favoráveis para as gerações atuais e futuras; e na terceira perspectiva, o estudo proporcionará aos gestores um 18.

(19) instrumento facilitador para os setores obterem competitividade por meio de uma rede de inovação colaborativa, além de ser beneficiada pela redução de custos. 1.5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO A pesquisa está dividida em seis capítulos. O primeiro capítulo apresentou a introdução sobre o tema estudado, a problemática da pesquisa, os objetivos deste estudo e a justificativa.. O capitulo dois apresenta o método de pesquisa no qual é dividido em duas partes. A primeira refere-se à caracterização da pesquisa. Já a segunda apresenta o detalhamento das etapas que foram necessárias para o desenvolvimento da pesquisa, as quais incluiu a revisão bibliográfica, identificação dos elementos, pesquisa de campo, tabulação de dados, tratamento estatístico e análise de dados e resultados. O terceiro capítulo aborda fundamentação teórica acerca de open innovation. São mostradas as fontes de conhecimento, práticas e competências que fazem parte dessa abordagem e os elementos pertencentes à abordagem Open Innovation.. No capítulo 4, alguns produtos desenvolvidos, no setor de solar e eólico, a partir de práticas colaborativas são apresentados. O quinto capítulo refere-se aos resultados e discussão. Nele são apresentadas as informações coletadas a partir da aplicação do instrumento de pesquisa, assim como a análise dos resultados obtidos. O capítulo seis tece as considerações finais e as potenciais propostas de pesquisas futuras a serem desenvolvidas na temática open innovation direcionada ao setor de energias renováveis.. 19.

(20) CAPÍTULO 2 - MÉTODO DE PESQUISA Este capítulo descreve o método da pesquisa, para isso subdivide a sua explicação em: caracterização do método de pesquisa e; procedimento adotado no desenvolvimento da pesquisa. 2.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa científica consiste em um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer tratamento científico para conhecer a realidade e descobrir novos fatos, relações ou leis (GONZÁLEZ, 2010). Neste trabalho, o método de pesquisa é dividido em dois tópicos: 1) caracterização do método de pesquisa tendo como referência a bibliografia sobre metodologia de pesquisa e 2) o procedimento seguido na realização da pesquisa. O Quadro 2.1 apresenta a caracterização do método de pesquisa . Critério. Classificação\Tipo Teórica Metodológica Quanto ao gênero da pesquisa (DEMO, 2000) Empírica Prática Exploratória Quanto ao objetivo da pesquisa Descritiva (YIN, 2001) Explicativa Indutivo Quanto ao tipo de argumentação Dedutivo lógica (MARCONI;LAKATOS, Hipotético-Dedutivo 2003) Dialético Quantitativo Quanto à abordagem de pesquisa Qualitativo (YIN, 2001) Quantitativo-Qualitativo Survey Simulação Quanto ao método do procedimento de pesquisa (YIN, Pesquisa-Ação 2001) Estudo de Caso Único Estudo de Casos Quadro 2.2 - Caracterização do Método de Pesquisa Fonte: González (2010). Escolha x x x x x x. x x. No que diz respeito ao gênero, a pesquisa realizada pode ser caracterizada como teórica e empírica (DEMO, 2000). Quanto ao tipo de argumentação lógica, foi caracterizado como indutivo e dedutivo (MARCONI;LAKATOS, 2003). Quanto ao seu objetivo como exploratória e descritiva (YIN, 2001), quanto à abordagem científica como qualiquantitativa (CRESWELL, 2010), e como survey quanto ao procedimento técnico utilizado (YIN, 2001).. 20.

(21) 2.2. PROCEDIMENTO DA PESQUISA No procedimento da pesquisa são descritas as etapas que possibilitaram o desenvolvimento do estudo. Na Figura 2.2 são apresentadas as fases que foram seguidas para realizar o estudo. Para a elaboração desta pesquisa, foram utilizadas quatro etapas. A primeira consistiu em uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS), no qual foram obtidos os principais conteúdos do tema open innovation. A RBS é definida como sendo uma abordagem de pesquisa confiável, uma vez que abrange e apresenta explicitamente os meios utilizados e os resultados obtidos (MEKHILEF et al. 2011). Além disso, Webster e Watson (2002) afirmam que a revisão bibliográfica sistemática objetiva gerar conhecimentos estruturados acerca de um tema de pesquisa. Já a revisão bibliográfica tradicional quando comparada à Revisão Bibliográfica Sistemática, segundo Cordeiro et al. (2007), não exige um protocolo rígido para sua confecção. Em seguida foi realizada uma pesquisa exploratória para identificar as inovações que estavam sendo desenvolvidas nos setores objeto de estudo e verificar se no processo existia o uso de práticas colaborativas. De acordo com Forza (2002, p.155) a pesquisa exploratória é definida como: Pesquisa que ocorre durante os estágios iniciais da investigação sobre um fenômeno, quando o objetivo é obter uma visão preliminar sobre um tema, e fornece a base para uma pesquisa mais aprofundada. Geralmente não há modelo, e os conceitos de interesse precisam ser melhor compreendidos e medidos.. Posteriormente, foram identificados os elementos que fazem parte da abordagem Open Innovation. A segunda etapa refere-se à pesquisa de campo no qual foram definidos o universo e amostra da pesquisa; o instrumento de coleta de dados e o processo de coleta desses dados. Por fim dessa etapa, realizou-se a aplicação do questionário. No terceiro momento, fez-se o registro, organização, tratamento estatístico. Por fim, realizou-se a análise e interpretação dos dados coletados, considerações finais e propostas de pesquisas.. 21.

(22) Figura 4.2 - Etapas do Método de Pesquisa. 2.2.1. DETALHAMENTO DO PROCEDIMENTO DA PESQUISA Para alcançar os objetivos da pesquisa foram desenvolvidas etapas e subetapas. A primeira etapa corresponde à pesquisa bibliográfica na qual é subdividida em revisão bibliográfica sistemática (quatro subetapas) e pesquisa exploratória (uma subetapa). Etapa 1 - A primeira refere-se à seleção das palavras-chaves, sua composição para a busca: "open innovation" + "practice" e "open innovation" + "tool" e escolha da base de dados. Com essas palavras-chave se inseriu na base de dados scopus. O período estabelecido para coleta de publicações foi de 2003 a 2015. O período inicial definido foi escolhido pelo fato de que o termo surgiu nesse ano. Como resultado, obteve-se um total de 119 artigos. Na segunda subetapa, foi realizada uma análise preliminar dos 119 artigos por meio da leitura do título e resumo. Em seguida foi feita a aplicação do primeiro filtro de exclusão, no qual eliminou os documentos que não disponibilizam o material completo e os que eram repetidos, reduzindo o montante para 107. Na terceira subetapa, fez-se a leitura detalhada dos artigos coletados para verificar dentro da temática open innovation as práticas e ferramentas que possibilitassem a identificação de elementos chaves para a implantação dessa abordagem. Em seguida foi aplicado o segundo filtro de exclusão no qual foram retirados textos que não atendiam a esse critério e no qual a temática não era tratada como relevante ao estudo. Assim, 101 trabalhos foram considerados significativos para o estudo. Na quarta subetapa fez-se a classificação dessas fontes quanto à sua estrutura e conteúdo, na qual se criou uma planilha a fim de organizar os principais pontos 22.

(23) destacados nos artigos por assuntos afins. Além da RBS, onde se analisou artigos científicos, também se conduziu leitura de dissertações e teses relacionadas ao tema de open innovation. A quinta subetapa buscou analisar a aplicação da abordagem de inovação aberta no setor de estudo com o objetivo de identificar as tecnologias que estão surgindo nos setores de estudo com o suporte da open innovation. Para isso, foi realizado um estudo exploratório por meio de uma pesquisa em artigos, teses e noticias que tratassem de inovações na indústria solar e eólica. A escolha desse método justifica-se em virtude da necessidade de verificar as práticas de open innovation que podem ser determinantes para compreender como funciona a inovação aberta no setor. Posteriormente, realizou uma análise dos resultados obtidos relacionando com as práticas identificadas na primeira etapa da pesquisa. Após a análise conjunta dos artigos da revisão bibliográfica sistemática, foi elaborado um diagrama de afinidades (Apêndice C) com o objetivo de identificar os elementos necessários dentro de uma abordagem open innovation tratados por cada autor.. Etapa 2 - A segunda etapa refere-se à pesquisa de campo. Para tanto, com o objetivo de responder o questionamento da pesquisa, definiu como público alvo: pesquisadores, fornecedores, fabricantes, institutos de pesquisa, empresas de consultoria, associações e concessionárias que atuam no setor solar e eólico em todo o território Brasileiro.. Em seguida, para a coleta de dados foi definido como instrumento de pesquisa o questionário. Ele foi desenvolvido tomando como referência o resultado da revisão da literatura realizada na Etapa 1. O questionário (Apêndice B) teve 20 perguntas divididas em duas seções: a primeira é composta por quatro questões que caracterizam o perfil dos respondentes e uma referente ao conhecimento da temática; a segunda seção é composta por 14 perguntas fechadas de múltipla escolha e é baseada na escala de Likert de cinco pontos, no qual o respondente assinala nota de 1 a 5 para cada questionamento feito, e uma pergunta aberta que tem a finalidade de identificar outros elementos que não estão inseridos no escopo de elementos encontrados na literatura e que podem ser mais específicos para o setor. Para verificar a confiabilidade do questionário utilizou-se o Alpha de Cronbach.. 23.

(24) Além do questionário, foi enviada uma carta convite (Apêndice A) para os potenciais colaboradores. A população considerada na pesquisa são participantes dos setores de energia eólica e solar do Brasil.. Para a pesquisa, a determinação da amostra seguiu o cálculo da amostra mínima, no qual segundo Hair et al. (2005, p. 98), "o mínima é ter pelo menos cinco vezes mais observações do que o número de variáveis a serem analisadas". Assim, como foram obtidas 14 variáveis obtidas da revisão da literatura para análise, isso representou uma amostra mínima de 70 respondentes.. Após essas definições, buscaram-se em sites de institutos de pesquisas, associações e centros de referências, potenciais colaboradores para o estudo. Os contatos foram registrados em uma planilha para que posteriormente fosse enviado o convite para participar da pesquisa. Antes de ser distribuído para os respondentes, foi realizado um teste piloto do questionário com cinco respondentes. Esses foram escolhidos de forma aleatória, a partir do banco de dados registrados na planilha, e antes de ser enviado o questionário foi enviado um convite para saber se os mesmos teriam disponibilidade de fazer parte da pesquisa. Em seguida, era enviado o questionário. Após a análise das respostas manteve-se as 14 variáveis.. Em seguida, enviou o convite aos colaboradores por email e aqueles que se disponibilizavam a participar , era enviado o questionário da pesquisa. Realizaram-se três rodadas para coletar do questionário. Na primeira, foi recebido um total de 40 questionários. Na segunda rodada, foi enviado novamente o convite para aqueles que não haviam respondido e obteve-se um total de 43 questionários. Na terceira, enviou-se mais uma vez o convite e foram recebidos 19 questionários, totalizando 102 questionários.. Etapa 3 - A etapa três corresponde à tabulação dos dados, tratamento estatístico e análise e interpretação dos dados. Após a aplicação do questionário, as informações foram registradas, agrupadas e organizadas em uma planilha eletrônica. Para o procedimento estatístico foi utilizado o software SPSS para windows, no qual foi realizada a análise fatorial com o objetivo de identificar os agrupamentos das variáveis em termos de dimensões mais gerais. 24.

(25) A análise fatorial "aborda o problema de analisar a estrutura das inter-relações (correlação) entre um grande número de variáveis, definindo um conjunto de dimensões latentes comuns chamadas de fatores (HAIR et al. 2005, p. 91)". Segundo Corrar et al. (2011) a análise fatorial tem como objetivo descrever um quantidade de variáveis originais por meio de dimensões ou fatores. De acordo com esses mesmos autores, o método estatístico permite simplificar estruturas complexas de relacionamento possibilitando assim, um melhor entendimento da estrutura de dados.. No tocante ao procedimento estatístico, inicialmente inseriu os dados no software SPSS e a escolha dos componentes necessários para a realização dos cálculos. Assim, foi realizado calculo de estatística descritiva (frequência) a fim de identificar o nível de importância para os respondentes. Em seguida calculou-se o Kaiser Meyer Olkin (KMO) o qual "permite avaliar se os dados originais viabilizam a utilização da análise fatorial de forma satisfatória (CORRAR, 2011. p.100)". De acordo com Hair et al. (2005), valores acima de 0,50 para a matriz toda ou para uma variável individual indicam tal adequação. O resultado obtido do estudo obtido para o KMO foi de 0,828.. Além disso, para que seja possível a aplicação da Análise fatorial é importante que o valor de sig. (teste de significância) não ultrapasse 0,05 (CORRAR, 2011. p.102). O valor obtido do teste de significância para o estudo foi de 0,000 indicando a possibilidade de aplicação da análise fatorial.. Também foi gerada a matriz antiimagem (Apêndice D) de correlação com o objetivo de verificar se alguma variável deveria ser retirada. A diagonal principal da tabela apresenta o MSA (medida de adequação da amostra), na qual os valores inferiores a 0,50 são considerados muito pequenos para análise e nesses casos indicam variáveis que podem ser retiradas da análise (CORRAR, 2011. p.102). Na matriz antiimagem de correlação gerada constatou-se que não era necessário retirar nenhuma variável, pois os valores são superiores a 0,50. Após, por meio da tabela component Matrix foi possível identificar a quantidade de fatores que agrupam as variáveis determinantes da inovação aberta.. 25.

(26) Etapa 4 - A quarta etapa contemplou a interpretação dos dados quantitativos, utilizando o resultado da análise fatorial, assim como a modelagem de relacionamento entre os elementos e fatores.. 26.

(27) CAPÍTULO 3 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo faz uma revisão bibliográfica acerca da temática estudada, sendo estruturado em quatro tópicos: o primeiro fala sobre inovação; o segundo e o terceiro abordam, respectivamente uma visão geral do tema open innovation e as perspectivas passadas, presentes e futuras do tema; o quarto tópico trata das fontes de conhecimento, práticas, elementos considerados da abordagem de estudo e algumas tecnologias desenvolvidas a partir de práticas open innovation. 3.1. INOVAÇÃO As mudanças tecnológicas, a crescente exigência dos clientes por produtos com maior qualidade e a redução do ciclo de vida dos produtos são alguns fatores que induzem o mercado a uma nova dinâmica. Isso provoca nas empresas a busca por novas estratégias, no qual está incluída a inovação, um fator essencial considerado estratégico para aquisição de vantagem competitiva e promoção do crescimento organizacional. Tomala e Sénéchal (2004) elencam algumas vantagens proporcionadas pela inovação: . Possibilita conhecer novas necessidades dos consumidores;. . Oferece uma ampla gama de produtos e serviços;. . Aumenta a qualidade e a fiabilidade dos produtos existentes;. . Conquista novos mercados;. . Reduz os danos ambientais;. . Aumenta a flexibilidade de produção;. . Reduz os custos;. . Melhora o desempenho dos vários produtos ligados a serviços.. A inovação significa mudança e de acordo com Schumpeter (1934), pode assumir a forma de novos produtos, novos processos ou métodos de produção, novos mercados ou até mesmo novas fontes de abastecimento. Na visão de Galanakis (2006), além da inovação favorecer a criação de novos produtos, processos, conhecimentos ou serviços a partir do conhecimento científico ou tecnológico novo ou existente, proporciona um grau de novidade, quer para o desenvolvedor, o setor industrial, a nação ou o mundo e tenha sucesso no mercado.. 27.

(28) O conceito de inovação tem evoluído (Quadro 3.1) e atualmente sua definição não é compreendida apenas como resultado de ações específicas individuais, mas como um processo (HIDALGO e ALBORS, 2008).. Autor Dosi, 1982 Kline e Rosenberg, 1986 Patel e Pavitt, 1994 Bruno et al. (2011) Wallin e Von Krogh, 2010. Quadro 3.1 - Definição de Inovação Definição Um processo de resolução de problemas Um processo interativo envolvendo os relacionamentos entre empresas com diferentes atores Um processo que envolve a troca de conhecimento codificado e tácito A inovação é o processo de transformar novas ideias em novos produtos ou novos procedimentos que levem a ganhos de produtividade Um processo que abrange a criação e utilização do conhecimento para o desenvolvimento e introdução de algo novo e útil. No tocante ao processo de inovação, vários autores propuseram uma variedade de fases específicas, o que resulta em um número crescente de processos de inovação que contam com o mundo exterior para criar oportunidades e, em seguida, escolher o melhor dentre estas alternativas para um melhor desenvolvimento (TERWIESCH e XU, 2008). Inauen e Schenker-Wicki (2011) apresentam o processo de inovação , em pesquisa e desenvolvimento, proposto por Gassmann e Enkel (2004). A realização dessas etapas é feita mediante três principais processos: o primeiro é chamado de fora para dentro (outside-in) e inclui todas as atividades de fornecimento de tecnologia externa. O segundo processo, chamado processo de dentro para fora (inside-out), refere-se à transferência de tecnologias exteriores. O terceiro, chamado de acoplamento (coupled), combina os dois processos anteriormente citados e utiliza parceria como prática para a realização das atividades presentes no processo. Ades et al. (2013) mostra um modelo proposto por Mortara et al. (2009) no qual é integrado uma terceira etapa (comercialização) as anteriormente citadas. É representado por linhas tracejadas, indicando que os limites são permeáveis. Além disso, o modelo mostra os processos outside-in. e inside-in, relacionados com a transferência de. conhecimentos e resultados da pesquisa e desenvolvimento para a comercialização externa. Jacobfeuerborn (2014) mostra em seu estudo um modelo proposto por Greenhalgh et al (2010), que integra uma quarta etapa na geração de inovação, a difusão. A pesquisa e desenvolvimento é composta por três subetapas que envolvem a pesquisa básica, 28.

(29) pesquisa aplicada e agrupamento de informações e testes. A terceira etapa é denominada de investimento, é nela que acontece a inovação, pois o produto ou novo processo serão passiveis de comercialização. A fase de comercialização promove o início de uma cadeia de eventos, amplamente caracterizada como de difusão (etapa 4). Nela estão presentes a adoção ou decisão de venda, inserção no mercado e melhoria do produto ou processo. Bueno e Balestrin (2012) apresentam uma nova nomenclatura para as fases do processo inovativo: Pesquisa (mapeamento dos cenários), Desenvolvimento (exploração do conceito da ideia, desenho do conceito, desenvolvimento do protótipo) e Comercialização (decisão de lançamento). É uma sintese do processo colaborativo da construção do fiat mio, no qual a dinâmica de inovação foi composta por um amplo processo de colaboração em rede. O desenvolvimento do produto contempla cinco fases e tem como objetivo criar um carro por meio de um processo aberto, utilizando coloboradores externos no processo de desenvolvimento do produto. O projeto tem a participação de diversos fontes exernas de conhecimento, contudo, o colaborador chave nesse projeto é o consumidor, que teve sua maior interatividade nas fases de geração de ideias e lançamento do produto. Mount e Martinez (2014) retomam as etapas citadas nos modelos anteriormente citados, porém, inserido um processo de ideação antes da fase de pesquisa. O processo tem como foco o uso da mídia social em todas as etapas do funil de inovação: ideação, pesquisa e desenvolvimento e comercialização. Na fase da ideação, a mídia social é usada para a geração de novas ideias e troca de informações entre os participantes. Na fase de pesquisa e desenvolvimento, a ferramenta pode ser útil para gerar novos insights e identificar tendências que auxiliem na melhoria dos processos internos de desenvolvimento. Já na parte de comercialização, o uso das mídias sociais pode ser vista como uma ferramenta que auxiliará a inserção do produto no mercado. A pesquisas de opinião, páginas de votação, imagens, e tópicos de conversação são meios que proporcionarão a empresa o feedback dos clientes acerca de melhoria dos produtos já consolidados no mercado ou que serão lançados. Mergel (2015) sugere cinco fases do processo de inovação aberta utilizadas no setor público. A primeira é denominada de pré-fase, nela é definido o problema que irá ser trabalhado. A segunda é composta pela geração de ideia, nessa está inserido 29.

(30) comercialização e distribuição de requisitos do "concurso". Na terceira, os participantes votam nos projetos mais relevantes e colaboram com as ideias apresentadas. Na fase de validação os projetos são selecionados e avaliados levando em consideração a legalidade, viabilidade e sustentabilidade. A última fase refere-se à implementação, essa é composta por três subetapas: refinamento, implementação e institucionalização. Diante disso, observa-se que a inovação pode assumir um caráter complexo e dinâmico apoiado na natureza incerta e não-convencional de indivíduos e organizações, o que exige novas estratégias e decisões de gestores para a exploração de atividades inovadoras as quais abranjam práticas e ferramentas que auxiliem no desenvolvimento e gestão da inovação no ambiente organizacional para que a empresa adquira capacidade de integrar, desenvolver e reconfigurar recursos internos e externos para responder rapidamente às mudanças no mercado. Dessa forma, seu processo requer a integração de diferentes áreas do conhecimento e uma metodologia que ajude a visualizar o melhor modo de obter resultados positivos. 3.2. OPEN INNOVATION Dado o contexto cada vez mais competitivo da economia contemporânea, assim como a equivalência em termos de oferta nos mais diversos segmentos de mercado, Medeiros et al. (2014) argumenta que a inovação pode suportar a diferenciação e gerar vantagem competitiva sustentável para as organizações. Como parte central do processo de inovação tem-se a busca de novas ideias com potencial comercial (LAURSEN e SALTER, 2006). Em resposta a isso, as empresas costumam investir uma quantidade considerável de tempo, dinheiro e outros recursos na busca de novas oportunidades inovadoras. Tal investimento eleva a capacidade de criar, usar, e recombinar conhecimentos novos e existentes. A visão tradicional da empresa industrial tem fortes laços com o paradigma da inovação fechada ou o modelo de integração vertical, no qual as atividades de pesquisa e desenvolvimento de uma organização são consideradas processos estritamente internos que devem ser guardados à influência externa (WESTERGREN e HOLMSTRÖM, 2012). Na visão clássica de inovação na indústria, as empresas usam sua mão de obra qualificada, investem em. pesquisa e desenvolvimento (criação de conhecimento. 30.

(31) interno) e usam mecanismos de proteção à propriedade intelectual para se apropriar de retornos de tais atividades e investimentos (WALLIN e KROGH, 2010). De acordo com Van de Vrande et al. (2009), em muitas indústrias, os laboratórios internos de pesquisa e desenvolvimento eram considerados ativos estratégicos e representavam uma considerável barreira de entrada para potenciais concorrentes. Contudo, o contexto industrial mudou nas últimas décadas. Gasmann e Enkel (2004) argumentam que isso é decorrente dos curtos ciclos de vida dos produtos, aumento dos custos de Pesquisa e Desenvolvimento e escassez de recursos. Essas mudanças levaram, consequentemente, para a erosão do paradigma da inovação tradicional por meio de quatro fatores: aumento da disponibilidade e mobilidade de trabalhadores qualificados, a ascensão do mercado de capital de risco, no qual ajudava a financiar novas empresas e seus esforços para comercializar novas ideias, as opções externas para gerações de ideias e aumento da capacidade de fontes externas (CHESBROUGH, 2003). Isso fez com que as empresas já não pudessem se dar ao luxo de inovar por conta própria, mas precisassem buscar práticas de inovação alternativas (VAN DE VRANDE et al. 2009). Diante disso, as empresas começam a tomar consciência de que nem todas as boas ideias eram originadas no ambiente interno da organização, nem todas as inovações criadas dentro da empresa podem ser comercializados com sucesso (CHESBROUGH e CROWTHER, 2006) e que a inovação não precisa ocorrer no ambiente interno das empresas (GASSMANN e ENKEL, 2004). Assim, durante a última década, um número crescente de empresas começaram a envolver clientes, fornecedores e outras partes interessadas em inovação de produtos e processos (WALLIN e VON KROGH, 2010). Considerando esses fenômenos, o termo Open Innovation foi proposto por Chesbrough (2003) e definido pelo autor como o uso de entrada e saída de conhecimento para acelerar a inovação interna e expandir o mercado para uso externo de inovação. O Quadro 3.2 apresenta definições de diferentes autores sobre a inovação aberta.. Autor Chesbrough (2003) Gassmann e Enkel (2004) Chesbrough e. Quadro 3.2 - Definição de Open Innovation Definição A Open Innovation é um processo de inovar com parceiros, ou seja, as empresas são capazes de usar ideias, recursos e caminhos internos e externos para a comercialização. A inovação aberta significa que a empresa precisa abrir as suas fronteiras sólidas para permitir que o conhecimento valioso flua a partir do meio externo, a fim de criar oportunidades para os processos de inovação baseado na cooperação com parceiros, clientes e/ou fornecedores. Open Innovation inclui entrada e saída de atividades tecnológicas.. 31.

(32) Autor Crowther (2006) Perkmann e Walsh (2007) Wallin e Von Krogh (2010) Huizingh (2011) Colombo et al. (2011) Westergren e Holmström (2012) Arnold e Barth (2012) Bellantuono et al. (2013) MartínezTorres (2013) Razak et al. (2014). Definição. A inovação aberta é uma resultante de redes interorganizacionais distribuídas, em vez de partir de firmas individuais. Inovação aberta refere-se a empresas que trocam ideias, conhecimento e tecnologia com outras pessoas externas, a fim de melhorar a eficiência, a eficácia e a gestão do risco no processo de inovação. A inovação aberta é uma ferramenta prática, que exige novas estratégias e decisões de gestores para a exploração de atividades inovadoras. A inovação aberta é a troca de conhecimentos e tecnologias com uma grande população de organismos externos, como universidades, clientes, concorrentes, empresas de outras indústrias, indivíduos, prestadores de serviços e fornecedores. A inovação aberta é centrada no conceito de fluxos de conhecimento entre empresas e indivíduos, e diferentes tipos de vínculos de rede fornecem uma variedade de maneiras em que o conhecimento pode ser criado e comunicado. A inovação aberta é um processo que combina competências externas e internas dentro do processo de inovação, utilizando diferentes ferramentas. A inovação aberta é descrita como uma maneira de adicionar experiências e competências tecnológicas que não estão disponíveis no ambiente organizacional interno, para reduzir os custos de inovação e, ao mesmo tempo, compartilhar os riscos. A inovação aberta é um paradigma emergente pelo qual as organizações fazem uso de recursos internos e externos para realizar o seu processo de inovação. A inovação aberta é um processo pelo qual as relações sociais em rede são estabelecidas entre agentes da inovação que levam à práticas inovadoras e sucesso na comercialização.. Em resumo, a inovação aberta pode ser considerada como uma abordagem que realiza de forma sistemática a exploração de conhecimento por meio de cooperação\parceria, redes interorganizacionais ou por diferentes ferramentas de relações sociais com o objetivo de adicionar e combinar experiências e competências internas e externas para melhorar o desempenho de uma área funcional, organização, setor ou região. Entretanto, a noção de inovação aberta não é nova. Na década de 1980 alguns autores já falavam sobre a forma como a abordagem para a inovação mudou a partir de um modelo fechado para um modelo em que as empresas de todos os setores começaram a contar cada vez mais com a aquisição de tecnologias externas para complementar seus portfólios de tecnologia (PISANO, 1990; LANE e LUBATKIN, 1998). De acordo com Christensen et al. (2005) a contribuição de Chesbrough (2003), além do termo proposto, foi estudar de forma mais abrangente e sistemática os modos corporativos internos de gestão desses processos orientados para gerar inovação a partir de uma demanda externa. Chesbrough (2003) propõe que as organizações em ambiente competitivo, como o de hoje, devem ter uma abordagem de inovação aberta, combinando componentes internos 32.

(33) e externos de uma organização para desenvolver com sucesso as inovações e ganhar vantagem competitiva. Assim, a inovação aberta proporciona benefícios como (WALLIN e VON KROGH, 2010): . Ajuda as empresas a agilizarem o tempo de resposta ao mercado;. . Acessa o conhecimento externo à empresa;. . Reduz os custos da inovação;. . Adapta produtos e serviços às necessidades dos clientes;. . Utiliza de forma comercial o conhecimento ou tecnologia que de outra forma teria sido desperdiçado;. . Compartilha o risco no desenvolvimento de produtos e serviços.. A Open Innovation fornece uma ampla gama de vantagens para lidar com os desafios contemplados, a fim de manter a competitividade neste ambiente em rápida mutação. Portanto, métodos para explorar as tecnologias por meio de inovações e para aumentar o leque de oportunidades de inovação podem ser integrados, resultando na vantagem mais importante que é a possibilidade de aumentar a produtividade da pesquisa e desenvolvimento (ILI et al. 2010). O modelo de inovação aberto enfatiza a razão das empresas adquirirem recursos do meio externo para o desenvolvimento de produtos e serviços, porém, existe uma lacuna em como é feito esse processo de partilha de conhecimento entre as empresas. Hsieh e Tidd (2012) argumentam que as empresas devem desenvolver rotinas para que o fluxo de conhecimento flua entre as unidades empresariais de modo que isso possa contribuir para desenvolvimento de novos serviços e produtos. Portanto, a gestão de diferentes tipos e graus de relacionamento entre as empresas com empresas externas, a fim de criar valor, irá envolver diferentes graus de abertura para fins de inovação (VAN DE VRANDE et al. 2006). Dessa forma, é importante entender e estudar os diferentes graus e tipos de abertura que estarão presentes nas etapas do processo de inovação. Isso se faz relevante, pois a abertura pode ser considerada uma força ou uma fraqueza potencial. Portanto, tem de ser devidamente gerida de forma a maximizar o valor potencial e diminuir os riscos potenciais (WESTERGREN e HOLMSTRÖM, 2012).. 33.

(34) No tocante a sua implantação, é importante ressaltar alguns elementos chaves que fazem parte desse processo. A open innovation não precisa apenas do apoio dos gestores, mas também de uma mudança cultural em toda a empresa (MORTARA et al. 2010). Com relação a isso, Mortara et al. (2010). apresenta quatro tipos de culturas. organizacional - role (burocracy), power (adhocracy), achievement (task) e support (person) - no qual essas são caracterizadas de acordo com a estrutura organizacional vigente. Além disso, esses mesmos autores falam que a cultura organizacional está intrinsecamente relacionada com a motivação. Dessa forma é importante compreender como as pessoas podem ser motivadas a adotar um modelo de Open innovation. Além disso, devem-se levar em consideração características das empresas, considerações de tecnologia e condições ambientais externas (GASSMANN e ENKEL, 2004; PERKMANN e WALSH, 2007). As características das empresas desempenham um papel importante na determinação da adoção da Open Innovation. Para muitas empresas, alterações na estrutura organizacional e processos existentes devem ocorrer, a fim de facilitar a adoção dessa abordagem (DODGSON et al. 2006). Além de características das empresas, o tipo de tecnologia utilizada pela empresa também impacta na adoção de uma estratégia de Open Innovation (GIANIODIS et al. 2010) . Um outro fator diz respeito às condições ambientais externas. Segundo Chesbrough e Crowther (2006), as características da indústria, como a velocidade da indústria (duração dos ciclos de vida dos produtos, frequência de mudanças na estrutura da indústria e o desenvolvimento de novos mercados) e a alta ou baixa tecnologia são prováveis antecedentes da decisão de adotar estratégias de Open Innovation. Assim, desenvolver um ambiente e estratégias que proporcionem a colaboração entre empresa, cliente, fornecedores, universidades, instituições e outras fontes externas a fim de entender o mercado e desenvolver tecnologias compatíveis e mais efetivas com as suas necessidades é essencial para facilitar introdução e implementação desse modelo. Contudo, por ser um modelo que mudanças consideráveis no modelo global de negócios e processos (PARIDA et al. 2009), a adoção do processo de inovação aberta agrega alguns desafios que dificultam a transição de um modelo fechado para um modelo mais aberto.. Nessa perspectiva, Mortara et al. (2010) destaca em seu estudo algumas. dificuldades: o medo de perder; resistência para compartilhar as ideias; limitação cultural que pode afetar não só a inovação aberta mas também qualquer forma de 34.

(35) inovação; o processo de mudança cultural é lenta; falta de reconhecimento das contribuições "abertas" à inovação; aversão ao risco. Para superarem esses obstáculos os autores apresentam três ações: transmitir uma imagem positiva, dando exemplos práticos de empresas que obtiveram sucessos com a implantação da open innovation; incentivar a abertura interna; fornecer as competências necessárias. Em relação aos processos chave presentes, Gasmann e Enkel (2004) realizaram uma pesquisa que analisava as atividades das empresas em quatro áreas relacionadas com o processo de inovação o qual englobaram gestão da propriedade intelectual, conhecimento externo, pesquisa e desenvolvimento descentralizado e inovação outsidein. Como resultado da pesquisa os autores resumiram o processo de inovação em três tipos: outside-in, inside-ou e couple. Além disso, os autores observaram que as empresas escolhem um processo primário e integram elementos dos outros dois processos, conforme mostra a Figura 3.1.. Figura 3.1 - Processos: Outside-in (de fora para dentro), Inside-out (de dentro para fora) e Couple (acoplado) Fonte: Enkel e Gasmann (2004). Mediante as publicações analisadas, Gianiodis et al. (2010), Inauen e Schenker-Wicki (2011), Ebersberger et al. (2012), Lee et al. (2012), Ades et al. (2013), Dąbrowska et al. (2013), Wikhamn (2013), Wynarczyk (2013 ), Arcese et al. (2015) apresentam conceitos que formalizam os processos que compõem o modelo teórico formulados por Gassmann e Enkel. O Quadro 3.3, 3.4 e 3.5 mostra a definição desses três processos.. 35.

(36) Quadro 3.3 - Definições de Outside-in OUTSIDE-IN Definição. Autor. Gassmann e Enkel (2004). Gassmann e Enkel (2006) Enkel et al. (2009). Concentra na expansão de base de conhecimento da empresa através da integração de recursos externos, como a indústria, as universidades, fornecedores e clientes. No geral, os inovadores que incidem sobre o processo, de fora para dentro, são aqueles que integram essas fontes externas em seus processos de inovação para a estratégia competitiva.. Relativas à internalização do conhecimento e recursos relacionado ideias e tecnologia, licença-in (licenciamento), aquisição de produtos e co-branding (parceria entre duas ou mais marcas) É baseado no pressuposto de que a empresa contribui para a sua própria base de conhecimento através de ligações interfirmas com fornecedores, clientes e / ou colaboração com outras instituições externas (por exemplo, universidades).. Quadro 3.4 - Definições de Inside-out INSIDE-OUT Definição. Autor. Gassmann e Enkel (2004). Gassmann e Enkel (2006) Enkel et al. (2009). Centra-se na colocação de alguns dos ativos da empresa fora das suas "paredes" organizacionais, transferindo suas ideias para o ambiente externo.. Está relacionada com a transferência de conhecimentos e resultados da pesquisa e desenvolvimento para a comercialização externa. Refere-se a gerar e acelerar os lucros transferindo ideias inovadoras para o mercado, através, por exemplo, vender ou licenciar a propriedade intelectual.. Autor Gassmann e Enkel (2004). Gassmann e Enkel (2006) Enkel et al. (2009). Referência Arcese et al (2015), Wikhamn (2013), Dąbrowska et al (2013), Lee et al (2012), Ebersberger et al (2012), Gianiodis et al (2010) Ades et al (2013) Wynarczyk (2013). Referência Arcese et al (2015), Wikhamn (2013), Dąbrowska et al (2013), Lee et al (2012), Ebersberger et al (2012), Gianiodis et al (2010) Ades et al (2013) Wynarczyk (2013). Quadro 3.5- Definição de Couple COUPLE Definição Referência Centra-se na combinação dos Arcese et al (2015), Wikhamn processos de fora para dentro e (2013), Dąbrowska et al (2013), de dentro para fora, trabalhando Lee et al (2012), Ebersberger et com parceiros complementares al (2012), Gianiodis et al (2010) através de alianças, cooperação e joint ventures. Partilha de recursos entre os Ades et al (2013) parceiros. Combinação do "processo de Wynarczyk (2013). 36.

(37) fora para dentro" (a fonte de conhecimento externo e tecnologia) com o "processo de dentro para fora" (trazendo ideias inovadoras para o mercado) e, ao fazê-lo, desenvolver e comercializar a inovação em conjunto.. Para cada arquétipo, Gassmann e Enkel (2004) identificaram as principais características (Quadro 3.6) de empresas que usam esses. processos como parte. estratégica da inovação aberta, assim como as práticas usadas, além de destacar a importância dos processos básicos necessários (arquétipos) para seguir com sucesso uma estratégia de inovação aberta de acordo com características e capacidades das empresas.. Processo. Outside-in. Inside-out. Couple. Quadro 3.6 - Principais Características dos Processos Característica Prática Indústria de baixa tecnologia; Integração do fornecedor; Agem como agentes de Cliente no co-desenvolvimento; conhecimento e/ou criadores de Fornecimento e integração do conhecimento; conhecimento externo; Produtos altamente modulares; Licenciamento e compra de patentes. Alta intensidade de conhecimento. Empresa voltada para a pesquisa; Levar ideias para o mercado; Objetivo de diminuir os custos Out-licensing e/ou venda de fixos de pesquisa e propriedade intelectual; desenvolvimento. Multiplicar tecnologia por meio de diferentes aplicações. Definição de normas; Combinação dos processos Inside-out e Retornos crescentes; Outside-in; Aliança com parceiros Integrar o conhecimento e as complementares; competências externas e externalização Produtos complementares; dos próprios conhecimentos e Visão relacional da empresa. competências. Fonte: Gassmann e Enkel (2004). 3.3. PERSPECTIVAS PASSADAS, PRESENTES E FUTURAS DA OPEN INNOVATION Open Innovation é um fenômeno que tem se tornado cada vez mais importante no contexto acadêmico e empresarial (FICHTER, 2009; PARIDA et al. 2009) e por esse motivo estudos referentes a essa temática tem sido desenvolvidos a fim de entender e identificar componentes essenciais para adotar e gerir esse modelo. Alguns estudos teóricos apresentam tendências e direcionamentos para potenciais pesquisas futuras com base na literatura sobre open innovation. 37.

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