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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação : abordagem dinâmica e cinemática

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Academic year: 2021

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(1)Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação Abordagem dinâmica e cinemática. Dissertação. apresentada. com. vista. à. obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, especialização na área de Treino de Alto Rendimento Desportivo, ao abrigo do Decreto-Lei 216/92 de 13 de Outubro.. Orientador: Prof. Doutor João Paulo Vilas-Boas. Catarina Teixeira Esteves Guimarães Porto Novembro 2006.

(2) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Esteves, C. (2006). Análise Biomecânica de cinco técnicas de partidas de estafetas – Análise dinâmica e cinemática. Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, especialização na área de Treino de Alto Rendimento Desportivo. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Palavras-chave: Natação, partidas de estafetas, dinamometria..

(3) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. À minha mãe, meu pai, minhas irmãs e meus avós….

(4) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática.

(5) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Agradecimentos. Agradeço muito sinceramente todos aqueles que ao longo de todo este percurso, me motivaram e apoiaram, na realização deste trabalho. Não podendo, no entanto, deixar de destacar: •. O Prof. Doutor João Paulo Vilas Boas, orientador deste trabalho, que pela forma como me apoiou fez-me sempre buscar o rigor e a qualidade na execução deste trabalho.. •. Os Engenheiros, Prof. Doutor Leandro Machado e Doutor Pedro Gonçalves, pela permanente disponibilidade para ajudar e colaborar no decorrer da execução deste trabalho.. •. Os nadadores que constituíram a nossa amostra, factor preponderante para a execução deste trabalho, pela disponibilidade e empenho que demonstraram na recolha de dados.. •. Aos. professores. e. colaboradores. do. gabinete. de. Natação. e. Biomecânica, pela amizade e paciência que tiveram comigo nestes longos dois anos. •. Ao Prof. Doutor Ricardo Fernandes e a Mestre Susana Soares, sempre me ajudando na construção deste trabalho. Imensa admiração e carinho por vocês.. •. A Mestre Suzana Pereira que sempre esteve presente nos momentos de alegria e me ajudando nos momentos de tristeza que acompanharam ao longo deste mestrado.. •. A Mestre Filipa pela constante ajuda em momentos decisivos da conclusão do trabalho.. •. Ao Prof. Doutor Rui Garganta pela grande ajuda, inesperada, na fase de conclusão deste trabalho.. •. A minha grande amiga e madrinha Lilia Braga Maia, especial agradecimento pela constante ajuda e companheirismo ao longo desses dois anos..

(6) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. •. Os sinceros amigos Carmen, Aline, Luciano, Rita e Sónia.. •. Aos amigos Marta Marinha e Costa, por terem disponibilizado seus finsde-semana, me ajudando na conclusão deste trabalho.. •. Ao Mike e a toda equipa do Stressout pelas aulas de substituições de natação que tiveram que ministrar, devido à minha ausência no trabalho.. •. Ao meu sogro não só pela ajuda na impressão final do manuscrito, mas pelo carinho pelo qual me acolhe.. •. A minha sogra pela compreensão da minha indisponibilidade doméstica, sempre me ajudando em todas as horas.. •. A avó Lucinda pelo ânimo e coragem que sempre me transmitiu.. •. Aos meus pais e irmãs que mesmo de tão longe sempre conseguiram dar-me todo o apoio e carinho que necessitava.. A todos aqueles que, a minha memória me atraiçoa, e que de uma forma ou de outra, me ajudaram a realizar este trabalho, o meu muito obrigada..

(7) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Índice Geral Índice Geral ........................................................................................................... I Índice de figuras ...................................................................................................V Índice de quadros................................................................................................XI Resumo ............................................................................................................ XIX Abstract ............................................................................................................ XIX Abreviaturas e símbolos..................................................................................XXV 1. Introdução......................................................................................................... 1 2. Revisão de literatura ........................................................................................ 5 2.1 História da Natação........................................................................................ 5 2.2 A Natação enquanto prática desportiva......................................................... 5 2.3 Importância da partida para provas de natação ............................................ 6 2.4 Partidas .......................................................................................................... 9 2.4.1 Tipos de Partidas para provas individuais ventrais ............................. 9 2.4.1.1 Partida convencional ................................................................... 10 2.4.1.2 Grab start (GS)............................................................................ 11 2.4.1.3 Track Start (TS)........................................................................... 14 2.4.2 Outras técnicas de partida individuais ventrais ................................. 16 2.4.2.1 Partida engrupada suspensa com as mãos a agarrar a parte lateral do bloco ........................................................................................ 16 2.4.2.2 Partida mista engrupada com uma mão agarrada ao bloco....... 17 2.4.2.3 Variantes na fase de impulsão e fase de voo ............................. 17 2.4.3 Tipos de partidas para provas de estafetas ...................................... 18 2.4.3.1 Tipos de partidas de estafetas exclusivas para o segundo, terceiro e quarto percursos. .................................................................... 19 2.4.3.1.1 Partida tradicional de estafetas (PT)........................................ 19 2.4.3.1.2 Single Step Forward (SSF) ...................................................... 20 2.4.3.1.3 Single Step Track (SST) .......................................................... 21 2.4.3.1.4 Double Step (DS) ..................................................................... 21 2.4.4 Partida para provas de costas ........................................................... 22. ______________________________________________________________________ I.

(8) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 2.5 Estado actual do conhecimento acerca das diferentes técnicas de partidas........................................................................................................ 24 2.5.1 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para provas individuais ventrais.......................................................................... 24 2.5.2 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para provas de estafetas..................................................................................... 29 3. Parte experimental ......................................................................................... 31 3.1 Objectivos e Hipóteses ................................................................................ 31 3.1.1 Hipóteses ........................................................................................... 31 3.2 Material e métodos....................................................................................... 32 3.2.1 Caracterização da amostra................................................................ 32 3.2.2 Procedimentos de recolha de dados ................................................. 33 3.2.3 Protocolo de avaliação....................................................................... 34 3.2.4 Parâmetros de avaliação Biomecânica ............................................. 35 3.2.4.1 Instrumentos de Medida.............................................................. 35 3.2.4.1.1 Dinamometria ........................................................................... 36 3.2.4.1.2 Cinemetria ................................................................................ 37 3.2.4.2 Sincronização entre plataforma e o vídeo .................................. 40 3.2.4.3 Análise das curvas ...................................................................... 40 3.3 Factores que determinam a avaliação da técnica de partida ...................... 42 3.4 Definição de variáveis .................................................................................. 43 3.4.1 Variáveis dependentes ...................................................................... 43 3.5 Tratamento Estatístico ................................................................................. 45 4. Apresentação dos resultados......................................................................... 47 4.1 Análise Temporal ......................................................................................... 51 4.2 Variáveis cinemétricas ................................................................................. 65 5. Discussão dos resultados .............................................................................. 73 5.1 Análise das curvas F(t) ................................................................................ 73 5.2 Fase de bloco............................................................................................... 74 5.3 Fase de Voo ................................................................................................. 78 5.4 Entrada na água........................................................................................... 80 6. Conclusão....................................................................................................... 83 ______________________________________________________________________ II.

(9) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 7. Bibliografia...................................................................................................... 85 8. Anexos............................................................................................................ 93. ______________________________________________________________________ III.

(10) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ IV.

(11) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Índice de figuras Figura 1.. Tipos de técnicas de partida para provas de estafetas em natação estudadas: A) Grab start (GS); B) Partida tradicional (PT); C) Single step forward (SSF); D) Single step track (SST); E) Double step (DS). 03. Figura 2.. Partida tradicional (adaptado de McLean et al., 2000).. 19. Figura 3.. Single step forward (adaptado de McLean et al., 2000).. 21. Figura 4.. Single step track (adaptado de McLean et al., 2000).. 21. Figura 5.. Double step (adaptado de McLean et al., 2000).. 22. Figura 6.. Esquema da recolha de dados (1- sistema de aquisição de dados; 2- bloco de partida instrumentado; 3- câmara digital DCR-HC42E aos 10,7m; 4 - câmara digital DCR-HC42E aos 12,28m). 35. Figura 7:. Bloco de partida instrumentado (Plataforma de forças Bertec 4060-15 com revestimento plásticos + suporte metálico com 10º de inclinação). 36. Figura 8.. Curva média e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, da grab start, de um nadador da amostra, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 47. ______________________________________________________________________ V.

(12) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Figura 9. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida grab start, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 48. Figura 10. Curvas médias e desvio padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, da partida tradicional, dos 10 nadadores da amostra, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 48. Figura 11.. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida single step forward, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 49. Figura 12.. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida single step track, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 49. Figura 13.. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida double step, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 50. ______________________________________________________________________ VI.

(13) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Figura 14.. Curvas típicas das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, das partidas estudadas: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track (SST); (5) Double step (DS), obtidas pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado. 50. Figura 15.. Valores médios e desvios padrão do tempo de rendição, para sexo feminino e masculino e amostra geral, nos cinco tipos de técnicas de partida de estafetas: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 54. Figura 16.. Valores médios do tempo de partida no sexo feminino e masculino e amostra geral, nos cinco tipos de técnicas de partida de estafetas: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 54. Figura 17.. Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partidas, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 57. ______________________________________________________________________ VII.

(14) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Figura 18.. Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partidas, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 59. Figura 19.. Valores médios e respectivos desvios padrão da potência total para os cinco tipos de técnicas de rendição em natação, para o género feminino e masculino e amostra geral: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 61. Figura 20.. Valores médios e respectivos desvios padrão de Fx, Fz e Ftotal para os cinco tipos de técnicas de rendição em natação, para o sexo feminino: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 63. Figura 21.. Valores médios e respectivos desvios padrão de Fx, Fz e Ftotal para os cinco tipos de técnicas de rendição em natação, para o sexo masculino: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 64. ______________________________________________________________________ VIII.

(15) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Figura 22.. Valores médios e respectivos desvios padrão da velocidade de saída para os cinco tipos de técnicas de rendição em natação, para o género feminino e masculino e amostra geral: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 65. Figura 23.. Valores médios e respectivos desvios padrão do alcance do salto para os cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino e masculino e amostra geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). 67. ______________________________________________________________________ IX.

(16) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ X.

(17) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Índice de quadros. Quadro 1.. Distribuição das fases que compõem a partida.. Quadro 2.. Valores. médios. características. e. gerais. desvios-padrão caracterizadas. dos. 10. de. algumas. sujeitos. da. amostra. 32 Quadro 3.. Tipo de partida preferencial dos sujeitos da amostra em provas individuais e de estafetas. 33. Quadro 4.. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05;. (1). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. GS;. (2). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 52. ______________________________________________________________________ XI.

(18) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 5.. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05;. (1). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. GS;. (2). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 53 Quadro 6.. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de partida, para a amostra geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05;. (1). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. GS;. (2). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 55. ______________________________________________________________________ XII.

(19) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 7. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também. apresentados. os. resultados. da. ANOVA. nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (p< 0.05) da GS; PT;. (3). (2). (1). significativamente diferente. significativamente diferente (p< 0.05) da. significativamente diferente (p< 0.05) da SSF;. significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (4) (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 57 Quadro 8.. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (p< 0.05) da GS; PT;. (3). (2). (1). significativamente diferente. significativamente diferente (p< 0.05) da. significativamente diferente (p< 0.05) da SSF;. significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (4) (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 58. ______________________________________________________________________ XIII.

(20) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 9.. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para a amostra geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (p< 0.05) da GS; PT;. (3). (2). (1). significativamente diferente. significativamente diferente (p< 0.05) da. significativamente diferente (p< 0.05) da SSF;. significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (4) (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 60 Quadro 10. Média e respectivos desvios padrão dos valores da potência total obtidos dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino e geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05;. (1). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. GS;. (2). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 61. ______________________________________________________________________ XIV.

(21) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 11. Média e respectivos desvios padrão das forcas – horizontal, vertical e total – dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (p< 0.05) da GS; PT;. (3). (2). (1). significativamente diferente. significativamente diferente (p< 0.05) da. significativamente diferente (p< 0.05) da SSF;. significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (4) (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 62 Quadro 12. Média e respectivos desvios padrão das forcas – horizontal, vertical e total – dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (p< 0.05) da GS; PT;. (3). (2). (1). significativamente diferente. significativamente diferente (p< 0.05) da. significativamente diferente (p< 0.05) da SSF;. significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (4) (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 64. ______________________________________________________________________ XV.

(22) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 13. Média e respectivos desvios padrão da velocidade de saída dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino e masculino e amostra geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05;. (1). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. GS;. (2). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 66 Quadro 14. Média e respectivos desvios padrão do alcance do salto dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; da GS;. (2). (1). significativamente diferente (p< 0.05). significativamente diferente (p< 0.05) da PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 67. ______________________________________________________________________ XVI.

(23) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Figura 15.. Média e respectivos desvios padrão do alcance do salto dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; da GS;. (2). (1). significativamente diferente (p< 0.05). significativamente diferente (p< 0.05) da PT;. (3). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SSF;. (4). significativamente. diferente. (p<. 0.05). da. SST;. (5). significativamente diferente (p< 0.05) da DS. 68. ______________________________________________________________________ XVII.

(24) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ XVIII.

(25) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Resumo. Foi nosso objectivo com este trabalho realizar uma análise biomecânica comparativa de cinco tipos de técnicas de partida utilizadas em provas de estafetas em natação: (i) partida engrupada (grab start – GS); (ii) partida engrupada com balanço de braços (partida tradicional – PT); (iii) partida tradicional com adição de um passo (single step forward – SSF); (iv) partida tradicional com adição de um passo e saída track (single step track – SST); (v) partida tradicional com adição de dois passos (double step – DS). A amostra foi constituída por dez nadadores (cinco do sexo feminino e cinco do sexo masculino), da alta competição de Portugal, pertencentes às categorias juvenil, júnior e sénior. Cada nadador realizou os cinco tipos de técnicas três vezes, perfazendo um total de quinze partidas. Realizou-se uma análise cinemática bidimensional, com o uso de uma câmara de vídeo (50Hz) e uma plataforma de forças (500Hz). A PT foi a partida mais rápida no tempo de bloco para o feminino e para o masculino foi a GS. A DS para o feminino e a PT para o masculino foram as técnicas que permitiram ao nadador sair do bloco animado de uma velocidade superior. A SSF apresentou menor tempo de rendição em ambos os sexos. O tempo de voo foi maior na DS para o feminino e na SSF para o masculino. O tempo de bloco foi menor na PT para o feminino e na GS para o masculino. A PT no feminino e a DS para o masculino apresentaram maiores médias de força horizontal. A PT no feminino e a SST no masculino apresentaram maiores valores médios de força vertical. A PT apresentou maiores valores de potência média e impulso horizontal para ambos os sexos. A SST produziu maior impulso vertical em ambos os sexos. A SST para o feminino e a PT para o masculino apresentaram um maior alcance de salto. A SSF para o masculino e a PT para o sexo feminino são as partidas que proporcionam maiores vantagens, uma vez que apresentam menor tempo de partida. Palavras-chave: NATAÇÃO, PARTIDAS DE ESTAFETAS, DINAMOMETRIA.. ______________________________________________________________________ XIX.

(26) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ XX.

(27) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Abstract. The aim of this work was to do a comparative biomechanical analysis of five types of starting techniques in swimming relay races: (i) grab start (GS), (ii) grab start with the balance of the arms (traditional start – TS), (iii) traditional start with a single step forward (SSF), (iv) traditional start with a single step forward and track start (SST), (v) traditional start with a double step (DS). The sample comprised ten youth, junior and senior Portuguese swimmers (five females and five males) of high competitive level. Each swimmer performed the five technique types three times, performed a total of fifteen starts. It was done a bi dimensional cinematic analysis, with the use of a video camera (50Hz) and a strain gauge (500Hz). For female swimmers the TS was the fastest start in the block time and for male swimmers it was the GS. The techniques that allowed the swimmer to leave the block with a higher speed were the DS and the TS for female and for male, respectively. The SSF presented lower relief time in both genders. The fly time was superior in the DS for female and in the SSF for male. The block time was lower in the TS for female and in the GS for male. The TS for female and the DS for male presented higher mean values of horizontal strength. The TS for female and the SST for male presented higher mean values of vertical strength. The TS presented higher mean power values and horizontal impulse values for both genders. The SST produced higher vertical impulse in both genders. The SST for female and the TS for male presented higher start range. The SSF for the male and the PT for the female are the starts that provides to more advantages, a time that presents lower starting time.. Key words: swimming, relay starts, dynamometry.. ______________________________________________________________________ XXI.

(28) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ XXII.

(29) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Résumé Notre objectif, en réalisant ce travail a été de faire l’analyse biomécanique comparative de cinq techniques utilisées après le premier parcours d’épreuves de relais, en natation: (i) Départ groupé (DA); (ii) départ groupé avec balancement de bras (départ traditionnel - DT); (iii) départ traditionnel avec un pas (UPA - Un Pas Avant); (iv) départ traditionnel, un pas et sortie tracks (UPT Un Pas Track); (v) départ traditionnel avec deux pas (DP - Double Pas). L’échantillon a été composé par dix nageurs (cinq du genre féminin et cinq du genre masculin), de haute compétition au Portugal, appartenant aux classes juvénile, junior et senior. Chaque nageur a performé les cinq formes de départ trois. fois. ce. qui. totalise. quinze. essais.. Une. analyse. cinématique. bidimensionnelle a été effectuée avec l’aide d’une caméra vidéo (50Hz) ainssi qu’une analyse dynamométrique tridimensionnelle avec une plateforme de forces (500Hz). Le DT a été celui le plus rapide dans le temps de plot pour le genre féminin et le DA pour le masculin. Le DP pour le féminin et le DT pour le masculin ont été les techniques qui ont permis au nageur sortir du plot animé d’une vitesse supérieure. Le UPA a présenté le plus petit temps de reprise dans les deux genres. Le temps d´ envol a été le plus grand pour le DP pour les nageurs féminins et le UPA pour les masculins. Le temps de plot a été le plus petit dans le DT en ce qui concerne aux nageurs féminins et dans le DA pour les masculins. Le DT pour les nageurs féminins e le DP pour les masculins ont présenté les plus grandes valeurs moyennes de force horizontale. Le DT au féminin et le UPT au masculin ont présenté les plus grandes valeurs moyennes de force verticale. Le DT a présenté les plus grandes valeurs de puissance moyenne et élan horizontal pour les deux genres. Le UPT a produit le plus grand élan vertical pour les deux genres. Le UPT pour les nageurs féminins et le DT pour les masculins ont présenté le plus grand distance d’envol. Les SSF pour le mâle et les PT pour la femelle sont les débuts qui fournit à plus d'avantages, une période qui présente l'heure plus bas de départ. Mots clé: natation, départs de relais, dynamométrique. ______________________________________________________________________ XXIII.

(30) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. ______________________________________________________________________ XXIV.

(31) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Abreviaturas e símbolos. AME. Ângulo das mãos no momento em que o nadador toca na água. As. Alcance do salto. CM. Centro de gravidade. dp. Desvio padrão. DS. Double Step. Fx. Pico da componente daforça médio-lateral normalizada ao peso. Fy. Pico da componente da força antero-posterior normalizada ao peso. Fz. Pico da componente da força vertical normalizada ao peso. GS. Grab Start. Imptotal. Integral do somatório das três componentes forças. ImpX. Integral da força médio-lateral realizada no bloco em ordem ao tempo. ImpY. Integral da força horizontal realizada no bloco em ordem ao tempo. ImpZ. Integral da força vertical realizada no bloco em ordem ao tempo. m. Metros. m/s. Metros por segundo. Méd.. Média. ______________________________________________________________________ XXV.

(32) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. MI. Membros inferiores. MS. Membros superiores. NPD. Natação Pura Desportiva. PT. Partida tradicional. s. Segundos. SSf. Single step forward. SSt. Single step track. T0. Tempo decorrido desde o instante do início do desequilíbrio do nadador, até o momento que deixa a plataforma. T1. Tempo de voo. T2. Tempo decorrido desde o instante que o nadador deixa a plataforma até a entrada na água pelas mãos. T3. Tempo decorrido desde o instante que o nadador toca na água pelas mãos até os pés entrarem completamente na água. T4. Tempo decorrido desde o instante que o nadador é rendido até o momento em que executa o mergulho completo. Timp. Tempo decorrido desde o instante que o nadador inicia a impulsão até o momento que deixa a plataforma. Tr. Tempo decorrido desde o instante que é accionado o sincronizador até o nadador perder o contacto com a plataforma. Vsaida. Velocidade de saída. ______________________________________________________________________ XXVI.

(33) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 1. Introdução. A Natação Pura Desportiva (NPD) chegou a um estágio de desenvolvimento no qual a vitória ou a quebra de recordes depende de diferenças muito pequenas: décimos a centésimos de segundo. Actualmente, devido ao alto nível dos praticantes de natação e diante da grande importância que uma boa partida pode apresentar, estudos buscam respostas acerca de qual delas seria a mais proveitosa para os desportistas. Apesar de ser uma acção que os nadadores executam num curto período de tempo, a partida não deixa de ser de grande importância no desenrolar da prova e, consequentemente, no resultado final, pois pode representar 10% para provas de 50 metros e 5% em provas de 100 metros, ocasionando, na média, uma melhora da técnica de partida que pode vir a reduzir os tempos das provas em, pelo menos, 0,1s (Maglischo, 2003). O objectivo da partida é impulsionar o nadador para a frente, a partir da extremidade da piscina, o mais rapidamente possível. O voo deve ser por maior tempo, pois imediatamente depois do nadador entrar na água as forças de arrasto são enfrentadas e estas diminuem sua velocidade (Maglischo, 2003). Para as prova de estafetas, a partida pode representar uma vantagem de 0,60 a 1,00 segundo. Consequentemente, três nadadores que apresentem uma boa partida na estafeta, poderiam nadar, num momento, 2 a 3 segundos mais rapidamente do que a soma de seus melhores tempos de provas individuais. As boas partidas de estafetas são frequentemente, também, o factor decisivo na disputa pela vitória (Maglischo, 2003). Desta maneira, seria prudente ao nadador dedicar-se a prática das partidas durante parte do seu treinamento, ao contrário do que se observa nos dias de hoje, onde os nadadores gastam pouco tempo aperfeiçoando as técnicas de partidas. Nas provas individuais para nado ventral, a grab start (GS) é o tipo de técnica de partida mais utilizado pelos nadadores internacionais (Vilas-Boas et al., ______________________________________________________________________ 1.

(34) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 2001).. Breed and McElroy (2000) e Esteves et al. (2006), afirmam que a. conventional start (CS) é actualmente o tipo de partida mais utilizado em provas de estafetas nos segundos, terceiros e quartos percursos. Entretanto, três novos tipos de técnicas surgiram, são tipos de técnicas de partidas de estafetas que consistem na adição de um passo - single step track (SST) e single step forward (SSF) – e na adição de dois passos : double step (DS). A partida aqui mencionada por CS, por nós foi referida como partida tradicional de estafetas (PT). Esteves et al. (2006), num estudo epidemiológico com base na análise das imagens oficiais de vídeo da FINA das séries finais do Campeonato do Mundo de 2005, Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Campeonato do Mundo de Barcelona 2003 realizaram um estudo cuja finalidade era verificar o tipo de partida de estafetas mais utilizado pelos nadadores da elite mundial nos segundos, terceiros e quartos percursos, para cada sexo, bem como verificar a ocorrência dos tipos de partidas por classificação geral (Esteves et al. 2006). Os tipos de técnicas de rendição foram classificados como: grab start (GS), track start (TS), conventional start (CS), single step track (SST), single step forward (SSF) e double step (DS). Foram analisadas um total de 219 partidas, 120 para o feminino e 99 para o masculino. De todas as partidas analisadas, observou-se que a CS é utilizada por 51,1% dos nadadores. Observou-se também que 39% dos nadadores que ocuparam os primeiros lugares, 1º, 2º e 3º, utilizaram os tipos de partida com adição de passos (SSF, SST e DS). Contrastando com o grupo que classificou-se entre o 4º e 8º lugar, onde apenas 11,3% optou pela partidas com passo(s). O interesse por este tema de pesquisa surgiu a partir da intenção de analisar a acção de adicionar passo(s) à PT, uma vez que pouco se sabe sobre os efeitos desta acção sobre a performance de partida dos nadadores. Neste trabalho, utilizando variáveis cinemétricas e dinamométricas, propomonos analisar e comparar as cinco técnicas de rendição em natação: grab start. ______________________________________________________________________ 2.

(35) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. (GS), partida tradicional (PT), single step track (SST), single step forward (SSF) e double step (DS). A Figura 1 ilustra os cinco tipos de partidas analisadas em nosso estudo: A). B). C). D). E). Figura 1: Tipos de técnicas de partida para provas de estafetas em natação estudadas: A) Grab start (GS); B) Partida tradicional (PT); C) Single step forward (SSF); D) Single step track (SST); E) Double step (DS).. A) Partida engrupada com os pés paralelos (Grab Start – GS); B) Partida engrupada com balanço de braços (Partida Tradicional – PT); C) Partida tradicional com adição de um passo (Single Step Forward – SSF); D) Partida tradicional com adição de um passo e saída track (Single Step Track – SST); E) Partida tradicional com adição de dois passos (Double Step – DS).. ______________________________________________________________________ 3.

(36) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Inicialmente, com a Revisão de literatura, tentaremos abordar a história da natação, a natação enquanto prática desportiva, bem como referir a importância e tipos de técnicas de partidas para provas individuais e de estafetas na natação competitiva. Posteriormente iremos rever os estudos realizados acerca das técnicas de partida. No capítulo sobre a Parte experimental iremos caracterizar a amostra,. e. descrever o protocolo experimental e os parâmetros de avaliação Biomecânica, mencionar nossa variáveis dependentes, bem como o tratamento estatístico dos dados. De seguida, apresentaremos e discutiremos os resultados obtidos, analisando todas as variáveis estudadas. Terminaremos com as Conclusões finais do estudo, bem como algumas recomendações para a prática, antes de enunciarmos as referências bibliográficas de literatura utilizada.. ______________________________________________________________________ 4.

(37) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 2. Revisão de literatura 2.1 História da Natação O acto de nadar pode ser considerado uma das habilidades motoras que podem ter ajudado o homem na sua luta evolutiva. Com uma forte capacidade adaptativa o homem pode ter aprendido através de observação de outra espécie, ou por dificuldades expostas pelos fenómenos naturais (Fossas, 1970). Acção de propulsão e auto-sustentação na água, que o homem aprendeu por instinto ou observando os animais, a natação é um dos exercícios físicos mais completos, a ponto de exercer o simples divertimento ou a prática desportiva, pode ser utilizada como finalidade terapêutica na recuperação de atrofias musculares, devido à redução do efeito gravitacional. A natação é popular desde a Grécia e Roma antigas, onde fazia parte do treinamento dos soldados do império. Platão (428-7 a.C. a 348-7 a.C.) afirmava que quem não sabia nadar não era educado. Durante muitos séculos, entretanto, a natação teve o seu desenvolvimento prejudicado pela ideia de que ajudava a disseminar epidemias (Fossas, 1970). A natação competitiva contemporânea fixou os quatro estilos, criou regras para cada um, organizou-se campeonatos e torneios, sendo a mais importante, os Jogos Olímpicos, de quatro em quatro anos.. 2.2 A Natação enquanto prática desportiva A Federacion Internacional de Natacion Amateur – FINA – órgão máximo da Natação mundial, foi fundada em 19 de julho de 1908, em Londres (FINA, 2005-2009). Cabe à FINA, dentre suas muitas atribuições, uniformizar as regras para a realização de competições de Natação.. ______________________________________________________________________ 5.

(38) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. A Natação Pura Desportiva (NPD), é uma modalidade onde o tempo delibera tudo. É o cronómetro quem determina o resultado final, uma vez que cada nadador tenta realizar a sua prova, cumprindo o regulamento, no menor intervalo de tempo possível. Tudo é treinado, melhorado e desenvolvido com o objectivo de diminuir o tempo necessário para percorrer uma determinada distância. Este é o objectivo perseguido quer pelos nadadores e treinadores, quer pelos investigadores, que procuram as condições necessárias para conseguir este objectivo (Cruz, 2000). Cada prova de NPD é constituída por quatro fases distintas: a partida, o nado propriamente dito, a viragem e a chegada. As provas de 50m em piscinas de 50m são as únicas que não incluem as viragens. Quando se analisa o tempo total das diferentes provas, a percentagem do tempo despendido em cada uma das fases é alterada, principalmente, com a distância da prova. Qualquer destes tempos é determinado por um conjunto complexo de factores determinantes do rendimento do nadador, no quadro dos quais a técnica de execução desempenha um papel de grande relevância (Fernandes et al., 2001) Os tempos de partida, de chegada e de viragem, ocupam uma parcela inferior relativamente ao tempo de nado propriamente dito. Todavia, devem ser factores a ter em consideração, especialmente em provas mais curtas (Hay, 1986). Para este trabalho é de especial importância o tempo de partida, razão pela qual não faremos uma análise detalhada das outras componentes.. 2.3 Importância da partida para provas de natação Apesar de ser uma acção que os nadadores executam num espaço curto de tempo, a partida não deixa de ser de grande importância no desenrolar da prova e, consequentemente, no resultado final, pois pode representar 10% tempo total de prova para provas de 50 metros e 5% em provas de 100 metros. Portanto, uma boa partida na estafeta poderá ser, e frequentemente é, o factor decisivo na disputa pela vitória (Maglischo, 2003). Segundo Hay (1986), a. ______________________________________________________________________ 6.

(39) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. percentagem do tempo total utilizado na partida varia entre 11% para as distancias de 50 jardas (45.72m), e menos de 0.5% para as distancias de 1000 jardas (914.4m). O facto é que a partida pode ser a parte mais pequena de uma prova. No entanto, é parte fundamental na determinação do resultado, que não pode ser negligenciada. Treinadores, atletas e cientistas de desporto devem trabalhar conjuntamente para descobrir a partida ideal, particularmente quando as competições podem ser ganhas ou perdidas por fracções de segundos. Todavia, verifica-se constantemente que preciosos décimos de segundo têm sido perdidos devido à realização incorrecta da partida (Machado, 1995). Tendo em vista esta afirmação, ao longo dos tempos diversos autores (Zatsiorsky et al., 1979; Pearson et al., 1998; Arellano et al., 2000; Breed and McElroy, 2000; Breed e Young, 2003) corrobam a ideia de que uma pequena melhoria na duração da partida pode ser uma vantagem para muito nadadores de elite, uma vez que centésimos de segundo podem estabelecer a diferença entre dois nadadores numa prova, especialmente em curtas distâncias, onde usualmente existem capacidades muito semelhantes. Uma óptima partida em natação deve ser uma preocupação constante. Deste modo, a técnica de partida deve ser treinada para ser melhorada. Mas, o treino tem um efeito diferente em cada uma das partidas, uma vez que as várias técnicas possuem mecanismos diferenciados de acção (Breed e Young, 2003). Segundo Maglischo (2003), independente do tipo de partida, são requisitos básicos para uma boa largada: •. Capacidade de reacção;. •. Capacidade de gerar uma potência máxima;. •. Conhecimento e apreciação da mecânica adequada do corpo, juntamente com a capacidade de praticá-la;. ______________________________________________________________________ 7.

(40) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. •. Compreensão dos princípios gerais de hidrodinâmica relacionados aos movimentos na água.. Neste cenário, Schnabel e Küchler (1998), indicam que é necessário realizar as seguintes componentes com alto nível de modo a alcançar performances elevadas durante a partida: •. Performance óptima de saída (aumento da componente horizontal na velocidade de saída);. •. Diminuição das forças de arrasto durante a entrada;. •. Aumento da eficiência propulsiva durante a fase de transição (movimentos subaquáticos).. A partida marca o início de todas as provas, podendo estas, de uma forma geral, ser consideradas de dois tipos: para o nado ventral, iniciada desde a superfície superior do bloco e para o nado dorsal, realizam-se já na água, apoiando as mãos nas pegas dos blocos e os pés na parede testa da piscina. Para além desta classificação, pode ainda subdividir-se as partidas para provas de nado ventral em partidas para provas individuais e de primeiro percurso de estafetas de estilo livre e em partidas para segundo, terceiro e quarto percurso de estafetas. Esta última distinção justifica-se pela diferenciação do tipo de estímulo de partida e da sua previsibilidade: no primeiro caso o estímulo de partida é sonoro e não pode ser satisfatoriamente previsto pelo nadador, enquanto que, no segundo caso, o estímulo é visual e o nadador pode prever, com. suficiente. segurança,. através. da. apreciação. da. velocidade. de. aproximação do nadador que irá render, o momento em que pode partir (Fernandes et al., 1999).. ______________________________________________________________________ 8.

(41) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. 2.4 Partidas 2.4.1 Tipos de Partidas para provas individuais ventrais Sobre os procedimentos de partida para as provas de nado Livre, as Regras da FINA (2005-2009) actualmente estabelecem que: no apito longo do árbitro, os competidores devem subir no bloco de partida, ali permanecendo. Ao comando do juiz de partida “aos seus lugares”, eles devem imediatamente tomar posição de partida com pelo menos um dos pés na parte dianteira do bloco de partida. A posição das mãos não é relevante. Quando todos os competidores estiverem imóveis, o juiz de partida deve dar o sinal de partida (SW 4.1). As técnicas de partida diferem principalmente na forma como os nadadores ocupam a posição inicial, como ocorre a impulsão do bloco de partida, a fase de voo e a entrada do nadador na água, bem como o corpo se movimenta no reinicio do nado. Desta forma podemos caracterizar tecnicamente as partidas em quatro fases distintas: posição inicial, impulsão, fase aérea, fase subaquática e reinicio de nado. No Quadro 1, podemos verificar a distribuição das fases que compõem a partida, segundo diferentes autores. Para o nosso trabalho optamos por caracterizar a fase de bloco, fase de voo fase de entrada do nadador, tendo em consideração que abordaremos com profundidade as técnicas de partidas de estafetas. Ao longo dos anos, diversos estilos de partida têm sido desenvolvidos e investigados de modo a avaliar a sua eficiência (Zatsiorsky et a.l, 1979). Referiremos de seguida a execução técnica da partida convencional (PC), grab start (GS), track start (TS) e de outras nomeadamente partida mista; engrupada com uma mão agarrada ao bloco (One Handed Grab Start), partida engrupada suspensa com as mãos a agarrar a parte lateral do bloco (Tuck start) e a variante handle start, bem como variantes na técnica de impulsão (Volkov) e na técnica de voo (Otto).. ______________________________________________________________________ 9.

(42) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Quadro 1. Distribuição das fases que compõem a partida. Autor HAY (1986) NAVARRO (1985). HALJAND (1998). MAGLISCHO (1999). SILVA et al (2005). Fases da partida Tempo no bloco Tempo de vôo Tempo de deslize Reação e preflexão Impulso Vôo Entrada e deslize Batimento subaquático de MI Emersão Nado Posição preparatória Impulso no bloco Vôo Entrada Deslize Saída para o nado Fase de suporte/bloco Fase de Impulso Fase de trajectória aérea Fase de entrada e de deslize. 2.4.1.1 Partida convencional Segundo Navarro et al. (1990), até o final dos anos 60, a técnica de partida utilizada pela generalidade dos nadadores era a que actualmente se designa por partida convencional ou por partida tradicional. Neste tipo de partida, na posição inicial, os pés estão paralelos apoiados na extremidade anterior do bloco de partida e com distância aproximada à largura dos ombros e os joelhos flectidos. Dedos dos pés flectidos, acompanhando o bordo anterior do bloco. De início, os membros superiores (MS) ficavam estendidos em flexão atrás, e uma leve flexão do tronco à frente. A cabeça é colocada numa posição com o olhar dirigido para frente e para baixo. As mãos ficam livres, não se apoiando no bloco de partida. No momento de partida, o desequilíbrio é conseguido por um forte movimento de braços, onde o nadador balança-os em extensão de trás para a frente. Desequilibrando o corpo numa vigorosa extensão dos MI, ocorrendo a perda de contacto com o bloco e o ______________________________________________________________________ 10.

(43) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. início da fase de voo. O tronco desloca-se para a frente e o impulso proporcionado pela extensão dos MI, para a frente e para cima é, nesta técnica, reforçado por uma transferência de momento dos MS para a totalidade do corpo quando o movimento de balanço dos membros inferiores é bloqueado, introduzindo assim um impulso adicional à partida (Navarro et al., 1990). Como forma de tornar a PC mais rápida, os nadadores realizavam a partida com os MS estendidos à frente, e no momento da partida realizavam um movimento de retropulsão dos MS, seguindo uma trajectória semicircular dos mesmos. Depois deste movimento atingir o seu limite, as restantes acções realizadas durante a fase inicial são idênticas às descritas anteriormente. Outra variante na acção desenvolvida pelo nadador durante a fase inicial da PC seria um movimento circular dos MS. A posição inicial continuava a mesma, a única mudança seria na introdução do movimento de circundunção dos MS, sendo iniciado por uma antepulsão, na fase inicial da partida. Neste tipo de partida os MS não participam significativamente na acção de desequilíbrio do corpo à frente, contudo permitem uma previsível acentuação da transferencia de momento dos MS para o corpo quando ocorre o bloqueio da circundunção à frente devido ao mais elevado percurso de aceleração (Fernandes et al., 1999). Em 1967, Hanauer introduziu uma nova técnica de partida, surgindo assim a Grab start (Costil et al., 1994).. 2.4.1.2 Grab start (GS) Neste tipo de partida os pés estão paralelos apoiados na extremidade anterior do bloco de partida, e com distância aproximada à largura dos ombros. Para Maglischo (2003), esta posição dos MI permite um maior impulso do que seria conseguido se os pés estivessem mais afastados ou mais juntos do que a largura dos ombros.. ______________________________________________________________________ 11.

(44) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. A diferença entre a GS e a PC será a acção dos membros superiores, onde na PC não terão contacto com o bloco de partida, as mãos estarão suspensas e na GS o nadador irá agarrar a borda do bloco de partida (pega lateral ou frontal, e posicionadas ao lado ou entre os pés). Enquanto a pega interior permite um maior afastamento entre os pés, proporcionando uma melhor colocação segmentar para a extensão explosiva dos MI, a pega exterior permite uma melhor colocação segmentar para a extensão explosiva dos MI, a pega exterior permite uma acção desequilibradora inicial mais eficaz (Alves, 1986, citado em Cruz, 2000). Nenhuma posição se mostrou significativamente superior à outra no cômputo geral da partida (Maglischo, 2003). Como qualquer das pegas apresentou uma estabilidade e uma predisposição para os movimentos. seguintes. semelhantes,. a. escolha. tende. a. recair. nas. características individuais de cada nadador, na sua sensibilidade e preferência (Alves, 1986, citado em Cruz, 2000). Na posição inicial, é caracterizada por: pés apoiados na extremidade anterior do bloco de partida, afastados entre si aproximadamente à largura dos ombros; dedos dos pés flectidos, acompanhando o bordo anterior do bloco; Mi ligeiramente flectidos e grande flexão do tronco à frente; MS são colocados no prolongamento do tronco com o antebraço ligeiramente flectido sobre o braço e com as mãos apoiadas no bordo anterior do bloco e a cabeça entre os MS com olhar dirigido para os pés (Fernandes et. al. 1999). Dado o estímulo da saída, o nadador toma impulso sobre o bloco, primeiro por uma flexão dos MS e, depois de uma vigorosa extensão dos MS e MI, desequilibrando e projectando o corpo para à frente. Uma vez em desequilíbrio, o nadador deverá levantar a cabeça e fixar o olhar na parede testa, lançando os braços para frente em um movimento pendular, orientando-os para a área onde se espera que entrem na água, com os dedos e as mãos sobrepostas. Segundo Fernandes e Vilas-Boas (2001), as acções realizadas durante a fase de suporte poderão permitir a obtenção de parábolas diferenciadas, nomeadamente devido à variação da intensidade do impulso assim como do ______________________________________________________________________ 12.

(45) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Ângulo de saída, que posteriormente se vão repercutir em tempos de voo e ângulos de entrada distintos. Na GS existem duas variantes distintas relativamente ao voo: voo plano e voo em arco. Para o tipo de partida em arco (whole dive), o ângulo de saída dos pés e da anca em relação à horizontal, deve aproximar-se, segundo Maglischo (2003), dos 35º a 40º. Neste tipo de técnica, o CM do nadador desloca-se no ar, percorrendo uma trajectória parabólica, com o corpo estendido, flectindo pela cintura no momento em que o corpo passa pelo ponto mais elevado da trajectória aérea. Depois da flexão do tronco, os MI elevam-se para efectuar uma entrada mais hidrodinâmica possível (Costill et al., 1994). A maior vantagem da partida em arco segundo Maglischo (1993) é que os nadadores provocam menos arrasto no momento em que entram na águaem virtude de um maior ângulo de entrada e consequentemente conseguem ser mais rápidos na fase subaquática. Para o tipo de partida em voo plano (flat dive), os ângulos de saída e de entrada apresentam-se mais fechados, ocasionando um maior arrasto hidrodinâmico na entrada, pois o corpo do nadador contacta com a superfície da água em vários pontos ao mesmo tempo. Tem como consequência uma perda na velocidade durante o deslize bem como acarreta um percurso subaquático mais curto e menos profundo. Para qualquer uma das técnicas, a trajectória a percorrer pelo CM é naturalmente definida no bloco. Depois que o nadador deixa o bloco, qualquer acção segmentar não altera nem a velocidade horizontal, nem a distância, nem a trajectória a percorrer pelo CM. Logo em seguida a fase aérea acontece a entrada na água e preparação do inicio de nado, onde os nadadores tentam perder o menos possível da velocidade horizontal que adquiriram com a fase de impulsão, bem como ______________________________________________________________________ 13.

(46) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. minimizar a intensidade da força de arrasto oposta ao deslocamento do nadador. Os MS estão completamente estendidos e juntos, de preferência uma mão sobreposta a outra. A cabeça é colocada entre os MS. Os MI estão completamente estendidos e juntos. O ângulo de entrada em relação à superfície da água é aproximadamente de 30º a 40º (Maglischo, 2003, citando Beritzhoff, 1974). Durante o deslize, os MS continuam estendidos com as mãos sobrepostas umas às outras. A cabeça permanece orientada com a face para baixo entre os MS. Os MI estão unidos e estendidos. Os nadadores mantêm esta posição até se aproximarem da velocidade média de prova, iniciando de seguida o nado propriamente dito (Costill et al., 1994). Ainda durante a fase de deslize para provas individuais, excepto o nado de bruços e antes de alcançarem a velocidade de nado, os nadadores iniciam o batimento de pernas, mantendo a parte superior do corpo numa posição hidrodinâmica.. 2.4.1.3 Track Start (TS). Com o tempo foram surgindo algumas variantes da grab start, sempre na tentativa de tornar a partida mais rápida. Similar à GS surgiu a partida de atletismo ou track start (TS), induzida pelas alterações na colocação das mãos e dos pés (Ayalon et al., 1975; LaRue, 1985). Nesta técnica, o nadador, no momento da partida, assume uma posição semelhante à do corredor em provas de atletismo. A TS foi um tipo de técnica de partida que atraiu o interesse por parte de muitos nadadores e passou a ser rapidamente executada em competições internacionais.. ______________________________________________________________________ 14.

(47) Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática. Podem ser vistas, pelo menos, duas variantes da track start. Uma variante apresenta a massa corporal o mais atrás possível, projectando-se o CM numa posição recuada, relativamente ao bordo anterior do bloco (TST) e na outra variante, a massa corporal é colocada o mais à frente possível, relativamente ao bloco de partida e, logicamente, projectando assim o CM também numa posição mais avançado (TSF). Na posição inicial da TS, a cabeça está baixa e as mãos agarram o bloco tal como na grab start. O nadador apoia-se de forma a que o peso reflicta sobre os MI mais recuado (TST), ou naquele que esteja mais adiantado possível (TSF). Para iniciar a fase de impulsão, a perna que está localizada na parte de trás do bloco de partida será a de maior impulsão. O pé deverá estar ligeiramente voltado para fora com apoio plantar. O pé anterior, é colocado com seus dedos flexionados em torno do bordo do bloco a fim de garantir boa pegada. A perna da frente estará estendia e a de trás semiflexionada. Ao sinal de partida, o corpo desloca-se para a frente e para baixo juntamente com a acção dos MS, que é idêntica à descrita para a GS. Nesse momento, o nadador impulsiona-se, primeiro estendendo o MI de trás e, imediatamente depois, o MI da frente. Simultaneamente, os MS estendem-se para a frente, seguindo um trajecto semicircular orientando-os para a área onde se espera que entrem na água, com os dedos e as mãos sobrepostas (Cruz, 2000). Os braços servirão como parte fundamental para alcançar o equilíbrio no momento de saída, juntamente com a perna de trás. Inicia-se depois a fase de voo, onde o nadador se desloca numa trajectória aérea, geralmente, com um voo plano, sendo praticamente inviável a entrada na água por um só ponto. O nadador realiza uma ligeira flexão do tronco sobre a coxa durante o voo para poder conseguir um melhor ângulo de entrada. A entrada na água, deslize e reinicio da propulsão, são realizadas da mesma maneira que à descrita para a GS. Para este tipo de partida, uma vez que a entrada na água não é tão hidrodinâmica, pois o nadador não entra num ______________________________________________________________________ 15.

Referências

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