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Efeitos imediatos de instruções verbais na qualidade de movimento durante o teste do degrau lateral e correlação da avaliação visual com dados de cinemática, força e flexibilidade do membro inferior

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

RÔMULO LEMOS E SILVA

E

FEITOS

I

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SANTA CRUZ/RN 2019

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RÔMULO LEMOS E SILVA

EFEITOS IMEDIATOS DE INSTRUÇÕES VERBAIS NA QUALIDADE DE MOVIMENTO DURANTE O TESTE DO DEGRAU LATERAL ECORRELAÇÃO DA AVALIAÇÃO VISUAL

COM DADOS DE CINEMÁTICA,FORÇA E FLEXIBILIDADE DO MEMBRO INFERIOR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação.

Área de concentração: Ciências da

Reabilitação.

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Scattone da Silva

Co-orientador: Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro de Oliveira

SANTA CRUZ/RN 2019

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3

Este trabalho foi realizado com Apoio Financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES (Bolsa de Mestrado)

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Silva, Rômulo Lemos e.

Efeitos imediatos de instruções verbais na qualidade de movimento durante o teste do degrau lateral e correlação da avaliação visual com dados de cinemática, força e flexibilidade do membro inferior / Rômulo Lemos e Silva. - 2019.

85 f.: il.

Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) -Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi. Santa Cruz, RN, 2019.

Orientador: Rodrigo Scattone da Silva. Coorientador:Rodrigo Ribeiro de Oliveira.

1. Extremidade Inferior Dissertação. 2. Joelho

Dissertação. 3. Patelofemoral Dissertação. 4. Reabilitação -Dissertação. I. Silva, Rodrigo Scattone da. II. Oliveira, Rodrigo Ribeiro de. III. Título.

RN/UF/FACISA CDU 712.766

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA

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RÔMULO LEMOS E SILVA

EFEITOS IMEDIATOS DE INSTRUÇÕES VERBAIS NA QUALIDADE DE MOVIMENTO DURANTE O TESTE DO DEGRAU LATERAL ECORRELAÇÃO DA AVALIAÇÃO VISUAL

COM DADOS DE CINEMÁTICA,FORÇA E FLEXIBILIDADE DO MEMBRO INFERIOR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação.

Área de concentração: Ciências da

Reabilitação.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Presidente da banca: Prof. Dr. Rodrigo Scattone da Silva

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/FACISA)

_______________________________________________ Prof. Dr. Fábio Viadanna Serrão

Examinador externo - Instituição: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

_______________________________________________ Prof. Dr. Wouber Hérickson de Brito Vieira

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5 RESUMO

Introdução: Padrões anormais de movimento do membro inferior durante atividades

em cadeia cinética fechada parecem contribuir para a ocorrência de disfunções no joelho. O Teste do Degrau Lateral (TDL) consiste em um teste simples para avaliar padrões de movimento. Instruções verbais podem produzir melhoras imediatas em padrões de movimento em algumas tarefas funcionais; contudo, ainda não se sabe se estas instruções geram melhoras durante a realização do TDL. Objetivos: os objetivos dessa dissertação foram: 1) desenvolver uma revisão narrativa da literatura referente à avaliação de qualidade de movimento usando o TDL; 2) desenvolver um estudo experimental para observar o efeito imediato de uma intervenção de instruções verbais em medidas de qualidade de movimento e cinemática de tronco, pelve e membro inferior em mulheres sadias durante o TDL; assim como verificar se existe correlação entre força e flexibilidade do membro inferior com resultados do TDL e de cinemática tridimensional (3D). Métodos: Para o primeiro estudo, foi conduzida uma revisão de literatura em diferentes bases de dados por dois revisores independentes. No estudo experimental, 34 mulheres sadias realizaram o TDL, sendo avaliadas tanto de forma visual quanto por meio de análise cinemática 3D antes e após receberem instruções verbais para correção do movimento. Participantes foram divididas em Grupo de Movimento Bom (GB) e Grupo de Movimento Ruim (GR) de acordo com a pontuação no teste. Flexibilidade do membro inferior foi avaliada por meio do teste de avanço e do teste de rigidez passiva de rotadores externos do quadril. Força muscular de membro inferior foi avaliada por meio do dinamômetro manual. Instruções verbais englobaram comandos de correção de movimento de tronco, pelve, quadril e joelho. Resultados: O artigo de revisão narrativa identificou fatores confundidores na realização do TDL nos diferentes estudos, como altura do degrau e orientações dadas para a execução do teste. Foi verificado ainda que o TDL é considerado um teste clínico de simples execução com confiabilidade moderada (κ=0.59–0.81). Os resultados do estudo experimental mostraram que a qualidade de movimento durante o TDL apresenta correlação positiva com as variáveis cinemáticas de queda pélvica, adução e flexão de quadril. Instruções verbais resultaram em melhora na qualidade de movimento das voluntárias em geral, com o GB apresentando uma melhora na qualidade de movimento mais expressiva pós-intervenção do que o GR. Comparando os grupos, o GR apresentou maior queda pélvica, maior adução de quadril e menor flexão de quadril quando comparado ao GB. Observou-se também correlação entre teste de avanço e adução de quadril e entre o teste de rigidez passiva de quadril com movimento de rotação interna de quadril durante o TDL. Conclusão: O TDL tem confiabilidade adequada e deve ser padronizado para minimizar fatores confundidores. A avaliação visual do TDL apresentou correlação significativa com queda pélvica e adução de quadril na avaliação 3D em mulheres sadias. Diminuição da flexibilidade de tornozelo e aumento na flexibilidade do quadril apresentam relação com maiores movimentos do quadril no TDL. Instruções verbais geraram melhora imediata na qualidade de movimento do membro inferior em mulheres jovens durante o TDL.

(7)

6 ABSTRACT

Introduction: Abnormal lower limb movement patterns during closed kinetic chain

activities seem to contribute to the occurrence of knee injuries. The Lateral Step-Down test (LSD) is a simple test for the assessment of lower limb movement patterns. Verbal instructions may result in immediate improvements in movement patterns in certain functional activities; however, it remains unknown whether these instructions can cause these same improvements during the LSD. Objectives: the purposes of this dissertation were: 1) to conduct a narrative review regarding the assessment of quality of movement during the LSD, 2) to determine the immediate effects of a verbal instructions intervention in the quality of movement and trunk, pelvis and lower limb kinematics in healthy females during the LSD, 3) to verify possible associations between lower limb muscle strength and flexibility and the results of quality of movement and 3D kinematics during the LSD. Methods: For the first study, two independent reviewers conducted a literature review in different databases. For the experimental study, thirty-four healthy females performed the LSD and were assessed both visually and using a 3D kinematics analysis before and after receiving verbal instructions for movement correction. Participants were divided into Good Movement Group (GG) and Poor Movement Group (PG) according to their scores. Lower limb flexibility was measured using the Lunge Test and the assessment of passive hip stiffness. Muscle strength was measured using a handheld dynamometer. Verbal intervention included instructions aimed at improving the alignment of the trunk, pelvis, hip and knee during the LSD.

Results: The narrative review identified a few confounding factors in the included

studies that may interfere with the LSD results, such as step height and instructions given prior to the test. It was also found that the LSD is considered a simple test for clinical use, with moderate reliability (κ=0.59–0.81). Results from the experimental study showed that quality of movement during the LSD was positively correlated with kinematic measures of hip adduction, hip flexion and pelvic drop. Verbal instructions improved quality of movement of the volunteers in general, with the GG showing greater improvement in quality of movement after the instructions than the PG. In group comparisons, the PG presented greater pelvic drop, greater hip adduction and decreased hip flexion when compared to GG. Conclusions: The LSD has adequate reliability and should be standardized in order to minimize possible confounding factors. In the experimental investigation, the visual assessment of the LSD presented a significant association with pelvic drop and hip adduction during the 3D analysis in healthy females. Factors such as decreased ankle flexibility and increased hip flexibility are related to greater hip movements during the LSD. Verbal instructions caused an immediate improvement in lower limb quality of movement in healthy women during the LSD.

(8)

7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

ESTUDO 2: Efeito de Instruções Verbais na Qualidade de Movimento e Cinemática de Tronco, Pelve e Membro Inferior no Teste do Degrau Lateral

Figura 1 - Posicionamento dos sensores para a avaliação cinemática

tridimensional ... 52

Figura 2 - Participante durante o Teste do Degrau Lateral ... 54

Figura 3 - Posicionamento da barra de metal no momento após a instrução verbal.... ... 55

Figura 4 - Teste de rigidez passiva do quadril ... 56

Figura 5 - Teste do Avanço ... 57

Figura 6 - Teste de força de abdução de quadril ... 59

Figura 7 - Teste de força de extensão de quadril ... 59

Figura 8 - Teste de força de rotação externa de quadril ... 60

(9)

8 LISTA DE TABELAS

ESTUDO 1: Avaliação de Qualidade de Movimento Durante um Teste do Degrau Lateral: Revisão Narrativa

Tabela 1 - Características dos estudos incluindo indivíduos saudáveis ... 27 Tabela 2 - Características dos estudos incluindo indivíduos com lesões musculoesqueléticas ... 32

ESTUDO 2: Efeito de Instruções Verbais na Qualidade de Movimento e Cinemática de Tronco, Pelve e Membro Inferior no Teste do Degrau Lateral

Tabela 1 - Descrição dos critérios de avaliação de qualidade de movimento durante o Teste de Descida de Degrau Lateral... 54 Tabela 2 - Dados de qualidade de movimento e de pico da cinemática durante o Teste de Descida do Degrau Lateral de ambos os grupos (Média ± Desvio Padrão). ... 64 Tabela 3 - Resultados dos testes de flexibilidade e força muscular de ambos os grupos ... 66

(10)

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

3D Tridimensional

ANOVA Teste de Análise de Variância BMI Body Mass Index

DM Diferença Média EPM Erro Padrão da Medida

FACISA Faculdade de Ciências de Saúde do Trairi GB Grupo de Movimento Bom

GG Good Movement Group GR Grupo de Movimento Ruim IC Intervalo de Confiança

ICC Coeficiente de Correlação Intraclasse IMC Índice de Massa Corporal

Kg Quilograma

LCA Ligamento Cruzado Anterior LSD Lateral Step-Down Test M Metro

MD Mean Difference N Newton

PG Poor Movement Group

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TDL Teste do Degrau Lateral

(11)

10

SUMÁRIO

CONTEXTUALIZAÇÃO ... 11

REFERÊNCIAS ... 14

OBJETIVOS ... 18

ESTUDO 1: Avaliação de Qualidade de Movimento Durante um Teste do Degrau Lateral: Revisão Narrativa ... 19

Resumo ... 20 Abstract ... 21 Introdução ... 22 Materiais e Métodos ... 24 Resultados ... 25 Discussão ... 34 Conclusão ... 40 Relevância Clinica ... 40 Referências ... 41

ESTUDO 2: Efeito de Instruções Verbais na Qualidade de Movimento e Cinemática de Tronco, Pelve e Membro Inferior no Teste do Degrau Lateral ... 45

Resumo ... 46 Abstract ... 47 Introdução ... 48 Materiais e Métodos ... 50 Resultados ... 63 Discussão ... 67 Conclusão ... 72 Referências ... 73 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 80

ANEXO 1: Artigo de Revisão Aceito para Publicação ... 81

(12)

11

C

ONTEXTUALIZAÇÃO

Padrões anormais de movimento de membros inferiores durante atividades em cadeia cinética fechada, sendo elas atividades de vida diária ou de prática esportiva, parecem contribuir para a ocorrência de dor e lesões musculoesqueléticas (1,2). Movimentos tipicamente associados a lesões são movimentos excessivos do quadril e joelho nos planos frontal e transverso, levando ao colapso medial do membro inferior, também conhecido como valgo dinâmico do joelho (3). Diversas disfunções de joelho, principalmente em mulheres, estão diretamente associadas à ocorrência de valgo dinâmico de joelho, como a síndrome da dor patelofemoral (4-6), lesão de ligamento cruzado anterior (3,7,8) e a síndrome da banda iliotibial (9).

Considerando-se a influência de movimentos anormais dos membros inferiores na ocorrência de lesões de joelho, avaliações biomecânicas são importantes para identificar tais movimentos e, assim, embasar condutas de prevenção e reabilitação de lesões (10,11). Análise do movimento de forma tridimensional (3D) apresenta-se na literatura como a principal maneira de se identificar padrões anormais de movimento de membros inferiores. Porém, sua aplicabilidade clínica é limitada, considerando-se os altos custos dos equipamentos envolvidos em tais avaliações (2).

Uma alternativa simples para a condução de análise de padrões de movimento de membro inferior é o Teste do Degrau Lateral (TDL) (12). O TDL foi desenvolvido como uma ferramenta de fácil uso por profissionais em contexto clínico com o objetivo de permitir a avaliação da qualidade de movimento da extremidade inferior durante uma atividade funcional (12). Como seu nome sugere, o teste requer que os indivíduos realizem uma manobra de descida de degrau, baixando lateralmente o membro inferior de um degrau enquanto um examinador avalia o movimento em vista anterior e pontua a qualidade do movimento (12). O teste possibilita a identificação de possíveis padrões de movimento anormais, avaliando-se o comportamento do tronco, quadril e joelho durante a tarefa. Desde sua descrição inicial, o TDL vem sendo utilizado para avaliar a qualidade de movimento em pacientes com dor patelofemoral (2,12,13), após reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) (14) e pacientes com instabilidade crônica de tornozelo (15), assim como participantes saudáveis, tanto sedentários (10,16-20) quanto fisicamente ativos (21-23).

(13)

12

Na maioria dos estudos, o TDL é realizado de forma semelhante: os sujeitos são instruídos a posicionarem-se na borda de um degrau com o membro inferior a ser avaliado, a descer o membro contralateral até que o calcanhar toque o solo e a retornar assim à posição inicial. A tarefa é repetida cinco vezes e realizada em um ritmo escolhido pelo próprio indivíduo (12). Piva et al (12) sugeriram uma escala de pontuação do movimento pela avaliação visual de 7 pontos com objetivo de quantificar a qualidade de movimento durante o TDL. A qualidade de movimento dos indivíduos pode ser classificada como “ruim”, “moderada” ou “boa” com base no modo como realizaram o teste. Indivíduos recebem escores baseados em cinco critérios: estratégia de braço, movimento de tronco, alinhamento pélvico, movimento de joelho e manutenção de uma postura unipodal equilibrada (12). Outras classificações de qualidade de movimento foram sugeridas utilizando o TDL (10,22) e, recentemente, outros autores simplificaram a classificação original de Piva et al (12) de forma dicotômica, como qualidade “boa” ou “moderada” de movimento no TDL (2,16). Outros autores preferem classificar a qualidade de movimento como “pobre”, “razoável” ou “boa”, também usando o TDL, mas com critérios de classificação diferentes (10). Esta importante variabilidade em diferentes estudos dificulta a interpretação dos resultados de avaliação da qualidade de movimento durante o TDL.

Existem diversas vantagens para usar o TDL para avaliar a qualidade de movimento, sobretudo o fato de ser um teste rápido e fácil de realizar num contexto clínico. Entretanto, embora seja considerado um teste confiável (2,10,12,22), ainda existe muita informação conflitante entre a literatura a respeito dos detalhes do teste, como a altura do degrau e como a qualidade de movimento deve ser avaliada. Além disso, os estudos que procuraram verificar a concordância dessa avaliação clínica com avaliações 3D são escassos e observaram resultados conflitantes (20,21).

Acredita-se que fatores como reduzida força dos músculos do quadril e joelho (2,24), bem como reduzida flexibilidade do quadril e tornozelo (2,18,25) sejam fatores causadores de padrões de movimento ruins em tarefas funcionais, como a descida de degrau. Porém, a relação entre esses fatores e padrões anormais de movimento durante o TDL ainda não está bem esclarecida. Considerando-se que alguns estudos sugerem que indivíduos com maior força muscular nem sempre apresentam melhores padrões de movimento em tarefas funcionais (26,27), incluindo o TDL (28), a eficácia de outras intervenções, além de fortalecimentos, para melhora da qualidade do movimento deve ser investigada. Tem sido verificado que instruções verbais são capazes de produzir

(14)

13

melhoras imediatas nos padrões de movimento (27,29-31). É possível que padrões de movimento durante atividades funcionais sejam reflexo da escolha do indivíduo, não sendo, necessariamente, ditados pela força dos músculos do membro inferior (18,27). Porém, a literatura também carece de estudos avaliando se os padrões de movimento do membro inferior durante o TDL podem ser melhorados somente com instruções verbais, o que ressalta a necessidade de pesquisas no assunto.

(15)

14

R

EFERÊNCIAS

1. Powers C. The Influence of Abnormal Hip Mechanics on Knee Injury: A Biomechanical Perspective. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy. 2010;40(2):42-51.

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(16)

15

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16

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(18)

17

24. Clairborne A, Armstrong C, Gandhi V, Pincivero D. Relationship Between Hip and Knee Strength and Knee Valgus During a Single Leg Squat. Journal of Spplied Biomechanics. 2006;22(1):41-50.

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(19)

18

O

BJETIVOS

E

STUDO

1:

 Revisar, de forma crítica, a literatura existente sobre a avaliação da qualidade de movimento durante o Teste do Degrau Lateral (TDL).

 Fornecer um panorama sobre como o TDL vem sendo conduzido, descrevendo

possíveis fatores confundidores na aplicação/interpretação do teste e fatores associados com padrões de movimento alterados.

E

STUDO

2:

Determinar se uma breve intervenção de instruções verbais pode ocasionar em mudança nos padrões de movimento do tronco, pelve e membro inferior durante a realização do TDL em mulheres sadias;

Verificar se existem associações de variáveis de cinemática, flexibilidade e força muscular do membro inferior com a qualidade de movimento avaliada visualmente durante o TDL;

 Comparar a cinemática, força e flexibilidade muscular entre mulheres com diferentes qualidades de movimento avaliadas por meio do TDL.

(20)

19

E

STUDO

1

A

VALIAÇÃO DE

Q

UALIDADE DE

M

OVIMENTO

D

URANTE UM

T

ESTE DO

D

EGRAU

L

ATERAL

:

R

EVISÃO

N

ARRATIVA

RÔMULO LEMOS E SILVA,YAGO TAVARES PINHEIRO,CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS,

RODRIGO RIBEIRO DE OLIVEIRA,RODRIGO SCATTONE SILVA

Assessment of Quality of Movement During a Lateral Step-Down Test: Narrative Review.

Artigo publicado no periódico Journal of Bodywork & Movement Therapies (Qualis A2) –

(21)

20 RESUMO

Introdução: Padrões de movimento alterados em membro inferior durante atividades

em cadeia cinética fechada são descritos como fatores de risco para lesões de joelho. O teste do degrau lateral (TDL) foi desenvolvido como um instrumento simples e de fácil uso clínico para otimizar a avaliação da qualidade de movimento de extremidade inferior durante atividades funcionais. Contudo, ainda existem informações conflitantes na literatura sobre como o TDL deve ser realizado. Objetivo: realizar uma revisão crítica da literatura referente à avaliação de movimento usando o TDL para que se tenha um panorama sobre como este teste vem sendo utilizado para avaliar padrões de movimento, descrevendo fatores confundidores. Métodos: Uma revisão de literatura foi conduzida no PubMed/MEDLINE, COCHRANE, PEDro, SciELO e LILACS por dois revisores independentes. Resultados: Dezesseis artigos se adequaram aos critérios de inclusão. Um foi um estudo coorte prospectivo que identificou fatores de risco para lesões em recrutas militares. Os outros 15 foram estudos transversais envolvendo militares saudáveis, indivíduos fisicamente ativos, atletas e/ou sedentários, como também indivíduos com disfunções de joelho e tornozelo. Observou-se que qualidade de movimento ruim durante o TDL teve associação com déficits de força de rotação externa de quadril e de extensão de joelho, bem como com restrição de amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo. A confiabilidade do TDL foi descrita como moderada (κ=0.59–0.81). Conclusão: O TDL tem confiabilidade adequada e é uma ferramenta simples que pode ser utilizada para quantificar qualidade de movimento de extremidade inferior. Estudos futuros devem incluir métodos padronizados para aplicação, pontuação e interpretação do teste, a fim que os fatores confundidores sejam minimizados.

(22)

21 ABSTRACT

Introduction: Altered movement patterns in the lower limbs during closed kinetic

chain activities have been described as risk factors for several knee joint injuries. The lateral step-down test (LSD) was developed to be a simple, clinician-friendly tool to facilitate the assessment of lower extremities quality of movement during a functional activity. However, there is still conflicting information across the literature regarding how the LSD should be performed. Objective: to critically review the literature regarding the assessment of quality of movement using the LSD and to provide an overview of how this test has been used, describing confounding factors associated with altered movement patterns. Methods: A literature review was conducted in PubMed/MEDLINE, COCHRANE, PEDro, SciELO and LILACS, by two independent reviewers. Results: Sixteen articles met the inclusion criteria. One was a prospective cohort study to identify risk factors for injuries in military recruits. The fifteen remaining were cross-sectional studies involving healthy military recruits, physically active individuals, athletes and/or sedentary subjects, as well as participants with knee and ankle disorders. Worst quality of movement during the LSD has been associated with deficits in hip external rotation and knee extension strength, as well as in ankle dorsiflexion range of motion. The reliability of the LSD has been reported to be moderate (κ=0.59–0.81). Conclusion: The LSD has adequate reliability and is a simple tool that can be used to quantify lower extremity quality of movement. Future studies should include standardized methods for application, scoring and interpretation of the test, so that confounding factors can be minimized.

(23)

22 INTRODUÇÃO

Padrões de movimento de membros inferiores alterados durante atividades em cadeia cinética fechada vem sendo descritos na literatura como possíveis fatores de risco para diversas lesões de joelho, como a dor patelofemoral (1,2), ruptura de ligamento cruzado anterior (LCA) (3) e síndrome da banda iliotibial (4). Neste contexto, a avaliação da qualidade de movimento durante atividades funcionais parece ser importante para uma maior compreensão de biomecânica de membros inferiores e sua relação com lesões.

Qualidade de movimento, também referida como controle neuromotor ou coordenação motora, refere-se à biomecânica de extremidades inferiores, tronco, braços e suas relações com o meio durante atividades físicas (5,6). Sistemas de análise de movimento em três dimensões (3D) são considerados atualmente como o padrão-ouro para avaliação destes padrões de movimento alterados (7). Contudo, independentemente do quão sensíveis e acurados são os resultados destas análises, eles não são facilmente traduzidos à prática clínica (8). Mais importante, o acesso a essas ferramentas é limitado, visto que profissionais em ambiente clínico normalmente não possuem os meios de obter esses equipamentos e nem o tempo ou capacidade de processar os dados gerados por sistema de análise de movimento 3D (8,9). Dessa forma, testes clínicos, com validade e confiabilidade adequadas, surgem como alternativas importantes para a avaliação de qualidade de movimento durante atividades funcionais.

O teste de descida de degrau lateral (TDL) foi desenvolvido como uma ferramenta de fácil uso por profissionais em contexto clínico com o objetivo de otimizar a avaliação de qualidade de movimento de extremidade inferior durante uma atividade funcional (6). Como seu nome sugere, o teste requer que os indivíduos realizem uma manobra de descida, baixando sua perna do lado de um degrau enquanto um examinador avalia o movimento de forma frontal e fornece um escore da qualidade de movimento (6). O teste torna possível a chance dos profissionais identificarem possíveis padrões de movimento anormais, avaliando o comportamento do tronco, quadril e joelho durante a tarefa. Desde sua descrição inicial o TDL vem sendo utilizado para avaliar a qualidade de movimento em pacientes com dor patelofemoral (6,10,11), reconstrução de LCA (12) e instabilidade crônica de tornozelo (13), assim como participantes saudáveis, tanto sedentários (7,8,14-17) quanto ativos fisicamente (9,18,19).

(24)

23

Na maioria dos estudos, o TDL é realizado de forma semelhante: os sujeitos são instruídos a subir na borda de um degrau com a perna a ser avaliada e então a descer a perna contralateral até que o calcanhar toque o chão e a retornar assim à posição inicial. A tarefa é repetida 5 vezes e realizada num ritmo delimitado pelo próprio indivíduo (6). Piva et al (6) sugeriram uma escala visual amplamente utilizada de 7 pontos com objetivo de avaliar a qualidade de movimento durante o TDL. A qualidade de movimento dos indivíduos pode ser classificada como “ruim”, “moderada” ou “boa” baseada no quão bem realizaram o teste. Indivíduos recebem escores baseados em 5 critérios: estratégia de braço, movimento de tronco, alinhamento pélvico, movimento de joelho e manutenção de uma postura unilateral equilibrada (6). Outras classificações de qualidade de movimento foram sugeridas utilizando o TDL (14,18) e, recentemente, outros autores simplificaram a classificação de forma dicotômica, como “bom” ou “moderado” (7,11). Outros autores preferem classificar a qualidade de movimento como “pobre”, “razoável” ou “boa”, também usando o TDL mas com critérios de classificação diferentes (14). Esta variabilidade importante em diferentes estudos tornam a interpretação da qualidade de movimento durante o TDL de certa forma difícil de compreender.

Existem diversas vantagens para usar o TDL para avaliar a qualidade de movimento, sobretudo o fato de ser um teste rápido e fácil de realizar num contexto clínico. Entretanto, embora seja considerado um teste confiável (6,11,14,18), ainda existe muita informação conflitante entre a literatura a respeito dos detalhes do teste, como a altura do degrau e como a qualidade de movimento deve ser avaliada. Dessa forma, o objetivo deste estudo é revisar, de forma crítica, a literatura existente sobre a avaliação da qualidade de movimento durante o teste de descida lateral e fornecer um panorama sobre como este teste vem sendo conduzido, descrevendo possíveis fatores confundidores associados com padrões de movimento alterados.

(25)

24 MATERIAIS E MÉTODOS

Uma revisão da literatura foi conduzida através de busca nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed/MEDLINE, COCHRANE, PEDro, SciELO e LILACS, desde o início da pesquisa até junho/2018. Dada a natureza específica desta revisão, visto que os únicos estudos que seriam considerados para o resultado final precisariam incluir o teste em questão, os únicos dois termos utilizados para pesquisa foram “teste de descida lateral” (“lateral step-down”) e “qualidade de movimento” (“quality of

movement”), ambos sendo cruzados entre si para as buscas.

Para serem incluídos nesta revisão, os estudos precisaram estar em acordo com os seguintes critérios: 1) uso do TDL para avaliar qualquer população; 2) realização da avaliação de qualidade de movimento durante um TDL, independentemente do método escolhido (por exemplo, puramente observacional, por meio de escores e/ou por meio do uso de símbolos); e 3) publicações na língua inglesa e disponíveis em formato de texto completo. Estudos que usaram o TDL para qualquer outro objetivo a não ser análise de movimento, como também aqueles que não realizaram a avaliação da qualidade de movimento como parte de sua investigação, foram excluídos.

Dois revisores, ambos fisioterapeutas (R.L.S. e Y.T.P.) foram responsáveis por conduzir a revisão dos títulos e resumos de todos os estudos obtidos individualmente. Discordâncias entre os revisores foram resolvidas por consenso. Em caso de não haver consenso, um terceiro revisor foi consultado para verificar a elegibilidade dos estudos. O texto completo foi então obtido para aqueles estudos que estavam de acordo com os critérios de inclusão. Pesquisas com informações insuficientes a respeito dos seus métodos no título e/ou resumo também foram obtidos em formato de texto completo para que a elegibilidade fosse verificada. Referências de todos os estudos também foram revisadas para identificar quaisquer estudos que pudessem estar ausentes das base de dados. Em caso de estudos relevantes serem encontrados nas referências, estes também teriam sua elegibilidade avaliada.

(26)

25 RESULTADOS

PubMed/MEDLINE, COCHRANE e LILACS foram as únicas bases de dados a mostrar estudos pertinentes a essa revisão. Inicialmente, um total de 19 estudos passaram por todos os critérios de inclusão (6-24). Entretanto, após a avaliação dos textos completos ser conduzida, 3 estudos (20,22,23) foram excluídos por não incluírem nenhum método de avaliação de qualidade de movimento. Dessa forma, ao final da análise, 16 estudos foram incluídos nesta revisão.

Desenho e participantes dos estudos selecionados

Quinze dos 16 estudos foram pesquisas transversais; destas, 3 envolveram indivíduos saudáveis e sedentários (14,15,17), 2 envolveram recrutas militares saudáveis (8,21), 2 envolveram sujeitos ativos fisicamente (16,19) e outros 3 envolveram atletas (9) (18,24). Cinco estudos usaram o TDL em pacientes com condições em membros inferiores, como dor patelofemoral (6,10,11), instabilidade crônica de tornozelo (13) e reconstrução de LCA (12). O estudo restante consistiu de uma pesquisa de coorte prospectivo com recrutas militares (7).

Quatro estudos tiveram como objetivo determinar concordância, confiabilidade e/ou mensuração de erro de testes específicos e outras medidas (6,14,18,21). Três estudos buscaram usar o TDL e a avaliação de qualidade de movimento de membros inferiores como uma medida para investigar os efeitos de uma ou mais intervenções (16,19,24). As principais características dos estudos selecionados podem ser encontradas nas TABELA 1e TABELA 2.

Pontuação do teste de descida lateral

Sobre o escore final do TDL, o artigo original que desenvolveu o teste descreveu cinco critérios para avaliação de qualidade de movimento (6). O movimento dos indivíduos durante a manobra de descida lateral deve ser realizado e pontos devem ser adicionados ao escore final quando: 1) indivíduos usarem estratégia de braço a fim de recuperar equilíbrio (estratégia de braço – 1 ponto); 2) o tronco inclinar para qualquer lado (estratégia de tronco – 1 ponto); 3) ocorrer queda, elevação ou rotação pélvica de qualquer lado comparado ao outro (alinhamento pélvico – 1 ponto); 4) o joelho mover

(27)

26

medialmente e a tuberosidade tibial cruzar uma linha imaginária sobre o segundo dedo do pé (movimento do joelho – 1 ponto) ou uma linha imaginária sobre a borda medial do pé (1 ponto) e 5) o indivíduo mostrar qualquer tipo de desequilíbrio da postura, tanto descendo do degrau com o membro não-testado ou balançando de um lado para o outro com o membro testado (manutenção da postura unilateral – 1 ponto) (6). Pontos devem ser dados para qualquer anormalidade de movimento de acordo com esses critérios e o escore total deve ser dividido em 3 categorias diferentes: indivíduos que pontuam de 0 a 1 são classificados como tendo “boa” qualidade de movimento; indivíduos que pontuam 2 ou 3 são classificados como tendo “moderada” qualidade de movimento e, por fim, aqueles que pontuarem entre 4 e 6 são classificados como tendo qualidade de movimento “ruim” (6).

De todos os artigos selecionados, oito usaram este sistema de classificação descrito acima (6,9,10,12,13,16,19,24). Cinco estudos modificaram esse sistema, usando somente duas classificações de qualidade de movimento: “bom” para indivíduos com escores de 0 e 1 e “moderado” para aqueles com escores iguais ou acima de 2 (7,8,11,15,17). Esta adaptação foi proposta pelos autores visto que, nestes estudos, poucos participantes foram pontuados como “ruim” (com escores acima de 3).

Duas escalas alternativas foram descritas com o objetivo de avaliar a qualidade de movimento de membro inferior durante uma tarefa de descida lateral, semelhante ao TDL (14,18). Chmielewski et al (14) avaliaram a concordância intraexaminador e interexainador para dois métodos de pontuação de qualidade de movimento durante uma tarefa de descida lateral: um método geral e um método específico. O método geral é semelhante ao proposto originalmente por Piva et al (6), visto que classificava sujeitos em 3 categorias dependendo de “anomalias de movimento”: “ruim”, indicando a existência de grandes anomalias de movimento, “razoável”, indicando a ocorrência de anomalias que mal podiam ser vistas, e “bom”, representando nenhuma anomalia de movimento (14). No método específico, examinadores deveriam pontuar cada segmento (tronco, pelves e quadril) separadamente e a severidade de anomalias de movimento seriam registradas usando quatro símbolos: “0” significando nenhuma mudança partindo de um alinhamento neutro, “|” indicando uma anomalia pequena ou pouco-observável da posição neutra ou oscilações de membro inferior numa baixa frequência, “√” representando um movimento moderado fora da posição neutra de alinhamento ou oscilações de membro inferior numa frequência moderada, e “X” indicando uma

(28)

27

magnitude excessiva ou grande de movimento partindo de uma posição neutra ou oscilações de membro inferior em alta frequência. Cada símbolo corresponde a um equivalente numérico: 0, 5, 10 e 15, respectivamente. Os escores deveriam ser interpretados como quanto maior o número, maior as anomalias de movimento (14).

Categorização dos estudos e possíveis fatores confundidores

Estudos incluídos nesta revisão foram categorizados em estudos com participantes saudáveis (TABELA 1) e estudos com participantes com disfunções

musculoesqueléticas (TABELA 2). As descrições dos procedimentos do TDL e como

estes foram realizados em cada estudo estão dispostos em 4 subcategorias: altura do degrau, posicionamento (como os indivíduos foram posicionados antes de fazer o movimento de descida lateral), instruções (quais instruções foram dadas e como a tarefa deveria ser feita) e método de pontuação (qual escala foi utilizada para a avaliação de qualidade de movimento) (TABELA 1 e TABELA 2). Essas subcategorias foram

escolhidas para fornecer uma apresentação mais clara sobre como o TDL está sendo utilizado na literatura e para identificar possíveis fatores confundidores que possam existir entre os estudos existentes.

Tabela 1 - Características dos estudos incluindo indivíduos saudáveis

Autores Descrição da amostra Medidas avaliadas Resultados Procedimento da descida de degrau lateral

Chmielewski et al 2007 (14)

25 indivíduos sadios (7 homens e 18 mulheres, média de idade de 22,4 ± 1,3 anos).

Foi avaliada a concordância intraexaminador e interexaminador para dois métodos de avaliação de qualidade de movimento (método geral e específico) durante o TDL e um teste de agachamento unilateral.

Porcentagem de concordância intraexaminador e interexamiador foi mais alta usando o método geral. Coeficientes kappa intraexaminador e geral foram maiores para o método específico, enquanto o coeficiente kappa interexaminador foi semelhante para ambos os métodos.

Altura do degrau: 15,24cm para

sujeitos com menos de 1,63m de altura, 20,32cm para participantes entre 1,63m e 1,80m de altura e 25,4cm para aqueles com mais de 1,80m de altura.

Posicionamento: indivíduos

deveriam subir no degrau com a perna testada, com joelho e quadril em posição neutra, tronco reto, pélvis nivelada, joelho estendido, quadril em posição levemente fletida e perna contralateral sem suporte.

Movimento: participantes

(29)

28

seu próprio ritmo até que a perna contralateral tocasse o chão e então retornaram à posição inicial.

Pontuação: duas escalas foram

usadas: método geral, que classificou qualidade de movimento em “bom”, “razoável” e “bom”, e método específico, que classificou por meio de símbolos (“0”, “|”, “√” and “X”) combinados com valores numéricos (0, 5, 10 and 15 respectivamente); quanto maior o número, pior a qualidade de movimento.

Rabin & Kozol 2010 (15)

29 estudantes universitárias do sexo feminino (média de idade de 24,3 ± 3,2 anos).

Foram avaliados a força de abdutores e rotadores externos de quadril, assim como a qualidade de movimento durante o TDL e a amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo (com e sem peso do corpo) e de rotadores externos e internos de quadril.

Observou-se uma diminuição da amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com e sem o peso do corpo em mulheres com qualidade de movimento moderada quando comparadas àquelas com boa qualidade de movimento.

Altura do degrau: 20cm,

ajustado com blocos de madeira ao lado para que cada participante pudesse alcançar 60º de flexão de joelho.

Posicionamento: indivíduos

deveriam subir no degrau com tronco reto, mãos na cintura, o pé testado próximo à borda do degrau, o joelho sobre seu segundo dedo do pé (onde havia posicionada uma fita vermelha de 1cm) e o membro não-avaliado pendurado do lado do degrau com o joelho em extensão e tornozelo em máxima dorsiflexão.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho testado até que o pé contralateral alcançasse o chão ou um dos blocos de madeira posicionados no lado.

Pontuação: escala 0-6 modificada (qualidade de movimento: 0-1 “boa” e ≥2 “moderada”). Weir et al 2010 (18)

40 atletas do sexo masculino (média de idade de 25,4 anos, variando entre 18-44 anos).

Foram avaliadas as

confiabilidades interobservador e intraobservador de seis testes clínicos quando avaliados com uma escala visual de 4 pontos. Os testes foram: agachamento unilateral, teste de descida, teste de plano frontal, teste de plano sagital, teste de plano transverso e

Coeficiente de correlação intraclasse para a confiabilidade

interobservador foi ruim para todos os testes, exceto para o agachamento unilateral e teste de plano transverso, onde foram bons. Enquanto isso, coeficiente de

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: indivíduos

subiram na borda do degrau com o membro avaliado, joelho e quadril em posições neutras, tronco reto, pélvis nivelada, joelho estendida, quadril em posição levemente fletida e perna contralateral sem suporte.

(30)

29

ponte. correlação intraclasse para

confiabilidade

intraobservador foi boa para a maioria dos testes, exceto para o teste de plano frontal e para a ponte, onde foram ruins.

Movimento: participantes

desceram o corpo sozinhos com seu próprio ritmo até que a perna contralateral tocasse o chão e então retornaram à posição inicial.

Pontuação: indivíduos foram

pontuados com 4 escores possíveis de qualidade de movimento: (“ruim”, “moderado”, “bom” e “excelente”). Dannelly et al 2011 (16) 26 estudantes universitárias do sexo feminino (média de idade de 19,6 ± 1,11 anos) foram aleatorizadas em dois grupos: grupo de cadeira cinética aberta (n=13) e grupo de cadeia cinética fechada (n=13).

Pico de torque concêntrico e isocinético e pico de potência para extensão e flexão de joelho e rotação interna e externa de ombro, como também 1RM no bench press e no leg press, qualidade de movimento durante o TDL, Star Excursion Balante Test e exercícios de push-ups foram avaliados antes de depois de uma intervenção de fortalecimento muscular de 13 semanas.

Não houve diferença entre testes isocinéticos e de equilíbrio entre grupos. Leg press e bench press melhoraram

significantemente em ambos os grupos após treinamento. Exercícios de push-up mostraram uma interação grupo x tempo significante. Qualidade de movimento melhorou após o treino, mas sem diferença entre os grupos.

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: indivíduos

subiram no degrau com mãos na cintura, joelho reto, membro avaliado e com peso do corpo na borda do degrau e perna contralateral pendurada sobre o chão, adjacente ao degrau.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho até que a perna contralateral tocasse o chão e então estenderam o joelho até retornar à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6

(classificação não descrita no texto, referenciando apenas Piva et al 2006).

McMullen et al 2011 (19)

36 sujeitos sadios e ativos fisicamente foram divididos em dois grupos: 18 homens (média de idade de 22,0 ± 3,64 anos) e 18 mulheres (média de idade de 22,0 ± 3,14 anos).

Equilíbrio estático unipodal (medida de centro de pressão), equilíbrio dinâmico com o Star Excursion Balance Test e qualidade de movimento durante o TDL foram avaliados antes e depois de um protocolo de fadiga direcionado no glúteo médio.

Houve uma diminuição estatística no controle postural e na qualidade de movimento após um protocolo de fadiga excêntrica do glúteo médio. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre grupos (homens e mulheres)

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: participantes

subiram num degrau com o membro dominante, mãos na cintura.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho até que a perna contralateral tocasse levemente o chão e então estenderam o joelho até retornar à posição inicial. Pontuação: escala 0-6 (qualidade de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “moderada” e ≥4 “ruim”). Teyhen et al 2011 (21)

64 membros do serviço militar sadios (53 homens, 11 mulheres, média de idade de 25,2 ± 3,8 anos)

Foi avaliada a confiabilidade de resistência, flexibilidade, força e potência da região lumbopélvica, assim como a qualidade de movimento durante o TDL.

Medidas de força e flexibilidade mostraram confiabilidade variando entre boa e moderada. Medidas de flexibilidade mostraram confiabilidade limitada,

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: participantes

subiram num degrau em postura unipodal com mãos na cintura.

Movimento: participantes

(31)

30

Resistência lumbopélvica mostrou confiabilidade boa, porém com grandes erros de medida. Qualidade de movimento apresentou confiabilidade moderada.

perna contralateral tocasse o chão e então estenderam o joelho até retornar à posição inicial.

Pontuação: escala modificada

0-5 (qualidade de movimento: 0 “boa”, 5 “ruim”)

Jones et al 2014 (9)

81 atletas universitárias do sexo feminino da 1ª divisão de basquete, lacrosse, futebol e vôlei que passaram por uma triagem de pré-temporada (média de idade de 19,4 ± 2,4 anos).

Foi avaliado o ângulo de abdução de joelho (com sistema de captura de imagens 3D) e ângulo de projeção frontal (com vídeo digital 2D).

Ângulo de abdução de joelho não mudou entre

participantes entre diferentes grupos, enquanto o ângulo de projeção frontal foi significantemente diferente entre todos os grupos observacionais, com uma tendência para resultados maiores no grupo “ruim” e menores no grupo “bom”.

Altura do degrau: 15cm para

indivíduos com menos de 1,67m de altura, 20cm para aqueles entre 1,67m e 1,83m de altura e 25cm para aqueles com mais de 1,83m de altura.

Posicionamento: participantes

subiram com a perna de teste, mãos no quadril e mantendo o peito elevado, pélvis nivelada, joelho sobre o segundo dedo do pé e pé plano no degrau.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho levemente até que a perna contralateral tocasse o chão e então retornaram, à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6

(referenciou Piva et al 2006, mas não descreveu o método de pontuação no texto). Rabin et al 2014a

(8)

55 recrutas militares israelenses sadios (média de idade de 19,7 ± 1,1 anos).

Foram avaliados a amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com e sem peso do corpo, como também a qualidade de movimento durante o TDL.

Amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com e sem peso do corpo no membro dominante foram mais limitada em sujeitos com qualidade de movimento moderada; também foram exibidos resultados mais limitados de amplitude de movimento sem peso do corpo no membro não-dominante. Amplitude de movimento em ambas condições tiveram correlação significativa com qualidade de movimento em ambas as pernas.

Altura do degrau: 15cm. Posicionamento: indivíduos

subiram no degrau com tronco reto, mãos na cintura, perna de teste perto da borda, joelho ipsilateral sobre o segundo dedo do pé (debaixo do qual havia um fita preta de marcação) e a perna não-testada pendurada para o lado.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho até que a perna contralateral tocasse o chão sem realizar descarga de peso e então estenderam o joelho até retornar à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6 modificada (qualidade de movimento: 0-1 “boa” e ≥2 “moderada”). Rabin et al 2014c (7)

70 recrutas militares sadios (média de idade de 19,6 ± 1,0 anos).

Amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com e sem peso do corpo, assim como

Cinco participantes desenvolveram tendinopatia de Aquiles. Todos os cinco

Altura do degrau: 15cm. Posicionamento: indivíduos

(32)

31

qualidade de movimento durante o TDL, foram avaliados. O desenvolvimento de tendinopatia de Aquiles foi acompanhado após seis meses de treino militar básico.

apresentavam limitação na amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo sem o peso do corpo. Qualidade de movimento não variou entre recrutas lesionados e não-lesionados.

reto, mãos na cintura, perna de teste perto da borda, joelho ipsilateral sobre o segundo dedo do pé (debaixo do qual havia um fita preta de marcação) e a perna não-testada pendurada para o lado.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho até que a perna contralateral tocasse o chão sem realizar descarga de peso e então estenderam o joelho até retornar à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6 modificada (qualidade de movimento: 0-1 “boa” e ≥2 “moderada”). Rabin et al 2016a (17) 30 participantes sadios (10 homens e 20 mulheres; média de idade de 25,8 ± 2,9 anos).

Alinhamento de tronco, pélvis e joelho foi avaliado e classificado durante o TDL. Cinemática 3D de tronco, pélvis, joelho e quadril, assim como qualidade de movimento durante o TDL, também foram avaliados.

Participantes com

alinhamento pélvico anormal mostraram maior queda pélvica contralateral e maior pico de adução de quadril. Aqueles com alinhamento de joelho anormal mostraram maior pico de rotação externa de joelho. Maior pico de queda pélvica contralateral e maior pico de rotação externa de joelho foram encontrados naqueles com qualidade de movimento moderada.

Altura do degrau: 15cm. Posicionamento: participantes

subiram com as mãos na cintura, perna direita próxima à borda do degrau e perna esquerda pendurada de forma estendida do lado do degrau.

Movimento: participantes foram

instruídos a descer o corpo até que o calcanhar esquerdo tocasse o chão e então a retornar para a posição inicial.

Pontuação: escala 0-6

modificada (qualidade de movimento: 0-1 “boa” e ≥2 “moderada”). “Estratégia de braço” e “manutenção de posição unilateral” não foram

consideradas para a avaliação de qualidade de movimento. Bagherian et al

2018 (24)

100 atletas universitários sadios, ativos e do sexo masculino (40 do basquete, 40 do futsal, 12 do vôlei e 8 de artes marciais) foram divididos em grupo intervenção (média de idade de 18,10 ± 0,9 anos) e grupo controle (média de idade de 18,03 ± 0,9 anos).

Functional Movement Screen (FMS), TDL e teste de equilíbrio em Y foram avaliados antes e depois de um programa de treinamento de core de 8 semanas enfatizando padrões de

movimento funcionais.

Foram encontradas melhoras no grupo intervenção para o FMS, TDL e teste de equilíbrio em Y. Uma maior melhora foi encontrada naqueles com qualidade de movimento ruim no FMS e no teste de degrau de Hurdle.

Altura do degrau: 15cm. Posicionamento: sujeitos

subiram no degrau com tronco reto, mãos na cintura e joelho testado sobre o segundo dedo do pé do lado ipsilateral, enquanto olhavam para a frente.

Movimento: participantes foram

instruídos a flexionar o joelho do membro avaliado até que o calcanhar contralateral encostasse o chão ao lado sem descarregar peso e então a estender

(33)

32

novamente o joelho e retornar à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6 (qualidade

de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “moderada” e ≥4 “ruim”).

Tabela 2 - Características dos estudos incluindo indivíduos com lesões musculoesqueléticas

Autores Descrição da amostra Medidas avaliadas Resultados Procedimento da descida de degrau lateral

Piva et al 2006 (6)

30 pacientes com dor patelofemoral (13 homens e 17 mulheres, média de idade de 29,1 ± 8,4 anos)

Confiabilidade interexaminador e erro da medida para as seguintes medidas: flexibilidade de isquiotibiais, quadríceps, flexores plantares e banda iliotibial; rigidez das estruturas do retináculo lateral; ângulo-Q; força para torção tibial, anteversão femoral, rotação externa de quadril e abdução de quadril; e qualidade de movimento durante o TDL.

Coeficientes de confiabilidade foram significativos para medidas de comprimento de isquiotibiais, quadríceps, flexores plantares e banda iliotibial, como também de força de abdução de quadril e pronação de pé; moderados para ângulo-Q, força de torsão tibial e rotação externa de quadril, rigidez do retináculo lateral e qualidade de movimento durante o TDL; e ruim para anteversão femoral.

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: sujeitos

subiram no degrau com a perna testada, mãos na cintura, pé próximo à borda do degrau e perna contralateral sobre o chão, adjacente ao degrau.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho testado até que o pé contralateral tocasse o chão e então retornaram à posição inicial de extensão de joelho.

Pontuação: escala 0-6 (qualidade

de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “mediana” e ≥4 “ruim”).

Piva et al 2009 (10)

74 pacientes com dor patelofemoral (35 homens e 39 mulheres; média de idade de 29,0 ± 9,0 anos).

Foram avaliados força muscular, comprimento de tecido mole, alterações posturais e biomecânicas, fatores

psicológicos, função física, dor e qualidade de movimento durante o TDL.

Crenças e medos sobre trabalho e atividade física foram associados tanto com dor quanto com função, enquanto ansiedade também demonstrou associação com função. Nenhuma das outras medidas mostrou qualquer associação.

Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: não foi

descrito.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho testado até que o pé contralateral tocasse o chão e então retornaram à posição inicial de extensão de joelho.

Pontuação: escala 0-6 (qualidade de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “mediana” e ≥4 “ruim”). Rabin et al 2014b (11)

79 soldados de Força de Defesa de Israel com dor patelofemoral (39 homens e 49 mulheres; média de idade de 20,8 ± 1,8 e 19,9 ± 1,5 anos,

respectivamente).

Foram avaliados qualidade de movimento durante o TDL, assim como amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo (em condições com e sem peso do corpo), amplitude de movimento de rotações interna e eterna de quadril e força muscular de abdução de quadril, rotação externa de quadril e extensão de

Amplitude de movimento de dorsiflexão sem peso do corpo foi mais limitada em homens com qualidade de movimento moderada, enquanto amplitude de movimento de dorsiflexão com peso do corpo foi mais limitada tanto em homens quanto em mulheres de forma

Altura do degrau: 15cm; ângulo

de flexão do joelho foi medido com uma repetição do teste para eliminar um possível efeito da altura na pontuação do teste.

Posicionamento: sujeitos

subiram no degrau com as mãos na cintura, perna de avaliação próxima à borda, o segundo dedo do pé ipsilateral alinhado sobre

(34)

33

joelho. geral. Qualidade de

movimento foi associada com amplitude de movimento com peso do corpo em homens e mulheres e sem peso do corpo com homens. Força de extensão de joelho e abdução de quadril foram maiores em participantes com boa qualidade de movimento e mais do que 25º de amplitude de movimento com o peso do corpo.

uma fita branca colada no degrau e o pé não-testado pendurado do lado.

Movimento: participantes

flexionaram o joelho testado até que o pé contralateral tocasse o chão e então retornaram à posição inicial de extensão de joelho.

Pontuação: escala 0-6 modificada (qualidade de movimento: 0-1 “boa” e ≥2 “moderado”) Grindstaff et al 2017 (13) 59 participantes com instabilidade crônica de tornozelo unilateral e/ou bilateral (25 homens e 34 mulheres; média de idade de 22,9 ± 2,7 anos).

Foram avaliados amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com o peso do corpo e a qualidade de movimento durante o TDL.

Uma menor amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo foi encontrada em sujeitos com qualidade de movimento ruim quando comparados com aqueles com qualidade de movimento boa. Houve correlação negativa entre amplitude de movimento dorsiflexão de tornozelo e os escores de qualidade de movimento durante o TDL. Altura do degrau: 20cm. Posicionamento: sujeitos

posicionaram a perna de apoio próxima ao degrau e mantiveram suas mãos no quadril.

Movimento: participantes foram

instruídos a fazer a descida no degrau, fazendo contato com o solo com a perna contralateral, e não retornar à posição inicial.

Pontuação: escala 0-6 (qualidade de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “mediana” e ≥4 “ruim”). Mostaed et al 2018 (12) 20 participantes (2 homens, 18 mulheres) com histórico de reconstrução de ligamento cruzado anterior unilateral até um ano antes do recrutamento (média de idade de 24,55 ±4,61 anos)

Foram medidos amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo com o peso do corpo, formulário do Comitê Internacional de Documentação de Joelho (IKDC), Escala de Nível de Atividade Tegner e qualidade de movimento e cinemática 2D e 3D durante o TDL (com o uso de dois degraus de alturas diferentes, 10cm e 15cm).

Qualidade de movimento 2D mostrou correlação significativa com adução e rotação interna de quadril em avaliação 3D. Sujeitos com alinhamentos pélvicos anormais apresentaram menor pico de flexão de joelho; aqueles com alinhamento anormal de joelho mostraram maior adução de joelho. Uma pior qualidade de movimento foi apresentada quando indivíduos realizaram o TDL no degrau mais alto (15cm).

Altura do degrau: 4 polegadas

(aproximadamente 10cm) e 6 polegadas (aproximadamente 15cm)

Posicionamento: indivíduos

subiram no degrau, mãos na cintura e o membro contralateral pendurado do lado do degrau, com o joelho estendido e tornozelo em total dorsiflexão.

Movimento: participantes

instruídos a flexionar o joelho e descer o corpo até que o calcanhar do membro contralateral tocasse uma plataforma de força no chão.

Pontuação: escala 0-6

(qualidade de movimento: 0-1 “boa”, 2-3 “mediana” e ≥4 “ruim”).

(35)

34 DISCUSSÃO

Embora já esteja descrito na literatura há mais de uma década (6), o TDL foi utilizado por relativamente poucos estudos, mesmo sendo considerado uma ferramenta confiável para a avaliação de movimento de membro inferior. Como visto nesta revisão, o TDL é mais comumente utilizado para avaliar o movimento de sujeitos sadios (7-9,14-19,24). Somente um pequeno número de estudos escolheram utilizar o teste para a avaliação de movimento de extremidade inferior com indivíduos com lesões de membro inferior, como dor patelofemoral (6,10,11), instabilidade crônica de tornozelo (13) e reconstrução de LCA (12). Uma melhor compreensão dos diferentes meios que o TDL vem sendo usado, sua confiabilidade e os fatores associados com seus resultados é importante para que profissionais e pesquisadores possam interpretar da melhor forma a literatura disponível sobre esse assunto.

Confiabilidade de diferentes métodos de pontuação do TDL para avaliação de qualidade de movimento

Piva et al (6) foram os primeiros autores a propor uma escala de avaliação de qualidade de movimento durante o TDL em um estudo investigando a confiabilidade interexaminador e o erro da medida da qualidade de movimento em pacientes com dor patelofemoral. Foi determinado que a avaliação de qualidade de movimento durante o TDL apresentava confiabilidade interexaminador moderada [Kappa (κ)=0.67], o que pode ser considerado aceitável para um instrumento de avaliação de movimento num contexto clínico (6).

Rabin & Kozol (15) propuseram uma classificação mais simplificada para o teste, considerando apenas duas classificações de qualidade de movimento: “bom”, para indivíduos com escores de 0 e 1, e “moderado”, para aqueles com escores iguais ou acima de 2. Usando esse sistema simplificado, foi observada uma confiabilidade moderada a excelente do TDL em 5 estudos, com κ =0.59–0.81 (7,8,11,15,17). Estudos futuros devem levar em considerar esse sistema simplificado como uma opção para tornar mais viável a classificação em casos onde exista um número insuficiente de sujeitos em uma das categorias.

Teyhen et al (21) investigaram a confiabilidade de avaliação de qualidade de movimento em uma população de soldados militares usando uma outra adaptação da

Referências

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