• Nenhum resultado encontrado

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Letras

Programa de Pós-Graduação em Letras

Linha de pesquisa: Literatura, Sociedade e História da Literatura

Disciplina: Literatura e Sociedade – As Literaturas de Língua Portuguesa Professor: Carlos Augusto Bonifácio Leite

2019/2

Objetivos do curso: o objetivo do curso é organizar algumas formas estéticas num certo arco histórico para dar a ver figuras que muitas vezes se misturam, quais sejam, capadócios, malandros, trabalhadores, escravos, em meio a outras figuras populares, majoritariamente negras, na representação da base da pirâmide social urbana entre meados do XIX e primeiras décadas do século XX. O recorte histórico pressuposto é o fim oficial do tráfico negreiro, pela Lei Eusébio de Queirós (1850), e o Estado Novo. Um segundo curso será proposto, entre este marco e a implantação do neoliberalismo no país, pioneiramente pela cidade São Paulo, no começo da década de 1990.

Formas de avaliação: ensaio final enfeixando a representação de uma figura popular dentro do arco histórico do curso.

CRONOGRAMA

Haja vista o programa intenso e extenso do curso, recomenda-se que os alunos utilizem as datas em que não haverá aula presencial para antecipar a leitura dos textos discutidos. O excedente de leituras a serem mediadas nas aulas presenciais é proposital, à luz das semanas em que o docente estará envolvido em obrigações acadêmicas noutras instituições.

22 de agosto: professor coordenando simpósio sobre canção popular no VII SIMELP.

(2)

Aula 1: 05 de setembro

Carnavais, malandros e heróis, de Roberto DaMatta.

O arcaísmo como projeto, de João Fragoso e Manolo Florentino.

 “Jeitinho e jeitão: uma tentativa de interpretação do caráter brasileiro”, em Revista Piauí, de Francisco de Oliveira.

Aula 2: 12 de setembro

Memórias de um sargento de milícias (1854), de Manoel Antônio de Almeida.

 “Dialética da malandragem”, de Antonio Candido.

 “Pressupostos, salvo engano, da ‘Dialética da malandragem”, de Roberto Schwarz.

 “Espírito rixoso”, de Edu Otsuka.

Aula 3: 19 de setembro

O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo.

 “De cortiço a cortiço”, de Antonio Candido.

“Conflito e interrupção: sobre um artifício narrativo em O cortiço”, de Edu Otsuka.

 “A escravidão nos romances do Segundo Reinado”, de André Dutra Boucinhas.

Aula 4: 26 de setembro

 Contos machadianos: “O machete” (1878), “Cantiga de esponsais” (1884), “Um homem célebre” (1896) e “Trio em lá menor” (1896).

 “Machado de Assis, paisagista”, de Roger Bastide.

 “Machado de assis: um debate”, de R. Schwarz, Luiz Felipe de Alencastro, Francisco de Oliveira, José Arthur Gianotti, entre outros.

 “Machado maxixe: o caso Pestana”, de José Miguel Wisnik.

Aula 5: 03 de outubro

Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.

Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis.

“As ideias fora do lugar”, em Ao vencedor, as batatas, de Roberto Schwarz.

“A poesia envenenada de Dom Casmurro”, em Duas meninas, de Roberto Schwarz.

(3)

A alma encantadora das ruas, de João do Rio.

 “O flâneur”, de Walter Benjamin.

 “O flâneur e a vertigem”, de Marcos Guedes Veneu.

 “Navalha não corta seda”, de Gilmar Rocha.

17 de outubro: professor apresenta conferência no VI Colóquio Internacional – O realismo e sua atualidade (em Brasília).

24 de outubro: SEMANA ACADÊMICA (UFRGS).

31 de outubro: professor em banca no IEB-USP.

Aula 7: 07 de novembro

 Sambas de Noel: “Com que roupa”, “Gago apaixonado”, “Eu vou pra vila”, “Não tem tradução”, “Três apitos”, “Quando o samba acabou”, “Feitio de oração” (parceria com Vadico), “Feitiço da Vila”, “Conversa de botequim” e “Último desejo”.

O mistério do samba, de Hermano Vianna.

A construção do samba, de Jorge Caldeira.

 “Três apitos: lirismo e violência em Noel Rosa”, de Guto Leite.

Aula 8: 14 de novembro

 Sambas: “Se você jurar” (Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves), “Antonico” (Ismael Silva), “Lenço no pescoço” (Wilson Batista), “Camisa listrada” (Assis Valente), “Escurinha” (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos), “Acertei no milhar” (Wilson Batista e Geraldo Pereira), “Bolinha de papel” (Geraldo Pereira).

Feitiço decente, de Carlos Sandroni.

 “A malandragem na música popular brasileira”, de Ruben Oliven.

 “Gente do samba: malandragem e identidade nacional no final da Primeira República”, de Tiago de Melo Gomes.

Aula 9: 21 de novembro

 Sambas: “No tabuleiro da baiana” (Ary Barroso), “Camisa Amarela” (Ary Barroso), “É luxo só” (Ary Barroso / Luís Peixoto”), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “O que é que a baiana tem?” (Dorival Caymmi), “Samba da minha terra” (Dorival Caymmi), “A preta do acarajé” (Dorival Caymmi), “Você já foi à Bahia” (Dorival Caymmi), “João Valentão” (Dorival Caymmi) e “Saudades da Bahia” (Dorival Caymmi).

(4)

“A Preta do acarajé, de Dorival Caymmi” (em Mercadorias, melancolias), de Walter Garcia.

Auxílio Luxuoso, de Wander Nunes Frota.

Aula 10: 28 de novembro

 Canções de Adoniran Barbosa: “Saudosa maloca”, “Um samba no Bixiga”, “Samba do Arnesto”, “Iracema” e “Trem das onze”.

 “As faces sedutora e violenta do ‘progresso’ em Adoniran Barbosa”, de Thiago Fernandes Franco et al.

Malandros da terra do trabalho, de Marcia Regina Ciscati.

No fio da navalha, de Giovana Deltry.

Aula 11: 05 de dezembro

Macunaíma (1928), de Mário de Andrade.

O tupi e o alaúde, de Gilda de Mello e Souza.

 “Situação de Macunaíma”, de Alfredo Bosi.

 “Morfologia do Macunaíma”, de Haroldo de Campos

Aula 12: 12 de dezembro

Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda.

“O significado de Raízes do Brasil”, de Antonio Candido.

 “As raízes do Brasil no espelho de próspero”, de Pedro Meira Monteiro.

 “Livros que inventaram o Brasil”, de Fernando Henrique Cardoso.

BIBLIOGRAFIA

ADORNO, Theodor W. Textos escolhidos; consultoria: Paulo Eduardo Arantes. São Paulo: Nova Cultural, 1975.

ALMEIDA, Manoel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias; introdução de Mamede Mustafa Jarouche. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter; apresentação

de Luís Augusto Fischer, fixação de texto de Guto Leite, notas de Luís Augusto Fischer e Guto Leite. Porto Alegre: L&PM, 2017.

(5)

ARAÚJO, Homero Vizeu. “E agora, João?”, em FISCHER, Luís Augusto & LEITE, Carlos Augusto Bonifácio Leite (orgs.). O alcance da canção. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2016.

BASTOS, Manoel Dourado. “Pouco tenho a dizer além do que vai nestes sambas: o sujeito brasileiro e a suspensão da ‘promessa de felicidade’ em algumas canções do primeiro LP de Chico Buarque” in Música Popular em Revista, ano 2, vol. 2., p.7-33. Campinas, junho de 2014.

BRITO, Brasil Rocha. “Bossa nova”, em CAMPOS, Augusto de. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 2008.

CALDEIRA, Jorge. A construção do samba. São Paulo: Mameluco, 2007. CANDIDO, Antonio. “Dialética da malandragem”, em ________________. O

discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993.

FRAGOSO, João & FLORENTINO, Manolo. O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia – Rio de Janeiro, c.1790-c.1840. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

FRANCO, Thiago Fernandes et al. “As faces sedutora e violenda do ‘progresso’ em Adoniran Barbosa, em Ideias, v.8, nº2, Campinas, SP. jul./dez. de 2017, p.33-56.

GARCIA, Walter. Mercadorias, melancolias: Dorival Caymmi, Chico Buarque, o Pregão de Rua e a Canção Popular-Comercial no Brasil. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2013.

_____________. Bim bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FRANCESCHI, Humberto. Samba de sambar do Estácio, de 1928 a 1931. Rio de Janeiro: IMS, 2010.

GIL, Fernando Cerisara. “Os ratos: mobilidade, esvaziamento e repetição”, em ___________. O romance da urbanização. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999.

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

JAMESON, Fredric. “Reificação e utopia na cultura de massa”; trad.: João Roberto Martins Filho; revisão técnica: Maria Elisa Cevasco. [arquivo]

LEITE, Carlos Augusto Bonifácio. “Três apitos: lirismo e violência em Noel Rosa”, em Revista do IEB. São Paulo, 2016.

__________________________. “Figurações da violência na estética tropicalista” in O eixo e a roda, v.24. Belo Horizonte, dez. 2015.

(6)

MACHADO, Dyonélio. Os ratos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2004.

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008 (4 v.).

MAMMI, Lorenzo. “João Gilberto e o projeto utópico da bossa nova” em Novos estudos Cebrap, nº34, p.63-70. São Paulo, nov. de 1992.

MATOS, Cláudia. Acertei no milhar: malandragem e samba no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1982.

MATTA, Roberto da. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

MELLO, Zuza Homem de. A era dos festivais: uma parábola. São Paulo: Ed. 34, 2003.

OLIVEIRA, Francisco de. “Jeitinho e jeitão: uma tentativa de interpretação do caráter brasileiro”. Revista Piauí, edição 73, outubro de 2012.

OTSUKA, Edu. “Espírito rixoso: para uma reinterpretação das Memórias de um

sargento de milícias”, Revista do IEB, nº44, p.105-124, fev. de 2007.

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações no samba do Rio de Janeiro (1917-1933) [2ª ed. ampliada]. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

SCHWARZ, Roberto. Martinha versus Lucrécia: ensaios e entrevistas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

_________________. “Pressupostos, salvo engano, da ‘Dialética da malandragem’”, em _____________. Que horas são?. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

_________________. “Cultura e política, 1964-1969, em _____________. O pai de família e outros estudos [2ª ed.]. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1992. SEVERIANO, Jairo. Uma história da música popular brasileira: das origens

à modernidade. São Paulo: Editora 34, 2008.

SOUZA, Gilda de Mello e. O tupi e o alaúde: uma interpretação de Macunaía. São Paulo: Duas Cidades, 1979.

TAGG, Philip. “Analisando a música popular: teoria, método e prática” in Em pauta, vol. 14, nº23, dezembro de 2013.

TATIT, Luiz. O cancionista [2ª ed.]. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.

TATIT, Luiz & LOPES, Ivã. Elos de melodia e letra: análise semiótica de seis canções. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2008.

TINHORÃO, José Ramos. História Social da Música Popular Brasileira. Lisboa: Editorial Caminho S.A., 1990.

(7)

VALENÇA, Suetônio Soares. “Aspectos da MPB no séc. XIX: regentes de orquestras do teatro musicado popular” em Revista da USP, nº4. São Paulo, 1990.

VELOSO, Caetano. O mundo não é chato. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar / Ed. da UFRJ, 1995.

_______________, Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

WISNIK, José Miguel. “Getúlio da Paixão Cearense” em WISNIK, José Miguel & SQUEFF, Ênio. Música: o nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 2004.

_________________. “Machado maxixe: o caso Pestana” em Tereza: revista de Literatura Brasileira, nº4-5. São Paulo: Ed. 34, 2003.

Referências

Documentos relacionados

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Direito da PUC-Rio.. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo

- Na limpeza de móveis em geral, napas e fórmicas, deve ser utilizado um pano levemente umedecido e sabão neutro; - Para armações cromadas deve ser utilizado pano ou flanela

O Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90) constitui um microssistema jurídico, de natureza principiológica, de ordem pú- blica e interesse social, que

As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por

Escolha das Soberanas da FRINAPE 2015 é de responsabilidade da Comissão Social da FRINAPE, que está diretamente ligada a Presidência da Feira.. Parágrafo Único - Para o concurso

Mas importa agora persistir nesse trabalho de casa, contínuo, de criar novas empresas, de incorporar mais conhecimento e modernizar outras, de formar melhor mais

— Outros efeitos adversos Não existe mais nenhuma informação relevante disponível. 13 Considerações sobre destinação fifififinal — Métodos de tratamento

preocupe muito com o assunto.. Quixote algumas vezes, nunca o ouvi dizer, relativamente a qualquer uma destas coisas, «Belíssimo». Esta constatação, juntamente com o seu