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25th Anniversary of the Consumer Defense Code,

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Academic year: 2021

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ruX Pós-doutorando pela Universidade de Lisboa. Doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo. Mestre em direito pela Universidade Estadual de Londrina. Especialista em teoria econômica pela Fundação Faculdade de Ciências Econômicas de Apucarana. Economista formado pela mesma Instituição e formado em Direito pela Universidade Estadual de Londrina. Professor da Escola da Magistratura (núcleo de Maringá). Professor do Centro Universitário de Maringá e da Universidade Norte do Paraná. prux@uol.com.br Recebido em: 17.11.2015 Pareceres em: 20.12.2015 e 24.01.2016

áreAdo direito: Consumidor

resumo: O presente artigo principia abordando um pouco da história do direito do consumidor, adentrando aos aspectos do avanço dele no Bra-sil, principalmente a partir da Constituição Fe-deral de 1988 e da aprovação da Lei 8.078/1990. Feita essa breve retrospectiva, tendo como cená-rio a realidade brasileira, passa à análise dessa área no século XXI, incluindo reflexões sobre as questões em que o Código de Defesa do Con-sumidor não concretizou aplicação prática mais incisiva até chegar aos pontos escolhidos para principiar sua atualização, no caso, envolvendo as questões relacionadas ao comércio eletrônico, as ações coletivas e quanto à questão do crédi-to e do superendividamencrédi-to do consumidor. Por derradeiro, foca as perspectivas quanto à norma-tização de determinadas práticas de mercado e sociais, enquanto relacionadas aos

fornecimen-AbstrACt: This article begins by addressing some of the history of the Consumer Law, entering the aspects of its advance in Brazil, mainly from the Federal Constitution of 1988 an the approval of Law 8.078 /1990. Based on this brief retrospective and having as scenario the Brazilian reality, the article goes on to the examination of the scenario of this area in the twenty-first century, including reflections on the issues that the CDC has not made more effective practical application, coming to the analysis of chosen points to begin its upgrade. In this case, involving issues related to e-commerce, collective action and on the issue of credit and consumer indebtedness. Lastly, the present study focuses on the outlook for the regulation of certain market and social practices as they relate to the supply of goods and services for consumers and users. As well as,

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tos de produtos e serviços para consumidores e usuários, incluindo às problemáticas decorrentes do uso de eletrônicos (e novas tecnologias a eles acopladas), tudo com referência ao direito do consumidor atualizar-se, evoluindo no sentido de ser instrumento de transformação social em prol da efetiva proteção do ser humano.

pAlAvrAs-ChAve: Direito do consumidor – Rela-ções de consumo – Proteção do consumidor – Código de Defesa do Consumidor – Histórico e perspectivas.

to the issues arising from electronic use and new coupled technologies, all with reference to the Consumer Law upgrade itself, evolving towards being an instrument of social transformation for the sake of effective protection of the human being.

Keywords: Consumer Law – Consumer Relations – Consumer Protection – Consumer Protection Code – History and Prospects.

Sumário: I – Introdução, primeiras considerações e reminiscências destes 25 anos do

Có-digo de Defesa do Consumidor (um pouco de história) – II – Perspectivas do direito do consumidor para o Brasil do século XXI – visualizando o presente e preparando o futuro: 1. Do já contido no Código de Defesa do Consumidor – 2. A importância da atualização do Código de Defesa do Consumidor: 2.1 O crescimento do comércio eletrônico e as peculiaridades de seu regramento; 2.2 A necessidade de aprimorar a utilização das ações coletivas; 2.3 Do equacionamento do superendividamento do consumidor; 2.4 Perspecti-vas relacionadas às noPerspecti-vas problemáticas que reclamam serem equacionadas pelo direito do consumidor – III – Da evolução natural e do direito ao não retrocesso – IV – Conclusão – V – Referências.

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Pedimos vênia ao leitor para permitir que, principalmente em nome do co-nhecimento pelos mais jovens e para homenagear aos pioneiros na construção desse ramo do direito, se principie rememorando um pouco da história do di-reito do consumidor e depois passar-se as perspectivas relacionadas ao futuro desse ramo do direito.

Passadas as guerras mundiais do Século XX que traumatizaram a humanida-de, países desenvolvidos como os Estados Unidos da América e vários dos que integram a Europa já haviam superado a sociedade da produção e vivenciavam os tempos da sociedade de consumo. No sentido antropológico, se trata de um modo de viver caracterizado pelas constantes mutações ditadas pelas condi-ções da sociedade contemporânea, urbanizada, influenciada pelo consumo e pelos sucessivos avanços da tecnologia. Esse contexto fez surgir uma geração de direitos de solidariedade direcionados para viabilizar melhores condições de vida, dentre os quais, a proteção dos consumidores. Já países da América do Sul que não viveram a Idade Média (e isso repercutiu em sua evolução

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suas realidades, inclusive regionais. Nossa legislação precisa ser adequada para que os consumidores brasileiros não sejam tratados pelas empresas como per-tencentes a classes diferentemente inferiores, cujo respeito aos direitos possa ser modulado consoante o aproveitamento de brechas existentes na legislação interna, falhas na regulação ou, ainda, deficiências na fiscalização. O Brasil me-rece ser colocado em nível dos mais relevantes mercados de consumo, o qual, impositivamente, necessita contra com um sistema jurídico que seja compatí-vel em termos de eficiência e eficácia.

Depois de 25 anos de vigência do Código de Defesa do Consumidor, com

toda a evolução que essa norma de ordem pública50 e interesse social induziu

na sociedade brasileira, é momento de ir além, avançando de encontro a pers-pectivas que conduzam o direito do consumidor, no sentido de corresponder cada vez mais, aos ditames da Constituição Federal de 1988 quando em seu art. 1.º, II e III, consagra expressamente, como fundamentos da República, os princípios da proteção da dignidade humana e do exercício da cidadania, algo inviável de acontecer sem respeito aos direitos dos consumidores. Importante ressaltar que o direito do consumidor é o mais próximo dos denominados “di-reitos humanos”, sendo que sem evolução no respeito a estes di“di-reitos, jamais se construirá uma sociedade livre, justa e solidária, objetivo fundamental de nosso Estado Democrático de Direito.

v – r

eFerências

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50. “Esse princípio é de magnitude ímpar, em razão de ancorar-se na própria origem constitucional do Código de Defesa do Consumidor. Na visão jurídica, tem-se como de ordem pública, o conjunto de normas essenciais à convivência social. A supressão dessas normas levaria a inviabilizar a boa convivência social, posto que seus dispo-sitivos inferem a interesses de enorme número de pessoas, tal como, em específico, ocorre como o Código de Defesa do Consumidor” (PRUX, Oscar Ivan. A proteção do

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Veja também Doutrina

• A atualização do Código de Defesa do Consumidor e a regulamentação do comércio eletrônico: avanços e perspectivas, de Guilherme Magalhães Martins – RDC 95/255

(DTR\2014\10475);

• As múltiplas noções de superendividamento. Contribuições empíricas ao caso bra-sileiro, de Antônio José Maristrello Porto e Pedro Henrique Butelli – RDC 102/165

(DTR\2016\78); e

• Tutela do consumidor na perspectiva civil-constitucional. A cláusula geral de boa-fé objetiva nas situações jurídicas obrigacionais e reais e os Enunciados 302 e 308 da Súmula da Jurisprudência Predominante do Superior Tribunal de Justiça, de Milena Do-nato Oliva e Pablo Rentería – RDC 101/103 (DTR\2015\16816).

Referências

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