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Protozooses Cavitárias

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Academic year: 2021

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(1)

Ø 

Tricomoníase

Ø 

Giardíase

Ø 

Amebíase

(2)

Ø 

Agente etiológico

Ø 

Epidemiologia

Ø 

Transmissão

Ø 

Ciclo de vida

Ø 

Diferentes formas do parasita

Ø 

Patogenia

Ø 

Diagnóstico

Ø 

Tratamento

Ø 

Controle

(3)
(4)

Agente etiológico

ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora

• Classe: Trichomonadae (Zoomastigophorea) • Família: Trichomonadidae

• Gênero: Trichomonas

ü Tricomoníase é uma doença causada por pelo protozoário Trichomonas vaginalis.

(5)

Estimativa de incidência global de doenças

sexualmente transmissíveis em 2005 e 2008

(milhões de casos).

STI estimates, WHO, 2008.

(6)

Ø  É uma doença sexualmente transmitida e de distribuição mundial;

Ø  Doença não-viral mais prevalente;

Ø  Atinge principalmente mulheres (idades 16-35 anos) e homens sexualmente ativos;

Ø  4,3 milhões de casos por ano no Brasil (SVS, 2006).

(7)

Região Incidência Prevalência África 59,7 42,8 Américas 85,4 57,8 Sudeste Asiático 42,9 28,7 Europa 22,6 14,3 Mediterrâneo Oriental 20,2 13,2 Pacífico Ocidental 45,7 30,1

Incidência e Prevalência (em milhões de casos)

de Tricomoníase.

(2008)

(8)

Ø  Fatores de risco: status socioeconômico Ø  Sobrevive em água tratada e em piscinas

Ø  Cerca de 25 a 50% das mulheres positivas são assintomáticas

Ø  Não é uma zoonose

Ø  Amplificação da transmissão do HIV

(9)

1.  Relação sexual (+ frequente) 2.  Durante o parto

3.  Outras formas de transmissão ü  roupa íntima ou de cama

ü  instalações sanitárias

(10)

Relação sexual

Ciclo de Vida

Ø  Trofozoítos Ø  Reproduz-se por divisão binária longitudinal Ø  Não forma cistos

(11)

Pseudocisto:

forma intraflagelar

Forma normal-flagelos externalizados

(12)

Trofozoítos

Flagelos anteriores axóstilo Membrana ondulante hidrogenossomos núcleo

Corpo parabasal e ap.Golgi costa

Filamento parabasal

Flagelo posterior

ü  Habita o trato genito-urinário masculino e feminino;

ü  Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides; ü  Possui 4 flagelos anteriores desiguais, uma membrana ondulante e

emitem pseudópodes para captar alimentos;

(13)

A: T. vaginalis vista em meio de cultura. O axóstilo, a membrana ondulante e os flagelos são bastante visíveis

B: T. vaginalis na superfície de uma célula epitelial vaginal

C: Morfologia amebóide da T. vaginalis aderida a uma célula de cultura.

Clin. Microbiol. Rev. 11:300

(14)
(15)

ü  É anaeróbio facultativo utilizando glicose, maltose e galactose como fontes de energia;

ü  Precisa que o hospedeiro sintetize moléculas essenciais (nucleotídeos, ácidos graxos, aminoácidos);

ü  Cresce bem na ausência de O2 e em pH entre 5 e 7,5;

ü  Não possui mitocôndrias;

ü  Contém hidrogenossomos (envolvidos no metabolismo de carboidratos). Hidrogenases transformam piruvato em acetato e liberam ATP e H2.

•  0.5-2 µm de tamanho com membrana dupla

(16)
(17)

Metabolismo no Hidrogenossomo

Piruvato Ferrodoxina Oxidoredutase Hidrogenase Acetato:succinato CoA Succinato tioquinase

(18)

Mecanismos moleculares:

ü  Infecta o epitélio do trato genital

ü A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese

ü Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina abole adesão)

ü  Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas locais

ü  A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo

(19)
(20)
(21)
(22)

Draft genome sequence of the

sexually transmitted pathogen

Trichomonas vaginalis

Science 2007, 315:207

Organização estrutural de possíveis moléculas de superfície de T. vaginalis envolvidas na aderência e

(23)

Relação parasita-hospedeiro

Ø Resposta imune protetora- IgA secretora

Ø Reinfecções - ausência de imunidade adquirida - grande variabilidade de isolados

(24)

Ø Na mulher

ü Assintomática: 25 a 50% dos casos ü  Vaginite aguda:

• Corrimento vaginal fluido, bolhoso e abundante de cor amarelo-esverdeada e de odor fétido

• Prurido ou irritação vulvovaginal • Dor durante as relações sexuais • Dor ao urinar (disúria)

• Dor pélvica

ü Vaginite crônica: sintomas leves ü Aumenta a transmissão do HIV

(25)

Ø No homem:

ü  Assintomática (a maioria)

ü  Uretrite aguda: corrimento abundante

ü  Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria, prurido ü Complicações (raras): epididimite, infertilidade e

prostatite

ü Aumenta a transmissão do HIV

(26)

1.  Inflamação local produzida pela doença

2.  Rompimento dos tecidos produzido pela doença

3.  Alta prevalência desta d o e n ç a e m i n d i v í d u o s infectados pelo HIV

4. Susceptibilidade à doença pode ser resultado da imunossupressão associada ao HIV

Aumento da transmissão do HIV associado à

tricomoníase pode ser o resultado de:

Homens seropositivos para HIV com uretrite sintomática e

Trichomonas tiveram 6X mais RNA viral no sêmen do que homens HIV positivos não infectados com

(27)

Ø Coleta da amostra ü  Homem

• Materiais: secreção uretral, urina primeiro jato, esperma, secreção prostática e material sub-prepucial

ü  Mulher

•  Material: secreção vaginal Ø  Exame

• Exame microscópico de preparações a fresco ou coradas • Imunofluorescência direta (sensível + cara)

• Cultura do parasito (resultados em 3 a 7 dias)

(28)

Tratamento

Ø  Instituído sob supervisão médica e deve incluir todos os parceiros sexuais

Ø Derivados nitroimidazólicos: ü  Metronidazol

•  contra-indicado para grávidas (1º trimestre) •  linhagens de parasitas resistentes na Europa ü  Tinidazol

ü  Ornidazol ü  Nimorazol

(29)
(30)

Na presença do metronidazol, elétrons gerados pela PFO (piruvato ferrodoxina oxidoredutase) são transportados pela ferrodoxina [2Fe–2S] para a droga e não para o seu aceptor natural que é a hidrogenase (HY). Metronidazol é reduzido e ocorre a formação de um nitro ânion que é um radical livre. O radicais livres citotóxicos (R–NO2-) são formados como

produtos intermediários da redução da droga.

Int. J. Parasitol. 1999, 29: 199

Mecanismo de Ação do Metronidazol

Inibe a síntese de DNA

(31)
(32)

Agente etiológico

ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora • Classe: Zoomastigophorea • Família: Hexamitidae • Gênero: Giardia

ü Giardíase é uma doença causada por pelo protozoário Giardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis.

(33)

Espécie Hospedeiro Características Comprimento

(uM) Largura (uM)

G. lamblia Vários

mamíferos- Homem

Trofozoítos em forma de

pêra 12-15 6-8

G. muris Roedores Trofozoítos arredondados 3-12 5-7 G. microti Ratos

Silvestres Cistos contém 2 trofozoítos diferenciados G. psittaci Aves Trofozoítos em forma de

pêra ~14 ~6

G. ardeae Aves Trofozoítos arredondados ~10 ~6,5 G. agilis Anfíbios Trofozoítos longos e

estreitos 20-29 4-5

(34)

Epidemiologia

Ø  Distribuição mundial (cosmopolita) Ø OMS: 500 mil novos casos/ano

Ø Atinge principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos (creches)

Ø  Surtos epidêmicos veiculados por água Ø  Prevalência

ü  5 a 43% em países em desenvolvimento ü  3 a 7% em países desenvolvidos

(35)

Mecanismos de Transmissão

Ø  Cistos são responsáveis pela transmissão (sobrevivem na água)

Ø Água e alimentos contaminados

Ø Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral)

Ø  Período de incubação

(36)
(37)
(38)

Ø  Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo) Ø  Características de:

ü  Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueleto

ü  Procarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria. Possui uma organela parecida com uma mitocôndria chamada

mitossoma.

Ø  Metabolismo – anaeróbio

Ø  Utiliza glicose e armazena glicogênio

(39)
(40)

Formas de vida - Trofozoíto  

Ø Piriforme (12-15 µm de comprimento)

Ø  simetria bilateral

Ø achatamento dorsoventral Ø superfície ventral - disco adesivo

Ø 2 núcleos

ü = quantidade de DNA ü ambos ativos

transcripcionalmente

ü ambos dividem ao mesmo tempo

Ø  4 pares de flagelos

Ø Reproduz-se por fissão binária Núcleo Crista Latera l Flagelo anterolatera l Flagelo posterolateral Flagel o ventra l Flagelo caudal Corpos medianos Disco ventral Corpos basais

(41)

Ø  habitat: duodeno e parte do jejuno

ü  mergulhados nas criptas

ü  aderidos mucosa - disco suctorial Ø  metabolismo: anaeróbio (não tem mitocôndria)

Ø  aerotolerante

Ø  nutrição: membrana e pinocitose Ø Deslocamento rápido por

batimento dos flagelos

Ø  Reprodução: divisão binária longitudinal

ü cultivável

(42)

Ø  ovóides com parede cística (quitina) Ø  4 núcleos (duplas estruturas

internas)

Ø  eliminados com as fezes formadas Ø  formas de resistência

água: 2 meses

Formas de vida - Cisto  

CISTO

núcleo

(43)

Sintomatologia  

Ø 

Variável

ü 

Assintomática

ü 

Sintomática (agudo-crônico)

• 

Aguda, intermitente e autolimitante

• 

Dores abdominais (cólicas)

• 

Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de

hemáceas

• 

Má absorção intestinal

Incubação: 12-20 dias

(44)

Mecanismo de patogenicidade

Ø  processo “principalmente” mecânico

Ø  parasitas em grande quantidade aderem e

recobrem a parede do duodeno - “tapete”

Ø  “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando as

(45)

Adesão dos trofozoítos às células epiteliais do

intestino delgado

(46)

Mecanismos de Adesão Via

Disco Ventral  

Ø 

Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a

força de sucção do disco ventral - processo físico

de adesão;

Ø 

Receptores: lectinas ligantes de manose

(superfície do parasito);

(47)

Mecanismos de patogenicidade

Ø  Evidências da presença de uma toxina (CRP136) Ø  Não ocorre invasão da mucosa

Ø  O revestimento da parede do duodeno dificulta a absorção intestinal (?) - diarréia

(48)

Mecanismos de Escape  

Relação Parasita-Hospedeiro

Ø Variação antigênica

ü VSPs - antígenos de superfície Ø Evasão do sistema imune

Ø Sobrevivência em diferentes condições intestinais

Ø 

Resposta do hospedeiro

ü Aguda – neutrófilos e eosinófilos

ü Crônica: inflamação – atrofia das microvilosidades ü  Participação de IgM, IgA e IgG específicos

ü HIV: não induz aumento ou gravidade de casos

(49)

ü  Nas fezes formadas – pesquisa de cistos com salina ou lugol pelo método de Faust;

ü  No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos em biópsia jejunal ou “Entero-test” (para casos de diarréia crônica).

ü  Nas fezes diarréicas – pesquisa de trofozoítos ou

cistos– (imediatamente após a coleta ou colocar em soluções conservantes pois os trofozoítos têm viabilidade curta);

Ø 

Parasitológico

(50)

ü  No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI – pouco sensível e específico;

ü  Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA –

sensibilidade em torno de 85% a 95% e especificidade de 90 a 100%.

ü  Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por PCR.

Ø 

Imunológico

Ø 

Molecular

(51)

Cisto corado com lugol Cisto à fresco

Trofozoítos corados com Giemsa

(52)

Profilaxia

Ø  Saneamento básico (água) Ø  Higiene - creches, asilos Ø  Cuidados com alimentos Ø  Tratamento dos doentes

Ø  Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante

(53)

Tratamento  

Ø Resistência

Ø Vacina para giardíase canina

Fonte: SVS, 2006 5-Nitroimidazóis   Meia vida ~17-29 hs ~12-13 hs ~ 7 hs

(54)
(55)

Agente etiológico

ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora • Classe: Lobosea • Família: Endamoebidae • Gênero: Entamoeba

ü Amebíase é uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica

(56)

Amebas

Ø Parasitas Ø Vida livre Ø Comensais Ø Vida livre, eventualmente parasitas

Protozoários com inúmeros habitats:

Entamoeba histolytica

Acanthamoeba, Naegleria Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana,

Iodamoeba bütschlii

(57)

Complexo:

E. histolytica

/

E. dispar

Ø  Aproximadamente durante um século E. histolytica foi

considerada como única espécie. Descobriu-se no entanto outra espécie (E. dispar) que é morfologicamente idêntica porém não patogênica.

Ø  Diferenças entre E. histolytica e E. dispar:

ü  Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzimático (zimodemas);

ü  Padrão de crescimento em culturas axênicas (E. histolytica cresce melhor);

ü  Capacidade de adesão a células alvo (mediada por lectinas): há diferenças antigênicas (detectadas por anticorpos

monoclonais) e funcionais entre as lectinas de adesão;

ü  Diferenças na composição de glicoconjugados de membrana: lipofososglicano (LPG) abundante em E. histolytica;

ü  Diferenças genéticas demonstráveis por métodos moleculares; ü  Diferenças nas formas clínicas da doença.

(58)

Ø  Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903)

ü  Apresenta diversos graus de virulência, invasiva (podem estar relacionados com diferentes cepas);

ü  Apresenta diversas formas clínicas;

ü  1 caso de doença/4 casos assintomáticos

Ø  Entamoeba dispar (Brumpt, 1925)

ü  Pode causar erosões na mucosa intestinal;

ü  Maior parte dos casos assintomáticos e colite não disentérica.

(59)

Epidemiologia

Ø  Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50%

pessoas infectadas

Região Infecção Doença Mortes

África 85 milhões 10 milhões 10-30 mil Ásia 300

milhões milhões 20-30 25-50 mil Europa 20 milhões 100 mil Mínima Américas 95 milhões 10 milhões 10-30 mil

Totais 650

(60)

Ø  Ingestão de cistos ü  Direta: fecal-oral

ü  Indireta: água ou alimentos contaminados

Ø  Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo •  passam pelo estômago (quitina)

•  resistem ao pH ácido

•  enzimas digestivas, pH alcalino

•  desencistamento – intestino delgado •  ciclo: luz intestino grosso

Ø  Trofozoítas - destruídos no estômago

(61)

Ciclo de vida

Ø Formas do Parasita ü  Cisto ü  Metacisto ü  Trofozoíto ü  Pré-cisto

(62)

Eucariotos primitivos, não tem:

Ø  Mitocôndria, REG ou Aparelho de Golgi

Ø Possuem uma organela chamada mitossoma ou

(63)

Trofozoíto

Ø  1 núcleo

Ø  citoplasma: ecto e endoplasma Ø  ingestão pinocitose/fagocitose:

bactérias/hemáceas (forma invasiva)

Ø  multiplicação: divisão binária simples

Ø 1-4 núcleos

Ø esféricos/ovais

Ø forma de resistência Ø eliminado nas fezes

Cisto

(64)

Ø  Trofozoíto: forma ativa, que se alimenta (via pinocitose, fagocitose) e se reproduz rapidamente

Ø  Metabolismo

ü  principalmente anaeróbico

ü  aeróbico facultativo - microaerófila

ü  principal fonte energética – glicose (estoque –

vacúolos de glicogênio), metabolizada principalmente em etanol, acetato e CO2

(65)

Trofozoíto

Ø  pleomórfico, com grande variabilidade tamanho Ø  motilidade – pseudópodes

(66)

Ø  Cisto: forma de resistência eliminada com as fezes Ø  Membrana plasmática + parede cística (quitina)

Ø  1-4 núcleos (N) (divisão endomitose) Ø  Vacúolos de glicogênio (V)

Ø  Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos

N

N

V

CC

(67)

Habitat trofozoíto - luz intestino grosso

estômago

Encistamento

Luz intestino grosso

Ø 

Desencistamento

intestino delgado - eclosão

ü  37 º C – ambiente anaeróbio

ü  1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas ü  8 amebas pequenas (fase metacística) ü  Se alimentam e crescem (fase

(68)

Formas clínicas e Sintomatologia

Ø  Forma assintomática

Ø  Forma intestinal (não invasiva)

ü  dores abdominais (cólicas)

ü  diarréias - ~6 episódios/dia (pode ficar crônica)

Ø  Forma intestinal invasiva

ü  colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas) ü  úlceras intestinais, abscessos

Ø  Forma extra-intestinal

ü  fígado (+ comum): dor, febre, hepatomegalia – mais comum

em homens

ü  pulmão (+ raro) ü  cérebro (+ raro)

(69)

Amebíase

Patogenicidade

Ø Mecanismos de invasão A.  Adesão B.  Destruição tecidual C.  Dispersão amebóide extra-intestinal

(70)

Mecanismo

de

invasão

1.  Adesão - via lectina ligadora de Gal/GalNAc às células do epitélio intestinal

2. Processo de destruição tecidual (origem do nome -

histolytica) - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/

mucopolissacaridases) - formação de úlcera típica

3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta

4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do sistema porta - pode levar o paciente a óbito.

(71)

Fatores líticos

1. mecanismos dependentes de contato

ü  liberação de um proteína

formadora de poros- “amebapore” - atividade citolítica 2. mecanismos independentes de contato ü  liberação de colagenase e cisteíno-proteases - degradação matriz extra-celular

(72)

Forma intestinal

Forma intestinal invasiva

Ø Amebíase intestinal ü  diarréias ü  colites ü  úlceras ü  perfurações ü  peritonite ü  apendicite ü  amebomas

(73)

Adesão Ulceração perfuração Abscesso fígado

Patologia

(74)

Amebíase

Mecanismos de defesa do hospedeiro

1.  Camada Mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão às células epiteliais e facilita a eliminação do parasita

2.  Glicosidases produzidas pelas bactérias da flora intestinal e proteases do lúmen degradam a

lectina da E. hystolyica

3. Resposta Imune

Relação Parasita-Hospedeiro

(75)

Diagnóstico  

Ø  Clínico – diarréia/síndrome do cólon irritável Ø  Parasitológico de fezes

ü  Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas)

ü  Trofozoítas em fezes líquidas ü  Cultura de fezes

Ø Diagnóstico imunológico

ü  ELISA para detecção de antígeno nas fezes

ü  ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva Ø Diagnóstico Molecular

(76)

Ø 

Problemas

ü 

Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas

• 

E. histolytica x E. coli

• 

E. histolytica x E. dispar

(77)
(78)

Morfologia - trofozoítas

Entamoeba histolytica

Entamoeba coli

E. histolytica X E. coli

Diagnóstico diferencial

(79)

Morfologia (cistos)

Entamoeba histolytica

Entamoeba coli

E. histolytica X E. coli

Diagnóstico diferencial

(80)
(81)

E. histolytica

: espécie patogênica com potencial

invasivo

virulência dependente

- cepa

- resposta do hospedeiro

E. dispar:

espécie não patogênica que raramente

causa erosão de mucosa

10X mais frequente

portadores assintomáticos

(82)

Tratamento

Formas intestinais

Medicamento Adulto Criança

SECNIDAZOL 2g, VO, dose

única 30mg/kg/dia, VO METRONIDAZOL 500mg, VO, 3x/

dia, 5 dias 35mg/kg/dia, VO, 5 dias TINIDAZOL 2g, VO

2 dias TECLOZAM

(somente formas leves ou assintomáticas)

1,5g, VO, dose

(83)

Tratamento

Formas graves

Medicamento Adulto Criança

METRONIDAZOL 750mg, VO, 3x/

dia, 10 dias 50mg/kg/dia, VO, 10 dias TINIDAZOL 50mg/kg/dia,

(84)
(85)

Profilaxia e Controle

Vacinas (experimentais)

Alvos

ü  trofozoítas (via oral)

ü  cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)

Portadores assintomáticos!

1.  Saneamento básico 2.  Educação sanitária 3.  Tratamento de água

4.  Controle de alimentos (lavar frutas e verduras) 5.  Tratamento das fontes de infecção

(86)

The genome of the protist parasite Entamoeba histolytica.

Nature 2005, 433:865

Predicted metabolism of E. histolytica based on analysis of the genome sequence data.

(87)

Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria

Amebíase como doença oportunista

Família Hartmannellidae Gênero Acanthamoeba

Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas. Parasitas facultativos em vertebrados.

Família Leptomyxiidae Gênero Balamuthia Meningoencefalite amebiana primária Úlcera de córnea

Ceratite Encefalite amebiana granulomatosa Infecção cutânea crônica

(88)

Trofozoítos fagocitam e digerem microorganismos

(89)

Mecanismos de transmissão

Acanthamoeba Naegleria fowleri

Encontradas em todo o mundo no solo, água (rios, lagos, piscinas, água encanada).

Cistos estáveis por 8 meses a temperatura ambiente. Naegleria fowleri – contato com água, contaminação via

epitélio neurolfatório - indivíduos sadios

Acanthamoeba – contato com água, uso de lentes de contato. Contaminação local, via epitélio olfatório, via hematogênica.

Fatores determinantes para infecção:

Temperatura, dose infectante, capacidade de persistir nas mucosas, imunidade de mucosa, imunodeficiência

(90)

Acanthamoeba

 

A. culbertsoni A. polyphaga A. hatchetti A. castellanii

(91)

Acanthamoeba

spp.

trofozoítos

cistos

(92)

• Infecção ocular

(ceratites)

(93)

Acanthamoeba -

Patogenia

Infecção ocular

Micro-lesão ou trauma pré-existente (lentes de contato, por exemplo)

Contato adesão efeito citopático lesão/morte celular Serino e cisteíno-proteases Fagocitose/ apoptose Persistência de cistos

(94)

AMEBAS DE VIDA LIVRE

•  Encefalite amebiana granulomatosa

(95)

Acanthamoeba

Pacientes com imunodepressão

Encefalite amebiana granulomatosa

Infecção cutânea crônica

(96)

Amebíase como doença oportunista

Família Vahlkamphidae

Gênero Naegleria

Naegleria fowleri

(97)

Meningoencefalite amebiana primária Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria N.gruberi N. lovaniensis N. australiensis

Naegleria fowleri

(98)

Patogenia

Naegleria

Ø  Meningoencefalite amebiana primária, ocorre principalmente em indivíduos jovens.

Ø  Doença rara, mas fulminante.

Ø  Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.

Ø Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora de poros, fosfolipase, outras proteases.

(99)

Diagnóstico

Ø  Exame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose

normal ou baixa, proteína elevada

Ø  Pesquisa de trofozoítos

Ø  Ceratite – raspado de córnea e cultura Ø  Exame direto

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