• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda (Guarda)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda (Guarda)"

Copied!
276
0
0

Texto

(1)

TPG

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Cláudia Mansa Gabriel Moreira novembro

1

2017

(2)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

CLÁ UD IA MA R IS A G ABR I E L MO RE IR A

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

(3)

Página | i

Relatório de Estágio Curricular para Obtenção do Grau de

Licenciatura em Gestão

Realizado em Contexto de Estágio na Empresa EGIPOC

Atividades de Contabilidade e Auditoria; Consultoria Fiscal

CLÁ UD IA MA R IS A G ABR I E L MO RE IR A

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

(4)

Página | ii

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Aluna:

Nome: Cláudia Marisa Gabriel Moreira Número: 1011647

Licenciatura em:

Gestão

Instituição de Ensino:

Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Contactos: Telefone: 271 220 164/ 271 220 120 E-mail: estg-geral@ipg.pt

Empresa Recetora de Estágio:

Nome: EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda

Morada: Avenida Monsenhor Mendes Carmo Lote 2, 2º Cave Direita, 6300-586 Guarda

Contactos Empresa: Telefone: 271 215 795 E-mail: geral@egipoc.pt

Supervisor de Estágio Curricular na Empresa:

Luís Martinho Caldeira Ornelas, Contabilista Certificado (CC) nº 41934

Orientador de Estágio Curricular na ESTG-IPG:

Nome: Professor António Joaquim Pires Lourenço Grau Académico: Mestrado em Gestão

Período de Estágio Curricular:

(5)

Página | iii

PLANO DE ESTÁGIO

No decorrer do segundo semestre do ano letivo 2016/2017 a estagiária resolveu procurar na cidade da Guarda uma empresa onde pudesse realizar o estágio curricular previsto no plano curricular da Licenciatura em Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), de modo a colocar em prática, de uma forma eficaz, todos os conteúdos programáticos lecionados durante os três anos de Licenciatura, assim como aprofundar conhecimentos e ganhar novas competências na área da Gestão.

Após alguns contactos, a escolha recaiu sobre uma empresa de Contabilidade, a EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda., onde a estagiária se deslocou e obteve aprovação para a realização do respetivo estágio.

Nessa visita a estagiária conseguiu aperceber-se das atividades desenvolvidas pela empresa, assim como, as que viria a desenvolver durante o estágio. Foi definido pelo seu supervisor o plano de estágio, que descreve as atividades que a estagiária viria a desenvolver na empresa durante o estágio:

1) Receção dos documentos, organização e arquivo dos mesmos. Classificação e lançamento

nos programas de contabilidade;

2) Preenchimento de todas as declarações e mapas fiscalmente exigíveis dos clientes bem

como o respetivo envio pela Internet nos sites das diversas entidades competentes, designadamente, Portal das Finanças, Segurança Social entre outros;

3) Encerramento de contas;

4) Deslocação às diversas instituições públicas a fim de resolver em nome dos clientes

situações pendentes e/ou entregar documentos.

Em síntese o supervisor garantiu que durante o período de estágio iria ser desenvolvida a capacidade teórica e prática para que a estagiária conseguisse enfrentar o mercado de trabalho, pois o principal objetivo do estágio era conseguir dar a conhecer todas as atividades realizadas durante o ano contabilístico num período de tempo mais reduzido, tanto para as empresas como para sujeitos passivos em nome individual.

(6)

Página | iv

RESUMO

O presente relatório de estágio está enquadrado no plano curricular da Licenciatura em Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Apresenta como objetivo relatar as atividades desenvolvidas no período de 5 de junho de 2017 a 18 de agosto de 2017 na empresa EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda..

O relatório encontra-se subdividido em quatro capítulos, de maneira a que sejam apresentadas as várias atividades realizadas na empresa durante o período de estágio. Desta forma, este inicia-se com uma abordagem sobre o estágio e a apresentação do gabinete recetor do mesmo, recorrendo a uma análise histórica da empresa. O segundo capítulo pretende dar suporte às atividades desenvolvidas, recorrendo aos conceitos teóricos adquiridos na parte curricular da Licenciatura. O terceiro capítulo apresenta o plano de estágio cumprido e, ainda, todas as atividades desenvolvidas, incluindo os procedimentos contabilísticos de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). O quarto capítulo apresenta uma descrição teórica de todo o processo subjacente ao encerramento de contas.

Serão apresentados anexos que foram utilizados para uma melhor compreensão do relatório, sendo a maioria dos mesmos relativos a documentos originais, embora estes tenham sofrido algumas alterações para que assim não sejam identificadas as partes envolvidas, de modo a cumprir com o dever de sigilo profissional a que está obrigado qualquer profissional na área da contabilidade.

Palavras-Chave: Gestão, Contabilidade, Contabilista Certificado (CC), SNC.

(7)

Página | v

AGRADECIMENTOS

Ao longo da minha vida de estudante existiram inúmeras pessoas e situações que contribuíram, direta ou indiretamente, para que esta etapa da minha vida se concretizasse com sucesso. Por isso, quero aproveitar para manifestar o meu agradecimento por todo o apoio e colaboração de um conjunto de pessoas, que me apoiaram ao longo desta caminhada.

Em primeiro lugar queria agradecer à minha família, em especial aos meus pais, que durante estes três anos sempre me incentivaram e ensinaram que sem esforço e sem dedicação não seria possível atingir os objetivos que todas as pessoas traçam para a sua vida. Não esquecendo da minha irmã, a quem agradeço imenso, por me ensinar a partilhar os melhores momentos nesta cidade, por todos os segredos, por todas as brincadeiras e por tudo o que passamos nesta cidade juntas e que nunca vou esquecer. Queria ainda agradecer ao meu avô, que apesar de ter falecido durante o meu primeiro ano desta grande etapa, que foi o ensino superior, sinto que nunca me deixou desistir nem quis que eu me fosse abaixo, apesar de todas as lágrimas derramadas e de todo o sofrimento. Um muito obrigado!

Em segundo lugar, queria agradecer ao meu namorado, que apesar de ter aparecido na minha vida apenas neste último ano, conseguiu marcar-me da melhor maneira. Ensinando-me a não baixar a cabeça e simplesmente a lutar pelos meus sonhos e pelos objetivos que tinha traçado. Por ter cuidado de mim, mesmo antes de eu saber que estava a precisar. Por todas as vezes que me enxugou as lágrimas quando a maior parte das pessoas me viravam as costas ou diziam que eram apenas nervos. Queria agradecer ainda por toda a paciência que conseguiu ter comigo até agora, em especial durante o estágio curricular, por ter sido uma mudança na vida de qualquer estudante, mas que serve para crescer tanto a nível pessoal como a nível profissional. Obrigada!

Queria também agradecer a todos os meus amigos, por todas as brincadeiras, ajudas e opiniões que me deram. Por todos os momentos vividos nesta cidade, que apesar de pequena conseguiu unir pessoas dos mais diversos pontos do país. Este agradecimento é ainda mais especial para os meus colegas de curso, pois cada um à sua maneira conseguiu que eu levasse comigo um

(8)

Página | vi

bocadinho deles, porque todos me ensinaram, de uma maneira ou de outra, como deveria lidar com pessoas tão diferentes mas, ao mesmo tempo, tão iguais. Queria ainda que as pessoas futuras do curso, não deixassem morrer a união que se encontrava neste, quando eu entrei, e que fez com que ninguém desistisse de nada e o poder de entreajuda sempre prevaleceu.

Queria ainda agradecer a todos os professores da minha Licenciatura em Gestão, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, por todos os ensinamentos e por todos os apontamento que foram disponibilizando ao longo dos anos. E, ainda, por toda a paciência, o que por vezes não era fácil, mas um muito obrigado por nunca terem desistido.

A toda a equipa da EGIPOC um muito obrigada, pela forma como me receberam e me acolheram, mesmo não me conhecendo de lado algum. Por me terem ensinado e por toda a paciência que tiveram de ter comigo, porque sei que por vezes tinha de perguntar algumas coisas milhares de vezes, pois nem sempre era fácil colocar tudo na cabeça. Por toda a confiança que depositaram em mim e por me fazerem gostar um pouco mais de contabilidade, que era algo que eu via como uma área muito difícil mas que acaba por se tornar fácil com esforço e com paciência, apesar de ser muito trabalhosa. Obrigada!

Por último queria ainda agradecer ao Professor António Joaquim Pires Lourenço, que aceitou ser meu orientador de estágio, apesar de nunca ter sido meu professor nem termos qualquer tipo de ligação anteriormente. Por toda a disponibilidade desde o primeiro dia e pela paciência de me ajudar sempre no que precisasse. Obrigada!

(9)

Página | vii

EPÍGRAFE

“Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz. Caso Contrário, levanto em conta apenas o lado racional, você simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas.”

(10)

Página | viii

ÍNDICE GERAL

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO ... ii

PLANO DE ESTÁGIO ... iii

RESUMO ... iv

AGRADECIMENTOS ... v

EPÍGRAFE ... vii

ÍNDICE GERAL ... viii

ÍNDICE DE FIGURAS ... xi

ÍNDICE DE GRÁFICOS ... xii

ÍNDICE DE TABELAS ... xiii

GLOSSÁRIO DE SIGLAS ... xv

GLOSSÁRIO ... xviii

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DA EGIPOC – GABINETE DE CONTABILIDADE UNIPESSOAL, LDA. ... 3

1.1. ENQUADRAMENTO ... 4

1.2. A EGIPOC ... 4

1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 7

1.4. ENQUADRAMENTO DA CARTEIRA DE CLIENTES ... 9

1.4.1. ENTIDADES COM CONTABILIDADE ORGANIZADA ... 11

1.4.2. ENTIDADES COM CONTABILIDADE NÃO ORGANIZADA ... 11

CAPÍTULO 2 – PERSPETIVA TEÓRICA DE CONTABILIDADE ... 13

2.1. ENQUADRAMENTO ... 14

2.2. DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE ... 14

2.3. CIRCUITOS ... 15

2.4. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ... 17

2.4.1. CÓDIGO DE CONTAS ... 18

2.4.2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS... 19

(11)

Página | ix

2.5.1. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES ... 21

2.5.2. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS COLETIVAS ... 24

2.5.3. IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO ... 30

2.5.4. IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO ... 31

2.5.4.1. TAXAS DE IMPOSTO ... 32

2.5.4.2. ISENÇÕES DO IVA ... 33

2.5.4.3. NORMATIVO FISCAL ... 36

2.5.4.4. APURAMENTO DO IVA... 40

2.5.4.5. DECLARAÇÃO PERIÓDICA DO IVA ... 42

2.5.4.6. PAGAMENTO OU REEMBOLSO DO IMPOSTO ... 43

2.6. OUTRAS OBRIGAÇÕES DOS SUJEITOS PASSIVOS DE IVA ... 44

2.6.1. DECLARAÇÃO DE INÍCIO DE ATIVIDADE ... 45

2.6.2. DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÃO DE ATIVIDADE ... 45

2.6.3. DECLARAÇÃO DE CESSAÇÃO DE ATIVIDADE ... 46

2.6.4. INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA ... 46

2.6.5. OBRIGAÇÕES DE FATURAÇÃO ... 48

2.6.6. OBRIGAÇÕES CONTABILÍSTICAS ... 49

2.7. PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS ... 49

2.8. RELATÓRIO ÚNICO ... 56

CAPÍTULO 3 – ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO CURRICULAR ... 57

3.1. ENQUADRAMENTO ... 58

3.2. LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS ... 59

3.3. SOFTWARE FILOSOFT SNC.32 ... 67

3.3.1. REGISTO DE FATURAS ... 71

3.3.1.1. CONTAS A RECEBER E A PAGAR ... 71

3.3.1.2. COMPRAS ... 73

3.3.1.3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ... 76

3.3.1.4. GASTOS COM O PESSOAL ... 84

3.3.1.5. OUTROS GASTOS ... 85

(12)

Página | x 3.4. SOFTWARE FILOSOFT GRB.32 ... 89 3.5. TRABALHADORES INDEPENDENTES... 93 3.6. PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS... 94 3.6.1. RECIBOS DE VENCIMENTO... 101 3.6.2. ADMISSÃO/CESSAÇÃO DE COLABORADORES ... 102

3.7. INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL ... 105

3.8. OUTROS TRABALHOS REALIZADOS NO ESTÁGIO ... 107

3.8.1. FICHEIRO STANDARD AUDIT FILE FOR TAX PURPOSES ... 107

3.8.2. CERTIDÃO DE DÍVIDA E NÃO DÍVIDA DAS FINANÇAS ... 109

3.8.3. DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO CONTRIBUTIVA ... 110

3.8.4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO EXTERIOR ... 111

CAPÍTULO 4 – OPERAÇÕES DE FIM DE EXERCÍCIO ... 112

4.1. ENQUADRAMENTO ... 113

4.2. ENCERRAMENTO DE CONTAS ... 113

4.2.1. INVENTÁRIO GERAL ... 115

4.2.2. REGULARIZAÇÃO DAS CONTAS ... 115

4.2.3. BALANCETE DE RETIFICAÇÃO (MÊS 13) ... 117

4.2.4. BALANCETE DE APURAMENTO DE RESULTADOS (MÊS 14) ... 118

4.2.5. BALANCETE FINAL (MÊS 15) ... 118

4.2.6. PRESTAÇÃO DE CONTAS ... 118

4.2.7. DOSSIER FISCAL ... 120

4.3. SOFTWARE FILOSOFT GIMO.32 ... 120

CONCLUSÃO ... 123

BIBLIOGRAFIA ... 125

WEB REFERÊNCIAS ... 130

ANEXOS ... 131

(13)

Página | xi

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Localização da Empresa EGIPOC ... 6

Figura 2: Logótipo da Empresa EGIPOC ... 7

Figura 3: Organograma da Empresa EGIPOC ... 7

Figura 4: Processos de Contabilidade ... 14

Figura 5: Circuitos da Contabilidade ... 16

Figura 6: Classificação de Impostos ... 21

Figura 7: Taxas de IRS ... 22

Figura 8: Taxas Adicionais de IRS ... 22

Figura 9: Taxas de IUC Aplicáveis aos Veículos da Categoria A ... 31

Figura 10: Apuramento do IVA ... 41

Figura 11: IVA a Pagar ou IVA a Recuperar ... 42

Figura 12: Declaração de Remunerações da Segurança Social ... 51

Figura 13: Extrato Bancário ... 64

Figura 14: Balancete Contabilístico ... 65

Figura 15: Criação de uma Nova Empresa ... 68

Figura 16: Criação do Plano de Contas ... 69

Figura 17: Lançamento dos Documentos ... 70

Figura 18: Ficha de um Cliente/Fornecedor ... 70

Figura 19: Lançamento dos Documentos ... 91

Figura 20: Preenchimento no Programa Contabilístico ... 92

Figura 21: Exemplos de Lançamentos no Software Filosoft GRB.32 ... 92

Figura 22: Recibo Verde Eletrónico ... 94

Figura 23: Confirmação do Mês Trancado e Criar Novo Mês ... 96

Figura 24: Listagem dos Colaboradores ... 96

Figura 25: Movimentos Adicionais para o Processamento ... 97

Figura 26: Impressão dos Recibos de Vencimento ... 97

Figura 27: Impressão dos Mapas Referentes à Segurança Social ... 98

(14)

Página | xii

Figura 29: Impressão dos Mapas Referentes à Autoridade Tributária ... 99

Figura 30: Trancar o Mês em que foi Realizado o Processamento de Salários ... 100

Figura 31: Imputações à Contabilidade ... 100

Figura 32: Exemplo de um Recibo de Remunerações ... 101

Figura 33: Inscrição na Segurança Social ... 103

Figura 34: Comunicação do Novo Colaborador ... 103

Figura 35: Admissão de Trabalhadores nos FCT ... 104

Figura 36: Acesso ao Site do E-fatura ... 108

Figura 37: Envio e Validação do Ficheiro SAF-T (PT) ... 108

Figura 38: Obtenção da Certidão de Dívida e Não Dívida das Finanças ... 109

Figura 39: Pedido da Declaração de Situação Contributiva ... 110

Figura 40: Sequência das Operações de Fim de Exercício ... 114

Figura 41: Emissão dos Mapas 31 e 32 ... 122

Figura 42: Bens Existentes na Entidade ... 122

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Regime de Contabilidade dos Clientes da EGIPOC ... 10

(15)

Página | xiii

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Elementos Fundamentais do SNC ... 17

Tabela 2: Código de Contas ... 18

Tabela 3: Taxas de IRC ... 25

Tabela 4: Taxas de Derrama Estadual ... 26

Tabela 5: Cálculo do Pagamento por Conta ... 28

Tabela 6: Cálculo do Pagamento Especial por Conta ... 29

Tabela 7: Taxas do Pagamento Adicional por Conta ... 30

Tabela 8: Taxas de IVA ... 33

Tabela 9: Isenções do IVA ... 34

Tabela 10: Taxas Contributivas para a Segurança Social ... 52

Tabela 11: Tabela de Retenção de IRS em 2017 ... 53

Tabela 12: Sobretaxas de IRS ... 54

Tabela 13: Classificação dos Documentos ... 61

Tabela 14: Movimentação de Contas ... 62

Tabela 15: Dados Necessários para Inserir uma Empresa no Software Filosoft SNC.32 ... 68

Tabela 16: Pagamento da TSU à SS... 71

Tabela 17: Pagamento do IVA ... 72

Tabela 18: Pagamento do FCT ... 72

Tabela 19: Pagamento do IRS – DMR ... 73

Tabela 20: Fatura de Compra de Mercadorias no Mercado Nacional ... 74

Tabela 21: Fatura de Compra com Diferentes Taxas de IVA no Mercado Nacional ... 75

Tabela 22: Nota de Crédito a Favor do Estado ... 76

Tabela 23: Fatura de Trabalhos Especializados ... 77

Tabela 24: Fatura de Eletricidade ... 77

Tabela 25: Fatura de Combustível no Mercado Nacional ... 78

Tabela 26: Fatura de Combustível no Mercado Intracomunitário ... 79

Tabela 27: Fatura da Água ... 80

(16)

Página | xiv

Tabela 29: Fatura de Deslocações, Estadas e Transportes no Mercado Nacional ... 81

Tabela 30: Fatura de Comunicação ... 82

Tabela 31: Recibo de Renda de Instalação para a Atividade ... 83

Tabela 32: Recibo de Seguro de Viaturas ... 84

Tabela 33: Recibo de Seguro de Acidente de Trabalho ... 85

Tabela 34: Pagamento do IUC ... 85

Tabela 35: Fatura de Venda de Mercadorias no Mercado Nacional ... 86

Tabela 36: Nota de Crédito a Favor da Empresa ... 87

Tabela 37: Fatura de Prestação de Serviços em Território Nacional ... 88

Tabela 38: Fatura de Prestação de Serviços em Países Comunitários ... 88

Tabela 39: Fatura de Prestação de Serviços Isenta de IVA, sem Direito a Dedução ... 89

(17)

Página | xv

GLOSSÁRIO DE SIGLAS

AFT – Ativos Fixos Tangíveis AI – Ativos Intangíveis

AR – Assembleia da República

AT – Autoridade Tributária e Aduaneira BT – Base Tributável

CAE – Classificação Portuguesa das Atividades Económicas CC – Contabilista Certificado

CIRC – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas CIRS – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares CIVA – Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

CMR – Convenção Relativa ao Contrato de Transporte Internacional de Mercadorias por Estrada CMVMC – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

CP – Capital Próprio

CPPT – Código de Procedimento e de Processo Tributário CSC – Código das Sociedades Comerciais

CT – Código do Trabalho

CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa DL – Decreto-Lei

DMR – Declaração Mensal de Remunerações DR – Demonstração de Resultados

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão FCT – Fundos de Compensação do Trabalho

FGCT – Fundos de Garantia de Compensação do Trabalho FR – Fatura-Recibo

FT – Fatura

GPS – Global Positioning System

IES – Informação Empresarial Simplificada IPG – Instituto Politécnico da Guarda

(18)

Página | xvi

IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas IRN – Instituto dos Registos e do Notariado

IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IUC – Imposto Único de Circulação

IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado

MTSSS – Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social NC – Nota de Crédito

NC-ME – Normas Contabilísticas para Microentidades NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

NCRF-ME – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro para Microentidades NCRF-PE – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades NIF – Número de Identificação Fiscal

NIPC – Número de Identificação de Pessoa Coletiva NISS – Número de Identificação de Segurança Social Nº – Número

O.B.S. – Outros Bens e Serviços

OCC – Ordem dos Contabilistas Certificados

OCIP – Orçamento e Contas de Instituições Particulares de Solidariedade Social PC – Pagamento por Conta

PEC – Pagamento Especial por Conta POC – Plano Oficial de Contabilidade RAI – Resultado Antes de Imposto

RITI – Regime de IVA nas Transações Intracomunitárias RLE – Resultado Líquido do Exercício

RLP – Resultado Líquido do Período

SAFT-PT – Standard Audit File for Tax Purposes Portuguese Version SC – Saldo Credor

SD – Saldo Devedor

(19)

Página | xvii

SIP – Sistema de Inventário Permanente

SNC – Sistema de Normalização Contabilística SS – Segurança Social

TSU – Taxa Social Única UE – União Europeia VN – Volume de Negócios

(20)

Página | xviii

GLOSSÁRIO

 Amortização – é um processo que encerra dívidas através de pagamentos periódicos, até

que ela se extinga (Oliveira, 2016/2017);

 Ativo – compreende os bens e direitos de uma organização (Oliveira, 2016/2017);

 Ativos Fixos Tangíveis – são recursos que uma entidade detém, com caráter de

continuidade, que ajuda as empresas na produção ou na prestação de serviços (Oliveira, 2016/2017);

 Ativos Intangíveis – são recursos incorpóreos, porque possuem valores económicos mas

carecem de substância física (Oliveira, 2016/2017);

 Balancete – instrumento contabilístico que permite visualizar o total de débitos e créditos

de cada conta, assim como, o saldo existente em cada uma delas (MFAP, 2015h);

 Capital Próprio – compreende o capital social, as reservas e os resultados da empresa

(Oliveira, 2016/2017);

 Comerciante – toda a pessoa que pratica atos de comércio, com o intuito de obter lucro

(Oliveira, 2016/2017);

 Consumidor – toda a pessoa que adquire bens de consumo, sejam produtos ou serviços

(Oliveira, 2016/2017);

 Contabilidade não Organizada – é o regime utilizado para todas os profissionais liberais e

empresários em nome individual, que tenham um montante anual ilíquido de rendimentos inferior a 200.000,00€ (AT, 2017d);

 Contabilidade Organizada – é o regime utilizado para todos os empresários que tenham

um montante anual ilíquido de rendimentos superior a 200.000,00€ (AT, 2017d);

 Fatura – documento comercial, que representa a venda a clientes (AT, 2017e);

 Fatura-Recibo – é uma fatura e um recibo em apenas um documento (AT, 2017e);

 Fatura Simplificada – é um documento de venda que fica automaticamente liquidado

quando é emitido. Esta só pode ser emitida quando o valor não for superior a 1.000€ para retalhistas e vendedores ambulantes, e 100€ para as restantes atividades (AT, 2017e);

 Nota de Crédito – é um documento que se emite quando há necessidade de efetuar uma

(21)

Página | xix

 Nota de Encomenda – é um documento que o comprador entrega ao vendedor para

solicitar certas mercadorias, onde consta a quantidade a comprar, o tipo de produto, o preço, as modalidades de pagamento, assim como os dados fiscais de ambas as partes (AT, 2017e);

 Passivo – compreende as dívidas da empresa para com terceiros (Oliveira, 2016/2017);

 Prestação de Serviços – operações efetuadas a título oneroso que não constituem

transmissões, aquisições intracomunitárias ou importações de bens (AT, 2017e);

 Recibo – documento escrito que se entrega para registar e certificar que alguém pagou o

valor faturado que devia (AT, 2017e);

 Reconciliação Bancária – visa assegurar que as transações financeiras de uma empresa

estão devidamente registadas na contabilidade, de acordo com o extrato bancário (Oliveira, 2016/2017);

 Retenção na Fonte – é um mecanismo de pagamento antecipado da Taxa de IRS, ao longo

do ano, para que o pagamento não seja realizado na sua totalidade (AT, 2017g);

 Subsídio de Alimentação – é cedido pela empresa ao funcionário, atribuído diariamente,

para comparticipar as despesas resultantes de uma refeição realizada durante o período de trabalho (AR, 2017);

 Subsidiárias – são entidades constituídas sob a forma de qualquer sociedade, que são

controladas por uma outra entidade, designada por empresa-mãe (Oliveira, 2016/2017);

 Taxonomias – são tabelas com códigos pré-definidos na Portaria nº 302/2016 do Ficheiro

Standard Audit File for Tax Purposes Portuguese Version (SAF-T PT), que vão permitir

relacionar as contas de um determinado Plano de Contas e as rubricas contabilísticas existentes em cada entidade (AT, 2016);

 Vales de Refeição – forma de pagamento do subsídio de alimentação aos colaboradores,

através de vales com montantes em dinheiro que podem ser descontados em lojas de distribuição alimentar ou restaurantes. Os vales de refeição devem apresentar valores até 7,23€ por dia (AR, 2017).

(22)

Página | 1

INTRODUÇÃO

O estágio curricular desempenha um papel muito importante de ligação ao mercado de trabalho, promovendo assim a realização profissional e pessoal. Na empresa, a estagiária teve a oportunidade de aplicar e consolidar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo dos anos da Licenciatura em Gestão. Deste modo, as várias matérias estudadas foram aplicadas na prática, não de forma isolada, mas como um todo.

O estágio decorreu na empresa EGIPOC – Gabinete de Contabilidade Unipessoal, Lda., (doravante será designada por EGIPOC), a partir de 05 de junho de 2017 até 18 de agosto de 2017, e permitiu à estagiária compreender as funções de um Contabilista Certificado (CC) na comunidade empresarial.

Assim, este relatório de estágio está estruturado em quatro capítulos que traduzem as várias atividades realizadas na empresa durante o período de estágio.

O primeiro capítulo compreende uma breve apresentação da empresa onde foi realizado o estágio curricular, apresentando a localização da empresa, a sua história, o seu funcionamento e outros procedimentos a ele subjacentes. Por fim, são referidos os dois regimes de contabilidade dos seus clientes (Contabilidade Organizada e Contabilidade não Organizada).

O segundo capítulo compreende vários conceitos de contabilidade que sustentam o trabalho e explicam o objetivo de alguns procedimentos, nomeadamente a referência ao apuramento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) através do Modelo 3, e ainda ao apuramento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) através da Modelo 22, em conformidade com os procedimentos contabilísticos do Sistema de Normalização Contabilistica (SNC) que se encontra em vigor, aprovado pelo Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho (MF, 2015).

(23)

Página | 2

O terceiro capítulo apresenta as atividades realizadas durante o estágio, começando por apresentar o tratamento contabilístico desta empresa, desde a receção até ao arquivo dos documentos. Para demonstrar alguns lançamentos no Software utilizado pela empresa, foi escolhida uma empresa cliente que disponibilizou os seus documentos, sendo estes lançados de acordo com o Sistema de Normalização Contabilistica (SNC). São ainda apresentados os procedimentos necessários para o Processamento de Salários.

O quarto capítulo compreende o encerramento de contas, descrevendo-se as diversas fases a ele inerentes e os documentos de prestação de contas, nomeadamente, as demonstrações financeiras que resultam do encerramento do exercício económico.

Este relatório é finalizado expondo as conclusões finais do estágio curricular, onde será reconhecida a importância do mesmo, as dificuldades encontradas e ainda alguns comentários finais. São ainda apresentados os anexos que servem de suporte às atividades desenvolvidas durante o estágio curricular, exemplificadas no desenrolar deste relatório.

Como a maioria dos anexos dizem respeito a documentos originais, tiveram de sofrer alterações para não ser possível a identificação das partes envolvidas, no cumprimento do dever do sigilo profissional a que está obrigado qualquer profissional na área de contabilidade.

(24)

Página | 3

CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO DA EGIPOC – GABINETE DE

CONTABILIDADE UNIPESSOAL, LDA.

(25)

Página | 4

1.1. ENQUADRAMENTO

Este capítulo pretende dar a conhecer a empresa recetora do estágio curricular, através da sua história, dos seus valores e do seu grupo de trabalho. Serão ainda apresentadas outras informações, assim como, a sua localização e a sua estrutura organizacional. Por fim, são referidos os dois regimes de contabilidade dos clientes desta empresa (Contabilidade Organizada ou Contabilidade não Organizada também designada por Regime Simplificado).

1.2. A EGIPOC

1

A empresa EGIPOC iniciou a sua atividade em 1999, com um capital social de 5.000,00€, sendo este repartido de igual forma por dois titulares, Doutor Luís Martinho Caldeira Ornelas e Paulo José Santos Pereira. Nesta altura, como era uma empresa constituída por dois sócios cujo capital se encontrava dividido por quotas, apresentava como natureza jurídica a Sociedade por Quotas.

Posteriormente, esta empresa obteve uma transformação para Sociedade Unipessoal, por quotas, sendo constituída por um único sócio, que pode ser uma pessoa singular ou coletiva, que se apresenta como o titular da totalidade do capital social (IRN, 2016). Esta mudança apresenta como vantagens em que o único titular controla toda a atividade da empresa e o capital pode ser livremente definido pelo titular, desde que não seja inferior a um euro. Neste caso, o capital social investido foi de 3.000,00€ investido na sua totalidade pelo Doutor Luís Martinho Caldeira Ornelas.

A EGIPOC foi fundada para atender a todos os tipos de clientes e entidades, desde Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), como empresas que apresentem Contabilidade Organizada ou Contabilidade Não Organizada.

(26)

Página | 5

Os objetivos de uma empresa são resultados quantitativos e qualitativos que as empresas necessitam alcançar num determinado prazo, com a finalidade de ser cumprida a sua missão. A missão consiste numa declaração escrita que traduz os ideais e orientações globais da empresa (Oliveira, 2015/2016).

Os objetivos da EGIPOC são conceder aos clientes atividades de contabilidade, auditoria e consultoria fiscal, consultoria para os negócios e a gestão, atividades combinadas de serviços administrativos e de apoio aos edifícios, apoio logístico às empresas e estudos, análise e realização de projetos económicos e financeiros, e por fim a gestão de condomínios. Sendo que a sua missão é auxiliar e executar as informações para a tomada de decisões dos clientes, prestando serviços com qualidade e competência.

A EGIPOC apresenta como Número de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC) 504 505 696, e a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE) principal é o 69200-R3 (Atividades de Contabilidade e Auditoria; Consultoria Fiscal), possuindo ainda como CAE secundário (1): 70220-R3 (Outras Atividades de Consultoria para os Negócios e a Gestão), CAE secundário (2): 82110-R3 (Atividades Combinadas de Serviços Administrativos), CAE secundário: 81100-R3 (Atividades Combinadas de Apoio aos Edifícios).

No que diz respeito à localização da empresa, esta possui a sua sede na Avenida Monsenhor Mendes do Carmo nº 7, 2ª Cave Direita na cidade da Guarda (Figura 1), com as coordenadas de

(27)

Página | 6

Figura 1: Localização da Empresa EGIPOC Fonte: Elaboração Própria

O Horário de Funcionamento da EGIPOC, tanto para os colaboradores, como para os clientes, é das 09:00 horas até às 18:30 horas, usufruindo de uma pausa para almoço das 12:30 horas até às 14:00 horas, encontrando-se encerrada aos fins de semana. É possível contactar a empresa através

do seu e-mail: geral@egipoc.com, ou por contacto telefónico 271 215 795/ 919 886 332.

Todas as empresas são reconhecidas através de um logótipo, que consiste na representação visual ou gráfica, que serve para identificar uma marca ou uma empresa, ou seja, é utilizado para diferenciar as empresas em relação aos concorrentes, expondo um significado de acordo com as atividades que a empresa desempenha (Oliveira, 2015/2016). O logótipo da EGIPOC encontra-se representado na Figura 2.

(28)

Página | 7

Figura 2: Logótipo da Empresa EGIPOC Fonte: EGIPOC

1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A estrutura organizacional é ilustrada através de um organograma, e retrata a forma como uma empresa é organizada conforme as suas atividades, que se encontram divididas e organizadas de acordo com as responsabilidades de cada colaborador. O organograma mostra como estão dispostos os órgãos ou departamentos, a hierarquia e as relações de comunicação que existem entre eles. Sendo que os órgãos estão ordenados em níveis que representam a hierarquia existente entre eles, pois quanto mais alto estiver maior é a autoridade da atividade desempenhada (Oliveira, 2014/2015).

Seguidamente, na Figura 3 é apresentado o organograma da empresa EGIPOC:

Figura 3: Organograma da Empresa EGIPOC Fonte: Elaboração Própria

A nível organizacional, a empresa conta com quatro colaboradoras permanentes que asseguram os serviços com as diversas empresas clientes, tanto as que apresentam Contabilidade Organizada como as que apresentam Contabilidade Não Organizada.

(29)

Página | 8

A gerência da EGIPOC, assim como de todos os gabinetes de contabilidade, tem como função organizar, supervisionar e planear, desde os colaboradores até todos os relatórios e registos para assegurar que todos são realizados de acordo com os princípios e normas da contabilidade, dentro dos prazos estipulados e das normas estabelecidas pela empresa desde a sua criação. Ou seja, o gerente possui a capacidade de orientar todos os seus colaboradores, assim como a capacidade de emissão e de registo de todos os documentos fiscais de todos os clientes, tomando assim, as decisões de maior importância e responsabilidade.

O departamento de Contabilidade recebe os documentos que estão relacionados com a atividade de cada empresa cliente, nomeadamente faturas, recibos, documentos de vendas, entre outros, classificando-os e enquadrando-os nas respetivas contas, de forma a facilitar os lançamentos contabilísticos. Este departamento é constituído pelos Contabilistas Certificados (CC) e pelos Técnicos de Contabilidade.

Um Contabilista Certificado (CC) desempenha funções ligadas com a fiscalidade e trata das contas da empresa certificando-se que estão de acordo com a lei e que são realizadas as contribuições para o Estado. O CC tem para com as entidades pelas quais é responsável, deveres de informação, tal como se encontra explícito no Artigo 11º do Código Deontológico dos Contabilistas Certificados, constante do Anexo II da Lei nº 139/2015, de 7 de Setembro (AR, 2015), que transformou a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) em Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC):

“a) Informá-las das suas obrigações contabilísticas, fiscais e legais relacionadas exclusivamente com o exercício das suas funções;

b) Fornecer todos os esclarecimentos necessários à compreensão dos relatórios e documentos de análise contabilística.”

Ao CC compete ainda o seu sigilo profissional, de acordo com o Artigo 10º do Código Deontológico dos Contabilistas Certificados (OCC, 2017):

(30)

Página | 9 “1 - Os contabilistas certificados e os seus colaboradores estão obrigados ao sigilo

profissional sobre os factos e documentos de que tomem conhecimento no exercício das suas funções, devendo adotar as medidas adequadas para a sua salvaguarda.

2 - O sigilo profissional abrange ainda documentos ou outras coisas que se relacionem, direta ou indiretamente, com os factos sujeitos a sigilo.

3 - A obrigação de sigilo profissional não está limitada no tempo, mantendo-se mesmo após a cessação de funções.

4 - Cessa a obrigação de sigilo profissional quando os contabilistas certificados tenham sido de tal dispensados pelas entidades a que, prestam serviços, por decisão judicial ou ainda quando previamente autorizados pelo conselho diretivo, em casos devidamente justificados. 5 - Os membros dos órgãos da Ordem não devem revelar nem utilizar informação confidencial

de que tenham tomado conhecimento no exercício dos cargos associativos, exceto nos casos previstos na lei.” (OCC, 2017)

Um Técnico de Contabilidade é qualificado para desempenhar tarefas contabilísticas e administrativas para o bom funcionamento das empresas, nomeadamente nos domínios do planeamento, organização, execução e controlo de acordo com a legislação aplicável.

1.4. ENQUADRAMENTO DA CARTEIRA DE CLIENTES

A carteira de clientes da EGIPOC é diversificada, concentrando-se na sua maioria no Concelho da Guarda. Pelo que, assegura a contabilidade a clientes de empresas, empresários em nome individual, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Associações e a particulares.

Os clientes estão subdivididos em dois regimes: Contabilidade Organizada e Contabilidade Não Organizada, também designada por Regime Simplificado (AT, 2017d). A EGIPOC decidiu prestar serviços nos dois regimes. Assim, no ano de 2017 de todos os clientes, 88%

(31)

Página | 10

correspondem à Contabilidade Organizada e os restantes 12% à Contabilidade não Organizada ou Regime Simplificado (Gráfico 1).

Gráfico 1: Regime de Contabilidade dos Clientes da EGIPOC Fonte: EGIPOC

Os regimes de contabilidade encontram-se sujeitos ao enquadramento da legislação fiscal, nomeadamente, o Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (CIRC), o Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (CIRS) e o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA).

As empresas sujeitas ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) têm por obrigação possuir Contabilidade Organizada, enquanto, que os profissionais liberais ou empresários em nome individual, sujeitos ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) podem optar pela Contabilidade não Organizada ou Contabilidade Organizada.

A periodicidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) difere consoante o regime de contabilidade e a situação do cliente. Deste modo, os sujeitos que se encontram no regime de Contabilidade Organizada podem estar incluídos nos três regimes de periodicidade de IVA: mensal ou trimestral, ou isento. Porém, os sujeitos que se encontram no regime de Contabilidade não Organizada estes podem estar incluídos nos dois regimes de IVA: trimestral ou isento.

(32)

Página | 11

1.4.1. ENTIDADES COM CONTABILIDADE ORGANIZADA

Os sujeitos passivos que apresentem um montante anual ilíquido de rendimentos superiores a 200.000€ (150.000€ até 2014) são abrangidos pelo regime de Contabilidade Organizada. Porém, os sujeitos passivos que não excedam esse montante anual ilíquido de rendimentos podem ser tributados pelo regime de Contabilidade Organizada ou pelo Regime Simplificado (AT, 2017d).

O período mínimo de permanência neste regime era de três anos, mas foi extinto em 2015, podendo agora os contribuintes comunicarem a alteração de regime mediante a apresentação da declaração.

Este regime apresenta como vantagem o facto das empresas poderem apurar o lucro ou o prejuízo com extremo rigor, pois todas as despesas vão ser contabilizadas, abatendo assim nos rendimentos da empresa, o que é ideal para as empresas mais complexas e mais extensas. Porém, apesar de ser mais eficiente sobre o ponto de vista fiscal, o sujeito passivo é obrigado a contratar um Contabilista Certificado (CC), que vai ser responsável por submeter as declarações dos sujeitos passivos.

1.4.2. ENTIDADES COM CONTABILIDADE NÃO ORGANIZADA

Os sujeitos passivos ficam automaticamente inscritos neste Regime Simplificado quando iniciam a sua atividade, a não ser que optem pelo regime de Contabilidade Organizada.

Podem pertencer a este regime todas as empresas de natureza comercial, industrial ou agrícola desde que apresentem no período de tributação anterior um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a 200.000€, de acordo com o Artigo 28º do CIRS (AT, 2017d).

Este Regime Simplificado não pressupõe tantas obrigações como o regime de Contabilidade Organizada nem despesas adicionais, pois não é necessária a contratação de um CC para assinar a declaração de IRS, nem verificar os dossiers com documentos relevantes. Porém, este regime é menos eficaz do ponto de vista fiscal porque as despesas não são consideradas.

(33)

Página | 12

Em termos de IRS, 75% dos rendimentos declarados são considerados para efeitos de tributação, sendo os restantes 25% considerados como encargos próprios da atividade, ou seja, são livres de impostos. Ou seja, não se declara no IRS despesas de atividade, como deslocações e aquisição de bens ou serviços indispensáveis à atividade.

(34)

Página | 13

CAPÍTULO 2

(35)

Página | 14

2.1. ENQUADRAMENTO

Neste capítulo irão ser apresentados alguns conceitos teóricos que servem de base às atividades desenvolvidas. Assim sendo, serão apresentados todos os códigos que se encontram de acordo com a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e com todos os normativos fiscais que se encontram em vigor, explicando os respetivos impostos e, ainda, será apresentado o apuramento do IVA.

2.2. DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE

A Contabilidade é a ciência que tem como objetivo o estudo das modificações do património, evidenciando em qualquer momento a sua composição quantitativa e qualitativa tornando-se, assim, um precioso auxiliar da gestão. (Oliveira, 2016/2017)

A Figura 4 resume todos os procedimentos que constam na definição de Contabilidade:

Figura 4: Processos de Contabilidade Fonte: Marques (2014/2015)

 Registo – a situação da empresa e os resultados da atividade empresarial, de um

determinado período, podem ser determinados através da anotação das operações;

 Controlo – permite determinar a situação económico-financeira da entidade; verificar a

eficácia dos serviços; fornecer os dados necessários ao cálculo de determinados impostos: fazer comparações entre os valores previstos e a realidade; informar os responsáveis das

(36)

Página | 15

medidas a tomar para obter êxito na missão; e verificar se os resultados estão de acordo com os objetivos definidos anteriormente;

 Avaliação – possibilita conhecer os custos dos produtos/serviços; facilita a determinação

dos preços de venda dos produtos/serviços; e permite determinar a quantidade, a qualidade e o valor das matérias-primas a adquirir e a utilizar, ou das mercadorias a obter;

 Análise – permite analisar os gastos e os rendimentos; o volume de produção para se

poder concluir se os custos cobrem o investimento; e a produtividade dos colaboradores comparativamente com os de outras entidades similares.

2.3. CIRCUITOS

Todos os dias as empresas relacionam-se com outros indivíduos, de onde resultam operações ativas e passivas. As operações ativas são provocadas pela própria empresa, e as operações passivas direcionam-se à empresa, mas são provocadas pelo exterior. A estes tipos de operações estão associados fluxos que geram entradas e saídas de recursos (Marques, 2014/2015).

A sistematização dos fluxos em função das empresas (ente produtivo) e as famílias (ente consumidor) gera circuitos, que de uma forma geral, podem ser classificados como:

 Circuito Real – representa a entrada e saída de bens e serviços de/para a empresa;  Circuito Monetário – representa a entrada e saída de dinheiro ou equivalentes de/para a

empresa (Pagamentos e Recebimentos);

 Circuito Económico – representa a entrada e saída de todos os fluxos de/para a empresa (Relacionamento entre o Circuito Real e o Monetário).

Numa perspetiva mais técnica e de acordo com a Figura 5, é possível distinguir três tipos de circuitos que são inseridos nos fluxos reais e nos fluxos monetários de uma empresa:

(37)

Página | 16

Figura 5: Circuitos da Contabilidade Fonte: Marques (2014/2015)

 Circuito Financeiro – representa o endividamento entre a empresa e o exterior através de:  Despesas: representa a aquisição, por parte da empresa, de qualquer

bem/serviço ao exterior, independentemente do seu pagamento; e

 Receitas: representa a transmissão, por parte da empresa, de qualquer bem/serviço para o exterior, independentemente do seu recebimento.

 Circuito Económico – representa o consumo de inputs no processo produtivo da empresa e os outputs gerado pelo mesmo processo produtivo, através de:

 Gastos – é a introdução de inputs no processo produtivo para o desenvolvimento da atividade da empresa; e

 Rendimentos – é o resultado final do processo produtivo da empresa (outputs).

 Circuito Tesouraria – representa o recebimento e o pagamento de meios monetário da empresa, devido aos fluxos financeiros ocorridos, através de:

 Pagamento – representa o fluxo monetário de saída, originado pelo fluxo financeiro de entrada (despesa); e

 Recebimento – representa o fluxo monetário de entrada, originado pelo fluxo financeiro de saída (receita).

(38)

Página | 17

2.4. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) é o modelo de normalização contabilística que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2010 (MFAP, 2009), sucedendo o Plano Oficial de Contabilidade (POC). Neste momento encontra-se em vigor o Decreto-Lei nº 98/2015 (MF, 2015).

O Sistema de Normalização Contabilística, doravante designado por SNC, visa a harmonização e modernização contabilística com a União Europeia, através de cinco elementos fundamentais que se encontram descritos na Tabela 1:

Estrutura Conceptual

Conjunto de conceitos contabilísticos que estão implícitos à preparação e apresentação das demonstrações financeiras para as entidades.

Normas

Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF)

São o núcleo central do SNC, e estabelecem os principais aspetos de reconhecimento, mensuração e divulgação.

Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF)

Contemplam as demonstrações financeiras previstas no SNC, que se caraterizam por serem uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de uma entidade.

Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)

Proporcionam informação acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma entidade que seja útil a uma vasta gama de utentes na tomada de decisões económicas.

Código de Contas

É um documento que identifica as contas e respetivas notas de enquadramento de aplicação específica para todas as entidades sujeitas ao SNC, incluindo as entidades do sector não lucrativo e as microentidades.

Tabela 1: Elementos Fundamentais do SNC Fonte: MF (2015)

(39)

Página | 18

2.4.1. CÓDIGO DE CONTAS

O Código de Contas é constituído pelas seguintes componentes (MFAP, 2015g):

 Quadro Síntese de Contas;

 Código de Contas; e

 Notas de Enquadramento.

Este documento serve para identificar as contas em que vão ser lançados todos os documentos contabilísticos, dividindo-se assim em oito classes como mostra a Tabela 2.

Classe Descrição Classe Descrição

1 Meios Financeiros Líquidos 5 Capital, Reservas e Resultados

Transitados

2 Contas a Receber e a Pagar 6 Gastos

3 Inventários e Activos Biológicos 7 Rendimentos

4 Investimentos 8 Resultados

Tabela 2: Código de Contas Fonte: Anexo 1

 Classe 1 – destina-se a registar os Meios Financeiros Líquidos, que incluem o dinheiro e

depósitos bancários, assim como, os ativos ou passivos financeiros mensurados ao justo valor, cujas alterações sejam reconhecidas na demonstração de resultados. As contas utilizadas nesta classe serão a conta 11.1 que corresponde à Caixa Principal, e a conta 12.1 que corresponde à conta do Banco, designada neste relatório por Banco A;

 Classe 2 – destina-se a registar as operações relacionadas com os clientes, fornecedores,

pessoal, Estado e outros Entes Públicos, acionistas, entre outras operações com terceiros que não sejam inseridas nas contas anteriores. Sendo ainda incluídos nesta classe os diferimentos e as provisões;

(40)

Página | 19

 Classe 3 – inclui as existências como os materiais detidos para venda, no processo de

produção para essa venda, ou materiais consumíveis que serão aplicados no processo de produção ou na prestação de serviços. Também engloba os ativos biológicos (animais e plantas vivos), no âmbito da atividade agrícola quer consumíveis no decurso da atividade, quer na produção ou regeneração;

 Classe 4 – inclui os bens detidos com continuidade e que não se destinem a ser vendidos

ou transformados no decurso das operações da entidade;

 Classe 5 – inclui o capital, as reservas e os resultados transitados;

 Classe 6 – inclui os gastos e perdas respeitantes ao período em questão, ou seja, inclui os

fornecimentos e serviços externos (trabalhos especializados; o consumo de eletricidade e de água; os combustíveis; as deslocações, estadas e transportes; as rendas e alugueres; entre outros), os gastos com pessoal, os gastos de depreciação e de amortização e os restantes gastos, como mostra o Anexo 1;

 Classe 7 – inclui os rendimentos e os ganhos respeitantes ao período, ou seja, inclui as

vendas, as prestações de serviços, as variações nos inventários da produção, os trabalhos para a própria entidade, os subsídios à exploração, as reversões e ainda outros rendimentos e ganhos;

 Classe 8 – destina-se a apurar o resultado líquido do período.

2.4.2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS

As Demonstrações Financeiras são preparadas com o objetivo de proporcionar informação útil para o apoio à tomada de decisões económicas e financeiras da maior parte dos seus utentes (MFAP, 2015h). Assim, todas as entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a apresentar:

(41)

Página | 20

 Balanço – instrumento contabilístico que reflete a situação económica e financeira da empresa, onde os pontos fortes e fracos são evidenciados. O balanço está dividido em três categorias fundamentais: ativo, passivo e capital próprio;

 Demonstrações de Resultados (DR) – relatório que mostra os detalhes dos rendimentos e dos gastos durante um determinado período de tempo. É através deste relatório que se comprova se a empresa, durante o período, teve lucro ou prejuízo;

 Demonstração das Alterações no Capital Próprio – esta demonstração é uma matriz explicativa das modificações ocorridas na expressão monetária e na composição do capital próprio e das suas várias rubricas, em cada período;

 Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC) – esta demonstração relata os fluxos, durante o período, classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Apresenta como objetivo proporcionar informação acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma determinada entidade;

 Anexo às Demonstrações Financeiras – é neste que se divulgam as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas e outras divulgações.

2.5. IMPOSTOS

Os impostos são prestações obrigatórias, pagas pelos contribuintes para garantir a funcionalidade dos serviços públicos. Os impostos podem ser diretos ou indiretos, sendo que os primeiros incidem diretamente sobre o rendimento, quer das pessoas singulares como das pessoas coletivas, e os seguintes incidem sobre o consumo ou sobre a despesa, e ainda sobre a generalidade dos bens que se consomem diariamente.

(42)

Página | 21

Figura 6: Classificação de Impostos Fonte: Adaptado de Valente (2016/2017)

2.5.1. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES

O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) é um imposto personalizado, de caraterísticas unitárias, progressivo, que tributa os rendimentos das pessoas singulares residentes no território português e dos sujeitos passivos não residentes que obtenham rendimentos em Portugal (AT, 2017d). Em 2017, a entrega do IRS foi realizada entre 1 de abril e 31 de maio.

O IRS incide sobre o valor total dos rendimentos obtidos durante um ano, tendo por base seis categorias de rendimentos, que foram definidas pelo governo português e que se encontram nos Artigos 2º ao 11º do CIRS (AT, 2017d). Estas seis categorias são: Categoria A (Rendimentos do trabalho dependente), Categoria B (Rendimentos empresariais e profissionais gerados por qualquer atividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou pecuária), Categoria E (Rendimentos de capitais), Categoria F (Rendimentos prediais), Categoria G (Rendimentos não patrimoniais que não são contabilizados nas restantes categorias, como é o caso das indemnizações), e por fim a Categoria H (Pensões de reforma, velhice ou de alimentos).

(43)

Página | 22

Existem rendimentos que não são tributados no âmbito deste imposto, assim como, o abono de família, o subsídio de desemprego e de alimentação, os prémios em jogos sociais, as bolsas atribuídas a atletas de alta competição, e ainda as indemnizações por doença, morte ou lesões corporais.

No ponto 1 do Artigo 68º do CIRS (AT, 2017d) são apresentadas as taxas de IRS que se encontram em vigor no ano de 2017, e são expostas na Figura 7:

Figura 7: Taxas de IRS Fonte: AT (2017d)

No ponto 2 do Artigo 68º explica-se ainda que “ O quantitativo do rendimento coletável, quando

superior a € 7 091 é dividido em duas partes: uma, igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, à qual se aplica a taxa da col. (B) correspondente a esse escalão; outra, igual ao excedente, a que se aplica a taxa da col. (A) respeitante ao escalão imediatamente superior.”

No momento em que o rendimento coletável é superior a 80 000€ incidem taxas adicionais, de acordo com o Artigo 68º- A do CIRS, que são apresentadas na Figura 8:

Figura 8: Taxas Adicionais de IRS Fonte: AT (2017d)

(44)

Página | 23

No Artigo 68º- A também é esclarecido que“ O quantitativo da parte do rendimento coletável

que exceda (euro) 80 000, quando superior a (euro) 250 000, é dividido em duas partes: uma, igual a (euro) 170 000, à qual se aplica a taxa de 2,5 %; outra, igual ao rendimento coletável que exceda (euro) 250 000, à qual se aplica a taxa de 5 %.”

MODELO 3

É uma declaração periódica que os sujeitos passivos de IRS devem apresentar, anualmente, bem como os respetivos anexos, para se determinar a situação tributária, tal como se encontra mencionado no Artigo 57º do CIRS (AT, 2017d).

O prazo de entrega desta declaração encontra-se mencionado no Artigo 60º do CIRS:

“1 - A declaração a que se refere o n.º 1 do Artigo 57.º é entregue: a) Em suporte papel:

i) Durante o mês de Março, quando os sujeitos passivos apenas hajam recebido ou tenham sido colocados à sua disposição rendimentos das categorias A e H; ii) Durante o mês de Abril, nos restantes casos;

b) Por transmissão electrónica de dados:

i) Durante o mês de Abril, quando os sujeitos passivos apenas hajam recebido ou tenham sido colocados à sua disposição rendimentos das categorias A e H; ii) Durante o mês de Maio, nos restantes casos.

2 - A declaração a que se refere o número anterior é ainda apresentada nos 30 dias imediatos à ocorrência de qualquer facto que determine alteração dos rendimentos já declarados ou implique, relativamente a anos anteriores obrigação de os declarar, salvo se outro prazo estiver previsto neste Código.”

(45)

Página | 24

O Modelo 3 que se encontra no Anexo 2 é constituído com os seguintes anexos (AT, 2017b):

 Declaração Modelo nº 3 e respetivas instruções de preenchimento;

 Anexo A – Rendimentos do trabalho dependente e de pensões;

 Anexo B – Rendimentos empresariais e profissionais de sujeitos passivos abrangidos pelo

regime simplificado ou que tenham praticado atos isolados;

 Anexo C – Rendimentos empresariais e profissionais auferidos por sujeitos passivos

tributados com base na contabilidade organizada;

 Anexo D – Imputação de rendimentos de entidades sujeitas ao regime de transparência

fiscal e de heranças indivisas;

 Anexo E – Rendimentos de capitais;

 Anexo F – Rendimentos prediais;

 Anexo G – Mais-valias e outros incrementos patrimoniais;

 Anexo G1 – Mais-valias não tributadas;

 Anexo H – Benefícios fiscais e deduções;

 Anexo I – Rendimentos de herança indivisa;

 Anexo J – Rendimentos obtidos no estrangeiro;

 Anexo L – Rendimentos obtidos por residentes não habituais;

2.5.2. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS COLETIVAS

O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) é um imposto que incide sobre os rendimentos obtidos por pessoas coletivas, como é o caso de sociedades por quotas e anónimas, cooperativas, empresas públicas e privadas, que tenham sede ou direção efetiva em território português, incluindo os rendimentos obtidos fora deste território, o que se encontra descrito nos Artigos 1º a 8º do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (CIRC).

A taxa normal de IRC para as empresas residentes que exerçam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, e para estabelecimentos de empresas não residentes

(46)

Página | 25

que exerçam essas atividades é de 21%, à qual acresce, na maioria dos concelhos, a derrama municipal à taxa máxima de 1,5%, incidente sobre o lucro tributável (AT, 2017c).

No entanto existem outras taxas de IRC, que vão ser apresentadas na Tabela 3:

Entidades Continente Madeira Açores

Entidades residentes, e estabelecimentos estáveis de

entidades não residentes (1) (2) 21% 21% 16,8%

Entidades residentes que exerçam, a título principal, atividade comercial, industrial ou agrícola,

considerados como PME (nos primeiros 15.000€) (1)

(2) (3)

17% 17% 13,6%

Entidades residentes que exerçam, a título principal, atividade comercial, industrial ou agrícola,

considerados como PME (no excedente) (1) (2)

21% 21% 16,8%

Entidades residentes que não exerçam, a título

principal, atividade comercial, industrial ou agrícola 21% 21% 16,8%

Tabela 3: Taxas de IRC Fonte: AT (2017c)

(1) A esta taxa poderá ainda acrescer a taxa de Derrama;

(2) A esta taxa poderá ainda acrescer a taxa de Derrama Estadual;

(3) Tratando-se de micro, pequena ou média empresa (PME), que exerçam a atividade em territórios do interior, a taxa aplicável aos primeiros 15.000€ de matéria coletável poderá ser reduzida para 12,5%.

A Derrama é um imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas, sendo a sua taxa fixada pelos diferentes municípios. A taxa de derrama pode ascender até 1,5%. A fórmula para o cálculo é a seguinte:

(47)

Página | 26

Por outro lado, a taxa de Derrama Estadual é obrigatória para as empresas residentes que exerçam a título principal, atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola, e entidades não residentes com estabelecimento estável em Portugal. Sendo que as taxas aplicáveis, de acordo com o Artigo 87º - A do CIRC (AT, 2017c), são as seguintes (Tabela 4):

Lucro Tributável (€) Taxa

Mais de 1.500.000 até 7.500.000 3%

Mais de 7.500.000 até 35.000.000 5%

Superior a 35.000.000 7%

Tabela 4: Taxas de Derrama Estadual Fonte: AT (2017c)

O pagamento desta derrama é efetuado com a entrega da Declaração de Rendimentos (Modelo 22), pela diferença entre o montante apurado e os pagamentos adicionais por conta.

MODELO 22

A declaração periódica de rendimentos, Modelo 22 do IRC, deve ser enviada anualmente, por transmissão eletrónica de dados, até ao último dia do mês de maio. Contudo, no caso dos sujeitos passivos com período especial de tributação, esta pode ser entregue até ao último dia do quinto mês posterior à data do termo desse período.

Os sujeitos passivos de IRC são obrigados a apresentar a Modelo 22 (Anexo 3), a qual servirá para efetuar a liquidação do imposto, de modelo oficial, ao qual se deve juntar os anexos que nela são mencionados, os quais farão parte integrante da declaração.

Esta declaração deve ser apresentada pelas:

 Entidades residentes, exercendo ou não, a título principal, atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola;

(48)

Página | 27

 Entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português e neste obtenham rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável aí situado, desde que, relativamente aos mesmos, não haja lugar a retenção na fonte a título definitivo.

De acordo com o nº 6 e nº 8 do Artigo 117º do CIRC (AT, 2017c), apenas estão dispensados os sujeitos passivos:

 Que sejam isentos ao abrigo do Artigo 9º do CIRC, exceto quando estejam sujeitos a uma qualquer tributação autónoma ou quando obtenham rendimentos de capitais que não tenham sido objeto de retenção na fonte com caráter definitivo;

 Que não sejam residentes, e que recebam apenas rendimentos isentos em território português.

O preenchimento da declaração Modelo 22 resulta da obrigatoriedade imposta pela alínea b) do nº 1 do Artigo 117º do CIRC (AT, 2017c), que tem por objetivo a determinação da matéria coletável e o cálculo do IRC.

A Modelo 22 é constituída por três quadros principais que representam as três fases do apuramento do IRC, nomeadamente:

1) Fase I – Apuramento do Lucro Tributável: obtêm-se através do Quadro 07; 2) Fase II – Apuramento da Matéria Coletável: obtêm-se através do Quadro 09; 3) Fase III – Cálculo do Imposto: realiza-se no Quadro 10.

PAGAMENTO POR CONTA

De acordo com o Artigo 104º do CIRC (AT, 2017c) as entidades que exerçam, a título principal, atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável em território português, devem proceder ao pagamento do imposto em três Pagamentos por Conta (PC), com vencimento em julho, setembro e 15 de dezembro do próprio ano a que respeita o lucro tributável, ou no 7º, 9º e dia 15 do 12º mês do respetivo período de tributação, no caso do período de tributação não corresponder ao ano civil.

(49)

Página | 28

Segundo o nº 2 do Artigo 105º do CIRC (AT, 2017c), para os sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de tributação anterior àquele em que se devem efetuar os pagamentos seja igual ou inferior a 500.000€, o PC corresponde a 80% do montante do imposto repartido em três montantes iguais, arredondados por excesso em euros. Porém, se o montante for superior a 500.000€ a percentagem do PC passa a ser 95%, como previsto no nº 3 do Artigo 105º do CIRC (AT, 2017c). Assim, exemplificando com base no Anexo 4, o PC é calculado da seguinte forma:

Volume de Negócios de 2016 (Campo 411 da Página 5

do Modelo 22) 26.132,11€ (< 500.000€)

Valor da Coleta de 2016 (Campo 351 da Página 5 do

Modelo 22) 756,84€

Retenção na Fonte de 2016 (Campo 359 da Página 5

do Modelo 22) 14,69€

PC 2017 = (756,84 – 14,69) * 80% = 593,72€

593,72/3 = 197,91€ - Assim serão efetuados três pagamentos por conta no valor de 198,00€, pois o resultado apurado é sempre arredondado por excesso.

Tabela 5: Cálculo do Pagamento por Conta Fonte: Anexo 4

Todavia, os contribuintes que apresentem prejuízo no ano anterior ficam dispensados de efetuar pagamentos por conta, bem como, os contribuintes que apuraram IRC o ano anterior com um valor inferior a 200€.

PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA

O Pagamento Especial por Conta (PEC) do IRC é obrigatório para as entidades que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, e as entidades não residentes com estabelecimento estável em território português. Este pagamento é efetuado durante o mês de março ou em duas prestações, nos meses de março e outubro do ano a que respeita, porém no caso de adotarem um período de tributação não coincidente com o ano civil, o

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, foi identificado nos documentos que com os avanços da municipalização a gestão local possibilitou a adoção de medidas visando aumentar o número de unidades de saúde

the web by other users discovering the content and linking to it. Much as synapses form in the brain, with associations becoming stronger through repetition or intensity, the web

Esta descrição surge justamente como exemplificação de uma sociedade não fetichista, uma sociedade, portanto, na qual são abolidas as categorias intrinsecamente fetichistas, a saber,

Produção de matéria seca da parte aérea do morangueiro em função das doses de nitrogênio mineral, para os tratamentos com crotalária e milheto... Avaliando a

Os resultados percebidos na fabricação da empresa Angatu demostram que a interação de uma produção com as práticas sustentáveis, utilizando-se das diretrizes

ensino fundamental; 100% recebem assistencia medica atraves dos agentes comunitarios de saude; 67% afirmaram ter escolas nas proximidades da localidade; 50% informaram que

Outro objetivo do estudo foi o de compreender, não apenas como as participantes se situavam em relação ao planejamento familiar, mas também como se organizavam em família e

Os autores mostraram ainda que o simples desenho de olhos esquemáticos, olhando para a direita ou para a esquerda, gera automaticamente um código espacialmente