• Nenhum resultado encontrado

Estudo e implementação de estratégias de detecção de ilhamento em inversores para sistemas fotovoltaicos de geração distribuída

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo e implementação de estratégias de detecção de ilhamento em inversores para sistemas fotovoltaicos de geração distribuída"

Copied!
112
0
0

Texto

(1)

Marcos Vinicios Gomes dos Reis

ESTUDO E IMPLEMENTA ¸

C ˜

AO DE

ESTRAT´

EGIAS DE DETEC ¸

C ˜

AO DE ILHAMENTO

EM INVERSORES PARA SISTEMAS

FOTOVOLTAICOS DE GERA ¸

C ˜

AO DISTRIBU´

IDA

Campinas

2016

(2)

Marcos Vinicios Gomes dos Reis

ESTUDO E IMPLEMENTA ¸

C ˜

AO DE

ESTRAT´

EGIAS DE DETEC ¸

C ˜

AO DE ILHAMENTO

EM INVERSORES PARA SISTEMAS

FOTOVOLTAICOS DE GERA ¸

C ˜

AO DISTRIBU´

IDA

Disserta¸c˜ao apresentada `a Faculdade de Enge-nharia El´etrica e de Computa¸c˜ao como parte dos requisitos exigidos para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Engenharia El´etrica, na ´Area de Energia El´etrica.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Gradella Villalva

Este exemplar corresponde `a vers˜ao final da disserta¸c˜ao defendida pelo aluno Mar-cos Vinicios Gomes dos Reis, e orientada pelo Prof. Dr. Marcelo Gradella Villalva.

Campinas

2016

(3)

Ficha catalográfica

Universidade Estadual de Campinas Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura

Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129

Reis, Marcos Vinicios Gomes dos,

R277e ReiEstudo e implementação de estratégias de detecção de ilhamento em inversores para sistemas fotovoltaicos de geração distribuída / Marcos Vinicios Gomes dos Reis. – Campinas, SP : [s.n.], 2016.

ReiOrientador: Marcelo Gradella Villalva.

ReiDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação.

Rei1. Conversores eletrônicos. 2. Geração distribuída de energia elétrica. 3. Efeito fotovoltaico. 4. Rede - Distribuição. 5. Eletrônica de potência. I. Villalva, Marcelo Gradella,1978-. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação. III. Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Study and implementation of islanding detection strategies in

inverters for photovoltaic systems of distributed generation

Palavras-chave em inglês:

Electronic converters

Distributed power generation Photovoltaic effect

Network - Distribution Power electronics

Área de concentração: Energia Elétrica Titulação: Mestre em Engenharia Elétrica Banca examinadora:

Marcelo Gradella Villalva [Orientador] Lourenço Matakas Junior

Fernanda Arioli Caseño Trindade

Data de defesa: 05-05-2016

Programa de Pós-Graduação: Engenharia Elétrica

(4)

Candidato: Marcos Vinicios Gomes dos Reis RA: 153881

Data da Defesa: 5 de maio de 2016

T´ıtulo da Tese: “ESTUDO E IMPLEMENTA ¸C ˜AO DE ESTRAT´EGIAS DE DETEC-¸

C ˜AO DE ILHAMENTO EM INVERSORES PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS DE GERA ¸C ˜AO DISTRIBU´IDA”.

Prof. Dr. Marcelo Gradella Villalva (Presidente, FEEC/UNICAMP) Prof. Dr. Louren¸co Matakas Junior (USP)

Prof. Dra. Fernanda Case˜no Trindade Arioli (FEEC/UNICAMP)

A ata de defesa, com as respectivas assinaturas dos membros da Comiss˜ao Julgadora, encontra-se no processo de vida acadˆemica do aluno.

(5)
(6)

Agrade¸co,

a Deus, por ter me dado for¸ca e por iluminar meu caminho.

aos meus pais Ana Lucia e Eduardo dos Reis (in memoriam) pelo amor, carinho e apoio dedicados desde o primeiro dia de minha existˆencia.

a meus irm˜aos Andr´e e Guilherme pelo carinho e amizade.

`

a minha namorada, Silvia, por todo o apoio e pelo carinho e amor.

ao meu orientador, professor Marcelo Gradella Villalva, com o qual tive o prazer de traba-lhar durante os dois anos de mestrado. Pela oportunidade, amizade, orienta¸c˜ao e confian¸ca.

aos amigos T´arcio Andr´e, Adson Moreira, Dante Inga, Rolando Caicedo, Vanessa Teixeira, Paulo Nascimento, Ramon Rodrigues, Hugo Moreira, Fl´avio, Juliana, e Tisciane Perp´etuo por participarem de minha caminhada e de muitos momentos importantes.

`

a Faculdade de Engenharia El´etrica e de Computa¸c˜ao (FEEC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pela oportunidade da realiza¸c˜ao da pesquisa. E ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e tecnol´ogico (CNPq) pelo apoio financeiro.

(7)

humildes.

(8)

A conex˜ao de inversores para sistemas fotovoltaicos de gera¸c˜ao distribu´ıda `a rede de distribui¸c˜ao cria situa¸c˜oes de risco `as cargas que est˜ao conectadas ao ponto de acopla-mento comum (PAC) e aos funcion´arios da concession´aria que fazem a manuten¸c˜ao da rede el´etrica. Uma situa¸c˜ao de risco que deve ser evitada consiste no fornecimento de energia el´etrica, por um ou mais inversores, `a rede de distribui¸c˜ao ap´os a desconex˜ao da rede el´etrica principal. O isolamento de sistemas de gera¸c˜ao distribu´ıda que continuam com a alimenta¸c˜ao da potˆencia requerida pela carga no PAC ´e conhecido na literatura como ilhamento. O ilhamento n˜ao intencional pode ser evitado utilizando t´ecnicas de de-tec¸c˜ao de ilhamento. Neste trabalho, ´e apresentado um estudo detalhado das principais t´ecnicas de anti-ilhamento encontradas na literatura e usados nos inversores para sistemas fotovoltaicos. Para validar o funcionamento de estrat´egias de detec¸c˜ao de ilhamento em uma rede de distribui¸c˜ao de energia el´etrica, dois inversores monof´asicos de dois est´agios conectados `a rede el´etrica foram simulados e constru´ıdos e os m´etodos de anti-ilhamento

Active frequency drift e Active frequency drift with positive feedback foram implementados

e testados. Trˆes casos de estudos s˜ao analisados. O primeiro leva em conta o ilhamento de apenas um inversor. O segundo caso ´e quando se inclui outro inversor ao PAC. Por fim, ´e inserida comunica¸c˜ao serial entre os dois inversores para melhorar a resposta da detec¸c˜ao de ilhamento. Os resultados de simula¸c˜ao e suas comprova¸c˜oes experimentais s˜ao apresentados ao final.

(9)

The connection of inverters for distributed generation photovoltaic systems to the distri-bution network creates situations of risk to the loads that are connected to the point of common coupling (PCC) and personals who maintain the power grid. A risk that should be avoided is the supply of electricity, by one or more inverters, to the distribution network after disconnecting the main power grid. The isolation of distributed generation systems that continue to supply the power required by the load at the PCC is known in the litera-ture as islanding. The unintentional islanding can be avoided by using islanding detection techniques. This work presents a detailed study of the main anti-islanding techniques found in the literature and used in inverters for photovoltaic systems. To validate the operation of islanding detection strategies in an electrical power distribution network, two single phase two-stage photovoltaic systems connected to the grid were simulated and built and the anti-islanding methods “Active frequency drift” and “Active frequency drift with positive feedback” have been implemented and tested. Three case studies are analyzed. The first takes into account the islanding of only one inverter. The second case includes another inverter to the PCC. Finally, serial communication is incorporated between the two inverters to improve islanding detection response. The simulation results and their experimental verifications are presented at the end.

(10)

1.1 Estat´ıstica da gera¸c˜ao de energia el´etrica global para v´arias fontes de energia entre 1973 a 2010. Fonte: Technology Roadmap. [1, 2] . . . . 20 1.2 Estat´ıstica da gera¸c˜ao de energia el´etrica brasileira para v´arias fontes de

energia de 1973 a 2010. Fonte: Technology Roadmap. [1, 2] . . . . 21

2.1 Inversor fotovoltaico monof´asico de dois est´agios conectado `a rede el´etrica e seus sistemas de controle. . . 25 2.2 Conversor boost. . . . 25 2.3 Formas de onda da tens˜ao e da corrente no indutor Lpv e da tens˜ao no

transistor T1. . . 26

2.4 Modelo Th´ev´enin que representa o circuito linear equivalente do dispositivo fotovoltaico alimentando o conversor boost. . . . 28

2.5 Tens˜ao e corrente no indutor durante a opera¸c˜ao do conversor boost no modo de

condu¸c˜ao cr´ıtico. . . 31

2.6 Tens˜oes e correntes no indutor e no capacitor. . . 33 2.7 Gr´afico de Bode das respostas em frequˆencia da fun¸c˜ao de transferˆencia do

conversor boost em malha aberta. . . . 35

2.8 Diagrama de Bode para o compensador tipo 2. . . 37

2.9 Diagrama de Bode para o controlador tipo 2 em cascata com a fun¸c˜ao de

trans-ferˆencia do conversor boost em malha aberta. . . . 38

2.10 Inversor monof´asico em ponte completa conectado `a rede el´etrica. . . 39

2.11 Diagrama de Bode para a fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor monof´asico em

ponte completa. . . 40

2.12 Diagrama do segundo est´agio de convers˜ao, usando a estrat´egia de controle

efe-tuada com base no MPPT e corrente de sa´ıda. . . 41

2.13 Diagrama do segundo est´agio de convers˜ao, usando a estrat´egia de controle

efe-tuada com base na tens˜ao do elo CC e corrente de sa´ıda. . . 41

2.14 Diagrama de Bode para a fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor monof´asico em cascata com o controlador proporcional ressonante. . . 44 2.15 Malha de controle da tens˜ao do elo CC para o inversor. . . 45

(11)

2.17 Diagrama de Bode do controlador PI em s´erie com o modelo do inversor a ser

controlado. . . 47

2.18 Diagrama do PLL monof´asico baseado no SOGI. . . 48

3.1 Zona de n˜ao detec¸c˜ao (ZND) para os m´etodos de detec¸c˜ao de ilhamento. . . 50

3.2 Diagrama simplificado de um sistema de gera¸c˜ao distribu´ıda conectado `a rede el´etrica alimentando uma carga local no ponto de acoplamento comum (PAC). . 51

3.3 Erro de fase usado na detec¸c˜ao de salto no ˆangulo de fase. Fonte: [3]. . . 55

3.4 Zona de n˜ao detec¸c˜ao para os m´etodos ativos. . . 56

3.5 M´etodo de desvio ativo em frequˆencia - AFD. . . 58

3.6 Fator de corte para o m´etodo AFDPCF. Fonte: [4]. . . 59

3.7 Diagrama de blocos ilustrando o funcionamento do m´etodo ativo de pulo de frequˆencia baseado na perturba¸c˜ao do PLL. . . 61

3.8 M´etodo GEFS apresentado em sua forma algor´ıtmica. . . 61

3.9 M´etodo GEVS apresentado em sua forma algor´ıtmica. . . 63

3.10 Diagrama simplificado de um sistema de gera¸c˜ao distribu´ıda conectado `a rede el´etrica alimentando uma carga local no ponto de acoplamento comum (PAC). . 68

4.1 Bancada experimental constru´ıda. . . 71

4.2 Esquemas dos inversores monof´asicos e sua conex˜ao com a rede el´etrica. . . 72

4.3 Placa de controle com o processador TMS320F28335 da Texas. . . 72

4.4 M´odulo SKS 27F B6U+B6CI 10 V6 da SEMIKRON, placas de aquisi¸c˜ao e con-dicionamento de sinais anal´ogicos, entre outros componentes do inversor grid-tie. 73 4.5 Carga RLC conectada ao ponto de acoplamento comum usada para os testes dos m´etodos de anti-ilhamento. . . 73

4.6 Simuladores fotovoltaicos utilizados nos experimentos. Simulador Agilent E4350B 8A, 480 V mostrado `a esquerda e simulador TerraSAS ETS 600/25 da AMETEK ` a direita. . . 74

4.7 Teste preliminar do controle da tens˜ao fotovoltaica na entrada do conversor boost com o uso do controle por histerese. a) C1: Tens˜ao fotovoltaica (Vpv), C2: Tens˜ao fotovoltaica de referˆencia (Vpv ref), C3: Tens˜ao do link CC (Vcc) obtidas experimentalmente usando o simulador fotovoltaico Agilent E4350B 8A, 480V e b) Diagrama da implementa¸c˜ao em bancada experimental do conversor elevador de tens˜ao (Rh= 96, 8Ω). . . . 75

(12)

la¸c˜ao e b) C2: Tens˜ao do link CC (Vcc) , C3: Corrente fotovoltaica (Ipv), C4:

Tens˜ao fotovoltaica (Vpv) obtidas em bancada usando o simulador fotovoltaico

Agilent E4350B 8A, 480V e b) . . . 75

4.9 Teste do controle do conversor boost. C1: Tens˜ao fotovoltaica (Vpv), C2:

Cor-rente fotovoltaica (Ipv), C3: Tens˜ao do link CC (Vcc) obtidas experimentalmente

usando o simulador fotovoltaico TerraSAS ETS 600/25 da AMETEK . . . 76

4.10 Teste do controle do conversor CC-CA em simula¸c˜ao e experimental. . . 76

4.11 Sistema fotovoltaico com inversor monof´asico de dois est´agios conectado `a rede

el´etrica.. . . 77

4.12 Teste das malhas de controle do inversor monof´asico de dois est´agios conectados

`

a rede el´etrica. . . 77

4.13 Teste do controle da corrente de sa´ıda do inversor. . . 78

4.14 Teste do controle da corrente de sa´ıda do inversor. a) Correntes de sa´ıda dos

inversores - Simula¸c˜ao e b) C1: Tens˜ao da rede el´etrica, C3: Corrente de sa´ıda

do SGD2 e C4: Corrente de sa´ıda do SGD1 - Experimental. . . 79

4.15 Formas de onda de tens˜ao e corrente de sa´ıda e medida da distor¸c˜ao harmˆonica

total de 3,48% para o SGD1. . . 79

4.16 Formas de onda de tens˜ao e corrente de sa´ıda e medida da distor¸c˜ao harmˆonica

total de 3,04% para o SGD2. . . 80

4.17 Formas de onda de tens˜ao e corrente de sa´ıda e medida da distor¸c˜ao harmˆonica

total de 2,02% para a rede el´etrica. . . 80

4.18 Formas de onda ilustrando o funcionamento do m´etodo de Pertuba¸c˜ao e

Ob-serva¸c˜ao para encontrar o ponto de m´axima potˆencia do conjunto fotovoltaico.

A tens˜ao permanece dentro de uma faixa estreita de valores pr´oximos da m´

a-xima potˆencia. C1: Tens˜ao do conjunto fotovoltaico (Vpv), C2: Tens˜ao do link

CC (Vcc), C3: Corrente do conjunto fotovoltaico (Ipv) e C4: Corrente (Isgd1)

injetada pelo SGD1. . . 81

4.19 Reprodu¸c˜ao da tela do software controlador do simulador TerraSAS mostrando

a opera¸c˜ao do sistema no ponto de m´axima potˆencia. . . 82

4.20 Um sistema de gera¸c˜ao distribu´ıda conectado ao ponto de acoplamento comum. 83

4.21 Resultados de simula¸c˜ao obtidos com o ilhamento do sistema de gera¸c˜ao

distri-bu´ıda para a carga RLC com fator de qualidade Qf = 3 - Simula¸c˜ao. . . 84

4.22 Resultados de simula¸c˜ao obtidos com o ilhamento do sistema de gera¸c˜ao

(13)

rede el´etrica (Vgrid), C2: Corrente da rede el´etrica (Igrid) e C3: Corrente de sa´ıda

do SGD2 (Isgd2) - Bancada experimental. . . 85

4.24 Resultados obtidos com o sistema fotovoltaico ilhado com os m´etodo passivos de

sobre/sub frequˆencia e tens˜ao. . . 86

4.25 Reprodu¸c˜ao da tela do software DSP Oscilloscope do PSIM. . . . 86

4.26 Corrente de sa´ıda do inversor com o m´etodo AFD para δf = 1, 5. - Simula¸c˜ao. 87

4.27 O m´etodo AFD com δf = 0,54 n˜ao conseguiu desviar a frequˆencia para que a

detec¸c˜ao do ilhamento do sistema fosse alcan¸cada. As formas de onda mostradas

s˜ao: corrente de sa´ıda do SGD, tens˜ao no PAC, frequˆencia de sa´ıda do PLL e

sinal de falha da rede el´etrica. . . 87

4.28 O m´etodo AFD com δf = 1,5 conseguiu desviar a frequˆencia e o inversor foi

desconectado da rede el´etrica. As formas de onda mostradas s˜ao: corrente de

sa´ıda do SGD, tens˜ao no PAC, frequˆencia de sa´ıda do PLL e sinal de falha da

rede el´etrica. . . 88

4.29 Formas de onda de tens˜ao e corrente e medida da distor¸c˜ao harmˆonica total de

corrente de 4,52% para o m´etodo AFD com δf = 1, 5. . . . 88

4.30 Resultados experimentais ilustrando a detec¸c˜ao de ilhamento do sistema pelo

m´etodo AFD depois de 38 ciclos da rede. . . 89

4.31 Resultados experimentais ilustrando a detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo AFDPF

com k = 0,01 depois de 26 ciclos da rede el´etrica. . . 89

4.32 Resultados experimentais ilustrando a detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo AFDPF

com k = 0,02 depois de 20 ciclos da rede. . . 90

4.33 Resultados experimentais ilustrando a detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo AFDPF

com k = 0,03 depois de 15 ciclos da rede. . . 90

4.34 Varia¸c˜ao de frequˆencia causada peelo descasamento de potˆencia reativa no PAC.

A frequˆencia de ressonˆancia da carga RLC ficou em torno de 75 Hz - Bancada

experimental. . . 91

4.35 Detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo passivo de sub/sobre frequˆencia depois de 18

ciclos da rede. . . 92

4.36 Detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo passivo de sub/sobre frequˆencia depois de 3

ciclos da rede. . . 92

4.37 Detec¸c˜ao de ilhamento pelo m´etodo passivo de sub/sobre frequˆencia depois de 2

ciclos da rede. . . 93

4.38 Paralelismo de sistemas de gera¸c˜ao distribu´ıda conectados ao mesmo ponto de

(14)

PAC, frequˆencia de sa´ıda do PLL e sinal de falha da rede el´etrica para os dois

inversores. . . 95

4.40 C1: Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid), C2: Corrente da rede el´etrica (Igrid), C3:

Corrente de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4: Corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1).

Ilhamento de dois sistemas fotovoltaicos no mesmo ponto de acoplamento. . . . 96

4.41 Ilhamento de dois sistemas fotovoltaicos no mesmo ponto de acoplamento. C1:

Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid), C2: Corrente da rede el´etrica (Igrid), C3: Corrente

de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4: Corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1). . . 96

4.42 Frequˆencia dos dois sistemas - Bancada experimental. . . 97

4.43 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFD depois de 6 ciclos da rede el´etrica.

As formas de onda mostradas s˜ao: corrente de sa´ıda, tens˜ao no PAC, frequˆencia

de sa´ıda do PLL e sinal de falha da rede el´etrica para os dois inversores. . . 98

4.44 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFD. C1: Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid),

C2: corrente da rede el´etrica (Igrid), C3: corrente de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4:

corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1). . . 98

4.45 Frequˆencia dos dois sistemas - Bancada experimental. . . 99

4.46 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFDPF depois de 25 ciclos da rede el´etrica.

C1: Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid), C2: corrente da rede el´etrica (Igrid), C3:

corrente de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4: corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1).. . . 99

4.47 Frequˆencia dos dois sistemas - Bancada experimental. . . 100

4.48 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFDPF depois de 23 ciclos da rede el´etrica.

C1: Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid), C2: corrente da rede el´etrica (Igrid), C3:

corrente de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4: corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1).. . . 100

4.49 Frequˆencias dos dois sistemas - Bancada experimental. . . 101

4.50 Sistema de gera¸c˜ao distribu´ıda conectada em diferentes partes da rede. . . 102

4.51 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFD. C1: Tens˜ao da rede el´etrica (Vgrid),

C2: corrente da rede el´etrica (Igrid), C3: corrente de sa´ıda do SGD2 (Isgd2) e C4:

corrente de sa´ıda do SGD1 (Isgd1). . . 102

4.52 Detec¸c˜ao de Ilhamento com o m´etodo AFDPF. C1: Tens˜ao da rede el´etrica

(Vgrid), C2: corrente da rede el´etrica (Igrid), C3: corrente de sa´ıda do SGD2

(15)

2.1 Parˆametros usados para o controlador tipo 2 . . . 36

3.1 Frequˆencia para o documento IEEE STD 1547 . . . 64

3.2 Tens˜ao para o documento IEEE STD 1547 . . . 65

3.3 Limites de cont´eudo harmˆonico de corrente (% da corrente fundamental). . 66

3.4 Frequˆencia para o documento IEEE STD 929-2000 . . . 66

3.5 Tens˜ao para o documento IEEE STD 929-2000 . . . 66

3.6 Frequˆencia para o documento ABNT NBR IEC 62116 . . . 67

3.7 Tens˜ao para o padr˜ao ABNT NBR IEC 62116 . . . 67

3.8 Requisitos da fonte de alimenta¸c˜ao em corrente alternada para o padr˜ao ABNT NBR IEC 62116 . . . 67

4.1 Parˆametros para o conversor boost. . . 74

4.2 Especifica¸c˜ao de projeto do sistema fotovoltaico monof´asico conectado `a rede el´etrica. . . 78

4.3 Especifica¸c˜ao da carga RLC para os testes de anti-ilhamento. . . 82

4.4 Tabela com os tempos de detec¸c˜ao para os m´etodos de anti-ilhamento refe-rentes aos resultados experimentais. . . 93

4.5 Tabela com os tempos de detec¸c˜ao para os m´etodos de anti-ilhamento refe-rentes aos resultados experimentais. . . 100

(16)

ADC - Analog-to-Digital Converter (conversor anal´ogico-digital) AFD - Active Frequency Shift

AFDPF - Active Frequency Shift with Positive Feedback

AFDPCF - Active Frequency Shift with Pulsating Chopping Factor

ABNT - Associa¸c˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas CA - Corrente Alternada

CC - Corrente Cont´ınua CI - Circuitos Integrados CF - Chopping Factor

CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e Tecnol´ogico DAQ - Data Acquisition

DSE - Departamento de Sistemas de Energia DSP - Digital Signal Processor

FEEC - Faculdade de Engenharia El´etrica e de Computa¸c˜ao FP - Fator de Potˆencia

GEFS - General Electric Frequency Shift

GEVS - General Electric Voltage Shift

HI - Harmonic Injection

IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

I/O - Input/Output (Entrada/sa´ıda)

IEC - International Electrotechnical Commission

MPP - Maximum Power Point

MPPT - Maximum Power Point Tracking

NDZ - Non Detection Zone

PAC - Ponto de Acoplamento Comum

PCB - Printed Circuit Board (Placa de Circuito Impresso)

PJD - Phase Jump Detection

PLL - Phase Locked Loop

PSIM - Power Electronic Simulation Software

PV - Photovoltaic

(17)

SGD - Sistema de Gera¸c˜ao distribu´ıda

SFS - Sandia Frequency Shift

SMS - Slip-Mode Frequency Shift

STD - Standard

SVS - Sandia Voltage Shift

TDH - Taxa de distor¸c˜ao harmˆonica

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas USB - Universal Serial Bus

(18)

1 Introdu¸c˜ao 20

1.1 Introdu¸c˜ao . . . 20

1.2 Foco de estudo . . . 22

1.3 Objetivos e justificativa . . . 22

2 Modelagem do inversor para gera¸c˜ao fotovoltaica 24 2.1 Introdu¸c˜ao . . . 24

2.2 Primeiro est´agio - conversor elevador de tens˜ao . . . 25

2.2.1 Rela¸c˜ao est´atica entre as tens˜oes de entrada e sa´ıda do conversor CC-CC . . . 26

2.2.2 Modelagem dinˆamica do conversor CC-CC . . . 27

2.2.3 Projeto do controlador da tens˜ao fotovoltaica para o convesor boost 34 2.3 Segundo est´agio - inversor monof´asico conectado `a rede el´etrica . . . 38

2.3.1 Modelagem do inversor para a conex˜ao `a rede el´etrica de distribui¸c˜ao 39 2.3.2 Projeto dos controladores para o segundo est´agio de convers˜ao . . . 40

2.4 Phase-locked loop (PLL) . . . . 47

3 M´etodos de detec¸c˜ao de ilhamento 49 3.1 Introdu¸c˜ao . . . 49

3.2 Zona de n˜ao detec¸c˜ao . . . 50

3.3 M´etodos locais . . . 52

3.3.1 M´etodos passivos . . . 52

3.3.2 M´etodos ativos . . . 56

3.4 Requisitos para a conex˜ao de inversores `a rede el´etrica . . . 64

3.4.1 IEEE STD 1547 . . . 64

3.4.2 IEC 61727 . . . 65

3.4.3 IEEE STD 519-1992 . . . 65

3.4.4 IEEE STD 929-2000 . . . 66

3.4.5 Padr˜ao ABNT NBR IEC 62116 . . . 66

3.5 Zona de n˜ao detec¸c˜ao para os m´etodos passivos . . . 67

(19)

4.2 Constru¸c˜ao dos dois sistemas monof´asicos de dois est´agios conectados `a rede el´etrica . . . 70 4.2.1 Est´agio boost . . . 74 4.2.2 Est´agio inversor . . . 75 4.2.3 Inversor fotovoltaico monof´asico de dois est´agios conectado `a rede

el´etrica . . . 76 4.3 An´alise dos m´etodos de anti-ilhamento . . . 82 4.3.1 Um sistema fotovoltaico conectado ao PAC . . . 83 4.3.2 Paralelismo de sistemas de gera¸c˜ao distribu´ıda no mesmo PAC . . . 94 4.3.3 Paralelismo de Sistemas de Gera¸c˜ao - Comunica¸c˜ao entre inversores. 101

5 Conclus˜ao 104

5.1 Trabalhos futuros . . . 105 5.2 Artigos publicados . . . 105

(20)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

1.1

Introdu¸

ao

A energia el´etrica pode ser gerada por meio de v´arias fontes de energia. Essas fontes s˜ao, principalmente, a ´agua, o carv˜ao, o vento e o sol. A Figura 1.1 ilustra a gera¸c˜ao de energia el´etrica global para diferentes fontes de energia. Observa-se que a mais empregada continua a ser ainda o carv˜ao. Ao ser queimado, o carv˜ao produz grandes quantidades de poluentes. O apelo para o aumento da produ¸c˜ao de energia el´etrica atrav´es de fontes renov´aveis, que emitem pouco ou nenhum poluente, cresce a cada ano [1].

Gás natural Gás natural, maré, vento, etc. Carvão Turfa Nuclear Biocombustíveis e resíduos Bruto, NGL e matérias-primas Hidro Calor Produtos petrolíferos Geotérmica

Figura 1.1: Estat´ıstica da gera¸c˜ao de energia el´etrica global para v´arias fontes de energia entre 1973 a 2010. Fonte: Technology Roadmap. [1, 2]

O Brasil, por causa do seu potencial h´ıdrico, produz a maior parte de sua energia el´etrica por meio das hidrel´etricas. Entretanto, a cada ano que passa, aumenta a quanti-dade de gera¸c˜ao e´olica, proveniente dos ventos, e fotovoltaica, proveniente do Sol, o que

(21)

torna a matriz energ´etica do pa´ıs ainda mais diversificada e sustent´avel. A Figura 1.2 apresenta uma estat´ıstica sobre a gera¸c˜ao de energia el´etrica brasileira. Nota-se que a gera¸c˜ao de energia el´etrica nacional ´e fortemente dependente do seu potencial h´ıdrico. As outras fontes de energia representam uma parcela muito pequena [5].

Carvão Óleo Gás Nuclear Hidro Renováveis e resíduos Geotérmica/solar/vento

Figura 1.2: Estat´ıstica da gera¸c˜ao de energia el´etrica brasileira para v´arias fontes de energia de 1973 a 2010. Fonte: Technology Roadmap. [1, 2]

A inclus˜ao de novas fontes renov´aveis de energia na matriz energ´etica mundial ´e motivada pela preocupa¸c˜ao global sobre as emiss˜oes de CO2 pelo uso de combust´ıveis

f´osseis, escassez de energia e substitui¸c˜ao de fontes n˜ao renov´aveis. Os sistemas de energia el´etrica s˜ao caracterizados, principalmente, pelo uso de geradores centralizados, que est˜ao muito distantes dos centros urbanos [2].

Por causa da distˆancia entre os geradores e os centros de consumo, s˜ao necess´arios altos investimentos com redes de transmiss˜ao para que a energia chegue aos consumidores. Uma forma de diminuir a dependˆencia que os centros urbanos tˆem dos sistemas de gera-¸c˜ao centralizada ´e a inclus˜ao de sistemas de gera¸c˜ao descentralizada, tamb´em chamados de sistemas de gera¸c˜ao distribu´ıda (SGDs) ou sistemas grid-tie. Esses incluem tecnologias de gera¸c˜ao de pequena escala que s˜ao conectados `a rede el´etrica, permitindo que os con-sumidores produzam uma parte ou toda energia de que necessitam. A energia produzida em excesso ´e injetada na rede el´etrica, o que permite a redu¸c˜ao da carga m´edia que a concession´aria precisa fornecer para os seus consumidores [6].

Os SGDs produzem energia el´etrica somente quando a sua fonte energ´etica base est´a dispon´ıvel, em alguns momentos, o consumidor conectado ao sistema el´etrico de po-tˆencia recebe energia apenas da concession´aria. Esses sistemas s˜ao caracterizados por estarem pr´oximos das unidades consumidoras. Em geral, os SGDs est˜ao ligados em tens˜ao de distribui¸c˜ao seja na m´edia tens˜ao da ordem de 13800 V, 6600 V, 4000 V ou 2400 V, ou

(22)

na baixa tens˜ao da ordem de 127 ou 220 V [4].

As principais formas de SGDs encontrados s˜ao os sistemas fotovoltaicos e e´ oli-cos, por´em ainda representam um percentual muito pequeno da energia produzida quando comparada com as hidrel´etricas. A capacidade de gera¸c˜ao instalada no Brasil inclui 77 GW de hidrel´etricas, 5,2 GW de e´olicas e uma quantidade ainda desprez´ıvel para as fotovol-taicas. A gera¸c˜ao distribu´ıda de eletricidade vem ganhando visibilidade ap´os a aprova¸c˜ao da resolu¸c˜ao n´umero 482 da ANEEL em 17 de abril de 2012, que permite a conex˜ao de sistemas distribu´ıdos `as redes de baixa e m´edia tens˜ao.

1.2

Foco de estudo

O aumento dos sistemas grid-tie conectados `a rede el´etrica traz alguns problemas que devem ser sanados. Um deles ´e o problema de ilhamento de uma parte da rede el´etrica quando ocorre alguma falha na rede principal (abertura de um disjuntor ou uma falha qualquer na rede el´etrica). Este ilhamento consiste na situa¸c˜ao em que um conjunto de SGDs de baixa potˆencia continua a injetar energia na rede el´etrica mesmo quando esta n˜ao estiver funcionando. Para que isso ocorra, ´e necess´ario que tenha uma grande quantidade de SGDs, pois as potˆencias ativa e reativa do conjunto de SGDs tˆem que se igualar quase perfeitamente com a potˆencia consumida pelas cargas conectadas no ponto de acoplamento comum. Para sistemas de alta potˆencia esse problema n˜ao ocorre visto que os sistemas supervis´orios empregados nesses sistemas impedem que a usina de energia fique isolada [4]. A probabilidade de ocorrerem condi¸c˜oes de ilhamento ´e muito pequena, por´em ´e de extrema importˆancia detect´a-las. O principal motivo ´e o perigo que pode ser pro-porcionado aos funcion´arios da concession´aria, que podem n˜ao notar que uma parte da rede el´etrica pode estar energizada mesmo quando a rede el´etrica principal n˜ao estiver funcionando, oferecendo riscos `a vida. O sistema ilhado pode estragar os equipamentos dos consumidores, pois a concession´aria n˜ao consegue garantir a qualidade da energia fornecida dentro da ilha energizada. Outro problema ´e no religamento autom´atico, que pode potencialmente causar danos aos geradores, devido a transit´orios eletromecˆanicos, e aos demais componentes da rede el´etrica. Por esses motivos, os SGDs devem detectar o ilhamento e imediatamente parar de injetar potˆencia na rede el´etrica. A detec¸c˜ao de ilhamento ´e alcan¸cada por meio de m´etodos que utilizam algum parˆametro do sistema ou da rede el´etrica para determinar o isolamento do SGD. O tempo de resposta do m´etodo depende apenas do algoritmo empregado.

1.3

Objetivos e justificativa

Os objetivos deste trabalho consistem no estudo e na an´alise de t´ecnicas de detec-¸c˜ao de ilhamento e de inversores para sistemas de gera¸c˜ao distribu´ıda. Foram modelados,

(23)

simulados e constru´ıdos dois sistemas fotovoltaicos com inversor monof´asico de dois est´ a-gios conectados `a rede el´etrica. T´ecnicas de detec¸c˜ao de ilhamento foram implementadas e testadas nesses inversores. Para melhorar o desempenho dos m´etodos analisados, foram inclu´ıdos recursos de comunica¸c˜ao entre inversores. Esse aspecto ´e importante para melho-rar a resposta do m´etodo e reduzir a zona de n˜ao detec¸c˜ao para os dois inversores operando em paralelo. As t´ecnicas estudadas tiveram o seu desempenho avaliado de acordo com os crit´erios de teste do padr˜ao ABNT NBR IEC 62116.

(24)

Cap´ıtulo 2

Modelagem do inversor para gera¸

ao

fotovoltaica

2.1

Introdu¸

ao

Este cap´ıtulo descreve o inversor fotovoltaico monof´asico de dois est´agios conec-tado `a rede el´etrica que foi implementado neste trabalho. O inversor de conex˜ao `a rede el´etrica, apresentado na Figura 2.1, ´e composto por um est´agio CC-CC (conversor boost), que funciona como uma interface entre o conjunto fotovoltaico e o segundo est´agio de con-vers˜ao CC-CA. O controle utilizado no primeiro est´agio consiste em um controlador tipo 2, respons´avel pelo controle da tens˜ao de entrada do conversor boost [7, 8].

A tens˜ao de referˆencia da entrada do est´agio CC-CC ´e dada por um algoritmo de MPPT (maximum power point tracking) que busca o ponto de m´axima potˆencia do conjunto fotovoltaico. Para este trabalho, foi usado o m´etodo de MPPT de perturba¸c˜ao e observa¸c˜ao (P&O) por ser um dos mais empregados na literatura [9, 10]. Para conectar o est´agio CC-CC ao segundo est´agio de convers˜ao, ´e necess´ario um capacitor, denominado elo CC ou barramento CC. O segundo est´agio, um inversor CC-CA em ponte completa, ´e respons´avel por manter a tens˜ao constante desse barramento CC e controlar a corrente de sa´ıda do sistema [11].

Foram usadas duas malhas de controle para o inversor, uma para controlar a tens˜ao de entrada no barramento CC e outra para o controle da corrente de sa´ıda. O controlador de tens˜ao ´e baseado em um compensador PI e fornece a amplitude da corrente de sa´ıda do inversor. O controlador de corrente do inversor ´e baseado em um compensador P ressonante e controla a corrente que est´a sendo injetada no ponto de acoplamento comum na rede el´etrica. Cada parte do sistema ´e descrita em detalhes nas pr´oximas se¸c˜oes.

(25)

Conjunto fotovoltaico Lpv Linv Vcc Vpv Rede elétrica (127V)

Estágio Boost Estágio Inversor RL Isgd2 Igrid Ipv + -v MPPT Vpv* Controle detensão Vpv S1 A/D S5 + -v Controle de tensão Vcc Controle de corrente Isgd2 PLL S2 S5 S3 S4 S1 S2 S4 S3 + -v + -v Vgrid Proteções de sobre e sub frequência Relé 1 Relé 2 Disjuntor 1 Vpv_d A/D A/D A/D A/D A/D Vgrid_d Isgd2_d Vcc_d Ipv_d Vpv_d fgrid Proteções de sobre/sub

tensão e sobre/sub corrente

Zgrid 1 : 6

Transformador

Figura 2.1: Inversor fotovoltaico monof´asico de dois est´agios conectado `a rede el´etrica e seus sistemas de controle.

2.2

Primeiro est´

agio - conversor elevador de tens˜

ao

Para sistemas fotovoltaicos, existem v´arias topologias de conversores CC-CC en-contradas na literatura. A melhor escolha depende das caracter´ısticas de projeto como, por exemplo, os n´ıveis de tens˜ao de entrada e sa´ıda do conversor, necessidade de isola¸c˜ao galvˆanica e se o conversor ir´a trabalhar no modo cont´ınuo ou descont´ınuo.

O primeiro est´agio usado neste trabalho ´e um conversor CC-CC mostrado na Figura 2.2. O conversor boost proporciona v´arias vantagens tais como baixo custo e baixa complexidade, al´em de ser amplamente usado e de f´acil controle quando comparado as outras topologias de conversores CC-CC.

O conversor fornece uma tens˜ao de sa´ıda maior do que a tens˜ao de entrada, traba-lhando como um conversor elevador de tens˜ao. O indutor Lpv´e respons´avel por armazenar

a energia que ser´a entregue `a sa´ıda (Vcc) e filtrar a corrente de entrada (ILpv), o que permite

o decr´escimo da ondula¸c˜ao (ripple) de corrente. Sua corrente de sa´ıda (ID1) ´e pulsada

de-vido ao diodo D1. Tanto o diodo quanto o transistor suportam uma tens˜ao igual `a tens˜ao

de sa´ıda [12].

(26)

2.2.1

Rela¸

ao est´

atica entre as tens˜

oes de entrada e sa´ıda do

conversor CC-CC

Para encontrar a rela¸c˜ao est´atica entre as tens˜oes de entrada e sa´ıda do conversor ´e necess´ario o estudo detalhado de cada componente que o comp˜oe. Esse estudo toma como base as vari´aveis m´edias do circuito [13]. A Figura 2.2 mostra a topologia boost. Quando T1 est´a conduzindo, o indutor Lpv ´e carregado e o diodo D1 est´a aberto.

Quando T1 deixa de conduzir, a energia armazenada no indutor e a da entrada s˜ao

transferidas `a sa´ıda. O capacitor de sa´ıda, com tens˜ao Vcc considerada constante, recebe

energia atrav´es do diodo D1. A rela¸c˜ao est´atica ´e derivada da tens˜ao no indutor de entrada

do conversor, mostrada na Figura 2.3, onde T ´e o per´ıodo de chaveamento e S1 ´e o sinal

na porta do transistor T1 [14]. 0 1 0 1 0 0 t t 0 0 t on t toff Lpv V T T T 1

S

dT dT dT

A

1

A

2

0 0 t T1

V

T cc

V

dT min Lpv I

D

D

t

Lpv I Lpvpico I Lpv

I

Figura 2.3: Formas de onda da tens˜ao e da corrente no indutor Lpve da tens˜ao no transistor

T1.

(27)

pela equa¸c˜ao (2.1).

VLpv − Vpv = 0 (2.1)

Isolando VLpv, a equa¸c˜ao passa a ser:

VLpv = Vpv (2.2)

Quando T1 n˜ao est´a conduzindo, o conversor ´e representado pelas equa¸c˜oes (2.3)

e (2.4). O est´agio de sa´ıda recebe a energia do indutor e da fonte de entrada.

VLpv + Vcc− Vpv= 0 (2.3)

Isolando VLpv, a equa¸c˜ao se torna:

VLpv =−(Vcc− Vpv) (2.4)

As equa¸c˜oes (2.2 e 2.4) s˜ao usadas para determinar o ciclo de trabalho do conver-sor. Quando o conversor elevador de tens˜ao est´a em regime permanente, a tens˜ao m´edia em cima do indutor ´e nula. Portanto, as integrais de VLpv quando o transistor est´a ligado

e desligado s˜ao iguais. Esta rela¸c˜ao est´a descrita pela equa¸c˜ao (2.5) [15].

VpvδT = (Vcc− Vpv)T (1− δ) (2.5)

Organizando a equa¸c˜ao acima, a rela¸c˜ao est´atica representada pela equa¸c˜ao (2.6) ´e encontrada.

Vcc

Vpv

= 1

(1− δ) (2.6)

2.2.2

Modelagem dinˆ

amica do conversor CC-CC

O m´etodo de vari´aveis m´edias ´e empregado para encontrar a fun¸c˜ao de transfe-rˆencia que descreve o modelo dinˆamico da tens˜ao de entrada do conversor com rela¸c˜ao `a vari´avel de controle. A vantagem dessa abordagem ´e a elimina¸c˜ao das componentes de alta frequˆencia, o que permite analisar o funcionamento natural do sistema em baixa frequˆ en-cia [16]. A modelagem dinˆamica ´e necess´aria para o projeto do controlador. Nesta se¸c˜ao tamb´em ´e apresentado o dimensionamento dos componentes armazenadores de energia do conversor [17, 18].

(28)

Fun¸c˜ao de transferˆencia do primeiro est´agio

O circuito equivalente de Th´ev´enin que modela o conjunto fotovoltaico foi usado para encontrar a fun¸c˜ao de transferˆencia para o conversor boost. A Figura 2.4 ilustra essa topologia. O modelo ´e apenas v´alido no ponto de opera¸c˜ao (lineariza¸c˜ao) escolhido para o conjunto fotovoltaico [19]. pv C pv c I

Figura 2.4: Modelo Th´ev´enin que representa o circuito linear equivalente do dispositivo fotovoltaico alimentando o conversor boost.

Aplicando-se a lei das tens˜oes de Kirchhoff ao la¸co 1 do modelo linear do dispositivo fotovoltaico obt´em-se a express˜ao a seguir:

− Veq+ IpvReq+ Vpv = 0 (2.7)

Isolando-se a corrente fotovoltaica, a equa¸c˜ao anterior pode ser escrita como:

Ipv =

Veq− Vpv

Req

(2.8)

Aplicando-se a lei das tens˜oes de Kirchhoff ao la¸co 2, que inclui o indutor, a equa¸c˜ao (2.9) ´e encontrada.

− Vpv+ VLpv + VT1 = 0 (2.9)

Substituindo (1-δ) por D, a equa¸c˜ao referente `a tens˜ao do indutor VL= Lpvdi/dt

e a equa¸c˜ao (2.6) em (2.9), encontra-se:

Lpv

dILpv(t)

dt + VccD− Vpv = 0 (2.10)

Aplicando-se a lei das correntes de Kirchhoff ao n´o 1, obt´em-se:

(29)

Inserindo a equa¸c˜ao do capacitor Icpv = CpvdV /dt, juntamente com a equa¸c˜ao

(2.8) em (2.11), a seguinte rela¸c˜ao pode ser encontrada:

iLpv = Veq− Vpv Req − Cpv dVpv(t) dt (2.12) Ao substituir (2.12) em (2.10), tem-se: Lpv d dt( Veq− Vpv Req − Cpv dVpv dt ) + VccD− Vpv = 0 (2.13)

Considerando o m´etodo de pequenas perturba¸c˜oes, a tens˜ao Veq do modelo linear

do conjunto fotovoltaico ´e vista como uma perturba¸c˜ao, podendo ser desprezada [15]. Essa simplifica¸c˜ao possibilita a simplifica¸c˜ao da equa¸c˜ao:

Lpv Req dVpv dt − LpvCpv d2V pv dt + VccD− Vpv = 0 (2.14)

Aplicando a transformada de Laplace, obt´em-se:

Lpv

Req

sVpv(s)− LpvCpvs2Vpv(s) + VccD(s)− Vpv(s) = 0 (2.15)

Tendo o ciclo de trabalho como entrada da fun¸c˜ao de transferˆencia e a tens˜ao fotovoltaica (Vpv) do conversor boost como a sa´ıda, a fun¸c˜ao de transferˆencia ´e dada por:

Vpv(s) D(s) = Vcc s2+ s 1 ReqCpv + 1 LpvCpv (2.16)

O conversor boost tamb´em pode ser representado pelo modelo de espa¸co de esta-dos. Podem-se considerar duas vari´aveis de estado para o conversor boost. As vari´aveis s˜ao a tens˜ao no capacitor de entrada (Vpv) e a corrente no indutor (ILpv) e est˜ao descritas

pelas equa¸c˜oes (2.17), (2.18) e (2.19).

dVpv(t) dt = Veq ReqCpv Vpv ReqCpv ILpv Cpv (2.17) dILpv(t) dt = Vcc Lpv D + Vpv Lpv (2.18)   dVpv(t) dt dILpv(t) dt   =   1 ReqCpv 1 Cpv 1 Lpv 0    Vpv ILpv   +   0 Vcc D (2.19)

Dimensionamento do indutor de entrada do conversor boost

O primeiro elemento a ser dimensionado ´e o indutor. Este atua como filtro, o que permite minimizar as varia¸c˜oes que ocorrem na corrente em torno de seu valor m´edio. A

(30)

corrente projetada que passa pelo indutor pode fazer com que o conversor est´atico funcione em trˆes modos distintos: modo de condu¸c˜ao cont´ınuo (MCC), cr´ıtico e descont´ınuo(MCD). A escolha do modo de funcionamento depende exclusivamente da aplica¸c˜ao desejada [20]. Para calcular o valor da indutˆancia, foram usados dois parˆametros. O primeiro pa-rˆametro leva em considera¸c˜ao o projeto do indutor a partir do modo de opera¸c˜ao cont´ınuo. O segundo ´e a ondula¸c˜ao da corrente (∆ILpv) de Lpv, na entrada do conversor elevador de

tens˜ao. Para o c´alculo foram usadas as formas de onda de tens˜ao e corrente mostradas na Figura 2.3. A tens˜ao de entrada est´a representada pela tens˜ao fotovoltaica Vpv e a tens˜ao

de sa´ıda por Vcc.

Quando o transistor est´a conduzindo (0≤ t ≤ ton), a equa¸c˜ao (2.20) ´e encontrada.

O parˆametro ∆ILpv corresponde `a diferen¸ca entre as correntes m´ınima e m´axima no indutor

que ocorrem no intervalo ∆t = ton.

Vpv= Lpv

∆ILpv

∆t (2.20)

Substituindo ∆t por δT , tem-se:

δT = Lpv∆ILpv

Vpv

(2.21)

Quando o transistor deixa de conduzir em (δT ≤ t ≤ T ) e sabendo que nesse intervalo ∆t = T − δT , obt´em-se: Vcc− Vpv = Lpv∆ILpv T (1− δ) (2.22) Rearranjando a equa¸c˜ao (2.22): T (1− δ) = Lpv∆ILpv Vcc− Vpv (2.23)

Sabendo que o per´ıodo de comuta¸c˜ao do transistor ´e composto pela soma de ton

e tof f e ´e o inverso da frequˆencia, tem-se:

T = 1 fchav = δT + T (1− δ) = Lpv∆ILpv Vpv +Lpv∆ILpv Vcc− Vpv (2.24)

Isolando a vari´avel de interesse Lpv:

Lpv=

Vpvδ

fs∆ILpv

(2.25)

Vale lembrar que esta equa¸c˜ao ´e v´alida apenas para o modo de condu¸c˜ao cont´ınua. Deve-se determinar o m´ınimo valor para a indutˆancia para garantir que o conversor boost esteja no MCC. Para isso s˜ao utilizadas a tens˜ao e a corrente mostradas na Figura 2.5.

(31)

Figura 2.5: Tens˜ao e corrente no indutor durante a opera¸c˜ao do conversor boost no modo de

condu¸c˜ao cr´ıtico.

varia¸c˜ao da corrente pelo indutor precisa ser o dobro do valor m´edio da corrente.

∆ILpv = 2ILpvL (2.26)

No modo de condu¸c˜ao cr´ıtico o valor de pico da corrente coincide com a varia¸c˜ao de corrente pelo indutor (∆ILpv = ILpvpico) e ela ´e encontrada pela seguinte equa¸c˜ao:

ILpvpico =

VpvδT

Lpv

(2.27)

Substituindo (2.27) em (2.26), e desenvolvendo e resolvendo as equa¸c˜oes alg´ebricas, encontra-se a corrente limite:

ILpv =

VpvδT

2Lpv

(2.28)

Utilizando a equa¸c˜ao (2.6) e a rearranjando, colocando a tens˜ao de entrada em fun¸c˜ao do ciclo ativo e inserindo-a na equa¸c˜ao (2.28), tem-se:

ILpv =

Vcc(δ− δ2)

2fchavLpv

(2.29)

O valor do ciclo de trabalho ativo que gera um valor de corrente limite m´axima ´e encontrado atrav´es da derivada parcial da corrente limite pelo ciclo ativo da equa¸c˜ao (2.29). Essa afirma¸c˜ao garante a m´axima ondula¸c˜ao da corrente do indutor em um modo de condu¸c˜ao cr´ıtico.

∂ILpv

∂δ = δ− δ

2 = 0 (2.30)

δ = 0, 5 (2.31)

Optou-se pelo uso de um indutor com indutˆancia de 5mH, o que garantiu uma pequana ondula¸c˜ao e a opera¸c˜ao do conversor no modo de condu¸c˜ao cont´ınua. A frequˆencia

(32)

de chaveamento para o conversor boost ´e de fchav = 20 kHz, escolhida com base nas

caracter´ısticas das chaves semicondutora empregadas. A tens˜ao fotovoltaica de m´axima potˆencia adotada ´e de Vpvmpp = 30 V e o valor m´edio para a corrente ILpv ´e de 9A, que est´a

um pouco acima da corrente de curto circuito do cojunto fotovoltaico, o que proporciona uma margem de seguran¸ca de projeto [15]. Com esses parˆametros ´e poss´ıvel encontrar a ondula¸c˜ao de corrente ∆ILpv com a equa¸c˜ao (2.25).

∆ILpv =

Vpvδ

fsLpv

= 30· 0, 5

5m· 20000 = 0, 15A (2.32)

Dimensionamento do capacitor de entrada do conversor boost

Para controlar a tens˜ao de sa´ıda do conjunto fotovoltaico, ´e necess´aria a inclus˜ao de um capacitor na entrada do conversor boost. Na realidade, o que est´a sendo controlada ´e a tens˜ao em cima do capacitor Cpv. O controle de tens˜ao ´e prefer´ıvel ao controle de

corrente, pois a tens˜ao fotovoltaica sofre menos varia¸c˜oes do que a corrente fotovoltaica quando a irradiˆancia se altera.

Para o c´alculo da capacitˆancia utilizam-se as formas de onda apresentadas na Figura 2.6, onde ILpv ´e a corrente m´edia no indutor, ILpvmax ´e a corrente m´axima no

indutor, ILpvmin ´e a corrente m´ınima no indutor, ic´e a corrente no capacitor e Ipvrepresenta

(33)

Figura 2.6: Tens˜oes e correntes no indutor e no capacitor.

A corrente no capacitor ´e a diferen¸ca entre a corrente fotovoltaica e a corrente que passa pelo indutor (ic = Ipv− ILpv). Para encontrar a varia¸c˜ao da corrente no capacitor,

basta calcular as ´areas representadas por A1 e A2:

∆Vc= 1 Cpvt2 t1 icdt = 1 Cpv (Ipv− ILpvmin) 2 (ton+ tof f) 2 (2.33)

Sabendo que ∆ILpv/2 = Ipv − ILpvmin e ton + tof f = 1/fchav, e reorganizando a

equa¸c˜ao, encontra-se a varia¸c˜ao da corrente no capacitor:

∆Vc=

∆ILpv

Cpv· 8 · fchav

(2.34)

Adotando o capacitor Cpv = 1000µF e o mesmo valor da ondula¸c˜ao que foi

en-contrado no dimensionamento do indutor, tem-se o valor da ondula¸c˜ao ∆Vc.

∆Vc=

∆ILpv

Cpv· 8 · fchav

= 0, 15

(34)

2.2.3

Projeto do controlador da tens˜

ao fotovoltaica para o

con-vesor boost

O controle do conversor boost aplicado a sistemas fotovoltaicos normalmente tem o objetivo de controlar a tens˜ao fotovoltaica (Vpv) de entrada ou a corrente que passa pelo

indutor. Prefere-se controlar a tens˜ao do conjunto fotovoltaico, pois a tens˜ao ´e a vari´avel que sofre menos perturba¸c˜oes durante o funcionamento do sistema.

O controle da corrente sofre perturba¸c˜oes r´apidas, o que for¸ca, de forma mais intensa, as chaves semicondutoras do conversor [15, 21]. Por este motivo, o parˆametro controlado neste trabalho ´e a tens˜ao de entrada do conversor. Optou-se pelo m´etodo de controle tipo 2 que se baseia na metodologia que utiliza o fator kven [22]. Na pr´oxima

se¸c˜ao ´e descrito o projeto do controlador.

Projeto do controlador para o conversor boost

A escolha do controlador depende da aplica¸c˜ao. Neste trabalho foi escolhido o controlador tipo 2 que proporciona uma boa resposta para o controle da tens˜ao de entrada do conversor boost. Isso ´e alcan¸cado pela presen¸ca de um zero e dois p´olos em sua fun¸c˜ao de transferˆencia [22]. Um p´olo se encontra na origem, o que proporciona uma boa resposta dinˆamica. O controlador pode sofrer uma defasagem entre - 90° e 0°. Al´em de apresentar um ganho AV em CC que pode melhorar a faixa de resposta [23]. Para implement´a-lo ´e necess´ario seguir alguns passos [24].

O primeiro passo consiste na escolha da frequˆencia de corte desejada em malha fechada. Esta, por sua vez, para evitar qualquer perturba¸c˜ao gerada pelo chaveamento sobre o sinal de controle, deve ser inferior a 1/5 da frequˆencia de chaveamento. Para o primeiro est´agio a frequˆencia de corte selecionada ´e de 98, 2 Hz. A Figura 2.7 apresenta o diagrama de Bode da fun¸c˜ao de transferˆencia do conversor boost que est´a representada pela equa¸c˜ao (2.36). Os parˆametros usados para a fun¸c˜ao de transferˆencia do conversor

boost s˜ao: tens˜ao de sa´ıda, Vcc = 30V , resistˆencia equivalente, Req = 1Ω, capacitor,

Cpv = 1000µF e indutor, Lpv = 5mH. A margem de fase que corresponde a essa frequˆencia

de corte ´e 23, 5° [13].

Gboost=

1, 2· 107

s2+ 1000s + 2· 105 (2.36)

O segundo passo consiste na obten¸c˜ao da margem de fase. Idealmente, ela deve estar entre 30°a 90°graus. A margem de fase escolhida ´e de 60°. Sendo assim, ´e necess´ario que o controlador fa¸ca um avan¸co de fase no sistema para alcan¸car a margem de fase desejada. O terceiro passo leva em conta a determina¸c˜ao do ganho do compensador. Isso ´e feito a partir da frequˆencia de corte e do ganho da planta em malha aberta. O ganho do controlador deve levar a planta a um ganho unit´ario em malha aberta na frequˆencia de

(35)

−60 −40 −20 0 20 Magnitude (dB) System: Conversor_boost Frequency (Hz): 98.2 Magnitude (dB): 19.4 100 101 102 103 104 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) System: Conversor_boost Frequency (Hz): 98.2 Phase (deg): −106 Bode Diagram

Gm = Inf dB (at Inf Hz) , Pm = 23.5 deg (at 380 Hz)

Frequency (Hz)

Figura 2.7: Gr´afico de Bode das respostas em frequˆencia da fun¸c˜ao de transferˆencia do conversor boost em malha aberta.

corte selecionada.

O pr´oximo passo consiste no c´alculo do avan¸co de fase requerido pelo sistema. Usa-se a f´ormula (2.37), onde α ´e o avan¸co de fase requerido, M a margem de fase desejada e

P ´e a defasagem provocada pelo sistema [13].

α = M − P − 90° (2.37)

Por ´ultimo, ´e feito o c´alculo do fator k pela equa¸c˜ao (2.38). Para o controlador tipo 2, o zero ´e movido por um fator kven que se encontra abaixo da frequˆencia de corte,

enquanto o p´olo fica um fator kven acima da frequˆencia de corte. Portanto, esta frequˆencia

consiste na m´edia geom´etrica entre as posi¸c˜oes dos p´olos e zeros. O pico do avan¸co de fase ocorrer´a na fc, o que proporciona uma melhora na margem de fase.

kven = tg(

α

2 +

π

4) (2.38)

A fun¸c˜ao de transferˆencia para o compensador tipo 2 est´a representada por (2.39). Como foi descrito anteriormente, este controlador tem dois p´olos e um zero, sendo um p´olo na origem. A frequˆencia de ocorrˆencia do zero ´e quando a impedˆancia de R2 se aproxima

do valor da impedˆancia de C1. A frequˆencia na qual o p´olo ocorre ´e quando a reatˆancia

de C2 ´e igual em magnitude `a impedˆancia de R2. O par p´olo e zero cria uma regi˜ao de

(36)

Ctipo2 =

1 + sC1R2

sR1(C1+ C2+ sR2C1C2)

(2.39)

Para calcular os valores de R2, C1, C2 basta utilizar as equa¸c˜oes a seguir. O

valor de R1 pode ser escolhido arbitrariamente com valores baixos caso a planta seja de

alta potˆencia e baixa tens˜ao ou valores altos caso a mesma seja de baixa potˆencia e alta tens˜ao. Por´em, seu valor n˜ao pode ser muito baixo, pois os valores dos capacitores ficam muito altos. A escolha de valores altos de capacitores aumenta o custo de implementa¸c˜ao do projeto. C2 = 1 2πfcGkvenR1 (2.40) C1 = C2· (k2ven− 1) (2.41) R2 = kven 2πfcC1 (2.42)

A fun¸c˜ao de transferˆencia para o controlador tipo 2 foi calculada com base nos parˆametros mostrados na Tabela 2.1. Foi inclu´ıda no projeto do controlador a amplitude da onda triangular (Vs= 2V ). A fun¸c˜ao de transferˆencia para o controlador est´a representada

pela equa¸c˜ao (2.43).

Tabela 2.1: Parˆametros usados para o controlador tipo 2 Tabela

Parˆametro Valor

R1 20000Ω kven 8,14434 C2 9,2857 ·10−8F C1 6,0664·10−6F R2 2,1759·103Ω fc 98,2Hz G 0,1072 Vs 2V Ctipo2 = 0, 0132s + 1 2, 451· 10−5s2+ 0, 1232s (2.43)

(37)

−60 −40 −20 0 20 40 Magnitude (dB) 100 101 102 103 104 105 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram

Gm = Inf , Pm = 96.1 deg (at 8.17 rad/s)

Frequency (rad/s)

Figura 2.8: Diagrama de Bode para o compensador tipo 2.

A equa¸c˜ao (2.44) descreve a planta com o controlador tipo 2 em malha aberta. A Figura 2.9 ilustra a fun¸c˜ao de transferˆencia do controlador boost compensada pelo contro-lador tipo 2. ´E poss´ıvel perceber que a margem de fase e a frequˆencia de corte desejadas foram alcan¸cadas.

Gcompensada=

1, 584· 105+ 1, 2· 107

(38)

−200 −150 −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) System: G_compensado_tipo_2 Frequency (Hz): 98.2 Magnitude (dB): −0.0712 100 101 102 103 104 105 106 −270 −225 −180 −135 −90 −45 Phase (deg) System: G_compensado_tipo_2 Frequency (Hz): 98.2 Phase (deg): −120 Bode Diagram

Gm = 18.7 dB (at 348 Hz) , Pm = 59.7 deg (at 98.2 Hz)

Frequency (Hz)

Figura 2.9: Diagrama de Bode para o controlador tipo 2 em cascata com a fun¸c˜ao de

transfe-rˆencia do conversor boost em malha aberta.

2.3

Segundo est´

agio - inversor monof´

asico conectado

`

a rede el´

etrica

Para que a energia fornecida pelo conjunto fotovoltaico e processada pelo est´agio CC-CC seja enviada `a rede el´etrica ´e necess´ario um outro est´agio que faz a convers˜ao da energia em corrente cont´ınua gerada pelo conjunto fotovoltaico em corrente alternada. O est´agio CC-CA ´e respons´avel por injetar corrente em sincronismo com a rede de dis-tribui¸c˜ao. O conversor usado para o segundo est´agio de convers˜ao consiste no inversor monof´asico em ponte completa mostrado na Figura 2.10.

O inversor ´e composto por 4 IGBTs, um filtro indutivo de sa´ıda e um banco de capacitores na entrada, denominado barramento CC. Para a obten¸c˜ao da fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor, as modelagens dinˆamicas tanto do elo CC quanto do inversor monof´asico em ponte completa precisam ser obtidas. A modelagem ´e utilizada para o projeto dos controladores que s˜ao usados para o controle da energia a ser transferida `a rede el´etrica. Para o acionamento dos IGBTs S1, S2, S3 e S4, a t´ecnica de modula¸c˜ao em largura de pulso com modulante senoidal (MLP) ´e aplicada.

Para o sincronismo do inversor fonte de corrente com a rede el´etrica, ´e utilizada a t´ecnica de sincronismo chamada de PLL (Phase Locked Loop), que proporciona a referˆencia de fase da rede el´etrica para o controlador respons´avel pelo acionamento das chaves do inversor. Nesta se¸c˜ao s˜ao descritas as partes integrantes do conversor e seu controle.

(39)

2.3.1

Modelagem do inversor para a conex˜

ao `

a rede el´

etrica de

distribui¸

ao

Para encontrar a fun¸c˜ao de transferˆencia do conjunto inversor mais o filtro da rede, ´e necess´aria a an´alise do inversor em ponte completa apresentado na Figura 2.10.

Linv

RL

S1 S2 S4 S3

Vgrid

0

Iinv

Vgrid1 Vgrid2 Vt1 Vt2

Vcd/2

Vcd/2

+

-+

-Vt

+

-+

-Malha 1

Figura 2.10: Inversor monof´asico em ponte completa conectado `a rede el´etrica.

A tens˜ao de entrada foi dividida em duas fontes, sendo utilizada como referˆencia de terra o ponto m´edio entre elas. As tens˜oes Vt1 e Vt2 representam as tens˜oes nos terminais

de sa´ıda do inversor [14]. As tens˜oes Vgrid1 e Vgrid2 s˜ao as tens˜oes nos terminais do lado da

rede el´etrica [25]. As seguintes rela¸c˜oes s˜ao encontradas:

Vt1 =−Vt2 (2.45)

Vt2 = Vgrid2 (2.46)

Vgrid = Vgrid1 − Vgrid2 (2.47)

Para encontrar a fun¸c˜ao de transferˆencia, basta aplicar a lei das tens˜oes de Kir-chhoff na malha do inversor que engloba o filtro, a tens˜ao da rede e as tens˜oes nos terminais de sa´ıda do conversor CC-CA. A equa¸c˜ao encontrada est´a representada por (2.48) [25].

IinvRL+ L dIinv dt + Vgrid1 − Vgrid2 + Vt2 − Vt1 = 0 (2.48) Susbtituindo (2.45) e (2.47) em (2.48), tem-se: IinvRL+ L dIinv dt + Vgrid− 2Vt1 = 0 (2.49)

A tens˜ao da rede el´etrica ´e vista como uma perturba¸c˜ao, podendo ser desprezada pelo uso do feedforward na malha de controle. O acr´escimo do feedforward possibilita incluir realimenta¸c˜oes que permitem o desacoplamento da tens˜ao da rede el´etrica da malha

(40)

de controle. Rearrumando a equa¸c˜ao (2.49) e colocando a corrente do inversor como sa´ıda e a tens˜ao Vt1 como entrada, a seguinte rela¸c˜ao ´e encontrada:

Iinv(s)

Vt1(s)

= 2

Linvs + RL

(2.50)

Para o controle do inversor, ´e utilizada a fun¸c˜ao de transferˆencia representada por (2.50). Apenas um bra¸co do inversor em ponte completa ´e controlado; o outro bra¸co recebe os sinais complementares. Para o projeto do filtro de sa´ıda, foi usado um indutor de 5 mH, que possui uma resistˆencia interna em torno de 0, 2 Ω. Substituindo esses valores em (2.50), a equa¸c˜ao (2.51) ´e obtida. A Figura 2.11 ilustra o diagrama de Bode para a fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor monof´asico em ponte completa [25].

Iinv(s) Vt(s) = 2 0, 005s + 0, 2 (2.51) −10 −5 0 5 10 15 20 Magnitude (dB) 100 101 102 103 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram

Gm = Inf , Pm = 95.7 deg (at 398 rad/s)

Frequency (rad/s)

Figura 2.11: Diagrama de Bode para a fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor monof´asico em ponte completa.

2.3.2

Projeto dos controladores para o segundo est´

agio de

con-vers˜

ao

O projeto dos controladores para inversores conectados `a rede el´etrica que s˜ao im-plementados com dois est´agios de convers˜ao pode se basear em duas abordagens: controle de corrente e MPPT, mostrado na Figura 2.12, ou controle do elo CC e de corrente, Figura 2.13. Neste trabalho, adotou-se o controle do elo CC e controle de corrente por ser o mais

(41)

empregado na literatura em sistemas fotovoltaicos [26, 27]. Conjunto fotovoltaico

Linv

RL

Conversor Boost Inversor Controlador de tensão

Vpv

Ipv

Rede elétrica Controlador MPPT Controlador de corrente PLL

Vcc

Vgrid

i*

igrid

+

-Cpv Ccc

I

Figura 2.12: Diagrama do segundo est´agio de convers˜ao, usando a estrat´egia de controle efetuada com base no MPPT e corrente de sa´ıda.

Conjunto fotovoltaico

Linv

RL

Conversor Boost Inversor Controlador MPPT

Vpv

Ipv

Rede elétrica Controlador de corrente Controlador de tensão PLL

Vcc

Vgrid

Vcc*

i*

igrid

+

-

+

-Cpv Ccc

I

Figura 2.13: Diagrama do segundo est´agio de convers˜ao, usando a estrat´egia de controle efetuada

com base na tens˜ao do elo CC e corrente de sa´ıda.

O balan¸co de potˆencia na entrada e na sa´ıda do inversor ´e empregado o controle de tens˜ao do elo CC. Durante o dia, na presen¸ca da luz solar, o primeiro est´agio de convers˜ao aproveita a m´axima energia do conjunto fotovoltaico e a transfere para o capacitor de desacoplamento. `A medida que o capacitor vai se carregando, sua tens˜ao se eleva, fazendo com que o controlador aumente a amplitude de corrente de referˆencia para o controle de corrente e, assim, abaixar a tens˜ao novamente.

Entretanto, durante a noite, sem a presen¸ca de irradiˆancia, ou quando h´a baixa produ¸c˜ao de energia, insuficiente para manter a tens˜ao no elo CC, o inversor consome

(42)

energia da rede el´etrica para mantˆe-lo carregado. O controlador usado ´e baseado no compensador proporcional e integral (PI), que processa o erro entre a tens˜ao de referˆencia e a tens˜ao medida no capacitor. Com essas informa¸c˜oes ´e poss´ıvel, atrav´es do erro gerado, obter a amplitude necess´aria para o controle de corrente, que por sua vez ´e baseado em um compensador proporcional ressonante (Pressonante). A referˆencia de corrente para esse controlador ´e derivada da sa´ıda do controlador de tens˜ao multiplicado pela sa´ıda do PLL, que fornece uma senoide unit´aria. Por fim, a corrente de referˆencia ´e comparada com a corrente medida nos terminais de sa´ıda do inversor. O erro entre as duas ´e processado pelo controlador de corrente e aplicado ao PWM para que os sinais de controle, aplicados aos transistores, sejam gerados. As pr´oximas se¸c˜oes s˜ao dedicadas ao projeto dos dois controladores usados para o segundo est´agio de convers˜ao.

Projeto do controlador de corrente do inversor monof´asico

Inversores para sistemas conectados `a rede el´etrica se comportam como fontes de corrente. Sendo assim, o controlador a ser modelado precisa ser capaz de seguir o sinal de referˆencia senoidal [28]. Um controlador muito usado ´e o proporcional ressonante (Pressonante) que garante ao sistema erro nulo em regime permanente para este tipo de entrada [29]. A fun¸c˜ao de transferˆencia deste controlador est´a representado por (2.52):

Cc(s) = P + Res = kp+

2· ki· s

s2+ ω2 0

(2.52)

A frequˆencia de ressonˆancia fres a ser escolhida ´e a mesma da rede el´etrica. No

Brasil, a frequˆencia de opera¸c˜ao ´e de 60 Hz e a velocidade angular ωe de 377 rad/s. Para

encontrar os valores dos ganhos kp e ki, tem-se que recorrer `as equa¸c˜oes (2.53) e (2.54).

kp = 2· ξ · ωn· L − RL 2 (2.53) ki = ω2 n· L 2 (2.54)

Para calcular os ganhos, s˜ao necess´arios o coeficiente de amortecimento ξ (2.55) e da frequˆencia natural ωn (2.56).

ξ =−ln(Mp) π2+ ln2(M p) (2.55) ωn = 4 ξ· ts (2.56)

Onde, Mp ´e o m´aximo sobressinal estipulado no projeto e ts representa o tempo

de acomoda¸c˜ao do sinal. Para encontrar o valor de ξ, foi estipulado que o valor do m´aximo sobressinal seja de 5 %. Aplicando a equa¸c˜ao (2.55), o valor encontrado ´e de ξ = 0, 6901.

(43)

Para calcular o valor de ts precisa-se da constante de tempo da planta. Esta emprega o

valor da indutˆancia e da resistˆencia do indutor de sa´ıda do inversor. Atrav´es da equa-¸c˜ao T = L/RL, sendo que a indutˆancia de 5m H e a resistˆencia de 0, 2 Ω, encontra-se

T = 0, 025 s [15, 25].

A fun¸c˜ao do controlador consiste em estabilizar o sistema de forma mais r´apida. Por causa disso, escolheu-se o tempo de assentamento cinco vezes menor do que a constante de tempo da planta. Logo, ts = 0, 025/5 = 0, 005 s. O pr´oximo passo consiste

em encontrar o valor da frequˆencia natural atrav´es da equa¸c˜ao (2.56), que fornece um

ωn = 1159, 2 s.

Para calcular os valores de kp e ki, as f´ormulas (2.53) e (2.54) s˜ao usadas:

kp = 2· 0, 6901 · 1159, 2 · 0, 005 − 0, 2 2 = 3, 9 (2.57) ki = 1159, 22 · 0, 005 2 = 3359, 6 (2.58)

Substituindo os valores encontrados em (2.52), encontra-se a fun¸c˜ao de transfe-rˆencia do controlador proporcional ressonante.

Cc(s) = 3, 9 +

2· 3359, 6s

s2+ 3772 =

3, 9s2+ 6719s + 6, 964· 105

s2 + 142129 (2.59)

A Figura 2.14 ilustra o diagrama de Bode da planta em cascata com o controlador implementado. Observa-se que o sistema possui uma margem de fase de 50, 3°, que garante um sistema est´avel em malha fechada. Outro ponto consiste no pico de ressonˆancia, que se encontra na frequˆencia estipulada no projeto.

(44)

−50 0 50 100 150 200 Magnitude (dB) 100 101 102 103 104 105 −180 −135 −90 −45 0 45 Phase (deg) Bode Diagram

Gm = Inf , Pm = 50.3 deg (at 2.06e+03 rad/s)

Frequency (rad/s)

Figura 2.14: Diagrama de Bode para a fun¸c˜ao de transferˆencia do inversor monof´asico em cascata com o controlador proporcional ressonante.

Projeto do controlador do elo CC para o segundo est´agio

Para a implementa¸c˜ao do controlador do elo CC ´e utilizado o balan¸co de energia no capacitor atrav´es da varia¸c˜ao da amplitude da corrente injetada `a rede el´etrica. Quando o primeiro est´agio inicia o processo de fornecimento de potˆencia, a tens˜ao do capacitor de acoplamento aumenta. O inversor eleva a corrente injetada na rede para estabilizar a tens˜ao de entrada do inversor, causando o abaixamento da tens˜ao do elo CC. Esse procedimento ´e executado para manter a tens˜ao do elo CC condizente com a referˆencia de tens˜ao. Caso a potˆencia injetada pelo primeiro est´agio n˜ao seja suficiente para manter o capacitor carregado, o inversor utiliza energia proveniente da rede el´etrica para estabiliz´ a-lo [12].

O controlador da tens˜ao do elo CC segue o diagrama da Figura 2.15. Nota-se que a tens˜ao de referˆencia e a tens˜ao medida no capacitor Vccs˜ao elevadas ao quadrado. O erro

dos quadrados das tens˜oes ´e processado pelo controlador PI. O sinal corrigido consiste em uma referˆencia de potˆencia [15]. A referˆencia de potˆencia ´e, ent˜ao, dividida pela tens˜ao de pico da rede el´etrica. A divis˜ao fornece a referˆencia de amplitude de corrente el´etrica, que ´e usada para gerar a referˆencia de corrente para o controlador proporcional ressonante [25].

Referências

Documentos relacionados

SUMÁRIO: Introdução; 1 Olhar neoinstitucional sobre o transplante jurídico do federalismo norte‑ ‑americano – Peculiaridade do desafio institucional brasileiro na pandemia;

Tem menos dentes que o disco de corte transversal para um corte mais rápido.

O presente trabalho aplicará a simulação computacional em Simulink através do modelamento dinâmico de um dos componentes do chiller de absorção de simples efeito - o

No adensamento manual, a primeira camada deve ser atravessada em toda a sua espessura, quando adensada com a haste, evitando-se golpear a base do molde. Os golpes devem

Outro ponto crítico para o fechamento controlado de disjuntores de transformadores de potência sem carga é que o fluxo prospectivo criado pela tensão no instante do fechamento

Após o jornal Financial Times estimar a conta em EUR 100 bilhões, o negociador britânico David Davis afirmou que o Reino Unido não teria nada a pagar caso saísse do bloco sem

A adaptação com a sociedade paulistana foi um processo que costumou levar pouco tempo segundo os entrevistados, tanto que foi observada a intenção de seguir mantendo

A comprovação de que o candidato atende a esta Ação Afirmativa se dará por meio de laudo médico ou do Formulário PcD (disponível no Portal de Ingresso: