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,QVWLWXWRVIXQGDPHQWDLVGD3URSULHGDGH,QGXVWULDO

Ed u a rd o Gou la rt Pim en ta

Mes tre e Dou tor em Direito Em pres a ria l pela Fa cu lda de de Direito da Un ivers ida de Federa l de Min a s Gera is

Profes s or de Direito Em pres a ria l n os cu rs os de gra du a çã o, es pecia liza çã o e m es tra do da Pon tifícia Un ivers ida de Ca tólica de Min a s Gera is

Profes s or do Cu rs o de Mes tra do em Direito Em pres a ria l da Un ivers ida de de Ita ú n a Procu ra dor do Es ta do de Min a s Gera is

Advoga do



,²,QWURGXomR

O Código da Proprieda de In du s tria l bra s ileiro (Lei n . 9.279/ 96) con h ece e dis ciplin a expres s a m en te qu a tro ca tegoria s fu n da m en ta is de cria ções in telectu a is de fin a lida de in du s tria l: a in ven çã o, o m odelo de u tilida de, o des en h o in du s tria l e a m a rca .

En tre es tes qu a tro in s titu tos h á divers os pon tos de con ta to qu e, n ã o ra ro, torn a m obs cu ra s s u a s res pectiva s pa rticu la rida des . Por ou tro la do, es ta s qu a tro ca tegoria s fu n da m en ta is a pres en ta m ta n tos des dobra m en tos qu e a ca ba m , vez por ou tra , s en do s u bdividida s em diferen tes m oda lida des . J u s tifica -s e, en tã o, qu a lqu er ten ta tiva n o s en tido de a borda r s is tem a tica m en te a qu es tã o. É o qu e s e procu ra com es te tra ba lh o.

,,$SURWHomRjSURSULHGDGHLQGXVWULDOHVXDHYROXomRKLVWyULFD 

Ao lon go de toda a His tória a cria tivida de e in teligên cia h u m a n a têm brin da do-n os com cria ções qu e, de form a m a ior ou m en or, con tribu em pa ra o a va n ço da s ciên cia s , da s a rtes e da cu ltu ra em gera l.

Deve-s e n ota r, porém , qu e a proteçã o e o res peito a ta is cria ções é de fu n da m en ta l im portâ n cia , pos to qu e s om en te s en tir-s e-ã o s egu ros e

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m otiva dos os cria dores s e s ou berem qu e, por pa rte da legis la çã o e do a pa ra to es ta ta l, terã o protegidos os res u lta dos de s u a a tivida de cria tiva .

É n es te pon to qu e en tra m a s n orm a s volta da s pa ra a proteçã o da s cria ções h u m a n a s em gera l e da s cria ções h u m a n a s orien ta da s pa ra u m a fin a lida de in du s tria l, em pa rticu la r.

Da do qu e a a tivida de cria tiva e s eu s res u lta dos s ã o in eren tes à própria h is tória e evolu çã o h u m a n a n a Terra poder-s e-ia pen s a r qu e ta m bém a s n orm a s volta da s pa ra a proteçã o dos direitos dos cria dores teria m origem em época s já dis ta n tes . Nã o foi a s s im .

Na An tigu ida de e m es m o n o Direito Rom a n o, qu e tã o bem cu idou da proprieda de s obre ben s m a teria is , n ã o s e recon h ecia com o s u s cetível de proteçã o a s cria ções in telectu a is , fos s em ela s des en volvida s com fin a lida de in du s tria l ou es tética .1

Mu ito des ta om is s ã o pode certa m en te s er credita da à in exis tên cia de u m regim e ju rídico s is tem a tiza do des tin a do a regu la r a a tivida de com ercia .

´&RPHIHLWRVHHPFDGDVLVWHPDSRVLWLYRKiHKRXYHQRUPDVSHFXOLDUHVDR FRPpUFLRDGLYLVmRHQWUHWDQWRGRGLUHLWRSULYDGRHPGRLVVLVWHPDVRGLUHLWR FLYLOHRFRPHUFLDHUDDOKHLDDRGLUHLWRURPDQR  µ

Repu dia do pela civiliza çã o rom a n a , qu e via os tra ba lh os m a n u a is em gera l com o a tivida des m en ores e in dign a s , o com ércio n ã o m erecia a a ten çã o dos ju ris con s u ltos da época . Fica ra m de la do, con s eqü en tem en te, a s qu es tões referen tes à proteçã o da s cria ções h u m a n a s volta da s pa ra o des en volvim en to ou m elh ora m en to dos produ tos ou da s form a s de obtê-los .

Pelos m es m os m otivos a dis ciplin a da s cria ções in telectu a is volta da s pa ra a a tivida de econ ôm ica m os tra -s e, n o in ício do período m edieva l, des provida de regu la m en ta çã o es pecífica . Vis tos com o a tivida des

1 No ca s o Rom a n o h ou ve qu em cogita s s e a res peito da a plica bilida de da s qu es tões

referen tes à s UHVLQFRUSRUDOHV, o qu e som en te se adm ite a partir de leitu ras posteriores e, m es m o a s s im , in direta s (BOSIO. Edoa rdo. /r 3ULYDWLYH ,QGXVWULDOL QHO 'LULWWR ,WDOLDQR. Un ion e Tipgra fico-Editrice Torin es e. Tu rim . 1891. pg. 4)

2 ASCARELLI. TULLIO. 3DQRUDPDGR'LUHLWR&RPHUFLD. Saraiva & Cia Livraria Acadêm ica.

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h u m ilh a n tes , o tra ba lh o m a n u a l e o com ércio era m des preza dos pela n obreza e, des te m odo, des con s idera dos com o in s titu tos dign os de regim e ju rídico próprio.

Porém , é exa ta m en te a pa rtir des te período h is tórico qu e têm -s e o forta lecim en to do com ércio qu e, s ob o pon to de vis ta econ ôm ico, ga n h a im portâ n cia a té en tã o des con h ecida . Há , n es te m om en to, o a pa recim en to da cla s s e bu rgu es a qu e, dedica n do-s e prim ordia lm en te à a tivida de m erca n til, ta m bém viu cres cer s u a im portâ n cia política , econ ôm ica e s ocia l.

À m edida qu e o com ércio ga n h a va em relevâ n cia econ ôm ica a ca tegoria profis s ion a l qu e a ele s e dedica va (os com ercia n tes [ s e torn a va m a is n u m eros a e orga n iza da va len do-s e, pa ra ta n to, da s con h ecida s Corpora ções de Ofício, orga n iza ções priva da s qu e con grega va m os com ercia n tes de u m a determ in a da loca lida de.

No in terior des ta s corpora ções s eu s m em bros dis ciplin a va m s u a s rela ções ju rídica s profis s ion a is por m eio de n orm a s con s u etu din á ria s pos teriorm en te pos itiva da s pelos es ta tu tos da orga n iza çã o. Com o n ã o poderia deixa r de s er, a s cria ções in telectu a is volta da s pa ra o a prim ora m en to dos produ tos com ercia liza dos fora m objeto de regu la m en ta çã o: “$VFRUSRUDo}HVQDIUDVHGH5HQRXDUGUHI~JLRGRVIUDFRV FRQWUD RV IRUWHV PHLR HILFD] GH SROtFLD QR (VWDGR VH FRQYHUWHUDP HP LQVWUXPHQWRV GH PRQRSyOLRV 3HUWHQFLDPOKHV WRGRV RV LQYHQWRV GH VHXV PHPEURV1HPKDYLDIDODUSURSULDPHQWHQRVGLUHLWRVGHVWHVVXEPHWLGRVj UtJLGD GLVFLSOLQD KLHUiUTXLFD PHUFr GH UHJXODPHQWRV GUDFRQLDQRV FRQFHUQHQWHVDFDGDJrQHURGHPDQXIDWXUDRXUDPRSURILVVLRQDO2XWRUJDYD VHSUrPLRVHKRQUDULDVDRVLQYHQWRUHVPDVDUUHEDWDYDOKHVRLQYHQWRFXMR VHJUHGR ]HORVDPHQWH JXDUGDYD SRU WHPSR LQGHWHUPLQDGR D EHP GL]HU SHUSpWXR 3HUSpWXR p GH VDOLHQWDU QD WUDQVLWRULHGDGH GDV LQVWLWXLo}HV KXPDQDV3RULVVRPHVPRFDGDFRUSRUDomRHUDFLRVDGDSHUIHLomRGRVVHXV SURGXWRV FXMR IDEULFR PRQRSROL]DYD4XHP D HOD QmR SHUWHQFHVVH HUD

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SURLELGR GH IDEULFDU RX YHQGHU DUWLJR RX SURGXWR TXH OKH FRQVWLWXtVVH REMHWRµ



Pa ra lela m en te à s n orm a s de ca rá ter priva do es ta belecida s n o in terior des ta s corpora ções m edieva is o Es ta do pa s s ou a con h ecer e dis ciplin a r, a in da qu e de m a n eira tím ida e pou co s is tem á tica , a qu es tã o referen te à s in ven ções e os direitos dos s eu s cria dores .

Em 1623 o Pa rla m en to In glês s a n cion ou o 6WDWXWHRI0RQRSROLHV, ato

por m eio do qu a l proibia os m on opólios em gera l res s a lva n do, en treta n to, os privilégios con cedidos pela s in ven ções . Na s pa la vra s de J . X. Ca rva lh o de Men don ça ´HVWD SULPHLUD OHL VREUH D PDWpULD DOLiV SUROL[D QD UHGDomR FRQVLGHUDVH D PDJQD FDUWD GR GLUHLWR GRV LQYHQWRUHV H GD OLEHUGDGH GH FRPpUFLRµ

 O a u tor fa z qu es tã o de lem bra r, en treta n to, qu e´DYHUGDGHpSRUpP TXH D OHL IUDQFHVD GH  GH MDQHLUR GH  IRL D SULPHLUD D UHFRQKHFHU R GLUHLWR VXEMHWLYR GRV LQYHQWRUHV UHJXODQGR D VXD PRGDOLGDGH H GXUDomR H VHUYLQGRGHPRGHORDRVLVWHPDOHJLVODWLYRGRVRXWURVSRYRVGD(XURSDHGD $PpULFDGR6XOµ

Seja com o for, im porta m a is res s a lta r qu e é a pa rtir de en tã o qu e a legis la çã o pa s s a a dis ciplin a r e ga ra n tir os direitos da qu eles qu e coloca va m s u a cria tivida de a s erviço do des en volvim en to de n ovos ben s ou procedim en tos volta dos pa ra a a tivida de in du s tria l.

Nos s o pa ís n ã o ta rdou a cu ida r do a s s u n to. Ain da a n tes da In depen dên cia foi edita da a prim eira legis la çã o s obre in ven ções in du s tria is por m eio do Alva rá de 28 de a bril de 1809, n o qu a l o Prín cipe Regen te con feria a os in ven tores a exclu s ivida de n o u s o de s u a s cria ções des de qu e devida m en te regis tra da s pela en tã o exis ten te J u n ta Rea l do Com ércio.

3 FERREIRA. Wa ldem a r. 7UDWDGRGH'LUHLWR&RPHUcia. Sexto Volu m e. Edição Saraiva. São

Pa u lo. 1962. pg. 436

4 CARVALHO DE MENDONÇA. J os é Xa vier. 7UDWDGR GH 'LUHLWR &RPHUFLDO EUDVLOHLUR.

9ROXPH9/LYUR,,,3DUWH,. 4a ediçã o. Livra ria e Editora Freita s Ba s tos . Sã o Pa u lo. 1946.

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J á recon h ecida com o m a téria de profu n da relevâ n cia , a qu es tã o foi expres s a m en te a borda da pela Con s titu içã o do Im pério qu e, em s eu a rt. 179, dis pu n h a : ´2VLQYHQWRUHVWHUmRDSULRULGDGHGDVVXDVGHVFREHUWDVRX GDV VXDV SURGXo}HV $ OHL OKHV DVVHJXUDUi XP SULYLOpJLR H[FOXVLYR WHPSRUiULR RX OKHV UHPXQHUDUi HP UHVVDUFLPHQWR GD SHUGD TXH KDMDP GH VRIUHUSHODYXOJDUL]DomRµ

A legis la çã o in fra -con s titu cion a l volta da pa ra a dis ciplin a da proprieda de in du s tria l tem s eqü ên cia com a ediçã o da Lei de 28 de a gos to de 1830:´(VWH GLSORPD FRQWLQKD  DUWLJRV H GLVSXQKD TXH DR GHVFREULGRU RX LQYHQWRU GH XPD LQG~VWULD ~WLO ILFDULDP DVVHJXUDGRV D SURSULHGDGH H R XVR H[FOXVLYR GD GHVFREHUWD RX LQYHQomR H PHOKRUDPHQWR TXH R GLUHLWR GR GHVFREULGRU RX LQYHQWRU VHULD ILUPDGR SHOD SDWHQWH HQWUHJXH JUDWXLWDPHQWH VDOYR R SDJDPHQWR GR VHOR H IHLWLR  TXH DV SDWHQWHV VH FRQFHGHULDP VHJXQGR D TXDOLGDGH GD GHVFREHUWD RX LQYHQomR SRU HVSDoR GH  DWp  DQRV VDOYR SURUURJDomR SRU PHLR GH OHL H TXH R DJUDFLDGR GHYHULD SRUHP SUiWLFDDLQYHQomRRXGHVFREHUWDGHQWURGHGRLVDQRVGHSRLVGHFRQFHGLGDD SDWHQWHµ



In teres s a n te n ota r qu e ta l n orm a já s e orien ta va por divers os prin cípios qu e a in da h oje n orteia m a dis ciplin a lega l do a s s u n to. Veja -s e qu e a pa ten te já s e a figu ra com o o m eio protetivo da s cria ções in telectu a is volta da s pa ra o des en volvim en to da s in du s tria s em gera l, qu e o Poder Pú blico a s s u m e a obriga çã o de con cedê-la s e fa zer cu m prir a exclu s ivida de a ela s in eren te, qu e o direito con cedido por m eio da pa ten te é es s en cia lm en te tem porá rio e, por fim , qu e o titu la r da pa ten te tem a obriga çã o de coloca r em prá tica s u a cria çã o s ob pen a de perder a exclu s ivida de a ele con cedida .

À es ta lei s u cedera m divers a s ou tra s (ca da vez m a is com plexa s e deta lh a da s ) com o a Lei n . 3. 129, de 1882 e os ch a m a dos Códigos da

5 CARVALHO DE MENDONÇA. J os é Xa vier7UDWDGR9RO9/LYUR,,,3DUWH I. ob. Cit. Pg.

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Proprieda de In du s tria l corporifica dos pelo Dec. Lei n . 7. 903/ 45, Dec.Lei n . 254/ 67, Dec.Lei n . 1005/ 69 e Lei n . 5.772, de 1971.

A Con s titu içã o de 1988 correta m en te s egu iu a tra diçã o bra s ileira e fixou , em s eu a rt. 5o, XXIX, a s diretrizes fu n da m en ta is do s is tem a de

proteçã o à proprieda de in du s tria l em n os s o orden a m en to. Es ta beleceu -s e a s s im o direito dos cria dores à proteçã o de s u a s cria ções por m eio da s pa ten tes e regis tros , a obriga çã o do Poder Pú blico de zela r por ta l proteçã o e, a in da , a es s en cia l tem pora rieda de des tes direitos , pila res s obre os qu a is erige-s e a legis la çã o ordin á ria h oje corporifica da pela Lei n . 9. 279, de 14 de m a io de 1996, m u ito a propria da m en te ch a m a da de Código da Proprieda de In du s tria l.

A Lei n . 9. 279 cu ida , em s eu Títu lo I, da proteçã o à s in ven ções e m odelos de u tilida de, rea liza da s por m eio da con ces s ã o de pa ten tes . Dedica o Títu lo II à dis ciplin a do regis tro de des en h os in du s tria is e o Títu lo III à s m a rca s , de m odo qu e a lca n ça , com s eu s dis pos itivos , a s qu a tro ca tegoria s fu n da m en ta is a qu i tra ta da s .

,,,²$SURWHomRVXSUDQDFLRQDOGD3URSULHGDGH,QGXVWULDO

O res peito à s cria ções in telectu a is em gera l (e es pecifica m en te em rela çã o à s volta da s pa ra a a tivida de in du s tria l) é qu es tã o qu e n ã o pode s e lim ita r a pen a s a o território de u m ú n ico pa ís .

De n a da a dia n ta rá qu e determ in a do Es ta do tu tele com rigor os direitos dos s eu s in ven tores s e em ou tros orden a m en tos n ã o h ou ver o m es m o cu ida do, pos s ibilita n do, a li, a cópia e explora çã o econ ôm ica dos produ tos em a fron ta à exclu s ivida de ga ra n tida a os s eu s cria dores .

Da da es ta im porta n te pa rticu la rida de da proprieda de s obre ben s im a teria is verifica -s e, de lon ga da ta , ten ta tiva s n o s en tido de es ta belecer-s e prin cípiobelecer-s e regra belecer-s belecer-s u pra -n a cion a ibelecer-s qu e pobelecer-s belecer-s ibilitem a proteçã o da belecer-s cria ções in du s tria is n a gen era lida de dos orden a m en tos .

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Há qu e s e n ota r, porém , qu e a n eces s ida de de proteçã o da s cria ções in du s tria is n a gen era lida de dos orden a m en tos en con tra u m obs tá cu lo de difícil con cilia çã o, repres en ta do pela s obera n ia dos Es ta dos .

Em prin cípio n ã o h á com o obriga r u m Es ta do s obera n o a a ca ta r e fa zer res peita r o s is tem a de pa ten tes . Do m es m o m odo é in viá vel, em prin cípio, es ta belecer-s e u m orga n is m o s u pra -n a cion a l des tin a do a zela r por ta is qu es tões . A s olu çã o en con tra da foi, en tã o, a ela bora çã o de Con ven ções e Tra ta dos In tern a cion a is qu e, preten de-s e, s eja m a colh idos e res peita dos pelos pa ís es s ign a tá rios e pos s ibilitem a a doçã o, pela legis la çã o de ca da u m des tes Es ta dos , de regra s com u n s des tin a da s à proteçã o dos in ven tores e de s u a s cria ções .

J á n a s egu n da m eta de do s écu lo XIX fora m em preen dida s a s prim eira s ten ta tiva s n es te s en tido. Em 1873 rea lizou -s e em Vien a o prim eiro con gres s o in tern a cion a l dedica do à m a téria , s egu ido, em 1878, por ou tro rea liza do em Pa ris e n o qu a l já s e ven tila va a ela bora çã o de u m regim e in tern a cion a l des tin a do a regu la r a m a téria .

Des te s egu n do con gres s o in tern a cion a l res u lta ra m diferen tes m edida s , den tre a s qu a is a com pos içã o de u m a com is s ã o pa ra ela bora r u m a n teprojeto de Con ven çã o In tern a cion a l des tin a da a o es ta belecim en to de u m regim e com u m de proteçã o e res peito à s cria ções in du s tria is .

Em 1880 foi rea liza da , n ova m en te em Pa ris , ou tra Con ferên cia , a gora des tin a da , den tre ou tros a s s u n tos , a exa m in a r os tra ba lh os da qu ela com is s ã o. J .X. Ca rva lh o de Men don ça rela ta -n os qu e ´UHGLJLX HVWD FRQIHUrQFLD RXWUR DQWHSURMHWR HQYLDQGRR jV GLIHUHQWHV SRWrQFLDV (VWDV UHDOL]DUDPQRYD&RQIHUrQFLDDGHULQGRRVVHXVGHOHJDGRVHYHQWXDOPHQWHD HVVH DQWHSURMHWR 'Dt VXUJLX D &RQYHQomR ,QWHUQDFLRQDO GH 3DULV GH  GH PDUoRGHDVVLQDGDSRURQ]H(VWDGRV[den tre os qu ais o Brasil.

 $&RQYHQomRGH3DULVGHFULRXHQWUHRV(VWDGRVFRQWUDWDQWHVD 8QLmR SDUD D SURWHomR GD SURSULHGDGH LQGXVWULDO H DGPLWLX GLYHUVRV

(8)

SULQFtSLRVDSOLFiYHLVDRVGLUHLWRVGRVHVWUDQJHLURVQRVGLIHUHQWHV(VWDGRVGD 8QLmRµ



 A cria çã o da Un iã o pa ra a Proteçã o da Proprieda de In du s tria l, con h ecida s im ples m en te por Un iã o de Pa ris , repres en tou decis ivo pa s s o n a ten ta tiva de u n iform iza çã o da s legis la ções n a cion a is em m a téria de proteçã o à proprieda de in du s tria l.

Um a vez qu e previs ta pelo próprio texto da Con ven çã o de 1883, divers a s Con ferên cia s In tern a cion a is fora m e têm s ido rea liza da s , des de en tã o, pa ra o a prim ora m en to do s is tem a es ta belecido.7

O con tin en te a m erica n o ta m bém s e em pen h ou n a bu s ca pela proteçã o in tern a cion a l da proprieda de in du s tria l. O Con gres s o In tern a cion a l Am erica n o rea liza do em Lim a n o a n o de 1878 já a ven ta va a n eces s ida de de proteçã o à s cria ções in telectu a is . Segu iu -s e en tã o o Con gres s o Su l-a m erica n o de Mon tevidéu em 1889 e a s s u ces s iva s Con ferên cia s In tern a cion a is Am erica n a s , rea liza da s periodica m en te a pa rtir des te m es m o a n o.8

Ou tro im porta n te pa s s o n o s en tido da proteçã o in tern a cion a l à s cria ções in telectu a is volta da s pa ra o des en volvim en to da a tivida de in du s tria l verificou -s e em 1967, qu a n do foi cria da a Orga n iza çã o Mu n dia l da Proprieda de In telectu a l – OMPI – s eçã o da ONU s edia da em Gen ebra , Su íça .

Va le cita r a in da o Tra ta do de Coopera çã o em Ma téria de Pa ten tes – PCT (3DWHQW &RRSHUDWLRQ 7UHDW\), qu e foi elaborado em 19 de ju n h o de

1970, s ofreu em en da s em 1979 e foi m odifica do em 1984 e 2001.

6 CARVALHO DE MENDONÇA. J os é Xa vier. 7UDWDGR9RO9/LYUR,,,3DUWH,. ob. Cit. Pg.

202

7 Pa ra u m deta lh a do rela to a cerca de ca da u m a des ta s Con ferên cia s in tern a cion a is

rem etem os o leitor a o tra ba lh o de J . X Ca rva lh o de Men don ça (7UDWDGR9RO9. Livro III. Pa rte I. ob. Cit. Pg. 202 e s egs .)

8 CARVALHO DE MENDONÇA. J os é Xa vier. 7UDWDGR9RO9/LYUR,,,3DUWH,ob. Cit. Pg.

(9)

,9 ² 'RV EHQV LPDWHULDLV SURWHJLGRV SHOR 'LUHLWR GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO



,9,QYHQomR

O elem en to fu n da m en ta l de todo o a rca bou ço legis la tivo e protetivo con s is ten te n o Direito da Proprieda de In du s tria l en con tra -s e s obre a defin içã o de in ven çã o.

Des te m odo é in dis pen s á vel, pa ra a com preen s ã o do a s s u n to, a cla ra r a com preen s ã o do term o in ven çã o.

Ru ben s Requ iã o a firm a qu e: “*HUDOPHQWH R HVWXGR GD PDWpULD VH

LQLFLD SHOR HVWDEHOHFLPHQWR GD GLVWLQomR HQWUH GHVFREHUWD H LQYHQomR SDUD PHOKRUFRQFHLWXDomRGHVWDµ



Assim com eçarem os por an alisar com parativam en te am bos os

term os procu ra n do extra ir-lh es dis tin ções e pon tos de con ta to pa ra , a pós , a pres en ta rm os con ceito de u m e ou tro.

É de lem bra r, en treta n to, qu e origin a lm en te a dou trin a e m es m o a legis la çã o bra s ileira tra ta va m os term os in ven çã o e des coberta com o s in ôn im os . É o qu e s e percebe, por exem plo, a o a n a lis a r-s e a Lei n . 3. 129, de 1882. Aplica va -s e, a s s im , a m es m a proteçã o lega l a a m ba s a s ca tegoria s . Wa ldem a r Ferreira , com en ta n do ta l diplom a , con s ta ta va qu e

´   VHUYLXVH GRV GRLV YRFiEXORV VLQRQLPL]DQGRRV 6XEPHWHX DR PHVPR UHJLPHWDQWRDLQYHQomRTXDQWRDGHVFREHUWD1mRGLVWLQJXLXXPDGDRXWUD ,JXDOPHQWHQmRGLVWLQJXLXDOHLLWDOLDQDTXHUHJHDPDWpULDµ



 A pa rtir do Código da Proprieda de In du s tria l de 1945, corporifica do pelo Dec. Lei n . 7. 903, a proteçã o lega l obtida por m eio da s pa ten tes pa s s ou a s er ga ra n tida exclu s iva m en te à s in ven ções qu e, des de en tã o, n ã o

9 REQUIÃO. Ru ben s . &XUVR GH 'LUHLWR &RPHUFLDO 9RO , 25a ediçã o. Editora Sa ra iva . Sã o

Pa u lo. 2003. pg. 292

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m a is s ã o con fu n dida s , pela legis la çã o ou pela dou trin a , com a s des coberta s .

Ta lvez o elem en to m a is ca ra cterís tico ta n to da in ven çã o qu a n to da des coberta es teja n a s u a origin a lida de ou n ovida de. Em a m bos os ca s os tem os com o res u lta do a lgo qu e a té en tã o en con tra va -s e fora do con h ecim en to ou percepçã o h u m a n a . Wa ldem a r Ferreira , a n a lis a n do os term os em qu es tã o, a s s everou , em a poio à n os s a m a n ifes ta çã o: ´2 FDUDFWHUtVWLFRFRPXPDXPHRXWUDUHVLGHQDVXDQRYLGDGHWDQWRTXDQWRQR GHXWLOL]DUVHLQGXVWULDOPHQWHµ 

 

Ou tro forte pon to de con ta to en tre a idéia de in ven çã o e a de des coberta es tá em qu e ta n to u m a qu a n to ou tra s ã o obtida s a pa rtir do exercício da a tivida de in telectu a l de u m a determ in a da pes s oa ou gru po de in divídu os a tu a n do de form a orga n iza da . É do es forço m en ta l des te in divídu o ou gru po qu e res u lta m a s in ven ções e des coberta s .

O des cobridor u s a s eu in telecto pa ra a n a lis a r a n a tu reza e con s ta ta r n ela a exis tên cia de a lgo a té en tã o des con h ecido. O in ven tor, de m odo s im ila r, ta m bém em prega s u a ca pa cida de in telectu a l n a a n a lis e da n a tu reza m a s vis a produ zir, com s u a in teligên cia , a lgo a in da in exis ten te e qu e pos s a s olu cion a r u m determ in a do problem a .

Res ide n es ta obs erva çã o u m a da s gra n des diferen ça s en tre os con ceitos ora tra ta dos . A in ven çã o en con tra -s e fora da percepçã o h u m a n a por in exis tir, a o m en os da form a com o a gora a pres en ta da , n a n a tu reza . J á a des coberta é a lgo qu e es ta va fora da percepçã o h u m a n a s im ples m en te por n ã o ter s ido con s ta ta da , a té en tã o, s u a exis tên cia , em es ta do com pleto, n a ordem n a tu ra l.

Ru ben s Requ iã o bem s a lien tou a ca ra cterís tica ora a borda da a o a n a lis a r os term os des cobrir e in ven ta r. Diz o ju ris ta pa ra n a en s e: ´  

GHVFREULUpRDWRGHDQXQFLDURXUHYHODUXPSULQFtSLRFLHQWtILFRGHVFRQKHFLGR PDV SUHH[LVWHQWH QD RUGHP QDWXUDO H LQYHQWDU p GDU DSOLFDomR SUiWLFD RX

(11)

WpFQLFDDRSULQFtSLRFLHQWtILFRQRVHQWLGRGHFULDUDOJRGHQRYRDSOLFiYHOQR DSHUIHLoRDPHQWRRXQDFULDomRLQGXVWULDOµ



Diferem ta m bém os con ceitos de in ven çã o e des coberta n a m edida qu e, com o res s a lta do por Ru ben s Requ iã o, a in ven çã o é a s olu çã o pa ra u m a determ in a da n eces s ida de es pecífica , s u rgida a n tes de s u a con cepçã o. É o res u lta do da a tivida de in telectu a l de a lgu ém (ou a lgu n s ) qu e, dia n te de u m a n eces s ida de ou problem a prá tico, s e propôs a des en volver u m bem pa ra s olu cion á -lo. J á a des coberta , com o con s ta ta çã o de a lgo exis ten te n a n a tu reza , a dvém da ca pa cida de con tem pla tiva e es pecu la tiva do h om em qu e, a o obs erva r e perqu irir s obre a n a tu reza revela , com o es forço in telectu a l, a lgo a té a qu ele m om en to des con h ecido.

´&KHJDVHDRLQYHQWRSRUYLDGHWUDEDOKRRULHQWDGRHGLULJLGRDRILPGH DWLQJLOR $ GHVFREHUWD PDLV QmR p GR TXH R DFKDPHQWR HYHQWXDO RX SURFXUDGRGHSURFHVVRRXSURGXWRGDVI{UoDVGDQDWXUH]Dµ 



Tem -s e en tã o qu e a des coberta n ã o é, regra gera l, vis a da com o form a de a ten der u m a n eces s ida de pré-determ in a da . Prim eiro a lgo é des coberto pa ra depois a va lia r-s e s u a ca pa cida de de u tiliza çã o. Na in ven çã o ocorre o con trá rio: con s ta ta -s e a exis tên cia de u m a determ in a da n eces s ida de ou problem a pa ra depois , com o o u s o do in telecto, obter-s e a lgo pa ra s olu cion á -lo.

Corolá rio des ta a s s ertiva é qu e a in ven çã o é u m a cria çã o s u s cetível de reprodu çã o, s em qu a lqu er perda de s eu s elem en tos , em es ca la in du s tria l, con tra ria m en te a o qu e s e verifica em rela çã o à des coberta qu e, por tra ta r-s e de a lgo exis ten te n a n a tu reza , pode ou n ã o s er s u s cetível de reprodu çã o ou u tiliza çã o pela in dú s tria .

A lei n . 9. 279/ 96 a bs teve-s e, com o é tra diçã o n o direito pá trio e n a m a ioria da s legis la ções es tra n geira s1 4, de tra zer defin içã o expres s a do qu e

12 REQUIÃO. Ru ben s . &XUVR9RO,. ob. Cit. Pg. 293

13 FERREIRA. Wa ldem a r. 7UDWDGR9RO9,. Ob. Cit. pg. 448

14 CERQUEIRA. J oã o da Ga m a . 7UDWDGRGD3URSULHGDGH,QGXVWULDO. 9RO,. 2a ediçã o. Ver. E

a tu a l. Por Lu iz Gon za ga do Rio Verde e J oã o Ca s im iro Cos ta Neto. Ed. Revis ta dos Tribu n a is . Sã o Pa u lo. 1982. pg. 211/ 212

(12)

s eja in ven çã o, lim ita n do-s e a tra ta r dos requ is itos n eces s á rios à s u a verifica çã o, qu a is s eja m : a n ovida de, a a tivida de in ven tiva e a a plica çã o in du s tria l (a rt. 8).

Ta is requ is itos coin cidem com os a s pectos qu e procu ra m os a pon ta r, o qu e n os perm ite propor u m con ceito de in ven çã o - e ta m bém de des coberta – a poia do n os dita m es do a rt. 8o da Lei n . 9. 279/ 96.

A in ven çã o con s is te n a cria çã o, a pa rtir da a tivida de in telectu a l de u m a determ in a da pes s oa ou gru po, de a lgo a té en tã o in exis ten te e s u s cetível de reprodu çã o e u tiliza çã o em es ca la in du s tria l.

A des coberta , por s u a vez, con s is te n a con s ta ta çã o, por m eio da a tivida de in telectu a l de u m a determ in a da pes s oa ou gru po, da exis tên cia n a tu ra l de a lgo a té en tã o des con h ecido, s u s cetível ou n ã o de reprodu çã o e u tiliza çã o em es ca la in du s tria l.

Feita es ta dis tin çã o in icia l cu m pre a gora s epa ra r a s n oções de in ven çã o e des coberta de u m a terceira tã o im porta n te qu a n to ela s , a ch a m a da “obra in telectu a l” dis ciplin a da , em n os s o orden a m en to, por m eio do ch a m a do “Direito de Au tor”, con s olida do pela Lei n . 9. 610, de 19 de fevereiro de 1998.

En tre a idéia de in ven çã o e a de obra in telectu a l h á divers os ca ra cteres com u n s , a com eça r pela circu n s tâ n cia de a m ba s ca recerem de defin ições lega is . Com o já s a lien ta m os , a Lei n . 9. 279/ 96 preferiu a bs ter-s e de defin ir o qu e é in ven çã o. Do m eter-s m o m odo ocorre n o ca ter-s o da obra in telectu a l, s em defin içã o n o texto da Lei n . 9. 610/ 98, qu e preferiu , em s eu a rt. 7o, en u m era r exem plos da s “cria ções do es pírito” com preen dida s

n o con ceito ora tra ta do.

Ou tro forte pon to de con ta to en tre a idéia de in ven çã o e a de obra in telectu a l es tá n o ca rá ter de n ovida de a pres en ta do por a m ba s . Ta n to u m a qu a n to ou tra repres en ta m a m a n ifes ta çã o do in telecto de a lgu ém (ou a lgu n s ) n o s en tido de a pres en ta r à Hu m a n ida de a lgo a té en tã o in exis ten te n a n a tu reza .

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Va le n ota r, porém , qu e ela s s e diferen cia m porqu e en qu a n to a in ven çã o é a s olu çã o pa ra u m a n eces s ida de ou problem a prá tico, a obra in telectu a l vem a s er o res u lta do da projeçã o da a tivida de m en ta l de a lgu ém s em fin a lida de prá tica es pecífica a n ã o s er a de ca u s a r s a tis fa çã o à qu eles qu e ven h a m a com ela ter con ta to.

A in ven çã o res u lta da es pecu la çã o do in telecto h u m a n o volta da pa ra o s a n ea m en to de u m a n eces s ida de prá tica es pecífica e prem en te. Ta n to a obra in telectu a l com o a des coberta ta m bém res u lta m da cria tivida de h u m a n a , m a s n ã o a objetiva m en te volta da pa ra a s olu çã o de u m problem a e s im a qu ela orien ta da pa ra a es pecu la çã o e a n á lis e da n a tu reza (des coberta ) ou orien ta da pa ra a produ çã o de tra ba lh o de fin a lida de es tética , em s eu s en tido m a is a m plo (obra in telectu a l).

É es ta a ra zã o pela qu a l en con tra -s e ta m bém n a pos s ibilida de de “ reprodu çã o em es ca la in du s tria l” ou tra dis tin çã o en tre a obra in telectu a l e a in ven çã o.

Vê-s e qu e com a n oçã o de des coberta a obra in telectu a l tem de s em elh a n te o ca rá ter in fu n gível. Com o dem on s tra m os tra ta m -s e, ta n to a des coberta qu a n to a obra in telectu a l, de a lgo in s u s cetível de reprodu çã o em es ca la in du s tria l.

As s im , fa ce à n os s a s con s idera ções e a o elen co do a rt. 7o da Lei n .

9.610/ 981 5, pode-s e a firm a r qu e a obra in telectu a l con s is te n a cria çã o, a

pa rtir da a tivida de in telectu a l de u m a determ in a da pes s oa ou gru po, de a lgo a té en tã o in exis ten te volta do pa ra o en gra n decim en to da cu ltu ra e da s a rtes em gera l.

A obra in telectu a l é, em es s ên cia , ú n ica e exa ta m en te por is s o protegida por legis la çã o es pecia l. Diferen cia -s e dos produ tos n os qu a is even tu a lm en te pos s a s er reprodu zida .

15 Os progra m a s de com pu ta dor s e m os tra m com o exceçã o à defin içã o de obra in telectu a l

propos ta . Situ a m -s e, a n os s o ver, en tre a n oçã o de in ven çã o e de obra in telectu a l, m otivo pelo qu a l s ã o objeto de proteçã o lega l es pecífica (Lei n . 9.609/ 98) a plica n do-s e-lh es , n o qu e for ca bível, os dita m es do Direito de Au tor (Lei n .9.610/ 98, a rt. 7o pa r.1o).

(14)

Na reprodu çã o in du s tria l de u m bem é n eces s á ria a rea liza çã o de u m procedim en to. O bem é fa brica do por m eio de u m a ca deia orga n iza da de a tos em preen dida pelo fa brica n te. Um m es m o bem pode s er produ zido por diferen tes m odos . É de con s ta ta r-s e, en tã o, qu e n ã o s e a plica a pen a s a o produ to fin a l obtido pela cria tivida de do in ven tor a s ca ra cterís tica s da n ovida de, a tivida de in ven tiva e reprodu çã o in du s tria l. Ta m bém o procedim en to em preen dido pelo in ven tor pa ra a fa brica çã o de s u a in ven çã o – ou m odelo de u tilida de – pode s er n ovo (ou s eja , des con h ecido do es ta do da técn ica ), res u lta do de s u a a tivida de in ven tiva e s u s cetível de reprodu çã o em es ca la in du s tria l.

Há qu e s e con s idera r, de ou tro la do, qu e m es m o u m produ to já con h ecido e fa brica do pode s er objeto de n ovos es tu dos (por pa rte de s eu s in ven tores ou terceiros ) qu e res u ltem n ã o em u m a m odifica çã o de s u a es tru tu ra ou feições origin a is m a s s im em u m a n ova form a de fa brica çã o dele.

En tre os es tu dios os do tem a fa la -s e em tecn ologia (ou .QRZKRZ)

pa ra defin ir o a to ou s érie de a tos pra tica dos pa ra a obten çã o de u m produ to. Altera ções em ta l procedim en to podem res u lta r em im porta n tes ga n h os de tem po ou din h eiro pa ra o fa brica n te torn a n do-a s , en tã o, ren tá veis econ om ica m en te e m erecedora s de tu tela lega l de m odo a ga ra n tir a o s eu cria dor a proteçã o con ferida à s in ven ções e m odelos de u tilida de.

O a rt. 42 do Código da Proprieda de In du s tria l fa z referên cia à “ pa ten te de proces s o” de form a a perm itir a os cria dores de u m a n ova form a de obten çã o de u m produ to - já pa ten tea do ou n ã o - a proteçã o à s u a tecn ologia .

 Nã o s e tra ta a tecn ologia ou .QRZKRZ de u m a ou tra categoria da proprieda de in du s tria l, pos to fa lta r-s e dis ciplin a lega l es pecífica . O qu e im porta , en treta n to, é qu e a Lei n . 9. 279/ 96 a protege por m eio da pa ten te, n os m es m os term os es ta belecidos pa ra o pa ten tea m en to da s in ven ções .

(15)

,920RGHORGHXWLOLGDGH

O m odelo de u tilida de gu a rda s ign ifica tiva s s em elh a n ça s com a n oçã o de in ven çã o. Am bos tra zem em s i, de form a in eren te, a idéia de n ovida de ou origin a lida de, s ã o igu a lm en te res u lta dos da a tivida de in telectu a l h u m a n a e a figu ra m -s e com o s olu ções a problem a s de ordem prá tica , n eces s ida des es pecífica s .

Pelo a tu a l Código da Proprieda de In du s tria l bra s ileiro ta n to a proteçã o de in ven ções qu a n to de m odelos de u tilida de depen de da con s ta ta çã o dos requ is itos da n ovida de (a rt.11), a tivida de in ven tiva (a rts . 13 e 14) e u tiliza çã o in du s tria l (a rt.15).

A diferen ça fu n da m en ta l, qu e ju s tifica a própria s epa ra çã o dos dois in s titu tos , es tá n o gra u de in ova çã o tra zido por eles .

En qu a n to n a in ven çã o tem -s e a cria çã o de u m bem tota lm en te origin a l, o m odelo de u tilida de corres pon de a a lgu m a crés cim o ou a ltera çã o efetu a da em a lgo já cria do ou exis ten te e qu e, em fu n çã o da qu ela m odifica çã o, tem a m plia da s u a com odida de ou m es m o s eu poten cia l de u tilida de.

É o qu e s e pode obter a pa rtir do texto do a rt. 9o da Lei n . 9. 279/ 96,

qu e dis põe:

e SDWHQWHiYHO FRPR PRGHOR GH XWLOLGDGH R REMHWR GH XVR SUiWLFR RX SDUWHGHVWHVXVFHWtYHOGHDSOLFDomRLQGXVWULDOTXHDSUHVHQWHQRYDIRUPDRX GLVSRVLomR HQYROYHQGR DWR LQYHQWLYR TXH UHVXOWH HP PHOKRULD IXQFLRQDO QR VHXXVRRXHPVXDIDEULFDomR

Wa ldem a r Ferreira , a poia do em Tu llio As ca relli, explica qu e a expres s ã o m odelo de u tilida de rem ete a os dois prin cipa is ca ra cteres defin idores do in s titu to. De u m la do tra ta -s e de m odelo porqu e, a o con trá rio da in ven çã o - qu e repres en ta u m bem tota lm en te origin a l - pa rte de u m produ to já con h ecido e a ca ba do, repres en ta n do u m a m odifica çã o ou a crés cim o em s u a es tru tu ra origin a l. De ou tro la do o term o “ de u tilida de” s a lien ta qu e o a crés cim o efetu a do deve propicia r u m a m elh oria n o

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poten cia l de u tiliza çã o origin a l do produ to ou , a o m en os , n a s u a form a de u tiliza çã o

´$ FRQWULEXLomR LQYHQWLYD [do m odelo de u tilidade[ GHYH FRQVLVWLU QD FRPRGLGDGH GH HPSUHJR RX DSOLFDomR GH SURGXWRV FRQKHFLGRV H FRPR SURFHVVRV QRWyULRV H HP UHODomR GLUHWD FRP VHX HPSUHJR SRLV D FULDomR LQWHOHFWXDO VH H[SULPH SRU XP PRGHOR 1mR VH WHUi SRUWDQWRQRYDXWLOL]DomR GDV OHLV GD FDXVDOLGDGH GD QDWXUH]D D ILP GH REWHUVH QRYRV UHVXOWDGRV PDVVLPDDSOLFDomRGHQRo}HVWpFQLFDVGHVWLQDGDVDPDLRUFRPRGLGDGHRX HILFLrQFLDQRXVRRXDSOLFDomRGRVSURGXWRVµ



A con cepçã o origin a l de m odelo de u tilida de rem on ta , n o direito bra s ileiro, a o in s titu to qu e, s ob a égide da Lei n . 3. 129, de 1882, era con h ecido com o PHOKRUDPHQWR

 O a rt. 1o, pa r.1o dis pu n h a qu e es ta va m s u s cetíveis à proteçã o

es tipu la da n a qu ele diplom a :

  ²RPLVVLV

  ²RPLVVLV

  ²RPLVVLV

  ²2PHOKRUDPHQWRGHLQYHQomRMiSULYLOHJLDGDVHWRUQDUPDLVIiFLOR

IDEULFR GR SURGXWR RX XVR GR LQYHQWR SULYLOHJLDGR RX VH OKH DXPHQWDU D XWLOLGDGH

Va le res s a lta r, porém , qu e en qu a n to o m elh ora m en to repres en ta va u m a deriva çã o de in ven çã o já privilegia da (de form a s im ila r a o qu e ocorre, n o a tu a l Código da Proprieda de In du s tria l, com a ch a m a da a diçã o de in ven çã o), o m odelo de u tilida de h oje dis ciplin a do s e a figu ra u m a ca tegoria a u tôn om a em rela çã o à in ven çã o.

Gu a rda m os term os m odelo de u tilida de e m elh ora m en to, porém , a iden tida de n o qu e s e refere à s u a prin cipa l ca ra cterís tica , qu a l s eja a de repres en ta rem a crés cim o n o poten cia l de u tiliza çã o ou com odida de de u m

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bem já con h ecido. É por is s o o m odelo de u tilida de tra ta do freqü en tem en te com o “ pequ en a in ven çã o”.

Im porta lem bra r ta m bém qu e o m odelo de u tilida de n ã o deve s er con fu n dido com a ch a m a da “ a diçã o de in ven çã o” des crita pelo a rt. 76 da Lei n . 9. 279/ 96 com o s en do ´DSHUIHLoRDPHQWR RX GHVHQYROYLPHQWR LQWURGX]LGR QR REMHWR GD LQYHQomR PHVPR TXH GHVWLWXtGR GH DWLYLGDGH LQYHQWLYDGHVGHTXHDPDWpULDVHLQFOXDQRPHVPRFRQFHLWRLQYHQWLYRµ

A a diçã o de in ven çã o é a m odifica çã o in trodu zida em u m a in ven çã o a s er pa ten tea da . É a a ltera çã o da con cepçã o origin a l de u m a in ven çã o com o objetivo de a perfeiçoa -la . Tra ta -s e, porta n to, de ca tegoria a ces s ória , pos to es ta r in clu ída den tro do m es m o con ceito in ven tivo qu e a cria çã o origin a l.

Em a poio à s n os s a s con s idera ções tem os o texto do a rt. 76 pa r. 3o

do Código da Proprieda de In du s tria l, qu e es tipu la o n eces s á rio in deferim en to do pedido de certifica do de a diçã o de in ven çã o qu a n do es ta n ã o in tegre o m es m o con ceito in ven tivo qu e a cria çã o origin a l da qu a l decorra . Con figu ra da , a s s im , a es s en cia l vin cu la çã o en tre a a diçã o a qu i m en cion a da e u m ou tro bem a s er pa ten tea do com o in ven çã o.

Es te ca rá ter a s s es s ório é reforça do a in da pelo a rt. 77 do Código qu e dis põe expres s a m en te qu e ´RFHUWLILFDGRGHDGLomRpDFHVVyULRGDSDWHQWH WHP D GDWD ILQDO GH YLJrQFLD GHVWD H DFRPSDQKDD SDUD WRGR RV HIHLWRV OHJDLVµ

 Além dis s o, a a diçã o de in ven çã o n em s em pre decorre de a tivida de in ven tiva de s eu cria dor. É s om en te u m des dobra m en to lógico do es ta do da técn ica em rela çã o à in ven çã o a qu e s e refere. Tem -s e a a diçã o de in ven çã o qu a n do o in ven tor a perfeiçoa s u a cria çã o a plica n do-lh e con h ecim en tos e s olu ções já dis pon ibiliza dos a o con h ecim en to pú blico e qu e, porta n to, n ã o con figu ra m o a va n ço n o es ta do da técn ica con s is ten te n a a tivida de in ven tiva .

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,92'HVHQKRLQGXVWULDO

O Direito Pos itivo bra s ileiro dis tin gu ia , a té a en tra da em vigor da Lei n . 9. 279/ 96, en tre os con ceitos de PRGHORLQGXVWULDO e GHVHQKRLQGXVWULDO.

´2 DQWLJR &yGLJR GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO, QR VHX DUW  GHILQLD TXHPRGHORLQGXVWULDOHUDWRGDIRUPDSOiVWLFDTXHSXGHVVHVHUYLUGHWLSRGH IDEULFDomR D XP SURGXWR LQGXVWULDO H DLQGD VH FDUDFWHUL]DYD SRU QRYD FRQILJXUDomR RUQDPHQWDO 'HVHQKR ,QGXVWULDO HUD WRGD GLVSRVLomR RX FRQMXQWR QRYR GH OLQKDV RX FRUHV TXH FRP ILP LQGXVWULDO RX FRPHUFLD SXGHVVH VHU DSOLFDGR j RUQDPHQWDomR GH XP SURGXWR SRU TXDOTXHU PHLR PDQXDOPHFkQLFRRXTXtPLFRVLQJHORRXFRPELQDGRµ



Extra ía -s e en tã o, des tes dois in s titu tos , u m a ca ra cterís tica fu n da m en ta l qu e dis tin gu ia -os do m odelo de u tilida de e da in ven çã o: ta n to o des en h o qu a n to o m odelo in du s tria l s e referia m a pen a s à s feições exteriores dos produ tos , à s s u a s ca ra cterís tica s exclu s iva m en te es tética s ou orn a m en ta is , em n a da in flu in do s obre s u a u tiliza çã o ou com odida de, a o con trá rio do qu e s e verifica , em m a ior ou m en or es ca la , qu a n do s e tra ta de in ven çã o ou m odelo de u tilida de.

Os s in a is , lin h a s , con torn os e form a s dos ben s era m e s ã o im porta n tes elem en tos n a s u a iden tifica çã o – e porqu e n ã o dizer qu a lifica çã o – em rela çã o a os s im ila res . É ca da vez m a ior a qu a n tida de de produ tos com fin a lida de, poten cia l de u tiliza çã o e com odida de idên ticos qu e s e diferen cia m (e s e creden cia m pera n te os con s u m idores ) exclu s iva m en te por m eio de s u a s feições exteriores . Na da m a is correto, porta n to, qu e proteger ta m bém a a tivida de cria tiva des tin a da à in dividu a liza çã o dos produ tos por m eio de s eu s a s pectos form a is e es téticos .

Dis tin gu ia -s e o m odelo do des en h o in du s tria l em fu n çã o da s dim en s ões a ba rca da s por u m e ou tro. En qu a n to o m odelo in du s tria l s e

(19)

referida à s feições e con torn os de u m bem con s idera do em s u a s três dim en s ões o des en h o in du s tria l rem etia a pen a s a os a s pectos do produ to con s idera do s om en te qu a n to à s u a la rgu ra e com prim en to. ´2 GHVHQKR LQGXVWULDOSDUWLFXODUPHQWHFRQVWLWXLXPDFRPELQDomRGHOLQKDGHFRUHVGH IRUPDGLULJLGDDFRQVHJXLUXPQRQRDVSHFWRH[WHULRUGHXPSURGXWRVHJXQGR DVGXDVGLPHQV}HVGHXPSODQR  -iRPRGHORLQGXVWULDOKRMHQRWH[WRGD OHLFRQIXQGRFRPRGHVHQKRLQGXVWULDOpGLUHLWRSDUDDFRQILJXUDomRH[WHULRU GR SURGXWR VHJXQGR DV WUrV GLPHQV}HV GH XP VyOLGR LVWR p GD WUDQVIRUPDomRGHVXDIRUPDSOiVWLFDµ

Com o lem brou Ru ben s Requ iã o o a tu a l Código da Proprieda de In du s tria l optou por a gru pa r a s n oções de des en h o in du s tria l e m odelo in du s tria l em u m a ú n ica ca tegoria defin ida pelo a rt. 95, qu e dis põe:

Art. 95 - &RQVLGHUDVHGHVHQKRLQGXVWULDODIRUPDSOiVWLFDRUQDPHQWDO GH XP REMHWR RX R FRQMXQWR RUQDPHQWDO GH OLQKDV H FRUHV TXH SRVVD VHU DSOLFDGR D XP SURGXWR SURSRUFLRQDQGR UHVXOWDGR YLVXDO QRYR H RULJLQDO QD VXDFRQILJXUDomRH[WHUQDHTXHSRVVDVHUYLUGHWLSRGHIDEULFDomRLQGXVWULDO

As s im com ocorre com toda s a s ou tra s ca tegoria s a qu i referida s o des en h o in du s tria l es tá vin cu la do à n ovida de, ou s eja : a s lin h a s , cores e form a s por ele con s titu ída s devem s er origin a is , a té en tã o des con h ecida s do es ta do da técn ica (a rt. 96 da Lei n . 9. 279/ 96).

É es pecia lm en te torm en tos o o es ta belecim en to de dis tin çã o en tre o des en h o in du s tria l ou GHVLJQ e as obras in telectu ais, em especial aqu elas

referen tes à s a rtes plá s tica s .

´6LWXDVH R GHVHQKR LQGXVWULDO QR OLPLWH HQWUH D DWLYLGDGH GH FULDomR LQGXVWULDO H D DUWtVWLFD e DGHPDLV PXLWR FRPXP HP JUDQGHV PXVHXV GH DUWHDH[LVWrQFLDGHVHomRGHGLFDGDDRGHVLJQQDTXDOVHH[LVWHPPyYHLVH XWHQVtOLRV GRWDGRV GH IRUDP HVWHWLFDPHQWH LQRYDGRUDV 2 SULPHLUR D FULDU HVVDVHomRR0XVHXPRI0RGHUQ$UWGH1RYD<RUNH[LJHDWpPKHOLFySWHUR PRGHOR %HOO SURMHWDGR SRU $UWKXU <RXQJ  $ SUR[LPLGDGH HQWUH R GHVHQKR

(20)

LQGXVWULDOHDREUDGHDUWHGHULYDPGDQDWXUH]DI~WLOGRDWRGHFULDomR7DQWR RGHVLJQHUFRPRRDUWLVWDQmRFRQWULEXHPSDUDRDXPHQWRGDVXWOLGDGHVTXH R KRPHP SRGH HVSHUDU GRV REMHWR $ FRQWULEXLomR GHOHV p GH RXWUR JrQHUR OLJDGD EDVLFDPHQWH DRV SUD]HUHV GH IUXLomR YLVXDO XPD FRQWULEXLomR HVWpWLFDSRUWDQWRµ



A qu es tã o tra n s põe a s ea ra pu ra m en te dou trin á ria s e con s idera rm os qu e os in s titu tos em foco es tã o s u jeitos a regim es ju rídicos protetivos diferen tes . En qu a n to os des en h os in du s tria is s ã o dis ciplin a dos pela Lei n . 9. 279/ 96, com o ca tegoria s da proprieda de in du s tria l, os tra ba lh os de pin tu ra e es cu ltu ra s ã o, com o a s obra s in telectu a is em gera l, tu tela dos por m eio dos Direitos de Au tor.

Pa ra Fá bio Ulh ôa Coelh o o critério dis tin tivo en con tra -s e n a con s ta ta çã o de qu e o des en h o in du s tria l en con tra -s e vin cu la do a a lgu m produ to cu ja u tilida de n ã o é a pen a s es tética , a o con trá rio do qu e s e verifica qu a n do s e tra ta da s obra s in telectu a is em gera l e em es pecia l n o qu e diz res peito à pin tu ra e à es cu ltu ra . ´2GHVHQKRLQGXVWULDOpGLIHUHQWH GDHVFOXOWXUDHGDSLQWXUD REUDVGHDUWH SRUTXHRREMHWRDTXHVHUHIHUHWHP IXQmR XWLOLWiULD H QmR DSHQDV HVWpWLFD GHFRUDWLYD RX GH SURPRomR GR VHX SURSULHWiULRµ

.

As s im o des en h o in du s tria l, com o a in ven çã o e o m odelo de u tilida de, s om en te s e con figu ra qu a n do “ pos s a s ervir de tipo de fa brica çã o in du s tria l”, o qu e lh e a tribu i com o ca ra cterís tica es s en cia l a ch a m a da in du s tria bilida de e o s epa ra da s obra s in telectu a is .

Em bora con corda n do com a a s s ertiva do a u tor, pen s a m os qu e a dis tin çã o n ã o s e es gota pela circu n s tâ n cia a pon ta da .

A obra in telectu a l exis te por s i s ó. O des en h o in du s tria l, em bora com a fin a lida de es tética da s obra s in telectu a is , s om en te ga n h a s en tido por vin cu la r-s e a u m detem in a do produ to, dele s en do a ces s ória .

19 COELHO. Fá bio Ulh ôa . &XUVR GH 'LUHLWR &RPHUFLD 9RO , 5a ediçã o. Ed. Sa ra iva . Sã o

Pa u lo. 2002. pg. 147

(21)

A con cepçã o de u m des en h o in du s tria l s e fa z em fu n çã o de u m determ in a do bem . As lin h a s dis tin tiva s de u m a u tom óvel, por exem plo, s ã o con cebida s em fu n çã o des te bem . J á a s cria ções in telectu a is a rtís tica s s ã o a u tôn om a s , exis tem por s i s ó e in depen den tem en te de qu a lqu er ou tra fu n çã o ou produ to.

O des en h o in du s tria l s e s epa ra ta m bém da in ven çã o e do m odelo de u tilida de n a m edida qu e, a o con trá rio des tes , n ã o a cres cen ta n a da à fin a lida de ou poten cia l de u tiliza çã o origin a l do bem n o qu a l é a cres cido.

A in ven çã o é a cria çã o de u m n ovo produ to e o m odelo de u tilida de repres en ta u m a perfeiçoa m en to da com odida de ou do poten cia l de u tiliza çã o de u m bem já exis ten te ou cria do. O des en h o in du s tria l, por s eu tu rn o, repres en ta a pen a s os tra ços e lin h a s dis tin tiva s de u m bem em rela çã o a os s eu s s im ila res , em n a da a cres cen ta n do à u tilida de ou com odida de origin a l do produ to n o qu a l foi in s erido.

A fu n çã o do des en h o in du s tria l é pu ra m en te es tética . Sã o form a s e lin h a s cria da s pa ra dis tin gu ir u m determ in a do produ to de s eu s s im ila res . Fa la -s e, exa ta m en te por is s o, em prin cípio da fu tilida de pa ra s epa ra r a idéia de m odelo de u tilida de do con ceito de des en h o in du s tria l.

As n oções de in ven çã o, m odelo de u tilida de e des en h o in du s tria l podem , en tã o, s er orden a da s s egu n do o gra u de a va n ço qu e provoca m n o es ta do da técn ica u m a vez qu e a in ven çã o é a cria çã o de u m n ovo produ to tota lm en te des con h ecido, o m odelo de u tilida de é a m odifica çã o n o poten cia l de com odida de ou u tilida de de u m produ to já exis ten te e o des en h o in du s tria l, por s eu tu rn o, refere-s e a pen a s à s a ltera ções pu ra m en te form a is ou es tética s de u m bem .

,9²0DUFD

Term os e s in a is vis u a is vêm s en do, des de a s m a is rem ota s origen s da Hu m a n ida de, em prega dos com o form a de iden tifica r e in dividu a liza r determ in a dos ben s da qu eles qu e lh es s eja m idên ticos ou s im ila res .

(22)

Wa ldem a r Ferreira a s s in a la qu e o Hom em , a in da es s en cia lm en te n ôm a de, já s e u tiliza va de ta l expedien te pa ra iden tifica r o s eu reba n h o em rela çã o a o de s eu s pa res e lem bra qu e ta m bém os rom a n os s e va lia m de term os ou s in a is vis u a is pa ra iden tifica r os fa brica n tes ou a s divers a s m erca doria s en tã o produ zida s por eles .2 1

Va le res s a lta r, porém , qu e n a An tigu ida de es ta form a de iden tifica çã o n ã o m ereceu regu la m en ta çã o n orm a tiva , res ta n do ca recedora de qu a lqu er proteçã o es pecífica .

Com o já a s s in a la do a qu ecim en to da a tivida de m erca n til n a Ida de Média a en tã o eferves cen te cla s s e dos com ercia n tes pa s s ou a u tiliza r-s e com freqü ên cia de des ign a tivos in s eridos em s eu s produ tos com o form a de iden tificá -los ju n to a os s eu s con s u m idores .

Ta is s in a is ou term os , porém , a pres en ta va m ca rá ter em in en tem en te corpora tivo, vin cu la dos qu e es ta va m n ã o a os com ercia n tes in dividu a lm en te con s idera dos m a s à s corpora ções qu e os a gru pa va m . Aqu eles qu e des res peita s s em o direito de ta is in s titu ições a o u s o exclu s ivo da qu eles des ign a tivos era m in clu s ive s u bm etidos a s a n ções fís ica s s evera s , com os viola dores s en do a m a rra dos a pos tes e s u bm etidos à h u m ilh a çã o pú blica .2 2

O Sécu lo XIX trou xe con s igo a con s a gra çã o dos idea is libera is e a s u pera çã o dos privilégios corpora tivos m edieva is por u m a ordem econ ôm ica pa u ta da pela livre con corrên cia . Os com ercia n tes e in du s tria is pa s s a ra m , des de en tã o, a con ta r com a proteçã o es ta ta l a os term os ou s in a is vis u a is qu e des en volva m pa ra des ign a r s eu s produ tos ou s erviços , en ca rrega n do-s e a legis la çã o de ga ra n tir-lh e a exclu s ivida de n o u s o. Nes ta n ova fa s e tem es pecia l im portâ n cia o Direito Fra n cês qu e, im pu ls ion a do pela Revolu çã o, firm ou vá rios dos prin cípios qu e a in da h oje regem a m a téria . “)D]HQGR WiEXD UDVD GR SDVVDGR D 5HYROXomR DFDERX FRP R UHJLPHFRUSRUDWLYR,QVWLWXLXQRYDVOHLVHQWUHDVTXDLVDVTXHHVWDEHOHFHUDP

21 FERREIRA. Wa ldem a r. 7UDWDGR9RO9, ob. Cit. Pg. 253 22 FERREIRA. Wa ldem a r. 7UDWDGR 9RO9,. ob. Cit. Pg. 256

(23)

OLPLWHVjFRQFRUUrQFLDVREQRUPDVXQLIRUPHVSULQFLSDOPHQWHQRWRFDQWHDR VHOR WLPEUH H PDUFDV JRYHUQDPHQWDLV )LQDOPHQWH R &yGLJR 3HQDO IUDQFrV GLVFLSOLQRXDPDWpULDHPWRGRVRVSDtVHVVXEPHWLGDDUHJLPHVHVSHFLDLVH DILQDO XQLYHUVDOL]DGRV SRU HIHLWR GH FRQYHQo}HV H 7UDWDGRV LQWHUQDFLRQDLVµ

No Bra s il a proteçã o a ta l ca tegoria de cria ções in du s tria is rem on ta a o fin a l do Sécu lo XIX.

Ten do o Código Com ercia s e om itido de dis ciplin a r expres s a m en te o a s s u n to cou be a o Dec. Legis la tivo n . 2. 682, de 23 de ou tu bro de 1875 in a u gu ra r, em n os s o orden a m en to, a s n orm a s volta da s pa ra a dis ciplin a e proteçã o da s cria ções ora tra ta da s2 4.

Va le cita r a in da , em breve retros pectiva h is tórica da legis la çã o pá tria , a Lei n . 3. 346, de 14 de ou tu bro de 1887, a Con s titu içã o Federa l de 1891 e a Lei n . 1. 236, de 1904 (a ch a m a da “ Lei de Ma rca s ”) qu e tra ça ra m a s prim eira s orien ta ções n o s en tido de tu tela r os term os cria dos pa ra a iden tifica çã o de produ tos ou s erviços .

Atu a lm en te a proteçã o à s m a rca s é da da pelo Direito da Proprieda de In du s tria l, corporifica do pela Lei n . 9. 279, de 1996.

In s titu to de en orm e a plica çã o prá tica a defin içã o de m a rca pode s er obtida a pa rtir da con cilia çã o en tre os textos dos a rts . 122 e 123 da Lei n . 9. 279/ 96: $UW6mRVXVFHWtYHLVGHUHJLVWURFRPRPDUFDRVVLQDLVGLVWLQWLYRV YLVXDOPHQWHSHUFHSWtYHLVQmRFRPSUHHQGLGRVQDVSURLELo}HVOHJDLV  $UW3DUDRVHIHLWRVGHVWD/HLFRQVLGHUDVH  ,²PDUFDGHSURGXWRRXVHUYLoRDTXHODXVDGDSDUDGLVWLQJXLUSURGXWR RXVHUYLoRGHRXWURLGrQWLFRVHPHOKDQWHRXDILPGHRULJHPGLYHUVD

23FERREIRA. Wa ldem a r. 7UDWDGR9RO9,Ob. Cit. Pg. 258

24 Es te Decreto teve origem em in teres s a n te dem a n da en volven do o direito de u s o do

term o “ Ra pé Areia Preta ”. Repres en ta da por Ru i Ba rbos a , a s ocieda de cria dora do produ to e des te des ign a tivo a cion ou con corren te s u a qu e, in devida m en te, ta m bém s e va lia do term o em qu es tã o pa ra n om in a r produ to idên tico. Recon h ecida ju dicia lm en te a in exis tên cia de n orm a lega l protetiva a preju dica da repres en tou à Câ m a ra dos Depu ta dos qu e, en tã o, con cebeu o texto qu e con verteria -s e, em 1875, n o Dec. Legis la tivo n . 2. 682.

(24)

 ,,²PDUFDGHFHUWLILFDomRDTXHODXVDGDSDUDDWHVWDUDFRQIRUPLGDGH GHXPSURGXWRRXVHUYLoRFRPGHWHULPDGDVQRUPDVRXHVSHFLILFDo}HVWpFLQDV QRWDGDPHQWHTXDQWRjTXDOLGDGHQDWXUH]DPDWHULDOXWLOL]DGRHPHWRGRORJLD HPSUHJDGDH

 ,,, ² PDUFD FROHWLYD DTXHOD XVDGD SDUD LGHQWLILFDU SURGXWRV RX VHUYLoRVSURYLQGRVGHPHPEURVGHXPDGHWHUPLQDGDHQWLGDGH

Procu ra n do extra ir u n ida de a pa rtir da s três m oda lida des dis ciplin a da s lega lm en te podem os dizer qu e a m a rca é todo term o ou s in a l vis u a lm en te perceptível qu e ten h a por fu n çã o in dividu a liza r produ tos ou s erviços de ou tros s em elh a n tes m a s de origem divers a , a tes ta r a con form ida de de u m produ to ou s erviço a determ in a da s n orm a s técn ica s ou a in da , fin a lm en te, iden tifica r produ tos ou s erviços oriu n dos de u m m es m o em pres á rio.

Ta n to a m a rca qu a n to o des en h o in du s tria l es tã o vin cu la dos a u m produ to ou s erviço, s ã o elem en tos des tin a dos , em es s ên cia , a dis tigu i-los de s eu s s im ila res e a tra ir a preferên cia dos con s u m idores s em , porém , in flu ir s obre o poten cia l de u tiliza çã o ou com odida de deles .

Va le n ota r, porém , qu e o des en h o in du s tria l repres en ta a s lin h a s e form a s exteriores do produ to, en qu a n to a idéia de m a rca s e refere a qu a lqu er term o es crito ou s in a l vis u a l a tribu ído a u m bem de m odo ba tiza -lo e in dividu a liza --lo de ou tros qu e lh es s eja m idên ticos ou s im ila res . O des en h o in du s tria l com põe a es tru tu ra fís ica do produ to n o qu a l s e in s ere. J á a m a rca é a pen a s o s in a l vis u a l qu e, a copla do à es tru tu ra do produ to, vis a in den tificá -lo.

Ta m bém diferen cia -s e a m a rca dos in s titu to do n om e em pres a ria l e do títu lo de es ta belecim en to. Dis tin gu em -s e es ta s ca tegoria s em fu n çã o da fin a lida de de ca da u m a dela s , em bora toda s a s três s eja m , em es s ên cia , elem en tos grá ficos ou vis u a is de iden tifica çã o. Nom e em pres a ria l é o term o ela bora do pa ra iden tifica r o em pres á rio (s u jeito de direito qu e exerce a em pres a ); o títu lo de es ta belecim en to é o des ign a tivo qu e ba tiza o es ta belecim en to da qu ele em pres á rio e a m a rca , por s u a vez, é o term o qu e

(25)

iden tifica os produ tos ou s erviços oferecidos pelo em pres á rio em s eu es ta belecim en to.

Percebe-s e qu e n om e em pres a ria l, títu lo de es ta belecim en to e m a rca em m u ito s e a s s em elh a m qu a n to à s u a es tru tu ra . Sã o des ign a tivos , con ju n tos orga n iza dos de letra s e s in a is vis u a is ela bora dos pa ra a iden tifica çã o de ou tros in s titu tos . Sepa ra m -s e n a m edida qu e ca da u m a des ta s ca tegoria s tem a fu n çã o de iden tifica r es pecifica m en te u m determ in a do elem en to da a tivida de econ ôm ica , s eja o em pres á rio (n o ca s o do n om e em pres a ria l), s eja o es ta belecim en to (n o ca s o do títu lo) ou os produ tos ou s erviços oferecidos pelo em pres á rio (m a rca ).

Obs erve-s e ta m bém qu e a defin içã o lega l de m a rca a bra n ge a pen a s e tã o s om en te s in a is ou des en h os perceptíveis vis u a lm en te. Exclu i-s e, des te m odo, qu a lqu er ou tra form a de iden tifica çã o de produ tos ou s erviços por m eio de es tím u los a os ou tros s en tidos h u m a n os .

Pa ra qu e pos s a s er protegida e u tiliza da exclu s iva m en te pelo s eu cria dor a m a rca deve ta m bém res peita r os requ is itos da n ovida de, a tivida de in ven tiva e u tiliza çã o in du s tria l.

Da da s a s s u a s diferen ça s es tru tu ra is em rela çã o à s in ven ções e m odelos de u tilida de ta is requ is itos , qu a n do a plica dos à s m a rca s , devem s er a dequ a da e pa rticu la rm en te in terpreta dos .

“1R VLVWHPD OHJDO D QRYLGDGH GD PDUFD FRQVLVWH HP GLYHUVLILFDU HVWD GDV RXWUDV Mi HP XVR TXHU GL]HU VLPSOHVPHQWH R IDWR GH QmR WHU VLGR D PDUFD SUHFHGHQWHPHQWH XVDGD SRU RXWUHP DLQGD TXH QmR UHJLVWUDGD GHSRVLWDGDHSXEOLFDGD  4XDQGRVHIDODGDQRYLGDGHRXRULJLQDOLGDGHGD PDUFD R VHQWLGR p FRPR VHYrGLIHUHQWHGDQRYLGDGHSHFXOLDUjVSDWHQWHV GHLQYHQomRµ



A in ven çã o ou m odelo de u tilida de, pa ra s er defin ido com o n ovo, deve con figu ra r a lgo a té en tã o in exis ten te n a cu ltu ra h u m a n a , repres en ta da , com o vim os , pelo term o “ es ta do da técn ica ” (a rt. 11 pa r. 1o)

(26)

A origjn a lida de da m a rca n ã o es tá n os term os ou s in a is qu e a con s titu em e s im n a fin a lida de qu e a eles é da da pelo cria dor. A m a rca pode s er con s titu ída por expres s ões ou s in a is grá ficos já con h ecidos , des de qu e a in da n ã o ten h a m s ido u tiliza dos pa ra iden tifica r produ tos ou s erviços idên ticos ou s im ila res à qu eles a qu e s e refere a gora .

A origin a lida de da in ven çã o e do m odelo de u tilida de es tá n a es tru tu ra do bem ou da m odifica çã o. A origin a lida de da m a rca n ã o es tá n a s u a es tru tu ra ou term os m a s s im n a form a pela qu a l a gora s ã o u tiliza dos pelo em pres á rio.

Wa ldem a r Ferreira , a poia do n a s a s s ertiva s do ju ris ta fra n cês Georges Bry, con clu i:

´2 FDUiWHU HVVHQFLDO GD PDUFD SDUD TXH VH WRUQH GLUHLWR SRVLWLYR GRXWULQRX*HRUJHV%U\pDRULJLQDOLGDGHTXHDGLVWLQJXHHLPSHGHTXHHOD VHFRQIXQGDFRPRXWUDMiH[LVWHQWH(HVFODUHFHXeLQ~WLOSDUDTXHHODVHMD HVSHFLDOHQRYDTXHRVLQDODGRWDGRUHVXOWHGHYHUGDGHLUDFULDomRpRVHX HPSUHJRPHUFDQWLORXLQGXVWULDOVXDDSOLFDomRGHIRUPDGLVWLQWLYDGHRXWURV SURGXWRV VLPLODUHV TXH OKH HPSUHVWD R FDUDFWHUtVWLFR H[LJLGR (VWUHOD IORU DEHOKD GHQRPLQDo}HV JHQpULFDV SRGHP VHUYLU GH PDUFD GHVGH TXH VH DSUHVHQWHPIRUPDQGRILJXUDSDUWLFXODURXFRPELQDomRQRYD(VVHFRQMXQWRp TXHKiDFRQVLGHUDU1mRRVVHXVHOHPHQWRVFRPSRQHQWHVµ



 Qu a n to a o requ is ito da a tivida de in ven tiva o m es m o ra ciocín io s e a plica . A a tivida de in ven tiva n ã o es tá n a cria çã o de term os ou s in a is vis u a is a té en tã o in exis ten tes m a s s im n a u tiliza çã o des tes term os ou s in a is vis u a is pa ra a fin a lida de es pecífica de iden tifica r u m determ in a do produ to ou s erviço.

Cu m pre ta m bém res s a lta r qu e a m a rca n ã o pode con ter, em s u a es tru tu ra , in form a ções fa ls a s a res peito do produ to ou s erviço qu e ba tiza ou do em pres á rio qu e o produ z, s ob pen a de con s titu ir-s e em form a n ã o de

(27)

iden tifica çã o do produ to ou s erviço e s im de m oda lida de de fra u de a os con s u m idores .

9²&RQFOXVmR

A proteçã o à s obra s res u lta n tes da cria çã o h u m a n a s e revela , com o procu ra m os dem on s tra r a o lon go des te tra ba lh o, ca da vez m a is deta lh a da e rígida , da da a s u a releva n te fu n çã o econ ôm ica .

No Direito bra s ileiro o Código da Proprieda de In du s tria l a va n ça , a o la do da legis la çã o referen te a os Direitos Au tora is , n a proteçã o dos divers os in teres s es en volvidos em torn o des tes ben s im a teria is .

A legis la çã o cen tra s u a proteçã o s obre a s qu a tro ca tegoria s fu n da m en ta is ora tra ta da s s em , porém , deixa r a bs olu ta m en te es cla recida s a lgu m a s qu es tões qu e a borda m os n es te texto qu e s erve, s en ã o pa ra s olu cion a r a s la cu n a s , a o m en os pa ra s u s cita r ou tra s a n á lis es .

%LEOLRJUDILDFLWDGD

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(28)

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Referências

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