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Academic year: 2021

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PROFESSOR: Maria Anna

BANCO DE QUESTÕES - PRODUÇÃO TEXTUAL - 2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

============================================================================================= TEXTO 1 IDEOLOGIA 05 10 15 Meu partido É um coração partido

E as ilusões estão todas perdidas Os meus sonhos foram todos vendidos Tão barato que eu nem acredito Eu nem acredito

Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo)

Frequenta agora as festas do "Grand Monde" Meus heróis morreram de overdose

Meus inimigos estão no poder Ideologia

Eu quero uma pra viver Ideologia

Eu quero uma pra viver

20

25

O meu prazer Agora é risco de vida

Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll Eu vou pagar a conta do analista

Pra nunca mais ter que saber quem eu sou Pois aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo)

Agora assiste a tudo em cima do muro Meus heróis morreram de overdose Meus inimigos estão no poder Ideologia

Eu quero uma pra viver Ideologia

Eu quero uma pra viver

CAZUZA e ROBERTO FREJAT - 1988 www.cazuza.com.br

01- Nos dois primeiros versos, a palavra partido é empregada com significados diferentes. • Esta repetição produz, no texto, o seguinte sentido:

(A) revela o nível de alienação do sujeito poético. (B) reafirma a influência coletiva na esfera pessoal. (C) acrescenta elementos pessoais a um tema social. (D) projeta um sentimento de desencanto sobre a política.

02- Em duas estrofes, a expressão mudar o mundo é utilizada em um verso e repetida no verso seguinte entre parênteses. • A repetição e o uso dos parênteses, no contexto, sugerem que o eu poético, com o passar do tempo, foi levado a:

(A) um desvio de personalidade. (B) uma postura de acomodação.

(C) uma afirmação da identidade. (D) uma busca de autoconhecimento.

03- E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)

Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac. • Tal procedimento constitui o que se chama de:

(A) metáfora. (B) pertinência.

(C) pressuposição. (D) intertextualidade.

Texto 2

http://sizenando.blogspot.com

(2)

04- A metáfora é uma figura de linguagem que se caracteriza por conter uma comparação implícita. • O cartum de Sizenando constrói uma metáfora, que pode ser observada na comparação entre:

(A) o sentimento de desilusão e a floresta. (B) a propaganda dos bancos e os artistas. (C) a ironia do cartunista e a fala do personagem. (D) o artista desiludido e o personagem cabisbaixo.

Texto 3

CONSUMINDO A VIDA

André Trigueiro

27/11/2004 - Jornal: O GLOBO Caderno: Primeiro Caderno

A avassaladora farra consumista desencadeada a partir da Revolução Industrial, potencializada com o avanço tecnológico dos meios de produção e universalizada pela mídia na era da globalização, está custando caro ao planeta. Há evidentes sinais de exaustão dos recursos naturais não renováveis, já denunciados em sucessivos relatórios do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), no estudo divulgado pela organização não-governamental WWF, segundo o qual "o consumo de recursos naturais já supera em 20% ao ano a capacidade do planeta de regenerá-los", ou ainda no relatório "Estado do Mundo 2004", do Worldwatch Institute, quando se afirma que "o consumismo desenfreado é a maior ameaça à humanidade". Os pesquisadores do Worldwatch denunciam que "altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danificado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas".

O lado perverso desse consumo excessivo é que ele se restringe a uma minoria concentrada principalmente nos países ricos. Apenas 1,7 bilhão dos atuais 6,3 bilhões de pessoas que habitam o planeta têm hoje condições de consumir além das necessidades básicas. Ainda assim, a demanda por matéria-prima e energia cresce, precipitando o mundo na direção de um impasse civilizatório: ou a sociedade de consumo enfrenta o desafio da sustentabilidade, ou teremos cada vez menos água doce e limpa, menos florestas, menos solos férteis, menos espaço para a monumental produção de lixo e outros efeitos colaterais desse modelo suicida de desenvolvimento.

Cada um de nós, independentemente do poder aquisitivo, pode fazer a sua parte na construção de uma nova sociedade de consumo, onde a compra de cada produto ou serviço seja precedida de alguns pequenos cuidados. Dar preferência aos fabricantes ou comerciantes comprometidos com energia limpa, redução e reaproveitamento de resíduos, reciclagem de água, responsabilidade social corporativa e outras iniciativas sustentáveis é um bom começo. Checar se o que pretendemos adquirir é realmente necessário é fundamental. O conceito de necessário varia de pessoa para pessoa, é assunto de foro íntimo. Mas pode-se descobrir neste exercício os sintomas de uma doença chamada oneomania, ou consumo compulsivo, que, de acordo com pesquisa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, acomete aproximadamente 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres. É gente que usufrui apenas do momento da compra, para muito rapidamente deixar o produto de lado e, não raro, mergulhar num sentimento de culpa. Muitos endividados que tomam empréstimos em bancos ou em agiotas são oneomaníacos.

O fato é que a maioria dos brasileiros simplesmente não tem a opção de consumir mais do que o necessário. De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE (POF/2003), considerando a soma dos rendimentos e das despesas das famílias brasileiras, somente naquelas em que a faixa média de renda ultrapassa os 4 mil reais por mês há algum dinheiro sobrando. Nestes casos, tem-se a opção de consumir algo mais com relativo conforto. Estamos falando de uma minoria estimada em 17 milhões de brasileiros. Por esta conta, 165 milhões estariam excluídos da farra consumista; mas não isentos do bombardeio de anúncios que abrem o apetite para sonhos de consumo irrealizáveis, e que geram muitas vezes ansiedade, angústia e frustração. A resignação é o caminho. A depressão, um risco. A violência, uma possibilidade.

Por tudo isso, em diversas partes do mundo celebrou-se ontem o "Buy Nothing Day" (Um dia sem compras), um protesto simbólico idealizado pela ONG canadense Adbuster Foundation Media (www.adbusters.org), que há 13 anos vem sugerindo nesta data uma pausa no transe de consumo. Desprezado pela grande mídia, o protesto na verdade é um alerta para a urgência de mudarmos hábitos e comportamentos fortemente arraigados em nossa cultura. No Brasil, o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente (www.akatu.net) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (www.idec.org.br) também desenvolvem campanhas alertando os consumidores. O consumo é fundamental à vida. O consumismo desequilibra a vida. Tomar partido em favor do consumo consciente, como sugerem essas organizações, é uma questão de sobrevivência.

ANDRÉ TRIGUEIRO é jornalista.

05- Qual das frases a seguir representa a principal ideia do 1º parágrafo? (A) A Revolução Industrial foi responsável pelo surgimento do consumismo. (B) A avassaladora farra consumista está custando caro ao planeta. (C) A qualidade de vida está piorando devido ao consumismo.

(D) O consumo tem superado a capacidade de regeneração dos recursos.

06- Há evidentes sinais de exaustão dos recursos não renováveis e de diminuição da qualidade de vida de muitas pessoas: obesidade, dívidas, menos tempo livre, meio ambiente danificado.

• A informação destacada acima está presente no 1º parágrafo e representa em relação à ideia principal deste mesmo parágrafo:

(A) uma justificativa; (B) uma conclusão;

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07- O consumo excessivo se restringe a uma minoria que hoje tem condições de consumir além das necessidades básicas, mas os efeitos colaterais desse modelo de desenvolvimento tornam-no suicida.

• Elabore um parágrafo a fim de analisar as causas relacionadas à situação representada pelo trecho em destaque. R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

08- "O consumo é fundamental à vida. O consumismo desequilibra a vida."

• Qual das conjunções a seguir melhor explicitaria a relação semântica existente entre os dois períodos simples transcritos acima, caso eles integrassem um único período?

(A) Como. (B) Todavia.

(C) por conseguinte. (D) e.

TEXTO 4

A BUROCRACIA DA TERRA

O modelo agrário brasileiro, embora com inúmeros defeitos, possui uma característica que merece ser destacada, elogiada e preservada: a produção agropecuária brasileira é a última atividade econômica ainda totalmente nas mãos de brasileiros. Pouco se fala disso, mas o fato é que não encontramos multinacionais responsáveis por qualquer parcela significativa da produção. Também não encontramos, no campo, as famigeradas empresas estatais. Embora existam multinacionais proprietárias de terra, o percentual de produção rural em suas mãos não é significativo. A produção rural, na verdade, é o reduto final da livre iniciativa brasileira. Com a nossa economia cada vez mais estatizada e desnacionalizada, a agropecuária permaneceu uma atividade essencialmente de brasileiros.

Temos certeza de que esta parcela da população, hoje responsável pela produção rural do país é simpática a medidas que enriqueçam o trabalhador rural e favoreçam a justiça social. Somos todos a favor de medidas que facilitem o acesso à propriedade rural, tornando um maior número de brasileiros proprietários e produtores. Somos todos a favor de medidas que aumentem a produtividade no campo. Somos todos contra, enfim, a especulação com terras, a ociosidade, o desperdício. Não é o produtor rural quem lucra com isso, e sim o especulador, quase sempre alheio à atividade produtiva.

Repudiamos, porém, a planejada reforma agrária da Nova República da maneira como foi apresentada pelo diretor do INCRA, senhor José Gomes da Silva, e por seu superior hierárquico, o ministro Nelson Ribeiro. Autoritária e de critérios arbitrários, fatalmente levará a uma crescente estatização da atividade rural no país – e isso quer dizer que chegarão ao campo a ineficiência, a burocracia e a corrupção hoje encontradas em quase todas as outras atividades já estatizadas.

CAMARGO NETO, Pedro de. - . Veja, 7 ago. 1985.

09- Na frase "A produção agropecuária brasileira é a última atividade econômica ainda totalmente nas mãos dos brasileiros", temos três elementos linguísticos que nos levam a detectar pressupostos.

a) Transcreva-os e explique o que eles pressupõem.

R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ b) Responda:

• Que argumento foi estabelecido pelo enunciador com esses pressupostos?

R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

(4)

c) Transcreva do texto exemplos de “juízo de valor” e comente o papel discursivo da expressão de tais juízos. R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

11- Observe as duas passagens que seguem:

1. Os índios brasileiros, que abandonaram suas tradições, estão em fase de extinção. 2. Os índios brasileiros que abandonaram suas tradições estão em fase de extinção.

• A oração adjetiva implica os mesmos pressupostos em ambas as passagens? Explique por quê.

R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

12- Na literatura brasileira temos um exemplo significativo de intertextualidade. O poeta romântico Gonçalves Dias escreveu, em meados do séc. XIX, a famosa "Canção do Exílio":

"Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores." (...)

Desde essa época, vários outros poetas e escritores produziram intertextos, ou por simples imitação, ou para repensar o poema de Gonçalves Dias.

• Aproveite essa informação e elabore um parágrafo que analise o modo como o cartunista Caulos construiu o intertexto a seguir:

(5)

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R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

13- Todo texto é um intertexto.

• Argumente favoravelmente ao tema.

R.: ____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ GABARITO 01- (D) 02- (B) 03- (D) 04- (A) 05- (B) 06- (A)

07- Resposta pessoal. O aluno deverá construir um parágrafo bem-estruturado, coerente e coeso em que apresente uma análise, ou seja, a observação das partes de um todo, relacionada às causas de o referido modelo de desenvolvimento ser suicida.

08- (B)

09- a) “última”: representa o pressuposto de que houve outras antes, mas não haverá outras depois. “ainda”: representa o pressuposto de que, em breve, poderá não estar mais.

“totalmente”: representa o pressuposto de que não nada na produção agropecuária que não esteja nas mãos de brasileiros.

b) Foi estabelecido o argumento de que devemos, como brasileiros, defender a agropecuária brasileira nas mãos da livre iniciativa brasileira.

c) O texto apresenta algumas palavras e expressões que refletem juízos de valor. Por exemplo, “possui uma característica que merece ser destacada, elogiada e preservada:”. A forma verbal merece manifesta um julgamento pessoal, assim como as palavras que revelam qual é o merecimento: de destaque, elogio e preservação. Tal afirmação pode ser combatida por pessoas que pensem diferentemente do enunciador, pois este não se baseia em fatos com tais afirmações, mas em valores, estabelecidos segundo parâmetros pessoais. Também em “famigeradas empresas estatais”, o emprego do adjetivo, revela um julgamento das empresas estatais como algo ruim.

11- Não. A oração adjetiva não implica os mesmos pressupostos em ambas as passagens. Na passagem 1, a presença das vírgulas estabelece que ela representa uma explicação, a qual se estende a todos os índios brasileiros: todos abandonaram suas tradições. Na passagem 2, a ausência das vírgulas para separar a oração adjetiva indica que ela é uma característica desses índios brasileiros, portanto limita, restringe à fase de extinção apenas os índios que abandonaram suas tradições.

12- Resposta pessoal. Supõe-se que o aluno seja capaz de perceber que o cartunista construiu o intertexto através de uma paródia. Houve subversão do texto de Gonçalves Dias e o propósito de estabelecer uma crítica ao desmatamento. 13- Resposta pessoal. Espera-se que o aluno possa defender a ideia de que todo texto é um intertexto, baseando-se no

fato de que sempre é possível relacionar um texto a outro, por isso todo e qualquer texto sempre dialoga com outro, seja porque o enunciador assim o desejou, seja porque o leitor conseguiu relacioná-lo a algum outro texto.

Referências

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