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Coluna Claquete publicada no Jornal de Hoje, edição de 04 de março de Coluna Claquete 04 de março de 2011

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Coluna Claquete – 04 de março de 2011

Newton Ramalho

colunaclaquete@gmail.com – colunaclaquete.blogspot.com - @colunaclaquete

O que está em cartaz

Tudo está normal: o pau cantando nos países árabes, o preço do petróleo lá em cima, o salário mínimo lá embaixo, e o Brasil no carnaval! E, quem não estiver a fim de ir atrás do trio elétrico, pode conferir as estreias dos cinemas. As novidades são o romance “Esposa de Mentirinha”, com Adam Sandler, as animações “Gnomeu & Julieta” e “Rango”, comédia “Vovó... Zona 3 – Tal Pai, Tal Filho”, e o drama nacional “Malu de Bicicleta”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a cinebiografia “Bruna Surfistinha” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Deborah Secco, o documentário “Justin Bieber: Never Say Never”, a aventura “Besouro Verde”, o drama “Cisne Negro” com Natalie Portman. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama “O Discurso do Rei”, e a ação “O Turista”, enquanto o Moviecom mantém o suspense “O Ritual”, e o excelente thriller “Desconhecido”, com Liam Neeson.

Estreia 1: “Esposa de Mentirinha” Danny Maccabee

(Adam Sandler) há anos usa uma tática incomum para atrair mulheres: finge ser casado. Ele acredita que, desta forma, nenhum dos envolvidos cria ilusões sobre o futuro do relacionamento e, consequentemente, ninguém se magoa. Até que, um dia, conhece Maggie (Bailee Madison), com quem pretende ter algo sério. Como todas as anteriores, ela acredita que Danny seja casado e, por isso, nada quer com ele. Para convencê-la,

Danny diz que está se separando de sua esposa e pede que Katherine Murphy (Jennifer Aniston), sua melhor amiga, cumpra este papel. A situação se complica ainda mais quando Maggie vê Danny junto com os filhos de Katherine, os quais passa a dizer que são deles. A direção é de Dennis Dugan. “Esposa de Mentirinha” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, e na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos.

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Gnomeu e Julieta são anões de jardim e vão enfrentar muitos obstáculos para viver um amor proibido. O Sr. Capuleto e A Sra. Montéquio tem uma rixa há anos, e ninguém, na verdade, lembra por que tudo começou. Mas, a regra é clara, um gnomo vermelho do jardim do Sr. Capuleto nunca poderá se misturar com os gnomos azuis do jardim da Sra. Montéquio. Quando os humanos saem de casa é que a aventura realmente começa, com os gnomos tramando um final bem diferente para essa historia. Com as vozes de Daniel Oliveira, Vanessa Giácomo e Ingrid Guimarães, embaladas pelas inesquecíveis musicas de Elton John. “Gnomeu & Julieta” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Moviecom, e na Sala 2 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.

Estreia 3: “Rango”

Rango é um camaleão com crise de identidade que, ao se ver numa cidade do velho-oeste infestada de bandidos, transforma-se sem querer em herói e é forçado a protegê-la. A questão toda é que ele estava acostumado à boa vida "camuflada" de animal de estimação e, agora, a história real é muito diferente. Naturalmente, acaba enfrentando mais dificuldades do que poderia imaginar. A direção é de Gore Verbinski, o mesmo de “Piratas do Caribe”. “Rango” estreia nesta

sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark e na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas.

Estreia 4: “Vovó... Zona 3 – Tal Pai, Tal Filho”

A Vovózona está de volta e desta vez, ela tem um reforço de peso: Trent, seu enteado adolescente. Martin Lawrence volta ao papel do agente do FBI Malcolm Turner e ao disfarce como seu alterego, a Vovózona. Turner tem a companhia de Trent (Brandon T. Jackson) que o acompanha disfarçado a uma escola de artes só para garotas após Trent testemunhar um assassinato. Encarnando a Vovózona e a grandona aluna Charmaine, eles precisam encontrar o assassino antes que ele os encontre. A direção é de John Whitesell. “Vovó... Zona 3 – Tal Pai, Tal Filho” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas.

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Sessão Cine Cult: “Malu de Bicicleta”

Luiz Mário (Marcelo Serrado) é um empresário mulherengo, que trabalha com a noite paulistana e coleciona casos amorosos. Apesar disto, não consegue realmente se envolver com nenhuma delas. Um dia, no Rio de Janeiro, é atropelado de bicicleta por Malu (Fernanda de Freitas) na ciclovia do Leblon. Eles logo se envolvem e vivem um romance perfeito, que apenas é abalado devido a uma enigmática carta de amor. “Malu de Bicicleta” é segunda adaptação de um livro de Marcelo Rubens Paiva para o cinema. A anterior foi “Feliz Ano Velho” (1987). A direção é de Flávio R. Tambellini. “Malu de Bicicleta” estará em cartaz na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“A Rede Social”

A história sobre os fundadores da rede social Facebook. Em uma noite em 2003, graduado em Harvard e gênio em programação de computadores, Mark Zuckerberg se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova idéia. No furor dos blogs e programação, o que começa em seu quarto logo se torna uma rede social global e uma revolução na comunicação. Ganhador de quatro Globos de Ouro e três Oscars, além da indicação para mais cinco categorias. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Atração Perigosa”

Todo ano, mais de 300 assaltos a banco acontecem em Boston. E grande parte dos assaltantes mora no pequeno bairro de Charlestown. Um deles é Doug MacRay (Ben Affleck), líder de um grupo de inescrupulosos assaltantes de banco que se orgulham de roubar tudo o que querem e sair impunes. A única família que Doug conhece são seus parceiros de crime, especialmente Jem (Jeremy Renner), que apesar do seu temperamento perigoso e explosivo, é alguém que Doug pode chamar de irmão. Mas tudo muda no último trabalho da gangue, quando fazem a gerente de banco Claire Keesey (Rebecca Hall) de refém. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio em Dolby Digital 5.1.

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“Olhar Estrangeiro”

Olhar Estrangeiro é um filme sobre os clichês e as fantasias que se avolumam pelo mundo afora sobre o Brasil. Baseado no livro "O Brasil dos Gringos", de Tunico Amâncio, o documentário mostra a visão que o cinema mundial tem do país. Filmado na França (Lyon e Paris), Suécia (Estocolmo) e EUA (Nova York e Los Angeles), o filme, através de entrevistas com os diretores, roteiristas e atores, desvenda os mecanismos que produzem esses clichês. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio em Dolby Digital 2.0.

“5x Favela Agora por Nós Mesmos”

Treinados e capacitados por meio de oficinas profissionalizantes de audiovisual ministradas por grandes nomes do cinema brasileiro, cinco jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro produzem e dirigem cinco histórias independentes entre si, que refletem as múltiplas faces do cotidiano das comunidades onde vivem. Cinco Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos trata do convívio humano e social em cada comunidade abordada, sem ignorar a violência e as dificuldades cotidianas de que sofrem seus moradores. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

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Filme da Semana: “Bruna Surfistinha”

Quando o filme “Bruna Surfistinha” estreou nos cinemas, a expectativa do público era muito grande, talvez até maior do que em relação aos concorrentes do Oscar, que também estavam nas telas na mesma época.

Essa expectativa devia-se menos aos aspectos técnicos do filme, do que em relação à história, supostamente fiel à realidade, da personagem-título, Bruna Surfistinha, garota de programa que ganhou notoriedade graças à utilização da internet.

Além da curiosidade, o filme, mesmo antes de estrear, despertou ira e ranger de dentes no público mais conservador, que não consegue entender o porquê de se levar às telas a biografia de uma garota de programas, eufemismo para prostituta.

Eu fiquei mais surpreso com essa reação da plateia do que com o tema do filme. Filmes sobre prostituição existem aos montes, indo das comédias românticas como “Uma Linda Mulher”, com Julia Roberts, e “Irma La Douce”, com Shirley MacLaine, passando por dramas mais intensos, como “Belle de Jour”, de Buñuel, e “Pretty Baby”, de Louis Malle, até os nacionais “Toda Nudez Será Castigada”, “Cidade Baixa” e “Anjos do Sol”, este último sobre a prostituição infantil.

A questão, ao que parece, não está diretamente ligada à profissão, que, desprezada e criminalizada em muitos países, classifica a pessoa que a exerce a uma condição sub-humana. Como pode, então, uma garota de programa ser a heroína de um filme?

Para colocar uma pá de cal sobre a questão, é só pensar em quem são os outros “heróis” da nossa época: jogadores de futebol, cantores de funk, pagode e sertanejo, participantes do Big Brother, e qualquer outra figura que consiga se manter na mídia um pouco mais do que os quinze minutos previstos por Andy Warhol.

Olhando a coisa através dessa ótica, nada mais natural do que retratar a vida de alguém que abandonou a vida de uma família de classe média para entrar na prostituição, expondo sua intimidade em um blog na internet, e, posteriormente, em um livro de grande vendagem. Se isso daria filme em Hollywood, porque não aqui?

O filme inicia mostrando aspectos da vida de Raquel Pacheco (Deborah Secco) ainda na casa dos pais, e as suas dificuldades de relacionamento, tanto em casa quanto no colégio. Foi tomada alguma liberdade poética, apresentando-a como vítima de bullying, com um colega postando um vídeo na internet, onde ela aparecia fazendo sexo oral nele.

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mundo da prostituição, e sabia qual o nicho de mercado em que iria atuar. No filme, ela procura a cafetina Larissa (Drica Moraes, magnífica no papel), que a acolhe em seu bordel, junto com as outras garotas.

Com o seu jeito de menina “de família”, não demora muito para a moça, agora atendendo pelo nome de Bruna, alcançar sucesso entre os frequentadores do bordel, entre eles Huldson (Cassio Gabu Mendes). Esse êxito desperta o ciúme das colegas, e os conflitos são inevitáveis.

Logo, Bruna parte para a livre iniciativa, levando o seu corpo e a amiga Janine (Fabíula Nascimento), além da grife Bruna Surfistinha, com direito a página na internet e o crescente sucesso junto a um público mais sofisticado, ao qual ela teve acesso graças à esfuziante Carol (Guta Ruiz), uma mistura de empresária, cafetina, e personal shopping.

Com essa mudança, Bruna se envolve em um mundo de festas, bebidas e drogas que quase a levam à morte, passando por um período de degradação que pouco tem a ver com o relativo sucesso que alcançara há pouco. A constatação dessa realidade a leva a perceber que sua vida precisa mudar.

O filme para por aqui, e usando uma licença poética, a sensação é de um coito interrompido. Sabemos o destino da personagem em três míseras linhas, que informam sucintamente o que aconteceu com ela, após estes eventos.

Não é difícil imaginar que uma história singular como a de Raquel poderia inspirar as mais diversas histórias para o cinema. Os autores poderiam ter explorado o lado romântico, já que ela hoje vive com um ex-cliente. Poderiam ter mostrado por uma ótica de humor, nos estilo das nossas antigas pornochanchadas, que nada tinham de pornô. Poderiam ter ido mais fundo na realidade, no estilo “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”.

Uma outra vertente seria fazer o filme para um público mais adulto, e explorar mais as cenas de sexo, que, anunciadas como extremamente ousadas, ficaram aquém às de “Presença de Anita”, minissérie passada na TV.

O caminho mais interessante, a mon avis, seria ter mostrado a história de superação e sucesso pessoal de Raquel, mesmo se tratando de uma profissão extremamente controvertida. Afinal de contas, após os episódios mostrados no filme, a moça atuou em filmes, abandonou a profissão, publicou o livro “O Doce Veneno do Escorpião”, através do ghost-writer Jorge Tarquini, cuja vendagem alcançou 250 mil exemplares, em diversas línguas, e que serviu de base para o filme em questão.

O filme foge um pouco da realidade, ao mostrar a entrada de Raquel na prostituição como único caminho para sair de uma vida infeliz, ao mesmo tempo em que quase esconde a bissexualidade da moça, assumida por ela no livro, onde até expressa sua fantasia de participar de uma orgia só com mulheres.

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justamente a que respira internet, o que garante grandes bilheterias. A sessão que assisti estava repleta de adolescentes, o que foi facilitado pela classificação indicativa de 16 anos. O ponto alto foi quando a cafetina vivida por

Drica Moraes fala das candidatas a garota de programa universitárias. O público inteiro desatou a rir, pois isso é muito comentado aqui em Natal.

A atuação de Deborah Secco está muito boa, embora tenha mostrado pouca diferença em relação aos seus costumeiros papéis nas novelas globais. Cassio Gabu Mendes está muito bem, como sempre, mas, quem rouba totalmente a cena é Drica Moraes, nos poucos momentos em que aparece em cena.

Embora tenha aspectos – técnicos, que fique bem entendido – de que não gostei, o filme é atual, bem feito, com ótima fotografia e trilha sonora, além de tratar de vários temas reais, que não devem ser varridos para baixo do tapete. Confiram.

Referências

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