• Por quê e para quê estudar Filosofia ?
• Avalia os fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam
• Reúne e reconstrói o pensamento fragmentado da ciência
• Impede a estagnação, desmascara a ideologia imposta, combate a dominação
Desvela significados ocultos pelo costume, pelo
CONCEITO
•
Filosofia
•
► conjunto de conhecimentos sistematizados
sobre o mundo da natureza e sobre o homem,
sobre a cultura e a sociedade
O que é o homem? → Como e para quê
educá-lo?
ETIMOLOGIA
Junção de “Filos-filia” “amigo” e “Sophia”
que é “sabedoria, saber” → Pitágoras:
“Filos-sophos” - “amigo do saber”,, “amante
da sabedoria”, aquele que busca a sabedoria
FILOSOFIA
• apreensão significativa do mundo que nos cerca e uma leitura crítica da própria realidade
• busca a superação das limitações e preconceitos dos saberes fragmentados e desconexos, visando uma ação consciente e engajada no mundo
• proposição crítica de questões fundamentais buscando a experiência do sentido das coisas
FILOSOFIA
• assunção de responsabilidades sobre a existência num permanente processo de mudança e construção social da realidade
• superação do “senso comum” – conjunto de valores assimilados espontaneamente, na vivência cotidiana
• transformação da realidade, melhorando-a, superando-a
SURGIMENTO DA FILOSOFIA
• A Filosofia ocidental (Séc. VI - V a.C.) na Magna Grécia ( Turquia e Sul da Itália), Na Pólis Mileto.
• 1º Filósofo: Tales de Mileto
• Contexto:
• Mito=Narrativa fantasiosa da realidade (sobrenatural) – Cosmogonia.
• Pólis=Cidade Estado:Portuária,interdependentes
• Troca Cultural: Ásia; Egito etc.-Desenvolvimento
• O Mito perde sua força e busca-se explicação racional para os fenômenos da realidade.
SURGIMENTO DA FILOSOFIA
•
A busca pela ARCHÉ: Princípio fundamental de todas
coisas: material,organizador do mundo.
•
Pré-socráticos:Tales=Água; Anaxímenes=Ar;
Heráclito=Fogo; Empédocles=Ar,Terra, Fogo, Água.
•
O filósofo (Geometria, Matemática, Física, Astronomia,
Política)
•
A partir do Séc. XVII as ciências foram se
TALES DE MILETO (625-545 A.C.)
• Na busca de fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo, Tales queria descobrir um elemento físico constante em todas as coisas.
• Concluiu que a água é a substância primordial, a origem única de todas as coisas. Para ele, a água
permanece a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar dos diferentes estados: sólido, líquido e gasoso.
ANAXIMANDRO DE MILETO (610-547 A.C)
“Nem água nem algum dos elementos, mas
alguma substância diferente, ilimitada, e que dela
nascem os céus e os mundos neles contidos”.
Para ele não era possível pensar uma única
substância (ou o fogo ou a água...). Designou esta
substância como ápeiron (em grego = o
“indeterminado”, “infinito”). Tal realidade não é
ANAXÍMENES DE MILETO (588-524 A.C)
“E assim como nossa alma que é ar, nos mantém unidos,
da mesma maneira o vento envolve todo o mundo.
• Tentando conciliar Tales e Anaximandro,
PITÁGORAS DE SAMOS (570-490 A.C)
“Todas as coisas são números”.
Para Pitágoras os números representam ordem e
harmonia.
Fundou uma sociedade de caráter filosófico e
religioso. Introduziu um aspecto mais formal na
explicação da realidade: a ordem e a constância.
HERÁCLITO DE ÉFESO (500 A. C - ?)
Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo”. Realidade do mundo em constante transformação. A vida é um fluxo constante impulsionada pelos opostos: bem e mal, ordem e desordem... A luta é a mãe de todas as coisas. Pela luta de forças opostas é que o mundo se modifica e evolui.
•
O rio é aparentemente o mesmo, mas na
verdade é constituído por águas sempre novas
e diferentes, que sobrevem e se dispersam.
•
novas e diferentes águas que sobrevém e se
dispersam. O eterno devir dar-se-á pela eterna
passagem de um contrário a outro:
•
as coisas frias, esquentam, as quentes esfriam,
o jovem envelhece, o vivo morre, e do que está
morto surgirá outra vida e assim segue-se.
•
Fragmento: 10 – Correlações: completo e
incompleto, concorde e discorde, harmonia
e desarmonia, e de todas as coisas, um, e
de um, todas as coisas. Esta passagem de
um contrário a outro é o
devir.
PARMÊNIDES DE ELÉIA (510- 470 A.C)
“O ente é; pois é ser e nada não é”.
• Opõe-se a Heráclito. Existe o ser e o não ser não é. Os contrários não podem coexistir. Princípio lógico da não contradição. Não podemos confiar nas aparências das coisas. Devemos buscar a essência e a verdade.
•
Seus primeiros contatos com a filosofia deu-se
na escola pitagórica.
•
O pensamento de Parmênides nos foi deixado
XENÓFANES DE CÓLOFON (580-577 A.C. ATÉ 460A.C)
• Rapsodo. Escreveu exclusivamente em versos.
• Os elementos originários de todas as coisas são a
terra e a água.
• Combate a visão antropomórfica dos deuses e defende
a existência de um deus único, distinto do homem, não gerado, eterno, imóvel, puro pensamento e que age pelo pensamento.
FRAGMENTOS
•
15- Tivessem os bois, os cavalos e os leões
mãos, e pudessem, com elas, pintar e produzir
obras como os homens, os cavalos pintariam
figuras de deuses semelhantes a cavalos, e os
bois semelhantes a bois, cada (espécie animal)
reproduzindo a sua própria forma.
•
16 – Os etíopes dizem que os deuses são
negros e de nariz chato, os trácios dizem que
tem olhos azuis e cabelos vermelhos.
ANAXÁGORAS (500-428 A.C.)
• Aos 40 anos, mudou-se para Atenas, onde foi acusado de ateísmo e teve que deixar a cidade ao dizer que o Sol não é um deus, mas uma massa incandescente, maior que a península do Peloponeso.
• A natureza é composta por uma infinidade de
partículas minúsculas, invisíveis a olho nu. Tudo pode ser dividido em partes ainda menores, mas mesmo na menor parte existe um pouco de tudo (células).
• A inteligência é a força responsável pela ordem e criação de tudo o que existe.
• Acreditava que os corpos celestes eram feitos da
mesma matéria que compunha a Terra. Chega a esta conclusão após analisar um meteorito. Por isso deveria se pensar que em outros planetas houvesse vida.
• Explicou que a Lua não possuía luz própria, mas tirava seu brilho da Terra. Explicou como surgiam os
EMPÉDOCLES (494-434 A.C.)
•
Quatro elementos (raízes): terra, ar, fogo, água.
•
Basicamente nada se altera; o que há são
combinações diferentes (pintor-cor;
bolo-farinha).
•
Como as coisas se combinam?
• O que une as coisas é o amor e o que separa é a disputa.
• Diferencia elemento e força.
• Podemos enxergar as coisas porque nossos olhos são formados pelos quatro elementos; se faltar aos olhos um dos quatro elementos, não se pode enxergar a totalidade da natureza.
DEMÓCRITO (460-370 A.C.)
•
Abdera (cidade portuária na costa norte do mar
Egeu).
•
As coisas são formadas por “pedrinhas”
minúsculas, invisíveis: os átomos (atomon – o
que é indivisível).
•
Os átomos também são eternos. Eram unidades
firmes e sólidas.
• Não eram iguais: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos.
• Diferentes, mas todos eternos, imutáveis e indivisíveis.
• Se movimentam no espaço, possuem diferentes “ganchos” e “engates”.
• As únicas coisas que existem são os átomos e o vácuo (materialista).
• Nossas percepções sensoriais ocorrem pelo movimento dos átomos no espaço.
• A alma é composta por alguns átomos arredondados e lisos: os átomos da alma.
• Quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se em todas as direções, podendo agregar-se a outra alma, no momento em que é formada.
• A alma não é imortal, ela está ligada ao cérebro, não podendo subsistir qualquer forma de consciência
quando o cérebro deixa de viver.
• Concorda com Heráclito que tudo flui, pois as formas vem e vão, mas por detrás de tudo que flui; há algo de eterno e imutável, o átomo.
• Atenas transforma-se no centro cultural do mundo grego (450 a.C.).
O PROCESSO DO FILOSOFAR
• primeiro passo ► inventariar os valores
• vivemos e vivenciamos valores → quais valores explicam e orientam a nossa vida e a vida da sociedade, que
dimensionam as finalidades da prática humana ?
• → consciência das ações, do lugar e da direção
• segundo passo ►crítica dos valores inventariados • questioná-los para verificar sua significância e sentido em
nossa existência → Descobrir sua essência → desvendar
• terceiro passo ►construção crítica dos valores para compreender e orientar nossas vidas individuais e dentro da sociedade.
• Valores que sejam suficientemente válidos para guiar a ação na direção que queremos ir → Reconstrução de valores → processo dialético que conduz á posição para a sua superação teórico-prática
•
O exercício do filosofar é um esforço de
inventário, crítica e reconstrução de
conceitos, auxiliado pelos pensadores que
nos antecederam → construção de nosso
entendimento filosófico do mundo e da
VALORES
Variam de conteúdos
O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos à opção entre o bem e mal e ao desejo de felicidade.
• As relações que mantemos com os outros, nascem e existem como parte de nossa vida intersubjetiva.
•
Diferentes formações sociais e culturais ►
produzem diferentes conjuntos de valores éticos
que funcionam como padrões de conduta, de
relações intersubjetivas e inter-pessoais, de
comportamentos sociais ► garantir a
integridade física e psíquica de seus membros e
a conservação do grupo social.
REFLEXÃO
• Reflexão? Latim “reflectere” - “voltar atrás” re-pensar
• Pensamento consciente de si mesmo, capaz de se avaliar, de verificar o grau de adequação com dados objetivos, com o real. Pode aplicar-se às impressões e opiniões, aos conhecimentos científicos e técnicos,
interrogando-se sobre o seu significado.
• Refletir > ato de retomar, reconsiderar os dados
disponíveis, revisar, vasculhar > busca constante de significado. Examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado.