• Nenhum resultado encontrado

Por quê e para quê estudar Filosofia?

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Por quê e para quê estudar Filosofia?"

Copied!
39
0
0

Texto

(1)
(2)

Por quê e para quê estudar Filosofia ?

Avalia os fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam

Reúne e reconstrói o pensamento fragmentado da ciência

Impede a estagnação, desmascara a ideologia imposta, combate a dominação

Desvela significados ocultos pelo costume, pelo

(3)

CONCEITO

Filosofia

► conjunto de conhecimentos sistematizados

sobre o mundo da natureza e sobre o homem,

sobre a cultura e a sociedade

O que é o homem? → Como e para quê

educá-lo?

(4)

ETIMOLOGIA

Junção de “Filos-filia” “amigo” e “Sophia”

que é “sabedoria, saber” → Pitágoras:

“Filos-sophos” - “amigo do saber”,, “amante

da sabedoria”, aquele que busca a sabedoria

(5)

FILOSOFIA

• apreensão significativa do mundo que nos cerca e uma leitura crítica da própria realidade

• busca a superação das limitações e preconceitos dos saberes fragmentados e desconexos, visando uma ação consciente e engajada no mundo

• proposição crítica de questões fundamentais buscando a experiência do sentido das coisas

(6)

FILOSOFIA

• assunção de responsabilidades sobre a existência num permanente processo de mudança e construção social da realidade

• superação do “senso comum” – conjunto de valores assimilados espontaneamente, na vivência cotidiana

• transformação da realidade, melhorando-a, superando-a

(7)

SURGIMENTO DA FILOSOFIA

• A Filosofia ocidental (Séc. VI - V a.C.) na Magna Grécia ( Turquia e Sul da Itália), Na Pólis Mileto.

• 1º Filósofo: Tales de Mileto

Contexto:

• Mito=Narrativa fantasiosa da realidade (sobrenatural) – Cosmogonia.

• Pólis=Cidade Estado:Portuária,interdependentes

• Troca Cultural: Ásia; Egito etc.-Desenvolvimento

• O Mito perde sua força e busca-se explicação racional para os fenômenos da realidade.

(8)

SURGIMENTO DA FILOSOFIA

A busca pela ARCHÉ: Princípio fundamental de todas

coisas: material,organizador do mundo.

Pré-socráticos:Tales=Água; Anaxímenes=Ar;

Heráclito=Fogo; Empédocles=Ar,Terra, Fogo, Água.

O filósofo (Geometria, Matemática, Física, Astronomia,

Política)

A partir do Séc. XVII as ciências foram se

(9)
(10)

TALES DE MILETO (625-545 A.C.)

• Na busca de fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo, Tales queria descobrir um elemento físico constante em todas as coisas.

• Concluiu que a água é a substância primordial, a origem única de todas as coisas. Para ele, a água

permanece a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar dos diferentes estados: sólido, líquido e gasoso.

(11)

ANAXIMANDRO DE MILETO (610-547 A.C)

“Nem água nem algum dos elementos, mas

alguma substância diferente, ilimitada, e que dela

nascem os céus e os mundos neles contidos”.

Para ele não era possível pensar uma única

substância (ou o fogo ou a água...). Designou esta

substância como ápeiron (em grego = o

“indeterminado”, “infinito”). Tal realidade não é

(12)

ANAXÍMENES DE MILETO (588-524 A.C)

“E assim como nossa alma que é ar, nos mantém unidos,

da mesma maneira o vento envolve todo o mundo.

• Tentando conciliar Tales e Anaximandro,

(13)

PITÁGORAS DE SAMOS (570-490 A.C)

“Todas as coisas são números”.

Para Pitágoras os números representam ordem e

harmonia.

Fundou uma sociedade de caráter filosófico e

religioso. Introduziu um aspecto mais formal na

explicação da realidade: a ordem e a constância.

(14)

HERÁCLITO DE ÉFESO (500 A. C - ?)

Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo”. Realidade do mundo em constante transformação. A vida é um fluxo constante impulsionada pelos opostos: bem e mal, ordem e desordem... A luta é a mãe de todas as coisas. Pela luta de forças opostas é que o mundo se modifica e evolui.

(15)

O rio é aparentemente o mesmo, mas na

verdade é constituído por águas sempre novas

e diferentes, que sobrevem e se dispersam.

novas e diferentes águas que sobrevém e se

dispersam. O eterno devir dar-se-á pela eterna

passagem de um contrário a outro:

as coisas frias, esquentam, as quentes esfriam,

o jovem envelhece, o vivo morre, e do que está

morto surgirá outra vida e assim segue-se.

(16)

Fragmento: 10 – Correlações: completo e

incompleto, concorde e discorde, harmonia

e desarmonia, e de todas as coisas, um, e

de um, todas as coisas. Esta passagem de

um contrário a outro é o

devir.

(17)

PARMÊNIDES DE ELÉIA (510- 470 A.C)

“O ente é; pois é ser e nada não é”.

• Opõe-se a Heráclito. Existe o ser e o não ser não é. Os contrários não podem coexistir. Princípio lógico da não contradição. Não podemos confiar nas aparências das coisas. Devemos buscar a essência e a verdade.

(18)

Seus primeiros contatos com a filosofia deu-se

na escola pitagórica.

O pensamento de Parmênides nos foi deixado

(19)

XENÓFANES DE CÓLOFON (580-577 A.C. ATÉ 460A.C)

• Rapsodo. Escreveu exclusivamente em versos.

• Os elementos originários de todas as coisas são a

terra e a água.

• Combate a visão antropomórfica dos deuses e defende

a existência de um deus único, distinto do homem, não gerado, eterno, imóvel, puro pensamento e que age pelo pensamento.

(20)

FRAGMENTOS

15- Tivessem os bois, os cavalos e os leões

mãos, e pudessem, com elas, pintar e produzir

obras como os homens, os cavalos pintariam

figuras de deuses semelhantes a cavalos, e os

bois semelhantes a bois, cada (espécie animal)

reproduzindo a sua própria forma.

16 – Os etíopes dizem que os deuses são

negros e de nariz chato, os trácios dizem que

tem olhos azuis e cabelos vermelhos.

(21)

ANAXÁGORAS (500-428 A.C.)

• Aos 40 anos, mudou-se para Atenas, onde foi acusado de ateísmo e teve que deixar a cidade ao dizer que o Sol não é um deus, mas uma massa incandescente, maior que a península do Peloponeso.

• A natureza é composta por uma infinidade de

partículas minúsculas, invisíveis a olho nu. Tudo pode ser dividido em partes ainda menores, mas mesmo na menor parte existe um pouco de tudo (células).

(22)

• A inteligência é a força responsável pela ordem e criação de tudo o que existe.

• Acreditava que os corpos celestes eram feitos da

mesma matéria que compunha a Terra. Chega a esta conclusão após analisar um meteorito. Por isso deveria se pensar que em outros planetas houvesse vida.

• Explicou que a Lua não possuía luz própria, mas tirava seu brilho da Terra. Explicou como surgiam os

(23)

EMPÉDOCLES (494-434 A.C.)

Quatro elementos (raízes): terra, ar, fogo, água.

Basicamente nada se altera; o que há são

combinações diferentes (pintor-cor;

bolo-farinha).

Como as coisas se combinam?

(24)

• O que une as coisas é o amor e o que separa é a disputa.

• Diferencia elemento e força.

• Podemos enxergar as coisas porque nossos olhos são formados pelos quatro elementos; se faltar aos olhos um dos quatro elementos, não se pode enxergar a totalidade da natureza.

(25)

DEMÓCRITO (460-370 A.C.)

Abdera (cidade portuária na costa norte do mar

Egeu).

As coisas são formadas por “pedrinhas”

minúsculas, invisíveis: os átomos (atomon – o

que é indivisível).

Os átomos também são eternos. Eram unidades

firmes e sólidas.

(26)

• Não eram iguais: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos.

• Diferentes, mas todos eternos, imutáveis e indivisíveis.

• Se movimentam no espaço, possuem diferentes “ganchos” e “engates”.

• As únicas coisas que existem são os átomos e o vácuo (materialista).

(27)

• Nossas percepções sensoriais ocorrem pelo movimento dos átomos no espaço.

• A alma é composta por alguns átomos arredondados e lisos: os átomos da alma.

• Quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se em todas as direções, podendo agregar-se a outra alma, no momento em que é formada.

(28)

• A alma não é imortal, ela está ligada ao cérebro, não podendo subsistir qualquer forma de consciência

quando o cérebro deixa de viver.

• Concorda com Heráclito que tudo flui, pois as formas vem e vão, mas por detrás de tudo que flui; há algo de eterno e imutável, o átomo.

• Atenas transforma-se no centro cultural do mundo grego (450 a.C.).

(29)
(30)

O PROCESSO DO FILOSOFAR

primeiro passo ► inventariar os valores

• vivemos e vivenciamos valores → quais valores explicam e orientam a nossa vida e a vida da sociedade, que

dimensionam as finalidades da prática humana ?

→ consciência das ações, do lugar e da direção

segundo passo ►crítica dos valores inventariados • questioná-los para verificar sua significância e sentido em

nossa existência → Descobrir sua essência → desvendar

(31)

terceiro passo ►construção crítica dos valores para compreender e orientar nossas vidas individuais e dentro da sociedade.

• Valores que sejam suficientemente válidos para guiar a ação na direção que queremos ir → Reconstrução de valores → processo dialético que conduz á posição para a sua superação teórico-prática

(32)

O exercício do filosofar é um esforço de

inventário, crítica e reconstrução de

conceitos, auxiliado pelos pensadores que

nos antecederam → construção de nosso

entendimento filosófico do mundo e da

(33)

VALORES

Variam de conteúdos

O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos à opção entre o bem e mal e ao desejo de felicidade.

• As relações que mantemos com os outros, nascem e existem como parte de nossa vida intersubjetiva.

(34)

Diferentes formações sociais e culturais ►

produzem diferentes conjuntos de valores éticos

que funcionam como padrões de conduta, de

relações intersubjetivas e inter-pessoais, de

comportamentos sociais ► garantir a

integridade física e psíquica de seus membros e

a conservação do grupo social.

(35)

REFLEXÃO

• Reflexão? Latim “reflectere” - “voltar atrás” re-pensar

• Pensamento consciente de si mesmo, capaz de se avaliar, de verificar o grau de adequação com dados objetivos, com o real. Pode aplicar-se às impressões e opiniões, aos conhecimentos científicos e técnicos,

interrogando-se sobre o seu significado.

• Refletir > ato de retomar, reconsiderar os dados

disponíveis, revisar, vasculhar > busca constante de significado. Examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado.

(36)

Reinterpretação global do modo de pensar a

realidade.

Lógica formal - os termos contraditórios

mutuamente se excluem (princípio de

não-contradição)

Lógica dialética - os termos contraditórios

mutuamente se incluem (princípio de

contradição, ou lei da unidade dos contrários) >

propicia a compreensão adequada da realidade

e da globalidade na unidade da reflexão

(37)

CIÊNCIA E CONHECIMENTO

SCIENTIA (latim): Sabedoria, Conhecimento; Busca de

conhecimento Sistemático e Seguro dos fenômenos do

mundo.

META(Grego): Através e Hodos: Caminho

1- Enunciado de um problema: observa os fatos, expõe com

clareza e precisão e procura os instrumentos para a

resolução.

2- Formulação de uma Hipótese: propõe uma possível

resposta, ainda não comprovada, que irá ser testada

cientificamente.

(38)

CIÊNCIA E CONHECIMENTO

3- Experimentação: Testa a validade de sua

Hipótese,investigando as conseqüências da solução

proposta.

4- Generalização: conclui a pesquisa corrigindo ou

confirmando a hipótese, que depois de testada e aprovada

pode ser aplicada. Ex. remédio p gripe.

Ao examinar as regularidades a ciência procura chegar a

uma conclusão geral que possa ser aplicada a todos os

fenômenos semelhantes.

(39)

O PENSAMENTO FILOSÓFICO: TEÓRICO E

PRÁTICO

Filosofar é refletir sobre a experiência vivida;

(Individual;Coletivo= família, trabalho, social)

Filosofia: Não é Sistema fechado de idéias, mas uma

postura aberta diante do mundo.

Vai além das aparências, busca a raiz, o contexto de valores

éticos,políticos,estético etc.

Reflexão filosófica é LANÇAR LUZ sobre questões que se

apresentam na vida cotidiana

.

Incomoda e subversiva. O Filósofo é um homem, uma

mulher.

Referências

Documentos relacionados

Calmon afirma que “Como não se pode enxergar o novo com os olhos voltados para o velho, instrumentos processuais e categorias jurídicas clássicas talvez tenham de

Na atualidade, têm sido difundidos termos como participação, cooperação, integração, ao lado de outros como diferenciação, diversificação e pluralização

Enxergar, mas seu afago não sinto, Verdades meus olhos não veem, Vejo com o coração, não minto, Confesso sonhei enxergar, Mas sou asa mesmo sozinho, Cadeira de rodas sina minha,

Porém, confesso que só mais tarde, talvez já no decorrer do Mestrado, me dei conta que a História da Arte – e, porventura, qualquer outro curso, mas sobre esses não me cabe

Nossos olhos se arregalaram por um momento, até que alguém resolveu, corajosamente, questionar: “Mas por quê?” E a resposta veio pronta: “Porque, meu filho, por mais que nós

Então ele não pode ter um sofrimento físico em seus olhos, ele pode ter dificuldade de enxergar por dificuldade moral, psicológica, ele pode ter alguma limitação na

debilidade económica em que se encontrava o EPAMINONDAS — bem evidente nas dezenas de cheques sem provisão por ele emitidos — transmitiu ao causídico, que só lhe

Reconhecidamente, as comunidades quilombolas do Brasil se encontram vulnerabilizadas em suas condições de vida e saúde, fato que representa um relevante problema social e de