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Referências do Regional Nordeste 5 no GT Central Nacional da Campanha: GT Central da Campanha no Regional Nordeste 5:

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Referências do Regional Nordeste 5 no

GT Central Nacional da Campanha:

Ingrid Barbara – Arquidiocese de São Luís Eliane Ferreira – Diocese de Zé Doca

GT Central da Campanha no

Regional Nordeste 5:

Beatriz Costa – Diocese de Grajaú Camila Cruz – Diocese de Coroatá Camila Leres – Diocese de Brejo Christyanna Oliveira – Diocese de Carolina

Diana Tomaz – Diocese de Bacabal Eugênia Pereira – Diocese de Viana Flávia Ribeiro – Diocese de Pinheiro Franciara Lima – Diocese de Grajaú Helena Arrais – Diocese de Caxias Jecilene Alves – Diocese de Bacabal

Lorena Costa – Diocese de Balsas Luana Gonçalves – Diocese de Imperatriz Mariama Gabriele – Arquidiocese de São Luís

Maria Valcirene – Diocese de Brejo Palloma Maria – Diocese de Caxias Régia Nascimento – Diocese de Zé Doca

Roberta Lopes – Diocese de Pinheiro Rosicleia Silva – Diocese de Coroatá Tallia Fernanda – Diocese de Viana Verônica Santos – Diocese de Imperatriz

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Levanto voo além do mar Deito-me em nuvens distraídas Passeio majestosa pelos ares Voar é preciso Tenho asas Sou livre!

Maria Aragão

Saudações companheiras e companheiros!

É pelo desejo de vermos mulheres livres das amarras do patriarcado, do machismo e de toda violência, é pela vontade de ajudar tantas meninas a alçarem voos de liberdade, sentirem a serenidade de terem seus direitos assegurados e de serem respeitadas, que com muita alegria a Pastoral da Juventude do Maranhão, juntamente com a Equipe Regional da Campanha de Enfrentamento aos Ciclos de Violência contra a Mulher, lança a boa nova por meio deste subsídio, contendo rodas de conversa sobre a temática da violência contra as mulheres para serem trabalhadas nas dioceses, paróquias e grupos de base do nosso querido Regional Nordeste V.

As mulheres maranhenses carregam a identidade da mulher negra, quilombola, indígena, camponesa, mulheres essas que são vítimas do machismo todos os dias, são elas as tantas Almerices da Silva, Marias Firminas, Marias do Socorro, Ednas Marias da Silva. São mulheres que ao mostrar que são vítimas não somente das violências que deixam marcas no corpo, mas de violências praticadas nos detalhes, nas subjetividades, no olhar, no silenciamento, na opressão e na negligência, ecoam um grito de socorro, de um BASTA de desrespeito à cultura, as tradições de um povo e de tudo que ofende o ser MULHER.

Sabemos que muitos ainda são indiferentes a este grito, outros relativizam suas dores e angústias para diminuir a gravidade dos fatos, ou que misturam outras discussões colocando para escanteio mais uma vez a abordagem direta sobre as violências que elas vivem, têm aqueles/as que permitem de todas as formas que a discussão fique nas entrelinhas, nos porões, feita apenas às sombras.

Diante desta visível e sofrida realidade, é que ousamos conhecer, discutir e denunciar todas as formas de violência que possam vir tirar a vida de nossas mulheres, não podemos mais sermos omissos diante desses gritos, tamparmos os

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ouvidos ao pedido de socorro que chega a nós, elas clamam por mudanças, desejando que suas vidas sejam floridas, coloridas e perfumadas.

Iluminados pelo Espírito Santo de Deus que a Pastoral da Juventude do Maranhão em sintonia com a Pastoral da Juventude Nacional, não poderia ficar ausente diante desses gritos das nossas companheiras, e assumirmos a realização do Projeto Regional da Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência Contra a Mulher, para que ela alcance a todas as pessoas, com a luz de Deus Pai de amor, e sob a intercessão da Nossa Mãe, Mulher, Imaculada Maria, possa construir uma sociedade com mulheres e homens inovados segundo o desejo de Deus, com a igualdade e a liberdade a que todos tenhamos direitos de forma plena e inalienável.

O material que vocês têm nas mãos é fruto da dedicação e cuidado de jovens mulheres de todas as dioceses do nosso Regional que acreditam e lutam por um outro mundo possível e florido para todas as companheiras, em especial as nossas jovens meninas e mulheres maranhenses. É para apoiar a reflexão da temática e inspirar gestos concretos, pois acreditamos no potencial transformador da juventude na sociedade.

O mesmo contém duas rodas de conversa onde serão realizadas por meio de dois encontros, com os seguintes temas: Enfrentamento aos ciclos de violência contra a mulher e Legislação e parcerias para superação da violência contra a mulher. Queremos ainda lembrar a fala do nosso querido Papa Francisco, quando com muito amor nos exorta “Dizer-vos que não tenhais medo, que prossigais com esta energia renovadora e esta inquietação constante que nos ajuda e impele a ser mais alegres e disponíveis, mais testemunhas do Evangelho”.

Com estas palavras de profundo encorajamento, desejamos coragem nesta empreitada, não tenhamos medo de denunciar as situações de morte, e que comecemos agora a jornada rumo à civilização do amor que se concretiza na vida plena de nossas irmãs. Companheiras, se permitam voar.

Com carinho,

Coordenação Regional da Pastoral da Juventude E GT Central Regional da Campanha

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“É cruel e atormentador o torvelinho de emoções que somos submetidas, como se

um redemoinho nos envolvesse e nos levasse ao fundo, tirando de nós toda a possibilidade de defesa. Falta-nos firmeza pessoal para enfrentarmos momentos e situações de violência, ou somos premidas pelo medo e vergonha de nos expormos?

(Maria da Penha, trecho do livro "Sobrevivi... posso contar")

Objetivo: Favorecer com que o grupo identifique os tipos de violência contra as mulheres bem como refletir formas de superação e combate.

Preparação para o encontro: É importante que as facilitadoras leiam com antecedência os textos em anexo para melhor direcionar a conversa.

Ambientação: Podem ser usados alguns dados da violência que estão como dados de apoio (ANEXO 2) da roda na ambientação do espaço em forma de tarjetas/cartazes, junto a outros elementos que o grupo já utiliza como tecidos, bíblia, flores, faixas, dentre outros. Colocar o cartaz da Campanha. Ver material para a dinâmica proposta.

Acolhida: Acolher todas e todos presentes e pedir para que possam citar nomes de mulheres que conhecem e que já sofreram algum tipo de violência, de feminicídio, logo após canta-se o mantra.

Mantra (Cifra-Anexo 1):

Maria, cuida de nossas mulheres

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São mães sofridas que perdem suas vidas.

Maria, cuida de nossas mulheres

São tantas Marias, Rosas, Joanas, Anas Marias Que sofrem abusos, maus tratos e agonias Estão pelo mundo sofrendo todo o dia

Escuta, Maria, o clamor dessas mulheres Que já não suportam a falta de amor e fé Escuta, Maria, o choro dessas mulheres Que traz nos olhos a angústia e o medo De ser ferida e perder a vida

Escuta, Maria, salve essas mulheres Que perdida sem lar, amor e fé Clama em dores de parto

Pedindo ajuda de você, Maria

Maria, cuida de nossas mulheres.

Conversando sobre a temática: Apresentar a proposta da roda de conversa. Pedir que visualizem e comentem os dados (Anexo 2) colocados no centro da roda sobre o que sabem a respeito da violência contra as mulheres no Maranhão e no Brasil.

DINÂMICA: Ajudando a identificar os tipos de violência

Objetivo: Facilitar a identificação dos tipos de violência entre o grupo e favorecer que elas sejam percebidas e combatidas.

Material: Cartaz identificando separadamente cada tipo de violência (moral, sexual, física, patrimonial, psicológica, midiática). Papeletas pequenas com as situações citadas abaixo.

Desenvolvimento: Depois de misturar as frases, a tarefa é associar as situações que constam nas papeletas aos tipos de violência colocados nos cartazes.

Incentivar que sejam relacionadas e ao final do exercício fazer a leitura dos textos (anexo 3 e 4) onde constam as informações acerca de cada tipo de violência.

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Motivar que o grupo reflita sobre como esses tipos de violência estão presentes na

nossa comunidade e o que pode ser feito para promover a mudança dessa realidade.

VIOLÊNCIA FÍSICA

“Durante uma discussão, jogou uma garrafa em mim.” “Me apertou e sacudiu meu corpo, com raiva.”

“Puxou meu cabelo para impedir que eu saísse pela porta.” “Gritou e deu um tapa no meu rosto.”

“Me jogou no chão e me chutou repetidas vezes.”

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

“Disse que se eu saísse naquela noite iria me agredir.”

“Não deixa eu fazer faculdade porque diz que „tem gente demais lá, você não precisa disso‟.”

“Todas as noites checa as mensagens no meu celular.”

“Não deixa eu ir à missa, disse que a família sempre foi de outra religião e quer que eu mude.”

“Diz que estou gorda toda vez que visto uma saia.”

VIOLÊNCIA SEXUAL

“Conheci um rapaz, no primeiro encontro e ele me forçou a fazer sexo.”

“Se recusou a usar preservativo, engravidei e ele comprou um remédio para que eu abortasse.”

“Estava na balada, puxou minha cabeça e me beijou.” “Tocou nos meu seios quando eu estava no ônibus.”

VIOLÊNCIA PATRIMONIAL

“Pediu que eu deixasse meu salário na conta dele, pois diz que namoramos há muito tempo, podemos usar isso juntos.”

“Falei que pediria o divórcio, ele queimou meus documentos.” “Jogou fora todos os meus vestidos que considerava „curtos‟.” “Há 3 meses não paga a pensão dos nossos filhos.”

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“Foi ao cartório e registrou a casa no nome dele sem o meu consentimento, mesmo

sendo comprada por mim.”

VIOLÊNCIA MORAL

“Num encontro com amigos, fez piada e disse que eu era muito lenta para entender.” “Disse aos meus pais que eu não estava „boa da cabeça‟ nos últimos dias e estava evitando sair.”

“Disse que eu peguei o dinheiro dele e gastei sendo que eu sequer sabia onde ele tinha guardado o dinheiro.”

“Publicou no facebook que o meu desempenho sexual era muito abaixo do que ele esperava.”

“Na reunião do trabalho, o chefe questionou sobre os meus atrasos e pediu que eu „namorasse menos‟.”

Leitura Bíblica

Livro de Isaías 42, 14

Para Refletir (Motivar que o grupo reflita e partilhe as experiências)

1. Estamos permanecendo calados, quietos e aguentando as violências que as mulheres sofrem?

2. Como temos escutado o grito da dor de parto, de socorro das nossas irmãs que sofrem violência?

3. Qual nossa postura diante das nossas irmãs que sofrem? Nós temos assumido a responsabilidade de cuidar uma da outra?

4. Como esses tipos de violência estão presentes na nossa comunidade?

5. O que pode ser feito para promover a mudança dessa realidade e gritar o BASTA de toda violência e opressão?

(As papeletas com os nomes das violências, usadas na dinâmica, podem ser queimadas ou rasgadas simbolicamente)

Oração final: É preciso ser comunidade e estar em comunhão na defesa da vida plena das companheiras para concretizar o sonho de Deus de um mundo de Paz e

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harmonia. Precisamos encontrar caminhos de fraternidade onde o outro não seja

visto como inimigo ou concorrente, mas, irmão complementaridade. Não devemos ficar indiferentes à dor ou sofrimento da outra, mas façamos a nossa parte “para que todos tenham vida em abundância.”

Dança Circular: Vamos dar as mãos, erguer as bandeiras. Vamos cirandar em defesa da vida das companheiras (2x)

ANEXO 1:

Tom D#

Maria, cuida de nossas mulheres D# Cm G# Bb D#

Pois, são milhares que sofrem todos os dias D# Cm G# Bb D# São mães sofridas que perdem suas vidas. D# Cm G# Bb D#

Maria, cuida de nossas mulheres D# Cm G# Bb D#

São tantas Marias, Rosas, Joanas, Anas Marias

D# Cm G# Bb D#

Que sofrem abusos, maus tratos e agonias D# Cm G# Bb D#

Estão pelo mundo sofrendo todo o dia D# Cm G# Bb D#

Escuta, Maria, o clamor dessas mulheres D# Cm G# Bb D#

Que já não suportam a falta de amor e fé

D# Cm G# Bb D#

Escuta, Maria, o choro dessas mulheres D# Cm G# Bb D#

Que traz nos olhos a angústia e o medo D# Cm G# Bb D# De ser ferida e perder a vida D# Cm G# Bb D# Escuta, Maria, salve essas mulheres D# Cm G# Bb D# Que perdida sem lar, amor e fé D# Cm G# Bb D# Clama em dores de parto D# Cm G# Bb D# Pedindo ajuda de você, Maria D# Cm G# Bb D# Maria, cuida de nossas mulheres. D# Cm G# Bb D#

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ANEXO 2: Números da Violência contra a mulher no Maranhão e no Brasil

• A cada 38 mortes no Estado do Maranhão 4 são de mulheres negras

• Em São Luís foram 59 estupros em 2017 e 89 em 2018, um crescimento de 34% no número de casos a mais registrados pela na Delegacia da Mulher.

• A cada 3 horas alguém relata um caso de cárcere privado. No mesmo dia, oito casos de violência sexual são descobertos no país e toda semana 33 mulheres são assassinadas por parceiros antigos ou atuais.

• O Brasil é o 5º país no mundo com maior índice de violência contra a mulher • 503 mulheres brasileiras são vítimas de agressão física a cada hora.

• Entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram a delegacia da mulher.

•Em 61% dos casos, o agressor é um conhecido; em 19% das vezes, eram companheiros atuais das vítimas.

•43% das agressões ocorreram dentro das casas das vítimas.

•40% das mulheres acima de 16 anos já sofreram algum tipo de assédio. •5,2 milhões de mulheres já sofreram assédio em transporte público.

•20,4 milhões de mulheres já receberam comentários desrespeitosos nas ruas. •2,2 milhões de mulheres já foi beijada ou agarrada sem consentimento.

•10% das mulheres já sofreram ameaça de violência física. •8% das mulheres sofreram ofensa sexual.

•4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo.

•3% (ou 1,4 milhões) de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro

ANEXO 3: Tipos de violência contra a mulher

Na Lei Maria da Penha estão tipificadas a violência física e psicológica, bem como a violência moral, sexual e patrimonial. Essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada.

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• Violência física - Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou

saúde corporal da mulher. Nesse tipo de violência pode ocorrer lesões graves e deixá-la incapacitada de realizar tarefas habituais por toda sua vida podendo levá-la a morte.

• Violência psicológica - É considerada qualquer conduta que: cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

• Violência sexual - Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; Que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade; Que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; Ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

• Violência patrimonial - Entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

• Violência moral - É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria, por exemplo, atitudes como comentários ofensivos e humilhantes na frente de estranhos ou conhecidos.

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ANEXO 4: Por que discutir violência contra as mulheres e com os jovens no

Estado do Maranhão?

No Maranhão até 6 de março de 2018, 33.947 mil processos foram registrados no acervo de violência doméstica e Familiar contra a Mulher, no município de Carolina foram registrados entre 2013 e 2018, 165 destes casos. O número de casos de estupro também aumentou, foram 59 estupros em 2017 e 89 em 2018 sendo esses os que foram denunciados, um crescimento de 34% no número de casos registrados pela Delegacia da Mulher.

Dados apresentados no Atlas da Violência de 2018 mostram o Estado do Nordeste como o que registrou maior aumento percentual no número de homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes na última década analisada: 114,9% entre 2006 e 2016. No ano de 2006, em números absolutos, o Maranhão registrou 67 casos de assassinatos de mulheres. Naquele ano, a taxa para cada 100 mil habitantes era de 2,1%. Em 2016, último ano base para a produção do Atlas, foram 159 mulheres assassinadas, com 4,5 mortes/100 mil habitantes.

A pesquisa utiliza a base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, que não especifica quais mortes de mulheres foram do crime de feminicídio, ou seja, quando a mulher é morta pela sua condição de gênero. A metodologia do Atlas da Violência contabiliza as mortes por agressões e por intervenção legal, aquelas causadas por agentes públicos de segurança.

Em contrapartida no ano de 2018 os casos de feminicídios teve uma queda em relação a ano de 2017, foram registrados 43 em 2018 e 51, no ano de 2017. Essa redução no caso de feminicídio se dá principalmente pelo aumento de denúncias das vítimas. Na verdade, houve um aumento no número de denúncias e paralelo a isso houve uma redução do número de feminicídio, o que significa dizer que as mulheres estão procurando ajuda diante dos abusos que sofrem.

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É importante salientar que a questão socioeconômica interfere diretamente

nos altos índices de mortes de mulheres no Estado, e com isso percebe-se a incidência dos crimes acontecerem com maior frequência no interior. Muito do que impede o Maranhão de avançar no combate à violência contra as mulheres é, ainda, a falha do Poder Judiciário em lidar com os processos relacionados, o sistema de Justiça é lento e os processos julgados são poucos. A impunidade e a baixa celeridade processual na resolução dos casos também inibem as vítimas de denunciarem as agressões que sofrem, muitas delas não conseguem fazer a denúncia porque já acreditam que não vai dar em nada, ou que a medida protetiva a elas é ineficaz após a denúncia.

De acordo a Cartilha “Violência Contra a Mulher e Feminicídio no Maranhão: Uma realidade a ser superada” lançada pelo o Fórum Maranhense de Mulheres, sendo um documento elaborado por pesquisadores da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e da UEMA (Universidade Estadual do Maranhão) diz que nos primeiros dois anos de efetividade da Lei Maria da Penha, só 24% dos processos de feminicídio no Estado foram julgados, isso é um indicativo da baixa eficácia do sistema. Ainda dentro da atuação do Judiciário, outro problema que se destaca é a aplicação das medidas protetivas que não têm sido cumpridas de forma eficiente, a ação da medida protetiva ainda é muito baixa.

A patrulha Maria da Penha, criada no Maranhão em 20 de maio de 2016 sob decreto nº 31.763, sendo a responsável por atender casos de vítimas de violência doméstica e fiscalizar o cumprimento de medidas protetivas em relação a estes casos. O texto do decreto aponta que cada uma das quatro áreas da capital e da região metropolitana deveriam ter, no mínimo, uma viatura.

No entanto, ainda possuem poucos recursos para atender uma grande demanda, somente dois carros atendem toda a região metropolitana de São Luís, não contando com os casos que acontecem no interior do Estado, por isso na maioria das vezes as mulheres tem a medida protetiva e mesmo assim morrem. Pensar em uma boa política de prevenção poderia auxiliar na diminuição dos índices

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de morte, uma vez que as mulheres antes de serem assassinadas, em sua maioria,

também sofrem agressão física antes.

E para incentivar o aumento da notificação dos casos, combater a impunidade, a inércia do poder Judiciário e permitir melhor acompanhamento de crimes contra as mulheres nos últimos anos, o Maranhão implementou com apoio da sociedade civil, políticas públicas que podem mudar esse quadro nos próximos anos, como o Departamento de Feminicídio da Polícia Civil, em 2017, e duas varas da Justiça relacionadas a crimes contra as mulheres, sendo uma destas focada somente na análise do cumprimento de medidas protetivas.

Diante deste cenário, nos perguntamos; Como fica a vivência da condição juvenil para estas jovens maranhenses? Como fica a experimentação e a oportunidade de ampliar o repertório social e cultural do/a jovem nos contextos marcados pela violência? Quando se discute sobre juventude e condição juvenil, torna-se imprescindível fazer o recorte de gênero.

É cada vez mais necessário o debate sobre gênero entre as juventudes dos grupos de base, entre as coordenações e assessoria da PJ em todo o Maranhão e como este debate que abarca os estereótipos e seus impactos pode ajudar na percepção sobre a necessidade da equidade de gênero e assim buscar uma sociedade mais fraterna e igualitária entre homens e mulheres.

Segundo a autora Heleieth Saffioti (2015), as diferentes faces da violência contra a mulher perfazem uma engenhosa construção cultural, social, histórica, política e econômica, é preciso ressaltar que tal fenômeno está relacionado à dimensão do poder entre os gêneros. Vivemos em uma cultura androcêntrica, ou seja, grosso modo, o poder está nas mãos de homens, brancos, e de preferência héteros ou daqueles que reproduzem uma masculinidade hegemônica/padrão, onde a agressividade e a violência são atributos valorizados. Em alusão ao pensamento da autora a perpetuação da violência, portanto, está relacionada a uma socialização machista, diariamente reproduzida nos meios de comunicação, na escola, na família, nas igrejas!

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Reconhecer o machismo como um comportamento intensamente presente em

nossa sociedade é fundamental, mas não é o suficiente para erradicá-lo, tornando-se urgente discutir com as/os jovens as diversas faces da violência contra as mulheres: suas raízes, suas consequências, e os caminhos para enfrentá-la. A campanha da Pastoral da Juventude do Maranhão pretende evidenciar e expor estes dados de maneira reflexiva e profética entre as juventudes buscando a ação de combate a essas violações de direitos das mulheres, lançando o desafio do enfrentamento aos ciclos de violência contra a mulher a todos os grupos de jovens e a todas as pessoas comprometidas com a proposta libertária de Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS:

Pesquisa feita pela Kering Foundation. Dados referentes a 2016 e 2017.

Pesquisa feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança. Dados referentes ao ano de 2016.

ATLAS da Violência 2018 mapeia os homicídios no Brasil. Produzido pelo IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA e pelo FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA(FBSP). Rio de Janeiro,RJ, junho de 2018.

http://www.generonumero.media/maranhao-dobra-taxa-de-assassinatos/ Acessado em: 19 de abril de 2019.

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“A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres tem por

finalidade estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de

direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional.”

(Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres)

Objetivo: Apontar maneiras judiciais, os direitos, as leis e as parcerias que contribuem e garantem a proteção da mulher.

Preparação para o encontro: Ler todos os textos antes do encontro e fazer a impressão dos anexos.

Ambientação: Cartaz da Campanha. Anexos impressos, fotos ou nomes de mulheres vítimas de violência. Podem ser usados alguns dados referentes a região sobre violência contra a mulher na ambientação do espaço em forma de tarjetas/cartazes, junto a outros elementos que o grupo já utiliza como tecidos, bíblia, flores, faixas, dentre outros.

Acolhida: Preparar uma vasilha com água de cheiro (pode ser perfume ou flores) para acolher a cada uma/um que chega. Molhar as mãos e passar no rosto do participante e dizer: “A mulher resistente que habita em mim saúda a mulher resistente que habita em você”.

Conversando sobre a temática: Apresentar o objetivo da roda de conversa através do cordel: A Lei Maria da Penha Em Cordel (ANEXO 1), sendo recitado por um grupo de mulheres. A divisão e a forma de apresentação do cordel fica livre conforme a criatividade das pessoas que estiverem organizando o momento.

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Diálogo: Para começar o diálogo, pedir que os/as participantes exponham suas

opiniões sobre as seguintes questões:

● Quem já conhecia a lei 11.340/06 popularmente conhecida como Lei Maria da Penha ?

● A lei funciona? Ela é importante para as mulheres? ● Alguém conhece a história da Maria da Penha?

● Você conhece a atuação das parcerias e a rede de enfrentamento e atendimento à mulher vítima de violência na região que você mora ? Tais como delegacias, o poder judiciário, instituições/serviços governamentais e não governamentais e a comunidade, com objetivo de desenvolver estratégias de prevenção e de políticas que garantam o empoderamento das mulheres e seus direitos, a responsabilização dos autores de violência e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência.

Leitura Bíblica Livro de Juízes, 19 Para refletir:

1. O que sentimos com tal violência relatada na leitura? 2. Este relato é muito distante do que vemos em telejornais? 3. Quais as garantias de vida esta mulher teve?

4. Como podemos associar a vida dessas mulheres, sem nome, com a lei Maria da Penha?

5. Como podemos através dessa leitura pensar caminhos de superação e conversão dos agressores?

Gesto Concreto: Que tal se informar um pouco mais sobre as redes que atuam em defesa da vida das mulheres? O grupo pode conhecer as redes de proteção e políticas públicas locais e depois mobilizar para que mais pessoas conheçam sua atuação, se informar sobre o endereço, números de contato e disque denúncias. Ex.: Abrigos, locais de acolhimento, centros de apoio psicológicos, ONGs e organismos de proteção e cuidado com a vida das mulheres.

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Oração Final

Mantra:

Tudo que vemos hoje, Será que é ilusão.

Abra os olhos, abra os olhos, Violência não é solução!

Preces espontâneas...

Resposta: Escuta-nos Divina Ruah!

Benção:

Ó Deus e Deusa, Pai e Mãe de ternura, tu que és Luz e Salvação, guarda e protege a vida do seu povo. Escuta o grito da humanidade, que como as mulheres da bíblia clamam por Justiça, Paz e Amor, e por estas mesmas Causas queremos nos comprometer. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Ciranda:

“Companheira me ajuda, que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”.

ANEXO 1:

A Lei Maria da Penha Em Cordel Autor: Tião Simpatia

A lei Maria da Penha Está em pleno vigor Não veio pra prender homem

Mas pra punir agressor Pois em “mulher não se bate Nem mesmo com uma flor”.

A violência doméstica Tem sido uma grande vilã E por ser contra a violência Desta lei me tornei fã

Pra que a mulher de hoje Não seja uma vítima amanhã.

Toda mulher tem direito A viver sem violência É verdade, está na lei. Que tem muita eficiência Pra punir o agressor E à vítima, dar assistência. Tá no artigo primeiro Que a lei visa coibir;

A violência doméstica Como também, prevenir; Com medidas protetivas E ao agressor, punir.

Já o artigo segundo Desta lei especial Independente de classe Nível educacional De raça, de etnia; E opção sexual...

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De cultura e de idade

De renda e religião Todas gozam dos direitos Sim, todas! sem exceção Que estão assegurados Pela constituição.

E que direitos são esses? Eis aqui a relação:

À vida, à segurança. Também à alimentação À cultura e à justiça À saúde e à educação. Além da cidadania Também à dignidade Ainda tem moradia E o direito à liberdade. Só tem direitos nos “as”, E nos “os”, não tem novidade?

Tem! tem direito ao esporte Ao trabalho e ao lazer E o acesso à política Pro brasil desenvolver E tantos outros direitos Que não dá tempo dizer. E a lei Maria da Penha Cobre todos esses planos? Ah, já estão assegurados Pelos direitos humanos. A lei é mais um recurso Pra corrigir outros danos.

Por exemplo: a mulher Antes da lei existir,

Apanhava e a justiça Não tinha como punir Ele voltava pra casa E tornava a agredir.

Com a lei é diferente É crime inaceitável Se bater, vai pra cadeia. Agressão é intolerável. O estado protege a vítima Depois pune o responsável.

Segundo o artigo sétimo Os tipos de violência Doméstica e familiar Têm na sua abrangência As cinco categorias

Que descrevo na sequência.

A primeira é a física Entendendo como tal: Qualquer conduta ofensiva De modo irracional

Que fira a integridade E a saúde corporal...

Tapas, socos, empurrões; Beliscões e pontapés Arranhões, puxões de orelha;

Seja um, ou sejam dez Tudo é violência física E causam dores cruéis.

Vamos ao segundo tipo Que é a psicológica

Esta merece atenção Mais didática e pedagógica Com a autoestima baixa Toda a vida perde a lógica...

Chantagem, humilhação; Insultos; constrangimento; São danos que interferem No seu desenvolvimento Baixando a autoestima E aumentando o sofrimento.

Violência sexual: Dá-se pela coação Ou uso da força física Causando intimidação E obrigando a mulher Ao ato da relação...

Qualquer ação que impeça Esta mulher de usar

Método contraceptivo Ou para engravidar Seu direito está na lei Basta só reivindicar. A quarta categoria É a patrimonial: Retenção, subtração, Destruição parcial

Ou total de seus pertences Culmina em ação penal...

Instrumentos de trabalho Documentos pessoais Ou recursos econômicos Além de outras coisas mais Tudo isso configura

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Em danos materiais.

A quinta categoria É violência moral São os crimes contra a honra

Está no código penal Injúria, difamação; Calúnia, etc. e tal.

Segundo o artigo quinto Esses tipos de violência Dão-se em diversos âmbitos Porém é na residência Que a violência doméstica Tem sua maior incidência.

E quem pode ser enquadrado

Como agente/agressor? Marido ou companheiro Namorado ou ex-amor No caso de uma doméstica Pode ser o empregador.

Se por acaso o irmão Agredir a sua irmã O filho, agredir a mãe; Seja nova ou anciã É violência doméstica São membros do mesmo clã.

E se acaso for o homem Que da mulher apanhar? É violência doméstica? Você pode me explicar? Tudo pode acontecer No âmbito familiar!

Nesse caso é diferente; A lei é bastante clara: Por ser uma questão de gênero

Somente à mulher, ampara. Se a mulher for valente O homem que livre a cara.

E procure seus direitos Da forma que lhe convenha Se o sujeito aprontou E a mulher desceu-lhe a lenha

Recorra ao código penal Não à lei Maria da Penha.

Agora, num caso lésbico; Se no qual a companheira Oferecer qualquer risco

À vida de sua parceira A agressora é punida; Pois a lei não dá bobeira.

Para que os seus direitos Estejam assegurados A lei Maria da Penha Também cria os juizados De violência doméstica Para todos os estados.

Aí, cabe aos governantes De cada federação Destinarem os recursos Para implementação Da lei Maria da Penha Em prol da população.

Espero ter sido útil Neste cordel que criei Para informar o povo Sobre a importância da lei Pois quem agride uma rainha

Não merece ser um rei.

Dizia o velho ditado Que “ninguém mete a colher”.

Em briga de namorado Ou de “marido e mulher” Não metia... agora, mete! Pois isso agora reflete No mundo que a gente quer.

Link do vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=amDKAT4HjhI https://www.youtube.com/watch?v=Mmi7YTydxmM

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Anexo 2: PROTEÇÃO E SEGURANÇA QUE MUDA A VIDA DAS MULHERES

A Lei Maria da Penha é uma das maiores conquistas das mulheres brasileiras e foi criada para a proteção delas contra a violência doméstica e familiar. Este tipo de agressão fere os direitos das mulheres, humilha, maltrata e mata.

Esta Lei obriga o Estado e a sociedade a proteger as mulheres contra esse tipo de violência durante toda a sua vida – não importa idade, classe social, cor/raça, lugar onde mora, religião e orientação sexual. Todas têm direito a uma vida sem violência e à proteção da Lei Maria da Penha.

A Lei foi criada para modificar uma terrível realidade: entre 1998 e 2008 – período de apenas 10 anos – cerca de 42.000 mulheres foram mortas no País, o que significa 10 mulheres assassinadas por dia! E 40% das mulheres foram mortas dentro de casa. Esses são os dados da pesquisa Mapa da Violência, do Instituto Sangari/2011, a partir de informações do DATASUS/Ministério da Saúde.

Em 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a Lei Maria da Penha como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Para acabar com a impunidade e construir uma nova vida entre homens e mulheres brasileiros, precisamos trabalhar muito e juntos.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA LEI MARIA DA PENHA

A violência contra as mulheres, por muito tempo, foi considerada como algo natural e tinha no ditado popular “em briga de marido e mulher não se mete a colher” a única resposta possível para milhões de mulheres que sofriam de violência.

O movimento de mulheres e feministas – desde a década de 70 – foi às ruas e reivindicou ao Estado brasileiro políticas públicas, ações para enfrentar a impunidade dos agressores, e uma legislação para a proteção das mulheres e garantia dos seus direitos.

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A mobilização social das mulheres e o compromisso do governo brasileiro ao

assinar tratados internacionais possibilitaram constituir e elaborar uma das leis mais reconhecidas na defesa dos direitos das mulheres que é a Lei Maria da Penha.

A Lei leva esse nome em homenagem à Maria da Penha Fernandes, brasileira, que como muitas outras mulheres transformaram sua dor em luta. Maria da Penha recebeu um tiro de seu marido enquanto dormia e, depois de ter ficado paraplégica, foi mantida presa em casa e sofreu novas formas de violência, como tortura e choque elétrico. Com sua coragem e apoio de várias instituições, buscou ajuda junto a cortes internacionais.

A Lei Maria da Penha reconhece hoje, como obrigação do Estado, a garantia de segurança e proteção às mulheres para uma vida sem violência e trouxe, para o debate com a sociedade, a importância da igualdade e de um mundo onde homens e mulheres tenham os mesmos direitos. Enquanto existir a violência contra as mulheres não haverá um mundo justo e igualitário.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A LEI MARIA DA PENHA

1. O que configura violência doméstica e familiar contra a mulher?

Qualquer ação que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, compreendida como espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Vale ressaltar que as relações pessoais acima enunciadas independem de orientação sexual.

2. Qual o primeiro passo para se proteger contra a violência doméstica e familiar?

Buscar ajuda!! A mulher vítima de violência doméstica e familiar deve, para a sua proteção e a de seus familiares, ir a qualquer Delegacia ou a uma Delegacia da

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Mulher (DEAM) para o registro do Boletim da Ocorrência (BO) contra seu agressor,

em qualquer dia da semana ou horário do dia ou da noite. Ela poderá fazer um BO sozinha ou acompanhada de pessoas de sua confiança.

3. Pode a mulher vítima de violência doméstica e familiar, quando não tiver condições financeiras de contratar um advogado, dirigir-se sozinha a uma Delegacia de Polícia e ao Poder Judiciário ?

Sim, pode ir sozinha à Delegacia especializada ou qualquer Delegacia de Polícia. Contudo, na fase processual, ela deverá estar acompanhada de advogado ou defensor público, exceto, quando se tratar de Medidas Protetivas de Urgência que poderão ser concedidas pelo Juiz, a requerimento do Ministério Público.

4. A Lei vale somente para pessoas casadas?

Não. Relacionamentos afetivos com maridos, companheiros, noivos ou namorados, mesmo que não morem sob o mesmo teto, podem ser enquadrados na Lei Maria da Penha. Isso também vale para os casais formados por duas mulheres.

5. Pode ser aplicada a Lei Maria da Penha mesmo com o fim do relacionamento afetivo da vítima com o agressor?

Sim. A Lei Maria da Penha se aplica mesmo após o fim do relacionamento afetivo, considerando que a agressão sofrida é decorrente dessa relação. Conforme Alice Bianchini, Doutora em Direito Penal, “havendo uma relação de namorados, ex-namorados, ainda que sem coabitação, aplica-se a Lei Maria da Penha. O mesmo se dá para a relação entre amantes. Nessas situações, o que a Lei Maria da Penha exige é uma relação íntima de afeto (art.5°, III). (Fonte: BIANCHINI, aLICE. Lei Maria da Penha- Lei n° 11.340/2006: Aspectos Assistenciais, protetivos e Criminais da Violência de Gênero, Saraiva, p.44,2ª ed.São Paulo,2014).

6. Qualquer pessoa pode levar ao conhecimento das autoridades competentes a ocorrência de casos de violência doméstica e familiar? Sim. Qualquer pessoa pode levar ao conhecimento das autoridades competentes casos de violência doméstica e familiar, mesmo em situações em que a vítima não apresente queixa, quando a lei assim o exigir.

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7. A lei Maria da Penha pode ser aplicada às relações homoafetivas?

De acordo com a doutrina e jurisprudência dos Tribunais Pátrios, a Lei Maria da Penha pode ser aplicada às uniões homoafetivas, desde que a violência ocorra no âmbito doméstico e familiar, ou em qualquer relação íntima de afeto independente de coabitação.

8. Como deve ser prestada a assistência à vítima de violência doméstica que vive sob a dependência financeira do seu agressor?

Deve ser prestada de forma articulada com os órgãos da assistência social, saúde, justiça e segurança pública, da União, Estados e Municípios, bem como das organizações não governamentais, sem prejuízo de outras medidas decretadas pelo Juiz.

9. Quais órgãos públicos têm por obrigação legal atender mulheres vítimas de violência doméstica, familiar e sexual?

Delegacia de Polícia ou Delegacia da Mulher (DEAM) faz o registro do Boletim de Ocorrência e apurar todas as informações e provas necessárias ao inquérito policial, como estabelecido na Lei Maria da Penha. Todas essas informações devem ser enviadas ao Ministério Público ou Juizado. Nenhuma autoridade policial pode se recusar a registrar o Boletim de Ocorrência.

• Ministério Público: apresenta a denúncia à Justiça. • Defensoria Pública: defende gratuitamente a mulher.

• Juizado da Violência Doméstica, Varas de Violência Doméstica e Varas Criminais: julgam os casos que lhes são encaminhados e determinam as medidas de proteção e a execução da sentença.

• Hospitais Públicos: atendem mulheres vítimas de violência sexual e garantem o acesso aos serviços de contracepção de emergência (pílula do dia seguinte), doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e aborto legal.

10. Como deve atuar o Juiz de Direito e o Promotor de Justiça nos casos de violência doméstica e familiar?

Caberá ao Juiz, no prazo de 48 horas, determinar de ofício (por si mesmo) as Medidas Protetivas de Urgência, a fim de assegurar à mulher em situação de

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violência doméstica e familiar a preservação da sua integridade física e psicológica e

decretar a prisão preventiva do agressor, se for o caso, mediante requerimento do Ministério Público ou representação da Autoridade Policial.

Por sua vez, cabe ao Ministério Público atuar como parte, quando autor da ação penal contra o agressor, ou intervir nas demais causas cíveis e criminais. O órgão do Ministério Público ainda será responsável por requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social e de segurança, dentre outros; fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas e família.

11. Que apoio a Lei assegura às mulheres?

• Centro de Referência de Atendimento à Mulher: oferece apoio psicológico e social. • Casa Abrigo: acolhe as mulheres e seus filhos e filhas em risco de morte e presta assistência psicológica e jurídica.

• CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social): oferece ajuda psicológica e social para os casos de violência.

• CRAS (Centro de Referência e Assistência Social): oferece ajuda psicológica e social.

• IML (Instituto Médico Legal): realiza o exame de corpo de delito e outros exames periciais necessários.

• Serviço de Atenção à Violência Sexual (existe em algumas cidades): oferece atendimento médico às mulheres que sofreram violência sexual.

• Centros de Saúde: oferecem o atendimento de prevenção e atenção à saúde da população.

• Programas de Assistência e de Inclusão Social dos Governos Federal, Estadual e Municipal: a inclusão nesses programas deve ser solicitada pela mulher ao Juizado ou Ministério Público.

• Programas de Qualificação Profissional e Inserção no Mercado de Trabalho: a inclusão nesses programas deve se solicitada pela mulher ao Juizado ou Ministério Público.

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12. O que diz a Lei sobre garantir a proteção das mulheres e da sua família?

Medidas Protetivas de Urgência – afastamento do agressor do lar; suspensão de posse ou restrição de posse de arma; comunicação sobre a saída do agressor da prisão; proibição de determinadas condutas (proibição de aproximação da mulher e de seus familiares com limite mínimo de distância; proibição do contato com a mulher e seus familiares por qualquer meio de comunicação; proibição do agressor de frequentar determinados lugares; restrição, suspensão de visitas do agressor aos dependentes; prestação de alimentos provisórios e prisão preventiva).

Em casos de risco de morte, o juiz pode determinar o acolhimento das mulheres e de seus filhos e filhas em Casas Abrigo ou lugar protegido. A Delegacia de Polícia deve oferecer transporte à mulher e seus dependentes para deslocamento a um abrigo ou local seguro, ajudando, se necessário, na retirada de seus pertences do domicílio familiar. O agressor pode ser preso em flagrante, isto é, no ato ou logo após a agressão à mulher.

13. O que é o feminicídio (Lei n°13.104/15)? E quais as consequências da Lei do Feminicídio para o crime de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher?

É o crime praticado contra mulheres em razão de discriminação ou menosprezo ao sexo feminino ou em casos de violência doméstica. Acrescentou o feminicídio ao rol de crimes hediondos, tratando-se como homicídio qualificado. E houve o aumento de pena de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I- durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II- contra pessoa menor de 14(catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; III- na presença de descendentes ou ascendentes da vítima.

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REDE DE ENFRENTAMENTO E ATENDIMENTO À MULHER VÍTIMA DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MARANHÃO

A rede de enfrentamento corresponde à atuação articulada entre as instituições/serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, com o objetivo de desenvolver estratégias de prevenção e de políticas públicas que garantam o empoderamento das mulheres e seus direitos humanos, a responsabilização dos autores de violência e a assistência qualificada às mulheres em situações de violência.

A rede de atendimento já é formada por um conjunto de ações e serviços de diferentes setores (em especial, da assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde), que visam à ampliação e à melhoria da qualidade do atendimento; a identificação e ao encaminhamento adequado das mulheres em situação de violência.

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Como Localizar os Centros de Atendimento?

PODER JUDICIÁRIO

Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Maranhão- CEMULHER/TJMA

Criada pela Resolução GT-TJMA n° 30, de 02 de agosto de 2011, nos termos da Resolução n°128, de 17 de março de 2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), considerando o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, as necessidades de unificar e expandir as medidas de proteção e os projetos, e especializar os profissionais do Poder Judiciário do Maranhão para atuação direta com mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Casa Abrigo/TJMA

Unidade vinculada ao Poder Judiciário do Maranhão, foi criada em 24 de setembro de 1999, com objetivo de acolher e prestar atendimento integral às vítimas da violência doméstica e familiar, através de parcerias com órgãos públicos, serviços e programas, zelando pela integridade física e psicológica das vítimas.

A Casa Abrigo possui acesso restrito e sigiloso, constituindo-se em medida

extrema, aplicada apenas em casos de risco iminente à vida ou integridade física e/ou psicológica da vítima e/ou seus dependentes. O público atendido é encaminhado pela Delegacia Especial da Mulher, juízes das Varas da Mulher, Família e Criminal, Conselhos Tutelares e de Direitos, e outros órgãos.

Rua do Egito, n°167, Centro. CEP: 65010-903, São Luís - MA.

Telefone: (98) 3261-6284/ 3221-4500. http//:hsite.tjma.jus.br/mulher.

E-mail: ceumulher@tjma.juz.br

Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Luís (Ações Penais) Fórum Desembargador Sarney Costa Avenida Prof. Carlos Cunha, 5° andar, Ala 04, Calhau. CEP: 65076-820, São Luís - MA

Telefone: (98) 3194-5400 (Fórum)/ 3194-5695

Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a

Mulher de São Luís (Medidas Protetivas de Urgência)

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(Atendimento na Casa da Mulher

Brasileira)

Avenida Prof. Carlos Cunha, n°572 - Bairro Jaracaty. CEP: 65076-820, São

Luís - MA Telefone: (98) 3198-0100 (Fórum)/

3198-0101

Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Imperatriz

Fórum Ministro Henrique de La Roque Almeida (Anexo)

Rua Frei Manuel Procópio, n°51, Centro, Setor Beira-Rio. CEP: 65900-040, Imperatriz – MA Telefone: (98) 3225-4689

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

21ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher de São Luís (ações penais)

Prédio sede das Promotorias (ao lado do Fórum)

Avenida Prof. Carlos Cunha, s/n, Calhau. CEP:65076-906, São Luís - MA Telefone: (98) 3219-1849 (Fórum)/ 3119-1924

22ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher de São Luís (Medidas Protetivas de Urgência)

(Atendimento na Casa da Mulher Brasileira)

Avenida Prof. Carlos Cunha, n°572- Bairro Jaracaty. CEP: 65076-820, São Luís - MA

Telefone: (98) 3198-0100 (Fórum)/ 0101/ 0108/ 0109

Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher de Imperatriz

Avenida Perimetral José Felipe do Nascimento, quadra 21 Residencial Kubitschek, CEP: 65914-300, Imperatriz - MA.Telefone: (99) 3525-2575/ 3526-6737/ 3523-2220

DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL

Sede da Defensoria Pública Estadual Rua da Estrela, n° 421, Praia Grande. CEP: 65914-300, São Luís - MA

Telefone: (98) 3231-5819/ 3221-6110

Defensoria Pública- Núcleo de Defesa da Mulher

(Atendimento na Casa da Mulher Brasileira)

Avenida Prof. Carlos Cunha, n°572- Bairro Jaracaty. CEP: 65076-820, São Luís - MA

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Defensoria Pública (Sala de

atendimento no Fórum “Des. Sarney Costa)

Avenida Prof. Carlos Cunha, s/n, Calhau. CEP:65076-906, São Luís - MA Telefone: (98) 3227-3386 (Fórum)/ 3227-0003

Defensoria Pública- Núcleo de Defesa LGBT (Lésbica, Gays, Bixessuais, Travestis e Transexuais) Rua da Estrela, n° 421, Praia Grande. CEP: 65914-300, São Luís - MA

Telefone: (98) 3231-0958/ 3221-6110

PODER EXECUTIVO (Federal, Estadual e Municipal)

Ligue 180- Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência As ligações podem ser feitas por qualquer telefone, seja ele móvel ou fixo, particular ou público (orelhão, telefone fixo, telefone do trabalho, celular). É importante saber toda que toda a ligação feita à Central é GRATUITA. O serviço funciona 24h por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados. Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é uma inovação no atendimento humanizado às mulheres. Integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais

diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial, delegacia, Juizado, Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças- brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

Avenida Profª Carlos Cunha, n°572 - Bairro Jaracaty. CEP:65076-820, São

Luís - MA Telefone: (98) 3198-0100/ 3198-0101

Ouvidoria da Mulher

Av. Colares Moreira, quadra 19, nº 08, Calhau. CEP:65075-440, São Luís - MA Telefone: (98)98427-1002/98427-3681/0800-0984241

E-mail: ouvidoria@semu.ma.gov.br

SEMU-Secretaria de Estado da Mulher

Av. Colares Moreira, quadra 19, casa 09, Calhau. CEP:65075-440, São Luís - MA

Telefone: (98) 3235-3393/3227-0716

CMM-Coordenadoria Municipal da Mulher de São Luís

Rua da Saúde, 176, Centro. CEP:65010-620, São Luís - MA

Telefone: (98) 989243911/99170-1098 E-mail: cmmmulheresslz@hotmail.com

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CEDM/MA-Conselho Estadual dos

Direitos da Mulher no Maranhão Rua Sete de Setembro, 52, Centro. CEP:65010-120, São Luís - MA

Telefone: (98) 3235-3785

CMCF-Conselho Municipal da Condição Feminina de São Luís Rua da Saavedra, 160, Centro. CEP:65010-630, São Luis - MA

Telefone: (98) 3212-8309/98802-7658

Conselho Municipal de Direitos de São José de Ribamar

Rua de Santana, nº95, Centro. CEP:65.110-000, São José de Ribamar - MA

Conselho Municipal dos Direitos e

Defesa da Mulher de Caxias Rua Arão Reis, n°1160, Centro.

CEP:65605-620, Caxias - MA Telefone: (99) 3521-5385

SEMCAS-Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social de São Luís

Avenida Guaxenduba, n°1490, Bairro de Fátima. CEP:65076-820, São Luís - MA

Telefone: 3235-2360/98826-2364

CRASMV-Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Imperatriz Rua Monte Castelo, n°329, Centro. CEP:65900-000, Imperatriz – MA Telefone: (99) 99132-7479

CRAM-Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Caxias Rua Monte Castelo, n°329, Centro. CEP:65900-000, Imperatriz - MA

Telefone: (99) 99132-7479

CRAM-Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Açailândia Rua Monte Castelo, n°329, Centro. CEP:65900-000, Imperatriz-MA

Telefone: (99) 99132-7479

CIOPS-Centro Integrado de Operações de Segurança

Telefone: 190 (Ligação Gratuita)

DELEGACIA ONLINE do Estado do Maranhão

Site: delegaciaonline.ssp.ma.gov.br

POLÍCIA MILITAR-PMMA

Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão

Av. Jerônimo de Albuquerque, s/n°Calhau. CEP: 65074-220, São Luís - MA

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Emergência 190 (ligação gratuita)

Patrulha Maria da Penha-PMMA

Comando de Segurança

Comunitária-CSC

Av. Cons.Hilton Rodrigues, s/n, Olho d‟Agua, São Luís - MA

CORPO DE BOMBEIRO MILITAR-CBM/MA

Comando Geral do Corpo de Bombeiro do Maranhão

Av. dos Portugueses, s/n, Bacanga. CEP:65085-580, São Luís - MA

Telefone: (98) 3212-1500/3212-1501 Emergência 193 (ligação gratuita)

POLÍCIA CIVIL- DELEGACIAS ESPECIAIS DA MULHER-DEM

DEM-São Luís

(Atendimento na Casa da Mulher Brasileira)

Av. Prof Carlos Cunha, n°572, Bairro Jaracaty. CEP:65076-820, São Luís-MA Telefone: (98) 3198-0100/3198-0101

DEM-São José de Ribamar

Rua da Avenida, s/n, Centro. CEP: 65110-000

Telefone: (98) 3224-5760/3224-5761

DEM-Raposa

Rua da Lavanderia, n°01. CEP: 65138-000

Telefone: (98) 3229-1764/3229-0099

DEM- Paço do Lumiar

Praça Nossa Senhora da Luz, s/n, Centro. CEP: 65130-970

Telefone: (98) 3264-7054/3264-7146 DEM-Rosário- 1ª Regional

Rua Urbano Santos, n°3027, Centro. CEP:65150-002

Telefone: (98) 3345-1913

DEM- Codó-4° regional

Rua Parnaíba, s/n, Bairro São Benedito. CEP: 65400-000

Telefone: (99)3661-1649

DEM-Pinheiro- 5° Regional

Rua Luís Domingos, n°103, Centro. CEP: 65200-000

Telefone: (98)3381-1334/ 3381-2900/ 3381-3158

DEM-Viana- 6° Regional

Av. Luis de Almeida Couto, s/n, Centro. CEP:65215-000

Telefone: (98) 3351-1599/3351-0901

DEM- Santa Inês- 7° Regional

Rua do Comércio, n°854, Centro. CEP:45300-000

Telefone: (98)3653-1589/3653-6550 (Reg)

(35)

35

DEM- Zé Doca- 8° Regional

Rua José Sarney, s/n, Centro. CEP:65365-000

Telefone: (98) 3655-5350

DEM-Açailândia- 9° Regional Av. Alexandre Costa, n°01, Residencial

Tropical. CEP:65930-000

Telefone: (99) 3538-2199/ 3538-2824(1°DP)/3538-5215 (3° DP)

DEM-Imperatriz- 10° Regional

Rua Sousa Lima,167, Centro. CEP:65900-320

Telefone: (99)3525-4519/3524-5174/ 3582-9536

DEM-Balsas- 11° Regional

Av. Juscelino Kubitschek, setor 3, s/n°, Bairro São Luís. CEP:65800-000

Telefone: 3541-8419/3541-2495(1°DP)

DEM- São João dos Patos- 12° Regional

Rua Gonçalves Moreira, 766, Centro. CEP: 65665-000

Telefone: (99) 3551-2402

DEM-Presidente Dutra- 13° Regional Rua Henrique Coelho, s/n°, Vila Militar. CEP 65760-000

Telefone: (99) 3502 (DEM)/ 3663-1455 (Reg)/ 3663-2393 (2°DP)

DEM- Pedreiras- 14ª Regional

Rua Messias Filho, s/n, Vila Militar. CEP:65725-000

Telefone: (99) 3642-2450 (1ªDP)/3643-3970 (2ªDP)

DEM- Barra do Corda- 15ª Regional Praça Melo Uchoa, n°191, Centro. CEP:95950-000

Telefone: (99) 3643-2852/ 3643-3971/ 3643-3970 (2°DP)

DEM-Bacabal- 16ª Regional

Rua Eurico Gaspar Dutra, s/n, Centro. CEP: 65700-000

Telefone: (99) 3621-1025/ 3621-1331

DEM- Caxias- 17ª Regional

Praça do Phanteon, s/n, Centro. CEP:65602-000

Telefone: (99) 3521-2561/ 3521-3127/ 3521-1787/ 3561-1220

DEM- Timon- 18ª Regional

Avenida Viana Vaz, n°186, Centro. CEP: 65630-150

Telefone: (99) 3212-5000/ 3212-3212

DEM- Barreirinhas- 20ª Regional Rua Matadouro, s/n, Bairro Murici. CEP: 65590-002

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REFERÊNCIAS:

Texto Base- Rodas de Conversas do Subsídio da Campanha nacional de enfrentamento aos ciclos de violência contra a mulher.

Cartilha Lei 11.340 (Maria da Penha). produzida pelo Programa Conjunto Interagencial “Segurança Cidadã: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania com foco em crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis em

comunidades brasileiras”. Disponível em:

https://unesdoc.unesco.org/in/documentViewer.xhtml?v=2.1.196&id=p::usmarcdef_0 000218596&file=/in/rest/annotationSVC/DownloadWatermarkedAttachment/attach_i mport_0fc9a6e5-3956-4a52-92f6-339ce4361230%3F_%3D218596por.pdf&locale=en&multi=true&ark=/ark:/48223/pf00 00218596/PDF/218596por.pdf#%5B%7B%22num%22%3A44%2C%22gen%22%3A 0%7D%2C%7B%22name%22%3A%22XYZ%22%7D%2Cnull%2Cnull%2C0%5D Acesso em: 19.junho.2019.

ATLAS da Violência 2018 mapeia os homicídios no Brasil. Produzido pelo IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA e pelo FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA(FBSP). Rio de Janeiro, RJ, junho de 2018. Disponível em:

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/180604_atla s_da_violencia_2018.pdf. Acesso em: 19.abril. 2019.

Entenda a Lei Maria da Penha TEXTOS COMPLEMETARES: http://www.spm.gov.br/assuntos/ouvidoria-da-mulher/pacto-nacional/politica-nacional-enfrentamento-a-violencia-versao-final.pdf http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2010/PactoNacional_livro.pdf http://www.cogemas.pr.gov.br/arquivos/File/Documento/Noticia206/Politica_Nacional _de_Enfrentamento_a_Violencia_Versao3_FINAL.pdf

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Referências

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