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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - OBRAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - OBRAS

JOSÉ CICERO MARIANO DOS SANTOS LIMA

A APLICAÇÃO DO CICLO PDCA NA GESTÃO DE OBRA

PARA REDUÇÃO DE CUSTOS.

MACEIÓ-AL 2019/1

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JOSÉ CICERO MARIANO DOS SANTOS LIMA

A APLICAÇÃO DO CICLO PDCA NA GESTÃO DE OBRA

PARA REDUÇÃO DE CUSTOS.

Artigo apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Gerenciamento da construção civil - obras do Centro universitário CESMAC, sob a orientação do professor Ismael Weber.

MACEIÓ-AL 2019/1

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JOSÉ CICERO MARIANO DOS SANTOS LIMA

A APLICAÇÃO DO CICLO PDCA NA GESTÃO DE OBRA

PARA REDUÇÃO DE CUSTOS.

Artigo apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Gerenciamento da construção civil - obras do Centro universitário CESMAC, sob a orientação do professor Ismael Weber.

________________________________________________ Prof. Msc. Ismael Weber

APROVADO EM : ___/____/_____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________ AVALIADOR _________________________________________ AVALIADOR _________________________________________ AVALIADOR

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A APLICAÇÃO DO CICLO PDCA NA GESTÃO DE OBRA APPLICATION OF THE PDCA CYCLE IN WORK MANAGEMENT

José Cicero Mariano dos Santos Lima Marianolima1993@gmail.com Ismael Weber Isma.weber@gmail.com

RESUMO

Os novos empreendimentos da construção civil estão cada vez mais sob a pressão de exigências como: entrega no prazo; qualidade estética e de seu uso após a entrega; e os lazeres e preços que os empreendimentos concorrentes oferecem. A mercê destas, a equipe de gerenciamento tem que partir em buscas por alternativas que as atendas da melhor forma possível, a qual nem sempre é uma tarefa fácil. A introdução da conduta da qualidade dentro dos canteiros de obras, quando bem empregada, demonstra que não se melhora os resultados apenas investindo em tecnologias caras, mas também aprimorando as técnicas ali presentes com a realização da capacitação de seus profissionais, e dando mais importâncias as etapas de projetos e planejamentos. Estas alternativas têm a capacidade de proporcionar tanto a satisfação dos clientes externos como internos, pois o profissional que ali trabalhar vai perceber que não está ali apenas como um executor de tarefas, mas sim uma pessoa capacitada para desempenhar aquela função, levantando assim a moral de toda a equipe.

PALAVRA-CHAVE: Planejamento. Qualidade. Redução. Custos. ABSTRACT

The new civil construction enterprises are increasingly under pressure from requirements such as: timely delivery; aesthetic quality and its use after delivery; and the leisures and prices that competing ventures offer. At the mercy of these, the management team has to start searching for alternatives that best serve them, which is not always an easy task. The introduction of quality management within the construction sites, when well employed, demonstrates that the results are not only improved by investing in expensive technologies, but also by improving the techniques present in the training of its professionals, and by giving more importance to the stages of projects and planning. These

alternatives have the capacity to provide both external and internal customer satisfaction, since the professional who works there will realize that he is not only there as a performer but also a person capable of performing that function, thus raising the morale of all team.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...6 1.1 JUSTIFICATIVA...7 2 METODOLOGIA...8 2.1 Conceitos de qualidade...8 3 DISCUÇÕES...10 3.1 Ciclo PDCA...10 3.1.1 Plan (Planejar)...11 3.1.2. Do (Desempenhar)...12 3.1.4 Act (Agir)...12 3.1.3. Check (Checar)...13

3.2 Importâncias do projeto para execução...13

3.2.1 Escopo do projeto...14

3.2.2 Consequência da má elaboração de projetos...15

3.2.3 Perdas em obras...15

3.2.2 Aprimoramento das técnicas construtivas...16

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...17

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6 1 INTRODUÇÃO

Segundo Oribe (2012) os primeiros passos do pensamento científico se iniciaram durante o período da idade moderna, onde pensadores como René Descarte, Galileu Galilei e Nicolau Copérnico, expuseram métodos para avaliações do ambiente natural, realização de medições com precisão e a instigação de novas teorias baseadas em experimentos. Tais ensinamentos serviram de impulso para o caminho de novas ideologias futuras como o racionalismo, o empirismo e o pragmatismo.

Durante o inicio do século XX, a Administração passa a ser vista como uma ciência utilizando-se de métodos científicos para combater o desperdício, perdas e desenvolver procedimentos para aumentar a produtividade nas empresas. A partir destas politicas, surge a Escola da Administração Cientifica tendo a frente os ideais do engenheiro americano Frederick Wilson Taylor, onde ele dedica seu foco na realização de tarefas. Taylor acreditava que sempre há uma maneira mais ágil e um equipamento mais apito que os outros para a realização de um procedimento, e para avaliar estas situações, ele definiu que a observação e a mensuração dos tempos e movimentos realizados em cada tarefa, como ferramentas vitais para o aperfeiçoamento de tais técnicas. (CHIAVENATO, 2011).

Com seu pensamento pioneiro nas técnicas da organização e Administração, Taylor sugeriu que para um melhor desempenho o planejamento sucedesse ao improviso e a ciência o empirismo. Ele foi o primeiro a introduzir de forma racional cargos e tarefas, de maneira a qual este método facilitasse o gerenciamento e possibilitasse a elevação da eficácia do trabalhador, dando assim uma maior produtividade. Para o bom planejamento do processo de produção, Taylor recomendava que se fizesse o Plan-Do-See (planeje, execute e veja) (CHIAVENATO, 2011).

Apoiado pelas ideias dos filósofos pragmatistas, John Dewey e Clarence Irving Lewis, Walter A. Shewhart alegou que as recomendações de Taylor para o processo produtivo, o Plan-Do-See, deveriam ser abordado de maneira cíclica, pois o conhecimento adquirido através das avaliações dos problemas existentes em um processo de produção poderia contribuir para o

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7 melhoramento das passagens subsequente do mesmo processo de produção (Oribe, 2009).

Figura 1.1 - Ciclo de Shewhart de 1939.

Fonte: Oribe (2009).

De acordo com Oribe (2009), este modelo de pensamento de gestão de produção foi levado ao Japão pelo americano Deming durante o período pós-guerra, mas devido à questão cultural ele sofreu alguns preconceitos pelo povo daquele país, pois o verbo See (veja) naquele local traz apenas o significado da ação de observar, ou seja, para eles nenhuma ação no âmbito de melhoria do processo de produção seria tomada, voltando assim a sequencia linear de Taylor Plan- Do-See (planeje, execute e veja). Mas defendendo o método, Deming explica o verdadeiro proposito do verbo See (veja), acabando os japoneses depois acrescentando a palavra Action (ação).

Com o passar do tempo, o mercado da construção civil está cada vez mais dinâmico e competitivo, tendo o cliente sempre a escolha do melhor produto e o menor preço. Para alcançar estes dois objetivos, a gestão das construtoras tem que investir em bom planejamento, pois segundo Badiru (1993, apud MATTOS, 2013 p. 6), esta é a etapa mais importante do ciclo PDCA por que dará inicio a todo sistema.

1.1 JUSTIFICATIVA

A implantação do ciclo PDCA tem a proposta de melhorar os processos de construção com os seguintes preceitos: planejar; desempenhar; checar; e agir. Estes fundamentos tem o objetivo de evoluir as técnicas desenvolvidas pela empresa através de estudo de acompanhamento criando um ciclo infinito de melhorias, buscando sempre reduzir o tempo de produção, redução de custo, e a procura pela qualidade.

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8 2 METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado com o intuito de adquirir conhecimento sobre o tema, e pra alcançar seus objetos foram realizado pesquisa em sites específicos como, Construção Mercado-negocio de incorporação e construção e Ademi-Al, bem como em livros e artigos que retratassem sobre o assunto. Serão utilizados os seguintes descritores: Gerenciamento, qualidade, redução de custo.

2.1 Conceitos de qualidade

No cenário atual a qualidade é um item indispensável para a sobrevivência de qualquer empresa, sendo ela não limitada apenas à funcionalidade perfeita do produto em si por um período de tempo após a entrega, mas também abrangendo desde as linhas do processo de confecção das características do item de modo que; atenda às necessidades que a sociedade impõe e o seu processo de produção ocorra de forma perfeita sem a possibilidade de erro de execução (CAMPOS, 2004).

Na antiguidade já se mostrava uma preocupação com a garantia do produto após a compra, tendo o consumidor direito a questiona-los.

Conforme Oliveira (2009, p.3):

Por volta de 2150 a.C., o código de Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que o construtor que não negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender à sua finalidade e desabasse, ele, construtor, seria imolado.

Antes de chegar ao conceito atual, à qualidade passou por um longo processo de transformações. Conforme Oliveira (2009), este processo passou por três fazes: a era da inspeção, a era do controle estatístico e a do controle da qualidade total. Na primeira fase, a inspeção dos bens era feita de produto a produto, pelo próprio fabricante. No início da segunda fase, a supervisão de produção pelo modelo anterior se tornou inviável pela grande demanda dos modernos sistemas, sendo utilizados métodos estatísticos. Até o inicio deste período, o foco principal era a localização de defeitos, quando que com o passar do tempo, o pensamento cientifico começou a abordar questões da área do controle da produção, abrindo as portas para o surgimento do controle da qualidade total.

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Figura 2.1 - Eras da qualidade

Fonte: Oliveira, et al, (2004)

O controle de processo é a ferramenta onde através de um planejamento são estabelecidos parâmetros para a boa gestão de uma indústria. Para se alcançar o sucesso, a equipe de gerenciamento tem que estabelecer objetivos para toda a supervisão e caminhos para que estes possam ser alcançados, no qual após suas implantação será realizado um monitoramento observando os pontos positivos e negativos com a avaliação de suas causas, para que possam ser corrigidos e implementados com novas metas (CAMPOS, 2004).

Um bom controle de processo da a qualquer indústria a possibilidade de ser competitiva no mercado em que atue, pois a ele são atribuídos características da qualidade que por sua vez leva a produtividade. A produtividade é a razão entre o que a empresa produz e o que ela consome, onde nesta relação são levados em consideração os fatores como valores produzidos, faturamento, custo e o cliente como razão decisiva (CAMPOS, 2004).

O bom funcionamento de uma empresa não depende apenas da dedicação de seus funcionários, mas também de técnicas que possam ser compreendidas e desenvolvidas por todos. Para que estas sejam implantadas com eficiência, toda gestão empresarial tem que investir no ganho de conhecimento pela equipe realizando: capacitação continua dos empregados com cursos e treinamentos, consultorias com profissionais especializados e melhoramento no processo de contratação, recrutando pessoas que possam contribuir para o bem estar da empresa. Embora os investimentos na busca pelo melhoramento do ser humano no ambiente empresarial não sejam

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10 aqueles que expressem o resultado mais rápido, ele é o que possui o retorno mais alto no Controle da Qualidade Total (CAMPOS, 2004).

3 DISCUÇÕES 3.1 Ciclo PDCA

Por ciclo PDCA, entende-se o conjunto de ações ordenadas e interligadas entre si, disposta graficamente em um círculo em que cada quadrante corresponde a uma fase do processo: P(plan=planejar); D(do=fazer, desempenhar); C(check=checar; controlar; A(act=agir, atuar) (MATTOS, 2010,p.37).

Figura 3.1 - Ciclo de vida do projeto

Fonte: Mattos (2010)

A construção civil possui particularidades especificas que criam barreiras para os conceitos atuais de Qualidade. Por seu campo de atuação não apresentar local fixo, seus itens serem exclusivos e apresentarem tecnologias arcaicas, a utilização destes conceitos pelos construtores se torna difícil. Além destes fatores citados, outras questões também interferem no processo de produção como: os clientes, fornecedores, etapa de confecção dos projetos, equipe de execução, e uso após a entrega (oliveira; et al, 2009).

Em harmonia com Campos (2004), como na construção civil os processos não são reincidentes, o ciclo PDCA deve ser usado na evolução do nível de controle utilizando propostas que apresentem um objetivo com estimações determinadas. Para obter ótimos resultados na melhoria do nível de controle, os padrões de produção de uma empresa devem estar sempre em

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11 uma marcha de evolução, onde cada mudança apresentará um novo padrão de supervisão, a qual será atribuída novas metas. Para que o PDCA tenha êxito nos procedimentos de melhoria continuas nas condutas de administração, é preciso que toda a equipe de gerenciamento aplique constantemente seus preceitos para o estabelecimento de novas diretrizes de controle de maneira que elas se enquadrem cada vez mais com a metodologia de trabalho da empresa trazendo o seu planejamento para a realidade.

3.1.1 Plan (Planejar)

O planejamento é uma das etapas mais importantes de uma obra, porque através dele se pode escolher o método construtivo mais apropriado para a situação, e determinar o seu cronograma de acordo com os recursos disponíveis, para que desta forma tudo ocorra bem durante seu andejar. Para o estabelecimento de tais procedimentos, a equipe de planejamento deve analisar os projetos e o estudo da localização e dimensão da obra na procura por dificuldades que podem atrapalhar o seu fornecimento de insumo e a sua execução (MATTOS, 2010).

O estudo de um projeto é uma ação necessária na prática do planejar, dado que permite o planejador visualizar o empreendimento e fazer o reconhecimento de pacotes de trabalho, de maneira quê possa organizá-los de forma lógica com a finalidade de adequá-los a realidade a ser enfrentada pela equipe de campo. A identificação destes pacotes é fundamental para obra, pois a decomposição desta possibilita que os responsáveis por sua organização enxerguem as atividades para a sua execução. Um ponto a considerar em um planejamento é que o número de atividades consideradas em um serviço define o nível de controle a qual se quer estabelecer em seu canteiro, levando em consideração o tempo médio de atividades, no qual uma muito longa não pode ficar em um roteiro com outra bastante curta. Desta maneira, tem que existir uma estabilidade para referência do planejador (MATTOS, 2010).

Na análise das atividades para estipular sua duração, é importante se fazer buscas em bancos de dados da própria empresa ou em composições de custos unitários, tendo o intuito de examinar a produtividade individual para se souber quanto tempo uma equipe leva para executar um serviço, ou quantos funcionários é necessário em uma equipe para concluir um serviço em um determinado tempo, obtendo desta forma uma estimação de custo (MATTOS, 2010).

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12 A sequência de atividades que influencia o prazo de conclusão de uma obra se chama de caminho crítico. Estas informações trabalhadas permite o planejador visualizar quais atividades são prioritárias, e como será o plano de ataque da obra elaborado para a equipe de campo. Todo este conhecimento irá resultar no cronograma que concretiza mapas que irá demonstrar o dia a dia do canteiro (MATTOS, 2010).

3.1.2. Do (Desempenhar)

Toda a equipe de trabalho deve ser treinada para realizar suas tarefas com excelência, adotando padrões de técnicas, tempo de exercício e qualidade. Os responsáveis pela supervisão devem estar informados sobre toda a programação e capacitados para coletar dados de maneira precisa. Todo o profissional tem que ser treinado para ser o melhor no que faz, pois um treinamento realizado de qualquer jeito, você está permitindo que ele execute o exercício de qualquer maneira, baixando a moral da equipe (CAMPOS, 2004).

Depois de todo o treinamento e o planejamento, pode-se dar inicio a execução das atividades, tendo a gerencia a responsabilidade de guiar as equipes para alcançar as metas que foram planejadas, evitando ao máximo se afastar delas rumo aos sentidos desfavoráveis. Nem sempre o que foi pensado é alcançado em campo devido a questões de clima, serviços mal planejados ou decisões erradas; mas a escolha de tentar sempre cumprir o que foi elaborado no planejamento é umas das garantias de sobrevivência da empresa, pois cada descumprimento acarretará em custos extras no orçamento (MATTOS, 2010). 3.1.3. Check (Checar)

A etapa de controle do PDCA tem a premissa de aferir o que foi idealizado com o que está sendo executado, expressando o intuito de procurar as atividades que estão tendo dificuldades em cumprir o programado e quais os problemas a qual estão acarretando este incômodo, ou a busca por possíveis melhoras nos procedimentos de execução os quais levarão menos tempo, ora custo.

Como todo planejamento não é exatamente preciso, o monitoramento da obra traz a possibilidade de visualizar o seu andamento, desempenhando aferições sobre o seus progressos e fazendo comparações com as suas datas de inicio e fim estabelecidas no cronograma realizando mensurações sobre seus avanços. Estas informações são vitais para se perceber os desvios e os impactos negativos, dando ao responsável a oportunidade enxergar respostas

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13 para estes problemas e prováveis antecipações que resultarão em benefícios (MATTOS, 2010).

3.1.4 Act (Agir)

Em muitas empresas, quando um problema aparece em um determinado setor, e em boa parte dos casos, toda a mobilização se direciona apenas para resolvê-lo, não havendo nenhuma preocupação pelas busca de suas possíveis causas. Este tipo de ação limitada permite que essa situação se repita ocasionando prejuízos à empresa.

Após seguir as três primeiras etapas do ciclo PDCA, a sua ultima é onde são avaliadas as situações e discutidas as opiniões e sugestões para aprimorar as atividades, e a correção dos erros envolvidos nela adotando medidas estratégicas. Nesta etapa as decisões devem ser tomadas com certa agilidade de tempo, pois quanto mais tardia elas forem por mais tempo o erro acontecerá, sendo assim, aumentando as consequências dos desvios e diminuindo o prazo do período de correção (MATTOS, 2010).

3.2 Importâncias do projeto para execução

Um projeto de engenharia é o referencia para qualquer mentor de obra, pois é onde se encontra explicito os meios para alcançar um objetivo que irá atender as necessidades de seu usuário futuro. A fase de projeto é o agente decisivo para qualquer tipo de empreendimento, posto que seja nela estabelecida a visão lógica a qual possibilita os meios para os ganhos financeiros. Segundo Melhado e Agopyan (1995), a fase de projeto tem quê ser valorizada pelo empreendedor por causa de sua influencia na qualidade, visto que as decisões nela tomada tem uma capacidade maior de influenciar nos custo como visto na imagem abaixo.

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Figura 3.2 - Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifício ao longo de suas fases

Fonte: Melhado e Agopyan (1995)

3.2.1 Escopo do projeto

Dá-se o nome de escopo ao conjunto de componentes que perfazem o produto e os resultados esperados do projeto. Em outras palavras, é a abrangência, o alcance do projeto com um todo (MATTOS, 2010, p. 57).

O gerenciamento de projeto é importante para o bem andar do empreendimento e para facilitá-lo, todos os limites do projeto têm que estar bem esclarecidos definindo as partes que irão compor o escopo. Como no período de definição do escopo pode haver projetos incompletos, é importante deixar que o serviço esteja identificado para posteriormente detalhá-lo, pois o que não estiver no escopo não fará parte do planejamento (MATTOS, 2010).

De acordo com Mattos (2010), o método mais aconselhável para o reconhecimento de serviços é a Estrutura Analítica do Projeto. Nela, a obra é decomposta em blocos, que por sua vez são decompostos em elementos menores até alcançar um ponto que fique fácil o seu entendimento tornando desta forma o seu planejar mais hábil. Toda esta decomposição será organizada em uma estrutura hierarquizada onde cada nível inferior irá representar os detalhes do nível superior, onde se unir todos os níveis verá a concepção do escopo total que está no topo da estrutura analítica de projeto.

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15 3.2.2 Consequência da má elaboração de projetos

O resultado final de uma obra depende da associação de três fatores: Projeto, planejamento e execução. Por os resultados não serem visto de imediato no primeiro, é muitas vezes dado pouca importância a ele. Vale apenas lembrar que para se obtiver uma boa execução de obra é preciso ter um bom planejamento, que por sua vez é necessário um bom projeto, para que informações importantes não tenham passado a despercebidas e posteriormente ser corrigidas no canteiro, causando atrasos e aumento nos custos.

A compatibilização de projetos na obra é um problema para qualquer engenheiro, visto que nem sempre eles estão totalmente definidos e em algumas ocasiões causam interferências em outros projetos, questão que às vezes só é percebida durante a execução. Devidos a estes problemas, normalmente eles voltam para as mãos do projetista tomando um tempo que pode causar interferência no cronograma. Os erros em projetos não afetam somente a área da produção, mas também setores como o de compra e orçamento devido que precisam deles para desempenhar suas funções, pois existe a necessidades de observar e analisar os quantitativos ali presentes para realizar os pedidos, ou os pedidos já realizados não atende mais as mudanças ocorridas (CORREIA; et.al, 2017).

3.2.3 Perdas em obras

As perdas em obras têm diversas origens, sejam elas: cargas e descargas mal feitas; armazenamentos impróprios; manuseio e transportes mal feitos; e roubos. Para evitar estes transtornos é importante ter um bom controle sobre todos os processos que estão presentes dentro do seu canteiro, não as considerando como perdas normais do exercício praticado, mas sim como um obstáculo a ser vencido. Há procedimentos que o desperdício pode ser evitado, e outros que eles são agregados ao método adotado. Exemplos de desperdício em obras são: restos de vergalhão descartados por seus tamanhos não atenderem mais as peças; aqueles despercebidos por estarem agregados a obra como deformações de fôrmas ou acréscimos nas espessuras das lajes; e aumento nas espessuras de rebocos por desaprumo das paredes (MATTOS, 2006).

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16 É importante que o responsável esteja atento as tecnologias disponíveis para evita-los. A perda significa um lucro que deixou de ser adquirido.

Figura 3.3 – Perda de insumos

Fonte: Mattos (2006)

3.2.2 Aprimoramento das técnicas construtivas

A sobrevivência de uma empresa é somente garantida no mercado atual se atender as necessidades de seus consumidores, e cada passo que a sua gestão dá em sentido contrário a este objetivo, ele está comprometendo a sua existência. Conforme Campos (2004), a existência de uma empresa é garantida a partir da montagem de uma equipe de profissionais que consiga criar e manusear um procedimento que gere itens que seja referencia para o consumidor, conquistando o seu favoritismo a um preço inferior ao seu concorrente. Como foi visto no feirão Ademi da casa própria em 2018, 3.634 imóveis de diversos padrões foram disponibilizados por 13 construtoras, sendo este fato uma amostra da competitividade do mercado na capital alagoana. Para superar a concorrência, cada construtora tem que pensar em alternativas no intuito de atrair os seus clientes e que reduzam o seu custo de produção para tornarem seus preços mais agradáveis aos olhos dos mesmos.

No âmbito de baixar os custos, políticas de combates ao desperdício e aumento da produtividade são essências. Uma alternativa para reduzir os custos em obras verticais de concreto armado é a utilização de aço cortado e dobrado, pois além de reduzir as perdas ele proporciona um aumento na produtividade, que por sua vez da à possibilidade de reduzir a força de trabalho. Embora o preço pelo quilograma do aço cortado e dobra seja superior que o estirado ele ainda é considerado uma grande vantagem em ao estirado, pois a quantidade de aço estirado comprada para atender uma demanda de aço cortado e dobrado seria superior fazendo com que o seu preço de aquisição seja maior. Outra possibilidade observada é que o corte e dobra de

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17 aço na necessita às vezes de um espaço que nem sempre é disponível na obra, atrapalhando assim sua logística (BARROS, 2018).

Outra possibilidade de reduzir custos dentro do canteiro de obra é a introdução da bisnaga, pois ela deposita apenas a quantidade de argamassa necessária para os assentamentos dos blocos. Em uma obra realizada em Santa Catarina, um engenheiro constatou que após o treinamento para o uso escantilhão e bisnaga no levantamento da alvenaria em bloco de concreto diminuiu em 70% o consumo de argamassa em comparação com uma mesma quantidade de serviço realizada anteriormente com a colher de pedreiro. Este excesso de argamassa além de desperdiçada, também dificulta a execução de serviços posteriores com a instalação da rede elétrica, já que as passagens dos blocos eram obstruídas. A busca por melhorias na parou somente na adição destes equipamentos, tal que a construtora pretendia investir na logística do canteiro, com a adição de maquinas para transporte de materiais e uma grua para eleva-lo a andares superiores. Tais investimentos tinha uma estimativa de redução de 5% a 10% no custo final da obra, além da diminuição aproximada de dois meses de execução de obra (FERREIRA, 2013).

Figura 3.2 - Comparação da execução de alvenaria com o método tradicional e o uso da bisnaga.

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18 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Enquanto países como a China, Índia e Estados Unidos os engenheiros gastam a maior parte do tempo planejando o empreendimento, no Brasil o cenário visto é totalmente diferente e inverso. Somente uma visita as capitais dos estados que compõem o país que será o suficiente para visualizar métodos convencionais, muitas vezes mal planejados, ocasionando por sua vez, o comprometimento da sua qualidade e conclusão.

O povo brasileiro ainda enfrenta um problema cultural a respeito da política da qualidade, e valoriza primeiramente a etapa da execução, por mostrarem mais facilmente os resultados, estando eles enganados por esta interpretação, pois os resultados são modulados nas etapas de projeto e planejamento, período onde é concebido o objeto e os meios para alcança-los da melhor maneira possível.

A qualidade muitas vezes é interpretada pelas características de perfeição do produto entregue, deixando de lado questões a sua forma de produzir e quais ferramentas ele oferece para atender melhormente as necessidades de seus usuários, sendo estes os fatores que determinam o seu valor e a sua procura no mercado. Um produto que ofereça mais opções de lazer e um preço mais acessível aos seus clientes atendendo os requisitos de segurança e uso vai possuir uma demanda maior do que aquele a qual apresente uma aparência perfeita.

O investimento em planejamento é fundamental, pois quanto mais bem elaborado ele for, mais lucrativo o empreendimento dará. Embora as técnicas dentro da linha de produção apresente um rendimento excelente dentro de seu canteiro, isto não é um sinal para manter sempre sua utilização, devido que sempre estão disponibilizando novas técnicas no mercado e com rendimentos cada vez melhores, influenciando no preço final. Uma observação a ser dada é que você pode estar satisfeito com seus resultados, mas seu concorrente não.

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19 REFERÊNCIAS

MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. São Paulo: PINI, 2006.

MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo: PINI, 2010.

OLIVERIA, Otávio J. et al. Gestão da qualidade: Tópicos avançados. 1. ed. São Paulo: Ceangage Learning, 2004.

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC Controle da qualidade total: No estilo japonês. 8. ed. Nova Lima: Falconi, 2010.

CHIAVANETTO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011.

MELHADO, Silvio Burrattino ; AGOPYAN, V. O conceito de projeto na construção civil: Diretrizes para sua elaboração e controle. 1995. Disponível em:<

www.researchgate.net/publication/278676297_O_conceito_de_projeto_na_con strucao_de_edificios_diretrizes_para_sua_elaboracao_e_controle > Acesso em: 25 março 2019.

CORREIA, Flaviana Silva Moraes et al. Análise dos principais problemas construtivos decorrentes de falhas de projeto – estudo de caso em Maceió- AL. 2017. Disponível em: <

periodicos.set.edu.br/index.php/fitsexatas/article/view/5202 >. Acesso em: 25 Março 2019.

MATTOS, Fredrerico Bandeira de Melo. A utilização do método PDCA para a melhoria dos serviços de empreiteiras em obras de edificações. 2013. 81 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

ORIBE, Claudemir y. A história da MASP: Por trás do MASP estão mais de 350 anos de desenvolvimento do método científico. 2012. Disponível em: <

http://www.qualypro.com.br/artigos/a-historia-do-masp >. Acesso em: 20 Janeiro 2019.

ORIBE, Claudemir y PDCA: origem, conceitos e variantes dessa ideia de 70 anos. Disponível em:<

http://www.qualypro.com.br/artigos/pdca-origem-conceitos-e-variantes-dessa-ideia-de-70-anos >. Acesso em: 15 Janeiro 2019. BARROS, Pedro Gustavo dos Santos; CEDRAZ, Uelliton Dias. Vialbilidade econômica do uso do aço cortado e dobrado em central em obras verticais da cidade de Maceió. Disponível em:<

http://www.confea.org.br/media/contecc2018/civil/191_vedudacedeceovdcdm.p df >. Acesso em: 20 Março 2019.

FERREIRA, Romário. Alvenaria racional: Construtora implanta tecnologias simples no canteiro e obtém economia de cerca de 60% na quantidade de argamassa e de até 10% no custo total da obra. Disponível em: <

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http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-20 construcao/140/alvenaria-racional-construtora-implanta-tecnologias-simples-no-canteiro-e-299670-1.aspx>. Acesso em: 10 Março 2019.

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