Cedur® Retard ROCHE bezafibrato
Comprimidos de desintegração lenta
ANTILIPÊMICOS
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
Nome do produto: Cedur® Retard
Nome genérico: bezafibrato
Forma farmacêutica e apresentações:
Comprimidos revestidos de desintegração lenta de 400 mg – caixas com 20 e 30. USO ADULTO
Composição
Cada comprimido de Cedur® Retard (bezafibrato) contém:
Princípio ativo: bezafibrato ... 400 mg
Excipientes: lactose, polividona, lauril sulfato de sódio, metilhidroxipropilcelulose, sílica coloidal
anidra, estearato de magnésio, copolímero do ácido metacrílico, polissorbato 80, polietilenoglicol, talco, dióxido de titânio e citrato de sódio.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de deteminado item, por favor informe ao seu médico.
Cuidados de armazenamento
Cedur® Retard (bezafibrato) deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC).
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade a partir da data de fabricação (vide embalagem externa do produto). Não tome o medicamento após a data de validade indicada na embalagem; pode ser prejudicial à saúde.
Gravidez e lactação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término.
Informar seu médico se está amamentando. Você não deverá amamentar durante o
tratamento com Cedur® Retard (bezafibrato).
Cuidados de administração
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
A dose padrão de Cedur® Retard (bezafibrato), comprimidos de desintegração lenta 400 mg, é 1 comprimido 1 vez ao dia.
Interrupção do tratamento
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Reações adversas
Informe o seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.
Os efeitos adversos consistiram, principalmente, em sintomas de distúrbios gastrointestinais frequentemente de curta duração e que raramente levaram à suspensão de Cedur® Retard (bezafibrato). A miopatia (rabdomiólise) foi mais observada quando a redução da dose não foi efetuada em pacientes com insuficiência renal. Nenhum dos efeitos adversos pode ser considerado como prejudicial à segurança a longo prazo, uma vez que estes efeitos frequentemente ocorreram durante os primeiros meses da terapia e foram de curta duração ou desapareceram após suspensão de Cedur® Retard (bezafibrato).
Distúrbios do sistema hematológico e linfático
Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): trombocitopenia (diminuição das plaquetas) e pancitopenia (diminuição global de células sanguíneas).
Distúrbios do sistema imune
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações de hipersensibilidade, inclusive reações anafiláticas.
Distúrbios do sistema metabólico e nutricional
Reação comum (ocorrem entre 1 a 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): redução do apetite.
Distúrbios do sistema nervoso
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça e tontura;
Reações raras (ocorrem entre 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): neuropatia periférica e parestesias (alterações como formigamento, dormência ou dor em braços e pernas).
Distúrbios gastrointestinais
Reação comum (ocorrem entre 1 a 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): distúrbios gastrointestinais;
Reações incomum (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): distensão e dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia (dificuldade de digestão) e náusea;
Reação rara (ocorrem entre 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Reação incomum (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): colestase (redução do fluxo da bile);
Reação muito rara (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): colelitíase (presença de cálculos na vesícula) .
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): coceira, urticária, hipersensibilidade à luz, perda de cabelo e rash; Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): púrpura trombocitopênica (manchas na pele devido à queda de plaquetas), eritema multiforme (alterações na pele e mucosa por reação imunológica), síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conectivos
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): fraqueza muscular, mialgia (dor muscular), cãibras;
Reação muito rara (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): rabdomiólise (lesão muscular grave).
Distúrbios do sistema renal e urinário
Reação incomum (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): falência renal aguda.
Distúrbios do sistema reprodutor e da mama
Reação incomum (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): impotência sexual.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Reação muito rara (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): doença pulmonar intersticial (inflamação nos tecidos do pulmão). Distúrbios psiquiátricos
Reações raras (ocorrem entre 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): depressão e insônia.
Investigações
Incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento de creatinofosfoquinase (CPK) sérica, creatinina sérica e fosfatase alcalina sérica;
Muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): redução de hemoglobina (anemia) e da contagem de leucócitos e aumento de plaquetas e de algumas enzimas como gama-glutamiltransferase (GGT) e transaminases (TGO e TGP).
Alterações laboratoriais
As alterações laboratoriais a seguir tem sido observadas durante ensaios clínicos e reportadas durante o período de pós-comercialização.
Incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento de creatininofosfoquinase (CPK) sérica, plaquetas, transaminase e redução de hemoglobina, hematócrito, linfócitos, fosfatase alcalina e gama-glutamil transferase (GGT). Em paralelo, a fosfatase alcalina pode ser utilizada como um indicador de conformidade.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Contraindicações e precauções
Você não deverá tomar Cedur® Retard (bezafibrato) se for alérgico ao bezafibrato, a outros fibratos ou a qualquer substância contida no comprimido de desintegração lenta.
Cedur® Retard (bezafibrato) não deve ser utilizado em pacientes portadores de doenças
hepáticas ou afecções da vesícula biliar (com ou sem cálculos) e em pacientes com disfunção renal grave ou sob diálise. Doses especiais são necessárias no caso de comprometimento renal, reação fotoalérgica ou fototóxica conhecida a fibratos.
A terapia combinada de Cedur® Retard (bezafibrato) com inibidores de HMG CoA redutase (medicamentos utilizados para tratamento de colesterol elevado no sangue) é contraindicada a pacientes com fatores predisponentes à miopatia, como insuficiência renal, infecção grave, trauma, cirurgia, distúrbios eletrolíticos ou hormonais.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.
INFORMAÇÃO TÉCNICA Mecanismo de ação
O bezafibrato reduz os lípides sangüíneos elevados (triglicérides e colesterol). O VLDL e o LDL são reduzidos pelo bezafibrato, enquanto que os níveis de HDL são aumentados. A atividade das lipases (lipase lipoprotéica e lipase lipoprotéica hepática) envolvidas no catabolismo das lipoproteínas ricas em triglicérides é aumentada pelo bezafibrato. No ciclo da degradação das lipoproteínas ricas em triglicérides (quilomícrons, VLDL) são formados precursores de HDL, o que explica seu aumento. A biossíntese do colesterol é reduzida pelo bezafibrato, a qual se acompanha por estimulação do catabolismo da LDL mediada pelo receptor.
O fibrinogênio desempenha papel importante sobre a viscosidade e, portanto, sobre o fluxo sanguíneo, e parece desempenhar importante papel na gênese de trombos. O bezafibrato também apresenta efeito sobre os fatores trombogênicos, induzindo redução significativa dos níveis aumentados de fibrinogênio plasmático e promove, entre outras coisas, redução da viscosidade sanguínea. Também observou-se inibição da agregação plaquetária.
Em pacientes diabéticos, relatou-se redução da concentração de glicose sanguínea por melhora da tolerância à glicose. Nesses mesmos pacientes, a concentração de ácidos graxos livres, em jejum e pós-prandial, foi reduzida pelo bezafibrato.
Farmacocinética
Absorção e distribuição
O bezafibrato é rápido e quase completamente absorvido. A biodisponibilidade relativa do bezafibrato comprimidos de liberação lenta comparada à forma padrão é de aproximadamente 70%. O pico de concentração plasmática, de aproximadamente 6 mg/L, é alcançado 3 - 4 horas após administração de dose única de 400 mg de Cedur® Retard (bezafibrato). De 94 a 96% do bezafibrato liga-se às proteínas plásmaticas e o volume aparente de distribuição é de aproximadamente 17 L.
A eliminação é rápida, com excreção quase exclusivamente renal. Noventa e cinco por cento da droga ativa marcada com 14C é recuperada na urina e 3% nas fezes em 48 horas. Cinqüenta por cento da dose administrada é recuperada na urina sem modificação e 20% na forma de glicuronídeos. A taxa de clearance renal varia de 3,4 a 6,0 L/h. A meia-vida de eliminação de Cedur® Retard (bezafibrato) é de aproximadamente 2 - 4 horas. A eliminação do bezafibrato é reduzida em pacientes com comprometimento renal, sendo necessário ajuste de dose para evitar acúmulo da droga e efeitos tóxicos.
Existe correlação entre o clearance de creatinina e a meia-vida de eliminação do bezafibrato; com clearance reduzido há aumento da meia-vida plasmática. Em idosos, a eliminação pode ser retardada nos casos de comprometimento da função hepática. Doenças hepáticas (exceto esteatose hepática) representam contraindicação para o tratamento com bezafibrato (vide Contraindicações). O bezafibrato não é dialisável devido a sua alta ligação às proteínas plasmáticas.
Indicações
• Hiperlipidemias primárias tipos IIa, IIb, III, IV e V da classificação de Fredrickson - quando dieta ou alterações no estilo de vida não levaram a resposta adequada.
• Hiperlipidemias secundárias, por exemplo, hipertrigliceridemia grave, quando não houver melhora suficiente após correção da doença de base, por exemplo, do diabetes melito. Em pacientes com valores de colesterol e/ou triglicérides elevados, o risco de doença coronária deve ser avaliado levando-se em conta a história familiar, valores de HDL-colesterol <35 mg/dL, níveis aumentados de fibrinogênio, tabagismo, pressão arterial, diabetes melito, sexo masculino, sobrepeso e atividade física insuficiente.
Os limites para os distúrbios do metabolismo dos lípides foram propostos durante o primeiro Consenso da Sociedade Européia de Aterosclerose (Nápoles, 1986) e foram elaborados com o objetivo de serem utilizados como roteiro diagnóstico e terapêutico.
Assim, valores de colesterol e triglicérides iguais ou superiores a 200 mg/dL em adultos requerem atenção médica.
Contraindicações
• Doenças hepáticas (com exceção de infiltração gordurosa no fígado, frequentemente um estado patológico concomitante à hipertrigliceridemia);
• Afecções da vesícula biliar, com ou sem colelitíase(se o possível envolvimento do fígado não puder ser excluído);
• Pacientes com comprometimento da função renal com níveis séricos de creatinina >1,5 mg/100 mL ou clearance de creatinina <60 mL/min ou pacientes que se submetem a diálise;
• Em terapia combinada com inibidores de HMG CoA redutase para pacientes com fatores predisponentes para miopatia, como insuficiência renal, infecção grave, trauma, cirurgia, distúrbios eletrolíticos ou hormonais;
• Hipersensibilidade conhecida ao bezafibrato, a qualquer componente do produto ou a outros fibratos;
• Reação fotoalérgica ou fototóxica conhecida a fibratos; • Gravidez e lactação (vide "Gravidez e lactação").
Precauções e advertências
- Modificações do hábito alimentar e outras medidas que possam melhorar o distúrbio
lipídico, como atividade física, redução de peso e tratamento adequado de outros distúrbios metabólicos concomitantes (diabetes e gota, por exemplo) são
fundamentais.
- A resposta do paciente à terapia deve ser monitorada a intervalos regulares e, se
resposta adequada não for obtida em 3 a 4 meses, o tratamento deverá ser suspenso.
- O tratamento de crianças com Cedur® Retard (bezafibrato) não é normalmente
indicado. Indicações para o uso de Cedur® Retard (bezafibrato) em crianças devem
ser consideradas cuidadosamente. Não há recomendação posológica definida para crianças.
- Como os estrógenos podem levar ao aumento das taxas lipídicas, a prescrição de
Cedur® Retard (bezafibrato) a pacientes hiperlipêmicas em uso de estrógenos ou
contraceptivos contendo estrógenos deve ser feita analisando-se cada caso isoladamente.
- Em caso de hipoalbuminemia (síndrome nefrótica, por exemplo) e em pacientes com
função renal reduzida, a dose de Cedur® Retard (bezafibrato) deve ser reduzida e a
função renal monitorada. Pacientes com distúrbio renal existente podem desenvolver falência renal aguda, caso as recomendações posológicas não sejam seguidas estritamente de acordo com os níveis séricos ou o clearance de creatinina.
- Fraqueza muscular, mialgia e cãibras, frequentemente acompanhadas por aumento
na creatinoquinase (CK), podem ocorrer. Casos isolados de comprometimento muscular grave (rabdomiólise) têm sido observados. Na maioria dos casos, esta
síndrome é decorrente de superdosagem ou uso inapropriado de Cedur® Retard
(bezafibrato), principalmente na presença de comprometimento renal.
- Devido ao risco de rabdomiólise, Cedur® Retard (bezafibrato) só deve ser
administrado em conjunto com inibidores da HMG-CoA redutase em casos excepcionais e quando estritamente indicado. Pacientes recebendo essa combinação devem ser cuidadosamente orientados sobre os sintomas de miopatia e devidamente monitorados. A terapia combinada deve ser descontinuada imediatamente ao primeiro sinal de miopatia. A combinação de medicamentos não deve ser utilizada em pacientes com fatores predisponentes para miopatia (redução da função renal, infecção grave, trauma, cirurgia, distúrbio eletrolítico).
- Cedur® Retard (bezafibrato) altera a composição da bile. Casos isolados de cálculo
biliar têm sido relatados. Não está claro se a ocorrência de cálculos biliares é maior devido ao tratamento prolongado com bezafibrato, como observado com outros medicamentos com mecanismo de ação semelhante, ou se cálculos preexistentes aumentariam de tamanho durante a terapia com bezafibrato.
- Como a colelitíase não pode ser excluída como possível reação adversa ao Cedur®
Retard (bezafibrato), procedimentos diagnósticos apropriados devem ser
empregados se sinais e sintomas relacionados a colelitíase ocorrerem (vide item Reações adversas).
Interações medicamentosas
Quando Cedur® Retard (bezafibrato) é utilizado em associação com outros medicamentos, as seguintes interações podem ocorrer:
- Potencialização da ação de anticoagulantes do tipo cumarínico. Por esta razão, a dose do anticoagulante deve ser reduzida em 30 a 50% ao se iniciar a terapia com Cedur® Retard (bezafibrato) e ajustada de acordo com os resultados dos testes de coagulação.
- A ação das sulfoniluréias e da insulina pode ser potencializada por Cedur® Retard (bezafibrato). Isso pode ser explicado pela melhor utilização da glicose, com redução simultânea das necessidades de insulina.
- Em casos isolados, o comprometimento pronunciado, porém reversível, da função renal (acompanhado por aumento nos níveis séricos de creatinina) tem sido relatado em pacientes transplantados sob terapia imunossupressora e Cedur® Retard (bezafibrato) concomitantemente. A função renal deve ser monitorada nesses pacientes e, caso ocorram alterações significativas nos parâmetros laboratoriais, Cedur® Retard (bezafibrato) deve ser, se necessário, descontinuado.
- Quando houver administração concomitante de seqüestrantes de ácidos biliares (por exemplo, colestiramina) com Cedur® Retard (bezafibrato), observar um intervalo mínimo de duas horas entre a utilização dos medicamentos, pois a absorção do bezafibrato será prejudicada.
- Maleato de perexilina ou inibidores da MAO (com potencial hepatotóxico) não devem ser administrados concomitantemente com Cedur® Retard (bezafibrato)
- A interação entre inibidores da HMG CoA redutase (estatinas) e fibratos pode variar em natureza e intensidade, dependendo da combinação dos medicamentos administrados. A interação farmacodinâmica entre as duas classes de medicamentos pode, em alguns casos, contribuir para o aumento do risco de miopatia.
Gravidez e lactação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Devido à falta de experiência adequada, bezafibrato é contraindicado durante a gravidez e lactação (vide item Contraindicações).
Reações adversas
O perfil global de segurança de Cedur® Retard (bezafibrato) é baseado na combinação de dados clínicos e da experiência de pós-comercialização.
Um total de 3581 pacientes foram recrutados em 48 estudos clínicos. Os efeitos adversos observados durante o desenvolvimento clínico e o subsequente uso em práticas clínicas consistiram, principalmente, em sintomas de distúrbios gastrointestinais frequentemente de curta duração e que raramente levaram à suspensão de Cedur® Retard (bezafibrato). A miopatia (rabdomiólise) foi mais observada quando a redução da dose não foi efetuada em pacientes com insuficiência renal. Nenhum dos efeitos adversos pode ser considerado como prejudicial à segurança a longo prazo, uma vez que frequentemente estes efeitos ocorreram durante os primeiros meses da terapia e foram de curta duração ou desapareceram após suspensão de Cedur® Retard (bezafibrato).
As reações adversas relatadas para Cedur® Retard (bezafibrato) estão listadas a seguir, por classe de sistemas de órgãos e frequência:
Distúrbios do sistema hematológico e linfático
Reações muito raras (<1/10.000): trombocitopenia e pancitopenia. Distúrbios do sistema imune
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): reações de hipersensibilidade, inclusive
reações anafiláticas.
Distúrbios do sistema metabólico e nutricional
Reação comum (≥1/100 e <1/10): redução do apetite.
Distúrbios do sistema nervoso
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): cefaleia e tontura;
Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000): neuropatia periférica e parestesia.
Distúrbios gastrointestinais
Reação comum (≥1/100 e <1/10): distúrbios gastrointestinais;
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): distensão e dor abdominal, constipação,
diarreia, dispepsia e náusea;
Reação rara (≥1/10.000 e <1/1.000): pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): colestase.
Reação muito rara (<1/10.000): colelitíase (vide item “Advertências e Precauções”). Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): prurido, urticária, reação de
fotossensibilidade, alopecia e rash;
Reações muito raras (<1/10.000): púrpura trombocitopênica, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conectivos
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): fraqueza muscular, mialgia, cãibras;
Reação muito rara (<1/10.000): rabdomiólise. Distúrbios do sistema renal e urinário
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100):falência renal aguda.
Distúrbios do sistema reprodutor e da mama
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): disfunção erétil.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Reação muito rara (<1/10.000): doença pulmonar intersticial. Distúrbios psiquiátricos
Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000): depressão e insônia.
Incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento de creatinofosfoquinase (CPK) sérica, creatinina sérica e fosfatase alcalina sérica;
Muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): redução de hemoglobina (anemia) e da contagem de leucócitos e aumento de plaquetas e de algumas enzimas como gama-glutamiltransferase (GGT) e transaminases (TGO e TGP).
Alterações laboratoriais
As alterações laboratoriais a seguir tem sido observadas durante ensaios clínicos e reportadas durante o período de pós-comercialização.
Incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento de creatininofosfoquinase (CPK) sérica, plaquetas, transaminase e redução de hemoglobina, hematócrito, linfócitos, fosfatase alcalina e gama-glutamil transferase (GGT). Em paralelo, a fosfatase alcalina pode ser utilizada como um indicador de conformidade.
Posologia
A dose padrão de Cedur® Retard (bezafibrato), comprimidos de desintegração lenta 400 mg, é um comprimido de desintegração lenta 1 vez ao dia, pela manhã ou à noite, junto à refeição. A dosagem em pacientes com comprometimento da função renal deve ser ajustada de acordo com os níveis de creatinina sérica ou clearance de creatinina. Devido à necessidade de redução da dose nos casos de comprometimento da função renal (creatinina sérica >1,5 mg/100 mL ou clearance de creatinina <60 mL/min) Cedur® Retard (bezafibrato) deverá ser substituído por Cedur® (bezafibrato) comprimidos revestidos de 200 mg e as doses devidamente ajustadas.
Creatinina sérica Clearance de
creatinina Dosagem 200 mg Dosagem 400 mg
Até 1,5 mg/100 mL* >60 mL/min 3 comprimidos/dia 1 comprimido/dia 1,6 – 2,5 mg/100 mL* 60 – 40 mL/min 2 comprimidos/dia Contraindicado 2,6 – 6 mg/100 mL 40 – 15 mL/min 1 comprimido a
cada 1 ou 2 dias Contraindicado Acima 6 mg/100 mL* <15 mL/min Contraindicado Contraindicado
Para evitar superdosagem, recomenda-se medição da concentração plasmática do bezafibrato.
Superdosagem
O quadro clínico da intoxicação por Cedur® Retard (bezafibrato) ainda é desconhecido, exceto nos casos de rabdomiólise (lesão muscular grave). Por este motivo, medidas clínicas gerais para intoxicação e terapia sintomática devem ser realizadas de acordo com a necessidade, uma vez que não há antídoto específico.
Em caso de rabdomiólise (principalmente em pacientes com função renal diminuída), a administração de bezafibrato deverá ser imediatamente interrompida e a função renal cuidadosamente monitorada.
Farm. Resp.: Guilherme N. Ferreira CRF-RJ nº 4288
Fabricado por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 - Rio de Janeiro - RJ CNPJ 33.009.945/0023-39
Indústria Brasileira
Distribuído por Glenmark Farmacêutica Ltda.
Serviço Gratuito de Informações – 0800 7720 289 www.roche.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.