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Rev. Saúde Pública vol.24 número3

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Academic year: 2018

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ENCONTRO INTERNACIONAL DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE VIOLÊNCIA E SAÚDE NA AMÉRICA LATINA

Realizou-se no período de, 11 a 14 de dezembro de 1989, o 1o Encontro Internacional do Grupo de

Trabalho sobre Violência e Saúde na América Latina, na auditório da Fiocruz, Rio de Janeiro, promo-vido pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde (CLAVES/ENSP/FIOCRUZ) e patrocinado pela OPAS. O Encontro teve como objetivo alcançar coletivamente propostas concretas de investigação e ação, buscando contribuir para modificar favoravelmente o quadro crescente de violên-cia soviolên-cial e seu impacto sobre a saúde.

O Encontro contou com a participação de representantes da Colômbia, Guatemala, Peru, Uruguai, Argentina, Estados Unidos, Equador, México e Brasil.

Os temas foram reunidos em cinco blocos: Fundamentos teórico-metodológicos da relação violên-cia-saúde; Aspectos históricos e sócio-econômicos desse processo social; Questões epidemiológicas so-bre busca de compreensão do quadro latino-americano referente às mortes "por causas externas" e vio-lência intra-familiar, em mulheres e em escolares; Raízes psico-sociais da viovio-lência, destacando-se a questão da tortura. Foram também trabalhados os elementos de impacto da violência nos serviços de saúde, os aspectos médico-legais e a problemática da educação para a saúde.

Enfatizou-se a relevância da formação de uma rede de trabalho em Violência e Saúde, numa ten-tativa de somar esforços para o enfrentamento da questão na América Latina. O Encontro terminou com a elaboração de uma DECLARAÇÃO conjunta do Grupo de Trabalho, tentando sensibilizar a so-ciedade a respeito da gravidade da problemática social que constitui a violência, e cujos termos estão colocados a seguir:

"Nós, participantes do Grupo de Trabalho sobre Violência e Saúde na América Latina, a partir da análise da violência e seu impacto na saúde, vimos manifestar nossa preocupação e declarar:

1. Entendemos que, o crescimento da violência e suas diferentes manifestações no continente latino-americano tem se convertido num dos principais problemas contemporâneos. A violência como um processo que afeta tanto os indivíduos como a coletividade, possui causas e conseqüências media-tas e imediamedia-tas. As diversas formas de expressão da violência atingem as condições de viver, adoecer e morrer das pessoas, sendo um grave problema de Saúde Pública;

2. Estamos convictos de que temos que enfrentar não apenas as formas mais letais de violência, como

os homicídios e suicídios, mas também todas aquelas situações que alteram profundamente a es-trutura psicológica, social e o bem-estar humano. A tortura, os seqüestros, os desaparecimentos e a violência cotidiana contra grupos étnicos, sexuais, etários e contra segmentos de trabalhadores, são algumas das manifestações de violência que mais nos preocupam na América Latina, resultan-do na violação resultan-dos mais elementares direitos humanos;

3. Convidamos assim, as instituições acadêmicas, os movimentos sociais, as instituições e organismos governamentais e não-governamentais, nacionais e internacionais, para a tarefa de aprofundarem no reconhecimento da violência e buscarem estratégias e mecanismos que permitam enfrentar, de-cidida e corajosamente, as situações que geram esse processo tão grave.

Referências

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