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Escola FUTURO Formação Profissional ENSINO MÉDIO 3ª FASE. Língua Portuguesa

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(1)

Escola FUTURO Formação Profissional

ENSINO MÉDIO – 3ª FASE

Língua Portuguesa

(2)

UNIDADE I

(3)

3ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa

Leia o texto a seguir e tente entender o que ele quer dizer a cada um de nós. Reflita sobre o assunto. Veja como tudo começou e se poderia ter sido diferente.

O ASSALTO

Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis, dezessete anos. Preto. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo. O corredor estava escuro e a empregada sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de serviço, já em pânico. Com a porta aberta, virou-se de repente e gritou para o garoto:

—Não me bate!

—Senhora?

—Faça o que quiser, mas não me bate!

—Não, senhora, eu...

A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o rosto apavorado da empregada e recuou, até pressionar as costas contra a geladeira.

—Você está armado?

(4)

A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa, sem tirar os olhos do garoto:

—É melhor não fazer nada, madame. O melhor é não gritar.

—Eu não vou fazer nada, juro!—disse a patroa, quase aos prantos.—Você pode entrar. Pode fazer o que quiser. Não precisa usar a violência.

O garoto olhou de uma mulher para outra. Apalermado. Perguntou:

—Aqui é o 712?

—O que você quiser. Entre. Ninguém vai reagir.

O garoto hesitou, depois deu um passo para dentro da cozinha. A empregada e a patroa recuaram ainda mais. A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta que dava para a saleta de almoço. Disse:

—Eu não tenho dinheiro. Mas o meu marido deve ter. Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe dará tudo.

O garoto também estava com os olhos arregalados. Perguntou de novo:

—Este é o 712? Medisseram para pegar umas garrafas no 712.

A mulher chamou, com a voz trêmula:

—Henrique!

O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o garoto e entendeu tudo. Chegou a hora, pensou. Sempre me indaguei como me comportaria no caso de um assalto. Chegou a hora de tirar a prova.

(5)

—O que você quer?—perguntou, dando-se conta em seguida do ridículo da pergunta. Mas sua voz estava firme.

—Eu disse que você tinha dinheiro — falou a mulher.

—Faço um trato com você — disse o marido para o garoto — dou tudo de valor que tem em casa, contanto que você não toque em ninguém.

E se as crianças chegarem de repente? Pensou a mulher. Meu Deus, o que esse bandido vai fazer com as minhas crianças? O garoto gaguejou:

—Eu... Eu... É aqui que tem umas garrafas para pegar?

—Tenho um pouco de dinheiro. Minha mulher tem jóias. Não temos cofre em casa, acredite em mim. Não temos muita coisa. Você quer o carro? Eu dou a chave.

(6)

Errei, pensou o marido. Se sair com o carro, ele vai querer ter certeza de que ninguém chamará a polícia. Vai levar um de nós com ele. Ou vai nos deixar todos amarrados. Ou coisa pior...

—Vou pegar o dinheiro, está bem?—disse o marido.

O garoto só piscava.

—Não tenho arma em casa. É isso que você está pensando? Você pode vir comigo.

O garoto olhou para a dona da casa e para a empregada.

—Você está pensando que elas vão aproveitar para fugir, é isso?—continuou o marido.— Elas podem vir junto conosco. Ninguém vai fazer nada. Só não queremos violência. Vamos todos para o gabinete.

A patroa, a empregada e o Henrique entraram no gabinete. Depois de alguns segundos, o garoto foi atrás. Enquanto abria a gaveta chaveada da sua mesa, o marido falava:

—Não é para agradar, não, mas eu compreendo você. Você é uma vítima do sistema. Deve estar pensando, "esse burguês cheio da nota está querendo me conversar", mas não é isso não. Sempre me senti culpado por viver bem no meio de tanta miséria. Pode perguntar para minha mulher. Eu não vivo dizendo que o crime é um problema social? Vivo dizendo. Tome. É todo dinheiro que tenho em casa. Não somos ricos. Somos, com alguma boa vontade, da média alta. Você tem razão. Qualquer dia também começamos a assaltar para poder comer. Tem que mudar o sistema. Tome.

O garoto pegou o dinheiro, meio sem jeito.

—Olhe, eu só vim pegar as garrafas...

—Sônia busque as suas joias. Ou melhor, vamos todos buscar as joias.

Os quatro foram para a suíte do casal. O garoto atrás. No caminho, ele sussurrou para a empregada:

—Aqui é o 712?

—Por favor, não!—disse a empregada, encolhendo-se.

(7)

Deram todas as joias para o garoto, que estava cada vez mais embaraçado. O marido falou:

—Não precisa nos trancar no banheiro. Olhe o que eu vou fazer.

Arrancou o fio do telefone da parede.

—Você pode trancar o apartamento por fora e deixar as chaves lá embaixo. Terá tempo de fugir.

Não faremos nada. Só não queremos violência.

—Aqui não é o 712? Me disseram para pegar umas garrafas.

—Nós não temos mais nada, confie em mim. Também somos vítimas do sistema. Estamos do seu lado. Por favor, vá embora!

*****

A empregada espalhou a notícia do assalto por todo o prédio. Madame teve uma crise nervosa que durou dias. O marido comentou que não dava mais para viver nesta cidade. Mas achava que tinha se saído bem. Não entrara em pânico. Ganhara um pouco da simpatia do bandido.

Protegera o seu lar da violência. E não revelara a existência do cofre com o grosso do dinheiro, inclusive dólares e marcos, atrás do quadro da odalisca.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância Verbal é o princípio gramatical que

determina como o verbo deve flexionar-se (variar de forma) para se ajustar ao sujeito da oração.

Regra geral

(8)

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

O técnico escalou o time...

Os técnicos escalaram os times.

Casos especiais Sujeito composto

a) anteposto ao verbo: verbo no plural.

O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo.

b) posposto ao verbo: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural.

Chegou(aram) ontem o técnico e os jogadores.

c) de pessoas diferentes: verbo no plural da pessoa predominante.

Eu, você e os alunos iremos ao museu.

Exemplos:

(9)

e) ligado por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural.

O cientista assim como o médico pesquisa(m) a causa do mal.

f) ligado por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular.

Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.

g)ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU.

Valdir ou Leão será o goleiro titular.

João ou Maria resolveram o problema.

O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino.

Sujeito constituído por:

a) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural.

A maioria dos candidatos conseguiu(iram) aprovação.

Mais de um jogador foi elogiado pela crônica esportiva.

Cerca de dez jogadores participaram da briga.

b) coletivo geral: verbo no singular.

O povo escolherá seu governante em 15 de novembro.

c) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular ou plural.

Alguns de nós seremos eleitos.

(10)

d) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente.

Hoje sou eu que faço o discurso.

e) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular.

Amanhã serão eles quem resolverá o problema.

f) um dos que: verbo no singular ou plural.

Foi um dos alunos desta classe que resolveu o problema.

Seu filho foi um dos que chegaram tarde.

g) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural..

A Ética ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano.

Verbo acompanhado da palavra SE

a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente.

Exemplos:

Viam-se ao longe as primeiras casas.

Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida.

b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular.

Exemplos:

Necessitava-se naqueles dias de novas ideias .

(11)

Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos.

Morria-se de tédio durante o inverno.

Verbos impessoais

Verbos que indicam fenômenos; verbo haver indicando existência ou tempo; verbo fazer, ir, indicando tempo: ficam sempre na 3ª pessoa do singular.

Exemplos:

Durante o inverno, nevava muito.

Ainda havia muitos candidatos para a Universidade.

Ontem fez dez anos que ela se foi.

Vai para dez meses que tudo terminou.

Verbo SER

a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo.

Exemplos:

Hoje é dia três de outubro, pois ontem foram dois e o amanhã serão quatro.

Daqui até o centro são dez quilômetros.

b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: concorda com o predicativo.

(12)

Exemplos:

Dez feijoadas era muito para ela. Vinte milhões era muito por aquela casa.

c) com sujeito e predicativo do sujeito: concorda com o que prevalecer.

Exemplos:

O homem sempre foi suas ideias.

Santo Antônio era a esperança da solteirona.

O problema eram os móveis.

Hoje, tudo são alegrias eternas.

Mulheres discretas é coisa rara.

A Pátria não é ninguém; somos todos nós.

ALGUNS CASOS DE

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância Nominal é o princípio de acordo com o qual toda palavra variável refere-se ao substantivo deve se flexionar para se adaptar a ele.

Ex: As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro.

(13)

As palavras “as”, “nossas”,”duas” e “italianas” se referem ao substantivo amigas, por isso concordam com ele em gênero (feminino) e número (plural).

1. É bom, é necessário, é proibido

Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrário são invariáveis.

Exemplo: Vitamina C é bom para saúde.

É necessária muita paciência.

2. Um e outro (num e noutro)

Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.

Exemplo: Numa e noutra questões complicadas ela se confundia.

3. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado.

Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem.

Exemplo: Seguem anexos os acórdãos.

A procuração está apensa aos autos.

Os documentos estão inclusos no processo.

Obrigado, disse o rapaz.

Elas próprias resolveram os exercícios.

(14)

Observação

A expressão em anexo é invariável.

Exemplo: Em anexo segue a procuração Em anexo segue o despacho.

4. Mesmo, bastante

Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável.

Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.

Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema.

Pronome

Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso mesmo = realmente

Advérbio

Haviam bastantes razões para ela reclamar. Pronome

Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto.

Advérbio

5. Menos, alerta

São palavras invariáveis.

(15)

Exemplo: O Amazonas é o Estado menos populoso do Brasil.

Havia menos alunas na sala hoje.

Os soldados estavam alerta.

Observação

Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural.

Exemplo: Nossos chefes estão alertas.

6. Meio

Essa palavra pode ser numeral ou advérbio.

a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra a que se refere.

Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe. numeral

Isso pesa meio quilo.

b) Se for advérbio é invariável.

Exemplo: A porta estava meio aberta.

Advérbio

Ele anda meio cabisbaixo.

(16)

7. Muito, pouco, longe, caro

Quando essas palavras funcionam como adjetivo, variam de acordo com a palavra a que se referem.

Se funcionarem como advérbio são invariáveis.

Exemplo: Muitos alunos compareceram à formatura.

Adjetivo

Os perfumes eram caros.

As mensalidades escolares aumentaram muito.

Advérbio

Vocês moram longe.

8. Só

a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.

Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha) Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)

b) Ela é invariável quando significa apenas/somente.

Exemplo: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas) Eles queriam ficar só na sala. (apenas)

Observação

A locução adverbial a sós é invariável.

(17)

REGÊNCIA

Regência é a relação sintática que se estabelece entre um termo principal (termo regente) e o seu complemento (termo regido).

Existem dois tipos de regência:

■ Regência Nominal – quando o termo regente é um nome.

■ Regência verbal - quando o termo regente é um verbo.

(verbo) Ex: Poucos torcedores gostaram do jogo.

↓ ↓

Termo regente Termo regido REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal analisa as relações sintáticas que se estabelecem entre os verbos e seus complementos. Para esse estudo, é conveniente relembrar a classificação dos verbos quanto à transitividade.

(18)

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS EXEMPLO Verbo Transitivo direto (VTD) Exige objeto direto

(complemento sem preposição)

Nós discutimoso assunto.

VTD OD Verbo Transitivo Indireto

(VTI)

Exige objeto indireto (complemento com preposição obrigatória)

Concordamos com você.

VTI OI Verbo Transitivo Direto e

Indireto (VTDI)

Exige dois objetos: um direto e um indireto.

Entreguei o livroao aluno.

VTDI OD OI

Verbo Intransitivo (VI) Não exige objeto A velha igreja desabou.

VI

É importante lembrar que a classificação de um verbo pode variar.

Compare:

O bebê ainda não fala. Ele sófala mentiras. Quero falar com você.

VI VTD VTI REGÊNCIAS DE ALGUNS VERBOS

(19)

O quadro a seguir apresenta alguns verbos com seus sentidos e suas respectivas regências.

VERBO SENTIDO REGÊNCIA EXEMPLO agradar Fazer carinho

satisfazer

VTD VTI

O garoto agrada o cãozinho.

O prêmio agradou ao aluno.

Aspirar Respirar desejar

VTD VTI

Nós aspiramos um ar poluído.

Quem não aspira ao sucesso.

Assistir Ver/presenciar Ajudar/socorrer Caber/pertencer

VTI VTD VTI

Poucos assistiram ao jogo.

O médio assiste os doentes.

Esse direito assiste ao povo.

Visar Pretender Mirar

Vistar/assinar

VTI VTD VTD

Ele visa ao cargo de diretor.

O atirador visava o alvo.

O gerente não visou o cheque.

REGÊNCIA DE MAIS ALGUNS VERBOS

VERBO REGÊNCIA EXEMPLO

Esquecer Lembrar

VTI (se pronominais) VTD (se não-pronominais)

Eles se esquecem de tudo.

Eu me lembrei do fato.

Eu lembrei o fato Informar

Avisar

VTDI (“alguma coisa a alguém” ou

“alguém de/sobre alguma coisa”)

Informe o erro ao banco.

Informe o erro do banco

Prevenir Avise o banco sobre o erro.

(20)

Obedecer Desobedecer

VTI Ele obedece ao regulamento.

Desobedecia a o pai.

Preferir VTI (“alguma coisa a outra”) Prefiro o futebol ao vôlei.

(21)

UNIDADE II

(22)

Uso da crase

O emprego da crase está sujeito a duas condições:

o o termo anterior deve exigir a preposição a; o o termo seguinte deve ser:

palavra feminina que admita o artigo a(s),

pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo.

Ex.: Vou à escola. Esta bolsa é igual à que você usava. Nunca mais fui àquele cinema.

Nunca se usa crase antes de: Exemplos:

masculino Entreguei o bilhete a João.

verbo Não estava disposto a reagir.

expressões formadas por palavras repetidas gota a gota, face a face.

(23)

nomes de cidades sem determinação

(exceção: haverá crase, se o nome da cidade vier determinado)

Vou a Santos. Vou à poluída Santos.

palavras no plural precedidas de a (no singular) Assisti a demonstrações de carinho.

Sempre ocorre crase: Exemplos:

na indicação do número de horas à uma e meia, às nove.

quando há ou se pode subentender a palavra moda

chapéu à gaúcha (à moda gaúcha), sopa à calabresa (à moda calabresa).

nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

Às vezes choro. Acabou devido à falta de luz.

Saímos à medida que recebíamos.

Algumas dicas:

1) Quando quisermos saber se o lugar admite ou não crase, devemos imaginar que viemos daquele lugar. Se não aparece o artigo, não temos crase.

Ex.: Vou a Paris. (Vim de Paris). Como eu vim DE Paris, e não DA Paris, não temos crase.

Vou à Alemanha. (Vim da Alemanha). Como eu vim DA Alemanha, e não DE Alemanha, temos crase.

2) Se estamos na dúvida se antes da palavra feminina há ou não crase, devemos pensar em uma palavra masculina. Se aparece o artigo masculino O, na forma feminina temos crase. Se o artigo O não aparece, não temos crase.

(24)

Ex.: Agradecemos à secretária pela rapidez. (Agradecemos ao secretário pela rapidez). Como na forma feminina o O aparece, na feminina temos crase.

Comprei aquela TV a vista. (Comprei aquela TV a prazo). Como na forma masculina o O não aparece, não temos crase.

Termos Relacionados a nomes

Os termos relacionados ao nome são:

- Adjunto Adnominal;

- Predicativo do sujeito;

- Predicativo do objeto;

-Complemento Nominal;

- Aposto;

- Vocativo.

I. Adjunto adnominal: Termo (palavra ou expressão) que se junta a um nome para

especificar o sentido desse nome, atribuindo-lhe uma característica, qualidade ou modo de ser.

Observe:

Chuvas destruíram plantações.

(25)

Essa oração, embora tenha sentido completo, não traz nenhuma informação a respeito dos nomes chuvas e plantações. Para melhor especificá-los, poderíamos acrescentar outros nomes. Por exemplo:

As fortes chuvas de verão destruíram nossas plantações de milho.

Os termos que se juntaram aos nomes chuvas e plantações são adjuntos adnominais.

a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere.

b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.) Exemplo: As três árvores pequenas secaram.

II. Predicativo do sujeito: termo que, através de um verbo de ligação, se relaciona ao sujeito, atribuindo-lhe uma qualidade, uma característica ou um estado.

a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto.

b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido) Exemplo:

Toda a cidade estava silenciosa.

Elegeram José representante de turma.

Eu sou um homem fechado.

III. Predicativo do Objeto:

Além de caracterizar o sujeito, o predicativo pode também atribuir uma característica ao objeto.

(26)

Ex: O mundo me tornou egoísta e mau.

Aspalavras egoísta e maureferem-se ao objeto me, por isso, são chamadas de predicativo do objeto.

Em oraçõescom predicativo do objeto, o verbo de ligaçãofica subtendido. Por isso, para identificá-lo e facilitar a análise, é conveniente desdobrar a oração. Observe:

Os policiais encontraram vazia a casa.

Desdobramento:

Os policiais encontraram a casa (e ela estava) vazia.

IV. Complemento nominal:termo que, através de preposição, se relaciona a nomes de sentido incompleto, para completar-lhes a significação.

Compare:

1. Esta avenida é paralela [???]

2. Esta avenida é paralela ao rio.

O sentido de 1 não está completo, porque o nome paralela tem sentido incompleto. Em 2, o sentido passou a estar completo, pois o nome paralela foi complementado pelo termo ao rio, que funciona como adjunto adnominal.

a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto.

b) Sempre com preposição (a, de, em, com, etc.).

(27)

Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.

As críticas ao candidato prejudicaram sua campanha.

Você agiu contrariamente aos nossos interesses.

V. Aposto: termo que explica, esclarece, especifica ou resume o sentido do nome ao qual se refere.

a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.

Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.

Chico Buarque, grande músico brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, capital fluminense.

VI. Vocativo: termo usado para chamar, pelo nome, apelido, ou característica, o ser (pessoa ou coisa personificada) com quem se fala.

Leia o diálogo, as palavras sublinhadas são vocativos:

" - Mãe, taqui seus chocolates!

- Que chocolates, meu anjo?

- A senhora não sabe que, no Dia das Mães, dê chocolate pra ela? [...] - Alfredinho,o

médico me proibiu de comer chocolate.

- E daí? Esquece o médico. Não é Dia dos Médicos, é Dia das Mães, dia da senhora".

(Carlos

Drummond de Andrade)

(28)

a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.

b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)

Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.

Principais diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal

O complemento nominal é sempre iniciado por uma preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por preposição. Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar os seguintes critérios diferenciadores:

Adjunto adnominal Complemento nominal

I. Só se refere a substantivos (concretos I. Pode se referir a substantivos abstratos,adjetivos e abstratos). e a advérbio.

II. Quando o nome se refere, exprime II. Quando o nome a que se refere exprime uma uma ação; o adjunto adnominal é o ação, o complemento nominal é o paciente (alvo) agente dessa ação. dessa ação.

III. Pode em certas frases indicar posse. III. Nunca indica posse.

Exemplos:

I. Ele comprou alguns livros de literatura.

O termo destacado (de literatura) refere-se ao nome livros, que é um substantivo concreto.

Observando o primeiro critério do quadro, conclui-se que de literatura só pode ser adjunto adnominal, uma vez que o complemento nominal só se refere a substantivos abstratos, nunca a concreto.

II. Seu amigo está descontente com nossa atitude.

(29)

Observe que com nossa atitude refere-se a descontente, que é um adjetivo. Portanto, o tempo com nossa amizade só pode ser complemento nominal, uma vez que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo.

III. A ofensa do torcedor irritou o juiz.

Nesse exemplo, a ofensa, é uma ação e o torcedor é o agente da ação. Portanto pelo segundo critério do quadro, do torcedor é adjunto adnominal. Você poderia chegar a essa conclusão usando também o terceiro critério do quadro (do torcedor exprime posse).

Orações Subordinadas Adjetivas

Observe:

Meu vizinho cultiva árvores frutíferas.

A palavra é destaque é um adjetivo que na frase exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Podemos trocar o adjetivo frutíferas por uma oração equivalente e, assim, transformar o período simples em período composto:

Meu vizinho cultiva árvores que dão frutos.

Ao substituir o adjetivo frutíferas, a oração que dão frutos passou a exercer, no período composto a função de adjunto adnominal, além de caracterizar o substantivo, equivalendo portanto, ao adjetivo; por isso denominamos essa oração de subordinada adjetiva.

(30)

As orações subordinadas adjetivas sempre se referem a um substantivo ou pronome da oração principal além de sempre iniciarem por um pronome relativo (que, qual, quem, cujo, onde, quanto). São duas as orações subordinadas adjetivas:

A) Restritiva : é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

B) Explicativa : serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada.

Orações Subordinadas Adverbiais Observe:

1.As notícias do acidente chegaram de manhã.

2.As noticias do acidente chegaram quando amanhecia.

Na 1ª oração, o termo de manhã, por relacionar-se ao verbo e indicar uma circunstância de tempo, exerce a função de adjunto adverbial de tempo.

No segundo enunciado, temos um período composto, onde quando amanhecia é uma oração subordinada, já que funciona como termo da outra; e como exerce função de adjunto

adverbial de tempo, denomina-se oração adverbial temporal.

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa

(31)

A) Causal : funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa : funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva : funciona como adjunto adverbial de concessão. Exprime um fato que poderia impedir o fato da oração principal, mas não o impede.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional : funciona como adjunto adverbial de condição. Exprime a condição necessária para a ocorrência do fato referido na oração principal.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa : funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. F) Consecutiva : funciona como adjunto adverbial de consequência.

Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.

Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.

(32)

G) Temporal : funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final : funciona como adjunto adverbial de finalidade.

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional : funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

À medida que o tempo passa , mais experientes ficamos.

(33)

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Orações Coordenadas

Considere estes dois períodos simples:

1. À tarde, o tempoescureceu.

↓ ↓ ↓ Adj.adv. Sujeito V. Intran.

(34)

2. Uma forte chuvacastigoua cidade.

↓ ↓ ↓ Sujeito VTD OD

Vamos reuní-las em um só período composto:

Oração 1 Oração 2

_____________________ ____________________________

À tarde, o tempo escureceu e uma forte chuva castigou a cidade.

Note que as duas orações continuam apresentando suas estruturas sintáticas originais. Elas apenas foram ordenadas de maneira a constituir um período composto no qual cada uma manteve sua independência sintática: a oração 1não funciona como termo da 2, nem a 2 funciona como termo da 1. Esse tipo de oração denomina-se oração coordenada.

Oração Coordenada - Oração que, num período composto, não funciona, como termo de outra nem tem outra funcionando como termo dela.

Um período constituído por duas (ou mais) orações coordenadas denomina-se composto por coordenação.

Tipos de Oração Coordenada

Duas orações coordenadas podem ligar-se por meio de uma conjunção ou sem ela.

Dependendo desse fato, essas orações subdividem-se em sindéticas (quando apresentam conjunção) e assindéticas (quando não apresentam conjunção). No período

anteriormente apresentado, temos, então:`

À tarde, o tempo escureceu euma forte chuva castigou a cidade.

↓ ↓

Oração Coordenada Assindética Oração Coordenada Sindética

(35)

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

Oração Coordenada Sindética

Principais Conjunções Sentido no texto Exemplo

Aditiva E, nem (e não), não só ... mas também

Estabelece uma adição (soma) com a ideia da oração

Não viajei, nem estudei para o exame.

anterior Adversativa Mas, porém, todavia,

contudo, no entanto, entretanto, não obstante

Indica uma ideia contrária (uma oposição) à da outra oração

Ela se indignou com o fato, porém manteve a calma.

Alternativa Ou... ou, ora... ora, quer... quer

Exprime uma outra

opção, uma

alternância em relação ao fato da outra oração.

Oriente seu irmão, ou ele terá prejuízos nos

negócios.

Conclusiva Logo, pois (colocada após o verbo), por isso, portanto, de modo que

Indica uma conclusão lógica relativamente ao fato da outra oração

Ele pediu demissão, portanto estamos sem chefe.

Explicativa Que, pois (colocada antes do verbo), porque

Contém uma

justificativa ao que está expresso na outra oração

Não fume, porque o cigarro é um veneno.

(36)

UNIDADE III

(37)

Escolas Literárias

Barroco

O estilo barroco teve uma orientação artística que surgiu na Itália, especialmente em Roma, na virada para o século XVII.

O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo das artes plásticas teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se até meados do século XVIII.

No Brasil,esse movimento teve sua influência entre 1601 e 1768 com os seguintes eventos marcantes:

(38)

- 1601: publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira Pinto;

- 1768: publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel das Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil.

Principais autores

• Bento Teixeira

• Padre Antônio Vieira

• Sermões

• Gregório de Matos

• Poesia lírica amorosa

• Poesia sacra religiosa

• Poesia filosófica

• Poesia satírica

Tomás Antônio Gonzaga

No Arcadismo alguns autores se revoltam com a política e a sátira passa a ser uma das principais características, mas no Arcadismo acontece também o amor platônico como no caso de Claúdio Manoel da Costa que em suas poesias, inventou uma musa chamada Nise que na verdade não existia. Já no caso de Tomás Antonio Gonzaga realmente vive um amor impossível com uma mulher casada por não poder tocá-la

passa a fazer poesias para ela com o nome de Marília. pois ninguém podia saber de quem se tratava.

Arcadismo

(39)

Outras características: - FUGERE URBEM ( fuga da cidade e preferência na vida rural) – CARPE DIEM ( aproveite a vida).

Principais autores

• Alvarenga Peixoto

• Frei Santa Rita Durão

• Claúdio Manoel da Costa

• Tomás Antônio Gonzaga

• Silva Alvarenga Romantismo (poesia)

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador do livro “Suspiros poéticos e saudades”, de Gonçalves Magalhães, em 1836, e durou 45 anos terminando em 1881 com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo.

1ª geração (indianista)

Gonçalves Dias

• Nacionalismo

• Patriotismo

• Índio como herói

• Antiestrangeiro

• Sentimentalismo

(40)

Autores

• Gonçalves de Magalhães

• Gonçalves Dias

• Araújo Porto Alegre

2ª geração (ultrarromântica, mal do século e byronista) Casimiro José Marques de Abreu

• Atração pela morte

• Satanismo

• Mulher vista como pura virgem

• Fuga da realidade

• Amor platônico

Autores

• Álvares de Azevedo

• Casimiro de Abreu

• Junqueira Freire

• Fagundes Varela

3ª geração ( condoreira)

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Castro Alves

Por causa do pássaro condor que tem visão ampla sobre todas as coisas e as principais características da terceira geração são:

• Todas as questões sociais

• Erotismo

• Abolicionismo

• Mulher vista com defeitos e qualidades

• Política Autores

• Castro Alves

• Sousândrade

• Tobias Barreto

(42)

R OMANTISMO ( PROSA )

O Romantismo na prosa ou também conhecido como romance romântico tem básicamente as mesmas características que o romantismo na poesia, porém em vez de poesias são feitos livros onde existem alguns segmentos. Como a prosa social-urbana, indianista, regionalista e histórica. Com caráter burguês, epidermico, pouco intelectual e de personagens lineares, saiam nos jornais em fasciculos para agradar à mulher e o estudante burguês( classe dominante na época).

Principais autores

Bernardo Guimarães

Franklin Távora

Joaquim Manoel de Macedo (Macedinho)

José de Alencar

Manoel Antonio de Almeida

Visconde de Taunay

Vitor Meirelles, Moema, obra com tema brasileiro

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metade do século XIX.

Augusto Comte, Karl Marx e Charles Darwin são os iniciadores europeus com suas correntes: o Positivismo, Socialismo e Darwinismo. O realismo evidencia fatos e acredita no real sem sentimentos lúdicos e melosos dos românticos e acredita que o homem é psicologicamente formado sem nenhuma interferência natural ou humana

Brasil: Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis (1881) Principais autores

Machado de Assis

Raul Pompéia

Artur Azevedo

Realismo

Correspondeu ao momento de consolidação do poder político da burguesia, na segunda

(44)

N ATURALISMO

Aluísio Azevedo

O naturalismo ocorre básicamente na mesma época do realismo e alguns dizem que o naturalismo é apenas uma manifestação do realismo, mas as diferenças são bem visíveis.

O naturalismo tenta explicar que o homem é modificado pelo ambiente em que vive e que a natureza influi na razão. Diferente do romance realista que preza a classe social dominante, o romance naturalista preza a comunidade mais pobre. Podemos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço de Aluísio de Azevedo

Brasil: O Mulato de Aluísio de Azevedo (1881) Principais autores

Aluísio Azevedo

Domingos Olímpio

Inglês de Sousa

Júlio Ribeiro

Manuel de Oliveira Paiva

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P ARNASIANISMO

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac.

O Parnasianismo é a forma poética do Realismo.

Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.

Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.

Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e justifica por sua beleza. Faz referências ao prosáico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.

Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal. Aspectos importantes para essa estética perfeita são:

Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro versos, porém também muito usada as rimas ABBA.

(46)

Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.

Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas.

Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua",

"Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.

Temática Greco-Romana: A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da Antiguidade Clássica, características de sua história e sua mitologia.

É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.

Principais autores

Alberto de Oliveira

Francisca Júlia

Olavo Bilac

Raimundo Correia

Vicente de Carvalho

(47)

S IMBOLISMO

Na Europa, o simbolismo inicia-se na última década do século XIX e avança pelo início do século XX, paralelamente as tendências do pré- modernismo. O misticismo, o sonho, a fé e a religião passam a ter valores em busca de novos caminhos O Simbolismo no Brasil começa com as obras Missal e Broquéis ambos escritas por Cruz e Sousa

Características gerais:

Uso de figuras de linguagem (sinestesia e aliteração);

Musicalidade (A música acima de tudo);

Valorização das manifestações espirituais e metafísicas;

Rebusca valores românticos;

Aversão ao que é real;

Amor ao lúdico e sublime;

Tenta buscar a essência do ser humano; Oposição entre matéria e espírito .

Principais autores

Alphonsus de Guimaraens

Cruz e Sousa

(48)

P

-M

ODERNISMO

O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo.

O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os

"escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920". Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de idéias, sem se fixar a nenhuma delas).

Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras, mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:

Conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas;

Renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período.

Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para serem considerados modernos. Notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas.

Principais autores

Augusto dos Anjos

Coelho Neto

Euclides da Cunha

Graça Aranha

Lima Barreto

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Monteiro Lobato

Raul de Leoni

M ODERNISMO

Cartaz anunciando o

último dia da Semana de Arte Moderna

No Brasil o Modernismo tem data de nascimento:

11 de fevereiro de 1922, com a Semana de arte moderna de 1922. Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura

com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse. Para os modernistas, simbolizados em Mário de Andrade, a prática da poesia tem que ser (ou tem que ter) uma reflexão consciente dos problemas da linguagem, das suas limitações e possibilidades.

Além disso veem no poeta um sujeito criador consciente do texto literário.

O Modernismo deixou marcas nas gerações seguintes, como se observa, em geral, uma maior liberdade linguística, a desconstrução literária e o introspectivismo. Estes novos elementos foram muito bem explorados por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto (um mais lírico, outro mais objetivo, concreto), pelos romancistas de 30, na prosa intimista de Clarice Lispector, pelos tropicalistas que são motivo de inspiração até hoje na produção contemporânea.

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Principais autores

Graciliano Ramos

Carlos Drummond de Andrade

Clarice Lispector

João Cabral de Melo Neto

Manuel Bandeira

Mário de Andrade

Oswald de Andrade

Fernando Pessoa

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REFERÊNCIAS

http://www.portalescolar.net/2011/03/periodos-da-literatura-simbolismo.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1rias

Referências

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