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MERCADO DE ARTE NO BRASIL: O MODERNISMO E O MILAGRE ECONÔMICO Rachel Vallego Rodrigues 1

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MERCADO DE ARTE NO BRASIL: O MODERNISMO E O MILAGRE ECONÔMICO

Rachel Vallego Rodrigues

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RESUMO

Tomando como ponto de partida o acervo de arte do Banco Central do Brasil, este artigo investiga a origem da coleção a partir da Galeria Collectio de São Paulo e sua influência na formação do mercado de arte durante os anos 1970. A Collectio elevou a um novo patamar a valorização da Arte Brasileira e reinventou o mercado de arte no Brasil a partir de leilões inflamados com muita especulação sobre artistas e obras, principalmente ligados ao movimento modernista. Pretende-se assim traçar um perfil da galeria através das suas ações publicitárias em jornais da época em paralelo com a análise do momento histórico brasileiro.

Palavras Chaves: Arte Moderna, Galeria Collectio, mercado de arte.

ABSTRACT

Taking as its starting point the art collection of the Central Bank of Brazil, this article investigates the origin of the collection from the Gallery Collectio of São Paulo and its influence on the art market during the 1970s.

The Collectio Gallery raised to a new level appreciation of Brazilian Art and reinvented the art market in Brazil with inflamed auctions and much speculation about artists and works, mainly linked to the modernist movement. The aim is to draw a profile of the gallery through its actions in newspapers advertising in parallel with the analysis of the Brazilian historical moment.

Key Words: Modern Art, Collectio Art Gallery, art market.

O que impele uma instituição a formar um acervo de arte? Pode-se partir de princípios diversos, como a paixão por obras de arte, ou a intenção de investimento, mas no caso do Banco Central do Brasil tem-se uma curiosa confluência de fatos: instabilidades financeiras no mercado levaram a falência do Banco Áurea de Investimentos, que propiciou no final dos anos 1970 ao Banco Central receber cerca de 4 mil obras de arte em dação de pagamento de dividas da instituição financeira.

Este acervo têm uma origem anterior, pertenceram a Galeria Collectio que atuou no mercado de São Paulo no inicio dos anos 1970 e sobre a qual este estudo procura investigar mais detalhadamente sua influência no mercado de arte. Fundada em fins de 1969, a galeria teve um importante papel na formação do mercado de arte brasileiro, mas após alguns anos de sucesso declarou falência em 1973, com o falecimento de seu fundador José Paulo Domingues. A galeria era credora do Banco Áurea de Investimentos S.A. que recebeu as obras como garantia de pagamento após a falência, levando posteriormente a formação de parte do acervo do Banco Central.

Com o recebimento dessas obras o Banco Central passou a ser detentor de um importante acervo de obras de arte de expoentes do modernismo. A coleção é composta de obras nas técnicas de pintura, desenho, gravura e escultura que abrangem os seguintes artistas: Alberto da Veiga Guignard, Aldemir Martins, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Antonio Gomide, Antonio Carlos Rodrigues (Tuneu), Cícero Dias,                                                                                                                          

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Mestranda em Teoria e História da Arte no Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade de

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Clovis Graciano, Charlotte Gross (Duja), Emiliano Di Cavalcanti, Francisco Cuoco, Fúlvio Pennacchi, Guilherme de Faria, Ismael Nery, Ivan Freitas, Maciej Babinski, Marcelo Grasmann, Milton Dacosta, Orlando Teruz, Salvador Dali, Tarsila do Amaral e Vicente do Rego Monteiro.

A Collectio ficou conhecida principalmente pelos leilões que promovia, ao vincular a arte ao status de investimento financeiro e criar a possibilidade de financiamento com bancos, estimulou o aquecimento do mercado de arte durante o "milagre brasileiro".

Coincidentemente aos anos de atuação da Collectio, de 1969 a 1973, foi um dos momentos mais favoráveis para a acumulação capitalista no Brasil, fato que alavancou a formação de uma nova elite e o enriquecimento da classe média. Podemos traçar as raízes desses eventos a partir da consolidação da industrialização que ocorre no Brasil desde o final dos anos 1950 e altamente incentivada durante o regime militar. Impulsionou-se assim o consumo de bens duráveis gerando também o crescimento de um público consumidor ávido por produtos de cunho cultural que encontrou nas artes plásticas um forte fator de distinção e elitização.

Durante o milagre brasileiro observou-se um grande elevação do PIB, em torno de 10% ao ano, e a inflação se manteve estável, entre 15% a 20% por ano. Acompanhado por novas leis de regulamentação do mercado de capitais, as obras de arte passaram a ser opção de investimento e financiamento para bancos, sendo a partir desse momento consideradas como uma aplicação segura e de alta rentabilidade. Com o crescimento do mercado de capitais, a Collectio surge num contexto muito favorável, o mercado de arte era praticamente inexistente e seu diretor, José Paulo Domingues, passa a realizar leilões com ênfase em artistas modernistas utilizando estas linhas de financiamento junto com diversos bancos para aumentar as vendas.

Principalmente interessado em artistas modernistas, o marchand apostou na valorização da arte brasileira. Os leilões constantemente tem nomes como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Pancetti, Ismael Nery, Djanira, Guignard, Aldemir Martins. Essa vertente já era clara desde o início da galeria, conforme pode-se verificar em notícia no início de 1970:

Em sua galeria, inaugurada a 4 meses não pretende fazer individuais nem lançar valores novos. O seu acervo reúne obras dos pintores que mais se destacaram nesses últimos 40 anos, como Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila, Volpi, Guignard, Djanira, entre outros.

Domingues sente um amor especial pelos artistas brasileiros, principalmente os que nasceram com o movimento modernista de 1922. Tem perfeita convicção que o que está fazendo é importante: "Espero que agora todos emprestem, realmente, mais valor a grande contribuição que os artistas brasileiros deram as artes plásticas de todo o mundo." (O Estado de São Paulo, 16/01/1970 p.18)

A ênfase dada ao modernismo pela galeria tem estreita relação com o período

histórico vivido pelo Brasil. Se por um lado a legislação brasileira tarifava a importação de

obras de arte de como artigo de luxo, desestimulando as galerias e marchands de abrir o

mercado para obras e artistas internacionais, o mercado interno foi dinamizado,

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favorecendo a comercialização da produção nacional. Não obstante, a ditadura militar endurece rigorosamente a partir de 1969 com a promulgação do ato institucional n° 5, no qual se estabelece uma severa censura a qualquer tipo de contestação contra o regime. A partir desse momento muitos artistas e teóricos, principalmente ligados aos movimentos de vanguarda, saem do país em exílio e os que permanecem tem seus meios de expressão severamente tolhidos deixando um conhecido vazio cultural, paulatinamente ocupado pela industria cultural.

Por outro lado, conforme já foi observado anteriormente, o Brasil vive um momento de grande crescimento econômico, a população urbana tem mais oportunidades de formação e informação, novos modelos de consumo se instalam no país derivados dos modelos internacionais. Diferentemente da música e do teatro, popularizados durante os anos 1960 ao fomentarem possibilidades tanto de acesso e fruição quanto de participação, destacadamente na ação dos Centros Populares de Cultura (CPC), o Teatro de Arena e o Teatro Oficina, as artes plásticas tiveram maior dificuldade de repercussão e alcance de público. Historicamente legitimado pelo valor da exclusividade e pela "preservação da ideia do artista como criador único, afastando-o de uma participação social mais ampla"

(BULHÕES, 1990, p.106), as artes plásticas mantiveram um papel social de distinção, tanto das instâncias envolvidas na produção quanto do público consumidor, normalmente de alto poder aquisitivo.

Desta forma "o interesse em uma produção, ao mesmo tempo histórica e moderna, expressava a busca de um capital cultural como forma de afirmação social por parte das novas elites" e também como estratégia de "participação em uma história da arte local"

(BULHÕES, 2007, p.270) desses novos colecionadores de gosto conservador, apostando na valorização de seus investimentos na raridade e/ou escassez das obras, uma vez que por volta dos anos 1970 a maioria dos artistas do primeiro modernismo já eram falecidos. Ao fomentar esse mercado com a promoção de leilões a Collectio estabelece um novo padrão de compra e venda de obras de arte, ao envolver diversos bancos e criar linhas de financiamento, a Collectio aproximou o Brasil dos padrões internacionais, correlacionando arte com mercado e investimento.

Collectio: leilões e publicidade

A profissionalização do mercado de arte relaciona-se com a consolidação de um

sistema das artes plásticas brasileiro, que pode ser observado no desenvolvimento de um

conjunto de instâncias legitimadoras. Destacadamente a influência de críticos e intelectuais

tem importante papel de difusão das produções artísticas; as instituições, como museus,

galerias, salões e prêmios tem especial importância na legitimação dessas obras e artistas,

cedendo espaço para exposições que são a principal via de acesso do público, no Brasil

percebe-se uma grande influência do Estado como agente regulador, especialmente se

levarmos em consideração a quantidade e qualidade de acervos dentro de sua

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administração, seja em instâncias federais, estaduais e municipais; e os marchands e galerias privadas que atuam diretamente no mercado de arte lidando com os aspectos comerciais das obras, sendo os principais mediadores entre artistas e colecionadores.

Dentro deste universo o leilão de arte tem um interessante papel, através de uma competição pública é capaz de definir a identidade social das obras, afirmando seu potencial de valorização e autenticidade ou contestando-os, conforme comenta Roberto de Magalhães Veiga "É preciso que haja uma comunidade, mesmo que por poucas horas, para que compradores e vendedores sintam que os critérios de definição estabelecidos refletem a visão da coletividade. Construir esse sentimento de comunidade e legitimidade é a principal tarefa do leilão." (2001, p.90) E em matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo em 1970 verifica-se que a Collectio já tinha claros estes princípios:

A Collectio é uma galeria fundada a pouco tempo que vende suas obras exclusivamente através de leilões. Seu critério de trabalho - justifica o administrador - "proporciona aos colecionadores a possibilidade de terem uma visão de conjunto do que pode ser oferecido em um determinado momento e lugar. Há inclusive, daqueles mesmo artistas, obras de nível menor - desenhos, guaches, etc - que podem completar os seus acervos". (O Estado de São Paulo, 15/03/1970, p. 24)

A Collectio construiu rapidamente sua reputação, focando suas atividades em leilões, a galeria conquistou destaque dentro do mercado paulista direcionando suas ações para a valorização da arte brasileira modernista. Realizou em média sete leilões por ano entre 1970 e 73, e não se limitando a cidade São Paulo, esteve presente também no Rio de Janeiro em parceria com a Petite Galerie.

Pode-se acompanhar alguns indícios da estratégia do marchand que vieram a ativar o circuito de leilões através das notícias publicadas sobre suas ações: em 16 de janeiro de 1970 o jornal O Estado de São Paulo informa sobre a compra de obras de Cândido Portinari que estavam fora do país a anos. Os oito óleos produzidos para ilustração do livro de André Maurois seriam vistos pela primeira vez no Brasil juntamente com obras de outros modernistas como Di Cavalcanti e Anita Malfati em exposição organizada para o "Leilão de Arte Moderna e Clássica" da Collectio que ocorreu nos dias 21 e 22 de janeiro de 1970.

Porém a notícia explica que não estariam a venda os referidos Portinaris, sendo parte da coleção da galeria. Logo em seguida, no dia 18 de janeiro é publicado imagens das oito obras de Portinari que foram recuperadas, refirmando o local e horário do Leilão, onde também poderiam ser vistas. Entretanto, poucos meses depois, em 15 de março, uma noticia informa sobre novo leilão da Collectio a ser realizado nos dias 17, 18 e 19 na cidade de São Paulo no qual as mesmas oito obras de Portinari agora estariam a venda.

Mesmo frente a repressão política, o jornal impresso era um dos mais importantes

meios de comunicação da época, os jornais de grande circulação mantinham em seu corpo

editorial críticos de arte e publicações diárias sobre os acontecimentos recentes de artes

plásticas. Para manter uma divulgação constante de suas atividades a Collectio passou a

publicar anúncios junto aos jornais de maior circulação, como O Estado de São Paulo,

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sempre relacionando a valorização das artes plásticas como fator de distinção social e a segurança de um bom investimento, garantido também pelos bancos com quem trabalhava, conforme pode ser verificado na transcrição de alguns anúncios abaixo:

Comprar uma obra de arte é um dos melhores investimentos que você pode fazer.

É aplicar num mercado seguro, sem flutuações, sem baixas. Esta é uma das razões pelas quais o leilão de arte tem atraído um número cada vez maior de investidores. Gente que sabe unir o útil ao agradável. Em dezembro a Collectio promoverá mais um leilão de grandes obras de mestres brasileiros. Parte da venda reverterá em benefício da Barraca de São Paulo da Feira da Bondade (APAE), Centro Israelita de Assistência ao Menor (CIAM), Sociedade Beneficente A Mão Branca. Dias 6, 7 e 8 de dezembro, Mansão França, Avenida Angélica n° 750.

BANSULVEST/ FINASUL Banco Industrial de Investimento do Sul S.A. (O Estado de São Paulo 28/11/1971, p. 67)

... A ARTE DE PRESENTEAR COM ARTE...

Neste fim de ano coloque mais arte em seus presentes. Um quadro ou uma gravura falam muito mais por você do que outros presentes tradicionais do mesmo valor. Em nosso leilão e em nosso acervo você terá todas as oportunidades de escolher o presente certo. Este ano experimente a emoção de presentear com arte. Em dezembro a Collectio promoverá mais um leilão de grandes obras de mestres brasileiros. Parte da venda reverterá em benefício da Barraca de São Paulo da Feira da Bondade (APAE), Centro Israelita de Assistência ao Menor (CIAM), Sociedade Beneficente A Mão Branca. Dias 6, 7 e 8 de dezembro, Mansão França, Avenida Angélica n° 750. BANSULVEST/

FINASUL Banco Industrial de Investimento do Sul S.A.. (O Estado de São Paulo 05/12/1971, p. 36)

O LEILÃO DE MAIO DA COLLECTIO COMEÇOU AQUI A 50 ANOS Maio será o mês das comemorações oficiais do cinquentenário da Semana de Arte de 22. Maio será o mês da realização do terceiro leilão do ano da Collectio.

Uma coisa tem muito a ver com a outra. No leilão da Collectio será apresentada uma verdadeira retrospectiva da arte brasileira da semana até nossos dias. As obras mais representativas dos artistas que participaram da Semana e daqueles que herdaram a mensagem dos moços de 22. Entre outros, 25 óleos de Di Cavalcanti, 7 óleos de Tarsila, 25 aquarelas de Ismael Nery e 47 óleos de Volpi serão apresentados pela Collectio. O sucesso de um leilão está no valor das obras apresentadas. Razão do êxito de nosso leilão de março. Certeza do êxito de nosso leilão de maio. Collectio - Sempre um museu em leilão. (O Estado de São Paulo, 18/04/1972, p.16)

Os anúncios nos jornais se tornam cada vez maiores e mais frequentes, ocupando páginas inteiras por vezes, em letras grandes e bordões atrativos, com imagens de obras, os anúncios se destacam na página, fruto de cuidadoso trabalho publicitário. Principalmente em datas próximas aos leilões a quantidade de anúncios se intensifica, em diferentes versões, procuraram dar destaque aos artistas de maior renome, mas também citando os nomes de todos os artistas que teriam obras nos leilões.

Essa fórmula se repete até final de 1973, o último leilão realizado em novembro, "O maior espetáculo da tela", exibiu 300 obras de 122 artistas nacionais e 15 internacionais e teve anúncios sucessivos de página inteira com fotos das obras, valor dos lances iniciais e um estimulante texto onde se lê: "É no leilão que as emoções de um grande espetáculo se tornam ainda maiores (...) Pode vir como estiver, informalmente. Tem um happy-end de que nós queremos que você seja um dos personagens: arrematando uma obra para continuar o espetáculo na sua própria casa." (O Estado de São Paulo, 23/11/1973, p.11).

A Collectio termina o ano com uma exposição de Natal com mais de mil obras

expostas de 160 artistas encerrada em 23 de dezembro na sua sede. Na semana seguinte, é

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publicado uma discreta reportagem de menos de meia coluna no canto da página informando sobre a morte do marchand:

MORRE DIRETOR DA COLLECTIO. Um ataque cardíaco matou ontem às 7 horas o marchand da José Paulo Domingues da Silva, dono da Galeria Collectio, considerado o responsável pela criação do mercado de arte no Brasil, cuja estabilização conseguiu mediante a realização de frequentes leilões. Tinha 46 anos, nascera em Itapecerica da Serra e foi sepultado ontem mesmo, às 17 horas no cemitério do Morumbi. Domingues da Silva era presidente da Associação Nacional de Negociantes de Arte e diretor de uma empresa de turismo e de um grupo de empresas que está sendo implantado no Vale do Paraíba. (O Estado de São Paulo, 28/12/1973, p. 11)

De forma abrupta as atividades da galeria são encerradas e entra em falência pouco tempo após. Em meados de 1974 surgem novos fatos, o marchand José Paulo Domingues seria um nome falso, usado pelo estelionatário italiano Paolo Businco

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. Os financiamentos feitos com base na especulação das obras de arte dadas em garantia pela galeria não se sustentaram gerando um grande abalo no mercado. As obras remanescente da Collectio passaram para o Banco Áurea de Investimentos que atuava como financiador das vendas, que por fim foram aceitas pelo Banco Central para a liquidação de parte de suas dívidas.

O aquecimento do mercado de arte nos anos 1970 foi em grande parte reflexo das ações da Galeria Collectio que soube aproveitar o vazio do mercado de arte dentro de um período de alta circulação de investimentos. Com o fim da Collectio, o boom inflacionário das obras aos poucos se estabilizou, passando a ser novamente regulado pelo próprio mercado.

Acompanhar o percurso da Collectio é de grande auxílio para entender os desdobramentos que seu acervo teve após a falência. O Banco Central detém uma importante coleção que reflete os interesses do mercado de arte durante os anos 1970. Por sua coleção ser primordialmente formada por essa aquisição, sendo as demais peças de origens dispersas, tem-se um quadro interessante do que foi o ponto alto da comercialização de obras modernistas durante este período. Ressalto que as obras que permaneceram com o Banco Central são em última instância peças rejeitadas pelo mercado, que não obtiveram sucesso nos leilões nem foram alvo de cobiça no período de indecisão sobre o destino do espólio da Collectio. Ainda assim, são obras de enorme prestígio que preservadas em conjunto dentro de um acervo público de amplo acesso, tem o devido reconhecimento de seu valor artístico e histórico.

                                                                                                                         

   

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Referências

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Processo 2410598/77 de 5/12/1977– Chegada das obras de arte – Galeria Collectio, microfilmado.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Processo 9200005411 de 18/3/1992 – Galeria de Arte do Banco Central e reserva técnica do acervo, 4 volumes.

BULHÕES, Maria Amélia. Artes Plásticas: Participação e Distinção - Brasil anos 60/70.

São Paulo, USP: Tese de Doutorado, 1990.

_________, Antigas ausências, novas presenças: o mercado no circuito das artes visuais.

In, Arte Brasileira no século XX, Gonçalves, Lisbeth Rebollo, Org. São Paulo: Imprensa Oficial, 2007.

MILLIET, Maria Alice, Coleção Banco Central, Volume II, Inédito, Parte do catalogo geral do acervo de obras de arte do Banco Central.

VEIGA, Roberto de Magalhães, Leilão de "objetos de arte": uma instância pública de reclassificação de objetos. In. ALCEU, v.1, n°2, p. 89, 2001.

O Estado de São Paulo, disponível em http://acervo.estadao.com.br/, acesso em 24/01/2014.

   

 

Referências

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