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ANEXO 1 Entrevista Estruturada

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Academic year: 2022

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ANEXO 1 Entrevista Estruturada

Dia: 2/03/2017 Hora: 11:30H

Entrevistada: E1 - Diretora do Agrupamento de Escolas A

Tema: O papel dos diretores nos processos de autoavaliação e avaliação externa Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional da diretor bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas:

.Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Franceses.

Ramo de Formação Educacional – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

. Diploma Universitário de Especialização em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.

. Parte Curricular do Mestrado em Ciências da Educação – Formação de Professores – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.

. Parte Curricular do Mestrado em Ciências da Comunicação – Estudo dos Media e Jornalismo – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

. Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar – Instituto Nacional de Administração.

2. Habilitações específicas para a gestão escolar:

. Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar – Instituto Nacional de Administração.

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3. Nº de anos de docência:

. 28

4. Nº anos como diretora/ conselho executivo:

. 12

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas:

. 27

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros).

. Lançamento, organização e gestão do Projeto de Autoavaliação no Agrupamento;

. Por convite da Melissa Marmelo e Associados, Lda – entidade externa com quem trabalhamos, no âmbito do Projeto de Autoavaliação do Agrupamento – apresentei uma comunicação – em conjunto com o Coordenador do Projeto – nas Jornadas de Boas Práticas em Autoavaliação: Partilhar; Refletir; Melhorar. Tema da Intervenção: Partilha de Experiências de Ações de Melhoria: articulação vertical e horizontal entre os ciclos de ensino. Escola Secundária Padre António Vieira. Lisboa. 29 de Junho de 2016.

. Participação em Encontros Regionais, promovidos pela DGE.

. Participação nos Congressos Internacionais sobre a área em apreço, na Universidade do Minho (Braga) e na Universidade de Aveiro.

7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?)

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O conteúdo deste ponto congrega a coerência entre a autoavaliação e a ação para a melhoria; a utilização dos resultados da avaliação externa na elaboração dos planos de melhoria; o envolvimento e participação da comunidade educativa na autoavaliação; a continuidade e abrangência da autoavaliação e o seu impacto no planeamento, na organização e nas práticas profissionais.

Relativamente à Autoavaliação e melhoria, o Agrupamento tem um Projeto de Autoavaliação, cujo lema é Juntos pela Qualidade, o qual integra elementos concordantes com os diversos ciclos de ensino ministrados e demais elementos da comunidade educativa. A esta equipa associou-se uma entidade externa e, em conjunto, procedem à monitorização da atividade educativa.

Nos anos letivos de 2009/2010 e 2010/2011, o Agrupamento procedeu a um ciclo de autoavaliação com base no modelo CAF (Common Assessment Framework), orientando a sua ação para a prossecução dos objetivos do sistema de avaliação, estipulados na Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro.

Após uma interrupção, decidiu-se no ano letivo 2013/2014 retomar o segundo ciclo de autoavaliação, com base no trabalho anteriormente desenvolvido, tendo-se implementado as ações de melhoria anteriormente identificadas (melhorar a comunicação interna e externa do Agrupamento e melhorar a articulação vertical entre os vários ciclos) e a realização de um diagnóstico ao Agrupamento. Após a conclusão deste processo de auto-avaliação, em janeiro de 2015, que contou com o envolvimento de toda a comunidade educativa, novas ações de melhoria foram identificadas (2014/2015 e 2015/2016) através do diagnóstico de 2013/2014 (autoavaliação), o Projeto Educativo do Agrupamento, o Projeto de Intervenção da Diretora e o Relatório da Avaliação Externa de 2011: melhorar a articulação vertical entre a Direção e o PND de modo a promover um maior envolvimento na vida escolar; melhorar a articulação horizontal / vertical entre os vários ciclos e promover a melhoria dos resultados escolares e melhorar o funcionamento dos serviços. Adicionalmente, implementou-se o Observatório de Ensino e Aprendizagem, uma ferramenta de análise e monitorização das práticas de sala de aula. Foram aplicados questionários a alunos e professores, utilizando indicadores iguais com o intuito de efetuar uma análise comparativa. O objetivo final foi analisar e refletir detalhadamente sobre o processo de ensino

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aprendizagem, reavaliando as práticas pedagógicas utilizadas, potenciando alterações, no sentido de melhorar a qualidade de ensino.

Em sede de Conselho pedagógico, no ano letivo 2015-2016, os coordenadores de departamento e representantes de área curricular fizeram uma síntese da reflexão efetuada em reuniões de grupo disciplinar, tendo-se considerado que este exercício foi muito positivo e importante para a melhoria das metodologias de ação educativa mobilizadas, dentro e fora da sala de aula.

No presente ano letivo (2016/2017), pretende-se implementar um Plano de Ações de Melhoria (PAM) com base na avaliação final do PAM 2014/2015 e 2015/2016 e do Plano de Ação Estratégica, bem como dar continuidade ao Observatório de Ensino e Aprendizagem.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 2

Entrevista Estruturada

Dia: 6/03/2017 Hora: 10:20H

Entrevistada: E2 - Diretor da Escola Secundária B

Tema: O papel dos diretores nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional do diretor bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas: Licenciatura em Ensino da Química

2. Habilitações específicas para a gestão escolar: Curso de Formação Especializada – Curso de Valorização Técnica Orientado para a Administração Escolar

3. Nº de anos de docência: 27,5 anos

4. Nº anos como diretor/ conselho executivo: 2,5 anos

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas: 15 anos

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros). Membro de uma CAE num agrupamento de escolas próximo. Outros cargos que de forma indireta se relacionam com a autoavaliação: Delegado de grupo disciplinar, Coordenador de Departamento, Diretor de Turma, Secretariado de exames, Corretor de exames nacionais,

7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?) O funcionamento da CAE iniciou-se no ano letivo de 2013/14.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 3

Entrevista Estruturada

Dia: 21/03/2017 Hora: 15:30H

Entrevistada: E3 - Diretora da Escola C

Tema: O papel dos diretores nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional do diretor bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas: Mestrado em Psicologia e Pedagogia da Música, Licenciatura em Ciências Musicais, Curso superior de Piano do Conservatório Nacional.

2. Habilitações específicas para a gestão escolar: nenhuma, apenas cursos de formação contínua em áreas específicas e dois para diretores de escola organizados pela DGAE.

3. Nº de anos de docência:33 anos.

4. Nº anos como diretora/ conselho executivo: 8 anos diretora, 8 vice presidente e 3 presidente de comissão instaladora.

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas:29 anos.

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros).

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Apenas a minha própria auto-avaliação. Tinha desenvolvido projetos para a escola em diversos domínios, tais como a criação de núcleos de trabalho, um deles para a avaliação, mas não participei diretamente. Em painéis, participei no da direção, na avaliação de 2011.

7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?)

Iniciou-se com a informação da IGE. Foi coordenado por mim, tanto na organização como na preparação junto com a IGE:

Foram criados os painéis, com os departamentos e a participação do Conselho Pedagógico, assim como com a Associação de Pais e os alunos.

Com as informações dadas pela IGE, foram escolhidas as turmas participantes e escolhido o seu representante para o painel dos alunos.

A informação foi passada ao CP sempre que necessário e este ouvido na organização da visita.

A visita foi preparada pelos membros da direção e o texto de apresentação por mim, com diretora e responsável pelas decisões tomadas na escola.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 4 Entrevista Estruturada

Dia: 9/03/2017 Hora: 11:20H

Entrevistado: EC1 - Coordenador da Equipa de Autoavaliação do Agrupamento de Escolas A.

Tema: O papel dos coordenadores da equipa de autoavaliação nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional do coordenador bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas: Licenciatura em Geografia e Planeamento Regional pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

2. Habilitações específicas para a gestão escolar:

Mestre em Administração e Gestão Educacional 3. Nº de anos de docência:

35 anos

4. Nº anos como coordenador/elemento da equipa de autoavaliação:

8 anos

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas:

35 anos

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros).

Coordenador da EAA, Elaboração de Planos de Ação de Melhoria, Organização da implementação do Observatório de Ensino e Aprendizagem no Agrupamento.

Participação, como orador num encontro sobre a autoavaliação nas escolas.

7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?)

Iniciou-se em 2009 sob a minha coordenação com a implementação do modelo CAF.

Participaram EAA, Equipas Operacionais e toda a Comunidade Escolar.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 5 Entrevista Estruturada

Dia: 6/03/2017 Hora: 11:20H

Entrevistado: EC2 - Coordenador da Equipa de Autoavaliação da Escola B Tema: O papel dos coordenadores da equipa de autoavaliação nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional do coordenador bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas:

- Licenciatura em Filosofia; Licenciatura em Psicologia e Mestre em Psicologia Clínica.

2. Habilitações específicas para a gestão escolar:

Nenhumas em especial. Fiz uma ação de formação sobre autoavaliação escolar, com a duração de 50 h, na modalidade de oficina, no Centro de Formação de Professores do Barreiro e Moita. Para além disso, tenho sido autodidata.

3. Nº de anos de docência:

33 Anos.

4. Nº anos como coordenador/elemento da equipa de autoavaliação:

0 Anos. Como coordenadora da equipa de autoavaliação, iniciei funções este ano letivo.

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas (a ES B não é agrupada):

30 Anos.

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros).

Desde a criação de uma equipa de autoavaliação na escola (há 3 anos), sempre fiz parte da mesma, não enquanto elemento promotor da sua criação, mas como elemento convidado.

Na qualidade de elemento da CAE, fiz parte de 3 painéis, aquando da vinda da IGEC à escola. No ano letivo anterior, porque todos os elementos que compunham a CAE estavam de atestado médico, por doença prolongada, acabei por assumir, no final do ano, a função de coordenadora, ainda que não o fosse.

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7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?)

O processo teve início no segundo período, do ano letivo de 2013/2014. Nesse ano, tomou posse um novo Diretor que convidou uma colega para iniciar o processo, a qual tinha a função de coordenadora.

Esta convidou 5 professores de várias áreas disciplinares, a saber: 2 da área de Português e Línguas Estrangeiras; 1 da área de Geografia; 1 da área de Matemática, 1 da área de Filosofia/ Psicologia. 1 Elemento da direção quis fazer parte desse grupo.

Nesse ano, o grupo teve uma participação irregular de 3 dos elementos do grupo, acabando o mesmo por ter apenas o contributo de 4 elementos.

No ano letivo seguinte, 2014/2015, já na vigência do atual Diretor (o do ano anterior demitiu-se do cargo), a equipa continuou com a mesma coordenadora, mas deixou de fazer parte da equipa o elemento da direção, o elemento da área de Português e o da área de Matemática. Portanto, faziam parte do grupo 4 elementos.

No ano letivo de 2015/2016, a coordenado concorreu para outra escola e foi substituída por um elemento que já fazia parte da equipa inicial. Foi convidado outro elemento da área disciplinar de Contabilidade, mas este teve sempre uma participação muito irregular. Neste ano, tanto a coordenadora como o outro elemento pertencente à equipa inicial, ficaram doentes no final do 1º período letivo e já não voltaram nesse ano, ficando a equipa reduzida a 1 elemento.

Neste ano letivo, a coordenadora do ano anterior, por ainda se encontrar de atestado médico, foi substituída por outra e, para além dela, fazem parte da equipa o elemento da área disciplinar de geografia, a coordenadora do Projeto TEIP e a coordenadora do ensino noturno.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 6 Entrevista Estruturada

Dia: 21/03/2017 Hora: 14:45H

Entrevistado: EC3 - Coordenador da Equipa de Autoavaliação da Escola C.

Tema: O papel dos coordenadores da equipa de autoavaliação nos processos de autoavaliação e avaliação externa.

Objetivo Geral: Conhecer o percurso académico e profissional do coordenador bem como o seu envolvimento em processos de avaliação organizacional.

1. Habilitações académicas: Licenciatura em Piano pela Universidade de Aveiro ao curso Superior de Piano via ensino da École Normale de Musique de Paris.

Curso Superior de Piano do Conservatório de Música de Lisboa

2. Habilitações específicas para a gestão escolar:

3. Nº de anos de docência:

25 anos

4. Nº anos como coordenador/elemento da equipa de autoavaliação:

2,5 anos

5. Nº de anos neste agrupamento de escolas:

16 anos

6. Experiências em processos de autoavaliação (cargos; trabalho efetuado em equipas, participação em painéis, entre outros).

Formação no “Plano de acção estratégica na promoção do sucesso escolar”

7. Descreva o processo de autoavaliação neste agrupamento (quando se iniciou, como; com a participação de quem?)

Existe desde 2010 tendo tido como coordenador o Prof. J.C.. A restante equipa sofreu alterações, sendo, no entanto, a última constituída por 4 professores.

Muito obrigada pela sua colaboração.

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ANEXO 7

Guião de Entrevista Semiestruturada Dia:

Hora:

Entrevistado(a): - Diretor(a) /Coordenador(a) do Agrupamento de Escolas:

Tema: O papel dos diretores/coordenadores nos processos de autoavaliação e avaliação externa Objetivo Geral: Perceber que uso faz o diretor/coordenador da Equipa de Autoavaliação dos resultados da autoavaliação e da avaliação externa de escola.

Eixos Objetivos Questões Tópicos

Legitimação

da Entrevista - Legitimar a entrevista - Motivar a entrevistada

- Informar qual o âmbito da entrevista;

- Solicitar a colaboração;

- Garantir o anonimato / a confidencialidade;

- Solicitar autorização para registo áudio;

- Informar do acesso à transcrição da entrevista.

1. Descrição e análise do quotidiano dos diretores/coord enadores

Verificar as ações e

interações estabelecidas pelo diretor/coordenador no seu dia-a-dia.

Identificar ações relacionadas com

operacionalização dos seus planos de ação.

1. Em primeiro lugar, gostava que me falasse do tipo de rotinas que tem como gestora e

porquê.

2. Quais as tarefas em que ocupa maior percentagem de tempo como diretora?

3. Diariamente, consegue realizar tudo o que planifica? Porquê?

4. O que considera mais importante na gestão de um AE?

5. Que funções/papéis desempenha (ou a sua equipa) no que diz respeito à avaliação organizacional- AE e AA?

imprevistos Processos/

Resultados académicos, sociais

2. Análise das perceções dos diretores/coord enadores sobre a relevância da avaliação no contexto organizacional

Perceber como veem a articulação entre avaliação externa e autoavaliação (problemas/

constrangimentos/soluções).

Perceber qual o seu papel em ambos os processos

(envolvimento/supervisão/(d es)valorização).

1. Em que consiste a autoavaliação do Agrupamento?

2. Como foi constituída a equipa de AA? (Quem a compõe; porquê)

3. O que é para si um bom processo de AA?

4. Quais são, em seu entender, os maiores problemas, constrangimentos a um bom processo de AA.? Se pudesse como os solucionaria?

5. De que modo é a autoavaliação e a AE são

Como escolheu? - Que critério utilizou? E porquê?

Saber se existe alguém da direção e

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Identificar as perceções descritivas e avaliativas quanto aos efeitos da

avaliação na aprendizagem e no desenvolvimento

organizacional

Qual o papel das lideranças intermédias?

6. Como é feita a articulação entre a AA e A AE?

7. AE e AA: interferem na vida da escola?

Como?

3. Descrição do conjunto de

ações a

posteriori

Perceber como atuam os diretores/coordenadores da Equipa de AA no momento posterior aos processos de avaliação

(comunicação/divulgação;

tomada de decisão)

Gostava que me falasse agora um pouco do que acontece no Agrupamento após a AE/AA.

Ao nível da reflexão e da tomada de decisão:

1. O que faz a direção com a informação obtida pela AA e pela AE?

2. O que fazem os diferentes órgãos com os resultados?

A AA ou a AE influenciam a tomada de decisão? Porquê? Como?

Ao nível da divulgação:

3. Como é que se dá a comunicação dos resultados da equipa de AA para todo o Agrupamento?

4. Quando? Com que orientação e preocupações?

5. Que balanço faz?

6. Como são feitas as divulgações da AE/AA para o exterior? Para quem?

7. Quando? Com que orientação e preocupações? Que balanço faz?

8. Na sua escola existem melhorias causadas pelos efeitos da AA. e AE.? Quais?

Finalização da entrevista

- Agradecer disponibilidade para a realização da

entrevista

- Perguntar se quer acrescentar algo ou

responder a algum assunto que não tenha sido abordado

Muito obrigada pela sua colaboração, foi um contributo inestimável para a minha pesquisa.

Deseja acrescentar algo?

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ANEXO 8

PROTOCOLO DE ENTREVISTA Entrevista Semiestruturada

Dia: 2/03/2017 Hora: 11:30H

Entrevistado: E1- Diretor(a) do Agrupamento de Escolas A.

Tema: O papel dos diretores/coordenadores nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Perceber que uso faz o diretor(a)/coordenador da Equipa de Autoavaliação dos resultados da autoavaliação e da avaliação externa de escola.

1.º EIXO

Entrevistador: Em primeiro lugar, gostava que me falasse do tipo de rotinas que tem como gestora e porquê.

Entrevistado: “Curiosamente devo dizer que é a primeira vez que alguém me confronta direta e objetivamente com essa questão. A pergunta, é que tipo de rotinas tenho como gestora de uma organização como esta, que tem a escola sede que tem em funcionamento 45 turmas e depois temos, portanto, 3 escolas, estas 3 escolas a que eu me refiro incluem pré-escolar e 1.º ciclo (duas delas... uma não têm pré- escolar, mas têm essa valência prevista). Ora bem, isto é um universo que ronda os 1500 alunos, 130 professores, temos os técnicos as trabalhar com as necessidades educativas especiais, também temos essas valências aqui na escola no âmbito da educação especial... portanto, 2 unidades de ensino estruturado, para alunos com espectro do autismo (uma aqui na sede e outra ali na escola imediatamente ao lado que tem ensino básico e educação pré-escolar). E depois ainda temos, porque funcionamos com uma unidade de acompanhamento de alunos surdos e também temos uma escola do 1.ºciclo (que não é esta que acabei de referir... é uma outra) que também integra alunos com esta problemática.

Bom ...no meio disto tudo, as minhas rotinas são... (eu estou a pensar que adjetivo é que hei-de de escolher para lhe dizer...mas veio-me agora um...) atribuladas, frenéticas e de facto espera-se muita energia... espera-se que a pessoa tenha muita energia e boa saúde (não é) para poder ocorrer, em simultâneo, em várias situações que acontecem, a várias e múltiplas situações, na medida em que o problema de cada um, passa a ser o meu problema também e portanto não é fácil gerir uma estrutura com tudo, como esta. Eu tenho delegado funções nos membros da minha equipa, e portanto, nós somos 5 pessoas, a diretora, a subdiretora e três adjuntas e portanto, cada qual tem um pelouro que as identifica e as coresponsabiliza, na dinâmica organizativa e de gestão desse mesmo pelouro, e portanto, isto óbvia também o meu trabalho. Mas a tomada de decisão e a responsabilidade cai toda em cima de mim, eu

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tenho de estar em cima de tudo, mas também gostaria de dizer que as chefias intermédias cada vez mais se têm revelado importantes no seu papel e no seu funcionamento.

Para além dos elementos da minha equipa, também tem as chefias intermédias, a saber: os coordenadores de departamento, os delegados, os coordenadores de diretores de turma... e tudo isso é absolutamente fundamental para que esta estrutura possa funcionar, às vezes, funciona bem, outras vezes não funciona tão bem e eu tenho essa perceção , essa consciencialização e tenho outra coisa (penso eu) e faço passar isso a toda a gente que trabalha comigo que é... e isto, é a grande lição que eu retiro... A humildade... a pré-consciência de que podemos sempre fazer melhor e nessa medida, trabalhar todos os dias melhor a cada minuto, ações de melhoria têm de ser feitas e que para a próxima vez não vamos assim, vamos fazer de outro modo.”

5’:30”

Entrevistador: Já agora uma segunda questão: Quais as tarefas em que ocupa maior percentagem de tempo como diretora?

Entrevistado: “As tarefas tem a ver com planeamento estratégico, planeamento de ação estratégica, planeamento consequentemente da agenda e no planeamento tem que ver com reuniões sectoriais, quer reuniões de conselho pedagógico, quer reuniões de assuntos com a presidente do conselho geral, reuniões com os coordenadores dos diretores de turma, reuniões com a chefe dos serviços, reuniões com o conselho administrativo, reuniões com entidades parceiras, reuniões com professores para falar com eles, e muito particularmente, visita às turmas, eu vou muito às turmas ver os alunos, cumprimenta-los ver como é que estão. Por vezes vou lá, faço isto todas as semanas.. e faço na escolas do sede e nas escolas do 1.ºciclo. É fundamental falar com as funcionárias, falar com os alunos, falar com encarregados de educação, com as associações de pais, ou seja, com toda a gente que “me” “nos”

rodeia. No sentido de ter sempre as perceções das coisas ... se estão ou não a funcionar. É extraordinariamente importante. E eu tenho na minha agenda diária um momento em que estou com os alunos, passo pelos pátios, vejo o comportamento deles, as atitudes, dou dois dedos de conversa com as funcionárias e fico a saber

imensa coisa.” 7’:40”

Entrevistador: Sente essa coerência entre o que diz e o vê no dia a dia?

Entrevistado: “A coerência aqui se me permite falaria aqui de coordenação, ou seja, as orientações que foram dadas para o bloco de funcionamento dos funcionários, se eu depois in loco, vejo ou não vejo. Os alunos, dei orientações para sair uma ordem de serviço (que eu própria elaborei) e fiz passar sobre a questão da formação cívica e da sustentabilidade ambiental, que tem a ver com o lixo aqui na escola. Os miúdos ultimamente comem e atiram com as coisas para o chão. A ordem de serviço é para lhes chamar atenção.

Antes de lhe dar a entrevista estava a preparar toda a empreitada dos exames, nós temos exames... desde as provas de aferição, provas de equivalência em todos os ciclos, provas finais de 9.º ano, exames finais do secundário, portanto estava a preparar essa logística que como vê ... eu própria com quem? Com uma chefia intermédia e quem é essa chefia? A coordenadora do secretariado de exames.”

9’:43”

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Entrevistador: Diariamente, consegue realizar tudo o que planifica? Porquê?

Entrevistado: “Eu esforço-me. Ainda no outro dia o Sr. Ministro esteve aqui, aliás já é a segunda vez que esteve aqui desde que tomou posse, ele entrou no meu gabinete e eu disse-lhe assim: “Está a ver a agenda do dia?” Eu entro e escrevo logo as coisas que tenho que fazer e só me vou embora depois de ter passado o visto.

Fiz o conselho pedagógico a semana passada, à medida que as coisas vão acontecendo, eu tomo logo uma notas para o próximo conselho pedagógico... já tenho ali... e as coisas vão surgindo naturalmente. São aquelas que estão na agenda e que é preciso fazer, mas depois as outras... eu até solicito aos coordenadores de departamento que sejam eles também a construir comigo a agenda.

Se me pergunta se eu consigo corresponder aquilo que eu tenho idealizado para a minha agenda diária.... Esforço-me no sentido de conseguir. Mas vou-lhe dizer e retomo o que inicialmente disse ... é preciso muita força anímica e muita força em termos de saúde, para nós podermos ocorrer a todas estas situações e esta escola é uma escola “Santa” e aqui a santidade tem que ver com o seguinte... Não é muito problemática, não é nada comparada a outras escolas que conheço ou por estarem inseridas em contextos sociais ou habitacionais um bocadinho mais desfavoráveis que podem proporcionar, mas o que eu quero dizer é... ainda assim ... portanto o trabalho abunda sempre.”

Entrevistador: E ainda existem os imprevistos, não é?

Entrevistado: “Eu não tenho autorização de mim própria para estar a dar dois dedos de conversa, jogada fora, ainda que seja muito saudáveis.

Os imprevistos pode ser uma pessoa maluca que entra por aqui fora e quer falar comigo e não está marcado na agenda e por definição não atendo. Ou uma professora que fez alguma coisa na sala de aula, ou algum aluno que tem de ir parar ao hospital, ou outra situação qualquer.”

Entrevistador: Na sua opinião o que considera mais importante na gestão de um AE?

Entrevistado: “O mais importante é fazer um planeamento estratégico, de ação estratégica, que tenha como propósito ultimo a salvaguarda dos interesses dos alunos, o bem estar dos mesmos e da comunidade educativa em geral. Os meus professores (digo os “meus”) porque todos temos um sentido de pertença muito grande, aliás reforçar a identidade do Agrupamento é um dos objetivos que está no nosso projeto educativo.”

Entrevistador: Vai ao encontro dos resultados sociais dos alunos.

Entrevistado: “Exatamente. Tivemos aqui há pouco tempo a avaliação externa aqui na escola pela inspeção geral de educação, já vieram os resultados e eu sei bem o que estou a dizer. E portanto o propósito, objetivamente é: a salvaguarda dos interesses dos alunos e de toda a comunidade e quando eu falo da salvaguarda é poder possibilitar-lhe em articulação com os parceiros e em diálogo permanente com os encarregados de educação. Poder-lhes possibilitar-lhes sucesso educativo, mas também sucesso pessoal e social. Na escola é importante se ensina o português, a matemática, as ciências, a história, o inglês, a educação visual, a educação física, mas também é extraordinariamente importante que haja uma transversalidade desses

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saberes para que em conjunto faça um bom cidadão. É essa saúde física, mental... é essa saúde ao nível da literacia plural de conhecimentos e que aposto tudo e dou o que tenho e o que não tenho, no sentido de ver bons resultados escolares dos alunos.

Mas em simultâneo torna-los bons cidadãos.” 15’:30”

Entrevistador: Olhe já agora, que funções/papéis desempenha (ou a sua equipa) no que diz respeito à avaliação organizacional- AE e AA?

Entrevistado: “Como lhe respondi oportunamente, eu estou aqui, desde 2005 até 2013 sempre como vice presidente, esse colega diretor saiu e depois ninguém se candidatou e eu meti os papéis no último dia e fiquei eu . Estou aqui desde 12 de agosto de 2013 e vou terminar o mandato este ano curiosamente. Sempre considerei no âmbito do que eu dizia há bocadinho... Nós temos sempre de ter dúvidas, temos sempre de nos por em causa e temos sempre de nos consciencializar de que o nosso trabalho está sempre inacabado. Eu pauto-me isto... e se eu errar, também considero que o erro é próprio do ser humano, mas também tenho uma outra, o erro é pedagógico na medida em que vou esforçar-me no sentido em não ir por aquele caminho, porque aquele caminho não é o mais adequado. E há outra coisa extraordinária, que eu considero, que é ter tempo para ouvir as pessoas. E foi escrito no relatório de avaliação externa (nós obtivemos a classificação de muito bom na gestão e liderança) e está lá escrito “que a liderança é dialogante e cooperante”. Eu tenho uma ideia, mas eu para tomar a decisão final, não custa nada e é tão bom e tão saudável ouvir os outros. E depois tomar a decisão. Nunca me dei mal com isso.

18:30”

Eu gostaria de repor, eu estava a falar da liderança quando me perguntou e acabei por não lhe responder à pergunta... No que diz respeito ao projeto de AA eu deleguei as funções de coordenação a um colega e eu disse ao colega... Tu vais escolher a tua equipa.... E a tua equipa...”.

2.º EIXO

Entrevistador: É precisamente nas perguntas que se seguem que poderá abordar essa preocupação. Neste sentido gostava primeiro que me disse-se em que consiste a AA do Agrupamento?

Entrevistado: “A AA do Agrupamento consiste no seguinte: neste momento, nós temos um grupo de trabalho que é coordenado por uma pessoa e integram na sua equipa elementos da comunidade educativa (alunos, funcionários auxiliares, assistentes operacionais, assistentes técnicos, professores de diferentes ciclos de ensino, associação de pais. Esta é a composição da equipa... heterogénea.”

Entrevistador: Porque decidiu assim?

(19)

Entrevistado: “Porque cada elemento representa o seu grupo. O aluno está ali, porque representa o seu grupo de alunos e vice-versa. E cada elemento que está ali representa as forças no qual está integrado. E porque da diversidade, da heterogeneidade e da partilha daquelas diferentes forças de intervenção é que vai nascer o planeamento de ação estratégica. No nosso projeto de AA cumpre-lhe fazer um serviço de autorregulação das nossas práticas. Olhamos para dentro, fazemos inquéritos de satisfação. Fazemos uma coisa que é extraordinária, ou que pelo menos mereceu uma apreciação muito positiva por parte da avaliação externa... que tem que ver com questionários no âmbito do observatório de ensino aprendizagem. Nós trabalhamos com Melissa Marmelos e associados como entidade externa, e portanto, no fundo é assim: a comunidade educativa é confrontada com inquéritos de satisfação que diz assim: “É preciso melhorar a articulação entre o pessoal não docente e a direção.”; “É preciso melhorar a articulação vertical e horizontal entre os diferentes ciclos, no sentido de melhorar os resultados escolares.” e “É preciso melhorar a prestação do serviço educativo na escola.

Uma vez detetadas essas áreas a melhorar, constituem-se equipas operacionais que de acordo com o papel e o exercício de funções que desempenham na escola, vão exatamente reunir semanalmente, no sentido de montar atividades , ações que possam ir ao encontro dos objetivos que são aquela área que precisa de ser melhorada.

Quanto ao observatório de ensino aprendizagem, os professores e alunos respondem a um questionário. E a esse mesmo questionário que responderam os professores, respondem os seus alunos. E que questionário é esse? Tem que ver com as práticas da ação educativa dentro da sala de aula.

Pergunta-se assim a um professor “Planifica a sua aula?”

Pergunta-se assim a um aluno “Tu achas que o professor planifica a sua aula?”

“O professor avalia?”; Avaliação das aprendizagens; utilização das estratégias;

metodologias ativas de ensino; informáticas; novas tecnologias.

Relacionamento “ouve os alunos todos ou só alguns?” O que é que faz dentro da sala de aula... estas mesmas perguntas os alunos respondem e depois os resultados, depois uma entidade que trabalha para a Melissa Marmelos (Sisop) é que faz a estatística, trabalha os dados e depois esses dados vêm e são meticulosamente (e é mesmo este advérbio de modo) vão para os departamentos, os professores analisam-nos e vão a conselho pedagógico com um relatório elaborado por cada departamento sobre a reflexão que se lhe oferece com os dados obtidos e depois o que importa fazer ainda a melhorar... com base nesses dados, melhorar cada vez mais a prestação dos professores em articulação com os alunos dentro da sala de aula, para chegarmos a um objetivo maior que é melhorar os resultados escolares de aprendizagem.“

25:25”

Entrevistador: Voltando ainda atrás, gostava de perceber se utilizou algum critério na escolha/constituição da equipa, Porquê?

Entrevistado: “Eu cheguei ao pé do coordenador e disse-lhe assim: “Tu vais ser o coordenador e vais escolher a tua equipa. Contando que a tua equipa deve ter um

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elemento da comunidade educativa, porque esse elemento terá um olhar necessariamente diferente (eu não me passaria pela cabeça sinceramente escolher só professores, porque a comunidade educativa não é feita só de professores)”.

26:13”

Entrevistador: Existe alguém da direção que faça ponte com a equipa de AA?

Entrevistado: “Vera Lúcia Borges... a própria.”

Entrevistador: O que é para si um bom processo de AA?

Entrevistado: “Um processo de AA por si é algo que nunca está começado, nem acabado. É algo que vai acontecendo, mas o que interessa realmente é que se existe um projeto de AA é porque subjacente à sua existência está a consciencialização de que é importante que as práticas educativas sejam autorreguladas. E isso é que é importante.”

Entrevistador: De facto muitas escolas fariam a diferença se tivessem esta sua perspetiva de valorização que a AA assume no seu papel de gestão como diretora de

uma escola. 28:10”

Por vezes existem problemas e constrangimentos relativamente a um bom processo de AA, na sua opinião (se existem) quais são de facto esses problemas e constrangimentos que bloqueiam, aquilo que deseja ser o melhor processo possível ...

E se pudesse como é que os solucionaria... eventualmente?

Entrevistado: “Há fatores externos, exógenos que nós não controlamos e que interferem não favoravelmente num projeto de AA E pode ser algo que nós não controlamos, na medida em que orientações da tutela são aquelas e não outras. E portanto se aquelas são as orientações é para seguir ... e nós não temos como poder discuti-las. Nós discutimos mas é para a sua boa implementação, mas são variáveis que nós não podemos controlar.

Outras variáveis que para nós são também difíceis de controlar, mas que existem e são constrangimentos é a de criar uma coisa que se chama motivação ...no seio do pessoal quer docente, quer não docente. Porque hoje em dia se nós introduzirmos qualquer prática em termos de motivação, ela tem sempre uma onda de reação negativa. Eu dou-lhe um exemplo, eu introduzi aqui as práticas de coobservação de aulas, eu não lhe chamo supervisão pedagógica. A supervisão pedagógica para mim é outra coisa. É uma pessoa mais habilitada, poderá ser pelo exercício das funções que desempenha um coordenador vai ver as aulas de um colega, para o avaliar certamente. Aqui não é... aqui as práticas de coobservação (isto resultou da minha ida a um congresso internacional a Braga, onde se falou de muitos estudos que tem que ver com esta área de intervenção... a AA das escolas e os processos de AE Estabelecer essa correlação e depois a intervenção e o papel dos diretores). E eu fui e percebi que era importante as práticas da coobservação de aula podem ser no seio

(21)

do conselho de turma, podem ser no seio dos professores de geografia ou de matemática. Eu comecei com um projeto piloto há dois anos e agora toda a gente faz duas vezes por período. A observa B e B vai observar A. E fazem o preenchimento de uma grelha. Foi fácil a grelha? ... Ui a grelha deu uma volta que nem queira saber...

O utensílio grelha de observação era supervisão. O primado é colaborativo é de partilha, até é de formação porque é reflexão sobre as práticas. Isto foi algo difícil de aceitar, mas depois conseguimos.

Isto é uma ação de melhoria que num projeto de AA quer ver reguladas as suas práticas. Mas falando de constrangimentos... falei-lhe da motivação... criar motivação e empatia nas pessoas não é fácil... ganhando a confiança ajuda.”

Entrevistador: Mas as lideranças intermédias às vezes também podem ser uma peça chave.

Entrevistado: “São sim uma peça chave... concordo, mas muitas vezes também são essas lideranças intermédias são as que se sentam em sede de conselho pedagógico e que dizem “Não diretora”. A argumentação tem de ser forte. “ 33:00”

Entrevistador: Nem todas as lideranças podem ser escolhidas por si na distribuição de serviço.

Entrevistado: “Não na distribuição de serviço eu escolho as lideranças. Eu proponho 3 nomes vai a departamento e depois decide um.” 33:22”

Entrevistador: Se pudesse como é que solucionaria a questão da motivação?

Entrevistado: “A motivação solucionaria com:

Ponto número um: se os professores auferissem um valor remuneratório superior ao que auferem ao fim do mês;

Ponto número dois: se fosse possível dar-lhes na distribuição de serviço, dar-lhes horas não só para a lecionação, mas também horas de vidas em conformidade com o seu perfil para desempenharem funções de apoio. Porque o professor cumpre 22 horas letivas e cumpre (até 100 minutos) 2 horas de estabelecimento e eu coloco o espaço das articulações que é para reuniões, coobservação, onde poderão falar uns com os outro e estar a refletir têm 2 horas... Ora estes das 22h não pode ser um Diretor de turma ou poderá atribuir-lhe crédito. Isto depois tem a ver com a gestão das horas.

Mas fazendo o ponto da situação: auferirem um valor remuneratório superior, ter um número de horas no seu horário que lhes permitisse entregar-se à profissão docente, para além da sala de aula, porque para chegar à sala de aula existe um árduo caminho até lá... e não pode ser um trabalho individual. Tem cada vez mais ser um trabalho coletivo. (implica trabalho colaborativo).

Depois outras soluções e isto já seria... a motivação. Mas a motivação já teria ... As pessoas estão motivadas porque sentem um bom ambiente na escola. Um clima de

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confiança onde o professor se sente apoiado individualmente. Não sentir ameaças por parte do E.E. relativamente aos procedimentos avaliativos... ter, portanto essa proteção. A motivação é algo extremamente complexo.” 37:00”

Entrevistador: Hoje em dia o reconhecimento de um bom também fará muita diferença.

Entrevistado: “Eu tenho isso como prática corrente, sempre que há um bom desempenho dos colegas, eu chamo-os ao gabinete para dizer ... “fizeste um bom trabalho ou fizeste um mau trabalho”. Para mim é prática corrente. E vou para o conselho pedagógico e vou dizer: “parabéns aquela equipa que fez isto”. 37:45”

Entrevistador: De que modo é que a AA e a AE são percecionadas no agrupamento?

E porquê? E qual aqui o papel das Lideranças intermédias?

Entrevistado: “Eu diria que elas são bem percecionadas. Mas é haver aqui um caminho de aprendizagem para criar essa motivação. Existem colegas que diziam que eu trabalhava para a inspeção ou para a AE Mas depois quando vieram os resultados com bom nos resultados escolares, bom na prestação de serviço educativo e muito bom na liderança e gestão. Isto não é fácil chegar a estes resultados da avaliação externa.

Isto não é o meu emprego é a minha profissão, é o trabalho que eu gosto e para o qual eu me preparei. E portanto se não houver essa motivação para o exercício do trabalho docente. .. tudo o resto cai por terra.

As pessoas percecionam bem porque fizeram um percurso de aprendizagem que teve muitas pedras no caminho. Portanto, a carruagem andou para trás, andou para a frente e para os lados e houve alturas que foi necessário ir lá buscá-la, porque ela estava enterrada completamente. É preciso muita persistência. E depois as pessoas perceberam .... Há aqui um choque aqui de gerações no agrupamento, ou seja, há professores muito novos, contratados e depois há professores que foram meus professores, (alguns já saíram obviamente), mas há muita gente do quadro... muito bem, mas às vezes esses são aqueles mais resistentes. E ainda não perceberam alguns que a escola mudou. E que se não dão corda aos sapatos rapidamente, no sentido de eles próprios inovarem e meterem-se por outras vias, a escola deixa de poder responder aos alunos dos nossos dias. Porque está à distância de um clik o conhecimento, e portanto, a escola tem que ir para além do conhecimento... Têm que arranjar... no meu entendimento... e isso é que é o constrangimento maior... e por isso é que a autoavaliação e a avaliação externa são práticas reguladoras.

A avaliação externa saiu daqui, apesar de termos tido essas menções, tem ações de melhoria para fazer, claro que nós não temos nenhum plano de acompanhamento, mas temos ações de melhoria, vão ser incorporadas nas ações de melhoria no projeto

de autoavaliação e toda a gente vai ser ouvida.”

41:52”

(23)

Entrevistador: São percecionados os resultados da avaliação externa, nos diferentes ciclos, nas diferentes escolas?

Entrevistado: “Para lhe responder objetivamente... Saíram os resultados e eu enviei para quem de direito (cumprindo lá com as orientações, e depois eu fiz uma reunião geral de professores, fiz uma reunião geral de funcionários e foi entregue à associação de pais o relatório. Portanto se eu faço uma reunião geral de professores é para lhes dizer... Meus amigos, aqui estão os pontos fortes e aqui estão as áreas de melhoria. E aqui estão os resultados escolares e os inquéritos de satisfação obtidos.

ISTO SIGNIFICA IMPLICAR E CORRESPONSABILIZAR. Fui-lhes dizendo que o plano de melhoria é para ser feito por todos. Os grupos vão ter que se pronunciar e o projeto de autoavaliação vai coordenar. Ele vai fazer um draft zero, um rascunho inicial com base de trabalho e depois é que vai para os grupos para se poderem

pronunciar.” 43:21”

Entrevistador: Olhe como é feita a articulação entre a autoavaliação e a avaliação externa?

Entrevistado: “Eu acho que já lhe toquei, mas vou-lhe dizer... Nós tivemos uma primeira avaliação externa em 2011 e agora acabamos de ter esta. Tiveram cá em novembro e vieram agora os resultados. Objetivamente eles andam de mãos dadas e curiosamente (também para registo) no relatório da AE as inspetoras tomaram a boa nota do seguinte (respondendo à sua questão): o agrupamento preocupou-se e superou em implementar as ações de melhoria apontadas na primeira avaliação externa... isto significa que existem uma boa articulação entre AE e AA Existem veios

comunicantes.” 45:00”

Entrevistador: Então se eu lhe perguntar se a AA e AE interferem na vida do agrupamento, o que me diz?

Entrevistado: “Completamente.”

Entrevistador: Como?

Entrevistado: “O como é: existe um planeamento e este planeamento pressupõe uma metodologia ativa de trabalho que vai implicar toda a gente. Ao implicar toda a gente coresponsabiliza a outra pessoa.”

(24)

3.º EIXO

Entrevistador: Gostava que falasse um pouco do que acontece no agrupamento, após a AE e a AA mais ao nível da reflexão e da tomada de decisão. Por exemplo, uma primeira questão tem que ver com o que faz a direção com a informação obtida AA e a AE?

Entrevistado: “Eu acho que já lhe respondi. Mas eu vou-lhe dizer. Eu recebi os resultados da AE e tenho um projeto em andamento de AA Recebi os resultados da AE com ações de melhoria, paralelamente, está o projeto de AA em andamento e está com um projeto intermédio das ações de melhoria. Internamente foram detetadas ações que importa melhorar. Da AE existem outras ações que são relevadas ...

algumas delas cruzam com as que já temos, as que não cruzam vão ser implementadas via projeto de A.A… Ao fazer a reunião geral de professores significa que eu comuniquei a toda a gente e aos funcionários também (em reunião geral) o que é que se passava. E já comuniquei que agora é preciso montar o puzzle, ou seja, depois de ouvir toda a gente, eu reúno com a equipa de AA (e até veio um elemento externo) e vamos construir um documento que será o resultado de uma reflexão conjunta do agrupamento. E é isto que vamos levar por diante.”

Entrevistador: Então a partir daí, o que fazem os diferentes órgãos com os resultados?

Entrevistado: “Portanto, os diferentes órgãos da escola são, num primeiro momento, implicados num processo de construção das atividades das ações de melhoria. São implicados e depois o que acontece? Olhe.. é... trabalhar, é mexer nas práticas, no sentido de resolver os problemas existentes.”

Entrevistador: Penso que está a fazer a ponte com esta próxima pergunta que tem que ver com ... Se a A.A ou a AE influencia a tomada de decisão? Como?

Entrevistado: “Sem dúvida nenhuma. Nós numa unidade orgânica como esta, nós temos os documentos estruturantes. E os documentos estruturantes são: o projeto educativo, o plano anual de atividades, o regulamento interno. Podemos ter também o projeto curricular do agrupamento que vão mexer com toda a dinâmica e com toda a oferta educativa e com a respetiva distribuição de serviço e funcionamento.

(como) Ora o P.E. enquanto documento estruturante é reformulado, através de uma avaliação intermédia e final. E obviamente tem que olhar (assim como o plano anual de atividades) para as recomendações que são feitas em sede de elaboração dos relatórios. E quando se elabora um relatório de avaliação intermédia do P.E. o que é que acontece? Entram em articulação com os resultados das ações de melhoria que estão a ser implementadas. Então se eu estou a implementar, ações de melhoria para melhorar a articulação horizontal e vertical em ordem a melhorar os resultados...

que atividades é que foram feitas? O P.E. vai ter que (através da aplicação de

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inquéritos) perceber se foram feitos ou não foram, se correram bem ou se não correram, se melhoraram bem ou se não melhoraram.

A minha tomada de decisão é faça-se, no sentido, de ir ao encontro na missão que

está plasmada no P.E. do agrupamento.” 51:43”

Entrevistador: Agora ao nível da divulgação. Como é que se dá a comunicação dos resultados da equipa de AA para todo o agrupamento?

Entrevistado: “O coordenador tem assento no C.P. esse coordenador é também o coordenador dos projetos e ele faz regularmente, em cada dois pedagógicos (o C.P. é mensal) é divulgado. Como sabe no C.P. tem assento os coordenadores de departamento e através destes a mensagem é passada aos grupos.”

Entrevistador: Com que orientação e preocupações?

Entrevistado: “A orientação é no sentido de esses resultados serem olhados, refletidos e melhorar as práticas. Essas são as orientações.”

Entrevistador: E como diretora que balanço é que faz? Tem sido positivo?

Entrevistado: “Eu não estou completamente satisfeita. Como diria Fernando Pessoa

“Infelizes daqueles que nunca se sentem felizes”. O estar completamente satisfeita, eu não estou, mas o que eu tenho percebido é isto: as pessoas, pese embora haver um diretor com orientações precisas, por vezes não estão para se maçar nem para fazer as coisas, porque lá está, não estão para dar mais do que aquilo que têm que dar, o seu horário. Outros por convicção, outros por falta de motivação, outros por falta de saúde e eu aqui no meio. O que é certo é que eu sinto, perceciono que tem havido uma escalada aqui a subir. Têm sido francamente positivos os resultados que têm vindo a ser obtidos (porque foi essa a sua questão) no sentido da maior implicação das pessoas... agora ainda não estão consolidados esses resultados. É isso que falta e por isso nós também temos isso, curiosamente, esse ponto é uma das ações de melhoria apontadas no relatório de AE. Falta uma consolidação e depois uma evidência, uma visualização de como é que os índices ou as percentagens daquilo que é para fazer, daquilo que é para melhorar, depois se concretizaram que percentagens outras é que melhoraram comparativamente às do inicio.

Nós estamos a falar de educação e em educação as coisas andam muito devagar, como na saúde.

Eu tenho um plano de ação estratégica a funcionar na escola, no âmbito da promoção do sucesso educativo, promovido pela DGE em articulação com a DGE.

Eu participo nas reuniões de grupo. Quando vem a supervisão da DGE (uma docente, uma professora) como está a ser implementado o projeto (nas turmas do 7.º ano a matemática) sinto as colegas inseguras relativamente a esta meta ... melhorar 20% (1 em cada 5 alunos melhorar os resultados na matemática)... mas não é por temos cá o

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projeto a funcionar que no final do ano eu vou esperar que toda a gente vai ter positiva. É nesse sentido que eu digo... isto é um processo longitudinal, complexo, os

frutos em educação não se vem amanhã.” 57:30”

Entrevistador: Como são feitas as divulgações da AE/AA para o exterior? Para quem?

Entrevistado: “Da experiência que tenho agora da avaliação. Quer os relatórios de AE, quer os relatórios dos planos de ação, de avaliação das ações intermédias, do projeto de AA são todos colocados na página do agrupamento e enviados para as entidades com quem nós trabalhamos.”

Entrevistador: Algumas têm assento no Conselho Geral?

Entrevistado: “O Conselho Geral é uma das entidades a quem imediatamente foi passado logos os resultados, ou seja, todas as estruturas e entidades parceiras têm conhecimento.”

Entrevistador: E isso acontece quando acaba, por exemplo, um ciclo de avaliação, ou com a AA acontece com mais frequência, ou juntam um momento ao outro?

Entrevistado: “Agora na AE mal soube dos resultados eles foram publicados e foram divulgados junto de quem de direito (Associação de pais e entidades parceiras, conselho geral, conselho pedagógico, reunião geral de professores, página do agrupamento).

Os resultados da AA estão colocados na página do agrupamento e é divulgado em sede de Conselho Geral, o coordenador vai lá apresentar das conclusões... estamos a falar de divulgação dos resultados. “

Entrevistador: Que balanço é que faz?

Entrevistado: “Eu acho que é extraordinariamente importante e há-de reparar que durante a entrevista eu falo muito de implicação e de corresponsabilização. Eu estou sempre a falar numa perspetiva de liderança partilhada. Toda a gente sabe o que se anda a passar cá dentro. Se não souberem é porque andam distraídos ou não querem saber isso já é outra coisa. Agora se quiserem saber têm forma de se orientarem.”

Entrevistador: Na sua escola existem melhorias causadas pelos efeitos da AA e AE?

Quais?

Entrevistado: “Sim. Sim. O observatório de ensino aprendizagem, acho que marcamos muitos pontos, foi vista como uma boa prática pela AE.. e as práticas de coobservação de aulas e de partilha do espaço de sala de aula, isto tem que ver com as ações de melhoria, eu acho que foi absolutamente extraordinário, sair da cepa

(27)

torta, eu fui aluna aqui e eu enquanto aluna nunca ninguém me perguntou nada, em termos dos destinos da nação, eu nunca vi um professor a trabalhar com outro dentro da sala de aula, eu nunca falei com o diretor. Falava com a diretora de turma, mas eu sabia muito pouco, o conselho diretivo como era na altura... era inacessível, hoje em dia não é nada disso. Talvez os pais e os alunos não sejam tão conhecedores dos seus deveres, mas os direitos é via aberta... portanto eu própria recebo os encarregados de educação, vou às salas de aula e fá-lo com os alunos não tenho problema nenhum, perguntar como é que estão se me quiserem dizer alguma coisa e portanto têm oportunidade.”

Entrevistador: Quero muito agradecer-lhe a sua colaboração, foi um contributo inestimável para a minha pesquisa. Deseja acrescentar algo que não tenha sido abordado?

Entrevistado: “Se me permite quero dizer-lhe que o guião da entrevista está bem pensado, de facto, tocou aí nos pontos chave que estruturam o trabalho do diretor.

Não tenho nada a dizer, isto é uma caminhada significativa... às vezes parar, ter aqueles espaços de reflexão individual, espaços de solidão na tomada de decisão. É um desgaste, porque aos diretores dos agrupamentos é-lhes pedido que eles sejam quase enciclopedistas porque tem de saber todas as áreas, tem de saber do direito, tem de saber das finanças, tem de saber gestão, da pedagogia, da educação (mas essas são as nossas áreas de trabalho) não me licenciei em gestão, nem em direito, mas aplico as regras todos os dias e se falhar tenho a cabeça a prémio. Eu penso que deveria de haver uma carreira. Eu não tenho mestrado em administração, tenho o INA (como lhe escrevi), mas o que é importante... é o campo de guerra... nós somos a linha da frente.”

Entrevistador: Obrigada! 1h05’:51”

(28)

ANEXO 9

PROTOCOLO DE ENTREVISTA Entrevista Semiestruturada

Dia: 7/03/2017 Hora: 10:20H

Entrevistada: E2 - Diretor da Escola B

Tema: O papel dos diretores/coordenadores nos processos de autoavaliação e avaliação externa

Objetivo Geral: Perceber que uso faz o diretor(a)/coordenador(a) da Equipa de Autoavaliação dos resultados da autoavaliação e da avaliação externa de escola.

1.º EIXO

Entrevistador: Uma primeira pergunta... gostava que me falasse do tipo de rotinas que tem como gestor e porquê?

Entrevistado: “Em regra, a minha primeira parte do dia, de manhã, é muito cheia de pequenas coisas, atender as pessoas que vêm, uma funcionária, hoje já fui lá fora, porque temos obras a decorrer lá fora... fui apresentar o nosso encarregado com o encarregado da parte da câmara, são este tipo de pequenas coisas de atendimentos, algumas respostas a emails, ir à secretaria, verificar se os buffets estão em ordem....

é tudo um atendimento muito de disponibilidade e de presença. Depois, às vezes no inicio da tarde também é assim, no entanto, meia tarde para a frente já é outro tipo de trabalho. Normalmente à 3f.ª à tarde, temos a reunião da direção, os outros dias à tarde são para responder a emails que requerem mais concentração, responder a colegas que estão a fazer uma reclamação ou um requerimento, querem um parecer e então é preciso estudar alguma sugestão... Normalmente dedico essa parte do dia a estas tarefas que me exigem alguma concentração... Aos projetos, aos planos de ação de melhoria... São tarefas já para o lado do foco, portanto, focadas.” 2’:19”

Entrevistador: E o porquê dessas rotinas serem dessa forma? Porque o próprio trabalho exige que seja assim? Ou porque opta por esse desenvolvimento?

Entrevistado: “Sou gestor de escola desde 2014, tomei posse dia um de outubro de 2014... mas tenho outras experiências de gestão. E há áreas de atividade que me fui habituando a perceber, as rotinas da escola, houve também aqui uma adaptação minha. Sou professor da escola desde 1992/93, os últimos 8 anos andei em escolas aqui à volta, porque aqui a nossa escola perdeu muitos alunos (mas não foi só aqui, penso que é geral) dei aulas noutras escolas, pertenci ao conselho pedagógico e nesses seis anos seguidos fiz uma readaptação à escola e percebi que a escola,

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requeria esta minha atividade mais de apoio, mais de presença aos colegas, aos funcionários, uma pequena conversa depois de resolver um problema. E percebi que a organização precisava, depois também, na minha estratégia há uma parte que passava pelo aumento de eficiência da organização. E quando mudamos procedimentos, maneira de fazer as coisas... as pessoas estão habituadas a fazer as coisas durante anos, não é? Então a minha estratégia, não refilar com as pessoas, é de tentar perceber como estão a fazer e levá-las a fazer melhor... Estratégia de apoio, apoio, apoio. Mudámos muitos procedimentos, na secretaria, na papelaria, mudei em vários serviços. Nós tínhamos por exemplo a reprografia separada da papelaria... já não fazia sentido, quem diz isto, diz o cartão eletrónico... e outras coisas que era preciso mudar. É um tipo de gestão muito de apoio.“ 5’:32”

Entrevistador: E quais as tarefas em que ocupam maior percentagem de tempo como diretor?

Entrevistado: “Há uma tarefa que se eu não a controlar, me rouba muito tempo, que é o email. Passo alguns períodos que não ligo o email, ainda hoje não liguei o email... eu hei-de responder. Não tenho nenhuma tarefa específica que de forma habitual me roube tempo, não tenho nenhuma, tenho é alturas do ano em que é preciso... por exemplo... tenho é alturas do ano, onde é preciso de fazer um plano de melhoria. Nós tínhamos determinadas linhas de prazo que não queríamos passar e nessa altura sou capaz de vir para aí, um fim de semana. Agora estamo-nos a aproximar do prazo de entrega do documento do Regulamento ao Conselho Geral, e portanto já estamos naquela fase em que estamos todos os dias a trabalhar naquilo. É mais por épocas, por alturas do ano. Daqui a pouco, vamos estar na oferta formativa.

Dedicamo-nos muito tempo aos cursos profissionais, aos planos de estudo, todas essas atividades ligadas à rede, negociação com a DGEST nos levam muito tempo.

Há aqui uma dinâmica muito interessante do concelho da Moita e do Barreiro, enquadrada numa associação que é uma rede para a empregabilidade, e dentro desta estrutura, criou-se um grupo de qualificação para a oferta formativa jovem. Os diretores das escolas dos dois conselhos reúnem e formam um encontro na escola.

Aqueles bolinhos que viu é para um encontro aqui na escola entre SPO’s e Diretores de Turma, para conversarem como é que podem organizar os dados, sobre o que fazem com os alunos de 9.ºano. O planeamento do ano seguinte começa sempre muito

antes.” 8’:58”

Entrevistador: Diariamente, consegue realizar tudo o que planifica? Porquê?

Entrevistado: “Infelizmente não. Em regra tendo a ser mais ambicioso em relação ao número de tarefas ... não realista, sou optimista... na minha lista aparecem mais tarefas do que aquelas que consigo fazer, mas isso é uma estratégia para me manter alerta para o dia seguinte. Sobra sempre muita coisa para o dia seguinte. Também sou muito de periodizar, não entrar em grande stress. “ 9’:52”

Entrevistador: O considera mais importante na gestão de um AE, tendo em conta a sua experiência?

(30)

Entrevistado: “Eu confirmei, não é uma coisa que tenha descoberto enquanto diretor. Mas confirmei que a atenção às pessoas é o mais importante. Seja os alunos, seja as famílias, seja os professores ... é o mais importante. Habituei-me a esperar por um resultado que me venha um pouco mais dilatado no tempo, mas ter as pessoas convencidas a fazer aquilo ... às vezes insisto, debatemos muito, discutimos muito, mas se a pessoa fizer aquilo convencida, eu fico contente e a escola fica bem, se a pessoa não tiver convencida, então eu digo... “ok, não faças” vai fazer outra coisa qualquer, eu troco isso por outra coisa. Sou muito do convencimento ... de bater, bater, e depois nos acertarmos.... percebo isto já está em marcha. “ 11’:21”

Entrevistador: E sente a motivação por parte das pessoas?

Entrevistado: “Aí as pessoas estranharam muito. Eu fui coordenador de departamento durante algum tempo, desde os anos 90 e princípios de 2000, e tinha já essa dinâmica no departamento (já nessa altura tinha à volta de 44 pessoas), e portanto, aqui as pessoas ficaram muito habituadas a um tipo de gestão (do meu colega Armindo) que não debatia muito, as pessoas não estavam habituadas a discutir as decisões. E isso foi um processo de ajuste entre mim e os colegas. Eu sou muito do debate, da discussão, do envolvimento ... É claro que existe um nível elevado de frustração em relação à profissão. Eu tento combater isso criando um clima assertivo, expositivo. Que não é fácil, pois houve pessoas muito massacradas, ainda existe essa tensão. Ainda existem coordenadores de departamento que vêm ter comigo à espera que eu decida... e eu digo... “Tu é que lideras aquela malta”. Tu é que me tens de dizer... “Olha nós decidimos assim”. É como os documentos que vão a Conselho Pedagógico. Se o documento não está feito não há. Ninguém se deu a esse trabalho. Havia sempre uma espera que alguém trouxesse feito. É uma forma de responsabilizar. E isso foi uma mudança e um ajuste no sentido das pessoas perceberem que de facto eu levava as coisas até ao fim. Não abdico da competência do poder que tenho, tenho de o exercer como é evidente. Estou a tentar que as pessoas conquistem um poder que eu acho que o conselho pedagógico deve ter. Foi muito desvalorizado, enquanto órgão no Decreto-Lei 137, embora no 75/2008 foi mais. Em muitas escolas passou a ser um órgão quase decorativo... correia de transmissão do Diretor. Em regra geral, eu dou muito poucas informações e até coloco em outros assuntos, é sempre no último ponto... algo que não tenha ido por email. E colocar os assuntos da reunião logo á cabeça apanha as pessoas mais frescas, senão passa-se o Pedagógico nas informações. “ 15’:22”

Entrevistador: Olhe já agora, que funções/papéis desempenha (ou a sua equipa) no que diz respeito à avaliação organizacional - AE e AA?

Entrevistado: “Isso é uma área com a qual ainda não estamos a trabalhar, tive que periodizar aqui alguma áreas e a parte da A.A da própria organização. Estou a ver se isso assenta sobre a CAE ( Comissão de Autoavaliação de escola). O problema é que nós temos um corpo docente muito pequeno. Na avaliação da organização deve estar de alguma forma a estrutura autónoma do Diretor. Porque eu consigo avaliar o que está a correr bem e a correr mal. Mas quem esteja por fora consegue fazer uma avaliação mais profunda, mais eficiente e mais eficaz. Relativamente ao trabalho da CAE, ela tem lutado com algumas debilidades, porque dois membros da equipa no ano passado ficaram bastante doentes, a presidente da CAE também mudou de

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