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XXXV Congresso Norte‑Nordeste de Cardiologia / VII Congresso Piauiense de Cardiologia

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R esumo das C omuniCações

XXXV ConGResso

noRTe‑noRdesTe de CaRdioLoGia Vii ConGResso Piauense de

CaRdioLoGia

T eResina ‑ P iauí

www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 4, Suplemento 2, Outubro 2015

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Conselho Editorial

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Diretora Científica Maria da Consolação V.

Moreira Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira

Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho

Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/

Congênitas

Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca

Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda

Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor (1948-1953)

† Jairo Ramos

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP)

Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP)

Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP)

Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP)

Charles Mady (SP)

Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP)

Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE)

Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP)

Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)

Enio Buffolo (SP)

Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA)

Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS)

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA)

Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA)

Iran Castro (RS)

Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP)

Jorge Ilha Guimarães (RS)

José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP)

José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG)

Maria da Consolação V. Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP)

Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP)

Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP)

Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior

Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica)

Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália)

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Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos Sociedade Brasileira de Cardiologia

Presidente

Angelo Amato V. de Paola Vice-Presidente

Sergio Tavares Montenegro Presidente-Eleito

Marcus Vinícius Bolívar Malachias Diretor Financeiro

Jacob Atié Diretora Científica

Maria da Consolação V. Moreira Diretor Administrativo Emilio Cesar Zilli

Diretor de Qualidade Assistencial Pedro Ferreira de Albuquerque Diretor de Comunicação Maurício Batista Nunes

Diretor de Tecnologia da Informação José Carlos Moura Jorge

Diretor de Relações Governamentais Luiz César Nazário Scala

Diretor de Relações com Estaduais e Regionais

Abrahão Afiune Neto

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Carlos Costa Magalhães

Diretor de Departamentos Especializados Jorge Eduardo Assef

Diretora de Pesquisa

Fernanda Marciano Consolim Colombo Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Luiz Felipe P. Moreira

Assessoria Especial da Presidência Fábio Sândoli de Brito

Governador - ACC Brazil Chapter Antonio Carlos de Camargo Carvalho Coordenadorias Adjuntas

Editoria do Jornal SBC

Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese Coordenadoria de Educação Continuada Estêvão Lanna Figueiredo

Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes Luiz Carlos Bodanese

Coordenadoria de Integração Governamental Edna Maria Marques de Oliveira

Coordenadoria de Integração Regional José Luis Aziz

Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL - Carlos Alberto Ramos Macias SBC/AM - Simão Gonçalves Maduro SBC/BA - Mario de Seixas Rocha SBC/CE - Ana Lucia de Sá Leitão Ramos SBC/CO - Frederico Somaio Neto

SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior SBC/ES - Marcio Augusto Silva

SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante SBC/MT - Julio César de Oliveira

SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy SBC/PB - Helman Campos Martins SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti SBC/PI - João Francisco de Sousa SBC/PR - Osni Moreira Filho SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho SBC/RO - João Roberto Gemelli SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim SBC/SE - Fabio Serra Silveira

SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves

SBC/DA - José Rocha Faria Neto SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves SBC/DCC - José Carlos Nicolau

SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky

SBC/DERC - Nabil Ghorayeb SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfatti SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães

SBCCV - Marcelo Matos Cascudo SBHCI - Hélio Roque Figueira SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho GAPO - Danielle Menosi Gualandro GEECG - Joel Alves Pinho Filho

GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho GEMCA - Álvaro Avezum Junior GECC - Mauricio Wajngarten

GECHOSP - Evandro Tinoco Mesquita GECO - Roberto Kalil Filho

GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer GECESP - Ricardo Stein

GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima

GERCPM - Artur Haddad Herdy

GETAC - João David de Souza Neto

GEMIC - Félix José Alvarez Ramires

GEICPED - Estela Azeka

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Volume 105, Nº 4, Suplemento 2, Outubro 2015

Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

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Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e

Comunicação Núcleo Interno de Publicações

Produção Gráfica e Diagramação SBC - Tecnologia da Informação e

Comunicação

Núcleo Interno de Design

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XXXV CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE CARDIOLOGIA

VII CONGRESSO PIAUENSE DE CARDIOLOGIA TERESINA - PIAUÍ

Resumo das Comunicações

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Caros amigos e colegas,

É com enorme satisfação que compartilhamos os resumos dos trabalhos aceitos para apresentação no XXXV Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia / VII Congresso Piauiense de Cardiologia.

Este é um importante evento da cardiologia brasileira tendo abrangência regional Norte- Nordeste, com foco no cardiologista clínico e na aplicação prática dos conhecimentos científicos mais atuais explorando ao máximo a expertise dos palestrantes, com muita integração e permuta de experiência entre todos.

O evento é realizado com a participação dos maiores especialistas em cardiologia da região Norte-Nordeste, contando com alguns palestrantes de outras regiões de renomada reputação. A Sociedade Norte-Nordeste de Cardiologia vive um momento de fortalecimento sendo destaque a revista da Sociedade Norte-Nordeste de Cardiologia (RNNC) que obteve recentemente o número de ISSN 2446-838X, dando mais um passo para o crescimento na qualidade dessa ferramenta de publicação científica.

A cidade de Teresina se orgulha em sediar evento de tal magnitude oferecendo o que tem de melhor do calor humano da nossa gente hospitaleira.

Abraço a todos!

Carlos Eduardo Batista de Lima

Presidente do XXXV Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia / VII Congresso Piauiense de Cardiologia Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia – regional Norte-Nordeste (gestão 2014-2015)

Mensagem do Presidente do Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia /

Congresso Piauiense de Cardiologia 2015

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Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14

TEMAS LIVRES - 05/09/2015 APRESENTAÇÃO ORAL

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Implementação de Rede Integrada via Telemedicina para atendimento do IAM com Supra-ST é associada a aumento de sobrevida: Resultados do RESISST NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA, ADILSON MACHADO GOMES JUNIOR, DIEGO SANT ANA SODRE, GEIBEL REIS, LEONARDO DE SOUZA BARBOSA, MARINA BISPO SANTIAGO LIMA, ODDONE BRAGHIROLI, IVAN MATTOS DE PAIVA FILHO, GILSON SOARES FEITOSA FILHO E RENATO D. LOPES

Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - Unifesp-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: A implementação de rede integrada via telemedicina em países em desenvolvimento é factível e pode modificar gradativamente a sobrevida de doenças de alta mortalidade. Objetivo: Descrever a tendência temporal da mortalidade de 30 dias de pacientes do SUS em Salvador/BA vítimas de IAM com supra-ST envolvendo uso de Rede Integrada via Telemedicina. Métodos: De Janeiro 2011 a Agosto 2013, 520 vítimas de IAM com supra-ST receberam primeiros cuidados pelo SUS em 23 unidades públicas (7 hospitais gerais e 16 UPAs) de Salvador/BA, com opção de transferência para um dos dois Centros de Referência em Cardiologia (CRC), quando vaga estivesse disponível. Estes pacientes eram identificados através de rede regionalizada integrada de IAM com supra-ST, com suporte de telemedicina e SAMU.

Resultados: A média de idade foi de 62,0±12,2 anos, sendo 55,6% do sexo masculino.

A mortalidade geral foi de 15,0%. Analisamos as diferenças de mortalidade ao longo de 5 semestres, desde o 1o semestre de 2011 (1/2011) ao 1o semestre de 2013 (1/2013). Não existiu diferença significativa nas medianas dos tempos dor-admissão (180 min; IIQ=66-430min) e porta-ECG (159min; IIQ=66-430), nem no GRACE médio (145±34) ao longo do tempo. Algumas medicações foram mais prescritas nas primeiras 24h, como dupla antiagregação plaquetária (1/2011:61,8%; 1/2013:93,6%; p<0,001) e estatina (1/2011:60,4%; 1/2013:79,7%; p<0,001). As taxas de reperfusão primária também aumentaram (1/2011:29,1%; 1/2013:53,8%; p<0,001) e mais pacientes foram transferidos para CRC (1/2011:44,7%; 1/2013:76,3%; p=0,001). A mortalidade geral em 30 dias reduziu de 20,4% em 01/2011 para 7,5% em 1/2013 (p<0,001). Conclusão: A implementação de uma rede integrada via telemedicina para atendimento ao IAM com supra-ST reduziu a mortalidade de 30 dias. Nossos achados demonstram ser este um recurso importante para melhorar o atendimento ao IAM com supra-ST em países em desenvolvimento.

41693

O Escore GRACE subestima o risco de morte em pacientes com IAM com Supra-ST atendidos pelo SUS

NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA, RICARDO ZANTIEFF, VITORIA MOTA OLIVEIRA LYRA, FELIPE COELHO ARGOLO, ADILSON MACHADO GOMES JUNIOR, DIEGO SANT ANA SODRE, GEIBEL REIS, IVAN MATTOS DE PAIVA FILHO, RENATO D. LOPES E GILSON SOARES FEITOSA FILHO.

Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - Unifesp-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: O escore GRACE é internacionalmente aceito como o mais acurado para estimar risco em vítimas de Síndromes Coronárias Agudas. No entanto, ele pode não ter a mesma acurácia em diferentes condições de assistência.

Objetivo: Avaliar a predição de morte intrahospitalar (IH) pelo escore GRACE em pacientes com IAM com Supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA quando transferidos(T) ou não transferidos(NT) para Centros de Referência em Cardiologia(CRC). Métodos: De Janeiro 2011 a Agosto 2013, todos os pacientes com IAM com supra-ST atendidos em 23 unidades públicas não-especializadas (7 hospitais gerais e 16 UPAs) foram incluídos em registro (RESISST). Sempre que possível, estes pacientes eram transferidos para 2 Centros de Referência em Cardiologia (TCRC=transferidos e NTCRC=não-transferidos).

A capacidade discriminatória e a calibração do escore foram analisados pela curva ROC e teste de Hosmer-Lemeshow (H-L). A frequência de morte observada foi comparada à probabilidade de morte esperada conforme escore GRACE original. Resultados: Os 520 pacientes com IAM com supra-ST incluídos tinham um GRACE mediano de 146 (IIQ: 125-170). O escore GRACE mostrou bom poder discriminatório (AUROC=0.726) e boa calibração (H-L=0.226). As probabilidades de óbito do GRACE original não diferiram signitivamente dos TCRC, mas diferiram muito dos NTCRC (teste z; p<0,001). O valor de corte, em nosso registro, que estima uma mortalidade IH <2% foi de 116 entre os TCRC e inexistente entre os NTCRC. Para probabilidade de óbito IH >5%, o valor de corte foi de 151 entre os TCRC e de 89 entre os NTCRC.

Comparação: GRACE original, GRACE Original Transferidos Não-Transferidos TCRC e NTCRC Escore (TCRC) (NTCRC)

<125 <2% (Baixo Risco) <2,4% <13,6%

>155 >5% (Alto Risco) >5,6% >27,3%

Conclusão: Os valores de corte originais do escore GRACE não predizem adequadamente a mortalidade IH dos pacientes que se mantiveram em unidades não especializadas. Como o escore GRACE mostrou boa capacidade discriminatória e calibração, podemos inferir que pode ser usado em nosso meio, mas com diferentes estimativas.

41686

Prevalência de anormalidades eletrocardiográficas em pacientes com insuficiência cardíaca chagásica em comparação com etiologia não-chagásica LUCAS R P J ALENCAR, RAIZA M FERRAZ, ADRIANO A M MAGALHAES, ISABELA P M A SOUZA, MARCUS V S ANDRADE, LUIZ E F RITT, JOEL A P FILHO E GILSON SOARES FEITOSA FILHO

Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: A doença de Chagas é uma importante etiologia de insuficiência cardíaca sistólica em nosso meio. Alterações eletrocardiográficas eventualmente podem ser úteis em sugerir determinadas etiologias. Objetivo: Comparar as prevalências das anormalidades eletrocardiográficas em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) sistólica de etiologia chagásica e não-chagásica em um hospital de referência em cardiologia em Salvador, Bahia. Metodologia: Foram incluídos pacientes com IC e fração de ejeção (FE) <45%, divididos em 2 grupos conforme etiologia: Chagas e não-Chagas. Alterações eletrocardiográficas foram sistematicamente investigadas por dois avaliadores cegos para o diagnóstico etiológico. Resultados: Foram incluídos 107 pacientes, 47 com IC chagásica (43,9%), ambos com frequência aproximada de 57% de homens. No grupo Chagas, a mediana de idade foi 63 anos (intervalo interquartil (IIQ) = 55,5-69,5 anos) e de FE 37,5% (IIQ = 30,5-42%). No grupo não- Chagas, a mediana de idade foi 60 anos (IIQ = 49-67,5 anos), e a de FE 33,5% (IIQ = 24-40%). Não existiram diferenças significativas quanto às avaliações de duração ou amplitude de P e PR (quando ritmo sinusal). Existiram diferenças significativas quanto à duração de QRS, amplitude de QRS, Sokolow-Lyon, Cornell e tempo de ativação ventricular (vide tabela). As seguintes variáveis categóricas foram significativamente mais frequentes nos Chagásicos: Fibrilação atrial, BRD completo e BDAS.

Análise de QRS: Chagas Não-Chagas p Chagas X Não-Chagas

Duração QRS (mseg) 140(120-160) 100(80-120) <0,001 Amplitude QRS (mm) 18(13-24) 28(20-32) <0,001 Sokolow-Lion (mm) 11(7-16,5) 23(16-34) <0,001 Cornell (mm) 15(8,5-20) 25,5(10-29) 0,032

TAV (mseg) 60(20-80) 40(20-40) 0,032

Conclusão: Existe distinção de achados eletrocardiográficos entre pacientes com IC sistólica chagásica em comparação com não-chagásicos, particularmente na análise do QRS e ritmo de fibrilação atrial.

41791

Uso do Aplicativo WhatsApp® como Ferramenta Complementar de Ensino de Eletrocardiografia

YURI FREIRE DE CARVALHO ESPIRITO SANTO, MONIQUE CARIBE BRASILEIRO MATTOS, RAIZA MARTINA ANDRE CARNEIRO MARTINS, THIAGO CARVALHO PEREIRA E GILSON SOARES FEITOSA FILHO

Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Objetivo: Avaliar a utilidade do aplicativo WhatsApp® como ferramenta complementar de ensino de ECG entre alunos de medicina.

Métodos: Ensaio clínico controlado, intention-to-treat. Voluntários do 2o e 3o semestres assistiram aula durante 2 horas sobre ECG. Temas: Ritmos, FC, Sobr atriais, BAVs, Eixos, Q patol, BRE/BRD/BDAS, Sobr Ventr, Alt de ST e de T. Prova aberta com 10 traçados, cobrindo os 10 assuntos, foi aplicada aos estudantes em 3 momentos: imediatamente antes da aula (Prova Pré-Aula), imediatamente após a aula (Prova Pós-Aula) e um mês após a aula (Prova 1mês). Os alunos do 2sem foram incluídos em um grupo do WhatsApp® logo após Prova Pós-Aula, onde 4 pesquisadores que não participaram da correção discutiam 1ou2 ECGs/dia meio deste aplicativo. Os alunos não foram randomizados porque haveria grande probabilidade de trocarem experiências dentro de uma mesma turma de convívio diário.Cálculo de tamanho amostral: Para diferença de 1 ponto da nota entre dois grupos, desvio-padrão estimado em 1,0; com poder de 80% e p=0,05, são necessários 12 alunos em cada grupo.

Resultados: 24 alunos (13 do 2osem e 11 do 3osem) participaram. Ambos os semestres incrementaram suas notas na Prova Pós-Aula, sem diferença significativa entre os semestres. Na Prova 1mês, a mediana das notas do 2osem, após um mês de treinamento via WhatsApp®, aumentou para 5,8, enquanto a do 3osem, sem esta exposição, reduziu para 2,5 com diferença significativa entre os 2 grupos (p=0,04;Mann-Whitney).

Pré-aula Pós-aula 1 mês Prova1mês

2o sem 0(0-0) 4,0(2,5-5,0) Whatsapp 5,8(3,5-6,5) 3o sem 0(0-1) 4,5(3,5-5,5) ---- 2,5(1,0-4,0)

Conclusão: O aplicativo WhatsApp® mostrou-se eficaz em melhorar o desempenho de estudantes de medicina na interpretação de ECG.

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Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14

Resumos Temas Livres

41868

Pesquisa otimizada de mutações no gene SCN5A - canal de sódio.

MARCOS AURELIO LIMA BARROS, CASSANDRA MIRTES ANDRADE REGO BARROS, HYGOR FERREIRA FERNANDES, AUGUSTO CÉSAR CARDOSO DOS SANTOS, INGRID CRISTINA REGO BARROS, ADRIEL REGO BARBOSA, FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA E GIOVANNY REBOUCAS PINTO

MARCOR - Máximo Atendimento e Recuperação Corporal , Parnaíba, , BRASIL - UFPI - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, , BRASIL.

Introdução: Mutações no gene SCN5A, que codifica a subunidade α do principal canal de Na+ cardíaco voltagem-dependente, estão fortemente associadas a algumas canalopatias cardíacas. Na síndrome de Brugada (SBr), por exemplo, essas mutações são detectadas em 15-30% do total de probandos, os quais representam 75% dos casos genótipo-positivo. Apresentamos conjunto de primers específicos para amplificação das regiões codificantes do SCN5A, por reação em cadeia da polimerase (PCR), em uma única temperatura de anelamento (Ta), visando agilizar sua análise molecular e reduzir os custos por análise. Métodos: Foram construídos 32 pares de primers, a partir da sequência genômica do SNC5A (GenBank, NG_008934.1) e com o auxílio do programa GeneRunner v.3.05, de modo a flanquear todos os seus 28 éxons codificantes (éxons 2-29) e suas fronteiras íntrons-éxons e éxons-íntrons.

Os primers foram alinhados com o genoma humano, para análise de especificidade (Ensembl, BLAST), e aqueles com os melhores escores foram sintetizados (Eurofins MWG Operon, Germany). A qualidade do conjunto de primers foi testada por meio da análise mutacional do SCN5A de um paciente com padrão eletrocardiográfico tipo 1 para SBr, por PCR, seguida de sequenciamento bidirecional dos produtos da amplificação (Applied Biosystems, USA). Resultados: O conjunto de primers aqui apresentado possibilitou a amplificação das sequências codificantes de todos os transcritos atualmente conhecidos do SCN5A, com o inédito uso de uma única Ta na PCR, oferecendo maior confiabilidade à análise mutacional, além de diminuir o tempo de reação e custos por análise. No exemplo da aplicação de nosso conjunto de primers, não identificamos qualquer mutação causal no probando; porém, foram identificados 3 polimorfismos: 1 não-sinônimo no éxon 12 (H558R), 1 sinômino no éxon 28 (D1819D) e 1 na fronteira entre o íntron 9 e o éxon 10 (IVS9-3C>A). Todas estas variações apresentaram-se como alterações heterozigóticas. Conclusões: A metodologia de análise mutacional do SCN5A aqui descrita resultou no pedido de depósito da patente intitulada “Oligonucleotídeos iniciadores e conjunto de reagentes para amplificação de sequências alvo do gene SCN5A”, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Além de suporte ao diagnóstico da SBr, o conjunto de primers proposto também auxilia no diagnóstico molecular de outras canalopatias cardíacas, bem como de demais patologias associadas ao SCN5A.

41896

Fatores que impactam a sobrevida em 30 dias de pacientes com IAM com supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA

NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA, LEONARDO DE SOUZA BARBOSA, MARINA BISPO SANTIAGO LIMA, ODDONE BRAGHIROLI, RICARDO ZANTIEFF, VITORIA MOTA OLIVEIRA LYRA, FELIPE COELHO ARGOLO, IVAN MATTOS DE PAIVA FILHO, GILSON SOARES FEITOSA FILHO E RENATO D. LOPES

Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - UNIFESP-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: Poucos registros de IAM com supra-ST refletem a “vida real” do atendimento de países em desenvolvimento.

Objetivo: Identificar fatores associados a mortalidade em 30 dias de pacientes com IAM com supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA.

Métodos: De Jan 2011 a Ago 2013, 520 pacientes consecutivos receberam tratamento inicial para IAM com supra-ST em 23 unidades públicas não-especializadas (7 hospitais gerais e 16 UPAs), com possível transferência para um dos 2 Centros de Referência em Cardiologia (CRC) em Salvador/BA. Os pacientes foram identificados a partir de uma rede integrada regional através de Telemedicina. Foram aplicados modelos de regressão logística para identificar os fatores associados a mortalidade em 30 dias.

Resultados: A média de idade foi de 62,0±12,2 anos, maioria homens (55,6%) e com comorbidades frequentes: HAS (76,1%), DM (36,5%) e IAM prévio (14,1%). Entre os admitidos <12 horas (n=317), 40,7% receberam reperfusão primária (angioplastia primária:61,7%). Média do GRACE foi 145±34. Mortalidade geral em 30 dias foi de 15,0% (7,7% para os transferidos para CRC e 26,0% para os não transferidos).

Em modelo ajustado, AVC prévio (OR ajustado=2,41; 95%IC:1,14-5,09), tratamento médico otimizado (OR ajustado=0,43;95%IC=0,20-0,92) e transferência para CRC (OR ajustado=0,32;95%IC:0,16-0,64) associaram-se independentemente com mortalidade em 30 dias.

Conclusão: Pacientes com IAM com supra-ST transferidos para centros de referência em cardiologia e os que receberam tratamento otimizado tiveram maior sobrevida em 30 dias.

41883

Efeito do Mononitrato de Isossorbida no conforto do paciente submetido a cineangiocoronariografia por via radial direita

MIGUEL JOSE DE AZEVEDO FILHO

MedImagem, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Santa Maria, Teresina, PI, BRASIL.

Introdução: A artéria radial é cada dia mais escolhida para a realização de coronariografia, devido a sua praticidade e segurança, com redução de desfechos desfavoráveis nos mas diversos contextos clínicos. O espasmo da artéria radial é intercorrência que figura como incoveniente clínico importante tanto para o operador quanto para o paciente. Um dos recursos utilizados visando a redução da incidência do espasmo é a infusão intraarterial de soluções com vasodilatadores, entre eles, o mononitrato de isossorbida. Porém, não há comprovação inequívoca da eficácia desta droga para este fim.

Método: Registro prospectivo de pacientes consecutivos, submetidos a coronariografia pelo acesso radial direito, com introdutores 5F pela primeira vez em suas vidas, no período determinado. Foram separados em dois grupos: o grupo I composto por pacientes que receberam mononitrato de isossorbida 10mg pela via lateral da bainha vascular e o grupo II composto por pacientes que receberam solução salina 0,9%.

Registramos a intensidade da dor referida pelo paciente em escala analógica de 0 a 10 nos dois grupos e os comparamos.

Resultados: Entre Janeiro de 2014 e Janeiro de 2015, 118 pacientes foram selecionados e divididos em dois grupos, cada um com 59 indivíduos. A queixa de dor, do ponto de vista do paciente, não se mostrou estatisticamente diferente entre aqueles que receberam nitrato e aqueles que receberam solução salina (3,0 +/¬ 0,5 vs. 3,5 +/¬ 0,5, p = 0,66).

Conclusão: A utilização de 10mg de mononitrato de isossorbida não significou diminuição da dor referida pelo paciente submetido a coronariografia.

41936

Influência do Tabagismo sobre a Frequência Cardíaca Máxima em pacientes submetidos ao teste ergométrico

ITALO CORDEIRO MOREIRA, CECILIA BRENDA ROCHA CARNEIRO, MARIA JAIONARA DE MACEDO, DIEGO LEAL LANDIM CRUZ, TICIANE PONCIANO DE OLIVEIRA LIMA, VANESSA LACERDA ARAÚJO E HERBERT LIMA MENDES Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, possuindo relação direta com as doenças cardiovasculares (DCV). O tabagismo pode levar a uma incompetência cronotrópica, retardando a aumento da frequência cardíaca durante o esforço, o que pode significar em uma maior mortalidade nessa população.

A frequência cardíaca máxima (FCM) avaliada no Teste Ergométrico (TE) e útil na avaliação da resposta cardiovascular e prognóstica do paciente.

Objetivo: Avaliar possíveis influências do tabagismo sobre a FCM no TE considerando os sexos.

Método: 119 indivíduos de ambos os sexos, sendo 18 Fumantes (11 mulheres e 7 homens) e 101 Não Fumantes (58 mulheres e 43 homens) idades entre 14 e 79 anos (49,93+15,3) participaram deste estudo. Estes foram submetidos a teste ergométrico utilizando protocolo de Rampa para avaliação da FCM. Testes “t” de student para amostras independentes foram utilizados para avaliar possíveis diferenças na FCM entre os grupos (Fumantes e Não Fumantes) e sexos.

Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significativas nas médias da FCM entre homens e mulheres Fumantes (n(18) p=0,269), porém entre os não fumantes os homens obtiveram maior FCM (n(101) p=0,011). Na comparação entre os grupos, tanto mulheres (n(69) p=0,044) quanto homens (n(50) p=0,041) não fumantes apresentaram uma maior FCM em relação aos seus pares, os tabagistas.

Conclusão: Embora nossa população estudada tenha um número de participantes divergente, a variável tabagismo modificou negativamente e significativamente o valor de FCM, corroborando com a hipótese de o tabagismo ser um importante fator de risco para DCV e prejudicial para o desempenho cardíaco. Porém, ainda são necessários outros estudos para fortalecer essa hipótese. Além disso, o condicionamento físico, o índice de massa corporal, o sexo e o uso de medicamentos têm influencia na FCM e podem ter influenciado parcilamente nos resultados encontrados.

Palavras-chave: TESTE ERGOMÉTRICO, TABAGISO, DOENÇA CARDIOVASCULAR.

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Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14

Resumos Temas Livres

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Abordagem cirúrgica dos aneurismas de ventrículo esquerdo.- resultados hospitalares de 80 pacientes

ANTONIO DIB TAJRA FILHO, RODRIGO DIB DE PAULO TAJRA, RAFAEL DIB DE PAULO TAJRA, VANESSA GONCALVES COSTA, RICARDO FELIPE SILVA SOARES, BIANCA CORDEIRO NOJOSA DE FREITAS, FERNANDO JOSE AMORIM MARTINS E RAIMUNDO DE BARROS ARAÚJO JUNIOR

HOSP SANTA MARIA , TERESINA , PI, BRASIL - CLINICA ENDOCARDIO , TERESINA , PI, BRASIL.

Introdução: Aneurisma de ventrículo (aneur de VE) esquerdo é complicação mecânica freqüente após infarto do miocárdio com altas morbi-mortalidade.

Objetivo: Este relato visa demonstrar a evolução intra-hospitalar destes pacientes(ptes) .

Material e Métodos: Durante o período de novembro/1999 a junho/2013 80 ptes foram submetidos a abordagem de aneur de VE; 54 ptes (67%) eram masculinos ; a idade média foi de 61 anos ; as indicações foram: angina 70 ptes (88%) e dispnéia 10 ptes (12%) ; a localização do aneurisma foi: Antero-apical -74 ptes (93 %), látero-posterior – 04 ptes (04%) , ínfero-posterior – 02 pte (3,0%) ; o RIVA foi revascularizado em 75 % ptes , a artéria diagonal em 17,5% , a artéria marginal em 33,7 % e a coron direita em 27,5 % ; 11 ptes ( 13,7%) receberam três enxertos , 25 ptes (31,2%) receberam dois enxertos , 37 ptes (46,2 %) receberam um enxerto e 07 ptes não foram revascularizados (8,7 %) . A técnica cirúrgica utilizada foi:

aneurismorrafia: 02 ptes(2,5%) , endoaneurismoplastia circular com sutura do VE com pericárdio bovino : 13 ptes (16,2%) , endoaneurismoplastia do VE com sutura direta do VE : 48 ptes (60%), prótese semi-rígida de pericárdio : 01 pte (1,2%) ; apenas revascularização do miocárdio : 16 ptes (20 %) .

Resultados : 11 ptes (13,8 %) faleceram : SBDC – 05 ptes (6,25%) , FV – 02 pte (2,5%), embolia periférica – 02 pte (2,5%) e AVC – 02 pte (2,5%) .

Conclusão : A abordagem cirúrgica dos pacientes com aneurisma de VE apresenta baixa mortalidade , permite múltiplas táticas cirúrgicas , devendo ter como preferência seguir o conceito da reconstrução geometria do ventrículo esquerdo

41637

Endocardite infecciosa e cardite reumática grave em paciente portador de anemia falciforme: relato de caso

CAMILA C ABREU, JULIANA V MAGALHAES, GILDENE A COSTA E ROBERTA O A L SOUSA

Hospital Infantil Lucídio Portela, Teresina, PI, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL.

Introdução: Pacientes com anemia falciforme são susceptíveis a infecções devido a deficiências do sistema imune. Os principais microorganismos associados são as bactérias encapsuladas e os sítios são diversos. A associação concomitante com endocardite infecciosa e com febre reumática, no entanto, não é relatada na literatura.

Descrição do caso: Masculino, em acompanhamento desde os 3 anos em serviço de Hematologia por anemia falciforme. Aos 13, compareceu ao ambulatório queixando- se de dispneia. Solicitou-se ecocardiograma (ECO) que mostrou lesões sugestivas de vegetações em valva mitral e insuficiência mitral e aórtica moderada. Foi então admitido em hospital de bairro com febre, dispneia, astenia, tosse seca e dor torácica, com hipótese diagnóstica de endocardite bacteriana. Transferido ao nosso serviço, apresentava-se em regular estado geral, emagrecido, com ictus palpável em linha axilar anterior, sopro holossistólico 3+/4+ pancardíaco, sem frêmito ou irradiações, hepatomegalia discreta. Foi internado na enfermaria, com prescrição de Oxacilina, Penicilina Cristalina, Gentamicina e analgesia. Raio X de tórax evidenciou cardiomegalia. Evoluiu com piora do estado geral, febre, taquicardia, taqui/ortopneia, turgência jugular e dor torácica. Modificou- se antibióticos, porém evoluiu com piora do padrão respiratório, sendo transferido para Unidade de Terapia Intensiva, onde permaneceu 8 dias. Novo ECO revelou insuficiência mitral severa por degeneração mixomatosa, acometendo o folheto posterior e sugerindo etiologia reumática, insuficiência aórtica discreta, com espessamento valvar, discreto espessamento pericárdico, sem derrame, fração de ejeção de ventrículo esquerdo de 51%, sem vegetações. Retornou para enfermaria no 27º dia de internação. Exames do dia: fator reumatóide negativo, ASLO 1/4 (800), VHS 120, PCR 1/8. ECO do 31º dia foi novamente sugestivo de cardite reumática grave, optando-se por pulsoterapia com metilprednisolona por 3 dias. Atualmente, em acompanhamento ambulatorial com Hematologista, Reumatologista e Cardiologista, em uso de penicilina benzatina 21/21 dias, furosemida, caverdilol, omeprazol, captopril, digoxina, espironolactona, prednisona e hidroxiureia.

Conclusão: As alterações cardíacas apresentadas não foram consistentes com as associadas à doença falciforme. No futuro, uma melhor compreensão da susceptibilidade dos pacientes falcêmicos a infecções poderá elucidar a concomitância com outras morbidades.

41555

Serviços hospitalares em doenças cardiovasculares: gastos no primeiro semestre de 2014.

ADRIANA T G DIOGO, CRISTIANE T C SILVA, CAMILO S D NASCIMETO E TANIA F D A COSTA

Universidade Federal do Pará, belém, PA, BRASIL.

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem um grupo de doenças que representam importante causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alertando para um profundo impacto nas classes socioeconômicas menos favorecidas e na necessidade de intervenções eficazes, de baixo custo e caráter educativo – preventivo. Como fatores de risco podem ser citados genética, idade e sobretudo fatores ambientais. Como os dois primeiros são invariáveis, modificações de estilo de vida constituem medidas imprescindíveis para a redução dos números relacionados às DCV, destacando aqui a redução nos gastos em serviços hospitalares com essas patologias. Este resumo objetiva identificar os gastos com serviços hospitalares registrados pelo DATASUS no primeiro semestre de 2014.

Método: Estudo quantitativo descritivo dos gastos com serviços hospitalares em doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2014. Os dados foram obtidos no DATASUS. A análise dos dados foi realizada por meio do programa Microsoft Office Excel® 2010 Starter. Para o estudo, utilizaram-se os dados referentes aos gastos com doenças cardiovasculares registrados no município de Belém no referido período.

Resultados: A pesquisa revelou um gasto médio no município de Belém com as doenças cardiovasculares de R$ 1.755.077,27. Quanto às doenças com maior custo, tem-se um gasto de R$ 1.733.487,77com a insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio (R$ 1.716.273,58), Acidente vascular cerebral não especificado isquêmico ou hemorrágico (R$ 1.502.759,90) e outras doenças isquêmicas do coração (R$

1.641.522,54). Assim, no primeiro semestre de 2014 houve um gasto médio de R$

6.594.043,79 com as doenças referidas. Conclusão: As transformações que a sociedade em desenvolvimento vem enfrentando representam desafios para os gestores de saúde, caracterizando-se como um problema de saúde pública, visto que as DCV configuram importante causa de mortalidade no país. É relevante salientar que este grupo de doenças é passível de prevenção mediante alterações de estilo de vida, sobretudo nas idades mais jovens, minimizando significativamente os números de morbimortalidade e os gastos com serviços hospitalares.

41665

Pausa de 11,9 segundos secundária a bloqueio atrioventricular de alto grau em criança de 10 anos

FERNENDA PESSA VALENTE, LUZIENE ALENCAR BONATES DOS SANTOS, MARCELA FLAVIA TERRA CRUZ E TEREZA ARREAS DE ALENCAR PINHEIRO Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira-IMIP, Recife, PE, BRASIL.

Introdução: Bradiarritmias, eventos raros em crianças, são definidas pela frequência cardíaca (FC) abaixo do limite normal para idade1. Condições extrínsecas ao sistema de condução são as principais causas: distúrbios eletrolíticos/ácido-básicos e hipoxemia2 e 3. As causas intrínsecas, incomuns em crianças sem cardiopatia estrutural, ocorre em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com manipulação atrial ou associado a miocardiopatias3. Terapias específicas devem ser tomadas para as causas extrínsecas e, em relação as intrínsecas, deve-se analisar as indicações de implante de marcapasso (MP) cardíaco definitivo2 e 4. Descrição do caso: CLS, 10 anos, masculino, natural e procedente de Recife-PE. Aos 10 meses, apresentou gastroenterite aguda, com bradicardia (FC 40 bpm), sem repercussão hemodinâmica nem alterações eletrolíticas. Diagnosticado bradicardia sinusal com períodos de bloqueio atrioventricular (BAV) 2:1. Diante da estabilidade clínica, ausência de sintomas cardiovasculares e ecocardiografia transtorácica normal, foi encaminhado ao ambulatório. Aos 10 anos, é internado após 02 episódios de “desfalecimento” rápido, sem relação com esforço. Ao exame: estável, défict pôndero-estatural e Glasgow 15, RCR em 2T, BNF, sem sopros, FC 34 bpm. Eletrocardiograma: bradicardia sinusal, FC 34 bpm. Ecocardiograma: dilatação biventricular e da aorta discretas, refluxo leve da valva aórtica e função biventricular normal. Holter 24 horas (Figura 1 e 2): ritmo sinusal, FC 22 a 39 bpm (média 30 bpm); 16116 pausas > 2 segundos, a maior de 11,9 segundos, secundária a BAV de alto grau; ectopias supraventriculares ausentes;

173 batimentos de escape ventriculares. Realizado implante transvenoso de MP definitivo dupla câmara. Após 6 meses, menor encontra-se assintomático, ganho de peso adequado e MP normofuncionante. O ecocardiograma mostrou apenas dilatação leve do ventrículo direito. Conclusão: A indicação de MP cardíaco definitivo seguiu as diretrizes da American College of Cardiology, American Heart Association e Heart Rhythm Society, (Classe 1 e nível de evidência C) 4 e 5. Apesar da não definição etiológica, a evolução clínica do paciente variou desde a forma assintomática até a presença de sintomas de baixo débito cardíaco, registrando-se ao holter 24 horas, pausa significativa de 11,9 segundos, secundária a BAV de alto grau, forma de apresentação incomum na população pediátrica.

TEMAS LIVRES - XX/XX/XXXX APRESENTAÇÃO POSTER

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Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14

Resumos Temas Livres

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Avaliação de pacientes Hígidos e Cardiopatas e sua relação com a Frequência Cardíaca Máxima durante Teste Ergométrico

ITALO CORDEIRO MOREIRA, CECILIA BRENDA ROCHA CARNEIRO, MARIA JAIONARA DE MACEDO, DIEGO LEAL LANDIM CRUZ, FRANCISCO CAIO MILFONT QUENTAL, GABRIEL PEREIRA BERNARDO, BRUNO DA SILVA ALEXANDRE, PRISCILLA LUCENA DE FIGUEIREDO, VANESSA LACERDA ARAÚJO E HERBERT LIMA MENDES

Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL - Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.

Introdução: O Teste Ergométrico (TE) é um exame utilizado para o diagnóstico de doenças cardiovasculares, possuindo valor prognóstico, além de servir para acompanhamento de resposta terapêutica, tolerância ao esforço e de alterações propiciadas pelo exercício como arritmias. A Frequência Cardíaca Máxima (FCM) é uma variável fisiológica que se altera durante o TE aumentando linearmente com o esforço e sugere condições patológicas. Assim, a dificuldade de ascensão da FCM pode indicar uma coronariopatia ou miocardiopatia, bem como a queda da frequência pode ter relação com doença isquêmica.

Objetivo: Avaliar a FCM em pacientes hígidos e com provável cardiopatia considerando os sexos.

Método: 119 indivíduos de ambos os sexos, sendo 23 Cardiopatas (14 mulheres e 9 homens) e 96 Hígidos (55 mulheres e 41 homens) idades entre 14 e 79 anos (49,93+15,3) participaram deste estudo. Estes foram submetidos a teste ergométrico sob protocolo de Rampa para avaliar a FCM. Testes “t” de student para amostras independentes foram utilizados para avaliar possíveis diferenças na FCM entre os grupos (Cardiopatas e Hígidos) e sexos.

Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significativas nas médias da FCM entre homens e mulheres Cardiopatas (n(23) p=0,196), porém entre os Hígidos os homens obtiveram maior FCM (n(96) p=0,013). Na comparação entre os grupos, tanto mulheres (n(69) p=0,003) quanto homens (n(50) p=0,016) Hígidos apresentaram uma maior FCM em relação aos seus pares, os cardiopatas.

Conclusão: Embora nossa população estudada tenha um número de participantes divergente, os Cardiopatas apresentam menor FCM com valores estatisticamente significativos. Logo, o TE é essencial para que se faça uma prescrição adequada do exercício físico, respeitando a individualidade biológica de cada paciente, avaliando o custo benefício e as contra-indicações. Ademais, o estudo não trouxe como vertente definir a etiologia da cardiopatia encontrada.

Palavras-chave: TESTE ERGOMÉTRICO, FREQUÊNCIA CARDIACA MÁXIMA, CARDIOPATIAS.

41825

A importância do diagnóstico e tratamento precoce da dissecção aguda da aorta ascendente: relato de caso

ILANNE SARAIVA DE ARÊA LEÃO COSTA, JOSE ITAMAR ABREU COSTA, PATRÍCIA LORENNA DE ARÊA LEÃO COSTA e LUIS GUSTAVO DE MIRANDA MARQUES

ITACOR- INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIACAO DO CORACAO, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUCAO: A AORTA E A PRINCIPAL ARTERIA DO ORGANISMO COMPOSTA POR TRES CAMADAS: INTIMA (MAIS INTERNA), MEDIA E ADVENTICIA (MAIS EXTERNA). A DISSECCAO DA AORTA PODE SER DIVIDIDA EM AGUDA (14 DIAS DE DURACAO) E CRONICA (MAIS DE 15 DIAS DE DURACAO) E CLASSIFICADA EM TIPO A (STANFORD) E TIPO I E II (DE BAKEY) QUANDO ACOMETE AORTA ASCENDENTE E TIPO B (STANFORD) E TIPO III (DE BAKEY) QUANDO ACOMETE AORTA DESCENDENTE. A DISSECCAO AORTICA AGUDA CONSISTE EM LACERACAO NA PAREDE INTERNA DA AORTA ENQUANTO O REVESTIMENTO EXTERNO PERMANECE INTACTO, OCORRENDO PASSAGEM DE SANGUE ATRAVES DA LACERACAO, COM SEPARACAO DA CAMADA MEDIA QUE FAZ COM QUE O SANGUE CIRCULE ENTRE AS CAMADAS DA PAREDE DA AORTA, FORCANDO-AS. A DISSECCAO DA AORTA E UMA EMERGENCIA MEDICA E PODE LEVAR A MORTE RAPIDAMENTE MESMO COM TRATAMENTO ADEQUADO. TEM GRANDE IMPORTANCIA CLINICA E DE ALTA MORTALIDADE COM TAXA DE SOBREVIVENCIA REDUZIDA A CADA HORA APOS INICIO DOS SINTOMAS. A SUSPEITA CLINICA ASSOCIADA AO EXAME FISICO DETALHADO E EXAMES DE IMAGEM DE FACIL REALIZACAO SAO FUNDAMENTAIS NO DIAGNOSTICO PRECOCE E NO TRATAMENTO CORRETO DESSA PATOLOGIA COM DIMINUICAO DE POSSIVEIS COMPLICACOES CASO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E CIRURGICO NAO SEJA INSTITUIDO. RELATO E CASO: PACIENTE HIPERTENSO E EXTABAGISTA, ADMITIDO NO SETOR DE EMERGÊNCIA COM DOR TORÁCICA DE FORTE INTENSIDADE LACINANTE COM IRRADIAÇÃO PARA MANDÍBULA. BADICÁRDICO COM SUDORESE FRIA E DOR TORÁCICA INTENSA QUE NÃO MELHORA COM MORFINA. REALIZADO ATENDIMENTO INICIAL COM SUSPEITA INICIAL DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA ATÉ A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL DIVERGENTE ENTRE O MEMBROS SUPERIORES E ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORÁCICA EVIDENCIANDO FLAPPING DE DISSECÇÃO AÓRTICA NO ARCO AÓRTICO. TOMOGRAFIA REVELOU DISSECÇAO DE AORTA DESDE RAIZ AORTA PASSANDO PELO ARCO AÓRTICO ATÉ ILÍACAS. FOI SUBMETIDO A CIRURGIA DE CORREÇÃO DA DISSECÇÃO COM TUBO EM AORTA ASCENDENTE COM INÍCIO DA CIRURGIA APÓS 1HORA DE ADMISSÃO NO HOSPITAL. PROCEDIMENTO CIRURGICO COM SUCESSO E PACIENTE RETORNOU PARA SUAS ATIVIDADES LABORAIS.CONCLUSÃO: O DIAGNOSTICO RÁPIDO E TRATAMENTO PRECOCE DA DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA SE FAZ IMPORTANTE TENDO EM VISTA AS ALTAS TAXAS DE MORTALIDADE DESSA DOENÇA. CERCA DE 75% DOS INDIVIDUOS COM DISSECCAO AORTICA AGUDA NAO TRATADOS ADEQUADAMENTE MORREM NAS DUAS PRIMEIRAS SEMANAS ENQUANTO 60% DOS INDIVIDUOS TRATADOS SOBREVIVEM POR 5 ANOS E 40% SOBREVIVEM POR PELO MENOS 10 ANOS. TERAPIA MEDICAMENTOSA A LONGO PRAZO VISA MANTER CONTROLE DA PRESSAO ARTERIAL NA PAREDE DA AORTA.

41697

Cinco dias de pós-operatório são suficientes para cirurgia cardíaca em adultos?

ANTONIO DIB TAJRA FILHO, RAYRA PUREZA TEIXEIRA BARBOSA, RODRIGO DIB DE PAULO TAJRA, RAFAEL DIB DE PAULO TAJRA, LUIZ OTAVIO DE GOES E PAULO SERGIO TAJRA CORTELLAZZI

Hospital São Paulo , Teresina , PI, BRASIL - Clinica Endocárdio , Teresina , PI, BRASIL.

Introdução : O período de internação hospitalar tem relação direta com custos e possibilidade de infecção,mas deve propiciar tempo suficiente para o paciente receber tratamento médico adequado .

Objetivo : Este trabalho visa observar se 05 dias são suficientes para o pós- operatório de cirurgia cardíaca sem colocar em risco a recuperação do paciente . Métodos : Durante o período de setembro/2013 a abril/2015 153 pacientes adultos foram submetidos a cirurgia cardíaca , nos quais foi planejada internação de 03 dias de UTI e 02 dias de enfermaria ; as cirurgias realizadas foram : revascularização do miocárdio – 71(46%) , troca valvar – 46(30%), re-op valvar – 20 (13%) , correção de CIA – 16(10%) ; complicações intra-hospitalares : FA – 03 (2 %) , AVC - 01 (0,6%) , deiscência de esterno -01(0,6%) ; reinternação com reintervenção cirúrgica - 01(0,6%) , reinternação por endocardite da prótese valvar – 01 (0,6%) ; complicações após alta hospitalar – mediastinite – 01 (0,6%) , ICC -02(1,2%), infecção de perna – 03 (0,9%),

Resultados : 07 (4,5%) pacientes apresentaram complicações durante internação;

06 (3,9%) apresentaram complicações após alta hospitalar ; 03 (1,9%) faleceram no período hospitalar . 13 ( 8,4%) pacientes apresentaram causas que impediram de seguir internação planejada de 05 dias .

Conclusão : Cinco dias de pós-operatório em cirurgia cardíaca em adultos são suficientes para 91,6% dos pacientes.

41866

PERICARDITE TUBERCULOSA COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL ATÍPICA

LIRIANY MARTINS PORTELA, PAULO MÁRCIO SOUSA NUNES, CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA E MAURICIO BATISTA PAES LANDIM UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Pericardite é uma manifestação rara da tuberculose, correspondendo a 1-4% dos casos relatados. Em nosso meio, encontra-se como a principal causa de pericardite com duração maior que 6 semanas. O ecocardiograma é o exame mais presuntivo para diagnóstico de pericardite, porém a confirmação ocorre por achado do M. tuberculosis através da cultura do líquido ou biopsia pericárdica. RELATO:

Paciente feminina, 34 anos, lavradora, procedente de Boqueirão do Piauí, iniciou há 6 meses um quadro de dor precordial, com irradiação para dorso que piorava à inspiração, associado dispneia, palpitações, febre diária e tosse. Ao exame físico, apresentava bulhas hipofonéticas, taquicardia e diminuição de murmúrio vesicular em base de hemitórax esquerdo. O eletrocardiograma demonstrou taquicardia sinusal, baixa voltagem do QRS com amplitude irregular. Na radiografia de tórax, observou-se área cardíaca aumentada e derrame pleural à esquerda. Ecocardiograma transtorácico e tomografia de tórax demonstravam pericárdio espessado com derrame pericárdico importante. Iniciado Ibuprofeno oral e realizada investigação de causas infecciosas, auto-imunes, metabólicas e neoplásicas, com resultados negativos. A pericardiocentese e a toracocentese diagnóstica foram inconclusivas e a cultura do líquido pericárdico para tuberculose foi negativa. Realizou-se uma toracoscopia com biopsia de pericárdio, que evidenciou derrame loculado com presença de granulações.

O laudo histopatológico sugeriu pericardite tuberculosa. DISCUSSÃO: Tuberculose é uma doença prevalente em nosso meio, sendo responsável por 21,3% - 35,8%

dos casos de pericardite. A mortalidade da pericardite tuberculosa não tratada é de aproximadamente 85%. A apresentação clínica da doença é variável, no entanto, pela frequência da tuberculose em nosso meio, essa etiologia foi aventada como principal hipótese. A análise do líquido pericárdico evidenciou dosagem de adenosina deaminase normal e cultura para BAAR negativa, o que tornou o diagnóstico menos provável. A biopsia pericárdica através de toracoscopia possibilitou a visualização de granulomas caseosos, o que reforçou a etiologia tuberculosa, confirmada pela histopatologia. CONCLUSÃO: Somente a alta suspeição clínica, reforçada pela epidemiologia da doença em nosso meio, possibilitou chegar-se ao diagnóstico, diante de exames laboratoriais iniciais negativos.

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Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14

Resumos Temas Livres

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Fibrilação atrial persistente secundária à tireotoxicose em jovem com níveis normais de anticorpos anti-receptores de TSH: apresentação incomum da doença de Graves

EDUARDO SANTOS SILVEIRA JUNIOR, FRANKELINE GONÇALVES DE ARÊA LEÃO, ALCINO PEREIRA DE SÁ FILHO E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA HOSPITAL GETÚLIO VARGAS, TERESINA, PI, BRASIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.

Introdução: Na tireotoxicose a ação direta dos hormônios tireoidianos sobre o miocárdio, aumentam a sensibilidade da fibra cardíaca e o número de receptores beta- adrenérgicos predispondo ao desenvolvimento de hipertensão arterial e de arritmias cardíacas, incluindo taquicardia sinusal ou fibrilação atrial (FA). FA ocorre em cerca de 15% a 25% dos pacientes com hipertireoidismo, observando-se a reversão espontânea ao ritmo sinusal em 60% destes, após ter sido atingido o estado eutireoideo em até 3 semanas. Descrição do caso: J.G.S., masculino, 42 anos, pardo, casado, eletricista, natural e procedente de Campo Maior-PI, há 12 meses queixa-se de palpitação de início súbito, em repouso, com piora aos esforços e associado à dispneia com piora nos últimos dois meses. É etilista social e o pai hipertenso. Admitido em bom estado geral, afebril, eupneico, PA=150x90mmHg, tireóide aumentada de volume, de consistência fibroelástica, sem exoftalmia. Ausculta cardíaca com ritmo irregular, taquicárdico (FC=110bpm), sem sopros. Ausculta pulmonar, abdome e extremidades sem anormalidades. Apresenta hemograma, funções renal e hepática normais e função tireoidiana alterada com TSH suprimido (0,001uUI/mL) e T4 livre (T4L) aumentado (3,34 ng/dl). ECG evidenciou FA de elevada resposta ventricular e o ecocardiograma dilatação leve do átrio esquerdo (33 cm3/m2), função biventricular preservada, sem trombos. Foi medicado com metimazol 30mg/dia, enalapril 20 mg/dia e iniciado anticoagulação com warfarina. As dosagens de anticorpos evidenciaram: TRAb 1,43UI/L (ref<1,75), Anti TPO >1.000UI/ml (ref até 32), anti-tireoglobulina 136,3 (ref até 4,2). A ultrassonografia da tireóide não evidenciou nódulos ou linfonodomegalias, com volume 67,3 cm3. No 26º dia de tratamento, T4L ainda elevado (3,06ng/dl), associado à persistência da FA. A cintilografia da tireóide evidenciou índice de captação de iodo elevada (11,8%), confirmando o diagnóstico de doença de Graves, com indicação de radioiodoterapia para controle da doença. Conclusão: Descrevemos um caso de FA secundária à manifestação incomum da doença de Graves onde a dosagem normal do TRAb e ausência de exoftalmia praticamente afastaria o diagnóstico, que foi confirmado pela hipercaptação difusa na cintilografia. Período prolongado em tireotoxicose acarreta alteração na microarquitetura atrial, provocando e perpetuando a FA. Recomenda-se anticoagulação plena devido ao risco de tromboembolismo e conduta expectante até o estado eutireoideo.

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Cirurgia cardíaca minimamente invasiva: estado da arte

JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS

Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL - Itacor, Teresina, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A cirurgia cardiovascular está em franca expansão com técnicas cada vez menos invasivas que incluem mini-incisões, cirurgias videoassistidas e cirurgias por telemanipulação com o auxílio de robôs. Sempre com ênfase nos benefícios ao paciente, estas técnicas já realizadas em grande número de pacientes nos principais centros americanos e europeus têm resultados comparáveis à cirurgia convencional com as vantagens de menor trauma cirúrgico, menos dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar, além do aspecto estético.

OBJETIVOS: Apresentar os resultados pós-operatórios da cirurgia cardíaca minimamente invasiva.

MÉTODOS: Trinta e quatro pacientes foram operados consecutivamente por mini- incisão (miniesternotomia ou minitoracotomia com vídeo) entre os anos de 2012 e 2015. Quinze foram submetidos à substituição de válvula aórtica (11 por insuficiência e 4 por estenose), 11 foram operados por comunicação interatrial (CIA) e 8 por doença da vávula mitral, sendo 1 combinada com plástica de tricúspide. A idade média foi de 32,8 anos sendo 20 pacientes do sexo feminino. A miniesternotomia foi em “J” superior no 4° espaço intercostal direito para tratamento da válvula aórtica, em “L” invertido inferior no 2° espaço intercostal direito para CIA e no 4° espaço intercostal direito para tratar vávula mitral e/ou tricúspide.

RESULTADOS: O comprimento médio da incisão para miniesternotomia foi de 7cm (centímetros) e 6 para minitoracotomia, menor que 1/3 do tamanho quando comparado aos tradicionais 22 a 24cm da incisão convencional para estes pacientes. Em um caso precisamos converter para esternotomia total por dificuldade de saída de circulação extracorpórea. O tempo operatório passou a ser semelhante à cirurgia convencional a partir do 4° caso operado. O tempo de CEC variou de 25 a 88 minutos (média de 46).

O tempo de UTI foi de 15 horas a 3 dias e internação hospitalar total de 3 a 7 dias. O reduzido trauma cirúrgico proporcionou recuperação mais precoce. A evolução tardia atualmente varia de 3 anos a 2 meses, estando todos os pacientes assintomáticos e de volta às suas atividades.

CONCLUSÃO: Não houve complicação diretamente relacionada com o acesso, demonstrando a segurança com a cirurgia cardíaca minimamente invasiva. O resultado estético foi satisfatório em todos os casos.

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Rabdomioma cardíaco fetal: importância da ecocardiografia fetal do diagnóstico dos tumores cardíacos fetais

RAYRA PUREZA TEIXEIRA BARBOSA, ANTONIO JOSÉ DE SOUSA HOLANDA JÚNIOR E JAILSON COSTA LIMA

Uninovafapi, Teresina, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Os tumores cardíacos constituem-se condição rara, com incidência de 0,17 a 28/10.000. Recentemente, observou-se incremento no diagnóstico desses tumores durante o período pré-natal, graças à contribuição da ecocardiografia fetal.

DESCRIÇÃO DO CASO: Gestante G1P0A0, encaminhada ao serviço de Medicina Fetal, com 22 semanas de gestação, por achado de aumento da área cardíaca fetal em ultrassonografia obstétrica de rotina. Na primeira avaliação em serviço especializado foi identificado aumento de área cardíaca, além de uma massa única, hiperecogênica, de textura homogênea e bordos regulares em topografia de septo interventricular e miocárdio de ventrículo esquerdo e direito. Foi levantada a hipótese diagnóstica de rabdomioma cardíaco fetal. Na 33ª semana de gestação observaram- se achados adicionais: imagem hiperecogênica com aumento absoluto e relativo das dimensões tumorais, porém com ducto venoso normal. A gestante continuou em acompanhamento no serviço especializado, porém não houve alterações morfológicas no coração do feto até o dia do parto, que ocorreu com 37 semanas. O recém- nascido, atualmente com 15 dias, continua em acompanhamento pós-natal. Frente à ausência de alterações clínicas, a conduta preconizada é expectante. CONCLUSÕES:

O rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal é a principal forma de detecção dos tumores cardíacos, sendo estes facilmente detectados pela abordagem do plano quatro câmaras. A avaliação cardíaca é fundamental para estabelecer o diagnóstico morfológico do tipo de tumor e observar possíveis alterações funcionais, além excluir condições que ameacem a vida. As técnicas de imagens não invasivas têm sido utilizadas em substituição à angiografia para o diagnóstico de tumores cardíacos. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa, doença genética autossômica recessiva. O correto diagnóstico dessa patologia cardíaca e o preparo da equipe perinatal tornam-se essenciais para a assistência médica adequada e o melhor aconselhamento genético do casal.

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Resultados pós-operatórios imediatos no tratamento endovascular em doenças da aorta

JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS

Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.

INTRODUÇÃO: O uso de stents autoexpansíveis para tratamento de doenças da aorta tornou-se procedimento de escolha na maioria dos centros especializados devido à baixa morbimortalidade quando comparado com a cirurgia tradicional.

OBJETIVO: Descrever os resultados pós-operatórios imediatos de diferentes etiologias no tratamento endovascular em doença da aorta descendente proximal.

MÉTODO: No período de outubro de 2012 a janeiro de 2015, 4 pacientes foram submetidos à correção de doenças da aorta torácica descendente com implante de stent. Do total de 4 pacientes, 1 era portador de aneurisma fusiforme com diâmetro máximo de 8cm, 1 tinha dissecção crônica do tipo B, sintomático, com diâmetro de 6,2cm, 1 teve ruptura espontânea de aneurisma, com 3 dias de evolução e o último era portador de dissecção crônica, com 2 meses de evolução, após trauma torácico fechado e fratura de costelas. Três eram do sexo masculino. A idade variou de 42 a 77 anos, com média de 62,25 anos.

RESULTADOS: O resultado angiográfico imediato demonstrou exclusão da lesão em todos os casos. Não houve óbitos. Não houve conversão para cirurgia convencional.

Nenhum caso de paraplegia foi evidenciado. O tempo médio de internação em unidade de terapia intensiva foi 18 horas.

CONCLUSÃO: O pós-operatório imediato do tratamento endovascular em diferentes etiologias de doenças da aorta mostrou excelentes resultados, sem complicações, demonstrando a baixa morbimortalidade do método.

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