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Petróleo e Meio Ambiente

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Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi

Petróleo e Meio Ambiente

Curso:Tecnólogo em Gestão Ambiental Professora: Raquel Simas Pereira

Abril de 2012

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A indústria de Petróleo

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Petróleo e Gás Natural

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Petróleo - História

1850 - na Escócia, James Young descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e do xisto betuminoso, e criou processos de refinação.

1859 - o americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço em busca do petróleo, na Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do nascimento da indústria petrolífera. Começa a grande corrida atrás do ouro negro.

Até o final do século XIX, os Estados Unidos dominaram praticamente sozinhos o comércio mundial de petróleo, devido em grande parte à atuação do empresário John D. Rockefeller (Standard Oil).

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Petróleo no Brasil

1892 e 1896: primeira sondagem realizada no município de Bofete no estado de São Paulo.

Primeira perfuração: até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa.

1932: instalação da primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo. em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países.

1939: foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.

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Petróleo no Brasil

1951: Presidente Getúlio Vargas enviou ao Congresso um projeto de lei que estabelecia o monopólio estatal sobre a perfuração e o refino de petróleo;

Acirrada polêmica entre nacionalistas e “entreguistas”, que gerou a campanha “O PETROLEO É NOSSO”

1953: criação da PETROBRÁS, que visava amenizar o problema de reservas financeiras do país, consumidas em grande parte pela

incorporação do petróleo estrangeiro;

A empresa produziu, nos três primeiros anos de sua criação, três vezes mais do que todo o petróleo produzido no Brasil desde que

começou a exploração do primeiro poço em 1939.

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Petróleo no Brasil

1973: após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias interna.

1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976.

Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos

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Petróleo no Brasil

2007: Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos.

2008: extração do primeiro óleo do pré-sal e alguns poços como Tupi estão em fase de teste.

2010: inicio da produção comercial.

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Petróleo

 Aplicações

(10)

Petróleo

Definições.

Mistura de ocorrência natural.

Consistindo de hidrocarbonetos, contaminantes orgânicos e impurezas inorgânicas.

Removido da terra no estado líquido.

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Petróleo

Latim Petra (pedra) e Oleum (óleo)

Características:

Substancia oleosa;

Inflamável;

Menos densa que a água;

Cheiro característico;

Cor variando entre o negro e o castanho escuro.

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Composição do Petróleo

Constituintes

Hidrogênio 11 - 14%

Carbono 83 - 87%

Enxofre 0,06 - 8%

Nitrogênio 0,11 - 1,7%

Oxigênio 0,1 - 2%

Metais até 0,3%

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Composição do Petróleo

Composição

Hidrocarbonetos:

Podem estar no estado sólido, líquido e gasoso.

São classificados como:

PARAFÍNICOS

NAFTÊNICOS

AROMÁTICOS

OLEFÍNICOS

(e suas combinações) de acordo com as formas de ligação dos seus átomos de carbono, formando cadeias carbônicas.

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Composição do Petróleo

Parafínicos

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Composição do Petróleo

Cadeia Fechadas

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Composição do Petróleo

Família Produto Característica

Parafínicos

QAV Diesel

Lubrificantes Parafinas Gasolina

Combustão limpa

Qualidade de Ignição Constância da viscosidade Facilidade de cristalização Partida a frio (leves)

Naftênicos

Nafta Petroquímica,

Gasolina, QAV, Diesel Lubrificantes

Compromisso entre a qualidade e a quantidade do derivado

Aromáticos

Gasolina Solventes Asfaltos Coque

Ótima resistência à detonação Solubilização de substâncias Agregados moleculares.

Elevado conteúdo de carbono.

Características

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Composição do Petróleo

Contaminantes:

Compostos sulfurados:

O enxofre é o terceiro elemento mais abundante, e sua concentração média é de 0,65% em peso, com uma faixa apresentando valores entre 0,02 e 0,04%.

Formas: sulfetos, polisulfetos, benzotiofenos, ...

Efeitos: responsável por emissões e corrosão

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Composição do Petróleo

Compostos nitrogenados:

O petróleo contem em média 0,17% em peso de nitrogênio, com maior concentração nas frações pesadas.

Formas: orgânica (totalidade) na forma de piridina, quinolinas, pirróis.

Efeitos: aumentam a capacidade do óleo de reter a água em emulsão, provocam o envenenamento de catalisadores e escurecimento (degradação de derivados).

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Composição do Petróleo

Compostos oxigenados:

De um modo geral, eles tendem a se concentrar nas frações mais pesadas e são responsáveis pela acidez e coloração, odor, formação de gomas e corrosividade das frações do petróleo.

Forma: acido carboxílico, fenóis, cresóis, ésteres.

Efeitos: acidez e corrosividade.

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Composição do Petróleo

Resinas e asfaltenos:

São moléculas grandes, com alta relação carbono/hidrogênio e presença de enxofre, oxigênio e nitrogênio (de 6,9 a 7,3%).

A estrutura básica é constituída de 3 a 10 ou mais anéis, geralmente aromáticos, em cada molécula.

Resinas → solúveis no petróleo, líquidos pesados ou sólidos pastosos voláteis.

Asfalteno → insolúveis no petróleo (disperso na forma coloidal), sólidos escuros e não-voláteis.

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Composição do Petróleo

Compostos metálicos:

Apresentam-se de suas formas: sais orgânicos e compostos organometálicos complexos.

Metais: ferro, zinco, cobre, chumbo, molibdênio, cobalto, arsênio, manganês, cromo, sódio, níquel e vanádio.

Teor: 1 a 1.200 ppm

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Composição do Petróleo

Resumindo

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Classificação do Petróleo

Classificação:

Classe parafínica:

- 75 % ou mais de parafinas;

- Óleos leves, fluidos de alto ponto de fluidez;

- Densidade inferior a 0,85;

- Teor de resinas e asfaltenos menor que 10%;

- Viscosidade baixa.

Petróleo produzido no Nordeste Brasileiro

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Classificação do Petróleo

Classe parafínica-naftênica:

- 50- 70% de parafinas e > 20% de naftênicos;

- Teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%;

- Baixo teor de enxofre (menos de 1%);

- Teor de naftênicos entre 25 e 40%;

- Densidade e viscosidade maiores que os Parafínicos.

Maioria dos petróleos produzidos na Bacia de Campos

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Classificação do Petróleo

Classe naftênica:

- 70 % de naftênicos;

- Numero muito pequeno de óleos;

- Baixo teor de enxofre;

- Se originam de alteração bioquímica de óleos Parafínicos e parafínicos-naftênicos.

Óleos da América do Sul, Rússia e do Mar do Norte

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Classificação do Petróleo

Classe aromática:

- > 50% de hidrocarbonetos aromáticos;

- Óleos pesados;

- 10 a 30% de asfaltenos e resinas;

- Teor de enxofre acima de 1%

- Teor de monocromáticos baixo;

- Teor de tiofenos e dibenzotiofenos elevado;

- Densidade maior que 0,85.

Óleos do Oriente Médio, África Ocidental, Venezuela, Califórnia, e Mediterrâneo.

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Classificação do Petróleo

Classe aromática-naftênica

- > 35% de naftênicos

- Oleos sofrem processo inicial debiodegradacão, no qual foram removidas as parafinas;

- Podem conter mais de 25% de resinas e asfaltenos;

- Teor de enxofre entre 0,4 e 1,0%.

Oleos da Africa do Sul

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Classificação do Petróleo

Classe aromático-asfaltica

- > 35% de asfaltenos e resinas;

- Processo de biodegradacão avançado;

- Oleos pesados e viscosos;

- Teor de asfaltenos e resinas elevado;

- Teor de enxofre varia de 1 a 9% em casos extremos.

Oleos do Canada, Venezuela e Sul da França

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Gás Natural

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Gás Natural

A expressão “gás natural” indica uma mistura de hidrocarbonetos gasosos, de baixa massa molecular, encontrada em rochas porosas no subsolo.

Gás Natural: metano (70 a 99%)

etano, propano, butano, N2, CO2 (porcentagens entre 05 e 15%)

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Gás Natural

O gás natural é dividido em duas categorias: o associado e o não- associado.

Associado: encontrado com o petróleo, podendo estar sob a forma de uma fina capa de gás ou dissolvido no líquido. Neste caso, a extração do gás é determinada basicamente pela extração da fase líquida (petróleo).

Não-associado: encontrado em reservatórios nos quais a quantidade de petróleo é muito pequena ou até inexistente.

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Origem e Formação do

Petróleo

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Origem e Formação de Petróleo

O Petróleo é formado pelo processo decomposição de matéria orgânica, restos vegetais, algas, alguns tipos de

plâncton e restos de animais marinhos - ocorrido durante centenas de milhões de anos da história

geológica da Terra.

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Origem e Formação de Petróleo

Condições para formação de petróleo:

Inicialmente deve haver a matéria orgânica adequada à geração do petróleo;

O material orgânico deve ser preservado da ação de bactérias aeróbias;

O material orgânico depositado não deve ser movimentado por longos períodos;

A matéria orgânica em decomposição por bactérias anaeróbias deve sofrer a ação de temperatura e pressão por períodos longos.

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Origem e Formação de Petróleo

Estágios de Evolução da Matéria Orgânica Sedimentar:

DIAGÊNESE: é o primeiro estágio de evolução da matéria orgânica.

Engloba os processos biológicos, químicos e físicos que transformam os detritos orgânicos a partir de sua deposição no sedimento, sob condições brandas de temperatura e pressão. No final da diagênese, a matéria orgânica sedimentar se encontra sob a forma de querogênio e , em menor proporção, sob a forma de betume.

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Origem e Formação de Petróleo

CATAGÊNESE: corresponde ao estágio de evolução da matéria orgânica no qual o querogênio formado no processo diagenético sofre alterações térmicas causadas pelo aumento da temperatura devido ao soterramento progressivo do sedimento. Ocorre a geração de óleo e gás.

METAGÊNESE: último estágio de evolução da matéria orgânica, só é alcançado a profundidade muito altas, sob valores extremos de temperatura e pressão. Nesta fase forma-se apenas metano e o querogênio residual é transformado em carbono grafítico.

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Origem e Formação de Petróleo

Querogênio → Rocha Sedimentar.

Rocha Sedimentar: constituída de minerais inorgânicos e matéria orgânica ( querogênio + betume).

As diversas camadas das rochas sedimentares formam as bacias sedimentares. Essas bacias cobrem vasta área do território brasileiro, em terra e no mar.

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Origem e Formação de Petróleo

A existência de acumulação de petróleo depende das características e do arranjo de certos tipos de rochas sedimentares no subsolo.

É preciso que existam rochas geradoras que contenham a matéria- prima que se transforma em petróleo e rochas-reservatórios, e rochas reservatórios que armazenam o petróleo.

A ausência de qualquer um desses elementos impossibilita a existência de uma acumulação petrolífera.

A existência de uma bacia sedimentar não garante a presença de jazidas de petróleo.

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Origem e Formação de Petróleo

Rocha Geradora X Rocha Reservatório

Rocha Geradora: composta por folhelhos escuros, calcários, siltitos e arenitos finos.

Rocha Reservatório: Arenitos, calcários, coquinas e rochas ígneas e metamórficas quando fraturadas

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Origem e Formação de Petróleo

Rocha Geradora: pouco porosa e pouco permeável.

Exemplo: Folhelhos.

Rocha Reservatório: rocha porosa e permeável, permite a acumulação de petróleo.

Exemplos: Arenito

Rocha Capeadora (ou seladora): rocha de baixa permeabilidade, que paralisa o movimento de petróleo.

Exemplo: Folhelhos

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Origem e Formação de Petróleo

Migração de Petróleo

Rocha Geradora

Rocha Reservatório

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Origem e Formação de Petróleo

Migração Primária e secundária

Migração Primária: deslocamento de petróleo dentro da rocha geradora até sua expulsão para as rochas reservatório adjacente ( este movimento pode ser tanto para cima como para baixo).

Um dos possíveis mecanismos: Devido ao aumento na pressão interna da rocha, ocorre a abertura de micro-fraturas existentes nas rochas e através delas os hidrocarbonetos escapam, no sentido de aliviar a pressão..

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Origem e Formação de Petróleo

Fatores responsáveis pelo aumento da pressão interna:

Expansão térmica da água presente nos poros, devido ao aumento de temperatura causado pela profundidade.

Aumento de volume causado pela transformação da matéria orgânica em hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

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Origem e Formação de Petróleo

Migração Secundária: deslocamento de petróleo depois de sua expulsão da rocha geradora, através dos poros das rochas carreadoras permeáveis, até ficar retido ( e se acumular) em um reservatório.

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Origem e Formação de Petróleo

Mecanismo simplificado: Uma vez na rocha carreadora, os hidrocarbonetos inicialmente flutuam até atingir a posição mais alta da rocha carreadora (permeável e porosa), ou seja, até o limite desta com uma rocha menos permeável. Isso ocorre porque os poros das rochas sedimentares na sub- superfície estão preenchidos pela água , ou seja, os movimentos do petróleo na rocha carreadora são feitos através de poros que contêm água;

como os hidrocarbonetos são menos densos que a água que os circunda, eles se posicionam na parte de cima da estrutura. O deslocamento do petróleo continua então a se fazer na direção da superfície, no sentido de um gradiente decrescente de pressão. Este deslocamento termina quando o petróleo encontra uma trapa (armadilha) que não permite mais o seu fluxo e , desta forma , ele se acumula.

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Etapas da Indústria de Petróleo

 Pesquisa;

 Exploração;

 Perfuração;

 Completação;

 Produção.

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Pesquisa

(Prospecção de Petróleo)

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Atividades de Pesquisa

As principais atividades de pesquisa das Indústrias Petrolíferas são:

Racionalizar e aperfeiçoar os trabalhos de exploração, lavra, industrialização, transporte e distribuição de Petróleo, seus derivados, gases naturais e raros, xisto e seus derivados;

Diminuir o dispêndio cambial da indústria brasileira de Petróleo e petroquímica, possibilitando a substituição de matérias- primas importadas e dos serviços técnicos contratados no exterior por equivalentes nacionais;

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Atividades de Pesquisa

Contribuir para a criação e o desenvolvimento de novos processos, produtos, equipamentos e métodos de interesse da indústria do Petróleo e petroquímica adequados às condições brasileiras;

Incentivar a inovação e o aperfeiçoamento dos métodos de expansão e organização do conhecimento científico e tecnológico.

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Atividades de Pesquisa

O desenvolvimento de um campo, ou seja, sua preparação para produzir , só ocorre se for constatada a viabilidade técnico- econômica da descoberta, verificando- se se o volume de Petróleo recuperável justifica os altos investimentos necessários à montagem de uma infra-estrutura para produção comercial.

(51)

Reservas

É a quantidade de petróleo que pode ser considerada comercialmente recuperável de acumulações conhecidas, em uma determinada data.

Por que calcular reservas ?

O volume de reservas de hidrocarbonetos é um indicador de peso da capacidade de sua indústria petrolífera, de um país.

(52)

Dimensionamento de Reservas

Dimensionamento das reservas.

Determinam- se, primeiro, as quantidades de óleo e Gás existentes na jazida ( volume original provado) , por meio do reconhecimento de fatores como:

sua extensão,

espessura das camadas saturadas com óleo ou Gás,

quantidade de água associada,

percentagem de Gás dissolvido no óleo,

porosidade da rocha,

pressão,

temperatura.

(53)

Dimensionamento de Reservas

A seguir , é calculado o volume de hidrocarbonetos que pode ser recuperado, multiplicando- se o volume original provado por um fator de recuperação.

As reservas são reavaliadas anualmente, e seu volume oscila em função de novas descobertas, das quantidades de Petróleo extraídas a cada ano e dos avanços técnicos que permitem elevar o fator de recuperação dos fluidos existentes no interior da rocha- reservatório.

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Classificação de Reservas

As reservas se classificam em provadas, prováveis e possíveis.

Reservas Provadas: pode ser estimada com razoável certeza de ser recuperável comercialmente.

Reservas Prováveis: há um maior risco na sua recuperação, em relação a reserva provável.

Reserva Possíveis: há um risco maior na sua recuperação, em relação a reserva provável.

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Classificação de Reservas

Reservas Provadas: Se métodos probabilísticos são utilizados, deverá haver no mínimo 90% de probabilidade de que a quantidade a ser recuperada seja igual ou superior ao estimado.

Reservas Prováveis: No caso de se utilizar uma abordagem probabilística, deve-se considerar a probabilidade de ser igual ou maior que 50% (P50) para a soma dos volumes provados e prováveis.

Reservas Possíveis: No caso de se utilizar uma abordagem probabilística, deve-se considerar uma probabilidade de ser igual ou maior que 10% (P10) para a soma dos volumes provados, prováveis e possíveis.

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Tempo de Vida

O tempo de vida útil de um campo de Petróleo é de cerca de 3 0 anos.

Nas operações de produção, o que se procura é extrair o Petróleo da maneira mais racional possível, para que este período não se reduza.

Retiram- se, em média, apenas 25% ( fator de recuperação) .

Portanto, 75% do Petróleo ficam retidos, esperando que surjam novas técnicas, capazes de aumentar a eficiência dos meios de extração.

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Tempo de Vida

O fator de recuperação varia segundo a natureza dos reservatórios ( porosidade das rochas) e as características do Petróleo (maior ou menor viscosidade).

Pode- se aumentar o fator de recuperação com técnicas especiais, chamadas recuperação secundária e terciária.

Elas consistem na injeção de água, Gás, vapor ou substâncias especiais no interior do reservatório, para estimular a saída do Petróleo.

Utiliza- se também o método de combustão in situ, que provoca uma espécie de incêndio controlado nas profundezas do reservatório, conseguindo- se, assim, maior fluidez do oleo.

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Exploração

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Exploração

O ponto de partida na busca do Petróleo é a EXPLORAÇÃO ou PROSPECÇÃO, que realiza os estudos preliminares para a localização de uma jazida.

A moderna exploração do Petróleo utiliza um grande conjunto de métodos de investigação na procura das áreas onde essas condições básicas possam existir .

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Exploração

Os diversos estágios da pesquisa petrolífera orientam- se pelos fundamentos de duas ciências:

Geologia: estuda a origem, constituição e os diversos fenômenos que atuam por bilhões de anos na modificação da Terra;

Geofísica: estuda os fenômenos puramente físicos do planeta

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Exploração

Geologia

A geologia de superfície analisa as características das rochas na superfície e pode ajudar a prever seu comportamento a grandes profundidades.

Geofísica

Os métodos geofísicos, por sua vez, tentam, através de sofisticados instrumentos, fazer uma espécie de “radiografia" do subsolo, que traz valiosos dados e permite selecionar uma área que reúna condições favoráveis à existência de um campo petrolífero.

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Exploração

Métodos Geológicos:

Geologia de superfície;

Aerofotogrametria e fotogeologia;

Geologia de subsuperfície;

Métodos Potenciais:

Gravimetria;

Magnetometria;

Métodos Sísmicos

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Exploração

Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio de explosivos, produzindo ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas informações de interesse do Geofísico.

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Exploração

Especialistas analisam o grande volume de informações gerado pelas etapas iniciais da pesquisa e a partir daí obtêm um razoável conhecimento sobre a espessura, constituição, profundidade e comportamento das camadas de rochas existentes numa bacia sedimentar, o que permite a escolha dos melhores locais para a perfuração.

Tudo isso pode, no máximo, sugerir que certa área tem ou não possibilidades de conter Petróleo, mas jamais garantir a sua presença. Esta somente será confirmada pela perfuração dos poços.

(65)

Perfuração

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Perfuração

Segunda fase na busca do petróleo;

Ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas;

Comprovada a existência de petróleo, outros poços são perfurados para se avaliar a extensão da jazida;

O número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo;

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Perfuração

Primeiro poço marítimo perfurado pela Petrobrás → 1968 → Espírito Santos;

Segundo → 1968 → Sergipe → Campo de Guaricema;

1974 → Bacia de Campos;

A perfuração nem sempre revela a presença de Petróleo no subsolo;

Mais de 80% dos poços pioneiros não resultam em descobertas aproveitáveis;

Quando um poço não revela a presença de petróleo, é tamponado e abandonado.

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Perfuração

Desde o momento em que a perfuração é iniciada, o trabalho se processa sem interrupção e só termina quando atinge os objetivos predeterminados.

O objetivo de um poço, em termos de perfuração é traduzido na profundidade programada: 800, 2.000, 6.000 metros.

Os poços iniciais são chamados pioneiro e tem por objetivo testar área ainda não produtoras.

Caso se realize uma descoberta com o pioneiro, são perfurados outros poços para estabelecer os limites do campo → poços de delimitação ou extensão.

(69)

Perfuração

Todos eles são, em conjunto, classificados como exploratório.

Se for confirmada a existência de área com volume comercialmente aproveitável de óleo, são perfurados os poços de desenvolvimento, através dos quais o campo é posto em produção.

Em muitos casos, os poços pioneiros e os de delimitação também são aproveitados para produzir.

(70)

Completação

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Completação

Quando um poço é produtor, inicia-se o estágio de completação: uma tubulação de aço, chamada coluna de revestimento, é introduzida no poço.

Em torno dela é colocada uma camada de cimento, para impedir a penetração de fluidos indesejáveis e desmoronamento de suas paredes.

A operação é o seguinte é o canhoneio: um canhão especial desce pelo interior do revestimento e, acionado da superfície, provoca perfurações no aço e no cimento, abrindo furos nas zonas portadoras de óleo ou gás e permitindo o escoamento desses fluidos para o interior do poço.

(72)

Completação

Outra tubulação , de menor diâmetro (coluna de produção), é introduzida no poço para conduzir os fluidos até a superfície.

Instala-se na boca do poço um conjunto de válvulas conhecido como árvore-natal, para controlar a produção.

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Produção

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Produção

Revelando-se comercial, começa-se a fase de produção naquele Campo. Nesta fase, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases.

Neste casos temos os poços surgentes.

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Produção

Ao sair do poço, o Petróleo não vem só. Embora existam poços que só produzem Gás, grande parte deles produz, ao mesmo tempo, Gás, Petróleo e água salgada.

Isto prova que o óleo se concentra no subsolo, entre uma capa de Gás e camadas de água na parte inferior . Depois de eliminada a água, em separadores, o Petróleo é armazenado e segue para as refinarias ou terminais.

(76)

Produção

O Petróleo e o Gás descobertos não são totalmente produzidos.

Boa parte deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado momento. São chamadas Reservas de Petróleo e de Gás.

Dos campos de produção, seja em terra ou mar , o Petróleo e o Gás seguem para o parque de armazenamento, onde ficam estocados. Este parque é uma grande área na qual se encontram instalados diversos tanques que se interligam por meio de tubulações.

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Produção

A produção de Petróleo bruto no oceano ( offshore) é armazenada nas plataformas, havendo diversos tipos de armazenamento, para abastecer os petroleiros que conduzirão o Petróleo às refinarias, ou também por meio de oleodutos submarinos, que conduzem o Petróleo para terra firme, quando reúnem a produção de várias plataformas.

A produção em terra firme é armazenada em tanques de superfície, para depois ser enviada para a refinaria, por pipeline, caminhão tanque ou navio tanque.

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Produção

Refino

O refino é constituído por uma série de operações de beneficiamento às quais o Petróleo bruto é submetido para a obtenção de produtos específicos. Refinar Petróleo, por tanto, é separar as frações desejadas, processá-las e transformá-las em produtos vendáveis.

(79)

Transporte

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Transporte

Os dutos são um dos principais meios de transporte utilizado na industria petrolífera.

Os dutos são classificados em oleodutos ( transpor te de líquidos), gasodutos ( transporte de gases) , terrestres (construídos em terra) ou submarinos ( construídos no fundo do mar ) .

Outras modalidades de transpor te, como o rodoviário e o ferroviário, são ocasionalmente empregados para a transferência de Petróleo e derivados.

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Transporte

As operações de carga e descarga dos navios são feitas em terminais marítimos, que dispõem de facilidades para atracação e sistemas de tubulações e bombas para a transferência da carga transportada, bem como de tanques para seu armazenamento.

Dos campos de produção terrestres e marítimos o Petróleo é transportado por oleodutos para as refinarias. Quando importado, ele é descarregado nos terminais marítimos e transferido para as refinarias, também através de oleodutos.

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Transporte

Depois de processado nas refinarias, seus derivados são transportados para os grandes centros consumidores e para os terminais marítimos, onde são embarcados para distribuição em todo o País.

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Termos Utilizados na

Indústria de Petróleo

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Termos

UPSTREAM – Exploração e produção de Petróleo e Gás Natural.

DOWNSTREAM – Refino de Petróleo, processamento de Gás Natural, termelétricas, engenharia e montagem industrial, construção civil, máquinas e equipamentos, oleodutos e gasodutos, postos de distribuição e recarga de Gás, etc.

ON SHORE – Operações em terra.

OFF SHORE – Operações no mar.

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