COMO FUNCIONA O NOSSO CORPO?
1. Por que a barriga ronca quando estamos com fome?
De onde vem aquele incômodo ronco que nossa barriga faz quando precisamos comer? O gastroenterologista Antônio Frederico Magalhães, da Faculdade de Medicina da Unicamp, em São Paulo, explica que a mistura de ar e líquido existente dentro do estômago provoca o barulho por causa de uma movimentação que ocorre em pequenos intervalos de tempo. As pessoas com o organismo mais sensível também podem produzir o barulho, assim como os indivíduos que não
possuem uma alimentação saudável e comem alimentos gordurosos e artificiais.
"Quem tem uma alimentação mais adequada não produz o ruído com tanta regularidade", completou o professor.
2. O que é o soluço e por que ele aparece?
O soluço é uma respiração com espasmos provocada pelo súbito fechamento da glote (abertura localizada na laringe, que serve de passagem de ar para os pulmões) junto com uma contração repentina e involuntária do diafragma,
músculo que separa o tórax do abdome e está relacionado à respiração. Normalmente, o soluço não causa problemas para a saúde e desaparece espontaneamente em alguns minutos. Segundo o médico Tarcísio Mota, até mesmo os bebês no útero podem ter soluços. "O soluço pode aparecer quando você come muito rápido, porque engole ar junto com a comida, ou quando enche o estômago demais e acaba irritando o diafragma", disse Mota.
Para se livrar do soluço, é possível utilizar algumas técnicas bem simples, como respirar em um saco de papel durante alguns minutos, fazer gargarejos com água fria e prender a respiração pelo máximo de tempo que conseguir. Outra opção é deitar de bruços por um tempo, pois essa posição faz com que a respiração se torne mais intensa, forçando o diafragma a voltar a funcionar normalmente.
3. O que faz surgir as olheiras?
surgem devido ao acúmulo de melanina (pigmento escuro da pele) e da dilatação dos vários vasos sangüíneos da pele das pálpebras.
"Com o passar do tempo, a idade, o fotoenvelhecimento e a gravidade também favorecem o aumento das olheiras", disse o dermatologista Paulo Freire. A pele ao redor dos olhos é muito delicada e fina, com uma espessura é de 0,4 mm. É por isso que as marcas aparecem com tanta facilidade nessa área do rosto. No resto do corpo, a espessura da pele pode atingir até 3 mm.
Ainda segundo Paulo Freire, o fator genético é muito comum. "A incidência em homens e mulheres é igual, porém, o
problema é mais acentuado em mulheres morenas, que
apresentam mais pigmentação na pele, situação que pode ser agravada com a tensão pré-menstrual", afirmou.
Segundo o médico, uma boa noite de sono e compressas de água fria locais podem ajudar a amenizar o problema.
Compressas geladas de chá de camomila também ajudam a melhorar o aspecto das marcas.
4. Por que as mulheres ficam mal-humoradas na TPM? Os homens que não acreditam em tensão pré-menstrual (TPM) podem ter certeza de que ela existe e não é nada
incomum. Mal humor é apenas um dos sintomas causado pela TPM, também definida como síndrome pré-menstrual (SPM). Os médicos também apontam irritabilidade, tensão nervosa, ansiedade, aumento do apetite, vontade de consumir doces, agressividade, inchaço e dores nas pernas e mamas,
taquicardia, cansaço, depressão, esquecimento, choro fácil, insônia, cólica, espinha, vômito e alteração da libido sexual. TPM é a recorrência cíclica na 2ª fase da menstruação (depois da ovulação) de uma combinação de modificações físicas, psicológicas e/ou de comportamento severas o suficiente para determinar piora nas relações interpessoais ou interferir
negativamente nas atividades usuais da mulher.
A origem da TPM é multifatorial - pode ser causada pela alteração hormonal e também por fatores emocionais,
comportamentais e socioculturais, informou a ginecologista Patrícia Biavaschi.
sendo que, destes casos, de 2,5% a 5% são considerados quadros clínicos severos.
Mas nem tudo está perdido. TPM tem tratamento. Ele consiste em medidas gerais e intervenções direcionadas ao específico conjunto de sintomas apresentado pela paciente. As medidas gerais incluem exercícios físicos, redução do estresse e
modificações na dieta, com restrição de sal, chá preto, café, chocolate e chimarrão. Quando apenas as mudanças
comportamentais não resolvem, o tratamento medicamentoso é proposto, visando diminuir a ciclicidade ovariana (com os anticoncepcionais hormonais) ou atuando sobre sintomas específicos (diuréticos e antidepressivos).