• Nenhum resultado encontrado

Meio Ambiente e Qualidade de Vida

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Meio Ambiente e Qualidade de Vida"

Copied!
46
0
0

Texto

(1)

Tamara Zamadei

Meio Ambiente e Qualidade de

Vida

Unidade 3

Comportamento humano:

qualidade de vida e saúde no

trabalho

(2)
(3)

Diretora Editorial

CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico

TIAGO DA ROCHA Autora TAMARA ZAMADEI

(4)

Tamara Zamadei

Olá, meu nome é Tamara Zamadei. Sou doutora em Física Ambiental e mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e especialista em Direito Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Apesar de minha formação básica ser em Ciências Agrárias, sou bacharel em Engenharia Florestal pela UFMT e decidi seguir a carreira acadêmica. Durante o período de 2013 a 2019 atuei como pesquisadora na área ambiental com foco na interação biosfera- atmosfera. Possuo experiência na educação a distância e presencial, tendo ocupado diferentes cargos em instituições de ensino públicas e privadas, como UFMT, UFMS, Unemat, Grupo Ser Educacional, Kroton, dentre outras. Sou apaixonada pelas Ciências Ambientais e acredito que todo conhecimento deve ser compartilhado. Por este motivo fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.

Estou muito feliz em poder trilhar este caminho junto com você!

A AUTORA

(5)

Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:

ICONOGRÁFICOS

INTRODUÇÃO:

para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência;

DEFINIÇÃO:

houver necessidade de se apresentar um novo conceito;

NOTA:

quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento;

IMPORTANTE:

as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você;

EXPLICANDO MELHOR:

algo precisa ser melhor explicado ou detalhado;

VOCÊ SABIA?

curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias;

SAIBA MAIS:

textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento;

REFLITA:

se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre;

ACESSE:

se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast;

RESUMINDO:

quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens;

ATIVIDADES:

quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada;

TESTANDO:

quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas;

(6)

SUMÁRIO

Percebendo a influência do comportamento humano na

qualidade de vida ... 10

Comportamento humano quanto qualidade de vida ...10

Examinando a relação existente entre qualidade de vida e trabalho ... 19

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) ...19

Analisando o comportamento humano quanto à saúde no trabalho ...28

Comportamento humano quanto a saúde ocupacional ...28

Identificando sistemas de gestão em organizações ...36

Sistemas de gestão ISO e certificação ... 36

Sistema de Gestão da Qualidade - SGT ...37

Sistema de Gestão Ambiental - SGA ... 39

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

- SSO ... 40

(7)

COMPORTAMENTO HUMANO:

QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO TRABALHO

UNIDADE

03

(8)

Olá aluno, seja bem-vindo a mais um material de estudo referente a Meio Ambiente e Qualidade de Vida! Nesta etapa você irá aprender sobre a influência do comportamento humano na qualidade de vida e saúde no trabalho. Você estudará como o estilo de vida e hábitos que escolhemos colocar em prática interferem diretamente no nosso bem-estar. Perceberá que nossas atitudes, principalmente com relação ao trabalho, melhoram alguns domínios da qualidade de vida em detrimento de outros. Ao sermos influenciados pelo mundo moderno a adquirir cada vez mais bens e aumentarmos nosso poder de compra, acabamos por trabalhar demais e deterioramos nossa saúde física e mental. Dentro deste quadro, doenças como a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, tem atingido e incapacitado, temporária ou definitivamente, milhões de trabalhadores brasileiros. Por fim, você aprenderá sobre os sistemas de gestão que podem ser implementados nas empresas a fim de garantir melhorias tanto nos processos produtivos quanto nos produtos/serviços finais entregues ao consumidor. Preparado para desenvolver diversas competências? Boa leitura!

INTRODUÇÃO

(9)

Olá aluno, seja muito bem-vindo! Nosso objetivo é auxiliar você a desenvolver as seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos:

1. Perceber a influência do comportamento humano na qualidade de vida.

2. Examinar a relação existente entre qualidade de vida e trabalho.

3. Analisar o comportamento humano quanto à saúde no trabalho.

4. Identificar sistemas de gestão em organizações.

Chegou a hora de encarar mais este desafio. Vamos lá? Quanto mais você estuda, mais aprende e mais se aproxima da realização dos seus sonhos.

OBJETIVOS

(10)

Percebendo a influência do comportamento humano na qualidade de vida

OBJETIVO:

Ao término desta produção você será capaz de perceber como a qualidade de vida é influenciada pelo comportamento humano. O ambiente em que nascemos, vivemos e as escolhas que fazemos têm impacto direto não só sobre o nosso bem-estar mas no de outros também.

Preparado para iniciar a leitura deste material? Aproveite!

Bons estudos!

Comportamento humano quanto qualidade de vida

Caro(a) aluno(a), estamos iniciando mais um material referente ao Meio Ambiente e Qualidade de Vida, neste material abordaremos a influência do comportamento humano na qualidade de vida. Inicialmente vamos relembrar o que foi visto anteriormente acerca da evolução humana e formação da sociedade.

Revisando: Os interesses básicos em comum como a sobrevivência e a busca por recursos fizeram com que os seres humanos se organizassem e estabelecessem relações. A partir daí surgiram as sociedades, na qual o indivíduo passa a ser considerado um ser social. As relações de trabalho evoluíram e diferentes níveis e cargos surgiram. Consequentemente, surge a estratificação social e as desigualdades passam a ser visíveis entre as classes.

(11)

DEFINIÇÃO:

“Estratificação é o processo social através do qual vantagens e recursos tais como riqueza, poder e prestígio são distribuídos sistemática e desigualmente nas ou entre sociedades.

Baseia-se também em processos sociais identificáveis, através dos quais pessoas são classificadas em categorias, como classe, raça e sexo (JOHNSON, 1997, p. 95).”

Apesar de todos serem considerados iguais perante a lei, isto não é suficiente para possibilitar aos cidadãos de que gozem das mesmas condições de vida, por conseguinte da mesma qualidade. Você deve estar acostumado a ouvir falar sobre a desigualdade social e até mesmo ver e/

ou sentir seus reflexos.

Você pode estar se perguntando:- Por que estamos falando deste assunto? Bom... a qualidade de vida está associada ao bem-estar humano, só podendo ser atingida quando há equilíbrio nos diversos âmbitos, pessoal, profissional, financeiro, familiar e social. São alguns destes que exigem atenção e condicionam o nível de qualidade de vida das pessoas.

É muito mais difícil para um cidadão da classe mais baixa encontrar equilíbrio em sua existência e consequentemente atingir níveis satisfatórios de qualidade de vida. Veja a Figura 1, as pessoas que estão abaixo da linha da pobreza sequer tem condições dignas de moradia, saúde e alimentação. Qual a qualidade de vida destes indivíduos?

Figura 1 - Criança pobre coletando lixo.

Fonte: Freepik

(12)

Em 2018 o Brasil detinha o número de 13,5 milhões de cidadãos sobrevivendo em condição de extrema pobreza, caracterizada por renda mensal per capita inferior a R$145,00. Desta população, quase metade residia no Nordeste (47%), 56,2% não tinha acesso a esgotamento sanitário, 25,8% não tinha abastecimento de água por rede, e 21,1% não usufruía de coleta de lixo.

É possível ter noção da qualidade de vida oferecida pelo município em que residimos através da análise de seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Apresentado pela primeira vez em 1990 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o índice avalia os níveis de educação, saúde e renda da população (PNUD, 2013).

O IDH municipal (IDHM) varia entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento humano e consequentemente a qualidade de vida local (veja a Figura 2).

Figura 2 - Faixas do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Fonte: PNUD (2013, p. 27)

Apesar das condições socioeconômicas e do ambiente em que nascemos e vivemos serem determinantes, a qualidade de vida também é dependente do que podemos moldar, ou seja, do que depende das nossas atitudes. A possibilidade da escolha quanto ao estilo de vida e hábitos existe, porém, as oportunidades não se apresentam da mesma forma para os indivíduos de diferentes classes sociais.

Para realizar uma análise sob essa perspectiva, retornemos à primeira unidade da disciplina, em que tratamos sobre instrumentos utilizados para percepção do nível de qualidade de vida de um indivíduo. O WHOQOL-100, questionário desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde, toma por base seis domínios e 24 facetas para avaliação (FLECK, 2000, p. 35):

(13)

• Domínio I – domínio físico: 1. dor e desconforto, 2. energia e fadiga, 3. sono e repouso;

• Domínio II – domínio psicológico: 4. sentimentos positivos, 5.

pensar, aprender, memória e concentração, 6. autoestima, 7. imagem corporal e aparência 8. sentimentos negativos;

• Domínio III - nível de independência: 9. mobilidade, 10. atividades da vida cotidiana, 11. dependência de medicação ou de tratamentos, 12. capacidade de trabalho;

• Domínio IV - relações sociais: 13. relações pessoais, 14.

suporte (apoio) social, 15. atividade sexual;

• Domínio V - meio ambiente: 16. segurança física e proteção, 17. ambiente no lar, 18. recursos financeiros, 19.

cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade, 20. oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, 21. participação em, e oportunidades de recreação/lazer, 22. ambiente físico: (poluição/ruído/

trânsito/clima), 23. transporte;

• Domínio VI - aspectos espirituais/religião/crenças pessoais: 24. espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais.

Quantos e quais destes domínios e facetas podemos controlar? Para que você tenha ideia, algumas das questões que compõe o WHOQOL-100 são: “Quão facilmente você fica cansado(a)? Você tem alguma dificuldade para dormir? Há alguma coisa em sua aparência que faz você não se sentir bem? Quanto você precisa de medicação para levar a sua vida do dia a dia? (FLECK, S.d., p. 2-4)”.

As questões deste instrumento podem ser respondidas atribuindo- se notas que variam de 1 a 5, em que, dependendo da pergunta 1 pode significar nada, muito ruim ou muito insatisfeito; 2 muito pouco, ruim ou insatisfeito; 3 mais ou menos, nem ruim nem boa ou nem satisfeito nem

(14)

insatisfeito; 4 bastante, boa ou satisfeito; 5 extremamente/completamente, muito boa ou muito satisfeito. Para o cálculo do resultado utilizam-se softwares de análise de dados.

ACESSE:

Qual será o nível da sua qualidade de vida? O quanto você tem se preocupado com o seu bem-estar? Ficou curioso para saber mais a respeito do WHOQOL-100?!

Acesse o link http://www.saudedireta.com.br/

docsupload/1336473832WHOQOL-100.pdf e confira as perguntas que compõem o instrumento em português.

Logicamente, também somos e estamos dependentes do sistema para elevarmos o nível de qualidade de vida dentro dos âmbitos apresentados. Pode-se citar como exemplo a disponibilidade e qualidade de cuidados de saúde, principalmente no caso das pessoas pertencentes às classes sociais mais baixas, que não dispõem de recursos financeiros para usufruir de serviços privados. Porém podemos ser os agentes responsáveis por boa parte das mudanças com relação às facetas apresentadas nos domínios II, IV, V e VI.

REFLITA:

O que você tem feito, dentro do possível, para manter ou melhorar o nível da sua qualidade de vida? Alimentação saudável e exercícios físicos regulares além de promover o bem-estar, contribuem para o aumento na expectativa de vida. Tire um tempo para você diariamente!

Agora vamos refletir acerca de outro fator que tem influência direta na qualidade de vida. Pense no ambiente físico que nos rodeia, somos os culpados por suas atuais condições, não é mesmo?! No decorrer desta produção discutimos acerca das consequências do comportamento humano ao meio ambiente e da mesma forma os impactos que podem ser sentidos na qualidade de vida da população.

(15)

Como se sentir bem em um ambiente quente, ruidoso, poluído? A conscientização ambiental deve ser disseminada em todos os espaços, escolares e não escolares, a fim de desenvolver o comportamento humano de preservação para que possamos usufruir de um meio ambiente equilibrado, que favoreça nosso bem-estar.

O excesso de informação desencadeado pela globalização mudou completamente a forma como nos relacionamos e nosso modo de encarar o dia a dia. Como reforça Costa et al. (2004, p. 210), “a modernização da sociedade desde os primórdios do século XX tem deteriorado cada vez mais a qualidade de vida humana, num processo gradual de individualização e consumo”.

Lembra-se que comentamos anteriormente acerca da sociedade de consumo impulsionada pelo processo da globalização? Pois bem, o consumo e descarte exacerbados além de trazer prejuízos ao meio ambiente, podem afetar a qualidade de vida. A oneomania, doença mais conhecida como consumo compulsivo, desencadeia a falsa sensação de felicidade comprada, que no final das contas resulta em sofrimento, vergonha e endividamento.

Leia um trecho do livro “A Semente da Vitória” de Nuno Cobra (2003, p. 43), em que o autor fala sobre o mundo moderno, o consumismo e a falta de percepção pelo que realmente importa para nossa qualidade de vida:

Estamos vivendo um momento em que o deus mercado transforma indivíduos em consumidores. Tudo está voltado para o consumo e o ser humano acaba se consumindo nesta história.

Resultado, o homem vive estressado. E uma pessoa estressada tem as portas escancaradas para todo tipo de doença.

Informação em demasia e comunicação facilitada não nos levam somente a consumir mais, mas também a realizar múltiplas funções a fim de nos sentirmos pessoas realizadas, quer seja no quesito pessoal, profissional ou financeiro. Observe a Figura 3, você se identifica com ela?

Nos tornamos, muitas vezes sem nem perceber, pessoas multitarefas.

(16)

Figura 3 - Ser uma pessoa multitarefas significa ter a capacidade de realizar várias coisas ao mesmo tempo.

Fonte: Freepik

Este comportamento é procurado principalmente pelas empresas no momento de contratação. Vários são os motivos, desde o baixo investimento em pessoal até a necessidade por profissionais que saibam gerir o tempo de maneira produtiva. No entanto, apesar de parecer inofensiva, esta prática pode aumentar a ansiedade e até mesmo o risco de doenças como a depressão (STEPHAN, 2018).

Também há na literatura opiniões controversas a respeito da capacidade do ser humano de conseguir realizar multitarefas, sem que uma delas seja automática, de forma que não haja perda de qualidade nos processos. O neurocientista francês Jean-Philippe Lachaux tem vários livros publicados acerca do tema e defende que “é provavelmente falso afirmar que o cérebro é suficientemente plástico para, em mundo dominado pelas novas tecnologias, conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo” (STIVANIN, 2018).

A forma como nos sentimos quanto à nossa autoimagem também interfere diretamente na nossa qualidade de vida. Nesse sentido, as redes sociais tão utilizadas na atualidade têm sido consideradas vilãs, responsáveis por uma “epidemia de mal-estar” (VELOSO, 2019).

Nelas as pessoas parecem mais bonitas, mais felizes, mais realizadas...

principalmente os famosos e os influencers digitais que dedicam suas

(17)

vidas a transparecer uma imagem que nem sempre condiz com a realidade.

ACESSE:

Assista ao vídeo disponível no link https://

w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? t i m e _ continue=183&v=0EFHbruKEmw&feature=emb_logo que ilustra o cenário da falsa realidade transmitida através das redes sociais.

Outro fato é que o ser humano ao buscar crescimento profissional e econômico, almejando melhores condições de vida, acaba por deteriorar sua saúde física e mental. Há evolução em alguns domínios em detrimento de outros. Como afirma Cobra (2003, p. 43): “Vivemos em pânico, no meio do caos, querendo ganhar cada vez mais, trabalhar cada vez mais, produzir cada vez mais. O homem premido por tantas solicitações, se esquece dele próprio e se projeta para as coisas ao seu redor”.

No próximo material estudaremos a qualidade de vida no trabalho, como quantificá-la e investir na gestão para que haja melhorias dentro das organizações, inclusive nas relações interpessoais e produtividade dos funcionários.

SAIBA MAIS:

Assista ao vídeo “Qualidade de vida” disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=hgAdiPoI-CE em que o médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor Flávio Gikovate fala sobre o tema. (Acesso em 12/02/2020).

(18)

RESUMINDO:

E então? Gostou desta produção? Vamos a um resumo para confirmar se você apreendeu todos os conhecimentos repassados. Você estudou que a qualidade de vida de um indivíduo é condicionada às condições socioeconômicas em que nasce/vive, porém, os hábitos e estilo passíveis de escolha também são considerados determinantes para tal.

Além destes, ainda somos dependentes do sistema para elevar os níveis de qualidade em que vivemos, como nos âmbitos da educação, saúde, segurança; principalmente no caso de cidadãos das classes sociais mais baixas que não dispõem de recursos financeiros para usufruir de serviços privados. Você percebeu que o comportamento humano tem reflexos nas diversas esferas, como no meio ambiente (assunto estudado nas unidades anteriores) e inclusive na qualidade de vida. O meio físico em que vivemos a afeta diretamente e é reflexo do comportamento autodestrutivo do ser humano. Ademais, o excesso de informação e a facilidade de comunicação impulsionados pela globalização transformaram nossas formas de consumir e nos relacionar, afetando a qualidade de vida até mesmo no sentido negativo de desencadear doenças e distúrbios.

Com a leitura deste material você aprendeu os diversos domínios que são analisados para identificar o nível de qualidade de vida de uma pessoa e percebeu que alguns deles costumam ser melhorados em detrimento de outros, como por exemplo na busca por realização profissional/

pessoal em que executamos múltiplas funções ao mesmo tempo, obtemos reconhecimento – inclusive financeiro, porém deterioramos nossa saúde física e mental.

(19)

Examinando a relação existente entre qualidade de vida e trabalho

OBJETIVOS:

Muito tem se falado a respeito da relação qualidade de vida e trabalho, principalmente no que se refere à valorização do capital humano dentro das empresas. Ao finalizar este material você será capaz de compreender o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Vamos avançar no assunto? Boa leitura!

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

Como discutimos anteriormente, o ser humano ao buscar melhorias na qualidade de vida acaba por sacrificar alguns aspectos do seu próprio bem-estar, de forma conflituosa. O trabalho é um exemplo: problemas físicos e emocionais são desencadeados na busca pelo sucesso profissional e econômico.

O movimento da QVT teve origem em Londres nos anos 50, já sendo bastante disseminado ao redor no mundo nos dias atuais (RECHZIEGEL;

VANALLE, 1998). Tem se tornado um assunto amplamente discutido, principalmente quanto a formas de gestão para valorização do capital humano.

A Qualidade de Vida no Trabalho envolve aspectos físicos, ambientais e psicológicos do ambiente profissional e evoluiu de simples perspectiva voltada à saúde e segurança do trabalhador, para uma estratégia empresarial (LIMONGI-FRANÇA, 2004; RIBEIRO; SANTANA, 2015).

As empresas passaram a dar valor à qualidade de vida de seus funcionários no ambiente laboral quando perceberam a relação existente entre satisfação no trabalho e qualidade dos serviços ou produtos

(20)

entregues. Tal satisfação se refere a como os trabalhadores se sentem quanto a suas posições dentro das organizações.

Diariamente trabalhadores se sentem desmotivados a encarar a rotina. Dentre as principais causas pode-se citar o ambiente físico, as relações interpessoais e a falta de reconhecimento profissional. É importante que os gestores identifiquem as razões que levam o funcionário a se desligar da empresa ou dar motivos para que isto ocorra. Você já encarou uma situação dessas, seja como empregado ou empregador?

ACESSE:

Assista ao vídeo “A sua satisfação no trabalho depende destas 3 respostas. Entenda” do especialista Rafael Souto e verifique questões essenciais à análise da satisfação no trabalho. Para isso acesse o link https://www.youtube.com/

watch?v=uBWkixTieY0. (Acesso em: 12 fev. 2020).

Pelo fato do tema Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) ser muito amplo, com definições diversas sob diferentes ópticas, Limongi- França (2004) agrupou as dimensões que o permeiam em escolas de pensamento: socioeconômica, organizacional e condução humana no trabalho. Vejamos a seguir os pontos mais importantes abordados pela autora.

Sob a ótica da escola socioeconômica, Limongi-França (2004) explana que a QVT deve ser analisada no contexto da globalização e de seus paradoxos. Com a modernidade ocorreram avanços, dentre eles nos equipamentos de proteção e na medicina preventiva e houve uma revolução nas relações de produção e formas ocupacionais (veja a Figura 3). São paradoxos que criam novos paradigmas às ciências.

(21)

Figura 4 - Com o advento da globalização e difusão da internet surgiram novas formas de labor, como o home office ou trabalho a distância.

Fonte: Freepik

Lembra-se do que comentamos, não só neste estudo bem como nos anteriores, acerca das consequências do capitalismo e da globalização na qualidade de vida? Os reflexos se estenderam também ao âmbito profissional. As relações interpessoais e as condições no ambiente de trabalho sofreram profundas alterações, a exemplo do que a autora expõe.

Apesar da dimensão socioeconômica estar presente e condicionar as questões da QVT, é na organizacional que as relações de trabalho verdadeiramente ocorrem e devem ser analisadas. Desta escola podem ser destacadas as seguintes características: “expansão dos processos de qualidade e produtividade para o de qualidade pessoal, política de gestão de pessoas, marketing, tempo livre, risco e desafio como fatores de motivação e comprometimento” (LIMONGI-FRANÇA, 2004, p. 27).

A última escola elencada pela autora é a condição humana no trabalho. Segundo esta, toda pessoa tem potencialidades biológicas, psicológicas e sociais que respondem às condições em que é submetida.

(22)

Subjetividade, multidimensionalidade, presença de dimensões positivas e negativas caracterizam-na; inclusive, tais elementos fazem parte da definição de qualidade de vida no instrumento WHOQOL.

Já que abordamos este instrumento anteriormente, vejamos as questões que o compõem relacionados ao trabalho, pago ou não: Você é capaz de trabalhar? Você se sente capaz de fazer as suas tarefas? Quão satisfeito(a) você está com a sua capacidade para o trabalho? Como você avaliaria a sua capacidade para o trabalho? (FLECK, S.d., p. 13).

Assim como o WHOQOL é utilizado para avaliar a qualidade de vida, também existem formas de quantificar a QVT. O instrumento desenvolvido por Sirgy et al. (2001) identifica sete necessidades principais dos trabalhadores, cada uma com várias dimensões, sendo elas: 1) necessidades de saúde e segurança (ex.: proteção contra problemas de saúde e lesões no trabalho); 2) necessidades econômicas e familiares (ex.:

remuneração e seguro desemprego); 3) necessidades sociais (ex.: tempo de lazer); 4) necessidades de estima (reconhecimento e valorização do trabalho dentro e fora da organização), 5) necessidades de atualização;

6) necessidades de conhecimento (aprimoramento das habilidades); 7) necessidades estéticas (ex.: criatividade no trabalho).

Observando a teoria apresentada podemos perceber que para gerir a qualidade de vida no trabalho vários elementos que constituem a organização devem ser analisados, desde o material até o pessoal.

Oito critérios são elencados por Watson (1973), vejamos quais são e suas possibilidades de gestão.

A compensação justa e adequada pelos serviços prestados é o primeiro critério elencado pelo autor. Se analisarmos este é um dos principais motivos que leva à insatisfação no trabalho e consequente redução no nível de qualidade de vida. Não que o salário seja a única motivação do empregado, mas é o que lhe garante o sustento e manutenção do bem-estar. A bonificação salarial pode ser utilizada como incentivo e reconhecimento.

Condições de trabalho seguras e saudáveis também devem ser garantidas, visando não só a qualidade de vida, mas também a saúde.

(23)

Como vimos na primeira unidade da disciplina, doenças, acidentes e até mesmo mortes ocorrem nos ambientes laborais, podendo ser evitados através de medidas preventivas como o uso de equipamentos de proteção individual.

Outros dois critérios a serem analisados e estimulados são o uso e desenvolvimento das capacidades humanas e a oportunidade de crescimento e segurança. Dar autonomia ao colaborador e permitir que desenvolva sua carreira na empresa garantem estímulo, foco e satisfação – essenciais ao bem-estar (veja a Figura 5).

Figura 5 - A oportunidade de recrutamento interno para novas vagas e a promoção de cargo elevam os níveis de qualidade de vida no trabalho.

Fonte: Freepik

Alguns atributos devem ser levados em conta no clima organizacional para garantir o critério da integração social, dentre eles:

ausência de preconceitos, igualitarismo, mobilidade e abertura ao relacionamento interpessoal. Já o critério do constitucionalismo pode ser afirmado através da liberdade de expressão, privacidade pessoal, tratamento justo e equitativo.

(24)

DEFINIÇÃO:

“O clima organizacional constitui-se na caracterização da atmosfera psicológica percebida pelos colaboradores que influencia a motivação e a satisfação na organização. Assim se os valores organizacionais são favoráveis ao crescimento do indivíduo, proporcionará a satisfação das necessidades pessoais ao mesmo tempo produzirá à elevação da moral interna (NACIFE, 2019, p. 8).”

DEFINIÇÃO:

“No universo das empresas, a responsabilidade social pode ser traduzida como um princípio ético, aplicado à realidade através de uma gestão que leva em consideração as necessidades e opiniões dos diferentes stakeholders, isto é, dos públicos envolvidos ou impactados pelo negócio das empresas: clientes, funcionários, acionistas, comunidades, meio ambiente, fornecedores, governo e outros (BSD, S.d., p. 3)”.

Como últimos critérios levantados por Watson (1973) têm-se o equilíbrio que deve existir entre a rotina de trabalho e as demais esferas da vida (trabalho e espaço total de vida), e a relevância social do trabalho.

Este último diz respeito à responsabilidade social e imagem da empresa.

Todos os pontos citados têm influência sobre a qualidade de vida no trabalho, devendo ser investigados e manejados de acordo com a realidade de cada organização. Alinhar estratégias de gestão neste sentido traz satisfação aos funcionários, com impacto nos produtos/serviços oferecidos e consequentemente nos investidores, clientes, fornecedores e demais envolvidos.

Programas de QVT têm por finalidade promover melhorias nos diversos âmbitos que influenciam o bem-estar do colaborador. Klein (1986) cita como exemplos:

(25)

• Plano Scanlon: desenvolvido por Joseph Scanlon entre os anos 30 e 40. Trata-se de um programa no qual trabalhadores e direção da empresa buscam juntos a redução de custos e a solução de problemas e, para que todos sejam beneficiados, compartilham os ganhos;

• Círculos de controle de qualidade: compostos por funcionários que trabalham juntos e que se reúnem regularmente para discutir e tentar resolver problemas e questões em sua área. Os círculos também abordam questões de qualidade de vida no trabalho;

• Programa de participação nos lucros: esses programas devolvem uma parcela dos lucros unitários a funcionários selecionados trimestralmente, semestralmente ou anualmente. Permitir que os funcionários participem dos lucros e sucesso da empresa é uma forma de incentivo, proporcionando satisfação e melhoria na QVT (veja a Figura 6).

Figura 6 - Programas de participação nos lucros e resultados são utilizados mundialmente pelas empresas.

Fonte: Freepik

Observe no Quadro 1 alguns exemplos de atividades físico- corporais, eventos coletivos e suporte psicossocial desenvolvidos no serviço público a fim de garantir aumento do nível de qualidade de vida no trabalho.

(26)

Quadro 1 - Tipos de atividades de QVT realizadas nos órgãos públicos federais.

Fonte: Adaptado de Ferreira et al. (2009, p. 323).

Físico-Corporais Eventos coletivos Suporte psicossocial

• Academia

• Atividades posturais

• Caminhada

• Danças

• Ginástica

• Medicina reventiva e saúde bucal

• Natação

• Reeducação alimentar

• Apresentações artísticas dos servidores

• Campanhas assistenciais

• Coral

• Feiras

• Festas

• Palestras

• Torneios e competições

• Acolhimento das pessoas afastadas

• Acompanhamento psicossocial

• Cursos

• Grupos de apoio

• Incentivo ao estudo

• Inclusão digital

• Readaptação e reabilitação funcional

Um exemplo de programa de QVT desenvolvido no país é o “Fique Bem”, colocado em prática nas Indústrias Metalúrgicas Pescarmona no Brasil. Este consiste na gestão integrada de ações de saúde, medicina ocupacional, segurança do trabalho, benefícios, esportes e lazer;

com ações direcionadas a três dimensões: indivíduo, grupo e clima organizacional (IMPSA, S.d.).

SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar no tema estudado? Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=zuNKax8qqgo&t=44s e assista à entrevista dada pela psicóloga Franciane Petérle sobre qualidade de vida no trabalho ao programa Ver Mais Blumenau. (Acesso em 30/01/2020).

(27)

RESUMINDO:

Chegamos ao final de mais um material! Nele você estudou sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT). Será que aprendeu mesmo tudo sobre o tema? Repassaremos o conteúdo de forma resumida para confirmar!

O movimento da QVT teve origem na França nos anos 50, e hoje está disseminado mundialmente. A QVT envolve aspectos físicos, ambientais e psicológicos do ambiente laboral, tendo evoluído de uma simples perspectiva quanto à saúde e segurança do trabalhador para uma estratégia empresarial. As empresas passaram a dar atenção a este assunto quando foi confirmada a relação existente entre satisfação do trabalhador e produtividade, a partir daí iniciou-se um trabalho de valorização do capital humano dentro das organizações. Você viu que este tema é muito amplo e possui diversas definições e formas de análise sob diferentes dimensões. Também há instrumentos dedicados a quantificar a qualidade de vida no trabalho, como o de Sirgy et al. (2001) que foi exposto durante o decorrer do conteúdo.

A QVT pode ser manejada de forma estratégica através da aplicação de programas como o plano Scalon, círculos de controle de qualidade e participação nos lucros. É importante dar atenção a três dimensões: indivíduo, grupo e clima organizacional, de forma que os colaboradores da empresa se sintam satisfeitos e realizados em fazer parte do quadro de funcionários.

(28)

Analisando o comportamento humano quanto à saúde no trabalho

OBJETIVOS:

Neste material lhe serão apresentadas informações acerca da influência do comportamento na saúde ocupacional.

Ao finalizar a leitura você será capaz de compreender os aspectos inerentes a esta relação.

E então, preparado para progredir e desenvolver mais esta competência? Bons estudos!

Comportamento humano quanto a saúde ocupacional

Estudamos a relação entre comportamento humano, meio ambiente e qualidade de vida. Vimos implicações diretas e indiretas que estas têm sobre a saúde do homem. Processos industriais, desastres ambientais e poluição foram alguns dos assuntos tratados.

Nesta produção iremos refletir acerca da influência do comportamento humano na saúde ocupacional. Até aqui percebemos que o indivíduo em busca de melhores condições de vida, principalmente no que se refere à questão financeira, menospreza os demais domínios que fazem parte do seu bem-estar.

Como consequências do capitalismo e da globalização vivemos em um mundo conectado, em que novas informações surgem a todo momento e nos levam a consumir cada vez mais. Os bens materiais tornaram-se descartáveis e ultrapassados pelo rápido avanço tecnológico.

Nessa busca incessante pelo mais moderno, pela falsa sensação de comprar felicidade, trabalhamos exaustivamente sem nos preocupar com um dos bens mais preciosos: nossa saúde.

(29)

Como comentamos anteriormente, a satisfação dos trabalhadores está diretamente ligada à entrega de melhores produtos/serviços. Por este motivo as organizações estão cada vez mais preocupadas em garantir melhores níveis de qualidade de vida e saúde ao trabalhador.

Algumas empresas utilizam-se de artifícios um tanto quanto inusitados na busca por essas melhorias, dentre eles pode-se citar o dia nacional de levar o cachorro ao trabalho, comemorado nos Estados Unidos desde 1999, ou até mesmo uma área dentro da organização para que os funcionários possam cochilar. Será que estas medidas têm efeitos benéficos sobre a saúde ocupacional?

ACESSE:

Leia a matéria “Dormir no trabalho pode? Deve!” acessando o link https://epocanegocios.globo.com/Empresa/

noticia/2018/07/dormir-no-trabalho-pode-deve.html e veja como e por que as empresas têm investido em espaços adequados para que seus funcionários tirem um cochilo durante o expediente. (Acesso em: 13 fev. 2020)

Um dos principais assuntos tratados na saúde do trabalho é o estresse ocupacional. Trata-se de uma alteração que “pode ocasionar incapacidade para o trabalho, gerando custos, perda de renda vitalícia e aposentadoria antecipada, além do risco de suicídio” (PRADO, 2016, p.

285). Veja algumas dicas para melhorar o dia a dia e lidar com o estresse no trabalho (ISMA-BR, 2017, p. 23):

1. Identifique seus limites. 2. Não extrapole seus limites por períodos frequentes ou prolongados. 3. Se fizer uma jornada mais longa, compense dormindo e comendo bem. 4. Liste os projetos e estabeleça prioridades. 5. Delegue tarefas, não centralize as responsabilidades. 6. Aprenda a dizer “não” para evitar sobrecarga. 7. Evite buscar a perfeição. 8. Para se acalmar, inspire pelo nariz dilatando os músculos do abdômen. Expire contraindo os músculos. 9. Faça um exercício físico ao menos três vezes por semana. 10. Ria com frequência, mesmo que forçado.

(30)

Além do estresse, o Brasil reporta números alarmantes da síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional (veja a Figura 7). Muito comentado nos dias atuais, este distúrbio emocional está ligado às condições de tensão e estresse a que os trabalhadores se submetem durante a execução de suas atividades.

Figura 7 – Cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout.

Fonte: Freepik

SAIBA MAIS:

Ouça a entrevista da psicóloga, doutora em psicologia clínica, comunicação verbal e presidente da International Stress Management Association (ISMA-BR), Dra. Ana Maria Rossi sobre a síndrome de burnout através do player disponível no link http://radios.ebc.com.br/tarde-nacional- amazonia/2019/06/brasil-e-o-segundo-pais-com- maior-indice-de-estresse-relacionado-ao (Acesso em 13/02/2020).

Esta síndrome apresenta sintomas físicos como: cansaço; dores de cabeça e musculares; pressão alta; problemas gastrointestinais; alteração nos batimentos cardíacos; e mentais como: desgaste emocional;

sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante;

sentimentos de derrota, desesperança e incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento (MS, S.d.).

(31)

Ansiedade e depressão também fazem parte do quadro de saúde mental de inúmeros trabalhadores brasileiros. Longas jornadas de trabalho, ritmo frenético, insatisfação profissional, são vários os motivos que levam ao adoecimento.

Além do desgaste mental, o trabalho também pode ocasionar cansaço físico e nos piores casos doenças, acidentes e até mesmo mortes. Lembra-se do que comentamos na primeira unidade da disciplina acerca das principais doenças que acometem os trabalhadores no Brasil?

Os cânceres, transtornos mentais, Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) são as doenças ocupacionais que mais atingem os brasileiros (BRASIL, 2019).

As doenças, acidentes e mortes no ambiente laboral também tem como causa as demandas físicas das tarefas. Seria possível afirmar que as vítimas têm parcela de culpa sobre os episódios que lhes acometem?

Sabemos que cada indivíduo possui um perfil comportamental e age de diferentes formas frente a uma situação.

Sob este pensamento estudos têm sido conduzidos no sentido de identificar comportamentos de risco e inseguros no ambiente de trabalho.

Desrespeito às normas, imprudência e não utilização de EPIs são alguns exemplos das causas de acidentes (observe a Figura 8).

Figura 8 – A utilização correta dos EPIs garante segurança nas atividades laborais, reduzindo o risco de acidentes.

Fonte: Freepik

(32)

A própria norma regulamentadora de cadastro de acidentes de trabalho (NBR 14280) classifica as causas em três tipos, com a presença do fator pessoal – o famoso erro humano:

• Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro;

• Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente;

• Condição ambiente de insegurança (condição ambiente):

Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência (ABNT, 2001, p.3).

Dentre os fatores que levam ao erro humano pode-se citar: falha de comunicação, falta de treinamento eficaz, falha de memória, negligência, equipamentos mal projetados, cansaço, fadiga, ignorância, condições de trabalho ruidosas, outros fatores pessoais e ambientais (ZAMBON, 2010).

A fim de resguardar a saúde do trabalhador, as empresas têm investido em programas de segurança comportamental. Cooper (2009) traça componentes chave a segurança comportamental: 1) identificação de comportamentos inseguros através de registros; 2) desenvolvimento de checklists de observação; 3) treinamento; 4) avaliação contínua de segurança através de observações comportamentais; 5) fornecimento de feedback.

A auditoria comportamental também é uma ferramenta voltada à eliminação de riscos no trabalho que consiste na abordagem do funcionário em suas atividades laborais, identificação dos aspectos de risco e conscientização. Observe no Quadro 2 categorias e subcategorias utilizadas na identificação de desvios comportamentais.

(33)

Quadro 2 - Categorias e subcategorias da Auditoria Comportamental.

Fonte: Simioni e Patrocínio (2015, p. 12)

Físico-Corporais Eventos coletivos A. Reação das pessoas A1- Mudando de posição

A2- Parando o serviço A3- Ajustando o EPI B. Posição das pessoas B1- Ser atingido

B2- Ficar preso B3- Risco de queda B4- Postura inadequada

B5- Choque elétrico B6- Risco de queimadura

B7- Inalar contaminantes C. Ferramentas e equipamentos C1- Ferramenta imprópria para

serviço.

C2- Uso incorreto / Inseguras.

D. Procedimentos D1- Procedimento inadequado D2- Procedimentos não

documentados E. Limpeza, arrumação e ordem E1- Local sujo

E2- Local desorganizado E3- Local com vazamento e

poluição ambiental

O cuidado com a saúde no trabalho é promovido não só pelo setor privado, dentro dos próprios ambientais laborais, mas também pelo público através do estabelecimento das normas regulamentadoras (NRs). Tais normas consistem em direitos e deveres a serem cumpridos pelos empregadores a fim de garantir o trabalho seguro e sadio e prevenir possíveis doenças e acidentes.

(34)

Dentre estas pode-se citar a NR 5, que prevê o estabelecimento e manutenção de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas privadas. A CIPA “tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador” (BRASIL, 1978, p. 1).

Provavelmente você já deve ter visto uma placa com dizeres semelhantes a “estamos trabalhando há xx dias sem acidentes”. Esta recebe a denominação de placa CIPA e tem por objetivo mostrar o empenho da empresa na prevenção de acidentes de trabalho.

SAIBA MAIS:

Leia a reportagem “Burnout: mais próximo do setor da saúde do que se imagina” publicada na nona edição da Revista FEHOESP 360 e aprofunde seus conhecimentos sobre esta síndrome do mundo moderno. Disponível no link http://www.ismabrasil.com.br/img/estresse105.pdf (Acesso em 13/02/2020).

RESUMINDO:

Caro aluno, encerramos mais uma etapa. O que você acha de verificarmos se você assimilou todos os conhecimentos repassados? Neste material você estudou sobre a influência do comportamento humano na saúde ocupacional. Em busca de melhorias nas condições financeiras e consequentemente no nível de qualidade de vida, muitos cidadãos se submetem a jornadas exaustivas de trabalho, sacrificando um dos bens mais preciosos: a saúde. Como consequências têm-se o desgaste físico e mental, ataques de ansiedade, depressão, e até mesmo ocorrência de doenças ocupacionais como a síndrome de burnout. Você viu que esta síndrome tem atingido milhões de trabalhadores brasileiros e está ligada às condições de tensão e estresse vivenciadas nos ambientes laborais. As

(35)

:

demandas físicas das tarefas também levam à ocorrência de doenças, acidentes e até mesmo mortes. Estes episódios ligados aos processos de trabalhos podem ter como causa fatores pessoais, os famosos erros humanos, desencadeados por elementos como a falta de atenção, treinamento, descumprimento de normas e regras. Com relação a este assunto estudamos os comportamentos de risco e programas de segurança comportamental.

(36)

Identificando sistemas de gestão em organizações

OBJETIVOS:

O sucesso de uma organização depende de sua gestão.

Nesse sentido existem diversos sistemas que podem ser implantados visando melhorias nos processos gerenciais.

Ao final deste material você será capaz de identificar estes sistemas. Boa leitura!

Sistemas de gestão ISO e certificação

Em um mercado duramente competitivo é necessário diferenciar- se e apresentar alto desempenho no que tange ao oferecimento de produtos e serviços. Nesse sentido implementam-se sistemas de gestão visando a melhoria e alinhamento dos fluxos e processos.

Você já ouvir falar em norma ISO? Essas normas foram criadas pela ISO – Organização Internacional de Padronização visando melhorias na qualidade de produtos e serviços que são fornecidos a nível global.

No Brasil, a ISO é representada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Para identificar as empresas que possuem sistemas de gestão alinhados a tais normas existem os processos de certificação. Por meio de auditorias verifica-se se os preceitos das normas são atendidos, em caso positivo a empresa recebe um selo de certificação e pode divulgar isto no mercado (veja a Figura 9).

(37)

Figura 9 – Os selos de certificação ISO trazem maior credibilidade às empresas.

Fonte: Freepik

Dentre os principais benefícios da implantação de um sistema de gestão e obtenção da certificação estão: a promoção do comprometimento com a qualidade; alta competitividade; medição contínua das melhorias do negócio; segurança quanto à eficiência e eficácia dos produtos, serviços ou sistemas; introdução de novos produtos e marcas no mercado; redução das perdas no processo produtivo e melhorias na gestão; melhoria da imagem da organização; segurança de que o que é fornecido atende às normas globais (ABNT, S.d.).

SAIBA MAIS:

Para entender mais sobre o assunto leia o artigo científico “As normas ISO” publicado na Revista Científica Eletrônica de Administração, disponível no link: http://

faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/

W1EsmW9A6Hxjf4R_2013-4-29-15-27-14.pdf (Acesso em 13/02/2020).

Sistema de Gestão da Qualidade - SGT

A gestão da qualidade consiste em uma série de atividades e processos que visam a melhoria contínua: “identificação e eliminação dos erros, entendimento das necessidades dos clientes, cooperação dos trabalhadores, cultura de aprendizagem, uso de métodos e técnicas estatísticas como instrumentos de mensuração de resultados” (MACHADO, 2012, p. 33).

(38)

Um SGT passível de adoção no Brasil é normatizado pela ABNT NBR ISO 9001:2015, com base em sete princípios de gestão da qualidade:

1) foco no cliente; 2) liderança; 3) engajamento das pessoas; 4) abordagem de processo; 5) melhoria; 6) decisão baseada em evidências; e 7) gestão de relacionamento.

De acordo com a ABNT (2015, p. 6), para implementar um sistema de gestão da qualidade é necessário seguir três passos:

Passo 1 – Defina seus objetivos. Por que você quer implementar a norma?

Passo 2 – Assegure-se de que a alta gestão esteja alinhada. É essencial que todos – de cima para baixo – apoiem a iniciativa e seus objetivos;

Passo 3 – Identificar os principais processos de sua empresa para atender seus objetivos e as necessidades dos clientes. Em cada um desses processos, tenha certeza de que compreende as necessidades dos clientes e que pode assegurar que elas serão atendidas sempre. Essa será a base de seu sistema de gestão da qualidade.

Deve-se lembrar que após adoção do sistema o processo de melhoria deve ser contínuo. Nos dias atuais os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto à cadeia de produção dos bens que adquirem, neste caso a opção pela certificação e obtenção do selo de qualidade pode ser vantajosa no que tange à competitividade de mercado.

ACESSE:

Acesse a cartilha da ABNT disponível no link http://www.

abnt.org.br/publicacoes2/category/145-abnt-nbr-iso- 9001?download=388:abnt-nbr-iso-9001-2015-como-usar e fique por dentro de como usar a NBR ISO 9001:2015.

(Acesso em 13/02/2020).

(39)

Sistema de Gestão Ambiental - SGA

Anteriormente estudamos acerca dos impactos ambientais ocasionados pelas atividades antrópicas. Vimos como o processo de industrialização requer cada vez mais matéria-prima, utilizando de forma irracional os recursos naturais e contribuindo ao aumento da pressão ambiental.

No sentido de conter a degradação ambiental e corresponder aos princípios do desenvolvimento sustentável, sistemas de gestão ambiental vêm sendo implantados nas indústrias como forma de avaliação e controle dos recursos e operações. Busca-se a redução na emissão de poluentes, resíduos e rejeitos.

SAIBA MAIS:

Assista ao vídeo “Como implantar gestão ambiental” do Sebrae, disponível no link https://www.youtube.com/

watch?v=PHFLHWeDlIE, e saiba mais sobre o assunto.

A ABNT NBR ISSO 14001:2015 define os requisitos para a implantação de um sistema de gestão ambiental. A base do sistema é fundamentada no ciclo PDCA (veja a Figura 10):

Plan (planejar): estabelecer os objetivos ambientais e os processos necessários para entregar resultados de acordo com a política ambiental da organização.

Do (fazer): implementar os processos conforme planejado.

Check (checar): monitorar e medir os processos em relação à política ambiental, incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios operacionais, e reportar os resultados.

Act (agir): tomar ações para melhoria contínua (ABNT, 2015).

(40)

Figura 10 – Ciclo PDCA, do inglês Plan-Do-Check-Act, planejar-fazer-checar-agir.

Fonte: Freepik

De acordo com a ABNT (2015), esta norma adequa-se a todos os tipos e tamanhos de empresas e exige que as mesmas se preocupem com questões ambientais relacionadas aos processos produtivos, como:

poluição do ar, água, esgoto, gestão de resíduos, contaminação do solo, alterações climáticos, uso eficiente dos recursos.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional - SSO

Recentemente foi publicada a norma ISO 45001:2018 que fornece requisitos à implantação de um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional - SSO. Como vimos até aqui, estratégias que deem suporte a melhorias no que tange a qualidade de vida dos trabalhadores sempre são bem vindas dentro de uma organização.

A preocupação quanto ao fornecimento de ambientes laborais seguros e saudáveis leva as empresas à adoção deste tipo de sistema de gestão. De acordo com a ABNT (2018), o SSO especificado pela NBR ISO 45001 fornece requisitos à prevenção de lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho, melhorando pró-ativamente o desempenho dentro das organizações.

(41)

A OHSAS 18001:2007 também é uma norma que define os requisitos de um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho. Além dos citados, existem outros sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho, porém alguns problemas costumam ser encontrados durante suas implantações. Trivelato (2013) cita o fato de serem muito genéricos,

RESUMINDO:

Parabéns, chegamos ao final de um material! Para refrescar na memória tudo que foi lido nesta produção, vamos a um pequeno resumo.

Você estudou sobre sistemas de gestão da qualidade, ambiental, de segurança e saúde ocupacional. Você viu que os sistemas de gestão são considerados diferenciais para as empresas que querem se destacar no acirrado mercado.

Para implementar um sistema de gestão as organizações podem seguir as normas ISO, regulamentadas no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. As normas ABNT NBR ISO 9001 e 14001 de 2015 especificam requisitos a implantação de sistemas de gestão da qualidade e ambiental, respectivamente. Recentemente foi lançada a ABNT NBR 45001:2018, que especifica requisitos para um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional.

Após a adesão a sistemas de gestão ISO é possível obter a certificação e ostentar um selo de qualidade, que atesta o fato de a empresa seguir à risca os requisitos determinados pelas normas técnicas. Além destes existem diversos outros sistemas de gestão nas mesmas áreas que podem ser alinhados aos processos produtivos.

SAIBA MAIS:

Assista ao vídeo “Como empresas podem desenvolver sistemas para melhorar a gestão de segurança e saúde no trabalho?” desenvolvido pelo Sesi, disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=Xfy98j1jenE. (Acesso em 13/02/2020)

(42)

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT . O que é Certificação e como obtê-la? S.d. Disponível em: <http://www.abnt.org.

br/certificacao/o-que-e>. Acesso em: 13 fev. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 14280. Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação.

2001. Disponível em: <http://www.alternativorg.com.br/wdframe/index.

php?&type=arq&id=MTE2Nw>. Acesso em: 13 fev. 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR ISO 14001. Sistemas de gestão ambiental — Requisitos com orientações para uso. 2015.

BUSINESS MEETS SOCIAL DEVELOPMENT - BSD. Responsabilidade social empresarial. S.d. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/

multiplicadores/respSocial.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2020.

BRASIL. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. 1978. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/

images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.

Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Saúde Brasil 2018 uma análise de situação de saúde e das doenças e agravos crônicos: desafios e perspectivas. Brasília:

Ministério da Saúde, 2019.

COBRA, N. A semente da vitória. São Paulo: SENAC, 2017.

COSTA, A. F. M.; STUTZ, B. L.; MOREIRA, G. de O.; GAMA, M. M. da.

Sociedade atual, comportamento humano e sustentabilidade. Caminhos de Geografia, v. 5, n. 13, p. 209-220, 2004.

(43)

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE.

Síntese de Indicadores Sociais. Extrema pobreza atinge 13,5 milhões de pessoas e chega ao maior nível em 7 anos. 2019. Disponível em:

<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia- de-noticias/noticias/25882-extrema-pobreza-atinge-13-5-milhoes-de- pessoas-e-chega-ao-maior-nivel-em-7-anos>. Acesso em: 09 fev. 2020.

INDÚSTRIAS METALÚRGICAS PESCARMONA - IMPSA . S.d. Disponível em:<http://www.pe.sesi.org.br/imprensa/noticias/Apresentaes%20 Frum%20de%20Qualidade%20de%20Vida/CONCEI%C3%87%C3%83O%20 ROCHA.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2020.

FERREIRA, M. C.; ALVES, L.; TOSTES, N. Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) no Serviço Público Federal: O Descompasso entre Problemas e Práticas Gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 25, n. 3, p. 319-327, 2009.

FLECK, M. P. de A. O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Ciênc. saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 33-38, 2000.

FLECK, M. P. de A. WHOQOL-100 Versão em português.

S. d. Disponível em: <http://www.saudedireta.com.br/

docsupload/1336473832WHOQOL-100.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.

ISMA-BR - International Stress Management Association. Burnout:

mais próximo do setor da saúde do que se imagina. Revista FEHOESP 360, ed. 9, 2017. Disponível em: <http://www.ismabrasil.com.br/img/

estresse105.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2020.

JOHNSON, A. G. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica. JUNGMANN, R. (Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

KLEIN, G. D. Employee-centered productivity and QWL programs:

Findings from an area study. National Productivity Review, v. 5, n. 4, 348–

362, 1986.

LIMONGI-FRANÇA, A. C. Qualidade de Vida no Trabalho – QVT:

Conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

(44)

MACHADO, S. S. Gestão da qualidade. Inhumas: IFG; Santa Maria:

Universidade Federal de Santa Maria, 2012.

MS – Ministério da Saúde. Síndrome de Burnout: o que é, quais as causas, sintomas e como tratar. S. d. Disponível em: <https://saude.gov.br/

saude-de-a-z/saude-mental/sindrome-de-burnout>. Acesso em: 13 fev.

2020.

NACIFE, J. M. A pesquisa de clima organizacional na prática: o passo a passo para sua elaboração, aplicação e análise. Porto Alegre:

Simplíssimo, 2019.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO – PNUD. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013). Brasília: PNUD, Ipea, FJP, 2013.

96 p.

RIBEIRO, L. A.; SANTANA, L. C. de. Qualidade de vida no trabalho:

fator decisivo para o sucesso organizacional. Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu, v. 2, n. 2, p. 75-96, 2015.

SIMIONI, A. F.; PATROCÍNIO, A. B. do. Segurança comportamental em ambientes de trabalho. REGENT: Revista Eletrônica de Gestão, Engenharia e Tecnologia da Faculdade de Tecnologia de Piracicaba, v. 1, n. 1, 2015.

SIRGY, M. J.; EFRATY, D.; SIEGEL, P.; LEE, D-J. Social Indicators Research, v. 55, n. 3, p. 241–302, 2001.

STEPHAN, D. Na era da multitarefa, produz mais quem faz uma coisa de cada vez. Folha de São Paulo, 2018. Disponível em: <https://

www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2018/04/1965681-na-era- da-multitarefa-trabalha-melhor-quem-consegue-fazer-uma-coisa-por- vez.shtml>. Acesso em: 11 fev. 2020.

STIVANIN, T. Neurocientista francês explica mecanismos cerebrais da atenção e derruba mito do multitarefa. RFI, 2018. Disponível em:

<http://www.rfi.fr/br/ciencias/20180313-neurocientista-frances-explica- mecanismos-cerebrais-da-atencao-e-derruba-mito-do-m>. Acesso em:

12 fev. 2020.

(45)

TRIVELATO, G. da C. Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho.

In: SEMANA DA PESQUISA DA FUNDACENTRO, 10., São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/Arquivos/

sis/EventoPortal/AnexoPalestraEvento/Trivelato%202013%20-%20 Gestao%20em%20SST%20-%20X%20Semana%20da%20Pesquisa.pdf>.

Acesso em: 13 fev. 2020.

VELOSO, A. M. Redes sociais espalham ‘epidemia de mal-estar’

pela humanidade, diz psicanalista. BBC News Brasil, 2019. Disponível em:

<https://www.bbc.com/portuguese/geral-49160276>. Acesso em: 10 fev.

2020.

ZAMBON, L. S. Erro humano – conceitos. 2010. Disponível em:

<http://www.medicinanet.com.br/conteudos/gerenciamento/3097/

erro_humano__conceitos.htm>. Acesso em 13 fev. 2020.

(46)

Tamara Zamadei

de Vida

Referências

Documentos relacionados

6.2 D ESEMPENHO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA REVESTIMENTO DE FACHADAS – SÍNTESE DE ASPETOS MAIS RELEVANTES .... 2.2 – Esquema de corte longitudinal de uma fachada leve. 2.3

LTDA BECKER GRAD.. LTDA

As referências devem ser indicadas, obrigatoriamente, ao longo do texto entre chaves [1] e descritas no final do artigo, citando: nomes dos autores (podem ser abreviados;

6.1 Os membros discentes pertencentes à comissão organizadora da IX STMA deverão participar ativamente das reuniões, colaborar com a divulgação do evento,

O Curso de Hidráulica e Saneamento Ambiental da FATEC/SP por intermédio de seu Departamento torna público o presente edital e convida os alunos de graduação do

Como forma de continuidade dos trabalhos desenvolvidos na região, o presente estudo visou levantar as condições de vida de moradores dos conjuntos habitacionais do

Os executantes antes de efetuar a limpeza de peças em tensão, o manuseamento das divisórias metálicas (sem tensão) e a utilização do aspirador/separador em

Dimensões Comprimento: 2,08cm; largura: 1,09cm; altura: 1,01cm Procedência Geográfica Cova Y (17.60)/7(7.80), número 06 em Medinet-Habu Modo de entrada na coleção Por meio