A diferença entre Chefe e Líder
Ser um bom gestor não significa ser o grande amigo da turma ou o linha dura da equipe, mas aquele que consegue manter seus comandados sempre motivados e trazendo os resultados necessários.
Há vários fatores que desanimam funcionários e minam o trabalho da equipe.
Veja os principais motivos para os pedidos de demissão com dicas do especialista Lucas Oggiam para melhorar o relacionamento em cada situação:
Liderança sem referência – um exemplo de líder é aquele que
costuma participar de atividades fundamentais e decisões estratégicas. É aquele que inspira e traz bons exemplos ao seu time. A ausência de liderança é sentida pela maior parte do time. Ele é a figura a quem todos recorrem em ocasiões mais delicadas. Se isso não acontece, ele perde conexão com as pessoas e pode se tornar dispensável em atividades futuras.
Falta de feedback- cada um quer se sentir parte integrante do sucesso. E para isso acontecer é mais do que necessário que o líder da equipe converse frequentemente com seus subordinados.
“Um líder precisa apontar para seus comandados o que está errado e como fazer para melhorar – assim como também elogiar.
Um funcionário que não recebe feedback tende a estacionar na carreir e parte para a busca de novos desafios ” afirma o consultor.
Não treinar – um dos aspectos mais importantes para o seu sucesso é a integração profissional que um funcionário deve ser submetido ao ser contratado. E parte fundamental é o treinamento. “Um empregado precisa entender como é a empresa, o que ele deverá fazer e como. Integrar não é apenas dar as boas-vindas e convidar para almoçar” afirma Page.
Delargar X Delegar – “Delargar é bem diferente de delegar”, com essa afirmação, Page ensina que, quando você delega algo é necessário orientar, acompanhar, cobrar se necessário e receber feedback. Se isso não acontece, é porque o gestor passou uma tarefa e a eliminou de seu radar. Quem age assim, acaba perdendo o comando do time.
Excesso de reuniões – o chefe que gosta de fazer muitos encontros não percebe que essa prática pode comprometer o resultado do time. “Isso não significa ser comprometido. Esse excesso é ruim e prejudicial para o time e para o próprio gestor que passa mais tempo reunido do que produzindo”
finaliza Page.
Quem disse que era fácil? Mas acredito que ajude muito
cultivar pelo menos a metade das seguintes qualidades:
inteligência emocional, bom senso de organização, empatia, carisma e, acima de tudo, respeito pelas pessoas que o cercam.
Vale tentar não acha?
Como lidar com um Chefe Insatisfeito
Você começa a vê-lo/a menos – se o seu chefe começar a interromper as conversas e cancelar as reuniões com você, pode ser um sinal de que está perdendo interesse (e até mesmo a paciência) com você ou seu trabalho. É o que diz Tasha Liniger, executiva de recursos humanos.
Uma das maneiras mais comuns de um gerente expressar infelicidade é justamente parar de investir tempo em você – completa ela.
O que fazer? “Entre na ofensiva”, diz Liniger. “Programe uma reunião individual e venha preparado: mostre o que foi realizado, qual progresso está sendo feito e onde você precisa de apoio… pergunte se há outras coisas que você deve priorizar.”
A partir daí, envie ao seu supervisor um resumo semanal do seu trabalho e solicite pontuações regulares em troca.
Ele/a para de convidar você para reuniões – há quem não perceba essa mudança de ritmo. Mas, se perceber que não está participando de reuniões com a mesma frequência de antes, fique atento!
Andy Thiede, da KardasLarson, uma empresa de consultoria de recursos humanos – com sede em Connecticut – pondera que, se você deixar de ser necessário para a empresa e seu chefe, está na hora de começar a pesquisar soluções e oferecer informações importantes e relevantes para tópicos específicos que vem sendo tratados na empresa. Thiede afirma que, ao demonstrar que você tem informações importantes, você mostra que pode agregar valor à equipe e para à empresa de modo geral.
Seu chefe não dá retorno – se ele/a nunca tiver tempo para oferecer feedback detalhado, isso pode significar que é hora de encarar…
Pergunte o que você precisa fazer para obter um aumento ou promoção. Se ele não pundere dar uma resposta direta ou parecer desinteressado comece a pensar em alternativas e mudanças de fato.
Ok, não existe fórmula infalível e as pessoas podem mudar de humor conforme as circunstâncias. Mas uma atitude antenada pode fazer diferença para o início de uma melhora geral no clima de seu ambiente de trabalho e na sua relação com colegas e chefia.
Como ser (e o que é) um líder
servidor
Conheci esse “tipo” de líder lendo o Monge e o Executivo (James C. Hunter), onde o autor mostra por meio de parábolas que estar disponível para contribuir com as necessidades das pessoas e mostrar autoridade é a essência da liderança servidora. No livro, autor mostra que esse conceito não é inventado e nem mais um modismo do mundo dos negócios.
Esse líder precisa – de fato – influenciar, despertar, nutrir aqueles com quem trabalha…
Mas para isso, você precisa se conhecer primeiro – e conhecer bem – pois ninguém consegue liderar outras pessoas se não liderar a si mesmo.
Seja humilde – os melhores líderes são uma mistura de
humildade pessoal com vontade profissional. Ambiciosos em primeiro lugar pelo bem da empresa e depois por eles próprios.
Seja atencioso – a responsabilidade de oferecer um ambiente saudável para seus funcionários é sua. Respeite, faça elogios sinceros e específicos, reconheça as realizações. Mostre que está interessado nas pessoas e não apenas no que elas podem fazer pela empresa.
Equipe é essencial – por isso crie um ambiente de colaboração e eficiência. Demonstre que você se preocupa e que está ali para ajudar.
Perdoe e/ou releve – um funcionário que não atendeu às expectativas, cometeu um erro ou não gostou de algum feedback pode causar um ressentimento. Seja maduro e não ligue, liderança também exige perdão e resiliência em alguns momentos horas.
Confie e seja confiável – muitos líderes falam de confiança, mas suas ações dizem o contrário . Não seja esse tipo de pessoa – nunca. Um líder age com honestidade, é verdadeiro consigo e com os outros. Uma empresa sem confiança é como um castelo de areia que qualquer coisa derruba.
Seja exemplo – cumpra seus compromissos – simples assim.
Já trabalhei com vários tipos de líderes – carismáticos (baseado no carisma), democráticos (funcionários participam de quase todos os planos, discussões e procedimentos da empresa) e autocráticos (toma todas as decisões sem consultar os outros, para mim, esse é o por tipo), e o que eu mais gostei foi o líder servidor. Dá gosto trabalhar com uma gestão assim.
Eles nos conquistam, nos envolvem tanto que colocamos nosso coração e mente a serviço da empresa – as vezes, até mesmo sem perceber.
E vocês? Que tipo de líder são ou para que líder trabalham?
Como corrigir seu chefe
Marlon Brando Interpretando Don Corleone
Embora exista uma piada corporativa segundo a qual eles jamais erram, apenas são “ mal informados”, eles se enganam sim, e mais do que se pensa. Com exceção de Marlon Brando em O Poderoso Chefão – quase todos se enganam.
Porém, quando isto acontece, é importante lidar com o fato com um mínimo de diplomacia e tato. Até por que, há maneiras e maneiras de contornar a situação.
1- Ignore o erro – se for algo insignificante, por que não?
Não é o caso de desgastar seu relacionamento ou chamar atenção para algo que não fará diferença a médio ou longo prazo.
2 – Defenda o erro – é claro que é uma atitude mais cínica, que requer uma tática sutil. Um executivo uma vez me confessou fazer isso com muita facilidade: sempre encontra uma forma de mostrar os pontos positivos que a decisão “errada” em questão poderia trazer no futuro.
Segundo ele, no futuro, pouca gente se lembrará de quem defendeu esta ou aquela posição. E, no momento o problema fica
resolvido de uma forma política e sem maiores atritos. Sei não, mas essa tática requer um questionamento mais profundo e deve ser analisada caso a caso…
3- Discuta o erro entre quatro paredes – com ele naturalmente.
Aponte diplomaticamente outras alternativas e sinta a reação antes de fincar o pé e dizer que acha que esta decisão vai levar a empresa a bancarrota.
Esse papo pode parecer simplista demais, porém se começar a atentar para as diferentes alternativas, verá como, muitas vezes, uma abordagem no momento certo e sem pressão pode surtir efeito – e evitar uma série de mal entendidos com efeito dominó. Por isso vale a pena tentar.