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Aula 03 OBJETIVO (PEDIDO E CAUSA DE PEDIR) SUBJETIVO (PARTES) - EM REGRA O EFEITO ENTRE AS PARTES

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Turma e Ano: Curso de Direito Processual Civil – 2015 – módulo B

Matéria / Aula: Princípio da congruência: externa e interna/ sentença extra petita/sentença ultra petita / sentença citra petita – Aula 3

Professor: Edward Carlyle (Juiz Federal) Monitor: Lino Ribeiro

Aula 03

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA OU ADSTRIÇÃO

Art. 1.005. NCPC O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns

Art. 509.CPC/73 O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

Quando o juiz não observa esses limites surge:

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA

EXTERNO - CONGRUÊNCIA DA SENTENÇA COM O PEDIDO FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL

OBJETIVO (PEDIDO E CAUSA DE

PEDIR)

SUBJETIVO (PARTES) - EM

REGRA O EFEITO ENTRE

AS PARTES

EXCEÇÃO

EFEITO ERGA OMNES E

ULTRA PARTES (EX.:

ACP E AP)

LITISCONSORCIO UNITÁRIO ART.

509 CPC/73 E ART.

1005 NCPC INTERNO

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Sentença ultra petita:

o Teoria tradicional – é a sentença que vai além;

o Teoria moderna – quando examinou as causas de pedir, mas decidiu com base em outras que não foram mencionadas.

Sentença extra petita:

o Teoria tradicional – é a sentença que decide coisa diversa;

o Teoria moderna – é a decisão diversa do que foi pleiteado ou das causas de pedir apresentadas ou em relação a pessoas diferentes das partes.

Sentença citra petita:

o Teoria tradicional – é a sentença que decide coisa diversa

Sentença ultra petita

Não é permitida no ordenamento e o meio para corrigi-la é através dos embargos de declaração.

No entanto, como se trata de error in procedendo, caso a sentença não seja embargada é possível abordá-la na apelação. Hipóteses excepcionais que permitem a sentença ultra petita:

o PEDIDO

Pedido implícito – não tinha previsão no código anterior, mas está previsto no NCPC nos artigos 322 e 323;

Art. 322. O pedido deve ser certo.

§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.

§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.

Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.

Multa – previsto no art. 461 do CPC/73 e nos arts. 536 e 537 do NCPC

Art. 536. NCPC No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.

§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a

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imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.

§ 2o O mandado de busca e apreensão de pessoas e coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, observando-se o disposto no art. 846, §§ 1o a 4o, se houver necessidade de arrombamento.

§ 3o O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando injustificadamente descumprir a ordem judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência.

§ 4o No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, aplica-se o art. 525, no que couber.

§ 5o O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao cumprimento de sentença que reconheça deveres de fazer e de não fazer de natureza não obrigacional.

Art. 537. NCPC A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

§ 1o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:

I - se tornou insuficiente ou excessiva;

II - o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para o descumprimento.

§ 2o O valor da multa será devido ao exequente.

§ 3o A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte ou na pendência do agravo fundado nos incisos II ou III do art. 1.042.

§ 4o A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da decisão e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado.

§ 5o O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao cumprimento de sentença que reconheça deveres de fazer e de não fazer de natureza não obrigacional.

Art. 461. CPC/ 73 Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).

§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia,

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citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.

§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando- lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.

§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.

o FUNDAMENTAÇÃO

Fato superveniente – previsto no art. 493 do NCPC – Relembrar –esse fato superveniente para a doutrina majoritária e jurisprudência não pode ser uma nova causa de pedir.

Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.

Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir

Fato notório – independe de prova;

Fato simples/ circunstancial – não modifica a interpretação jurídica;

Alguns fundamentos da defesa – podem ser visto de ofício pelo juiz desde que conste no processo e tenha dado contraditório. Ex.: Decadência legal, pagamento da dívida e compensação (para alguns doutrinadores).

Sentença extra petita

Exceções:

o PEDIDO - em relação ao pedido mediato e imediato a doutrina afirma que a exceção principal é aquela que possibilita que o juiz de ofício adote providências para entregar a

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parte um resultado prático equivalente nas hipóteses de obrigação de fazer, não fazer e de entregar coisa.

Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.

§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.

Cuidado: Fredie Didier, Marinoni e Araken de Assis eles admitem que o juiz na sentença possa aplicar um resultado prático equivalente. No entanto, parte da doutrina diz que na sentença tem que decidir o que foi pleiteado. Somente na fase de cumprimento da sentença é que se adota providências executivas para dar cumprimento a sentença. É na fase do cumprimento da sentença que o juiz poderia aplicar um resultado prático equivalente.

o FUNDAMENTAÇÃO – é idêntico a sentença ultra petita.

Sentença citra petita é sinônimo de infra petita para a doutrina majoritária. Dinamarco de forma isolada tem um posicionamento diverso. Para ele a citra petita é omissa em relação ao pedido ou fundamento, já a

infra petita

os pedidos são analisados, mas um dos pedidos é julgado improcedente. Nós conhecemos pelo nome de sentença de procedência parcial.

SENTENÇA CITRA PETITA

PEDIDO

DEIXOU DE ANALISAR UM DOS PEDIDOS

CABEM EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO

SE NÃO FOR CONHECIDOS OU

PROVIDOS

CABE APELAÇÃO - ALEGANDO ERROR

IN PROCEDENDO

CAUSA DE PEDIR -AUTOR DOLO

Se o juiz ao acolher o DOLO.Não

precisará analisar o ERRO e a SIMULAÇÂO

ERRO SIMULAÇÃO

ALEGAÇÕES DEFENSIVAS -

RÉU

PRESCRIÇÃO

Se o juiz ao acolher a PRESCRIÇÃO. Não precisará analisar o

PAGAMENTOOU COMPENSAÇÃO. Mas

se rejeitar terá que analisar o PAGAMENTO

E SE FOR O CASO A COMPENSAÇÃO

PAGAMENTO COMPENSAÇÃO

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Obs.: Se o pedido não é decidido ele poderá ser novamente apresentado com o mesmo pedido, causa de pedir e pelas mesmas partes.

Art. 536. NCPC No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.

§ 1

o

Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.

Art. 537. NCPC A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

Art. 27. Da Lei 9868/99 Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA INTERNA - A SENTENÇA

PRECISA POSSUIR DETERMINADOS REQUISITOS PARA QUE

ELA POSSA SER CONSIDERADA COMO

UM ATO ESTATAL VÁLIDO E PERFEITO

CERTEZA

É A INDICAÇÃO NA SENTENÇA DE

QUAL FOI A DETERMINAÇÃO DO JUIZ QUANTO A

APLICAÇÃO DODIREITO AO CASO CONCRETO

QUE LHE FOI APRESENTADO

OUTRO ENTENDIMENT

O - DIZ QUE A SENTENÇÃO

NÃO PODE FICAR SUJEITA

A NENHUMA CONDIÇÃO

EXCEÇÕES

MULTAS COERCITIVAS

- ART. 536, § 1 CPC/73 E 537 NCPC MODULAÇÃO

DOS EFEITOS NA ADIN - ART 27 DA LEI

9868/99 ART. 12 DA LEI

1.060/50 LIQUIDEZ

CLAREZA E COERÊNCIA (PARA

ALGUNS DOUTRINADORES)

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Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Art. 12. Da Lei 1.060/50 A parte beneficiada pela isenção do pagamento das custas ficará obrigada a pagá-las, desde que possa fazê-lo, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, se dentro de cinco anos, a contar da sentença final, o assistido não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará prescrita.

SENTENÇA ( CONDIÇÃO INTRAPROCESSUAL)

CONDIÇÃO SUSPENSIVA - NÃO PRODUZ EFEITO ENQUANTO NÃO FOR REALIZADA O REEXAME NECESSÁRIO PARA O TRIBUNAL E

CONFIRMADA O SEU TEOR

EX.: REEXAME NECESSÁRIO

TEM QUEM DEFENDA QUE A DENUNCIAÇÃO DA LIDE SEJA OUTRA

HIPÓTESE DE SENTENÇA COM CONDIÇÃO SUSPENSIVA

CONDIÇÃO RESOLUTIVA - SENTENÇA PROFERIDA ANTES DO JULGAMENTO

DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PENDENTE

NO TRIBUNAL

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O NCPC no artigo 509 adotou a teoria tradicional.

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

§ 1

o

Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.

§ 2

o

Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

§ 3

o

O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira.

§ 4

o

Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA INTERNA - A SENTENÇA PRECISA POSSUIR DETERMINADOS REQUISITOS PARA QUE ELA POSSA SER CONSIDERADA COMO UM

ATO ESTATAL VÁLIDO E PERFEITO

LIQUIDEZ

TRADICIONALMENTE- NECESSIDADE DE DETERMINAÇÃO DO

"QUANTUM DEBEATUR"

QUANTO SE DEVE (VALOR DE OBRIGAÇÃO) MODERNA- ALÉM DO QUANTUM DEBEATUR" +

LIQUIDAÇÃO DOOBJETO DA OBRIGAÇÃO "QUID

DEBEATUR"

(9)

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA INTERNA - A SENTENÇA PRECISA POSSUIR DETERMINADOS REQUISITOS PARA QUE ELA POSSA SER CONSIDERADA COMO UM ATO ESTATAL VÁLIDO E

PERFEITO

CLAREZA

é a exigência de que op juiz não utilize termos

vagos

COERÊNCIA

EXIGÊNCIA DE QUE O JUIZ AO EXPOR AS RAZÕES PELAS QUAIS

ESTÁ JULGANDO O PEDIDO DE DETERMINADO MODO FAÇA DE MANEIRA COERENTE

Referências

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