Data da gravação: Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves
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Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia".
Somos gratos a você que tem nos acompanhado fielmente pela oportunidade que temos de passarmos esse tempo juntos estudando a Palavra de Deus. Esse é um programa que tem por objetivo estudar toda a Bíblia Sagrada e, nos sentimos privilegiados quando recebemos as correspondências que vocês nos enviam contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Por isso compartilhamos agora o e-mail que o Francisco nos enviou de São Luiz, no estado do Maranhão. Foi essa a sua mensagem: 1106“Queridos e queridas sou um ouvinte contumaz da rádio. Sobretudo nas madrugadas. Ouço pela Esperança FM, de São Luis - MA. Tenho insônia e Há um que me movimenta, chama-se:
ATRAVÉS DA BÍBLIA, o locutor é especial, tem uma locução impecável e uma sapiência bíblica singular...considero singular! Há outros programas também. Ah, não sou evangélico, não tenho religião, mas sinto uma atração forte pela palavra qdo é comunicada e esclarecida por pessoas sábias, isso eu admiro! Amo as madrugadas com vcs, choro, dou vivas pela palavra pronunciada, e as interpretações dadas, contextualizadas e positivas! Bem, que Deus nos abençoe e se puder, prezado locutor das madrugadas, e dos programas supracitados, ficarei honrado em receber o retorno do e-mail!” Francisco Alberto Lemos dos Santos.
– São Luiz – MA – email. Prezado Francisco foi muito bom receber o seu e-mail e temos orado por você. Oramos para que através dessas mensagens dos diversos programas que você acompanha Deus possa falar ao seu coração e você perceber a necessidade que tem de Jesus Cristo, recebendo-o como Senhor de sua vida. Oramos também para que você se livre da insônia e possa repousar
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bem. Por sua audiência e sua fidelidade, aqui vai nosso abraço. E agora junto com outros ouvintes que estão nos sintonizando, convido você para mais um tempo de oração. Querido Deus e Pai, obrigado porque podemos falar contigo e saber que tu nos ouves. Obrigado pela vida do Francisco e te pedimos que tu o abençoes daquela maneira que só tu pode abençoar. Que ele tenha a graça de receber Jesus Cristo como seu Senhor. Abençoa-nos, também te pedimos, no programa de hoje. Que a tua Palavra não volte vazia. Fale conosco, te pedimos isso em nome de Jesus Cristo, Amém!
Querido amigo hoje iniciamos o estudo do capítulo três desta carta de João.
Vamos estudar 1Jo 3.1-6. Logo no inicio do texto lemos essa preciosas palavras: 1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai,
João nos chama a atenção para algo maravilhoso, principalmente porque o mundo não do que se admirar. João chama nossa atenção para o amor de Deus, um amor que supera de modo incompreensível a qualquer bondade. O amor de Deus é precioso demais. Esse amor nos tem sido concedido, nos tem sido dado por Deus. João não diz que temos recebido qualquer bênção, mas sim que recebemos o próprio amor divino, e não por nossos esforços ou méritos, mas por sua graça. E como veremos a seguir, o propósito desse maravilhoso amor é que sejamos identificados como filhos de Deus! O título para nosso estudo é
Filhos amados de um Deus amoroso!
1ª João 3.1-10 Introdução
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A 1ª carta escrita pelo apóstolo João tem por objetivo conceder a cada cristão segurança de sua vida eterna (conf. 5.11-13). Enquanto no seu evangelho, João desafia-nos a crer em Jesus, como o Cristo, o Filho de Deus e como conseqüência de crermos, termos a vida eterna. Nesta carta João confirma que quem tem o Filho de Deus, tem a vida eterna! João confirma que podemos ter certeza de termos a vida eterna. Não por qualquer merecimento, mas pelo grande amor de Deus para conosco (conf. v.1a).
Enquanto o evangelho foi escrito para que alguém se torne cristão, essa é uma carta escrita para quem já se tornou um cristão, um seguidor de Jesus Cristo. Esta é uma leitura que nos traz segurança, certeza, esperança, afirmação, aceitação, perdão, certeza de que somos amados.
O texto que separamos para nossa meditação hoje tem esse potencial. No próprio texto encontramos afirmações tão claras que ao final do estudo teremos nossos corações alegres e seguros crendo no amor do Pai para conosco! Em resumo, podemos dizer que João está dizendo que
Somente através do seu grande amor temos a possibilidade de nos tornar filhos de Deus
Nestes versos encontramos cinco verdades sobre a nossa filiação com Deus:
A 1ª verdade nos revela quem são os filhos de Deus, v. 1b
1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ... a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.
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1. Somos chamados filhos de Deus 2. De fato somos filhos de Deus
3. O mundo não nos conhece, pois não conheceu a Jesus
Sermos chamados filhos de Deus é algo tão glorioso como um título, juntamente com a gloriosa realidade. Para Deus, chamar significa realizar. Ninguém é tão grande como Deus. Que relação é mais intima do que a de filhos com o Pai?
Assim, o grande privilégio de sermos chamados e de realmente sermos filhos de Deus está além da compreensão humana, e, por isso mesmo o mundo não pode nos conhecer, pois também não conheceu, não reconheceu Jesus como o filho de Deus, como o Deus encarnado!
A 2ª verdade nos mostra qual a bênção dos filhos de Deus, v. 2
3.2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
1. Já somos filhos de Deus
2. Ainda não se manifestou o que seremos
3. Seremos semelhantes a ele, pois o veremos face a face
Nós somos os filhos amados de Deus e portanto, também de João, o apóstolo.
Aqui temos um contraste teológico: já, mas ainda não! Já somos filhos na realidade, mesmo que o mundo não nos reconheça como tais, e, por isso esperamos a manifestação visível da nossa adoção que ainda não teve lugar. Não tem se manifestado visivelmente o que havemos de ser. Então imagine só: que glória adicional alcançaremos como resultado dessa filiação definitiva.
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Ainda não sabemos completamente, porém nós cristão, em algum grau já experimentamos a sua manifestação, mesmo que o mundo não a reconheça. A relação é esta: a manifestação ao mundo do que seremos ainda não teve lugar, porém nós sabemos que quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a ele, isso porque: todos os filhos tem alguma semelhança substancial com o Pai e Cristo, a quem queremos ser semelhantes (conf. Rm 8.29) é a imagem pessoal de Deus! Aguardamos a manifestação, literalmente é traduzido: aguardamos o apocalipse.
Depois do nosso nascimento natural, deve haver o nascimento na vida espiritual, e a seguir o novo nascimento, na vida de glória, na vida glorificada. Essas experiências se chamam de regeneração (conf. Mt 19.28). A ressurreição do nosso corpo é uma espécie de saída da matriz terrena e o nascimento de uma nova vida.
É bom lembrarmos que o diabo caiu por desejar o poder de Deus, enquanto o homem caiu por desejar o conhecimento de Deus. Entretanto ao desejarmos a santidade de Deus estamos crescendo sempre em sua semelhança.
A expressão: porque haveremos de vê-lo como ele é merece ser bem entendida: a contemplação contínua gera semelhança (conf. 2Co 3.18). Como a terra está voltada, está olhando sempre para o Sol, ele reflete a luz do Sol, ela reflete a glória do Sol, assim também nós, quando mais o contemplarmos, mas refletiremos sua gloria.
Nós o veremos como ele é, mas não em sua intima divindade, pois somos finitos e humanos, mas o veremos como ele foi manifestado, como Cristo.
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Ninguém, senão os puros, os limpos de coração podem ver aquele que é infinitamente puro (conf. Mt. 5.8). No original grego o verbo opsomai, não expressa somente a ação de ver, mas sim o estado daquele cujos olhos e a mente estão vendo, estão contemplando. Esse verbo esta sempre na voz média, ou seja, na voz reflexiva, isso é, ao contemplarmos Jesus, ao vermos como ele é, o percebemos e interiormente o apreciamos e assim vamos sendo beneficiados, vamos sendo transformados.
Assim como nosso corpo natural pode ver e contemplar os objetos naturais, assim também com nosso corpo espiritual reconheceremos e apreciaremos além dos outros seres espirituais, apreciaremos, contemplaremos a pessoa de Jesus Cristo.
A 3ª verdade nos revela qual o desafio de vida para os filhos de Deus, v. 3
3.3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
1. O filho de Deus a si mesmo se purifica
2. O filho de Deus mantém sua esperança em Jesus Cristo
3. O filho de Deus tem um modelo para seguir: a pureza, a santidade de Jesus Aqui temos um grande desafio. Aqui temos o desafio da luta do espírito contra a carne, o desafio da nova contra a antiga natureza.
Essa palavra é desafiadora, pois não temos nem desejo e nem condições de nos purificarmos sozinhos. Se não for através da ação conjunta com o Espírito Santo não alcançaremos essa pureza pretendida.
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Embora no Novo Testamento sempre apareçam juntas: a fé, o amor e a esperança, aqui João destaca apenas a esperança. Mas como veremos nos próximos estudos, o amor é destacado em 3.10 e a fé é destacada em 3.23.
Essa esperança é em Jesus, literalmente, é uma esperança depositada sobre ele, uma esperança fundamentada nas suas promessas, como por exemplo, a da vida eterna (conf. Jo 5.24).
Nós cristãos que temos essa esperança nos purificamos. Essa expressão E a si mesmo se purifica ... sem dúvida pressupõe a partcipação do Espírito de Cristo em nós (conf. Jo 15.5). O cristão se purifica, mas não por si mesmo, mas sim através daquele que vem morar em nós.
Se pressupõe aqui também a justificação pela fé, que é obra imerecida da parte de Deus, assim como a santificação, a purificação que deve ser alcançada através da ação do Espírito Santo em nossas vidas. E o padrão dessa purificação é:
assim como ele é puro. Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele é o cordeiro imaculado, sem mancha de qualquer impureza ou imundícia.
Assim como Jesus é puro e santo esse é o alvo e o desafio de todo cristão.
Jesus, a segunda pessoa da divindade, que nos deu a Lei e que nos trouxe o evangelho, ele que cumpriu a lei, não apenas externamente, mas cumpriu o espírito da Lei, não pecou e é puro, portanto esse é o nosso desafio.
A 4ª verdade sobre nossa filiação nos mostra o que desagrada a Deus, v. 4
3.4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
1. Desagrada a Deus a pratica do pecado
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2. Desagrada a Deus a transgressão da Lei
3. Desagrada a Deus o pecado, pois ele é a transgressão da Lei
O pecado é incompatível com o nascimento que vem de Deus. João agora expõe de forma negativa o que ele tinha nos dito positivamente.
Ele ensinou que o nascimento de Deus implica em purificação e, agora mostra que o pecado, isto é, a falta de purificação desagrada a Deus.Todo aquele que pratica o pecado ... é contrastado com aquele que se purifica e aquele que faz justiça.
A expressão transgride a Lei significa fazer anarquia. A lei de Deus é pura: e assim demonstra que não é puro aquele que transgride a Lei, aquele que não é nascido de Deus. O pecado é a transgressão da Lei, significa o pecado com uma definição de modo geral. O pecado é tanto a transgressão da Lei, como a transgressão da Lei é pecado. Pecado, que vem do grego hamartia é errar o alvo, é errar é não conseguir fazer a vontade de Deus é que o alvo de todo cristãos.
Porque pela lei é que vem o conhecimento do pecado. O erro de uma conduta fica claro quando se coloca ao seu lado a lei, uma regra clara de conduta. Portanto, diante da lei, pecamos e desagradamos a Deus. Quem vive assim demonstra que não é nascido de Deus.
A 5ª verdade nos revela a pratica de vida para os filhos de Deus, v. 6
3.6 Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.
1. O filho de Deus permanece em Deus
2. O filho de Deus não vive pecando, não peca constantemente
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3. O filho de Deus porque viu e conheceu o Pai não vive pecando
Esse é o ideal cristão: não viver na prática do pecado. A vida no pecado e a vida em Deus se excluem, assim como as trevas e a luz não convivem entre si.
Mas a questão é que os crentes pecam, porém esses pecados são alheios à vida em Deus e por isso necessita da purificação pelo sangue de Cristo (conf. 1.8-10;
2.1-2).
O cristão que tem plena comunhão com Cristo não vive na pratica do pecado. O pecado em sua vida será ocasional. A vida pecaminosa é contrária ao regenerado.
Aquele que vive em pecado continuamente demonstra que não viu nem conhece a Deus. A união com Cristo é incompatível com a vida em pecado. A comunhão com Cristo opõe-se à vida contínua no pecado.
Não há condições de afirmarmos que pertencemos e vivemos com Cristo se vivemos em pecado. Pecar ocasionalmente acontece, e o sangue de Jesus nos purifica, assim que confessamos o pecado. Porém a vida pecaminosa é contrária a vida que confessa a comunhão com Cristo.
Conclusão
3.5 Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados ...
Querido amigo, deixamos o verso 5 como a conclusão da nossa reflexão.
Conforme o texto, em primeiro lugar, Jesus manifestou-se para tirar os pecados.
O amor de Jesus fê-Lo tomar a forma de servo e morrer a morte dos injustos, tornando-se maldição por nós 2Co.5.21
João Batista apresentou Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)
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Todo pecado que eu ou você carregamos pode ser removido de nós, se o confessarmos e o deixarmos aos pés da cruz (conf. 1.9)
O pecado precisava ser tirado e derrotado porque o pecado nos separa de Deus que é santo e puro (Is 59.2); porque o pecado escraviza o ser humano não deixando-o livre (Jo 8.44); porque o pecado é a transgressão (é a quebra) da Lei e a Lei revela o caráter puro de Deus (v. 4)
Graças a Deus que em Jesus temos a vitória, quebrando o pecado - o aguilhão da Lei e a força da morte (1Co 15.55-57)
Mas, qual foi a qualificação de Jesus para essa tarefa? Em, segundo lugar, o texto diz: ... e nele não existe pecado. Jesus pode tirar os pecados porque Ele nunca pecou.
A vida de Jesus foi isenta de pecado, vencendo todas as tentações (Hb 4.15); a vida de Jesus foi comprovadamente sem pecado (Jo 8.46; Hb7.26; 1Pe 2.22); a vida de Jesus nos traz cura porque Ele, não tendo pecado e conhecendo nossas tentações e dores, compadece-se de nós (Hb 4.14); a vida de Jesus nos traz perdão porque Ele identificou-se plenamente conosco e pode nos perdoar (conf.
1.9)
Querido amigo, por tudo isso que Jesus fez por nós, derrotando o inimigo de nossas almas podemos dizer que por termos sido amados desde o passado pelo Pai, e por termos viva esperança futura de ser como Cristo é, todos nós, cristãos devemos ter no presente o desejo ardente de manifestar-se puro como Cristo é!
Meu desejo é que você se sinta encorajado e alegre por tudo o que Jesus fez por você e proponha em sua vida um viver puro como Cristo é puro!
Deus te abençoe, um abraço. Até o próximo programa. 2670