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PREPOSIÇÕES GRAMÁTICA

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Academic year: 2021

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PREPOSIÇÕES GRAMÁTICA

Usando as preposições corretamente Patrícia Cordeiro Sbrogio*

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Preposição é a palavra invariável que liga duas palavras ou orações, estabelecendo entre elas relações de sentido e de dependência. Sintaticamente, as preposições não desempenham uma função, são conectivos, ou seja,

estabelecem apenas conexões entre termos da oração. Apesar de não exercer propriamente uma função sintática, o emprego adequado das preposições é essencial para a coesão do texto.

Classificação das preposições

As preposições podem ser classificadas em essenciais e acidentais. As essenciais são aquelas que sempre

funcionam como preposições. Já as acidentais são palavras de outras categorias gramaticais que, em determinados contextos, agem como preposição. Veja alguns exemplos:

Essenciais Acidentais

a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem sob, sobre, trás

afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, salvo, segundo, visto

Algumas vezes, a relação entre dois termos é estabelecida por duas ou mais palavras e não por uma preposição apenas. Nesses casos, a expressão é denominada de locução prepositiva. As locuções prepositivas mais usadas são:

abaixo de acima de além de antes de ao invés de ao lado de

apesar de atrás de através de de acordo com dentro de depois de

embaixo de em frente a em vez de junto de perto de por entre

Combinação e contração

As preposições podem se unir a outras palavras, formando combinações e contrações. Ocorre combinação quando a preposição, na união com outra palavra, mantém todos os seus fonemas, ou seja, não sofre alteração no som. Isso acontece, por exemplo, na junção da preposição a e o artigo masculino o (s). Veja:

A contração ocorre quando a preposição, na união com outra palavra, sofre alterações fonológicas, ou seja, há perda de sons. Veja alguns exemplos:

da = de (preposição) + a (artigo) no = em (preposição) + o (artigo) numa = em (preposição) + uma (artigo) pelo = per (preposição) + o (artigo)

dessa = de (preposição) + essa (pronome demonstrativo) naquela = em (preposição) + aquela (pronome demonstrativo) Note: A contração da preposição a com o artigo a ou com os

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pronomes a, aquele(s), aquela(s), aquilo recebe o nome de crase. Na escrita, esse fenômeno é indicado pelo acento grave.

Os valores das preposições

As preposições ao ligarem palavras ou orações estabelecem determinados valores semânticos, isto é, determinados sentidos que serão definidos pelo contexto. Observe os exemplos abaixo retirados da música O meu guri,

de Chico Buarque:

"Chega suado e veloz do batente"

"Tanta corrente de ouro, seu moço"

No 1o caso, a preposição do relaciona as palavras chega e batente, indicando uma ideia de procedência. Já no 2o caso, a preposição de relaciona as palavras corrente e ouro, explicitando a matéria da qual é feita a corrente.

Veja alguns sentidos que as preposições podem assumir:

Vou à escola todos os dias. (lugar)

A biblioteca fica a duas quadras da minha casa. (distância) A última partida do campeonato foi disputada com garra.

(modo)

Gostaria de ir com você ao cinema. (companhia e destino) A árvore foi cortada com um machado antigo. (instrumento) O avião veio de Fortaleza. (lugar)

O professor estará aqui em 10 minutos. (tempo) As lojas foram decoradas para o Natal. (finalidade)

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e é professora de língua portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo.

Conjunção

E, mas, ou, logo, pois, que, como, porque Patrícia Cordeiro Sbrogio*

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.

Quando duas ou mais palavras desempenham o papel de conjunção recebem o nome de locução conjuntiva. Veja alguns exemplos: apesar de, à medida que, a fim de que, à proporção que, desde que, visto que, ainda que etc.

As conjunções são classificadas de acordo com o tipo de relação que estabelecem. As conjunções que relacionam orações independentes ou sintaticamente equivalentes são chamadas de conjunções coordenativas. Já, as conjunções que relacionam orações dependentes, ou seja, que ligam a oração principal a uma oração que lhe é subordinada são chamadas de conjunções subordinativas.

Observe:

O professor explicou o conteúdo e os alunos fizeram os exercícios.

e: conjunção coordenativa - liga orações independentes

Se o professor explicar o conteúdo, os alunos poderão resolver os exercícios.

Se: conjunção subordinativa - liga orações dependentes

As conjunções coordenativas são classificadas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, de acordo com o sentido das relações que estabelecem. Veja alguns exemplos:

Classificação Sentido Principais conjunções Aditivas adição, soma e, nem, mas também

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Adversativas oposição, contraste

mas, porém, contudo, todavia, entretanto

Alternativas alternância, exclusão

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...

Conclusivas conclusão explicação

quer logo, pois (posposto ao verbo), portanto

Explicativas justificativa pois (anteposto ao verbo), porque, que

As conjunções subordinativas são classificadas em integrantes e adverbiais. As integrantes introduzem orações subordinadas substantivas. As adverbiais introduzem orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração principal, são subdivididas em: causais, condicionais, consecutivas, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, finais, proporcionais. Veja o quadro abaixo:

Classificação Sentido Principais conjunções Integrantes sem valor semântico

específico, apenas ligam orações

que, se

Causais causa, motivo porque, como, já que, visto que

Condicionais condição se, caso, desde que, contanto que

Consecutivas conseqüência que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que

Comparativas comparação como, que (precedido de mais ou menos), assim como

Conformativas conformidade como, conforme, segundo

Concessivas concessão embora, se bem que, mesmo que, ainda que

Temporais tempo quando, assim que,

antes que, depois que Finais finalidade para que, a fim de que,

que

Proporcionais proporção à medida que, à proporção que Veja alguns exemplos de usos das conjunções:

"Este ano a olimpíada vai contar com a participação de 55.570 instituições públicas municipais, estaduais e federais. Por enquanto os alunos das escolas inscritas participam de oficinas de texto e desenvolvem prática nos gêneros poesia, memória e artigo de opinião. Os textos para a seleção podem ser enviados até 18 de agosto." (Folha Online)

"Educação melhora, mas nível continua baixo no Brasil, mostra IDEB." (Folha Online)

As conjunções, assim como as preposições, não exercem função sintática na oração, apenas ligam termos de mesma função sintática ou orações, por isso, são consideradas conectivos. No entanto, estabelecem relações lógicas essenciais para a construção de textos coerentes e coesos.

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em letras pela Universidade de São Paulo e é professora de língua portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo

ADVÉRBIOS

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Patrícia Cordeiro Sbrogio*

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, exprimindo a circunstância da ação verbal (tempo, modo, intensidade, etc.). Alguns advérbios podem modificar um adjetivo ou outro advérbio. Exemplos:

Algumas vezes, o advérbio é representado por duas ou mais palavras. Nesse caso, recebe o nome de locução adverbial. Veja alguns exemplos de locuções adverbiais: à direita, à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de súbito, de propósito, de repente, etc.

Classificação dos advérbios

Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de acordo com o seu valor semântico, isto é, com a circunstância que expressam. Observe a classificação de alguns advérbios e locuções adverbiais:

Classificação Advérbios e locuções adverbiais

Tempo

agora, hoje, ontem, cedo, tarde, à tarde, à noite, já, no dia seguinte, amanhã, de manhã, jamais, nunca, sempre, antes, breve, de repente, de vez em quando, às vezes, imediatamente, etc.

Lugar

aqui, ali, aí, lá, cá, acolá, perto, longe, abaixo, acima, dentro, fora, além, adiante, distante, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, em algum lugar, atrás, etc.

Modo

bem, mal, assim, pior, melhor, depressa, devagar, à toa, às pressas, à vontade, rapidamente, calmamente, infelizmente (e a maioria dos advérbios terminados em -mente), etc.

Negação não, absolutamente, tampouco, nunca, de modo algum, de forma alguma, etc.

Afirmação sim, realmente, deveras, certamente, sem dúvida, efetivamente, com certeza, de fato, etc.

Intensidade muito, pouco, bastante, suficiente, demais, mais, menos, tão, etc.

Dúvida talvez, possivelmente, provavelmente, quiçá, etc.

Interrogação onde, quando, como, etc.

Grau do advérbio

Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero e de número. No entanto, alguns advérbios sofrem flexão de grau como os adjetivos. Observe:

Grau comparativo:

de igualdade: na formação do comparativo de igualdade, utilizamos o tão antes do advérbio e o como ou quanto depois.

Exemplo: Os alunos chegaram tão cedo quanto os professores.

de superioridade: na formação do comparativo de superioridade, utilizamos o mais antes do advérbio e o que ou do que depois.

Exemplo: Os alunos chegaram mais cedo do que os professores.

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de inferioridade: na formação do comparativo de inferioridade, utilizamos o menos antes do advérbio e o que ou do que depois. Exemplo: Os alunos chegaram menos cedo do que os professores.

Grau superlativo: O grau superlativo dos advérbios pode ser analítico ou sintético.

Analítico: é formado com auxilio de um advérbio de intensidade.

Exemplo: Cheguei muito cedo à escola ontem.

Sintético: é formado pelo acréscimo do sufixo ao advérbio.

Exemplo: Cheguei cedíssimo à escola ontem.

Os advérbios bem e mal admitem as formas de comparativo de superioridade sintéticas, melhor e pior, respectivamente.

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em letras pela Universidade de São Paulo e é professora de língua

portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo.

Referências

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