Comportamento do Consumidor

(1)

Comportamento do Consumidor

Jéssica Brito

Economia

(2)

Restrições Orçamentárias

O comportamento do consumidor não é determinado, apenas, por suas preferências.

As restrições orçamentárias também limitam a capacidade

do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele

deve pagar por diversas mercadorias e serviços.

(3)

Economia 3

Linha do orçamento

Para analisarmos de que forma a restrição orçamentária limita as escolhas de um consumidor, consideraremos uma situação na qual ele disponha de uma renda fixa I.

A linha do orçamento indica todas as combinações de duas

mercadorias para as quais o total de dinheiro gasto é igual à

renda disponível.

(4)

Linha do orçamento

Seja A a quantidade adquirida de alimento e V a quantidade adquirida de vestuário.

Preço do alimento = P

^A

e o preço do vestuário = P v.

Logo, P

^A

A é a quantidade de dinheiro gasto com alimento e

P v V é a quantidade de dinheiro gasto com vestuário.

(5)

Economia 5

Linha do orçamento

A linha do orçamento, então, pode ser escrita como:

P _A A + P _V V = I

(6)

Linha do orçamento

Por exemplo, suponhamos que determinado consumidor

possua uma renda semanal de R$ 80, que o preço do

alimento é R$ 1 por unidade e que o preço do vestuário

seja R$ 2 por unidade.

(7)

Economia 7

Linha do orçamento

A 0 40 $80

B 20 30 $80

D 40 20 $80

E 60 10 $80

G 80 0 $80

Cesta de Alimento(A) Vestuário(V) Despesa Total

mercado P

_A

= ($1) P

_V

= ($2) P

_A

A + P

_V

V = I

(8)

Linha do orçamento

Linha do Orçamento: A + 2V= $80

V A

/P P

A

V -

2 - 1 /

Inclinação     

10

20 (I/P_V) = 40

Alimento 10

20 30

A

B

D

E

G Vestuário

(unidades por semana)

P_V= $2 P_A = $1 I = $80

(9)

Economia 9

Linha do orçamento

À medida que se move ao longo da linha do orçamento, desde a cesta A até a cesta G, o consumidor gasta menos com vestuário e mais com alimento.

A inclinação da linha mede o custo relativo de alimentação

e vestuário.

(10)

Linha do orçamento

A inclinação indica a proporção segundo a qual pode-se substituir uma mercadoria pela outra sem alterar-se a quantidade total de dinheiro gasto.

O intercepto vertical (I/ P

_V

) indica a quantidade máxima de V que pode ser comprada com a renda I.

O intercepto horizontal (I/ P

_A

) indica a quantidade máxima de A

que pode ser comprada com a renda I.

(11)

Economia 11

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Modificações na Renda

Um aumento da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a direita (mantidos os preços constantes).

Uma redução da renda causa o deslocamento paralelo da

linha do orçamento para a esquerda (mantidos os preços

constantes).

(12)

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Alimento

(unidades por semana)

Vestuário (unidades por semana)

80 120 160

40 20

40 60 80

0

Um aumento da renda desloca a linha do

orçamento para a direita

(I = $160) L₂

(I = $80) L₁

L₃

(I =

$40)

Uma redução da renda desloca a linha do

orçamento para a esquerda

(13)

Economia 13

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Modificações nos Preços

Se o preço de uma mercadoria aumenta, a linha do orçamento sofre uma rotação para a esquerda em torno do intercepto da outra mercadoria.

Se o preço de uma mercadoria diminui, a linha do

orçamento sofre uma rotação para a direita em torno do

intercepto da outra mercadoria.

(14)

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Alimento Vestuário

(unidades por semana)

80 120 160

40 40

(P_A = 1)

L

₁

Um aumento no preço do alimento para $2,00 modifica

a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a esquerda.

L

₃

(P_A= 2)

(P_A = 1/2)

L

₂

Uma redução no preço do alimento para $0,50 muda

a inclinação da linha do orçamento e causa sua

rotação para a direita.

(15)

Economia 15

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Modificações nos Preços

Se os preços de ambas as mercadorias aumentam, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda.

Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento

paralelo para a esquerda.

(16)

Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços

Modificações nos Preços

Se os preços de ambas as mercadorias diminuem, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda.

Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento

paralelo para a direita.

(17)

Economia 17

A Escolha do Consumidor

Os consumidores escolhem uma combinação de mercadorias que maximiza sua satisfação, dado o orçamento limitado de que dispõem.

A cesta de mercado ótima deve satisfazer duas condições:

▪ Ela deve estar situada sobre a linha do orçamento.

▪ Ela deve fornecer ao consumidor sua combinação

preferida de bens e serviços.

(18)

A Escolha do Consumidor

(19)

Economia 19

A Escolha do Consumidor

Alimento (unidades por semana)

40 80

20 20

30 40

0

U₁ B

Linha do Orçamento Pc = $2 P_f = $1 I = $80

(20)

A Escolha do Consumidor

(21)

Economia 21

A Escolha do Consumidor

Linha do Orçamento U₃

D A cesta de mercado D

não pode ser consumida dada a restrição

orçamentária.

Pc = $2 P_f = $1 I = $80

40 80

20 20

30 40

0

(22)

A Escolha do Consumidor

(23)

Economia 23

A Escolha do Consumidor

U₂ P_V= $2 P_A = $1 I = $80

Linha do Orçamento A

No ponto A, a linha do orçamento e a curva de indiferença são tangentes, e nenhum nível mais elevado de satisfação

pode ser obtido.

40 80

20 20

30 40

0

(24)

Estrutura de Mercado

Jéssica Brito

(25)

Economia 25

Mercados Perfeitamente Competitivos

O modelo da Competição Perfeita baseia-se em três suposições básicas:

▪ Agentes tomadores de preço;

▪ Produtos homogêneos;

▪ Livre entrada e saída no mercado.

(26)

Mercados Perfeitamente Competitivos

Agentes tomadores de preço

Cada empresa, individualmente, vende uma pequena parte da produção total do mercado e, portanto, não tem influência no preço de mercado.

O consumidor, individualmente, compra uma porção muito

pequena da produção industrial, não tendo qualquer

impacto sobre o preço de mercado.

(27)

Economia 27

Mercados Perfeitamente Competitivos

Produtos homogêneos

Quando os produtos de todas as empresas são substitutos perfeitos, ou sejam são homogêneos, nenhuma delas pode elevar o preço de seu próprio produto acima do preço praticado pelas outras empresas.

Exemplos: Produtos agrícolas, petróleo, cobre, ferro, madeira.

Os economistas costumam se referir a produtos

caracterizados pela homogeneidade como commodities.

(28)

Mercados Perfeitamente Competitivos

Produtos homogêneos

Se os produtos não fossem homogêneos, cada empresa pode elevar seu preço acima do praticado pelo concorrente sem perder as vendas

Preço/litro: 63,21 Preço/litro: 12,12 Preço/litro: 10,60

(29)

Economia 29

Mercados Perfeitamente Competitivos

Livre entrada e saída no mercado

Não há custos especiais que tornam difícil para uma empresa entrar em um setor e produzir ou sair dele se não conseguir obter lucros.

Os compradores podem, facilmente, mudar de fornecedor.

Os fornecedores podem, facilmente, entrar ou sair de um

mercado.

(30)

Maximização de Lucros

As empresas maximizam lucros?

No caso das empresas menores, administradas pelos proprietários, o interesse pelo lucro provavelmente dominará todas as decisões da empresa.

Outros objetivos possíveis:

▪ Maximização da receita

▪ Maximização de lucros a curto prazo

(31)

Economia 31

Maximização de Lucros

Implicações de objetivos que não sejam a maximização dos lucros:

▪ No longo prazo, os investidores deixariam de investir na empresa

▪ Sem lucros, a sobrevivência seria improvável

(32)

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Determinação do nível de produção que maximiza os lucros

Lucro ( ) = Receita Total - Custo Total

▪ Receita Total (R) = Pq

▪ Custo Total (C) = Cq Logo:



) (

)

( q  R q  C q



(33)

Economia 33

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Para maximizar lucros, a empresa opta pelo nível de

produção para o qual a diferença entre receita e custo seja

máxima.

(34)

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

0

Custo, Receita, Lucro ($/ano)

C(q)

Custo Total

Inclinação de C(q) = CMg

Por que o custo é positivo quando q é zero?

(35)

Economia 35

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Receita Marginal é a receita adicional proveniente da produção de uma unidade a mais de produto.

Custo Marginal é o custo adicional associado à produção

de uma unidade a mais de produto.

(36)

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Comparando R(q) e C(q) – Nível de produção: 0- q

⁰

:

C(q) > R(q): Lucro negativo

(37)

Economia 37

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Comparando R(q) e C(q) – Nível de produção: q

⁰

- q*

R(q)> C(q): Lucro positivo

(38)

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Comparando R(q) e C(q) – Nível de produção: q*

RMg = CMg Nível máximo de lucro

(39)

Economia 39

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Comparando R(q) e C(q) – Nível de produção: maior que q*

R(q)> C(q), CMg > RMg Lucro é decrescente

(40)

Receita Marginal, Custo Marginal, e Maximização de Lucros

Logo, podemos dizer que os lucros são maximizados

quando CMg = RMg.

(41)

Economia 41

Exercício em grupo

Na tabela a seguir há o preço (em dólares) pelo qual uma empresa pode vender uma quantidade de sua produção, bem como o custo total dessa produção. Preencha as lacunas.

Q P RT

CT  CMg RMg

P = 40 P = 40 P = 40 P = 40

0 40 50

1 40 100

2 40 128

3 40 148

4 40 162

5 40 180

6 40 200

7 40 222

8 40 260

9 40 305

10 40 360

11 40 425

(42)

Exercício em grupo - Resposta

Q P RT

CT  CMg RMg

P = 40 P = 40 P = 40 P = 40

0 40 0 50 -50 ___ ___

1 40 40 100 -60 50 40

2 40 80 128 -48 28 40

3 40 120 148 -28 20 40

4 40 160 162 -2 14 40

5 40 200 180 20 18 40

6 40 240 200 40 20 40

7 40 280 222 58 22 40

8 40 320 260 60 38 40

9 40 360 305 55 45 40

10 40 400 360 40 55 40

11 40 440 425 15 65 40

Comportamento do Consumidor