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Solução em frente ao caos: O papel das comunidades alternativas como centros de regeneração ambiental e espiritual na Transição Planetária

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Academic year: 2021

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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo ISBN 978-65-86753-33-2

EIXO TEMÁTICO:

( ) A ciência na obra de Chico Xavier ( ) A questão ambiental à luz do espiritismo ( ) Espiritismo perante a ciência

( X ) A humanidade rumo a transição planetária

( ) Tratamentos espirituais que cuidam do corpo e da alma

Solução em frente ao caos: O papel das comunidades alternativas como centros de regeneração ambiental e espiritual na Transição Planetária

Solution in the face of chaos: The role of alternative communities as centers of environmental and spiritual regeneration in Planetary Transition

Solución anté el caos: El paper de las comunidades alternativas como centros de regeneración ambiental y espiritual em la Transición Planetaria

Hanna Alves Vasconcelos

Mestranda, UNESP, Brasil hannarv@gmail.com

Norma Regina Truppel Constantino

Professora Doutora, UNESP, Brasil norma.rt.constantino@unesp.br

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RESUMO

A Terra passa atualmente por um risco de colapso ecológico eminente, em que ambientalistas do mundo todo acendem o alerta para o esgotamento dos recursos naturais do Planeta em um breve período de tempo.

Paralelamente, também estamos com uma quantidade populacional jamais vista, inovações tecnológicas ocorrem a todo momento, e a humanidade nunca possuiu tantos recursos materiais. Para os espiritas, esse período conturbado por qual passa o Planeta está em concordância com um movimento denominado “Transição Planetária”, em que a Terra passará de um Planeta de Expiações e Provas para um Planeta de Regeneração. Para que se promova essa mudança de forma efetiva, cabe a humanidade como um todo assumir sua responsabilidade perante a situação ambiental e moral do Planeta Terra. Alguns espíritos e locais de vanguarda vieram à Terra para facilitar esse período de transição e cura, facilitando a regeneração do ambiente e do espirito, considerados hoje como Ecovilas ou comunidades alternativas, estes espaços de inovações atuam como um laboratório de experimentações de novas formas de se viver, habitar, consumir e se relacionar, promovendo a recuperação da natureza e a cura espiritual.

Considerados como futuros “centros de regeneração” foram identificados dois exemplos de espaços a serem avaliados, um fundado na década 1970 que atua como um “espaço modelo”, e um mais recente no Brasil, tendo sido efetivada pela autora a vivência pelo período de um mês no centro de regeneração do Brasil, operando como voluntária. O surgimento desses centros é identificado como um marco importante para o período de Transição Planetária.

PALAVRAS-CHAVE: Regeneração. Transição Planetária. Comunidades.

ABSTRACT

The Earth is currently at risk of imminent ecological collapse, as environmentalists around the world raise the alert for the depletion of the planet's natural resources in a short period of time. At the same time, we also have an unprecedented amount of population, technological innovations occur all the time, and humanity has never had so many material resources. For the spirits, this troubled period that the Planet is going through is in agreement with a movement called “Planetary Transition”, in which the Earth will pass from a Planet of Atonements and Tests to a Planet of Regeneration. In order for this change to be effectively promoted, humanity as a whole must assume responsibility for the environmental and moral situation of Planet Earth. Some avant-garde spirits and places came to Earth to facilitate this period of transition and healing, facilitating the regeneration of the environment and spirit, considered today as Ecovillages or alternative communities, these spaces of innovation act as a laboratory for experimenting with new ways of being live, inhabit, consume and relate, promoting the recovery of nature and spiritual healing. Considered by the author as future "regeneration centers", two examples of spaces to be evaluated were identified, one founded in the 1970s that acts as a "model space", and a more recent one in Brazil, having been carried out by the author the experience by period of one month in central Brazil, operating as a volunteer. The emergence of these centers is identified as an important milestone for the Planetary Transition period.

KEY WORDS: Regeneration. Planetary Transition. Communities.

RESUMEN

La Tierra se encuentra actualmente en riesgo de un colapso ecológico inminente, ya que los ambientalistas de todo el mundo alertan sobre el agotamiento de los recursos naturales del planeta en un corto período de tiempo. Al mismo tiempo, también tenemos una cantidad de población sin precedentes, las innovaciones tecnológicas ocurren todo el tiempo y la humanidad nunca ha tenido tantos recursos materiales. Para los espíritus, este período convulso que atraviesa el Planeta está de acuerdo con un movimiento llamado “Transición Planetaria”, en el cual la Tierra pasará de un Planeta de Expiaciones y Pruebas a un Planeta de Regeneración. Para que este cambio se promueva de manera efectiva, la humanidad en su conjunto debe asumir la responsabilidad de la situación ambiental y moral del Planeta Tierra. Algunos espíritus y lugares de vanguardia vinieron a la Tierra para facilitar este período de transición y sanación, facilitando la regeneración del ambiente y el espíritu, considerados hoy como Ecoaldeas o comunidades alternativas, estos espacios de innovación actúan como laboratorio para experimentar con nuevas formas de ser vivir, habitar, consumir y relacionarse, favoreciendo la recuperación de la naturaleza y la sanación espiritual. Considerados por el autor como futuros "centros de regeneración", se identificaron dos ejemplos de espacios a evaluar, uno fundado en la década de 1970 que actúa como "espacio modelo", y otro más reciente en Brasil, habiendo sido realizado por el autor. la experiencia por período de un mes en el centro de Brasil, operando como voluntario. La aparición de estos centros se identifica como un hito importante para el período de Transición Planetaria.

PALABRAS CLAVE: Regeneración. Transición Planetaria. Comunidades.

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34 1. Introdução

De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará. (O pronunciamento do cacique Seattle, discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish, 1854)1

Estamos passando por um período crucial na história da humanidade, a natureza está em evidente risco de um colapso ecológico. Ao longo do tempo, o homem aprendeu a explorar o espaço e o ambiente em que vive, alheio a compreensão do Todo, de que fazemos parte desse ambiente e das consequências que tal exploração poderia trazer.

Cientistas, ecologistas e ambientalistas no mundo inteiro começaram, a partir do final do século XX, a denunciar o risco de colapso na capacidade de suporte do planeta, referindo-se à capacidade do planeta em atender às atuais demandas de matéria-prima e energia da humanidade. Alguns estudos começaram a evidenciar que se nada for feito, e permanecermos sem as mudanças estruturais necessárias, essa ruptura pode acontecer por volta de 2050. (TRIGUEIRO, 2013)

O modo como vivemos atualmente foi descrito no relatório do Brasil para a Conferência Internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) como sendo “ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto”2.

“Mudanças climáticas, escassez de recursos hídricos, produção monumental de LIXO, destruição sistemática e veloz da BIODIVERSIDADE, crescimento caótico e desordenado das cidades em que vive a maior parte da população mundial, TRANSGENIA irresponsável, são problemas causados por nós, pelo nosso estilo de vida, hábitos, comportamentos e padrões de consumo. É o nosso livre-arbítrio em ação, determinando escolhas que têm pressionado a RESILIÊNCIA do planeta e o conforto ambiental da espécie que se considera no “topo da cadeia evolutiva”. ” (TRIGUEIRO, 2013, p. 11)

A ONU organiza desde a década de 1970 sucessivos encontros internacionais para discutir modelos alternativos de desenvolvimento que não ameacem a sobrevivência da espécie humana no planeta. Em 1972 foi sediada em Estocolmo a 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano, que produziu declarações conjuntas de vários países em

1Pronunciamento do Cacique Seattle. Revista Ecoturismo. 2017. Disponível em:

http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/pronunciamento-do-cacique-seattle/ Acesso em jul 2021.

2BRASIL. Presidência da República. Comissão Interministerial para a Preparação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento — CIMA. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. Relatório do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Brasília, 1991.

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favor do uso sustentável de recursos naturais. Esses encontros internacionais se sucederam a medida que a questão ambiental mundial foi garantindo um status de urgência, quinze anos depois ocorreu a Rio – 92, a maior cúpula da história até então a reunir líderes mundiais para discutir o meio ambiente e sustentabilidade. (TRIGUEIRO, 2013)

Em 2016 ocorreu o lançamento oficial da Agenda 2030 para o Desenvolvimento sustentável, assinada por líderes mundiais de 193 países membros, na sede da ONU em Nova York. A Agenda convoca os países para alcançarem metas em cinco eixos de trabalho:

Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias. Destes eixos tiveram origem 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) para os próximos 15 anos, que respondem às necessidades das pessoas, dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. (KUHN, 2016)

Esse período turbulento para a história do Planeta como um todo entra em ressonância com o que se acredita na doutrina espírita e na espiritualidade em geral.

Segundos o espiritismo o planeta Terra está, nesse momento, passando por um processo de evolução, em que deixará de ser um “mundo de provas e expiações” para se afirmar como um “mundo de regeneração”. Esta transição ocorrerá de forma lenta, mas irá provocar mudanças importantes na frequência do planeta como um todo, permanecendo na Terra somente aqueles espíritos que tiverem uma frequência compatível. (TRIGUEIRO, 2013)

Segundo a Dra. Mônica de Medeiros, médica, espírita e fundadora da Casa do Consolador3, a Transição Planetária se trata de um período no qual um planeta muda sua sintonia vibratória para um nível quântico superior. Este movimento energético atinge todos os seres manifestos no planeta, encarnados ou desencarnados. Este processo provavelmente começou no século XIX, quando nasceram espíritos de vanguarda, trazendo inovações em diversos campos de saber e melhorando a vida de modo geral.

Esta transição implicaria numa mudança moral, em que todos os seres humanos tenderiam a agir de modo mais ético, moral, não-violento, e em sintonia com o meio em que vive e com a natureza. Ou seja, a humanidade tenderá a entrar num período mais harmônico e equilibrado, viverá pela lei da fraternidade, e ocorrerão inovações e crescimentos no planeta nunca antes vistos, como colocado pela Dra. Mônica de Medeiros.

Entretanto, este processo não ocorre de modo interdependente. Muitos espiritualistas, e o ser humano no geral, tendem a pensar que essas questões se resolveriam sozinhas, se mantendo cautelosos e muitas vezes negacionistas quanto a urgência do problema ecológico que enfrentamos, escorados numa premissa determinista de que tudo se resolverá por si só quando se completar a transição da Terra. (TRIGUEIRO, 2013)

Essa transição não ocorrerá de forma orgânica sem antes o ser humano reconhecer sua responsabilidade na destruição dos recursos naturais não renováveis fundamentais à vida. Ou seja, nós somos os construtores desse mundo de regeneração, cabe à humanidade a responsabilidade de corrigir a sociedade rumo à uma direção sustentável.

Prorrogar a tomada dessa responsabilidade significa prorrogar a transição do planeta. Logo, ações práticas que culminem na regeneração do Planeta assumem um caráter urgente.

Para o Budismo esses conceitos também não são desconhecidos, de modo que o meio ambiente é considerado pelo o líder espiritual do Budismo Tibetano, Dalai Lama, como um tema-chave. No texto “Uma abordagem ética da proteção ambiental” Dalai lama afirma:

3Entrevista realizada para o site “Saúde do meio” em março de 2016: https://saudedomeio.com.br/tag/monica- medeiros/ Acesso em 29/07/2021.

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A destruição da natureza resulta da ignorância, cobiça e ausência de respeito para com os seres vivos do planeta. [...] Muitos dos habitantes da Terra, animais, plantas, insetos e até microorganismos que já são raros ou estão em perigo, podem tornar-se desconhecidos das futuras gerações. Nós temos a capacidade, nós temos a responsabilidade. Nós precisamos agir antes que seja tarde. (LAMA, 1990)

Francisco Cândido Xavier, um dos mais importantes expoentes do Espiritismo no Brasil, advertiu no programa “Pinga-Fogo”, exibido em julho de 1971 na TV Tupi, o poder de modificação da realidade dos seres humanos, afirmando que “nós nos encontramos no limiar de uma era extraordinária, se nos mostrarmos capacitados coletivamente a recebê-la com a dignidade devida”. Reafirmando a necessidade da tomada de responsabilidade do homem sobre os processos de regeneração do ambiente em que vive. (TRIGUEIRO, 2013)

Dregger (2010) alega que deste que a era da industrialização se tornou presente e modificou os hábitos e rotina do ser humano, aspectos importantes da vida foram separados uns dos outros pela centralização e especialização. “A produção foi separada do consumo, a teoria da prática, o ser humano da natureza e, especialmente, os seres humanos uns dos outros” (DREGGER, 2010, p. 18)

As ações do homem foram as responsáveis pela violação da harmonia sistêmica da natureza, ignorando que a natureza só pode ser compreendida pela concepção de sua totalidade, ou seja, a realidade se caracteriza por uma visão complexa e sistêmica, abordada de forma bastante similar pelo espiritismo e pela ecologia. Para Kardec (1857) “tudo no universo se liga, tudo se encadeia, tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade”.

O que está em ressonância com a Teoria de Gaia, concebida pelo cientista britânico James Lovelock na década de 1970, segundo o qual a Terra se comporta como um superorganismo vivo, englobando também os seres vivos do planeta, de modo que a vida e o ambiente estão conjugados. Ou seja, o planeta Terra como um todo passa a ser entendido como um sistema vivo que tende ao equilíbrio, de modo que a poluição sistêmica de seus ecossistemas e a exploração incessante da sua superfície estaria matando esse organismo.

(TRIGUEIRO, 2013)

Logo, partirmos do objetivo de se beneficiar da natureza, mas sem explora-la, economia e ecologia, agricultura e proteção ambiental se tornam partidos complementares e não contraditórios entre si. Nos vemos na necessidade de saber conviver com a abundância da natureza, saber como dela se alimentar e ao mesmo tempo alimenta-la de volta, mantendo os biótopos em vez de os destruir... não sobrecarregando as possibilidades que a natureza nos oferece. (DREGGER, 2010, p. 33)

A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ela emprega no supérfluo o que poderia ser aplicado no necessário. (KARDEC, 1857. Livro dos Espíritos, capitulo V, Lei de Conservação)

Segundo Kardec (1857), o consumismo se tornou a principal mazela do ser humano, considerada está a mais importante questão a ser combatida, o apego ao mundo material é considerado uma armadilha, uma ilusão, já que a matéria seria “descartável” e

“perecível”. Logo, junto a causa ambiental, o espiritismo se alinha a promoção do consumo

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consciente, sustentável, que favorece a vida e não a depreda, devastando os recursos que lhe dariam sustentação.

2. Objetivos

Ações extremas foram causadas pelo ser humano na natureza nos últimos tempos, durantes gerações se agrediu o meio ambiente de uma forma desmesurável, fazendo grandes estragos como o parcelamento e alisamentos de rios, construindo drenagens, de modo que já desapareceu um quarto de terra fértil para a agricultura, enquanto há milhares de pessoas no mundo inteiro passando fome.

Põe-te no lugar daqueles que te rodeiam, da vaca, do porco, da minhoca e do girassol e também no lugar do teu próximo. No seu lugar irias sentir-te bem?

Se a resposta for não, então descobre o motivo. Só assim podes mudar alguma coisa. Pois, só a partir do momento em que todos os seres vivos se sintam bem, é que podes contribuir para o desenvolvimento do bem-estar de todos, dando o teu melhor. (Sepp Holzer)4

Não há mágica no processo evolutivo: nós somos os construtores do mundo de regeneração e, se não corrigirmos o rumo na direção de uma sociedade sustentável, prorrogaremos situações de desconforto já amplamente diagnosticadas. (TRIGUEIRO, 2010, p. 57)

Logo, hoje podemos afirmar que a humanidade possui um objetivo comum, promovido atualmente de maneira incessante tanto por espiritualistas quanto ambientalistas, afinal ambos reconhecem a existência de forças que atuam positivamente em defesa do planeta, da manutenção da vida e da biodiversidade (TRIGUEIRO, 2010). Esse objetivo está pautado em promover uma forma de vida não-violenta, buscando resiliência, sustentabilidade e equilíbrio, de modo a restaurar a consciência humanitária em um sentido amplo, promovendo paisagens conscientes e possibilitando a transição da Terra para um Planeta de Regeneração.

2.1 Paisagens conscientes

“Consciência” cuja origem vem do latim “conscientia”, se traduz como

“conhecimento de algo partilhado com alguém”. Bill Mollison, pesquisador e naturalista australiano, mais conhecido como criador da Permacultura, defende em sua obra que

“Todas as técnicas para a conservação e a restauração da Terra já são conhecidas, o que não é aparente é alguma nação ou grupo grande de pessoas que esteja preparado para efetuar a mudança. ” (MOLLISON, 1978, p. 13)

Quando pensamos em ação consciente, ou em um planeta consciente, é fato que tomamos como conhecimento geral a necessidade da implementação de atitudes que visem a regeneração do meio ambiente, a restauração da natureza e reeducação da população.

Um Mundo mais consciente, depende de uma população consciente, que envolve um sistema consciente, um espaço, e eventualmente uma paisagem consciente.

Estamos em transição para um novo modo de vida, no final do século XX foi acionado o alarme de que o mundo está em crise. Apesar das crises em um primeiro momento assustarem, são também o primeiro passo para as grandes mudanças, não existem transformações que não se antecederam uma crise.

4DREGGER, 2010, p.33

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Hoje nos encontramos no início dessa transformação, apesar de já termos ciência do que nos aguarda caso a mudança não seja efetivada, e qual o caminho para se seguir em relação as mudanças de hábito que a humanidade deve passar, reafirmado de tempos em tempos pelas reuniões da ONU. Muitos dos indivíduos, sociedades, empresas e governos ainda se encontram receosos de dar um primeiro passo efetivo, que provoque um sistema já acomodado.

Em contrapartida a esse comodismo que ainda atinge maior parte da população mundial, uma comunidade modelo surgiu em Tamera, sul de Portugal, no final dos anos 1970. Considerada por seus fundadores como um laboratório que está a serviço da regeneração do planeta, sua intenção é apoiar o surgimento de futuros centros de convivência não-violenta ao redor do mundo. (DREGGER, 2010)

2.2 Modelos e ideias: futuros centros de regeneração

Considerando as actuais condições do mundo, não é possível ver uma perspectiva convincente para a convivência não violenta no nosso planeta.

Para criar condições mais favoráveis, terão de surgir centros nos quais será possível pensar e desenvolver exemplos práticos sobre a convivência não violenta do ser humano com todas as co-criaturas. Tamera existe para apoiar o surgimento desses centros.

(Excerto de “Declaração de Projecto 1”, pelo Doutor Dieter Duhm, sociólogo, psicanalista e fundador de Tamera.)5

O desenvolvimento urbano mundial não é animador, quando se pensa na situação das atuais paisagens urbanas, tende a ser mais evidente o risco de colapso dos grandes centros urbanos do que uma real possibilidade de regeneração. Para se pensar num futuro diferente, e positivo, precisamos de locais, a princípio em pequena escala, onde se possa criar, pensar uma nova forma de viver, e de se relacionar, onde os seres humanos vivam em paz entre si e com a natureza. (DREGGER, 2010 )

Aurelio Peccei, vencedor do Prêmio Nobel nos anos 1970, dizia que as comunidades de investigação devem ser desenvolvidas em todo o mundo para resolver os problemas básicos da humanidade, já que os problemas atuais seriam demasiados complexos e interligados para serem resolvidos de uma forma isolada por especialistas, não importa o quão bem formados e capacitados sejam. (DREGGER, 2010, p. 16)

O Dr. Dieter Duhm, fundador de Tamera, apoia a Teoria de Gaia e a complementa, acreditando que juntamente a vida na Terra a humanidade forma um sistema holístico, em que o Todo atua em cada elemento do sistema e vice-versa, ou seja, o que acontece minimamente em cada parte tem um efeito sobre o Todo. (DREGGER, 2010)

Vimos que a situação do nosso planeta nos obriga a preparar modelos piloto para todas as questões relativas à sobrevivência. Em todos os lugares da Terra, é necessário estabelecer em conjunto um modelo bem caracterizado e novos biótopos para a vida não violenta. Os sistemas desenvolvidos neste primeiro modelo destinam-se a uma aplicação generalizável, de modo a ser continuado e desenvolvido noutros centros. ” (Sabine Lichtenfels, teóloga, embaixadora da paz e co-fundadora de Tamera)6

5DREGGER, 2010, p.4

6DREGGER, 2010, p.13

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Se quisermos sobreviver à crise ecológica e social que provocamos seremos, provavelmente, forçados a dedicarmo-nos completamente a novos e radicais empreendimentos comunitários. (Lynn Margulis, biológa)7

Em Tamera foi criado um modelo para a regeneração da paisagem, que consiste em três fases ou níveis: armazenamento da água da chuva, cultivo de alimentos em forma de paisagens comestíveis e a reflorestação mista (DREGGER, 2010, p.38). Seus princípios se baseiam na consciência de que a Terra passa por um processo de transformação, da necessidade de promover um trabalho cuja perspectiva se paute em um futuro pacifico, e da sobrevivência da humanidade nesse planeta.

Considerados como um centro de formação para o futuro, promovem também a divulgação de conhecimentos e aprendizados, de modo que jovens de todo o mundo são convidados para trabalhar e estudar no espaço. Suas disciplinas principais são ecologia, autonomia energética, trabalho interior e exterior para a paz, sendo que todas as disciplinas se baseiam na criação de comunidades e aquisição de competências sociais. (DREGGER, 2010, p.79)

Entre os conceitos ecológicos, sociais e espirituais empregados por Tamera, se destacam: 1. Água como um ser vivo; 2. Paisagem comestível; 3. Autonomia regional alimentar; 4. Reflorestação mista; 5. Autonomia energética; 6. Bioconstrução e arquitetura social; 7. Educação para Paz; 8. Cura Global; 9. Respeito pela vida.

A questão da vida em comunidade surge como um ponto central, para Dragger (2010) a cura e regeneração global não está apenas no mundo exterior, mas em nós mesmos, de modo que problemas e fatores simples resultantes da convivência diária como domínio, medo, ciúmes, violência, julgamentos, etc. não se tratam apenas de lesões individuais, mas são consequências de uma doença coletiva cultural, logo, não são eficazmente resolvidos a nível individual.

Nesse sentido, o conceito de sustentabilidade é entendido de um modo mais profundo, pois “as mudanças ecológicas necessárias exigem mudanças humanas”, acreditando que estas só poderão ser resolvidas de forma duradoura se sua origem for investigada, desenvolvendo novos padrões base para a cultura e sociedade. (DRAGGER, 2010, p.106)

A espiritualidade entra como uma base fundamental para estas comunidades, afirmando como a crença de que só existe aquilo que é visível e explicável se trata de uma ilusão. A transformação necessária no Planeta e o sucesso de um trabalho para a paz global depende também da nossa capacidade de estarmos receptivos e sabermos usar os poderes que a ciência convencional ainda não consegue explicar. “A espiritualidade significa aprender a percepcionar a existência na sua unidade”. (DRAGGER, 2010, p.82)

Se, um dia, a nossa sobrevivência depender da escolha de novos caminhos, se a falência dos grandes sistemas econômicos e de abastecimento está próxima, se paisagens inteiras se tornarem inabitáveis ou protestos sociais ameaçam a forma pacifica de vivermos juntos, então, esses centros serão pontos fulcrais de um novo início. ” (DRAGGER, 2010, p. 19)

7 DREGGER, 2010, p.17

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Os ideais empregados em Tamera na busca de uma regeneração ambiental, energética e espiritual, em alinhamento com os conceitos da Transição Planetária, vêm sendo reproduzidos de forma orgânica pelo espaço “Sítiom” (Sítio Maracananduva/ Vargem Grande Paulista –SP) no Brasil, apesar de ambos os projetos não terem conhecimento prévio das ações e princípios um do outro, o modelo bem-sucedido proposto e empregado por Tamera pode ser utilizado como modelo para este e outros centros que vêm sendo identificados pelo mundo.

2.3 O Sítio Maracananduva (Sítiom)

Localizado em Vargem Grande Paulista, a 40km da cidade de São Paulo, a antiga fazenda Maracananduva, denominada atualmente como Sítio Maracananduva ou “Sítiom”, surgiu em 2012 como um espaço eco-cultural. Cientes da grande urgência da preservação da floresta nativa remanescente na área da antiga Fazenda Maracananduva, uma pequena comunidade se organizou de modo a se tornar guardiões de uma das glebas, uma área de 170mil m², onde se localiza a sede da antiga fazenda, um casarão colonial de 1790, cercado pela mata atlântica.

A área total da antiga fazenda é de 100 hectares e um dos propósitos da comunidade é que uma unidade de preservação ambiental seja estabelecida neste grande maciço florestal, que sofre com a pressão da expansão urbana.

2.4 Princípios e missão do Sítio Maracananduva (Sítiom)8

O Sitiom é um movimento constituído pela união de um grupo de pessoas mobilizadas pela preservação da Mata Atlântica e a construção de uma sociedade justa, ecológica e pacífica. Partindo do propósito da reconexão do Ser Humano com a natureza, formando um ecossistema consciente e diverso. Com objetivos comuns e valores compartilhados, tem como aspiração ser uma rede humanitária para cuidar da Terra e uns dos outros.

Em sua Unidade Funcional promove ações como a preservação da Mata Atlântica, experiências de vivência comunitária e a economia cooperativa, buscando inspirar a reconexão do homem com a natureza, possibilitando sua permanência sustentável no Planeta Terra. Promovendo uma rede de cuidados da Terra e uns dos outros, inspirando movimentos de preservação e regeneração da Biosfera, garantindo a permanência harmoniosa da humanidade no Planeta.

Tendo como missão a preservação da Mata Atlântica a partir da reconexão do ser humano com a natureza, da convivência em comunidade e da economia cooperativa, formando uma sociedade equânime, ecológica e pacífica.

Entre seus valores e princípios se destacam: respeito a todas as formas de vida, não violência/paz, democracia/sociocracia. E tem como objetivos gerais a preservação da Mata Atlântica, reconexão com os ciclos da natureza, soberania alimentar, autonomia e autossuficiência (água e energia), difusão de técnicas da Permacultura, “eco-tecnologias”, promoção da educação ambiental e resgate dos saberes ancestrais.

Entre os objetivos específicos se destacam:

8 Baseado no texto “Declaração, princípios e missão do Sítio Om”, por Isabel Novaes, co-fundadora do Sítio Om.

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1. Encontrar caminhos para que a floresta tenha mais valor em pé do que no chão.

2. Implementação da Unidade de Preservação e Instituto de Pesquisa 3. Implementação de Sistemas Agroflorestais

4. Promover uma nova relação com a alimentação mais consciente e saudável, onde todas as "fases" do alimento são levadas em consideração.

5. Transformar a sede da antiga Fazenda Maracananduva em uma referência em permacultura, aplicando as “eco-tecnologias” para tratamento de esgoto, aquecedores, captação de água da chuva, compostagem de resíduos e etc.

6. Desenvolver as habilidades dos indivíduos através da arte, da música e de atividades físicas.

7. Inspirar a espiritualidade por meio de práticas de autoconhecimento.

8. Estabelecer estruturas sociais que possam levar em conta a complexidade das relações humanas.

Autoconsideram sua sede como um laboratório, de modo que suas ações buscam priorizar, manter ou melhorar a capacidade de resiliência do ecossistema ao qual estamos inseridos, levando em consideração as necessidades de assentamento humano para tal.

Para isso utiliza-se a estrutura dos serviços ecossistêmicos para direcionar seus projetos, essa estrutura combina setores econômicos, ecológicos e sociológicos.

Tendo como base a busca por agregar valor a cada ser existente, sejam eles minerais, vegetais, animais ou humanos. Tem como objetivo aliviar a pressão sobre a natureza do Planeta Terra e cuidar de seus residentes, entre eles, os Seres Humanos, que já há tempos vêm sendo assolados pelo modo de vida contemporâneo. Além de cuidar da comunidade e da vida com compaixão e amor; construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas, e produzir e ofertar bens e serviços onde todas as etapas levam em consideração a capacidade regenerativa da terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

3. Método de análise

3.1 Vivência em uma comunidade de regeneração: Sitio Maracananduva/ SP (Sítiom) Vivência se caracteriza como a plena experiência de um evento em todas com todas as suas possibilidades, não se trata só de observação, mas de viver e sentir com a experiência (GLASSMAN, 2014). Ou seja, vivência resulta da busca de uma metodologia de trabalho/ ensino visando um aprendizado mais autônomo, que deriva não só de um conhecimento mais técnico e prático, como também tem a capacidade de gerar uma reflexão, e consequentemente, conscientização sobre o impacto que nós, seres humanos, causamos no Planeta. (AMARO, 2017)

A vivência na comunidade Sítio Maracananduva (Sítiom) foi realizada por um período de um mês, entre 7 de junho e 7 de julho de 2021 por meio de um trabalho voluntário no espaço. Baseada na metodologia de Pesquisa-Ação participativa (GLASSMAN, 2014), foi possibilitada uma vivência e participação comunitária em todas as suas possibilidades, tendo como premissa básica a prática e conscientização, integrando -se à rotina da comunidade, convivendo diariamente com seus participantes, envolvendo-se nas

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decisões comunitárias, e tomando ciência dos planos e aspirações da comunidade como um todo.

4. Resultados

4.1 Observação, acolhimento e participação

Apesar da vivência ter sido realizada por um curto período (um mês), foi possível ter uma ampla abordagem sobre viver em uma comunidade que se propõe como um futuro centro para cura e regeneração planetária. A vivência trouxe muitas reflexões e desafios a respeito do convívio coletivo, e da necessidade da importância de uma comunicação não- violenta, assertiva, e da aceitação das rápidas transformações que passa a comunidade como um todo. Apesar da convivência coletiva diária, é promovido e incentivado momentos de introspecção e autorreflexão, cujo objetivo é promover uma cura individual antecedente a cura da natureza e do ambiente.

Conviver num espaço cuja infraestrutura e manutenção do se baseia primeiramente em soluções verdes e ecológicas como: Permacultura, construção com terra, biodigestor, banheiro seco, energia solar, agrofloresta, biofossa, etc. Além de ter uma alimentação coletiva com base vegana, promove uma reflexão intensa sobre sustentabilidade, resiliência e seus desdobramentos.

Além disso o coletivo como um todo promove práticas diárias de autoconhecimento, cuidado físico e espiritual, incentivando práticas de yoga, dança e meditação. Além disso, rituais mensais que promovam práticas de cura são profundamente incentivados.

A inserção na comunidade, troca de experiências e vivência de um novo estilo de vida gerou reflexões internas sobre o modo como vivemos no meio urbano atualmente, de como nos encontramos desalinhados da natureza como um todo, muitas vezes não respeitando as próprias necessidades humanas. Muitas doenças mentais e espirituais, como depressão e ansiedade, que vêm aumentando progressivamente nas últimas décadas são resultado direto desse desalinhamento entre corpo e espirito, além da desconexão com a natureza e ambiente em que vivemos.

Obter clareza sobre essa questão a partir da vivência prática de um novo modo de vida resulta em um maior incentivo para promover a transformação da realidade. Partindo do princípio de que a transição planetária já iniciou e precisa ser efetivada, comunidades alternativas, como o Sítiom, promovem uma solução de problemas e estilo de vida mais integrados com o Todo e com um futuro Planeta de regeneração.

5. Considerações finais

Diante do caráter de urgência dos problemas ambientais pelos quais passamos, da compreensão que a natureza só pode ser entendida pela sua totalidade, e da necessidade de se efetivarem ações práticas que promovam uma restauração ecológica, social, ética e moral do Planeta, rumo a uma transição mais pacífica e equilibrada para um mundo de regeneração. O surgimento de espaços comunitários voltados para a regeneração da terra, e para a cura do espirito pelo mundo, surgem como uma solução prática, efetiva e possível.

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Estes locais, considerados por si mesmos como laboratórios e futuros modelos de regeneração, podem parecer utópicos quando pensamos no atual funcionamento da sociedade capitalista, que sofre com problemas colossais como miséria, poluição de ecossistemas, guerras, pandemias, desertificação, entre tantas outras questões preocupantes que assolam os noticiários todos os dias.

Entretanto, é necessário considerarmos que todas essas mazelas tem uma causa em comum, todas são causadas pela humanidade, ou seja, somos nós a causa dos nossos problemas, é nosso dever tomar a responsabilidade e controle sobre eles, de modo que a humanidade detém o poder de escolher ou não parar de causa-los e começar a resolve-los.

Apesar de aparentar ser uma perspectiva otimista, à medida que pequenas comunidades começam a vivenciar e provar na prática rotineiramente que é possível possuir um estilo de vida alinhado com um mundo de regeneração, incorporando métodos de cura ambiental, da natureza e do espirito, inicia-se um efeito global, justamente pela natureza do sistema holístico em que vivemos.

Ou seja, voltando-se à Teoria de Gaia, tanto a espiritualidade quanto o meio cientifico atual tem ciência que o planeta e a humanidade formam um sistema integrado e holístico, de modo que o Todo atua em cada elemento do sistema e vice-versa.

Aparentemente se trata de um efeito local e mínimo, entretanto, desenvolve-se no Todo um processo descrito como “ressonância”, “interação” ou “construção do campo morfogenético”, processo decisivo para a transição planetária, ou para ocorrer uma globalização da paz. (DREGGER, 2010, p.17)

O surgimento centros de regeneração como Tamera, no sul de Portugal, e do Sítiom no interior do Brasil, sendo que ambos não têm conhecimento entre si, apesar da similaridade entre sua missão e princípios, é um exemplo desse efeito e da ressonância no campo do Planeta. Assim como, é seguro dizer que devem existir ou estão em processo de construção outros Centros de Regeneração pelo mundo, com princípios e objetivos similares. A identificação e integração desses centros se tornam futuramente essenciais para a construção de uma rede global forte e efetiva rumo a transição planetária.

6. Referências

6.1 Livros

DREGGER, Leila. Tamera, um modelo para o futuro. ISBN 978-3-927266-28-5, Verlag Meiga, Alemanha, 1ª Edição, setembro de 2010.

LAMA XIV, Dalai; PELL, Claiborne; PIBURN, Sidney D. The Dalai Lama: A Policy of Kindness. ISBN 0937938S912.

Snow Lion Publications, 1990.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Brasil, CELD, 1857

MOLLISON, B.; SLAY, R. Introdução à permacultura. Tradução: SOARES, A. L. J. Brasília: Taguari Publications, 1998.

TRIGUEIRO, André. Espiritismo e Ecologia. Federação Espirita Brasileira – FEB. 3. ed. 2. Impr. 2013. ISBN Ebook 978-85-7328-840-7. Brasília, Brasil, 2013

6.2 Dissertação, teses e trabalhos acadêmicos

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AMARO, E. K. P. Vivências de Bioconstrução: um caminho para a leitura da paisagem. 2017. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Bauru, 2017.

KUHN, Desirée. Análise multidimensional dos padrões urbanos do espaço público: o caso da cidade de Feliz, RS. Dissertação (Mestrado) - PPGCI, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

6.3 Artigos

GLASSMAN, M.; ERDEM, G. Research and Its Meanings: Vivencia, Praxis, Conscientization.

AdultEducationQuarterly, Vol. 64(3), Lisboa. p. 206-221, 2014.

6.4 Sites

ONUBR - Nações Unidas no Brasil. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/ Acesso em jul. 2021.

Pronunciamento do Cacique Seattle. Revista Ecoturismo. Disponível em:

http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/pronunciamento-do-cacique-seattle/ Acesso em jul.

2021.

SANTOS, Adriana. Você acredita em transição planetária para um mundo melhor? Saúde do meio, 2016.

Disponível em: https://saudedomeio.com.br/tag/monica-medeiros/ Acesso em jul. 2021.

Referências

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