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Variações Linguísticas. Prof. Alison Leal

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Academic year: 2021

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Variações Linguísticas

Prof. Alison Leal

(2)

“A língua é ou faz parte do aparelho ideológico, comunicativo e estético da sociedade que a própria língua define e individualiza."

(Leonor Buescu)

(3)

Variedade Linguística

do nosso português

1. Variação e norma;

2.Variedades do Português:

2.1 Variedades geográficas;

2.2 Variedades sócioculturais;

2.3 Variedades situacionais/ estilísticas.

3. Empréstimos linguísticos.

(4)

1. Variação e Norma

As línguas naturais são sistemas dinâmicos e

extremamente sensíveis a fatores como (entre outros) a

região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes

e o grau de formalidade do contexto.

(5)

2.Variedades do Português

(6)

-

Precisamos estar atentos aos conceitos de “certo” e “errado”

no que se refere à língua.

- O preconceito linguístico é uma forma de discriminação que deve ser enfaticamente combatida.

(7)

2.1 Variedades Geográficas

Variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diferentes regiões em que é falada.

2.1.1 Falares regionais / dialetos:

(8)

2.1.2 Linguagem urbana/ rural.(o falar “caipira”)

(9)

2.2 Variedades Sócio-culturais

2.2.1 Variedades devidas ao falante/ grupos culturais;

- O jargão;

- A gíria.

(10)

O jargão

Linguagem técnica utilizada por profissionais de uma especialidade em comum. Logo, é empregada por um grupo restrito e, muitas vezes, inacessível a outros falantes da língua.

Ex1: Sutura, traqueostomia, cefaleia, prescrição, profilaxia = jargão dos médicos.

Ex2: variações diafásicas, análises diacrônica e

sincrônica, metafonia = jargão dos professores

de Português.

(11)

A gíria

Linguagem técnica utilizada, predominantemente, por

jovens. Também funciona como um meio de exclusão

dos indivíduos externos a esse grupo.

(12)

2.3 Variedades Situacionais

A linguagem varia de acordo

com a situação em que ela é

empregada.

(13)

Em Situações formais:

• Uma palestra feita para uma plateia sobre matéria científica;

• Uma solenidade de formatura;

• Uma carta endereçada a uma autoridade.

(14)

Em Situações informais:

Em uma reunião familiar;

Em conversa com colegas e amigos;

Em um bate-papo informal.

(15)

2.4 Variedades Temporais

Quando Boorz partiu da abadia, uma voz lhe disse que fosse ao amr, ca Percival o atendia i. El se pertiu ende, assi como o conto já há devisado.E quando chegou aa riba do mar, a fremosa nave, coberta de um eixamente branco aportou, e Boorz desceu e encomendou-se a Nostro Senhor,e entriu e leixou seu cavalo fora. E tanto que entrou, viu que a nave se partiu tam toste de riba, como se voasse. E catou pela nave e nom viu rem, que a noite era mui escura; e acostou-se ao bordo e rogou a Nostro Senhor que a guaaiasse tal lugar u sua alma podesse salber”.

(Trecho da Demanda do santo Graal, traduzido para o português do séc. XIII)

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3. Empréstimos Lingüísticos

INFLUÊNCIA EXEMPLOS DE ESTRANGEIRISMOS

Alemão Gás, níquel.

Árabe Algodão(al-qu Tun);

Dialetos africanos Acarajé, dendê, fubá, quilombo, moleque, caçula...

Espanhol Bolero, castanhola...

Francês Paletó, boné, matinê, abat-jour (abajur), bâton (batom), cabaret (cabaré), maiô...

Inglês Show, software, hamburger, deletar...

Italiano Macarrão, piano, soneto, bandido, ária, camarim, partitura, lasanha...

Tupi Nomes de animais e plantas: tatu, arara, jibóia, caju, maracujá...

Nomes de lugares: Ipanema, Copacabana...

Nomes de pessoas: Ubirajara, Iracema..

(17)

Língua Falada x Língua Escrita

As diferenças entre os dois códigos não podem ser

ignoradas por quem se dispõe a comunicar de forma

satisfatória. O domínio da língua falada, aparentemente

mais fácil, ganha complexidade quando se trata do

emprego da variedade formal: é necessário aprender o

registro da língua falada mais adequado a situações de

formalidade. O uso do código escrito, entretanto, é o que

costuma produzir maiores obstáculos.

(18)

Modalidades de Uso ou registro lingüístico:

Modalidade Tipo

Registro Formal Comum;

Sofisticado.

Registro Informal Descontraído; coloquial;

Ultradescontraído.

(19)

Para não esquecer:

A língua é a identidade

de um povo.

Preserve-a!

Um abraço!

(20)

Enem 2014

Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo para xaxar Vou mostrar pr'esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo

Que eu não posso levar

Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar

Vem cá morena linda

Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar

Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raque Diz que eu tou aqui com alegria

BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.Iuizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).

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A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é:

A) “Isso é um desaforo”.

B) “Diz que eu tou aqui com alegria”.

C) “Vou mostrar pr'esses cabras”.

D) “Vai, chama Maria, chama Luzia”.

E) “Vem cá morena linda, vestida de chita”.

(22)

Enem 2014

A História, mais ou menos

Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa.

VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.

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Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a)

A)linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto.

B) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado.

C) caracterização dos lugares onde se passa a história.

D) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada.

E) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.

Referências

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