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721 PRODUÇÃO DE LEITE EM ITAQUI-RS: UM PASSADO SEM HISTÓRIA E UM FUTURO

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Academic year: 2022

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2º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul ISSN 2175-5302

721 PRODUÇÃO DE LEITE EM ITAQUI-RS: UM PASSADO SEM HISTÓRIA E UM FUTURO

AINDA NO ESCURO

Janaína Balk Brandão

1

, Vinícius Santos Dias², Fabieli Bastide da Silva³

1Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui/Docente/ janainabrandao@unipampa.edu.br

²³Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui/ discente/ viniciusdias_agro@yahoo.com.br Palavras-Chave: Desenvolvimento, informalidade, diversificação da matriz produtiva.

INTRODUÇÃO

A cadeia produtiva do leite é um setor importante economicamente para pequenas e grandes propriedades, sendo também uma alternativa de diversificação produtiva dentro destas. De acordo com Carvalho (2010) os avanços na cadeia láctea como um todo foram grandes nos últimos anos, entre os quais se destaca: pagamento por qualidade, implementação de legislação mais dura em termos de produção com qualidade, coleta a granel, distribuição e consumo, estrutura de fornecedores e internalização que mudaram a forma de produzir e comercializar leite no país. Para os produtores familiares as mudanças são revestidas de distintos impactos, pois nem todos conseguem acompanhar a demanda da indústria e dos consumidores no que se refere às melhorias na questão da gestão da produção, qualidade e sanidade do produto final. Apesar desta reestruturação da cadeia láctea, muitos produtores, normalmente de pequeno porte, não conseguem acompanhar estes avanços, o que os leva a atuar na informalidade. Com base neste contexto objetivou-se com este trabalho analisar o perfil dos produtores de leite do município de Itaqui/RS, assim como, o grau de formalidade dos mesmos e os tipos de canais adotado para a comercialização. O propósito dessa pesquisa foi levantar informações ainda desconhecidas da literatura neste recorte local como forma de entender a situação atual dos produtores de leite, analisando a realidade empírica desde uma perspectiva de cadeia.

METODOLOGIA

Esta pesquisa utilizará como recorte geográfico o município de Itaqui, localizado na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, distante 760 Km da capital Porto Alegre.

Os dados e a discussão apresentados representam um esforço de sistematização da fase inicial de um projeto de pesquisa da Universidade Federal do Pampa - Campus Itaqui intitulado: Análise da Cadeia Produtiva do Leite na Fronteia Oeste: um estudo de caso no município de Itaqui.

Este trabalho está baseado numa revisão bibliográfica, dados secundários (IBGE) e em informações coletadas através de reuniões com a instituição parceria:

EMATER/RS – ASCAR.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir das informações obtidas das revisões bibliográficas pode-se afirmar, que a grande maioria dos produtores de leite ainda atuam na área da informalidade, isso em um panorama geral brasileiro, como afirma Bánkuti (2009) quando salienta que a informalidade do leite no Brasil é elevada e envolve problemas de ordens econômica e social. Em Itaqui, de acordo com a

EMATER/RS-ASCAR, um número muito pequeno de produtores atuam formalmente hoje no setor leiteiro (cerca de quatro produtores), os quais entregam a produção para o beneficiamento. A maioria ainda atua informalmente, comercializando este leite de “porta em porta”, totalizando 55 (cinquenta e cinco) estabelecimentos que desenvolvem essa atividade economicamente, contando 519 (quinhentos e dezenove) animais (Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Itaqui, RS). Esse número é menor do que os dados apresentados pelo IBGE (2010) que indica 177 Unidades que produziram leite. Segundo a EMATER/Itaqui os motivos que têm grande influência nesta informalidade do setor são: o preço pago diretamente ao produtor e a questão cultural, pois muitos consumidores ainda consideram que o leite vendido pelo próprio produtor é mais saudável e puro em relação ao beneficiado. Outro fator levantado foi em relação a localização destes produtores informais de leite, em que a grande maioria estão estabelecidos na região periurbana do município, o que facilita o contato direto com o consumidor.

CONCLUSÃO

Constatou-se que a maioria de produtores estão atuando na informalidade, adotando canais curtos de comercialização, facilitados pela localização geográfica.

Contrastando os dados obtidos observou-se também que o número de estabelecimentos apontados pelo IBGE são superiores aqueles que se dedicam a essa atividade como matriz produtiva. A assistência técnica é um serviço que não é de acesso a todos os produtores de leite, muitas vezes por não ser oferecida ou mesmo por não haver procura, demonstrando desorganização dos produtores e desarticulação da cadeia.

REFERÊNCIAS

BÁNKUTI, F. I. Quem São os Produtores de Leite que Vendem em Mercados Informais. UFSCar.

Departamento de Engenharia de Produção. São Carlos- SP. 2009.

CARVALHO, G. C. A indústria de laticínios no Brasil:

passado, presente e futuro. EMBRAPA Gado de Leite.

2010. Juiz de Fora, Minas Gerais. Circular Técnica

Disponível em:

http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/livraria/abrir_pdf.php?id

=26. Acesso em: 5 fev. 2012.

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Disponível em:http://censo2010.ibge.gov.br/. Acesso em:

5 de ago de 2013.

Referências

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