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Regulamento Geral de Segurança Saúde do Trabalho 1.ª revisão

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Município de Albufeira

Regulamento Geral

de Segurança Saúde

do Trabalho – 1.ª

revisão

Norma Interna

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PREÂMBULO

O Município de Albufeira deve garantir aos seus trabalhadores que a prestação do trabalho ocorra em condições de segurança, higiene e saúde, e para tal, como Entidade Empregadora Pública obriga-se a estabelecer que a organização da suas atividades laborais tenha em conta a prevenção dos riscos profissionais e a promoção da saúde ocupacional.

Enquanto determinação assente na legislação em vigor, relativa ao cumprimento dos princípios de prevenção e com base no comprometimento da melhoria das condições de segurança e saúde do trabalho, o Município de Albufeira pretende seguir uma política de prevenção laboral coerente com os riscos profissionais da sua actividade, operacionalizada no controlo dos prejuízos ou danos à vida humana e ao património, e comunicada a todos os trabalhadores.

Esta atitude traduz a preocupação em assegurar em todas as fases da actividade dos serviços a segurança e saúde dos trabalhadores, apoiada, nomeadamente, na planificação e organização da prevenção de riscos profissionais, na eliminação dos factores de risco e de acidente, na avaliação e controlo dos riscos profissionais, na informação e formação, na consulta e participação dos trabalhadores e dos seus representantes e na promoção e vigilância da saúde ocupacional dos trabalhadores. Deste modo, para a aplicação das medidas técnicas, assume-se fundamental a a organização e o funcionamento do serviço interno de segurança e saúde no trabalho, com a afetação dos suficientes meios, dos recursos e normas internas adequadas. Nesta perspetiva, foi aprovada uma primeira versão do presente regulamento, através da Assembleia Municipal de Albufeira, na sua reunião extraordinária de 13 de dezembro de 2011, mediante proposta da Câmara Municipal, tomada em reunião de 30 de agosto de 2011.

Atendendo às alterações legislativas entretanto ocorridas, designadamente a revogação da Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, que estabeleceu o Regime Jurídico do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, e a posterior aplicação à Administração Pública do Regime Jurídico de Promoção da Segurança no Trabalho, aprovado pela Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e suas alterações, promove-se agora a atualização da presente norma interna.

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Deste modo, afigura-se necessária a atualização da anterior versão do presente regulamento interno, assumindo na integra as normas já estabelecidas, através da adaptação da primeira versão à realidade e experiência obtida, e enquanto regulamentação interna que reforça a intervenção e envolvimento das partes, sistematizando a legislação em vigor.

Garante-se assim a adaptabilidade das normas legais, no âmbito desta Entidade Empregadora Pública, no respeita às regras especificas na promoção das condições de segurança e saúde do trabalho e, consequentemente, pretende contribuir para melhorar, de forma progressiva, com a participação de todos os intervenientes os níveis de saúde e bem-estar em contexto ocupacional.

Foram consultados os Representantes dos Trabalhadores do Municipio de Albufeira, em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, e a proposta de regulamento foi remetida ao conhecimento da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e da Direcção-Geral de Saúde.

A atual versão do regulamento contém como referencia as disposições constantes do Regime Jurídico de Promoção da Segurança e saúde no Trabalho, aprovado pela Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e suas alterações, e foi elaborado no uso do poder regulamentar próprio da Câmara Municipal, conferido pelo artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, e pela alínea k), do n.º 1, do artigo 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

A presente revisão do Regulamento foi aprovada em reunião de Câmara Municipal de 07 de fevereiro de 2017.

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CAPÍTULO I Disposições Gerais

Artigo 1.º - Âmbito

O Regulamento Geral de Segurança e Saúde do Trabalho, adiante designado por RGSST, define as normas internas relativas à segurança, higiene e saúde aplicáveis a todos os trabalhadores no Município de Albufeira, independentemente do tipo de vínculo laboral e quaisquer que sejam as instalações e locais de trabalho onde exerçam a sua actividade.

Artigo 2.º - Legislação aplicável

O presente RGSST é estabelecido em conformidade com a Lei habilitante do poder regulamentar próprio que as autarquias dispõem, conferido pelo artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, e pela alínea k), do n.º 1, do artigo 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e ao abrigo no Regime Jurídico de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, aprovada por via na Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e suas alterações, aplicável às autarquias locais, bem como outra legislação especifica aplicável ou a aplicar no domínio da Segurança e Saúde do Trabalho.

Artigo 3.º - Objectivo

O RGSST tem por objetivo operacionalizar a prevenção técnica dos riscos profissionais, prosseguir a melhoria contínua das condições de segurança e higiene do trabalho, assim como regulamentar os contributos das partes intervenientes para a promoção e proteção da saúde dos trabalhadores afetos ao Município de Albufeira.

Artigo 4.º - Definições e abreviaturas

Para efeitos de aplicação do presente regulamento, entende-se por: a) ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho.

b) Componentes Materiais do Trabalho – Integram esta definição, os locais de trabalho, o ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas e materiais, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, os processos de trabalho e a organização do trabalho.

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c) DGS – Direção-Geral de Saúde.

d) Estabelecimento - Serviço ou organismo do Município ou parte deste, situado num local geograficamente identificado, no qual ou a partir do qual é exercida uma ou mais atividades.

e) Higiene no Trabalho - conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de ação a medição e o controlo da exposição aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de trabalho.

f) Local de Trabalho - Todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu trabalho, e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador.

g) Prevenção - Ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devam ser tomadas no projeto e em todas as fases de atividade dos serviços do Município.

h) Representante (s) dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho (RTSST) – Pessoa (s) eleita (s) nos termos da lei para exercer funções de representação dos trabalhadores nos domínios da segurança e saúde no trabalho.

i) Saúde no Trabalho - conjunto de métodos médicos que visam a vigilância médica e o controlo dos elementos físicos, sociais e mentais que possam afetar a saúde dos trabalhadores.

j) Saúde Ocupacional – domínio de intervenção interdisciplinar baseado numa matriz de complementaridade de conhecimento e de competências que convergem em duas principais vertentes: a “saúde do trabalho” e a “segurança do trabalho”. Como domínio de atuação envolve a participação de diversas disciplinas (medicina do trabalho, segurança do trabalho, enfermagem do trabalho, psicologia do trabalho, entre outras), com finalidade de prevenção os riscos profissionais, proteção e promoção da saúde do trabalhador.

k) Segurança no Trabalho - conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal campo de ação o reconhecimento e controlo dos riscos associados aos componentes materiais de trabalho.

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l) SSST – Serviço de Saúde e Segurança no Trabalho, o qual constitui para os efeitos da legislação em vigor, a modalidade de serviço interno do Município de Albufeira.

m) SST – Segurança e Saúde no Trabalho (domínio de atuação ou atividade), também designado, por saúde ocupacional.

n) Trabalhador - Pessoa singular, que presta a sua atividade, manual e/ou intelectual ao Município de Albufeira, sobre a sua direção, coordenação, orientação e fiscalização, numa relação de dependência hierárquica e funcional.

Artigo 5.º - Regulamentos Específicos

1 - O RGSST deverá ser complementado com outros regulamentos específicos, que constituem normas internas sobre as diversas matérias relacionadas com a segurança e a saúde no trabalho, entre elas, a prevenção e controlo de substâncias psicoactivas em meio laboral, a actuação em caso de acidentes de trabalho, e a gestão dos fardamentos e equipamentos de proteção individual.

2 – Caso existam outras matérias passíveis de regulamentação interna, no âmbito da segurança e saúde do trabalho, serão elaborados e aprovadas novos regulamentos subsidiários.

CAPÍTULO II

Direitos, Deveres e Garantias das Partes Artigo 6.º - Deveres do Municipio de Albufeira

O Município obriga-se a:

1 - Respeitar, cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor aplicável e o presente Regulamento, bem como as demais normas internas no âmbito da segurança e saúde no trabalho.

2 - Assegurar aos trabalhadores condições de Segurança, Higiene e Saúde em todos os aspectos relacionados com o trabalho, nomeadamente:

a) Proceder, na concepção das instalações, dos locais e processos de trabalho, à identificação dos riscos previsíveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, de forma a garantir um nível eficaz de proteção;

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b) Proceder, na aquisição de máquinas e equipamentos à identificação de riscos, optando preferencialmente por máquinas e equipamentos ergonomicamente mais adequados e dos quais resultem menores riscos, para a segurança e saúde dos trabalhadores;

c) Integrar no conjunto das actividades do Município e a todos os níveis, a avaliação dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, com a adopção de convenientes medidas de prevenção;

d) Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco psicossocial, nos locais de trabalho, não constituam risco para a saúde dos trabalhadores;

e) Planear a prevenção num sistema coerente que tenha em conta a componente técnica, a organização do trabalho, as relações psicossociais e os fatores materiais inerentes do trabalho;

f) Ter em conta, na organização dos meios, não só os trabalhadores, como também terceiros, susceptíveis de serem abrangidos pelos riscos e a realização dos trabalhos, quer nas instalações quer no exterior;

g) Dar prioridade à protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual; h) Organizar o trabalho, procurando, designadamente, eliminar os efeitos nocivos do trabalho monótono e do trabalho cadenciado sobre a saúde dos trabalhadores;

i) Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se encontram expostos no local de trabalho;

j) Estabelecer as medidas, em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, que devem ser adoptadas e identificar os trabalhadores responsáveis pela sua aplicação;

l) Permitir unicamente a trabalhadores com aptidão e formação adequadas, e apenas quando e durante o tempo necessário, o acesso a zonas de risco elevado ou riscos especiais;

m) Adoptar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de perigo grave e iminente que não possa ser evitado, cessar a sua actividade ou afastar-se imediatamente do local de trabalho, afastar-sem que possam retomar a actividade enquanto persistir esse perigo, salvo, em casos excepcionais e desde que assegurada a protecção colectiva ou individual adequada;

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n) Promover e dinamizar a formação e a informação dos trabalhadores e das chefias nos domínios da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho;

o) Assegurar que a manutenção das instalações, máquinas, materiais, ferramentas e utensílios de trabalho ocorra em devidas condições de segurança;

p) Colaborar com as organizações nacionais e internacionais no âmbito da Segurança, Higiene e Saúde no trabalho, de modo a beneficiar do conhecimento das técnicas e experiências mais actualizadas nesta área;

q) Analisar as propostas e recomendações apresentadas pelo serviço de SST;

r) Fornecer aos seus trabalhadores o equipamento de protecção individual e os fardamentos necessários e adequados;

s) Garantir a existência de sinalização de segurança nos locais de trabalho; t) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo;

u) Dar instruções adequadas aos trabalhadores;

v) Fornecer ao serviço de SST os elementos técnicos sobre os equipamentos e a composição dos produtos utilizados;

w) Informar o serviço de SST sobre todas as alterações dos componentes materiais do trabalho, devendo aquele serviço ser previamente consultado sobre todas as situações com possível repercussão na segurança, higiene e saúde dos trabalhadores;

x) Para além de outras notificações previstas em legislação especial, o Município deve comunicar à ACT, nas 24 horas seguintes à ocorrência, os casos de acidentes mortais ou que evidenciem uma situação particularmente grave.

3 - As informações referidas nas alíneas v) e w) do número anterior ficam sujeitas a sigilo profissional, sem prejuízo de as informações pertinentes para a protecção da segurança e saúde dos trabalhadores deverem ser comunicadas aos Trabalhadores implicados e aos Representantes dos Trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho.

Artigo 7.º - Direitos dos trabalhadores

1- Os trabalhadores têm direito:

a) A receber formação e informação adequadas no domínio da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, tendo em conta as respectivas funções e o posto de trabalho;

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b) A apresentar propostas, individualmente ou através dos seus Representantes em matéria de SST, que visem identificar e minimizar os riscos profissionais, relativas a medidas de protecção e prevenção, respeitantes às medidas e instruções para situações de perigo grave e iminente, e sobre as medidas de organização de emergência e combate a incêndios.

c) A dar parecer, nomeadamente através dos seus Representantes sobre:

i) As medidas de prevenção, segurança e higiene antes de serem postas em prática, ou, logo que seja possível, em caso de aplicação urgente das mesmas; ii) As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções, tenham repercussão sobre a segurança e a saúde no trabalho;

iii) O programa e a organização da formação nos domínios da segurança, higiene e saúde no trabalho;

d) A realizar os exames de saúde ocupacional previstos no âmbito da legislação em vigor;

e) Ao carácter sigiloso do seu processo clínico;

f) À consulta do respectivo processo clínico, podendo solicitar cópia nos termos do Código de Procedimento Administrativo;

g) A suspender a execução do trabalho em caso de perigo iminente e grave para a sua vida ou de outros trabalhadores, devendo informar imediatamente os superiores hierárquicos e o serviço de Segurança e Saúde no Trabalho;

h) O de eleger e ser eleito representante dos trabalhadores de acordo com a legislação em vigor.

Artigo 8.º - Deveres dos trabalhadores

Constituem deveres dos trabalhadores:

a) Respeitar e cumprir as disposições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, estabelecidas no presente Regulamento, nas demais normas internas naquele âmbito e nas disposições legais;

b) Colaborar com o Municipio de Albufeira na aplicação do presente Regulamento e cooperar para a melhoria contínua do sistema de segurança e saúde no trabalho; c) Utilizar adequadamente máquinas, ferramentas, substâncias perigosas e

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d) Não praticar actos que possam originar situações perigosas, nomeadamente, alterar, danificar ou retirar dispositivos de segurança ou sistemas de protecção de máquinas ou locais, ou interferir com métodos de laboração que visem diminuir os riscos de acidente ou doenças profissionais;

e) Tomar conhecimento da informação e cooperar na consulta realizada aos trabalhadores sobre Segurança, Higiene e Saúde no trabalho, proporcionada pelo Municipio de Albufeira;

f) Colaborar e comparecer nas acções de formação / informação / sensibilização agendadas pelo serviço de SST, em concordância com a respectiva chefia, contando para o efeito como tempo efectivo de trabalho.

g) Usar correctamente e de acordo com as instruções, os meios e equipamentos de protecção individual ou colectiva, considerados necessários e preconizados, assim como zelar pelo seu bom estado e conservação, e respeitar a sua sinalização nos locais de trabalho;

h) Cuidar e manter a sua higiene pessoal, procurando salvaguardar a sua saúde e evitar a difusão de doenças contagiosas;

i) Comunicar prontamente à respectiva chefia e ao serviço de SST as avarias ou deficiências por si detectadas, que considerem susceptíveis de originar perigo grave ou iminente, assim como qualquer defeito verificado nos sistemas de protecção e a ocorrência de qualquer acidente de trabalho em que sejam intervenientes, ou, do qual tenham tomado conhecimento;

j) Em caso de perigo grave e iminente, adoptar as medidas e instruções estabelecidas para tal situação;

k) Comparecer aos exames médicos de saúde do trabalho, no quadro das normas legais em vigor, submetendo-se aos exames complementares de diagnóstico e aos testes que visem garantir a segurança, higiene e a saúde no trabalho;

l) Cooperar e participar no incremento e na manutenção das boas condições de trabalho.

Artigo 9.º - Deveres dos trabalhadores que ocupam no Municipio cargos de direcção, bem como funções de coordenação técnica e de pessoal

A promoção e a verificação do cumprimento das normas previstas no presente Regulamento e da demais legislação sobre a segurança, higiene e saúde no trabalho

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é competência de quem exerce o poder hierárquico ao nível de cada unidade orgânica, e daqueles que exerçam funções de coordenação técnica de gestão de pessoal, ao nível das equipas de trabalho.

Artigo 10.º - Competências dos cargos de direcção ou cargos técnicos com funções atribuídas de gestão e organização do trabalho

1 – Para aplicação do artigo anterior, são ainda competências dos responsáveis de cargos de direção e, quando aplicável, dos cargos técnicos com funções atribuídas ao nível da gestão e organização do trabalho de demais trabalhadores:

a) Conhecer e aplicar a legislação de segurança, higiene e saúde aplicável às actividades da respectiva unidade orgânica;

b) Cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento Geral e os Regulamentos Específicos, na matéria que lhes diga respeito;

c) Aplicar na sua unidade orgânica e serviços afetos as políticas e programas de prevenção, segurança, higiene e saúde no trabalho definidas no Municipio de Albufeira;

d) Propor e designar os trabalhadores que intervenham no âmbito da organização da emergência, em cada uma das instalações municipais que lhes esteja afecta, no que respeita à evacuação de edifícios, segurança contra incêndios e primeiros-socorros. e) Concretizar a organização e gestão das medidas de segurança contra incêndio (medidas de autoprotecção) dos estabelecimentos e instalações municipais, assim como a realização periódica dos respectivos exercícios de simulacro, solicitando para estes últimos o acompanhamento do serviço de protecção civil municipal;

f) Salvaguardar a não deterioração, nem a alteração da localização dos meios de combate a incêndio afectos às instalações da sua unidade orgânica, bem como comunicar ao serviço responsável pela manutenção de edifícios e equipamentos qualquer anomalia detectada;

g) Informar e/ou solicitar a intervenção do serviço de SST quando os trabalhadores revelarem inadaptação ao posto de trabalho, baixa de produtividade anormal, comportamentos desadequados associados à suspeita de consumo excessivo e/ou ingestão de substâncias psicoactivas, conflitualidade nas relações de trabalho, etc.; h) Solicitar a realização dos exames médicos ocasionais se houver suspeitas de

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i) Comunicar e convocar os trabalhadores para a comparência nos exames médicos de saúde do trabalho, e outras iniciativas, diligenciando a sua presença nas datas e horas agendadas para a realização dos exames e testes que visem garantir a segurança, higiene e saúde do trabalho;

j) Cooperar com o SSST na análise dos acidentes de trabalho e diligenciar as medidas necessárias para evitar a sua repetição;

k) Suspender a execução do trabalho em caso de risco iminente para a integridade e saúde dos trabalhadores;

l) Informar superiormente e, de igual modo, o serviço de SST de todas e quaisquer situações que coloquem em risco a integridade física e psíquica dos trabalhadores; m) Ter em conta as recomendações do serviço de SHST e acolher as recomendações técnicas em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho;

n) Colaborar nas vistorias e/ou auditorias de segurança;

o) Promover a segurança dos trabalhadores afectos à sua unidade orgânica;

p) Solicitar atempadamente os meios de protecção individual e os fardamentos, definidos como obrigatórios nos regulamentos específicos;

q) Fazer respeitar a sinalização de segurança;

r) Cooperar no estudo dos locais e postos de trabalho, e das suas condições de segurança e saúde.

Artigo 11.º - Acolhimento dos novos trabalhadores

1 – Para além do estabelecido na alínea a), n.º 1, artigo 20.º, do presente Regulamento, o SSST realiza o acolhimento dos novos trabalhadores em matéria de segurança e saúde do trabalho, quando da sua admissão, de modo a que seja assegurada a necessária informação das condições e regras de prevenção a dar cumprimento nos postos de trabalho.

2 – Para o efeito do número anterior, o serviço de gestão de recursos humanos, informa atempadamente o SSST e identifica os novos trabalhadores admitidos.

3 – O acolhimento em matéria de SST será realizado através do contacto presencial feito pelos Técnicos do SSST , sendo registado e, para os devidos efeitos, comunicado ao serviço do Município responsável pela formação profissional.

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CAPÍTULO III

Representação dos Trabalhadores Artigo 12.º - Conceito

Os Representantes dos Trabalhadores são as pessoas eleitas nos termos da legislação em vigor, para exercer funções de representação dos trabalhadores nos domínios da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Artigo 13.º - Eleição dos Representantes dos Trabalhadores

1 - Os Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no trabalho são eleitos pelos trabalhadores de acordo com o estabelecido legalmente.

2 - O número de Representantes dos Trabalhadores encontra-se definido na legislação em vigor, sendo um valor determinado de acordo com o número total de trabalhadores.

3 - A substituição dos Representantes dos Trabalhadores só é admitida no caso de renúncia ou impedimento definitivo, cabendo a mesma, aos candidatos efectivos e suplentes pela ordem indicada na respectiva lista.

Artigo 14.º - Direitos dos Representantes

1- Sem prejuízo das disposições constantes da legislação em vigor, os Representantes dos Trabalhadores, têm direito:

a) A um crédito de 5 horas por mês, ou a um número superior de horas previsto em Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública, para o exercício das suas funções, não sendo contudo, acumulável com créditos de horas de que o trabalhador beneficie por integrar outras estruturas representativas dos trabalhadores;

b) Que lhes sejam proporcionadas as condições para que recebam formação adequada no domínio da SST;

c) Não perder quaisquer direitos ou regalias, inclusive o subsídio de refeição, para o exercício das suas funções;

e) Apresentar as suas observações por ocasiões das visitas e fiscalização efectuadas ao Municipio pelas autoridades competentes, bem como, solicitar a sua intervenção se as medidas adoptadas e os meios fornecidos pela autarquia forem insuficientes para

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Artigo 15.º - Consulta dos Representantes do Trabalhadores

1 – O Municipio de Albufeira deve consultar por escrito, previamente ou em tempo útil, os Representantes dos Trabalhadores sobre as matérias determinadas na legislação: a) A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no trabalho, incluindo os respeitantes aos grupos de trabalhadores sujeitos a risco elevado ou riscos especiais; b) As medidas de segurança, higiene e saúde antes de serem postas em prática ou, logo que seja possível, em caso de aplicação urgente das mesmas;

c) As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções, tenham repercussão sobre a segurança, higiene e saúde no trabalho;

d) O programa e a organização da formação no domínio da segurança, higiene e saúde no trabalho;

e) A designação e a exoneração dos trabalhadores que desempenhem funções específicas nos domínios da segurança, higiene e saúde no local de trabalho;

f) A designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, a respectiva formação e o material disponível;

g) O recurso a serviços exteriores ao Município ou a técnicos qualificados para assegurar o desenvolvimento de todas ou parte das actividades de segurança, higiene e saúde no trabalho;

h) O material de protecção que seja necessário utilizar;

i) A informação relativa aos riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de protecção e de prevenção, e a forma como se aplicam, quer ao posto de trabalho ou função, quer aos serviços em geral;

j) A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias úteis, elaborada nos termos da legislação;

l) Os relatórios dos acidentes de trabalho;

m) As medidas tomadas quanto à consulta realizada.

Artigo 16.º - Resposta à consulta

1 – Os RTSST em resposta às solicitações do Municipio de Albufeira devem emitir o seu parecer no prazo de 15 dias ou em prazo superior determinado pela Entidade Empregadora Pública, atendendo à extensão ou complexidade da matéria.

2 – Decorridos os prazos determinados sem que o parecer solicitado tenha sido entregue ao Municipio de Albufeira, considera-se satisfeita a exigência da consulta.

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CAPÍTULO IV

Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho Artigo 17.º - Constituição e competências funcionais

1 - O Município de Albufeira, enquanto Entidade Empregadora Pública e de acordo com a sua obrigação, institui um serviço interno de Segurança e Saúde no Trabalho, que integra a sua estrutura orgânica, exercendo as suas atividades na modalidade de serviço interno.

2 – O serviço interno de SST abrange através da sua atuação exclusivamente os trabalhadores que prestam serviço no Município, tendo como competência funcional o estabelecido no regulamento de organização dos serviços municipais, em vigor. 3 – Este serviço interno integra e desenvolve as atividades das áreas especificas da segurança do trabalho e da saúde do trabalho, e deve dispor dos recursos humanos mínimos determinados na legislação.

4 – A qualificação e a organização do serviço interno de SST deve atender aos requisitos determinados na legislação, designadamente, a disponibilidade de instalações adequadas e equipadas para o exercício da atividade, assim como

Artigo 18.º - Segurança do Trabalho

1 – As atividades técnicas de segurança e higiene no trabalho são asseguradas por trabalhadores do Município de Albufeira, tecnicamente habilitados para o desempenho destas funções, dotados de autonomia técnica e detentores de titulo profissional válido.

Artigo 19.º - Saúde do Trabalho

1 – As atividades de saúde ocupacional, para além da Medicina do trabalho, integram a participação e contributo de diversas disciplinas, como a Enfermagem do trabalho, Psicologia do Trabalho, e outras, possibilitando estabelecer uma abordagem integrada no processo de diagnóstico, avaliação e gestão do risco em saúde do trabalho, adaptada a cada situação e ao trabalhador.

2 – Estas atividades são asseguradas por trabalhadores do Município de Albufeira, que sejam profissionais de saúde tecnicamente habilitados, ou extraordinariamente, por profissionais externos ao município, mas integrados através de contratação, na

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3 - A saúde ocupacional realiza o acompanhamento médico e a vigilância dos factores que possam afectar a saúde dos trabalhadores, assim como a dinamização das ações de promoção da saúde, o apoio à gestão da SST, aos trabalhadores e aos seus representantes.

Artigo 20.º - Exames de saúde e aptidão

1 – A vigilância da saúde ocupacional compreende a realização de exames médicos, designadamente:

a) Exames de Admissão - realizados aquando a entrada do trabalhador ao serviço, destinam-se a aferir a existência dos requisitos físicos e psíquicos indispensáveis para o preenchimento do posto de trabalho;

b) Exames Periódicos - realizados de dois em dois anos, a todos os funcionários, excepto aos que tenham menos de 18 anos e mais de 50, sendo estes efectuados com periodicidade anual. Face ao estado de saúde do trabalhador e aos resultados da avaliação de riscos, o médico do trabalho pode reduzir ou alargar a periodicidade dos exames, sem ultrapassar os limites legalmente estabelecidos para a realização de novo exame.

c) Exames Ocasionais – são realizados sempre que haja alteração substancial dos componentes materiais do trabalho, bem como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente. Sempre que se justifique, por superveniente indicação do médico do trabalho, podem ser realizados aos diversos trabalhadores do Município de Albufeira..

2 – Da ficha clinica:

a) As observações clinicas são anotadas na ficha clinica do trabalhador, que consiste no registo da história clínica e profissional do trabalhador, incluindo o rastreio de efeitos precoces e reversíveis;

b) A ficha clínica, com observações relativas aos exames de saúde, encontra-se sujeita ao regime de segredo profissional, só podendo ser facultada às autoridades de saúde e aos médicos das entidades do Estado que tutelem as actividades de Inspecção, em matéria de Trabalho.

c) Os trabalhadores poderão ter acesso aos resultados da vigilância médica que lhes digam respeito e quando deixarem de prestar serviço no Município, ser-lhes-á entregue, a seu pedido, cópia da ficha clínica.

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3 – Em resultados dos exames de admissão, periódicos e ocasionais, o Médico do Trabalho preenche uma ficha de aptidão, da qual os trabalhadores tomam conhecimento através de assinatura, no momento da consulta médica ou exame. 4 – A ficha de aptidão é submetida para o conhecimento do Responsável do SSST, procedendo-se à análise das recomendações e implementação de medidas técnicas, prosseguindo-se ao encaminhamento de cópia para o serviço de gestão de recursos humanos do Município de Albufeira, com vista a integrar o processo individual do trabalhador.

5 - Sempre que a repercussão do trabalho e das condições em que é prestado se revele nociva à saúde do trabalhador, ou esteja em causa a aptidão do trabalhador, tal facto é comunicado ao superior hierárquico do trabalhador, com a intervenção e devido acompanhamento do SSST.

6 - Quando o estado de saúde do trabalhador o justifique, é solicitado o necessário acompanhamento pelo Médico Assistente do Centro de Saúde a que o trabalhador pertence ou por outro médico indicado pelo trabalhador.

7 - Caso necessário, deverá a entidade empregadora e os próprios serviços proceder à requalificação profissional do Trabalhador com o apoio técnico do SSST.

Artigo 21.º - Não comparência aos exames médicos

1 - A não comparência à convocatória para a realização dos exames médicos de admissão, ocasionais ou periódicos, deve ser informada pelo trabalhador ou pelo seu superior hierárquico.

2 – A não justificação da falta de comparência sucessiva às convocatórias, deve ser considerada como um incumprimento dos deveres gerais do trabalhador, constituindo matéria do âmbito do estatuto disciplinar dos trabalhadores que exercem funções públicas.

3 – Só será aceitável a não comparência às convocatórias no caso existir motivos inadiáveis não imputáveis ao trabalhador, devendo a mesma ser apresentada por escrito.

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Artigo 22.º - Trabalhos com risco elevado ou riscos especiais

1 – A realização de trabalhos que apresentam risco elevado ou riscos especiais devem ser objecto de registo, autorização para a sua execução pelo superior hierárquico, e ser obrigatoriamente comunicados ao SSST para o devido conhecimento.

2 – Sem prejuízo do estabelecido legalmente, consideram-se trabalhos de risco elevado, com aplicabilidade ao Município, os trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, túneis, com riscos de quedas de altura ou de soterramento, demolições e intervenção em rodovias sem interrupção de tráfego. 3 – Os trabalhos especiais são todos os que, devido à sua natureza, geram situações de risco e perigo que mereçam controlos especiais, designadamente aqueles:

a) Que exponham os trabalhadores a risco de soterramento, de afundamento ou de queda em altura, particularmente agravados pela natureza da actividade ou dos meios utilizados, ou do meio envolvente do posto, ou da situação de trabalho, ou do estaleiro; b) Que exponham os trabalhadores a riscos químicos ou biológicos susceptíveis de causar doenças profissionais;

c) Efectuados na proximidade de linhas eléctricas de média e alta tensão;

e) Efectuados em vias rodoviárias que se encontrem em utilização, ou na sua proximidade;

g) Em poços, túneis, galerias ou espaços confinados;

h) Que envolvam a utilização de explosivos, ou susceptíveis de originarem riscos derivados de atmosferas explosivas;

i) De montagem e desmontagem de elementos prefabricados ou outros, cuja forma, dimensão ou peso exponham os trabalhadores a risco grave;

CAPÍTULO VI Disposições Finais

Artigo 23.º - Conhecimento aos trabalhadores

1 - Este Regulamento é do conhecimento obrigatório de todos os trabalhadores do Municipio de Albufeira, devendo ser publicado na intranet e nos locais habituais para o efeito.

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2 - Em cada Unidade Orgânica devem ser promovidas as adequadas medidas de divulgação, nomeadamente o conhecimento evidenciado a todos os trabalhadores afetos e a sua afixação nos locais de trabalho.

Artigo 24.º - Procedimento disciplinar

A violação culposa das normas presentes neste Regulamento é passível de procedimento disciplinar, nos termos da legislação aplicável.

Artigo 25.º - Encargos

Os encargos com a organização e funcionamento dos serviços de SST, incluindo as despesas com exames, avaliações de exposição, testes e demais acções realizadas para a prevenção dos riscos profissionais e a vigilância da saúde, encontram-se a cargo do Município.

Artigo 26.º - Normas supletivas

Em tudo o que for omisso no presente Regulamento e nos Regulamentos Específicos, aplicar-se-á, com as devidas adaptações, a legislação em vigor.

Artigo 27.º - Entrada em Vigor

Referências

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