• Nenhum resultado encontrado

ELEMENTOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA. PARTE I

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ELEMENTOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA. PARTE I"

Copied!
123
0
0

Texto

(1)

ELEMENTOS DE AN ´

ALISE MATEM ´

ATICA. PARTE I

* M´etodo de indu¸c˜ao matem´atica

* Sucess˜ao. Limite de sucess˜ao

* Sucess˜oes fundamentais

* Fun¸c˜ao. Limite de fun¸c˜ao

* Limites not´aveis

* Compara¸c˜ao de infinit´esimos

(2)

A colectˆanea de exerc´ıcios aborda o tema sobre limite de sucess˜ao e fun¸c˜ao. O presente trabalho destina-se aos estudantes dos cursos de Matem´atica, Ciˆencias e Engenharias.

Referˆencias bibliogr´aficas: 4 t´ıtulos. N´umero de registo: 01882/RLINLD/2000 Tiragem: 1500

Revis˜ao: Prof. Doutor A. I. Shindiapin (Professor Associado Convidado no Departamento de Matem´atica e Inform´atica); dr. Lu´ıs Weng Sam (Assistente no Departamento de Matem´atica e Inform´atica).

c

° M. J. Alves, 2000

Este trabalho foi editado com o apoio financeiro da

Cervejas de Mo¸cambique

.

Typeset by LATEX

1Prof. Doutor M. J. Alves ´e mestrado (Universidade Estatal de Saint-Petersburg) e doutorado (Universidade Estatal

de Perm) em Matem´atica Pura. Actualmente ´e professor no Departamento de Matem´atica e Inform´atica da Universidade Eduardo Mondlane. O seu endere¸co electr´onico ´e: majoalves@member.ams.org

(3)

Pref´acio . . . 6

1 M´ETODO DE INDUC¸ ˜AO MATEM ´ATICA 8 1.1 Resumo te´orico . . . 8

1.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 9

1.3 Perguntas de contrˆole . . . 13

1.4 Exerc´ıcios propostos . . . 13

2 SUCESS ˜AO. LIMITE DE SUCESS ˜AO 15 2.1 Resumo te´orico . . . 15

2.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 16

2.3 Perguntas de contrˆole . . . 19

2.4 Exerc´ıcios propostos . . . 21

3 INFINIT´ESIMO E INFINITAMENTE GRANDE 22 3.1 Resumo te´orico . . . 22

3.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 23

3.3 Perguntas de contrˆole . . . 26

3.4 Exerc´ıcios propostos . . . 27

4 PROPRIEDADES ARITM´ETICAS DE SUCESS ˜OES CONVERGENTES 29 4.1 Resumo te´orico . . . 29

4.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 30

4.3 Perguntas de contrˆole . . . 39

4.4 Exerc´ıcios propostos . . . 40 3

(4)

5 SUCESS ˜OES MON ´OTONAS 43 5.1 Resumo te´orico . . . 43 5.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 44 5.3 Perguntas de contrˆole . . . 46 5.4 Exerc´ıcios propostos . . . 46 6 LIMITES PARCIAIS 48 6.1 Resumo te´orico . . . 48 6.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 49 6.3 Perguntas de contrˆole . . . 51 6.4 Exerc´ıcios propostos . . . 52

7 SUCESS ˜OES FUNDAMENTAIS 54 7.1 Resumo te´orico . . . 54 7.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 55 7.3 Perguntas de contrˆole . . . 57 7.4 Exerc´ıcios propostos . . . 58 8 FUNC¸ ˜AO 60 8.1 Resumo te´orico . . . 60 8.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 61 8.3 Perguntas de contrˆole . . . 68 8.4 Exerc´ıcios propostos . . . 68 9 LIMITE DE FUNC¸ ˜AO 71 9.1 Resumo te´orico . . . 71 9.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 74 9.3 Perguntas de contrˆole . . . 83 9.4 Exerc´ıcios propostos . . . 83

10 LIMITES NOT ´AVEIS 85 10.1 Resumo te´orico . . . 85

10.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 86

10.3 Perguntas de contrˆole . . . 96

(5)

11 COMPARAC¸ ˜AO DE INFINIT´ESIMOS 99 11.1 Resumo te´orico . . . 99 11.2 Exerc´ıcios resolvidos . . . 100 11.3 Perguntas de contrˆole . . . 110 11.4 Exerc´ıcios propostos . . . 112 Bibliografia . . . 114 Respostas . . . 115 Indice remissivo . . . 122

(6)

O presente trabalho ´e uma colectˆanea de exerc´ıcios referentes ao primeiro e segundo temas da disciplina An´alise Matem´atica I.

Pretendemos, deste modo, mostrar a aplica¸c˜ao dos teoremas e conceitos principais condu-centes `a assimila¸c˜ao dum dos t´opicos b´asico e fundamental da An´alise Matem´atica, que ´e a no¸c˜ao de limite.

Faz-se uma breve revis˜ao de conceitos tais como sucess˜ao, fun¸c˜ao, seu dom´ınio e con-tradom´ınio. Introduz-se a no¸c˜ao de limite de sucess˜ao e fun¸c˜ao, suas propriedades e vˆem-se, de um modo geral, os limites not´aveis. Aborda-se, tamb´em, o conceito de o– pequeno, O – grande e retratam-se algumas f´ormulas ass´ımpt´oticas que nos mostram, de modo profundo, o seu impacto no c´alculo de limites.

A assimila¸c˜ao dos principais conceitos e teoremas, que se encontram no resumo te´orico, s˜ao fundamentais para a compreens˜ao dos exerc´ıcios resolvidos e a resolu¸c˜ao dos exerc´ıcios propostos. Subentende-se que as demonstra¸c˜oes destes teoremas o leitor teve a oportunidade

(7)

de aprendˆe-las durante as aulas te´oricas ministradas.

Parte dos exerc´ıcios aqui retratados foram retirados do livro sob redac¸c˜ao do acad´emico russo Boris Pavlovitch Demidovitch2.

Gostar´ıamos de exprimir os nossos agradecimentos `a todos que, directa ou indirectamente, contribu´ıram para que este trabalho fosse publicado. `A CERVEJAS DE MOC¸ AMBIQUE, que financiou esta edi¸c˜ao, o nosso agradecimento.

O autor Maputo, 2001

(8)

ETODO DE INDUC

¸ ˜

AO

MATEM ´

ATICA

1.1

Resumo te´

orico

Para se demonstrar que uma afirma¸c˜ao ´e correcta para qualquer n´umero natural n, ´e suficiente mostrar que:

1) a afirma¸c˜ao ´e correcta para n = 1;

2) caso o ponto anterior se cumpra, ent˜ao sup˜oe-se que a afirma¸c˜ao ´e correcta para n = k ;

3) finalmente mostramos que, com base na suposi¸c˜ao 2), a afirma¸c˜ao ´e correcta para n =

k + 1.

(9)

1.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Nos exerc´ıcios seguintes mostre, aplicando o m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica, que as igual-dades tˆem lugar para qualquer n natural:

(a) 1 + 2 + · · · + n = n(n + 1)

2 ;

Resolu¸c˜ao. Para n = 1 temos 1 = 1(1 + 1)

2 , i.e. o ponto 1) do m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica cumpre-se. Suponhamos que para n = k a igualdade ´e v´alida, i.e. 1 + 2 + · · · + k = k(k + 1)

2 . Sendo assim, mostremos que para n = k + 1 a igualdade se cumpre, i.e. 1 + 2 + · · · + k + (k + 1) = (k + 1)(k + 2) 2 ? Realmente, 1+2+· · ·+k+(k+1) = k(k + 1) 2 +(k+1) = k(k + 1) + 2(k + 1) 2 = (k + 1)(k + 2) 2 . ¤ (b) 12+ 22+ · · · + n2 = n(n + 1)(2n + 1) 6 ;

Resolu¸c˜ao. Para n = 1 temos 12 = 1(1 + 1)(2 + 1)

6 =

2 · 3

6 = 1. Suponhamos que para n = k a igualdade ´e v´alida, i.e.

12+ 22+ · · · + k2 = k(k + 1)(2k + 1)

6 .

Vamos mostrar que para n = k + 1 a igualdade cumpre-se, i.e.

12+ 22+ · · · + k2+ (k + 1)2 = (k + 1)(k + 2)(2k + 3)

(10)

Com efeito: 12+ 22+ · · · + k2+ (k + 1)2 = k(k + 1)(2k + 1) 6 + (k + 1) 2 = = k(k + 1)(2k + 1) + 6(k + 1) 2 6 = (k + 1)[k(2k + 1) + 6(k + 1)] 6 = = (k + 1)(2k 2+ k + 6k + 6) 6 = (k + 1)(2k2+ 7k + 6) 6 = (k + 1)(k + 2)(2k + 3) 6 . ¤ (c) arctg1 2+ arctg 1 8+ · · · + arctg 1 2n2 = arctg n n + 1;

Resolu¸c˜ao. Para n = 1 temos arctg1

2 = arctg 1

1 + 1, i.e. a igualdade cumpre-se. Suponhamos que para n = k a igualdade ´e correcta, i.e.

arctg1 2 + arctg 1 8 + · · · + arctg 1 2k2 = arctg k k + 1.

Mostremos que a igualdade ´e correcta para n = k + 1, i.e.

arctg1 2 + arctg 1 8 + · · · + arctg 1 2k2 + arctg 1 2(k + 1)2 = arctg k + 1 k + 2?

Para tal vamos mostrar, inicialmente, a igualdade:

arctgα + arctgβ = arctg α + β 1 − αβ.

Fazendo θ1 = arctgα e θ2 = arctgβ temos que α = tgθ1 e β = tgθ2. Seja

γ = θ1+ θ2 =⇒ tgγ = tg(θ1+ θ2) =

tgθ1+ tgθ2 1 − tgθ1tgθ2

= α + β

1 − αβ =⇒ =⇒ γ = θ1+ θ2 = arctgα + arctgβ = arctg α + β

(11)

Assim, arctg1 2+ · · · + arctg 1 2k2 + arctg 1 2(k + 1)2 = arctg k k + 1 + arctg 1 2(k + 1)2 = = arctg k k+1 +2(k+1)1 2 1 − k k+1· 2(k+1)1 2 = arctg(2k 2+ 2k + 1)(k + 1) (2k3 + 6k2+ 5k + 2) = = arctg(2k2+ 2k + 1)(k + 1) (2k2+ 2k + 1)(k + 2) = arctg k + 1 k + 2. ¤

2) Demonstre a desigualdade de Bernoulli1:

(1 + x1)(1 + x2) · · · (1 + xn) ≥ 1 + x1+ · · · + xn,

onde xi > −1, i = 1, 2, . . . , n e xixj > 0, i, j = 1, 2, . . . , n;

Resolu¸c˜ao. Para n = 1 a desigualdade cumpre-se. Suponhamos que ela ´e correcta para

n = k , i.e.

(1 + x1)(1 + x2) · · · (1 + xk) ≥ 1 + x1+ x2+ · · · + xk.

Vamos mostrar a validade desta desigualdade para n = k + 1. Temos, para xi > −1,

(1 + x1)(1 + x2) · · · (1 + xk)(1 + xk+1) ≥ (1 + x1+ x2+ · · · + xk)(1 + xk+1) =

= (1 + x1+ x2+ · · · + xk+ xk+1) + (x1+ x2+ · · · + xk)xk+1 ≥ 1 + x1+ x2+ · · · + xk+ xk+1.

N´os fizemos uso da desigualdade (x1+ x2 + · · · + xk)xk+1 ≥ 0, pois segundo a condi¸c˜ao

do exerc´ıcio xixj > 0, i, j = 1, 2, . . . , n. ¤

(12)

3) Demonstre a desigualdade 1 2· 3 4· · · 2n − 1 2n < 1 2n + 1; Resolu¸c˜ao. Para n = 1 a desigualdade cumpre-se, pois

1 2 < 1 2 · 1 + 1 = 1 3; suponhamos que ela tamb´em cumpre-se para n = k , i.e.

1 2 · 3 4· · · 2k − 1 2k < 1 2k + 1.

Vamos mostrar que esta desigualdade ´e correcta para n = k + 1, i.e. 1 2· 3 4· · · 2k − 1 2k · 2k + 1 2k + 2 < 1 2k + 3? Na verdade: 1 2 · 3 4· · · 2k − 1 2k · 2k + 1 2k + 2 < 1 2k + 1 · 2k + 1 2k + 2 = = 1 2k + 3 · 2k + 3 2k + 1 · 2k + 1 2k + 2 = 1 2k + 3 · r 4k2+ 8k + 3 4k2+ 8k + 4 < 1 2k + 3. ¤ 4) Demonstre a desigualdade ¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin à n X i=1 xi¯ ¯ ¯ ¯ n X i=1 sin xi, 0 ≤ xi ≤ π, i = 1, 2, . . . , n;

Resolu¸c˜ao. Para n = 1 temos | sin x1| = sin x1 pois, para 0 ≤ x1 ≤ π , o seno ´e positivo. Suponhamos que para n = k a desigualdade tem lugar, i.e.

¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin à k X i=1 xi¯ ¯ ¯ ¯ k X i=1 sin xi.

(13)

Vamos mostrar que para n = k + 1 a desigualdade cumpre-se: ¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin Ãk+1 X i=1 xi¯ ¯ ¯ ¯= ¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin à k X i=1 xi+ xk+1¯ ¯ ¯ ¯= = ¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin à k X i=1 xi ! cos xk+1+ cos à k X i=1 xi ! sin xk+1 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯sin à k X i=1 xi¯ ¯ ¯ ¯| cos xk+1| + ¯ ¯ ¯ ¯ ¯cos à k X i=1 xi¯ ¯ ¯ ¯| sin xk+1| ≤ k X i=1 sin xi+ sin xk+1 = k+1 X i=1 sin xi. ¤

1.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Em que consiste o m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica?

1.4

Exerc´ıcios propostos

Para os exerc´ıcios seguintes demonstre, usando o m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica, as igualdades ou desigualdades: 1) 13+ 23+ · · · + n3 = (1 + 2 + · · · + n)2; 2) 1 + 2 + 22+ · · · + 2n−1 = 2n− 1; 3) (1 + x)n≥ 1 + nx (n > 1, x > −1); 4) 1 + 1 2+ 1 3+ · · · + 1 n > n, (n ≥ 2);

(14)

5) x1+ x2+ · · · + xn

n

n

x1x2· · · xn (xk ≥ 0, k = 1, 2, . . . , n).

6) Utilizando o m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica demonstre, que

(15)

SUCESS ˜

AO. LIMITE DE SUCESS ˜

AO

2.1

Resumo te´

orico

Se a cada n´umero natural n se faz corresponder um certo n´umero real xn, ent˜ao diremos que

est´a definida a sucess˜ao num´erica x1, x2, . . . , xn, . . . A denota¸c˜ao usada ´e {xn}∞n=1 ou, caso

n˜ao suscite d´uvidas, xn. O n´umero xn ´e o n-´esimo termo (ou elemento) da sucess˜ao {xn}∞n=1.

As sucess˜oes {xn+ yn}, {xn− yn}, {xnyn} e

½

xn

yn

¾

chamaremos soma, diferen¸ca, produto e quociente, respectivamente, das sucess˜oes {xn} e {yn} (para o quociente sup˜oe-se que yn 6=

0, ∀ n ∈ N).

Diremos que a sucess˜ao {xn} ´e limitada se ∀ n ∈ N ∃ M > 0 : |xn| ≤ M . Do ponto de

vista geom´etrico significa que todos os elementos da sucess˜ao se encontram na vizinhan¸ca do ponto 0 e raio M .

(16)

Diremos que a sucess˜ao {xn} n˜ao ´e limitada se ∃ n0 ∈ N ∀ M > 0 : |xn0| > M .

Diremos que o n´umero a ´e limite da sucess˜ao {xn} se

∀ ε > 0 ∃ N = N(ε) ∈ N ∀ n > N : |xn− a| < ε.

A denota¸c˜ao usada ´e lim

n→∞xn = a, ou lim xn = a, ou xn → a. Do ponto de vista geom´etrico

significa que em qualquer vizinhan¸ca de a e raio ε “caiem” todos os elementos da sucess˜ao

{xn}, com excep¸c˜ao dum n´umero finito. Se uma sucess˜ao tem limite finito, ent˜ao diremos que

ela ´e convergente; se uma sucess˜ao n˜ao tem limite, ou o seu limite ´e igual `a infinito, ent˜ao diremos que ela ´e divergente.

Teorema 1. Se a sucess˜ao {xn} ´e convergente, ent˜ao o seu limite ´e ´unico.

Teorema 2. Se a sucess˜ao {xn} ´e convergente, ent˜ao ela ´e limitada.

A afirma¸c˜ao contr´aria n˜ao ´e verdadeira: uma sucess˜ao pode ser limitada, mas n˜ao ser convergente. Por exemplo, a sucess˜ao de termo geral (−1)n ´e limitada, mas n˜ao converge.

2.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Utilizando a defini¸c˜ao de limite mostre que

lim n

(17)

Resolu¸c˜ao. Pegamos um ε > 0 qualquer e vamos ver o m´odulo da diferen¸ca entre o

n-´esimo termo e a unidade, i.e. |xn− 1| = ¯ ¯ ¯ ¯n + 1n − 1 ¯ ¯ ¯ ¯ = ¯ ¯ ¯ ¯−n + 11 ¯ ¯ ¯ ¯ . Assim, |xn− 1| = ¯ ¯ ¯ ¯−n + 11 ¯ ¯ ¯

¯ = n + 11 ; de acordo com a defini¸c˜ao temos que achar um n´umero natural N tal, que ∀ n > N ter´a lugar a desigualdade 1

n + 1 < ε. Resolvendo

esta desigualdade em rela¸c˜ao `a n temos n > 1

ε − 1. Na qualidade de N podemos tomar

a parte inteira de 1 ε − 1, i.e. N = · 1 ε − 1 ¸ . ¤

2) No exerc´ıcio anterior ache N , para ε = 0.1, ε = 0.01 e ε = 0.001. Que conclus˜ao tira sobre o comportamento de N a medida que o raio da vizinhan¸ca diminui?

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente obtemos:

N(0.1) = · 1 0.1 − 1 ¸ = 9; N(0.01) = · 1 0.01 − 1 ¸ = 99; N(0.001) = · 1 0.001 − 1 ¸ = 999.

Vemos que N cresce, o que implica que mais termos caiem fora da vizinhan¸ca de 1. ¤

3) Utilizando a defini¸c˜ao mostre que

lim

n→∞

5 · 3n

(18)

Resolu¸c˜ao. Pela defini¸c˜ao de limite significa que ∀ ε > 0 ∃ N ∈ N ∀ n > N : ¯ ¯ ¯ ¯ 5 · 3 n 3n− 2 − 5 ¯ ¯ ¯ ¯ < ε. Assim, ¯ ¯ ¯ ¯ 5 · 3 n 3n− 2 − 5 ¯ ¯ ¯ ¯ = 3n10− 2 < ε.

Resolvendo esta inequa¸c˜ao em rela¸c˜ao `a n temos

n > log3 µ 10 ε + 2 ¶ .

Na qualidade de N podemos tomar

N = · log3 µ 10 ε + 2 ¶¸ . ¤

4) Mostre, utilizando a defini¸c˜ao de limite, que

lim

n→∞

1

n! = 0;

Resolu¸c˜ao. Sabendo que para n > 1 ´e v´alida a desigualdade n! > 2n−1 temos

1 n! < 1 2(n−1)/2 < ε =⇒ 2 (n−1)/2 > 1 ε.

Daqui, logaritmizando na base 2, obtemos n > 1 − log2ε2, portanto podemos tomar

N = [1 − log2ε2]. ¤

5) Formule, na linguagem “ε − N ”, o facto de que o n´umero a n˜ao ´e limite da sucess˜ao {xn}

(19)

Resolu¸c˜ao. Por defini¸c˜ao, dizer que lim xn= a significa que

∀ ε ∃ N ∀ n > N : |xn− a| < ε.

Utilizando a regra de constru¸c˜ao da nega¸c˜ao temos que lim xn 6= a se

∃ ε > 0 ∀ N ∃ n > N : |xn− a| ≥ ε.

A interpreta¸c˜ao geom´etrica deste facto ´e que existe uma vizinhan¸ca de a de raio ε tal que fora dela se encontra um n´umero infinito de termos da sucess˜ao. ¤

6) Mostre que a sucess˜ao de termo geral xn= (−1)nn ´e divergente;

Resolu¸c˜ao. Por defini¸c˜ao, |(−1)nn| = n > E verifica-se para n > E ≡ N , onde E > 0

´e qualquer. ¤

7) Mostre que a sucess˜ao de termo geral xn= 2n(−1)

n

n˜ao ´e limitada;

Resolu¸c˜ao. De acordo com a defini¸c˜ao de sucess˜ao n˜ao limitada, precisamos mostrar que

∀ M > 0 ∃ n0 ∈ N tal, que |xn0| > M . Pegando um n´umero n qualquer, mas par, de

modo que n > log2M temos xn = 2n> 2log2M = M . ¤

2.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Formule as defini¸c˜oes:

(20)

(b) sucess˜ao limitada; (c) limite de sucess˜ao.

Dˆe uma interpreta¸c˜ao geom´etrica destas defini¸c˜oes.

2) Diga se ´e correcta a seguinte defini¸c˜ao de limite de sucess˜ao: lim xn = α se ∀ ε > 0 ∃ k > 0

(n˜ao obrigat´oriamente natural) tal, que ∀ n > k : |xn− α| < ε.

3) Mostre, com um exemplo, que o n´umero N que figura na defini¸c˜ao de limite duma sucess˜ao, depende de ε.

4) Seja pois {xn} uma sucess˜ao e o n´umero α, que satisfaz a condi¸c˜ao: ∃ N tal, que ∀ ε > 0

e ∀ n > N : |xn− α| < ε. Ser´a que qualquer sucess˜ao convergente para α satisfaz esta

condi¸c˜ao?

5) Seja lim xn= α.

(a) Ser´a poss´ıvel que todos os termos da sucess˜ao sejam positivos (negativos) se α = 0? (b) Demonstre que lim xn+1 = α, lim xn+2 = α;

(c) Demonstre que xn ´e limitada.

6) Suponhamos que numa certa vizinhan¸ca do ponto α se encontram um n´umero infinito de elementos da sucess˜ao {xn}. Desta condi¸c˜ao ser´a verdade, que:

(21)

(b) Nenhum ponto, que se encontre fora desta vizinhan¸ca, ´e o limite desta sucess˜ao? (c) A sucess˜ao {xn} ´e limitada?

7) Diga o que entende por sucess˜ao convergente e sucess˜ao divergente.

8) A sucess˜ao {xn} ´e limitada (n˜ao ´e limitada). Ser´a que da´ı adv´em o facto que {xn} ´e

convergente (divergente)?

9) Demonstre que o limite duma sucess˜ao (caso exista) ´e um s´o.

2.4

Exerc´ıcios propostos

1) Verifique se as sucess˜oes seguintes s˜ao limitadas:

(a) xn= (−1)n 1 n; (b) xn= 2n; (c) xn= ln n; (d) xn= sin n.

2) Utilizando a defini¸c˜ao de limite mostre que:

(a) lim(−1)

n

n = 0;

(b) lim 2n

(22)

INFINIT´

ESIMO E INFINITAMENTE

GRANDE

3.1

Resumo te´

orico

Diremos que a sucess˜ao de termo geral xn ´e um infinit´esimo se lim xn = 0. Diremos que a

sucess˜ao de termo geral xn ´e infinitamente grande se

∀ E > 0 ∃ N ∀ n > N : |xn| > E.

Do ponto de vista geom´etrico dizer que uma sucess˜ao ´e infinitamente grande significa que em qualquer vizinhan¸ca de zero se encontra um n´umero finito de elementos, e fora da vizinhan¸ca h´a um n´umero infinito de termos. Se a sucess˜ao {xn} ´e um infinitamente grande, ent˜ao

(23)

se lim xn = ∞. Se, a partir de um certo n´umero, todos os termos da sucess˜ao s˜ao positivos

(negativos), ent˜ao escreve-se lim xn = +∞ (lim xn = −∞).

Note-se que uma sucess˜ao infinitamente grande n˜ao ´e convergente e a escrita simb´olica lim xn = ∞ (lim xn = −∞) significa s´omente que a sucess˜ao {xn} ´e infinitamente grande,

contudo n˜ao significa que ela tem limite. Qualquer que seja a sucess˜ao infinitamente grande, ela n˜ao ´e limitada, j´a que fora de qualquer vizinhan¸ca de zero encontra-se um n´umero infinito de termos.

Teorema 3. A soma de dois infinit´esimos ´e um infinit´esimo.

Teorema 4. O produto de uma sucess˜ao limitada por um infinit´esimo ´e um infinit´esimo.

Teorema 5. Se a sucess˜ao {xn} (xn 6= 0) ´e infinitamente grande, ent˜ao a partir de um certo

n´umero n est´a definida a sucess˜ao

½ 1

xn

¾

, que ´e um infinit´esimo.

3.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Formule, na linguagem “ε–N ”, a nega¸c˜ao de que a sucess˜ao {xn} ´e um infinitamente

grande. Dˆe a interpreta¸c˜ao geom´etrica desta nega¸c˜ao;

Resolu¸c˜ao. A sucess˜ao xn ´e infinitamente grande se ∀ E > 0 ∃ N ∀ n > N : |xn| > E .

A nega¸c˜ao ser´a: ∃ E > 0 tal, que ∀ N ∃ n > N : |xn| ≤ E .

(24)

e raio E , no qual se encontra um n´umero infinito de termos desta sucess˜ao. ¤

2) Demonstre que a sucess˜ao an ´e um infinitamente grande, para o caso quando |a| > 1;

Resolu¸c˜ao. Mostremos que a sucess˜ao {an} satisfaz a defini¸c˜ao de infinitamente grande,

i.e.

∀ E > 0 ∃ N ∀ n > N : |a|n> E.

Resolvendo esta desigualdade temos n > log|a|E , assim N = [log|a|E]. ¤

3) Mostre que a sucess˜ao de termo geral xn= n(−1)

n

n˜ao ´e limitada, contudo n˜ao tende para o infinito;

Resolu¸c˜ao. Seja E > 0 um n´umero qualquer. Ent˜ao, para n = 2k (k = 1, 2, . . .) temos

|x2k| = 2k > E se k > E/2, i.e. a sucess˜ao xn n˜ao ´e limitada. Contudo, para E > 1 e

n = 2k − 1 (k = 1, 2, . . .) |x2k−1| = 1

2k − 1 < 1 e n˜ao pode ser superior `a E > 1, i.e. n˜ao ´e infinitamente grande. ¤

4) Demonstre que a sucess˜ao de termo geral an´e um infinit´esimo, para o caso quando |a| < 1;

Resolu¸c˜ao. Para a = 0 temos an = 0, qualquer que seja o n´umero natural n;

supon-hamos que a 6= 0, ent˜ao an =

µµ 1 an−1 . Como ¯ ¯ ¯ ¯1a ¯ ¯ ¯ ¯ > 1, ent˜ao a sucess˜ao ½ 1 an ¾ ´e um infinitamente grande e a sucess˜ao de termo geral an=

µµ 1 an−1 ´e um infinit´esimo, segundo o Teorema 5. ¤

5) Mostre que a sucess˜ao de termo geral 2n

(25)

Resolu¸c˜ao. Dizer que lim 2n n! = 0 significa: ∀ ε > 0 ∃ N ∀ n > N : ¯ ¯ ¯ ¯2 n n! ¯ ¯ ¯ ¯ < ε. Temos 2n n! = 2 1 · 2 2· 2 3· · · 2 n ≤ 2 µ 2 3 ¶n−2 = = 9 2 · µ 2 3 ¶n < ε =⇒ µ 2 3 ¶n < 2 9ε =⇒ n > log2/3(2ε/9). Assim, N = £log2/3(2ε/9)¤. ¤

6) Mostre que a sucess˜ao ½

an

n!

¾

´e um infinit´esimo; Resolu¸c˜ao. Temos a avalia¸c˜ao

¯ ¯ ¯ ¯a n n! ¯ ¯ ¯

¯ = |a|1 · |a|2 · · ·|a|m · m + 1|a| · · ·|a|n <

< |a| m m! µ |a| m + 1n−m < ε =⇒ µ |a| m + 1n−m < m!ε |a|m =⇒ =⇒ (n − m) > log|a|/(m+1) µ m!ε |a|m,

i.e. n > m + log|a|/(m+1) µ

m!ε |a|m

qualquer que seja ε e |a| < m + 1. ¤

7) Mostre que a sucess˜ao de termo geral 1 2·

3 4· · · ·

2n − 1

2n ´e um infinit´esimo; Resolu¸c˜ao. Segundo o exerc´ıcio 5 do ponto 1.2 temos

1 2 · 3 4· · · 2n − 1 2n < 1 2n + 1 < ε =⇒ =⇒ 2n + 1 > 1 ε2 =⇒ n > 1 2 µ 1 ε2 − 1. Assim, N = · 1 2 µ 1 ε2 − 1 ¶¸ . ¤

(26)

3.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Formule as defini¸c˜oes:

(a) sucess˜ao infinitamente pequena; (b) sucess˜ao infinitamente grande.

2) Formule, na linguagem “ε–N ”, que:

(a) a sucess˜ao {xn} ´e um infinit´esimo;

(b) a sucess˜ao {xn} ´e um infinitamente grande. Dˆe a interpreta¸c˜ao geom´etrica.

3) Dˆe a defini¸c˜ao, na linguagem “ε–N ”, que lim xn= −∞.

4) Suponhamos que um n´umero infinito de termos duma sucess˜ao se encontra:

(a) em qualquer vizinhan¸ca de zero; (b) fora de qualquer vizinhan¸ca de zero.

Da condi¸c˜ao a) (da condi¸c˜ao b)) implica que a sucess˜ao ´e infinitamente pequena (infinitamente grande)? Limitada (n˜ao limitada)?

5) Sabe-se que yn6= 0, ∀ n ∈ N e

(a) lim xn = lim yn = 0;

(27)

Ser´a que a sucess˜ao de termo geral xn

yn

´e um infinitamente grande (infinitamente pequeno)?

6) Mostre que a soma de dois infinit´esimos ´e um infinit´esimo.

7) ´E correcto dizer que a soma de dois infinitamente grande ´e um infinitamente grande?

8) Demonstre que se lim xn = ∞, ent˜ao a partir de um certo n est´a definida a sucess˜ao

½ 1 xn ¾ e lim 1 xn = 0.

9) Seja {xn+ yn} um infinit´esimo. Ser´a correcto afirmar que {xn} e {yn} s˜ao infinit´esimos?

10) Demonstre que se xn≥ yn e lim yn = +∞, ent˜ao lim xn = +∞.

3.4

Exerc´ıcios propostos

1) Demonstre que as sucess˜oes seguintes s˜ao infinit´esimos:

(a) xn= nk, k < 0; (b) xn= (−1)n(0.999)n; (c) xn= 2 n; (d) xn= log(log n), n ≥ 2.

(28)

3) Ache o menor termo da sucess˜ao:

(a) xn= n2− 9n − 100;

(b) xn= n +

100

(29)

PROPRIEDADES ARITM´

ETICAS

DE SUCESS ˜

OES CONVERGENTES

4.1

Resumo te´

orico

Teorema 6. Seja lim xn = a e lim yn = b. Ent˜ao:

1) lim (xn+ yn) = a + b;

2) lim (xnyn) = ab;

3) se b 6= 0, ent˜ao a partir de um certo n´umero est´a definida a sucess˜ao de termo geral xn yn

e limxn yn

= a

b.

Se lim xn = lim yn = 0, ent˜ao limxn

yn

chama-se indetermina¸c˜ao do tipo 0/0. De modo

(30)

an´alogo se definem as indetermina¸c˜oes do tipo ∞/∞, 0 · ∞, ∞ − ∞. ´E claro que para tais limites o Teorema 6 n˜ao se aplica.

Teorema 7. Se lim xn = a e a partir de um certo n´umero temos que xn ≥ b (xn ≤ b), ent˜ao

a ≥ b (a ≤ b).

Teorema 8. Se lim xn = lim yn = a e a partir de um certo n´umero cumpre-se a dupla

de-sigualdade

xn ≤ zn≤ yn,

ent˜ao lim zn = a.

4.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Calcule lim xn, se:

(a) xn= 9 + n n+1 2 + 1 n ;

Resolu¸c˜ao. Fa¸camos yn = 9 +

n

n + 1 e zn= 2 +

1

n; ´e claro que

lim yn= lim µ 9 + n n(1 + 1 n) ¶ = 10 e lim zn = lim µ 2 + 1 n= 2.

(31)

Assim, aplicando o Teorema 6 temos lim xn = lim yn zn = lim yn lim zn = 10 2 = 5. ¤ (b) xn= n 3n + 2;

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente temos: lim n 3n + 2 = lim n n(3 + 2 n) = lim 1 3 + 2 n = 1 3. ¤ (c) xn= 10n n2+ 1;

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente temos:

lim 10n n2+ 1 = lim 10n n(n + 1 n) = lim 10 n + 1 n = 0. ¤ (d) xn= n 2− n n −√n;

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente e tendo em considera¸c˜ao o facto de que

n2− n = (n +√n)(n −√n) temos: lim n2− n n −√n = lim (n +√n)(n −√n) n −√n = lim(n + n) = ∞ + ∞ = ∞. ¤ (e) xn= 5 · 3n 3n− 2;

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente temos:

lim 5 · 3n 3n− 2 = lim 5 · 3n 3n(1 − 2 3n) = lim 5 1 − 2 3n = 5. ¤

(32)

(f) xn=

2 − n

n + 1 +

n · 2−n

n + 2 ;

Resolu¸c˜ao. Denote-se yn=

2 − n n + 1 e zn= n · 2−n n + 2 . Temos lim yn = lim n(2 n− 1) n(1 + 1 n) = −1 e lim zn= lim n n(1 + 2 n)2n = lim 1 (1 + 2 n)2n = 0. Assim, lim xn = lim yn+ lim zn= −1. ¤

(g) xn= µ n + 1 n5 ;

Resolu¸c˜ao. Calculando directamente temos:

lim µ n + 1 n5 = · lim µ n + 1 n ¶¸5 = 15 = 1. ¤ (h) xn= n3+ 27 n4− 15;

Resolu¸c˜ao. O numerador comporta-se como n3 e o denominador como n4. Da´ı, que lim n 3+ 27 n4− 15 = lim n3 n4 = lim 1 n = 0. ¤ (i) xn= (n + 5)3− n(n + 7)2 n2 ;

Resolu¸c˜ao. Desenvolvemos, primeiro, o numerador:

(n + 5)3− n(n + 7)2 = n3+ 15n2+ 75n + 125 − n3− 14n2− 49n =

(33)

Assim, lim xn = lim n2+ 26n + 125 n2 = lim n2 n2 = 1. ¤ (j) xn= 2n+2+ 3n+3 2n+ 3n ;

Resolu¸c˜ao. No numerador e denominador vamos evidenciar a potˆencia de maior base. Assim, lim xn = lim 4 · 2n+ 27 · 3n 2n+ 3n = lim 3n[4(2/3)n+ 27] 3n[(2/3)n+ 1] = 27, pois (2/3)n → 0, porque 2/3 < 1. ¤

2) Sabe-se que lim xn= 1. Ache lim yn, se yn=

xn− 1

x2

n− 1

;

Resolu¸c˜ao. Usando a express˜ao da diferen¸ca de quadrados temos

x2 n− 1 = (xn+ 1)(xn− 1). Assim, lim xn = lim xn− 1 (xn+ 1)(xn− 1) = lim 1 xn+ 1 = 1 1 + lim xn = 1 2. ¤ 3) Calcule lim1 + a + · · · + an 1 + b + · · · + bn, para |a| < 1, |b| < 1;

Resolu¸c˜ao. Os numerador e denominador s˜ao somas de n termos de progress˜oes geom´e-tricas de raz˜ao a e b, respectivamente. Assim, com base na f´ormula que permite calcular

(34)

tais somas, temos: 1 + a + · · · + an = 1 − a n+1 1 − a , 1 + b + · · · + b n= 1 − bn+1 1 − b . Em conclus˜ao: lim1 + a + · · · + a n 1 + b + · · · + bn = lim (1 − an+1)(1 − b) (1 − a)(1 − bn+1) = 1 − b 1 − a.

N´os exploramos o facto que lim an+1= 0 e lim bn+1= 0, pois |a| < 1 e |b| < 1 segundo a

condi¸c˜ao do exerc´ıcio. ¤ 4) Calcule lim µ 1 n2 + 2 n2 + · · · + n − 1 n2 ¶ ;

Resolu¸c˜ao. Reescrevemos o termo geral de forma mais compacta:

xn= 1 n2 + 2 n2 + · · · + n − 1 n2 = 1 + 2 + · · · + (n − 1) n2 .

O numerador ´e a soma de n − 1 termos duma progress˜ao aritm´etica, cujo primeiro termo ´e 1 e raz˜ao igual `a 1. Deste modo, e aplicando a f´ormula que permite achar a soma dos elementos duma progress˜ao aritm´etica, temos:

lim xn = lim (1 + n − 1)(n − 1) 2 · n2 = lim n(n − 1) 2 · n2 = 1 2. ¤ 5) Calcule lim µ 1 2 + 1 2 · 3 + · · · + 1 n(n + 1) ¶ ;

(35)

Resolu¸c˜ao. Vamos primeiro escrever 1 k(k + 1) na forma A k + B k + 1. Achamos A e B : 1 k(k + 1) = A k + B k + 1 = A(k + 1) + Bk k(k + 1) ;

daqui tir´amos que (A + B)k + A = 1 =⇒ A = −B e A = 1. Assim, 1 k(k + 1) = 1 k 1 k + 1.

Voltando `a nossa sucess˜ao temos: 1 2 + 1 2 · 3 + · · · + 1 n(n + 1) = µ 1 − 1 2 ¶ + µ 1 2 1 3 ¶ + · · · + µ 1 n 1 n + 1= 1 − 1 n + 1.

Agora ´e f´acil achar o limite:

lim µ 1 1 · 2+ 1 2 · 3 + · · · + 1 n(n + 1) ¶ = lim µ 1 − 1 n + 1= 1. ¤ 6) Calcule lim µ 1 2+ 3 22 + 5 23 + · · · + 2n − 1 2n ¶ ;

Resolu¸c˜ao. Fazendo

Sn = 1 2 + 3 22 + 5 23 + · · · + 2n − 1 2n temos 1 2Sn= 1 22 + 3 23 + 5 24 + · · · + 2n − 1 2n+1 ; assim, Sn− 1 2Sn = 1 2Sn = 1 2 + 3 − 1 22 + 5 − 3 23 + · · · + 2n − 1 − 2n + 3 2n 2n − 1 2n+1 =

(36)

= 1 2 + 1 2 + 1 22 + · · · + 1 2n−1 2n − 1 2n+1 = 1 2 2n − 1 2n+1 + xn, onde xn = 1 2 + 1 22 + · · · + 1

2n−1. ´E f´acil ver que xn ´e a soma de n − 1 termos de uma

progress˜ao geom´etrica, cuja raz˜ao ´e 1

2. Assim, xn = 1 2(1 −2n−11 ) 1 −1 2 = 1 − 1 2n−1. Temos, finalmente, lim1 2Sn = lim µ 1 2 2n − 1 2n+1 + 1 − 1 2n−1 ¶ = 1 2+ 1 = 3 2. Daqui conclu´ımos que lim Sn = 3. ¤

7) Calcule lim2 2 ·√4 2 ·√8 2 · · · 2n√ 2;

Resolu¸c˜ao. Temos

xn = 2 2 ·√4 2 ·√8 2 · · · 2n√ 2 = 212+14+81+···+2n1 = 21−2n1 .

Assim, lim xn = 2lim(1−

1 2n) = 21 = 2. ¤ 8) Calcule lim n cos n n + 1 ;

Resolu¸c˜ao. Fazendo xn = cos n e yn =

n

n + 1 podemos ver que xn = cos n ´e limitada

e lim yn = n n(√n + 1 n)

= 0 ´e um infinit´esimo. Assim,

n cos n

n + 1 tende para zero, pois

(37)

9) Calcule

lim14+ 24 + 34+ · · · + n4

n5 ;

Resolu¸c˜ao. Denotemos Sndef= 14+ 24+ 34+ · · · + n4. Vamos procurar Sn na forma

Sn= An5+ Bn4+ Cn3+ Dn2+ En + F ;

ent˜ao,

Sn+1− Sn= A[(n + 1)5− n5] + B[(n + 1)4 − n4]+

+C[(n + 1)3− n3] + D[(n + 1)2− n2] + E[(n + 1) − n].

Para qualquer natural n temos

(n + 1)4 = 5An4+ (10A + 4B)n3+ (10A + 6B + 3C)n2+

+(5A + 4B + 3C + 2D)n + A + B + C + D + E.

Igualando os coeficientes com os mesmos expoentes `a esquerda e direita temos:

5A = 1

10A + 4B = 4

10A + 6B + 3C = 6 5A + 4B + 3C + 2D = 4

(38)

Daqui tir´amos A = 1/5, B = 1/2, C = 1/3, D = 0, E = 1/30. Deste modo, para qualquer natural n temos:

Sn = 1 5n 5+ 1 2n 4+1 3n 3 1 30n + F. Colocando n = 1 temos 1 = 1 5+ 1 2+ 1 3 1 30+ F =⇒ F ≡ 0. Assim, lim1 4+ 24 + 34+ · · · + n4 n5 = lim µ 1 5+ 1 2n + 1 3n2 1 30n4 ¶ = 1 5. ¤

10) Seja a > 1. Demonstre que

lim√na = 1;

Resolu¸c˜ao. Denotamos √na − 1 = α

n, ent˜ao αn> 0 e

a = (1 + αn)n= 1 + nαn+ · · · + αnn≥ nαn.

Daqui conclu´ımos que 0 < αn≤

a

n, ∀ n. Significa que lim αn = 0, consequentemente

lim √na = lim(1 + α

n) = 1. ¤

11) Demonstre que

(39)

Resolu¸c˜ao. Fazendo √nn − 1 = α n, ent˜ao αn > 0 e n = (1 + αn)n = 1 + nαn+ n(n − 1) 2 α 2 n+ · · · + αnn n(n − 1) 2 α 2 n, para n ≥ 2. Como n − 1 ≥ n 2 para n ≥ 2, ent˜ao n ≥ n2α2 n

4 donde tir´amos, que 0 ≤ αn

2

n. Assim, lim αn= 0 e, consequentemente,

lim√nn = lim(1 + α

n) = 1. ¤

4.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Dˆe a defini¸c˜ao de sucess˜ao convergente.

2) Formule, na linguagem “ε–N ”, a defini¸c˜ao de sucess˜ao divergente e dˆe a interpreta¸c˜ao geom´etrica desta defini¸c˜ao.

3) Formule os teoremas 6–8.

4) Suponhamos que xn converge e yn diverge. Demonstre que xn+yn diverge, αxn converge,

αyn diverge, para α 6= 0. Mostre, com exemplos, que a sucess˜ao xnyn pode convergir ou

divergir.

5) Suponhamos que a sucess˜ao xn+yn converge. Deste facto implica que xn e yn convergem?

6) Suponhamos que lim xn = a. Demonstre que xn pode representar-se na forma xn =

(40)

7) Demonstre o Teorema 7.

8) Suponhamos que lim xn= a e ∀ n, xn> b. Deste facto implica que a > b?

4.4

Exerc´ıcios propostos

1) Sabe-se que a sucess˜ao xn converge e yn diverge. Ser´a poss´ıvel que xnyn seja convergente?

2) S˜ao dadas as sucess˜oes 1

n, 1 n2, (−1)n n e 1

n + 100. Escolha destes infinit´esimos as sucess˜oes

que: (a) limxn yn = 0; (b) limxn yn = 1; (c) limxn yn = ∞.

3) Investigue a convergˆencia das sucess˜oes (conforme os parˆametros α, β e γ ):

(a) xn= + 1 + 3; (b) xn= nγ 3 n3+ 1 − n n + 1 −√n.

(41)

(a) xn= 3 n2sin(n!) n + 2 ; (b) xn= n + 1 −√n; (c) xn= (−2)n+ 3n (−2)n+1+ 3n+1. 5) Calcule lim µ 1 n 2 n + 3 n − · · · + (−1)n−1n n. 6) Calcule lim µ 12 n3 + 22 n3 + · · · + (n − 1)2 n3 ¶ . 7) Calcule lim µ 1 1 · 2 · 3 + 1 2 · 3 · 4 + · · · + 1 n(n + 1)(n + 2).

8) Sabe-se que xn 6= 1 e lim xn = 1. Calcule

limx 2 n− 3xn+ 2 x2 n− 1 .

9) Seja Sn a soma dos n primeiros termos duma progress˜ao aritm´etica, cuja raz˜ao ´e d 6= 0

e termo geral an. Calcule:

(a) limSn

(42)

(b) limSn

a2

n

, an6= 0;

(43)

SUCESS ˜

OES MON ´

OTONAS

5.1

Resumo te´

orico

Diremos que a sucess˜ao xn ´e decrescente (crescente) se xn+1 ≤ xn (xn+1 ≥ xn), qualquer

que seja n ∈ N. As sucess˜oes decrescentes ou crescentes chamam-se sucess˜oes mon´otonas. Diremos que a sucess˜ao xn ´e estritamente crescente (estritamente decrescente) se

xn < xn+1 (xn > xn+1), qualquer que seja n ∈ N. As sucess˜oes estritamente crescentes ou

estritamente decrescentes chamam-se sucess˜oes estritamente mon´otonas.

Teorema 9. Qualquer sucess˜ao limitada e mon´otona ´e convergente.

Teorema 10. Qualquer sucess˜ao xn crescente e limitada superiormente ´e convergente.

Teorema 11. Qualquer sucess˜ao xn decrescente e limitada inferiormente ´e convergente.

(44)

5.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Mostre que a sucess˜ao

xn = n!

(2n + 1)!!, n ∈ N tem limite e calcule esse limite;

Resolu¸c˜ao. Vamos verificar se esta sucess˜ao ´e mon´otona e limitada. Para tal analisemos o quociente xn+1 xn = (n + 1)!(2n + 1)!! n!(2n + 3)!! = n + 1 2n + 3 < 1 2 < 1,

da´ı que xn ´e estritamente decrescente. ´E evidente que esta sucess˜ao ´e limitada pois, para

qualquer n ≥ 1, tem lugar a dupla desigualdade 0 < xn < x1 = 1

3 e, pelo Teorema 9, ela ´e convergente. Vamos calcular este limite. Suponhamos que lim xn = c. ´E claro que

tamb´em lim xn+1 = c. Assim,

c = lim xn+1= lim xn· xn+1 xn = lim xn· n + 1 2n + 3 = lim xn 2 = c 2 Ent˜ao c − c 2 = c 2 = 0 =⇒ c = 0. ¤

2) Mostre que a sucess˜ao xn, onde x1 = 0, xn+1 =

6 + xn, tem limite e calcule esse limite;

Resolu¸c˜ao. Vamos mostrar que a sucess˜ao xn=

6 + xn ´e crescente e, para tal, faremos

isto usando o m´etodo de indu¸c˜ao matem´atica. Temos

x2 =

6 + x1 =

(45)

Suponhamos que xk+1 > xk. Ent˜ao x2k+2 > x2k+1 e tal como xk+2 > 0 e xk+1 > 0 a

desigualdade xk+2 > xk+1 ´e correcta.

Mostremos que xn ´e limitada. ´E claro que para qualquer natural n temos 0 ≤ xn e

x2

n < x2n+1 = 6 + xn, i.e. x2n− xn− 6 < 0 de onde tir´amos que xn< 3. Assim, 0 ≤ xn < 3

para qualquer n natural.

Sendo xn uma sucess˜ao crescente e limitada, ent˜ao ela ´e convergente. Suponhamos que

lim xn= c. Fazendo a passagem do limite na igualdade x2n+1 = 6 + xn e tendo em conta,

que lim xn+1= c2 obtemos c2 = 6 + c da´ı, que c = 3 (porque xn≥ 0). ¤

3) Demonstre que a sucess˜ao xn =

µ 1 + 1

n

n

´e mon´otona e limitada; Resolu¸c˜ao. Temos

xn+1 xn = (1 + 1 n+1)n+1 (1 + 1 n)n = µ 1 − 1 (n + 1)2 ¶n+1 · n + 1 n > > µ 1 − 1 n + 1· n + 1 n = 1.

Vemos que xn+1 > xn, i.e. xn ´e estritamente crescente.

Mostremos que xn ´e limitada. Pelo bin´omio de Newton1 temos

xn= µ 1 + 1 nn = 1 + n · 1 n + n(n − 1) 2! · 1 n2+ +n(n − 1)(n − 2) 3! · 1 n3 + · · · + n(n − 1) · · · (n − (n − 1)) n! · 1 nn =

(46)

= 2+1 2! µ 1 − 1 n ¶ +1 3! µ 1 − 1 n ¶ µ 1 − 2 n+· · ·+ 1 n! µ 1 − 1 n ¶ µ 1 − 2 n· · · µ 1 −n − 1 n< < 2 + 1 2!+ 1 3!+ · · · + 1 n! < 2 + 1 2 + 1 22 + · · · + 1 2n−1 = 2 + µ 1 − 1 2n−1< 3.

Assim, 2 ≤ xn < 3. Ao mostrarmos que a sucess˜ao xn ´e limitada, exploramos o facto,

que 1 − i

n < 1, ∀ 1 ≤ i ≤ n e n! > 2

n−1, n ≥ 2. ¤

5.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Defina sucess˜ao mon´otona.

2) Formule o teorema de convergˆencia para uma sucess˜ao mon´otona.

3) A condi¸c˜ao de que uma sucess˜ao ´e limitada, ´e necess´aria e suficiente para a convergˆencia dela, caso seja mon´otona?

5.4

Exerc´ıcios propostos

1) Demonstre que a sucess˜ao xn = n

P

k=1

1

n + k ´e convergente.

2) Demonstre a convergˆencia e calcule o limite da sucess˜ao xn dada na forma recorrente:

(a) x1 = a, x2 = b, a 6= b,

xn =

xn−1+ xn−2

(47)

(b) x1 ´e qualquer n´umero negativo e xn+1 = 1 2 µ xn+ a xn, ∀ n ≥ 1, a > 0.

(48)

LIMITES PARCIAIS

6.1

Resumo te´

orico

Seja xn uma sucess˜ao. Vejamos qualquer sucess˜ao crescente de n´umeros inteiros positivos

k1, k2, . . . , kn, . . . De xn escolhemos os termos xk1, xk2, . . . , xkn, . . . A sucess˜ao xkn chamaremos

subsucess˜ao de xn.

Teorema 12. Se lim xn = a, ent˜ao qualquer subsucess˜ao sua xkn converge para a.

Teorema 13. De qualquer sucess˜ao limitada podemos extrair uma subsucess˜ao convergente.

Suponhamos que xkn ´e uma subsucess˜ao de xn e lim

n→∞xkn = α. Ent˜ao α chamaremos

limite parcial da sucess˜ao xn. Ao maior dos limites parciais da sucess˜ao xn chamaremos

limite superior de xn (denota-se lim xn) e ao menor dos limites parciais chamaremos limite

(49)

inferior de xn (denota-se lim xn). ´E claro que se xn ´e convergente, ent˜ao tem lugar a igualdade:

lim xn= lim xn = lim xn.

6.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Dada a sucess˜ao xn= 1 −

1

n, ache lim xn e lim xn;

Resolu¸c˜ao. A sucess˜ao xn converge para 1, portanto lim xn= lim xn = 1. ¤

2) Dada a sucess˜ao xn= (−1)n−1

µ 2 + 3

n

, ache lim xn e lim xn;

Resolu¸c˜ao. Todos os termos desta sucess˜ao encontram-se em duas subsucess˜oes, uma com ´ındice par e outra com ´ındice ´ımpar. Assim,

x2k = − µ 2 + 3 2k, lim x2k = −2, x2k+1 = − µ 2 + 3 2k + 1, lim x2k+1 = 2. Ent˜ao lim xn= 2 e lim xn = −2. ¤

3) Ache lim xn e lim xn para a sucess˜ao, cujo termo geral ´e xn= 1 +

n n + 1cos

2 ; Resolu¸c˜ao. Para n = 4k temos x4k = 1 +

4k

4k + 1; para n = 2k − 1 temos x2k−1 = 1 e para n = 4k − 2 temos x4k−2= 1 −

4k − 2

4k − 1. Deste modo,

lim x4k = 1 + 1 = 2, lim x2k−1 = 1, lim x4k−2= 0.

(50)

4) Calcule lim xn e lim xn da sucess˜ao xn= µ 1 + 1 nn · (−1)n+ sin 4 ; Resolu¸c˜ao. Para n = 8k − 7:

x8k−7= − µ 1 + 1 8k − 78k−7 + 2 2 → −e + 2 2 , k → ∞; Para n = 8k − 6: x8k−6= µ 1 + 1 8k − 68k−6 + 1 → e + 1, k → ∞; Para n = 8k − 5: x8k−5= − µ 1 + 1 8k − 58k−5 + 2 2 → −e + 2 2 , k → ∞; Para n = 4k : x4k = µ 1 + 1 4k4k → e, k → ∞; Para n = 8k − 3: x8k−3= − µ 1 + 1 8k − 38k−3 2 2 → −e − 2 2 , k → ∞; Para n = 8k − 2: x8k−2= µ 1 + 1 8k − 28k−2 − 1 → −e − 1, k → ∞; Para n = 8k − 1: x8k−1= − µ 1 + 1 8k − 18k−1 2 2 → −e − 2 2 , k → ∞.

(51)

Portanto, lim xn = −e −

2

2 e lim xn= e + 1. ¤

6.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Dˆe a defini¸c˜ao de:

(a) sucess˜ao; (b) subsucess˜ao;

(c) limite parcial duma sucess˜ao;

(d) limite superior e limite inferior duma sucess˜ao.

2) Dˆe a interpreta¸c˜ao geom´etrica de limite parcial.

3) Dadas as sucess˜oes {n(−1)n+ 1}, {n}, {(−1)n+ 1} diga qual delas:

(a) tem limite parcial; (b) n˜ao tem limite parcial;

(c) tem dois limites parciais; (d) tem um limite parcial.

4) Demonstre que se uma sucess˜ao ´e convergente, ent˜ao ela tem s´o um limite parcial que coincide com o seu limite. A afirma¸c˜ao inversa ´e correcta?

(52)

5) Formule o teorema de Bolzano1-Weierstrass2(Teorema 13).

6.4

Exerc´ıcios propostos

1) Demonstre que de qualquer sucess˜ao n˜ao limitada podemos extrair uma subsucess˜ao in-finitamente grande.

2) Demonstre que qualquer subsucess˜ao extra´ıda duma sucess˜ao infinitamente grande ´e in-finitamente grande.

3) Sabe-se que as sucess˜oes xn e yn tˆem um limite parcial cada. Mostre, com exemplos, que

as sucess˜oes xn+ yn e xnyn podem:

(a) n˜ao ter limites parciais; (b) ter um s´o limite parcial;

(c) ter dois limites parciais.

4) Ache lim xn e lim xn se:

(a) xn= 1 + 2(−1)n+1+ 3(−1)

n(n−1) 2 ;

1Bernhard Bolzano (1781–1848) — matem´atico checo

(53)

(b) xn= n − 1 n + 1cos 2πn 3 ; (c) xn= 1 + n sin πn 2 ; (d) xn= (−1)n n + 1 + (−1)n 2 ; (e) xn= n n + 1sin 2 4 ; (f) xn= n 1 + 2−1n n; (g) xn= cosn 2nπ 3 .

(54)

SUCESS ˜

OES FUNDAMENTAIS

7.1

Resumo te´

orico

Diremos que a sucess˜ao xn ´e fundamental (ou de Cauchy1) se

∀ ε > 0 ∃ N : ∀ n > N ∀ p > 0 =⇒ |xn+p− xn| < ε.

A interpreta¸c˜ao geom´etrica desta defini¸c˜ao ´e seguinte: se a sucess˜ao xn ´e fundamental, ent˜ao

para qualquer ε > 0 existe um natural N tal, que a distˆancia entre dois termos quaisquer da sucess˜ao, com ´ındices superiores `a N , ´e menor que ε.

Teorema 14. (Crit´erio de Cauchy)

No conjunto dos n´umeros reais as duas afirma¸c˜oes s˜ao equivalentes:

1Augustin Louis Cauchy (1789–1857) — matem´atico francˆes

(55)

1) xn converge;

2) xn ´e fundamental.

7.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Utilizando o crit´erio de Cauchy mostre que a sucess˜ao

xn= sin 1 2 + sin 2 22 + · · · + sin n 2n ´e convergente;

Resolu¸c˜ao. Avaliamos o m´odulo da diferen¸ca:

|xn+p− xn| = ¯ ¯ ¯ ¯sin (n + 1)2n+1 + sin (n + 2) 2n+2 + · · · + sin (n + p) 2n+p ¯ ¯ ¯ ¯ ≤ 1 2n+1 + 1 2n+2 + · · · + 1 2n+p < 1 2n < ε,

para n > − log2ε e para todo p > 0. Exploramos o facto de que

1

2n+1 + · · · +

1 2n+p

´e a soma de p termos duma progress˜ao geom´etrica. ¤

2) Utilizando o crit´erio de Cauchy mostre que a sucess˜ao

xn= n X k=1 cos k 3k ´e convergente;

(56)

Resolu¸c˜ao. Avaliamos o m´odulo da diferen¸ca: |xn+p− xn| = ¯ ¯ ¯ ¯cos (n + 1)3n+1 + cos (n + 2) 3n+2 + · · · + cos (n + p) 3n+p ¯ ¯ ¯ ¯ ≤ 1 3n+1 + 1 3n+2 + · · · + 1 3n+p < 1 2 · 3n < 1 3n < ε,

para n > − log3ε e para todo p > 0. ¤

3) Demonstre que a sucess˜ao xn = n

X

k=1

1

k diverge;

Resolu¸c˜ao. De acordo com o crit´erio de Cauchy ´e suficiente mostrar que ela n˜ao ´e fundamental. Avaliando a diferen¸ca e tendo em conta que n + i ≤ n + p para qualquer

i ≤ p, temos: |xn+p− xn| = 1 n + 1+ 1 n + 2+ · · · + 1 n + p 1 n + p+ 1 n + p + · · · + 1 n + p = p n + p. Pegando p = n obtemos |x2n− xn| ≥ n n + n = 1

2 da´ı, que a sucess˜ao xn =

n X k=1 1 k n˜ao ´e fundamental. ¤

4) Utilizando o crit´erio de Cauchy mostre que a sucess˜ao

xn= n X k=1 sin k k2 ´e convergente;

Resolu¸c˜ao. Vamos mostrar que esta sucess˜ao ´e fundamental. Avaliamos o m´odulo da diferen¸ca:

|xn+p− xn| ≤ 1

(n + 1)2 + · · · + 1 (n + p)2 <

(57)

< µ 1 n 1 n + 1+ · · · + µ 1 n + p − 1− 1 n + p ¶ = 1 n 1 n + p < 1 n. Assim, |xn+p− xn| < 1 n < ε, ∀ n > N = [1/ε], p > 0.

Neste exerc´ıcio usamos a desigualdade 1 k2 < 1 k(k − 1) = 1 k − 1 1 k. ¤

5) Utilizando o crit´erio de Cauchy mostre que a sucess˜ao

xn= 1 ln 2 + 1 ln 3 + · · · + 1 ln n, n = 2, 3, . . . diverge;

Resolu¸c˜ao. A divergˆencia da sucess˜ao vem do facto que

|xn+p− xn| = 1 ln(n + 1) + · · · + 1 ln(n + p) > p ln(n + p) > p n + p = 1 2 se p = n. ¤

7.3

Perguntas de contrˆ

ole

1) Defina:

(a) sucess˜ao fundamental; (b) sucess˜ao n˜ao fundamental.

(58)

2) Dˆe a interpreta¸c˜ao geom´etrica das duas defini¸c˜oes anteriores.

3) Formule o crit´erio de Cauchy (Teorema 14).

7.4

Exerc´ıcios propostos

1) Mostre que a sucess˜ao xn ´e fundamental se:

(a) xn= n + 1 3n − 2; (b) xn= a + aq + · · · + aqn−1, onde q < 1, n ∈ N; (c) x1 = 1, xn= xn−1+ (−1)n−1 n! , n = 2, 3, . . ..

2) Demonstre que a sucess˜ao xn ´e convergente se:

(a) xn= sin a 2 + sin 2a 22 + · · · + sin na 2n , a ∈ R 1; (b) xn= 1 + 1 2!+ · · · + 1 n!; (c) xn= cos 1! 1 · 2 + cos 2! 2 · 3 + · · · + cos n! n(n + 1).

(59)

(a) xn= n cos nπ − 1 2n ; (b) xn= (−1)n µ 1 + 1 nn ; (c) xn= 1 22 + 2 32 + · · · + n (n + 1)2.

(60)

FUNC

¸ ˜

AO

8.1

Resumo te´

orico

A vari´avel y chama-se fun¸c˜ao da vari´avel x se a cada valor de x, que pertence ao conjunto E ⊂ R1, corresponde um valor definido da vari´avel y . A vari´avel x chama-se argumento ou vari´avel independente, o conjunto E chama-se dom´ınio ou conjunto de defini¸c˜ao da fun¸c˜ao e denota-se D . O conjunto dos valores que a fun¸c˜ao toma chama-se contradom´ınio e denota-se CD .

A nota¸c˜ao y = f (x) significa que y ´e fun¸c˜ao de x. O valor de f (x) para x = x0 denota-se

f (x0).

Ao lugar geom´etrico de pontos pertencentes `a R2 e cujas coordenadas satisfazem a equa¸c˜ao

y = f (x) chama-se gr´afico da fun¸c˜ao y = f (x). Diremos que o conjunto E ⊂ R1 ´e sim´etrico 60

(61)

se para qualquer x ∈ E implica que tamb´em −x ∈ E. Seja f (x) uma fun¸c˜ao definida num conjunto sim´etrico. Se para qualquer x ∈ E temos f (x) = f (−x), ent˜ao diz-se que a fun¸c˜ao

f (x) ´e par. Se para qualquer x ∈ E temos f (−x) = −f (x), ent˜ao diz-se que a fun¸c˜ao f (x) ´e

´ımpar. Para uma fun¸c˜ao par, o seu gr´afico ´e sim´etrico em rela¸c˜ao ao eixo das ordenadas (eixo Y). Para uma fun¸c˜ao ´ımpar, o seu gr´afico ´e sim´etrico em rela¸c˜ao `a origem (ponto (0, 0)).

Seja f (x) uma fun¸c˜ao definida no conjunto E ⊂ R1 e seja T um valor positivo. Diz-se que

f (x) ´e T -peri´odica se:

1) x + T ∈ E;

2) f (x + T ) = f (x).

8.2

Exerc´ıcios resolvidos

1) Ache o dom´ınio da fun¸c˜ao:

(a) f (x) = x 2 1 + x;

Resolu¸c˜ao. A express˜ao x2

1 + x tem sentido s´omente para valores de x que n˜ao anulem o denominador, i.e. 1 + x 6= 0, portanto a fun¸c˜ao f (x) = x2

1 + x ´e definida em D(f ) = {x ∈ R1 : 1 + x 6= 0}, i.e. D(f ) = (−∞, −1) ∪ (−1, +∞). ¤

(b) f (x) =√3x − x2;

(62)

3x − x2 ≥ 0. Assim, resolvendo esta desigualdade temos D(f ) = [0, 3]. ¤ (c) f (x) = ln(x2− 4);

Resolu¸c˜ao. A express˜ao logar´ıtmica ln(x2 − 4) tem sentido se o argumento fˆor estritamente positivo, i.e. x2−4 > 0. Resolvendo esta desigualdade obtemos D(f ) = (−∞, −2) ∪ (2, +∞). ¤

(d) f (x) = arcsin 2x 1 + x;

Resolu¸c˜ao. A express˜ao arcsin 2x

1 + x tem sentido se o seu argumento fˆor maior ou igual `a −1 e menor ou igual `a 1, i.e. −1 ≤ 2x

1 + x ≤ 1. Resolvendo esta dupla desigualdade e n˜ao olvidando que 1 + x 6= 0, temos: D(f ) =

· 1 3, 1 ¸ . ¤ (e) f (x) = ln(1 + x) x − 1 ;

Resolu¸c˜ao. A fun¸c˜ao est´a definida se x − 1 6= 0 e 1 + x > 0. Deste modo achamos

D(f ) = (−1, 1) ∪ (1, +∞). ¤

2) Ache o dom´ınio e o contradom´ınio da fun¸c˜ao: (a) f (x) =√2 + x − x2;

Resolu¸c˜ao. A express˜ao √2 + x − x2 tem sentido se o radicando fˆor positivo, i.e. 2 + x − x2 ≥ 0. Resolvendo esta desigualdade temos D(f ) = [−1, 2]. Esbo¸cando o gr´afico da fun¸c˜ao f (x) = √2 + x − x2 vemos que no intervalo [−1, 1/2] a fun¸c˜ao cresce de 0 at´e 3/2 e no intervalo [1/2, 2] a fun¸c˜ao decresce de 3/2 at´e zero. Assim, o contradom´ınio, i.e. os valores da vari´avel dependente, ´e o intervalo [0, 3/2]. ¤

(63)

(b) f (x) = log(1 − 2 cos x);

Resolu¸c˜ao. O logar´ıtmo tem significado se o argumento fˆor estritamente positivo, portanto 1 − 2 cos x > 0. Resolvendo esta desigualdade encontramos

D(f ) = µ 2kπ + π 3, 2kπ + 3 ¶ , k = 0, ±1, ±2, . . .

Tendo em conta que para valores de x pertencentes ao dom´ınio ´e v´alida a desigualdade 0 < 1−2 cos x < 3 e o logar´ıtmo ´e uma fun¸c˜ao mon´otona crescente no intervalo (0, 3], ent˜ao CD(f ) = (−∞, log 3]. ¤

(c) f (x) = arccos 2x 1 + x2;

Resolu¸c˜ao. ´E evidente que −1 ≤ 2x

1 + x2 ≤ 1. Resolvendo esta dupla desigualdade obtemos D(f ) = R1. O contradom´ınio ´e CD(f ) = [0, π]. ¤

3) Dado o triˆangulo ABC , cuja base AC = b e altura DB = h, foi nele inscrito o rectˆangulo

KLM N , cuja altura ´e KL = x. Expresse o per´ımetro P do rectˆangulo KLM N como

fun¸c˜ao de x;

Resolu¸c˜ao. O per´ımetro deste rectˆangulo ´e igual `a 2KL + 2KN = 2x + 2KN . Tendo em conta que os triˆangulos ABD e ALK s˜ao semelhantes, ent˜ao

DB AD = KL AK =⇒ h AD = x AK =⇒ AK = ADx h .

Do mesmo modo, como tamb´em os triˆangulos DBC e NM C s˜ao semelhantes, temos

DB DC = NM NC =⇒ h DC = x NC =⇒ NC = DCx h .

(64)

Calculamos agora KN = AC − (AK + NC) = b − x h(AD + DC) = b − x h · b. Assim, P (x) = 2x + 2KN = 2x + 2b³1 −x h ´ = 2x µ 1 − b h+ 2b. ¤ 4) Ache f (x) se f (x + 1) = x2 − 3x + 2; Resolu¸c˜ao. Factorizando a express˜ao

f (x + 1) = x2− 3x + 2 = (x − 1)(x − 2) = (x + 1 − 2)(x + 1 − 3) e fazendo x + 1 = t temos f (t) = (t − 2)(t − 3) = t2− 5t + 6. ¤ 5) Ache f (x) se f µ 1 x= x +√1 + x2, x > 0; Resolu¸c˜ao. Fazendo t = 1

x temos: f (t) = f µ 1 x= x + x r 1 + 1 x2 = x à 1 + r 1 + 1 x2 ! = 1 t(1 + 1 + t2). ¤ 6) Ache f (x) se f µ 1 + 1 x= x2+ 1 x2, (|x| ≥ 2); Resolu¸c˜ao. Fazendo

t = x + 1 x =⇒ t 2 = x2+ 1 x2 + 2 =⇒ t 2− 2 = x2+ 1 x2. Em conclus˜ao: f (t) = t2− 2. ¤

(65)

7) Diga qual das fun¸c˜oes ´e par ou ´ımpar:

(a) f (x) = 3x − x3;

Resolu¸c˜ao. f (−x) = 3(−x) − (−x)3 = −3x + x3 = −(3x − x3) = −f (x). A fun¸c˜ao ´e ´ımpar. ¤

(b) f (x) = ax+ a−x, (a > 0);

Resolu¸c˜ao. f (−x) = a−x+ a−(−x)= a−x+ ax = f (x). A fun¸c˜ao ´e par. ¤

(c) f (x) = ln1 − x 1 + x

Resolu¸c˜ao. Primeiro vamos verificar se o dom´ınio da fun¸c˜ao ´e um conjunto sim´etrico. A express˜ao ln1 − x

1 + x tem sentido se

1 − x

1 + x > 0 e 1 + x 6= 0. Resolvendo esta inequa¸c˜ao obtemos que D(f ) = (−1, 1), o dom´ınio ´e um intervalo sim´etrico. Esta fun¸c˜ao ´e ´ımpar, pois

f (−x) = ln1 − (−x) 1 + (−x) = ln 1 + x 1 − x = − ln 1 − x 1 + x = −f (x). ¤

8) Demonstre que qualquer fun¸c˜ao f (x), definida no intervalo sim´etrico (−m, m), pode representar-se na forma duma soma de duas fun¸c˜oes, uma par e outra ´ımpar;

Resolu¸c˜ao. Fa¸camos f1(x) =

f (x) − f (−x)

2 e f2(x) =

f (x) + f (−x)

2 . ´E evidente que estas fun¸c˜oes tamb´em est˜ao definidas no intervalo sim´etrico (−m, m). Temos

f1(−x) =

f (−x) − f (−x)

2 = −

f (x) − f (−x)

(66)

e f2(−x) = f (−x) + f (−(−x)) 2 = f (−x) + f (x) 2 = f2(x),

portanto f1(x) ´e ´ımpar e f2(x) ´e par. Como f (x) = f1(x) + f2(x), ent˜ao a afirma¸c˜ao fica demonstrada. ¤

9) Diga quais das seguintes fun¸c˜oes s˜ao peri´odicas e defina os seus menores per´ıodos, se:

(a) f (x) = A cos bx + B sin bx;

Resolu¸c˜ao. f (x) ´e peri´odica se f (x + T ) = f (x). A fun¸c˜ao f (x) podemos escrever na forma f (x) =√A2+ B2 µ A A2 + B2 cos bx + B A2+ B2 sin bx= ρ sin(bx + φ), onde φ = arctgA B, ρ = A2+ B2. Assim, f (x + T ) = ρ sin(bx + φ + bT ) = ρ sin(bx + φ) = f (x) se bT = 2kπ , k = 1, 2, . . ., i.e. T = 2kπ

b . O menor per´ıodo ´e T0 =

b . ¤ (b) f (x) = sin x + 1 2sin 2x + 1 3sin 3x;

Resolu¸c˜ao. Vamos resolver a equa¸c˜ao f (x + T ) − f (x) = 0. Temos:

f (x+T )−f (x) = sin(x+T )−sin x+1 2[sin 2(x+T )−sin 2x]+ 1 3[sin 3(x+T )−sin 3x] = = 2 sinT 2 cos µ x +T 2 ¶ + sin T cos 2 µ x + T 2 ¶ + 2 3sin 3T 2 cos 3 µ x + T 2 ¶ = 0.

(67)

Isto ´e poss´ıvel se:                              sinT 2 = 0, sin T = 0, sin3T 2 = 0, =⇒                              T = 2kπ, T = mπ, T = 2nπ 3 , i.e. T = 2kπ = mπ = 2nπ 3 ,

onde k, m, n s˜ao n´umeros naturais. Deste modo T0 = 2π . ¤

10) Demonstre que para a fun¸c˜ao de Dirichlet1

D(x) =        1 se x fˆor racional, 0 se x fˆor irracional, o seu per´ıodo ´e um n´umero racional T qualquer;

Resolu¸c˜ao. Como T ´e um n´umero racional, ent˜ao a soma x + T ´e racional para x racional e irracional para x irracional. Assim,

D(x + T ) =        1 se x fˆor racional, 0 se x fˆor irracional, i.e. D(x + T ) = D(x). ¤

11) Demonstre que se para a fun¸c˜ao f (x), (−∞ < x < +∞) tem lugar a igualdade f (x+T ) =

Referências

Documentos relacionados

Para o Planeta Orgânico (2010), o crescimento da agricultura orgânica no Brasil e na América Latina dependerá, entre outros fatores, de uma legislação eficiente

(Você compra alguns livros durante a semana?) Aff.: I bought some books last week. (Eu comprei alguns livros

os dois últimos versos do soneto são uma advertência do eu lírico às vítimas do amor para que entendam que os seus poemas terão tanto mais sentido para os leitores, quanto

v Os mesmos requisitos do ServidorIBM ® SPSS Modeler 15.Consulte o documento de instalação de servidor apropriado em http://www-01.ibm.com/support/docview.wss?uid=swg27023172

Uma sucess˜ao (x n ) de n´ umeros reais diz-se limitada superiormente (resp. limitada inferiormente, limitada) se o conjunto das suas imagens {x n ; n ∈ IN} ´e um subconjunto

Muitas vezes as crianças aprendem as letras, sílabas e as palavras sem sentido, mas não entendem o que escrevem, não é considerado alfabetizado, pois a escrita é considerada

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003F3D2A712044F47... Firmado por assinatura digital em 09/12/2020 pelo

Transporte Transportado somente após o envase, todo processo realizado