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Claudia de Alcântara Peres DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL

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Claudia de Alcântara Peres

DIREITO

AMBIENTAL

INTERNACIONAL

Direito Ambiental

Dir eit o A mbien tal •

DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL

• Claudia de A lcan tar a P er es

E

ditora

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5

Capítulo

QUESTÕES AMBIENTAIS

INTERNACIONAIS

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QUESTÕES AMBIENTAIS INTERNACIONAIS

O objeto deste estudo, ao incluir este tópico, é ana-lisar e fazer considerações (também, mas não exclusiva-mente jurídicas) acerca de questionamentos e fatos que na atualidade têm sido temas de acaloradas discussões na sociedade mundial. Em tempos de globalização e de surgimento de uma espécie de “consciência ambiental” (em homenagem a tão citada e louvável consciência so-cial) são diversas as questões ambientais que despertam o interesse internacional.

Muito provavelmente, esse espaço não será sufi-ciente para considerar todas as questões, seus prós e contras, causas e consequências, nos ateremos, então, ao que, em nosso modesto entendimento, nos parece mais importante comentar.

5.1.

O AQUECIMENTO GLOBAL

Aquecimento global, camada de ozônio, efeito es-tufa, têm sido assuntos tratados em escolas de ensino infantil em diversos pontos do mundo. Crianças peque-nas são estimuladas a fazer desenhos e colagens sobre o assunto e é muito comum que o resultado se pareça

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com um globo terrestre coberto por crianças (é emble-mático o desenho que retrata crianças de mãos dadas em torno do globo utilizado em campanhas institucio-nais pelo Greenpeace), flores, árvores etc. A nós pare-ce que na visão infantil o planeta precisa de proteção, cuidado, carinho. Felizmente, é esta, também, a visão de milhares de pessoas adultas.

A elevação da temperatura do planeta, alteração climática que recebeu a alcunha de aquecimento glo-bal, tem, de acordo com estudos científicos financiados por diversos países54, a emissão de gases resultantes da

queima de combustíveis fósseis como a principal cau-sa antropogênica, (assim consideradas as decorrentes ou consequentes de atividade humana) do aumento do efeito estufa e por consequência, do aquecimento glo-bal. Causa principal, frise-se, por que há outras, entre elas: o uso de aparelhos refrigeradores, aerossóis e a prática de queimadas como método de preparação do solo para atividade agrícola.

É interessante lembrar que o nomeado efeito estu-fa, em sua origem, é acontecimento natural e essencial para que o planeta Terra seja mantido aquecido pelo Sol, o aumento artificial deste efeito, ocasionado pela maior incidência de raios infravermelhos sobre a

super-54 Apresentados, alguns, na Conferência sobre Mudanças da Atmosfera de

Toronto – Toronto Conference on the Changing Atmosphere, Canadá, em 1988, embrião do Protocolo de Quito.

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fície da Terra, em razão da maior abertura (“buraco”) na camada de ozônio que protege a atmosfera terrestre, é o ponto em questão.

E, por que não é possível simplesmente interrom-per esse processo, são necessárias medidas eficazes para equacionar os efeitos danosos e reduzir a velocidade do aquecimento. O impacto imediato do aumento da temperatura na superfície terrestre é o derretimento das calotas polares e a possível elevação do nível do mar, processo já em andamento. Estudos indicam que, mantidas inalteradas as condições atuais, em 100 anos a temperatura na superfície da Terra terá aumentado en-tre 2ºC e 6ºC e o nível do mar estará elevado em cerca 30 metros.55 Há, ainda, os efeitos que já estão sendo

percebidos em várias partes do planeta, como o agra-vamento das secas em alguns lugares e o aumento do volume pluviométrico e enchentes devastadoras, em outros.

Muito se tem investido em pesquisas para o desen-volvimento de tecnologias para a utilização de outras fontes de produção de energia, notadamente as renová-veis (solar, eólica, hidrelétrica e biocombustírenová-veis), par-cerias têm sido firmadas e o apoio financeiro e técnico de organismos internacionais aos países em desenvol-vimento tem se mostrado eficiente. Entretanto as

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dições naturais e o potencial energético de cada país é apenas um dos fatores a ser analisado, além, é patente, de questões políticas, econômicas e sociais.

Já foi considerado neste estudo que a China, o “maior poluidor do planeta” não ratificou o protoco-lo de Quioto e muito provavelmente não ratificará o documento que resultar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Durban, África do Sul, em andamento neste momento (novembro/de-zembro de 2011).

Nesta Conferência está em discussão, também, a criação de um fundo de investimento, que vem sendo chamado de “Fundo Verde” que, como pretendem seus idealizadores, deverá arrecadar cerca de 100 bilhões de dólares americanos até 2020, dinheiro que será destina-do a auxiliar países em desenvolvimento o minimizar os efeitos do aquecimento global e a desenvolver tecnolo-gias neste sentido.

De se destacar, então, que a discussão não está li-mitada a existência, ou não recursos naturais que subs-tituam a produção de energia a partir dos combustíveis fósseis. Há muito que ser discutido.

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5.2.

A ÁGUA

“A terra é azul”, Yuri Gagarin, 12 de abril de 1961. A água é recurso natural essencial à manutenção da vida e cobre grande parte da superfície terrestre, contu-do, apenas 0.008% da água existente em nosso “planeta azul” e naturalmente potável (destinada ao consumo humano), porcentagem que compõe cerca de 3% (três por cento) de toda a água, que é doce56. A água tem

di-reitos – em 22 de março de 1992 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água - e Dia Mundial, come-morado em 22 de março.57

Em que pese renovável, a água é um recurso natu-ral relativamente raro e grande parte da água doce exis-tente no planeta se encontra em lençóis subterrâneos e geleiras, o que dificulta sua captação.

Já há sinais de sua escassez em diversos locais do planeta, o que preocupa governos e organizações inter-nacionais; dados da ONU, publicados em 2006, revelam que até 2050 mais de 45% (quarenta e cinco por cento) da população mundial não terá acesso à água potável. Outro estudo, realizado pelo Instituto John Hopkins, in-dica que até o ano 2025, 25 (vinte e cinco) países

africa-55 Encontrada em rios, lagos, aquíferos subterrâneos e geleiras.

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nos estarão sujeitos à escassez ou ao stress hídrico. Este conceito é definido como a situação na qual o recurso total é de 1.000m³ a 1.700m³ por pessoa por ano, abaixo de 1.000m³ por pessoa por ano caracteriza a escassez.

O grande crescimento populacional verificado nas úl-timas décadas (somos mais de sete bilhões de pessoas), alia-do ao mau uso ou uso excessivo e ao desperdício, elevam os custos de captação e distribuição. Especialistas fazem a dife-renciação entre uso: a retirada da água do ambiente para su-prir as necessidades humanas, o que implica no retorno de parte dessa água ao meio ambiente, e consumo, utilização que não permite o retorno de água diretamente ao ambien-te, como se verifica na atividade industrial, por exemplo.

De se considerar, também, que grande parte da água utilizada em processos industriais retorna ao ambiente po-luída ou contaminada. A água de reuso (águas residuárias), obtida através de tratamento de esgotos, pode ser utilizada em processos que não requeiram o uso de água potável, mas sanitariamente segura. É uma medida eficaz de redu-ção de custos e uso racional da água, mas não resolve a questão vez que não pode ser utilizada para consumo hu-mano, nem na produção de alimentos.

Apenas para ilustrar, para a produção de um litro de cerveja são utilizados cerca de quatro litros de água potável e, se considerarmos toda a linha de montagem, a produção de um carro de médio porte consome cerca de 6 mil litros de água.

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A atividade agrícola, em termos comparativos, é res-ponsável por 65% do uso e 87% do consumo total de água no mundo.

Há ainda, a questão da privatização da água, que já é realidade em França, Portugal e Espanha, comércio que criou grandes grupos econômicos internacionais que controlam a captação, tratamento e a distribuição de água, de bem público a água está se tornando proprieda-de privada, em patente confronto com o posicionamento das Nações Unidas que já em 1992 reconheceu a água como bem comum da humanidade e o direito a água po-tável como um direito do homem.

No continente africano é grande a probabilidade de conflito entre países por causa de água, em parte por que os rios são compartilhados entre dois ou mais países, em parte por que a desertificação e o desmatamento têm se espalhado para o sul do Saara, o lago Chade diminui com preocupante velocidade e a precipitação pluvial vem sendo menor nas últimas décadas. Não bastasse, o crescimento populacional no continente ultrapassa a média mundial e a instabilidade política e econômica, em grande parte dos países africanos, dificulta a captação de recursos interna-cionais e a realização projetos de longo prazo.

O leste africano é provavelmente uma das regiões com maior carência no que concerne à água, no Quênia mais de 60 % da população não tem acesso à água po-tável, na Etiópia apenas um quarto da população tem

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acesso à água segura e a saneamento básico.

Na Ásia, mesmo países em franco crescimento econômico, como Índia e China, têm problemas com suas reservas hídricas, o crescimento populacional ma-ciço nestes países e o aumento do padrão de vida que acompanha o avanço da economia importam no maior consumo industrial, na agricultura e pessoal. A China, vale notar, possui apenas 8% (oito por cento) dos recur-sos de água doce do mundo e sustenta quase um quarto da população mundial, entre 1950 e 1980, em Pequim, a demanda diária de água aumentou 100 (cem) vezes, some-se a isso a grande atividade agrícola e o imenso crescimento da indústria chinesa e ter-se-á o panorama do stress hídrico, antes referido.

O Brasil é o país de maior disponibilidade hídrica em rios no mundo, concentra em torno de 12% (doze por cento) da água doce do mundo disponível em rios, e abriga o maior rio em extensão e volume do mundo, o Amazonas, ainda, grande parte do território brasileiro recebe altos índices de chuvas, abundantes e regulares. Mesmo com todo esse volume hídrico, entretanto, por razões ora políticas, ora econômicas, ora estruturais, há regiões brasileiras extensas que sofrem com a carência de água tanto para consumo humano como para o uso agrícola ou industrial.

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5.3.

O LIXO

Cada ser humano produz, em média, 300 (trezen-tos quilos) de resíduos por ano, parte disso é efetiva-mente lixo (sem qualquer serventia ou inaproveitável), outra parte é apenas desperdício de recursos. Aliado a isso, há a produção de lixo hospitalar, lixo industrial, lixo nuclear, lixo eletrônico; produzimos lixo de diversas origens e todo esse material precisar ter uma destinação final adequada e ambientalmente segura, do contrário, o risco de poluição e contaminação de terras e águas subterrâneas é inquestionável.

Parte do lixo doméstico produzido é destinada - melhor seria dizer despejada - em aterros sanitários, ins-talados em grandes áreas afastadas de centros urbanos (ao menos o deveriam ser) que são escavadas com gran-de profundidagran-de e, impermeabilizada a abertura, são ali depositados os resíduos. De tempos em tempos é reali-zada a compactação dos resíduos, até que seja alcançada a capacidade máxima e encerrada a atividade do aterro.

Em tese, os aterros destinam-se a acelerar o pro-cesso de decomposição da matéria orgânica através da atuação de bactérias (que digerem a matéria orgânica).

Entretanto, nem todo lixo doméstico produzido é composto de matéria orgânica (sofás, fogões, vidro, ma-teriais comumente visto em aterros não são compostos

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de matéria orgânica) e a atuação das bactérias produz alguns subprodutos, entre eles o gás metano (CH4) pro-duto altamente inflamável em condições adequadas de concentração e pressão58, e fonte de energia

subutiliza-da em todo o mundo.

Voltaremos a este assunto, vale considerar, por ora, que de acordo com André Trigueiro, jornalista especia-lizado em meio ambiente e estudioso do tema: “A maior usina do gênero no mundo está funcionando em São Paulo. O gás metano estocado no aterro Bandeirantes tem capacidade para gerar energia durante 10 anos para uma população de 400 mil pessoas59. A queima do gás

tem ainda outra função importante: reduzir os impac-tos ambientais sobre o aquecimento global” e, adiante, comenta sobre o uso do gás metano produzido pelo esgoto produzido no estado do Rio de Janeiro:

O gás também vem sendo usado como fonte de energia em comunidades de baixa renda, como nas favelas de Petrópolis, no Rio de Janeiro. O

58 Recentemente (final de setembro de 2011) os jornais brasileiros

noticia-ram a interdição de um grande Shopping Center – talvez o maior de São Paulo em razão do risco de explosão em consequência da alta concentra-ção de gás metano do subsolo. Este centro de compras foi construído em 1884 sobre um terreno antes utilizado por mais de 30 anos como aterro sanitário (“lixão”). A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo re-quereu a interdição por classificar como “área contaminada crítica” a ocu-pada pelo centro de compras.

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esgoto de 400 moradores da favela Independên-cia é vertido para um biodigestor onde bactérias presentes na matéria orgânica se alimentam dos nutrientes do próprio esgoto, reduzindo a car-ga orgânica em até 95% num ambiente livre de oxigênio. Depois o efluente ainda passa por um filtro biológico antes de ser lançado ao rio, sem contaminantes. O resultado do banquete das bactérias é justamente o gás metano, que é transportado por uma tubulação até o fogão de uma creche comunitária, onde são servidas as refeições de 25 crianças.60

Nos Estados Unidos, e em cidades europeias, a tecnologia aplicada é diversa desta, e utiliza a queima direta no lixo doméstico para a produção de energia61

(considerada mais eficiente). A comunidade francesa de Cergy-Pontoise, que reúne 11 (onze) pequenas vilas e cerca de 200 mil habitantes a 25 quilômetros de Paris, iniciou em 1992 a instalação de uma usina de reaprovei-tamento de lixo, alimentada com resíduos domésticos; a geração atual de cerca de 150mil MWh é suficiente para

60 In, “Mundo Sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em

transformação”.

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abastecer a própria usina e mais 30 mil casas. Esta mes-ma tecnologia está sendo aplicada em países em desen-volvimento, há cerca de 50 usinas instaladas na Malásia, Singapura e Coreia do Sul, China, entre outros.

Já estão desenvolvidas tecnologias para a produção de energia a partir da queima de bagaço de cana, de cas-ca de arroz e até de estrume de vacas-ca.

A logística reversa, responsabilidade de indústrias de bens duráveis pelo custo, transporte e operação do descarte final, com o menor risco ambiental possível, do lixo produzido a partir da substituição de seus pro-dutos (aparelhos de refrigeração, celulares, pilhas, por exemplo), ainda engatinha em alguns países, inclusive no Brasil. Nos Estados Unidos, ao contrário, representa em termos econômicos e financeiros algo em torno de 0.5% do produto interno bruto (PIB).

Ainda, grande parte do lixo doméstico pode ser destinada à reciclagem, (assim entendido o retorno do que foi utilizado ao ciclo de produção), o que, além de geração de emprego e renda para populações carentes ou de baixa escolaridade (estima-se que no Brasil exis-ta pelo menor 500 mil caexis-tadores de lixo), represenexis-ta redução de custo de produção e de gasto energético. Importa considerar que o Brasil se destaca no cenário mundial quando o assunto é desenvolvimento

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63 Outubro de 2011.

vel e reciclagem. No caso específico de latas de alumí-nio, o Brasil recicla aproximadamente 80% (oitenta por cento) das latas consumidas62 (em torno de 850 milhões

de reais são movimentados anualmente pelas empresas de reciclagem de alumínio), índice inferior apenas veri-ficado no Japão e à frente de Estados Unidos, países da Comunidade Europeia a Argentina.

O lixo hospitalar, produzido pela manipulação de produtos em hospitais e clínicas, de alto potencial de contaminação, tem seu recolhimento e transporte es-pecialmente regulamentado e é destinado à incineração, salvo alguns raros produtos, passíveis de total desin-fecção que podem ser reutilizados. Não é o caso dos lençóis recentemente63 apreendidos pela Receita

Fede-ral brasileira no porto de Suape, em Pernambuco, vin-dos de unidades hospitalares americanas, pelo menos duas identificadas por carimbos e marcas Baltimore Washington Center e Medline Industries Inc. e desa-companhados de qualquer atestado sanitário. De acor-do com o site folha.com, mantiacor-do pelo jornal Folha de São Paulo, os lençóis, classificados como lixo hospitalar foram importados de empresa estabelecida na Carolina do Norte, aparentemente de forma regular e parte deles estava à venda na loja Império do Forro de Bolso, em Santa Cruz do Capiberibe, no interior do estado pelo

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preço de R$9,00 o quilo. Cumpre-nos retificar o quan-to informado antes para fazer constar que ressalvadas situações absolutamente atípicas, para dizer o menos, não há interesse econômico, ou reaproveitamento em escala, do lixo hospitalar.

Este caso recente traz à lembrança uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que declarou a constitucio-nalidade de leis brasileiras que proibiam a importação de pneus usados, destinados à “remoldagem”, publica-da em 24 de junho de 2009 (importação que motivou, de considerar, a apresentação à Organização Mundial de Comércio de representação contra o Brasil pela União Europeia). Em seu voto, o Ministro Carlos Ayres Britto, em pronunciamento de usual combatividade, fez constar que os pneus importados pelo Brasil “não

pas-sam de lixo ambiental que se exporta, fazendo do Brasil uma espécie de quintal do mundo”64.

Vale considerar, por fim, a questão do lixo nuclear, ou rejeito radioativo, os restos de combustível nuclear utilizados para a produção de energia em usinas (nucle-ares). De acordo com o grau de radioatividade dos ma-teriais de que é composto, é definida a destinação a ser dada; materiais de baixa e média radioatividade podem ser acondicionados em depósitos provisórios até que o

64 Estimativas divulgadas à época do julgamento davam conta que entre

2002 e 2007 mais de 60 milhões de pneus usados entraram no país via importação; deste total, cerca de 30% não se prestavam à reciclagem.

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nível de radioatividade esteja reduzido e seja possível seu depósito em abrigos subterrâneos.

Materiais de alta radioatividade, as pastilhas gastas de urânio, por exemplo, devem ser acondicionadas em piscinas de resfriamento, recobertas com camadas de aço, chumbo e concreto, por prazo indeterminado (não há estudos definitivos a respeito do período de “quaren-tena”). Contudo, de acordo com Reinaldo Canto, dire-tor de comunicação do Greenpeace65 no Brasil, sequer

estas medidas garantem 100% de segurança para esses materiais. Há indícios de que o terremoto em Fukushi-ma, que abalou a estrutura de concreto da usina nuclear instalada na cidade, tenha causado danos aos depósitos de urânio. Em 1987, em Goiânia, Brasil, uma cápsula de chumbo contendo 20 gramas de cloreto de césio 137, material altamente radioativo utilizado em aparelhos de radioterapia, foi retirada de um aparelho aparentemente abandonado (por algum hospital ou clínica, muito pro-vavelmente) e manipulada por populares curiosos e sem qualquer cuidado ou precaução; o saldo: quatro mortos e dezenas de vítimas graves de envenenamento radioativo.

Em reunião de representantes da União Europeia em meados de 201166 foram estabelecidas novas regras

para o tratamento de lixo nuclear produzido pelos

esta-65 Organização não governamental de defesa do meio ambiente, de

atua-ção mundial.

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dos membros. Foi definido que até 2015 os estados de-vem desenvolver programas para a destinação segura de seu lixo nuclear, ou a instalação de depósitos (chamados bunkers) em seu próprio território, ou a utilização de centros de armazenamento localizados em outros paí-ses. A Rússia tem demonstrado grande interesse em se tornar a principal depositária do lixo nuclear europeu, já firmou acordos de transferência com Bulgária e Hun-gria e vem realizando altos investimentos na constru-ção de armazéns especiais, o que parece ser um negócio bastante rentável.

Quatorze países membros da União Europeia mantêm centrais nucleares e os 143 reatores em ativi-dade produzem 50 mil metros cúbicos de resíduos nu-cleares por ano.

Por fim, em singela homenagem aos primeiros ativistas em favor do meio ambiente, de se lembrar o princípio dos “3 Rs”:

Reduzir – o uso de matérias-primas e energia, a quantidade de material a ser descartado;

Reutilizar – os produtos usados, dando a eles ou-tras funções;

Reciclar – retornar p que foi utilizado ao ciclo de produção.

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Capítulo

O DIREITO ECONÔMICO

INTERNACIONAL E SEUS IMPACTOS

SOBRE A REGULAÇÃO AMBIENTAL

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O DIREITO ECONÔMICO INTERNACIONAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A REGULAÇÃO AMBIENTAL

Tratar de economia e meio ambiente num mesmo tópico nos conduz, quase imediatamente, ao conceito de desenvolvimento sustentável, já mencionado e, que-remos crer, assimilado.

É fato que qualquer que seja o regime político ou o modelo econômico adotado, nenhuma atividade econô-mica é viável se não houver insumos para sua produção, mesmo se considerarmos as modernas economias ain-da atrelaain-das ao modelo de política econômica essencial-mente capitalista, os verbos explorar-produzir-lucrar--consumir não são mais os únicos conjugados em suas cadeias produtivas.

O desenvolvimento econômico é, por declaração das Nações Unidas, um dos direitos humanos de ter-ceira geração, aliás, o primeiro a ser assim reconhecido pela Organização. É o seguinte o teor do artigo 1º da Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento67,

for-mulada pela Comissão dos Direitos do Homem:

6

...

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O direito ao desenvolvimento é um direito hu-mano inalienável em virtude do qual toda pes-soa humana e todos os povos estão habilitados a participar do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, a ele contribuir e dele desfrutar, no qual todos os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser plenamente realizados.

Antes, na Declaração Universal dos Direitos do Ho-mem, de 10 de dezembro de 1948, no pós-guerra, por-tanto, a Organização das Nações Unidas, já fazia menção ao desenvolvimento econômico, no artigo XXII estabe-lece que “todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito a segurança social, a realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis a sua dig-nidade humana.”

Não há dúvida, então, de que o desenvolvimento econômico dos países que deve permitir o acesso a re-cursos financeiros, educacionais, sociais por suas popu-lações é meio de resgatar (especialmente no momento histórico), ou manter, a dignidade do homem. Não há, como se verifica, nenhum caráter negativo intrinseca-mente arraigado à ideia de crescimento econômico. A

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distribuição desigual dos resultados do desenvolvimento econômico, seja entre Estados ou entre pessoas, é que desperta a vilanização do conceito.

O Direito Econômico Internacional, é, conceitual-mente, ramo do Direito Público Internacional que regu-lamenta juridicamente, ou busca fazê-lo, os problemas referentes à produção, ao consumo e à circulação de diversos fatores de produção – bens, pessoas, capitais e serviços – em escala macroeconômica68, abarca

conheci-mentos do direito internacional de cooperação, do direito do comércio exterior, do direito internacional monetário, do direito das instituições econômicas internacionais, do direito internacional da integração, do direito comunitá-rio, do direito internacional do desenvolvimento, de his-tória, economia, ciências políticas, sociologia, antropolo-gia e relações internacionais, sempre como instrumento para o desenvolvimento e a paz mundial.

A atuação do Direito Econômico Internacional tor-na-se mais efetiva a partir da segunda metade do século XX quando a percepção das consequências da degrada-ção ambiental alcança patamar internacional, principal-mente no pós-guerra. Em 1972, a publicação do estudo

68 Macroeconomia é a ciência econômica dedicada ao estudo, medida e

observação de uma economia regional ou nacional como um todo; con-cerne, principalmente, à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços e ao comércio exterior. Fonte: Wikipédia.

69 Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jorgen Randers e William

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“Limites do Crescimento”69, também conhecido como

Relatório Meadows, realizado por cientistas do Massa-chusetts Institute os Technology (MIT), causou impacto ao demonstrar a inevitabilidade do esgotamento dos re-cursos naturais se mantidas inalteradas as condições de crescimento populacional e consideradas cinco variáveis: população mundial, industrialização, poluição, produção de alimentos e esgotamento de recursos.

Em 1972, mesmo ano da Conferência de Esto-colmo, antes referida, começa a ser delineado um novo modelo de desenvolvimento que alinha o crescimento econômico com a necessidade de preservação de recur-sos naturais para as gerações futuras70, é a transição do

desenvolvimento puramente econômico para o desen-volvimento sustentável, e o grande desafio é produzir ali-mentos sem destruir a capacidade de planeta de renovar seus recursos naturais. De acordo com estudo divulgado pela organização não governamental WWF (World Wil-dlife Fund), o consumo dos recursos naturais já supera 20% (vinte por cento) ao ano a capacidade do planeta de regenerá-los.

Em junho de 2012, os países membros das Nações Unidas estarão novamente reunidos para discutir os

ru-70 O desenvolvimento que “satisfaz as necessidades presentes, sem

com-prometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias neces-sidades”, conforme a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvol-vimento das Nações Unidas.

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mos econômicos, sociais e ambientais do planeta, mais uma vez no Rio de Janeiro, Brasil (Rio + 20, porque acontecerá 20 anos depois da primeira convenção reali-zada na cidade).

Antes, neste estudo, comentamos sobre o nasci-mento do ser humano número 7 bilhões, estima-se que a população mundial terá chegado a 9 bilhões de pessoas em 2050, desconsideradas as teses pessimistas de que o mundo acabará antes disso, será preciso alimentar e su-prir outras necessidades de toda essa gente.

6.1.

CONSUMO

A discussão em torno do desenvolvimento sustentá-vel, e da premente necessidade de aplicação de seus con-ceitos, nos remete a outra questão: o consumismo exa-gerado na sociedade moderna. O consumo, em si, não é bom ou mau, mas necessário, é preciso comer, morar em um lugar seguro, vestir-se de maneira adequada, mandar os filhos à escola, utilizar eletrodomésticos, entre tantas outras necessidades que envolvem uso de recursos natu-rais, gasto de energia, produção de resíduos, não é viável, portanto, simplesmente não consumir (da mesma forma já consideramos, antes, que não é viável, também, sim-plesmente não fazer uso de combustíveis fósseis como fonte de produção de energia), mas é possível fazê-lo de

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forma consciente e comprometida, avaliar o impacto am-biental e social envolvido na industrialização do produto a ser consumido e da real necessidade do consumo, se a empresa responsável por aquele produto respeita leis, in-clusive trabalhistas, dá correta destinação a seus resíduos, desenvolve projeto de logística reversa, desenvolve ações de responsabilidade social.

A postura do novo consumidor, com maior capaci-dade de avaliação crítica e não apenas exposto ao apelo do marketing, já produz resultados no setor industrial, a responsabilidade ambiental aumenta a visibilidade de empresas, sua credibilidade junto ao mercado e permite a concessão de benefícios governamentais e investimentos.

A mudança de hábito necessária precisa ser incre-mentada por ações educativas direcionadas aos pequenos consumidores, despertar nas crianças a consciência am-biental, de maneira continuada e abrangente, refletirá na formação de uma nova ordem ambientalmente sustentá-vel71, o que é essencial para a preservação da humanidade.

Consideramos, antes, questões ambientais urgentes, como o aquecimento global, a escassez de água, a produ-ção de lixo de toda natureza, todos estes fatores têm rela-ção íntima com o consumo excessivo. Diminuir o consu-mo implica em diminuir a o gasto de energia, o consuconsu-mo

71 Essa discussão foi tema da Conferência sobre Educação Ambiental de

Tibilisi, na Geórgia, organizada em conjunto pelo Programa de Meio Am-biente da ONU –PNUMA e UNESCO, em 1977.

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de água e o volume de resíduos produzidos.

6.2.

PRODUÇÃO

O crescimento da produção é condição vital para sobrevivência do sistema capitalista, que, não se pode negar, movimenta a economia mundial. O aumento da população importa no aumento da oferta de alimentos e produtos, na necessidade de urbanização e investimentos, na movimentação de interesses políticos e econômicos, nem sempre compatíveis com a preservação ambiental.

Já consideramos que toda atividade humana causa algum tipo de impacto ao ambiente, avaliar corretamen-te escorretamen-te impacto e permitir a regeneração dos recursos naturais utilizados na produção é a visão ambientalista da produção.

Certamente, não é possível urbanizar um vilarejo, construir casas, instalações elétricas, ou editar um livro sem a utilização de madeira, mas, pode ser feita a opção por a utilização de apenas madeira certificada, obtida a partir da adoção de procedimentos especiais e com o cumprimento de exigências ambientais, econômicas e sociais em todo o processo produtivo e de

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zação da madeira.

No Brasil, para constar, são 5 (cinco) as empre-sas certificadoras credenciadas pela FSC International (Forest Stewardship Council), organização não gover-namental que avalia e certifica unidades de manejo flo-restal, presente em mais de 75 (setenta e cinco) países em todo o mundo.72

A diversificação da matriz energética e outra ques-tão ambiental intrinsecamente ligada à produção, o pe-tróleo, é a principal fonte de energia utilizada no mundo, altamente poluente (um dos mais importantes agentes do aquecimento global), de alto custo e não renovável. Importa considerar, também, que o preço do petróleo é resultado da influência de muitas variáveis, inclusive políticas, o que torna mais dificultosa a sua dependência por alguns países não produtores.

O desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a produção de bioenergia (a partir de fontes reno-váveis que a natureza produz natural e regularmente), assunto em que o Brasil é destaque no cenário mun-dial desde a década de 70, ao desenvolver a tecnologia e adotar o álcool de cana de açúcar como alternativa de combustível em quantidades suficientes para atender o mercado interno e internacional73, recebe investimentos

73 Estima-se que a exportação de etanol brasileiro gire em torno de

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vultosos de governos e organismos internacionais e é um mercado em crescimento.

Para se ter uma ideia, em 2009 a China investiu cerca de 34 bilhões de dólares americanos na geração de energias renováveis, quase o dobro do investimento americano. O Brasil investiu algo em torno de 13, 2 bi-lhões de dólares.

Há outras fontes possíveis para a produção do eta-nol, nos Estados Unidos a maior parte é feita a partir do milho, que cuja cadeia de produção é mais poluente (são usados combustíveis fósseis nas usinas) e resulta num produto de menor qualidade, já há tecnologia de-senvolvida para a utilização de mamona, soja, girassol e bagaço de cana74 como matéria prima. Some-se a isto

a possibilidade de produção de energia a partir de água (cerca de 20% da energia produzida no mundo é obtida a partir de hidrelétricas), vento, sol, biomassa.

Como já consideramos antes, a produção é parte crucial do desenvolvimento sustentável, a otimização da produção e a redução do impacto ambiental causa-do principalmente na obtenção da energia necessária são medidas a serem adotadas, e aliadas ao maior fluxo de

re-74 O Brasil gerou 90 milhões de toneladas de bagaço na produção de

açú-car e etanol em 2010, deste total, um quarto serviu para a geração de eletricidade por turbina a vapor. Se todo resíduo tivesse uso energético, o potencial equivaleria e uma usina e meia de Itaipu, descontando as perdas do processo. De acordo com a revista Valor Especial. Jun, 2011. Fonte: Valor Econômico..

(33)

cursos para os países em desenvolvimento – notadamen-te com a efetiva transferência de notadamen-tecnologia, a redução do protecionismo dos países industrializados no comércio internacional, a inclusão de princípios ambientais nos or-ganismos multilaterais de financiamento e de comércio internacional (Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio).

6.3.

POPULAÇÃO

Um dos maiores desafios da sociedade moderna – de interesse neste estudo, é produzir alimentos para 7 bi-lhões de pessoas (em viés de crescimento), sem o aumen-to expressivo da área destinada a produção e distribuí-los de maneira justa. A única possibilidade, de acordo com cientistas e pesquisadores, é o uso de biotecnologia alia-da ao aumento de produtivialia-dade alia-das áreas usaalia-das atual-mente, estima-se que seja necessário dobrar a capacidade dessas áreas.

Na agricultura estudos indicam a quase inevitabili-dade do uso de sementes transgênicas (e não apenas ge-neticamente melhoradas) para a produção de alimentos para o consumo humano. Mais nutritivos e mais resisten-tes a pragas e variações climáticas, sua produção permite o aumento de produtividade das lavouras em curto prazo. Existem aproximadamente 150 milhões de hectares com

(34)

lavouras transgênicas no mundo, o equivalente a 10% da área plantada mundial, parece pouco se não considerar-mos que a lavoura transgênica produz, em média, o triplo da lavoura dita comum, contudo, apenas pequena parte desta produção, se destina a consumo humano.

Nos últimos 35 anos a produtividade média na agri-cultura brasileira cresceu 150%, de 1.258 para 3.149 qui-los por hectare, e a pecuária bovina de corte em quase quatro vezes. Em 1975 o setor produzia 10,8 quilos de carne por hectare, relação que disparou para 42,3 qui-los por hectare em 201075, este crescimento (de 3,51%)

é quase duas vezes o crescimento do setor nos Estados Unidos, estimado em 1,87% entre 1975 e 2008. Não se trata de mágica, mas de investimento em biotecnologia, conhecimento e informação.

Para constar, a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -, responsável, em parte, por essa “revolução tecnológica”, mantém atualmente 78 acordos bilaterais com 56 países e 89 instituições; pes-quisadores brasileiros a serviço da empresa estão, desde 1998, instalados em laboratórios conveniados (Labex – laboratórios no exterior) nos Estados Unidos, em 2001, instalaram-se em França, Holanda e Inglaterra e em 2009 na Coreia do Sul e se cumprido o cronograma para 2011, estarão implantados laboratórios também na China e no Japão.

(35)

O aumento da demanda por alimentos e o aumen-to da produção atrelado à racionalização do uso de in-sumos naturais (água, solo, biodiversidade) é o desafio deste século.

Se alcançarmos essas metas, estaremos certamente assegurando a capacidade de regeneração do meio am-biente e mitigando os impactos ambientais herdados do passado. Ainda, há outros desafios, como produção de remédios, estudo de doenças, questões sociais a serem resolvidas, com alguma pressa.

“No mundo atual, não há como separar tecnolo-gia de sustentabilidade”, afirma o professor Jacques Marcovitch, da Faculdade de Economia e Administra-ção da Universidade de São Paulo (FEA-USP)76, para

em seguida considerar que: o crescimento econômico e

a inovação são pautados por importantes fatores: a po-pulação global prevista para 9 bilhões de habitantes em 2050, com dois terços vivendo em aglomerados urba-nos; a necessidade de duplicar a produção de alimentos nos próximos 40 anos; o desafio de lidar com 2 bilhões de automóveis e caminhões que circularão no planeta até 2030; e o esforço de reduzir a miséria que hoje atinge 1,1 bilhão de pessoas., nessas palavras, o respeitado pro-fessor resumiu os principais desafios do Direito Econô-mico Internacional, cuja razão de ser, como vimos no inicio, é o desenvolvimento das nações e a paz mundial.

(36)

ARANTES NETO, Adelino. Responsabilidade do Es-tado no Direito Internacional e na OMC. 2ª ed. Cuiabá: Juruá, 2008.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Ge-ral do Estado. 25ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

FISCHER, Joschka. Por uma nova concepção da so-ciedade: uma análise política da globalização. Trad. Sil-via Bittencourt e Hemílio Santos. São Paulo: Summus, 2001.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Dos direitos hu-manos e garantias fundamentais: direitos difusos. Meio ambiente, 10 anos de Constituição – uma análise. Insti-tuto Brasileiro de Direito Constitucional – IBDC, 1998. MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 12 ed. São Paulo: Malheiros, 2004.

MAGNOLI, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

...

(37)

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito In-ternacional Público. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tri-bunais, 2010.

MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 15ª ed. São Paulo: Renovar, 2004. MORSELLO, Carla. Áreas protegidas públicas e privadas – seleção e manejo. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001. RAO, Vicente Rao, O Direito e a Vida dos Direitos. São Paulo: RT, 2005.

REZEK, Francisco. Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva, 2005.

RUIZ, José Juste. Los Princípios Fundamentales del Derecho Internacional Ambiental. In, CASELLA, lo Borba. Dimensão Internacional do Direito. São Pau-lo: LTR, 2000.

SACHS, Ignacy. Estratégias de Transição para o Século XXI – Desenvolvimento e Meio Ambiente. São Paulo: Studio Nobel: fundação do desenvolvimento adminis-tratito, 1993.

(38)

SANDS, Phillipe, Principles of International Environ-mental Law, 2ª ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e; ACCIOLY, Hildebrando. Manual de Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva, 2002.

SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de Direito In-ternacional Público. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. TRIGUEIRO, André. Mundo sustentável: abrindo es-paço na mídia para um planeta em transformação. Rio de Janeiro: Globo, 2005.

(39)
(40)

1959 – Convenção sobre a Pesca no Atlântico Norte. - Tratado Antártico (Protocolo 91).

1960 – Convênio sobre Proteção dos Trabalhadores contra Radiações Ionizantes.

- Convenção sobre Responsabilidade de Terceiros no Uso de Energia Nuclear.

1961 – Convenção sobre Proteção de Novas Qualida-des de Plantas.

1962 – Acordo de Cooperação em Pesca Marítima.

1963 – Convenção de Viena sobre Responsabilidade Ci-vil por Danos Nucleares.

- Acordo sobre Poluição do Rio Reno.

1964 - Convenção sobre o Conselho Internacional para a Exploração do Mar.

1966 – Convenção sobre a Conservação do Atum do Atlântico.

ANEXO:

PRINCIPAIS TRATADOS AMBIENTAIS

...

(41)

1967 – Convenção Fitossanitária Africana.

1968 – Convenção Africana sobre Conservação da Na-tureza e Recursos Naturais.

1969 – Convenção sobre Conservação dos Recursos Vivos do Atlântico.

- Convenção Internacional sobre Responsabilidade Ci-vil por Danos Causados por Poluição por Óleo.

- Convênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em Caso de Acidentes com Óleo.

1971 – RAMSAR - Convenção Relativa às Áreas

Úmi-das de Importância Internacional (emendada em 1982). - Convênio sobre a Proteção contra Riscos de Contami-nação por Benzeno.

- Convênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera do Transporte Marítimo de Materiais Nucleares.

1972 – Convenção sobre a Prevenção da Poluição Ma-rítima por Navios e Aeronaves.

- Convenção para Conservação dos Leões Marinhos da Antártica.

- Convenção das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-te Humano.

1973 – CITES - Convenção sobre Comércio

(42)

Peri-- Convenção para a Prevenção da Poluição do Mar por Navios.

- Convenção sobre a Proteção do Urso Polar.

1974 – Convenção dos Países Escandinavos sobre Pro-teção Ambiental.

- Convenção para a Prevenção da Poluição Marinha por Fontes Terrestres.

1977 – Convenção para Proteção de Trabalhadores

contra Problemas Ambientais.

1978 – Convenção Regional do Kwait sobre Proteção do Ambiente Marinho.

- Tratado de Cooperação Amazônica.

1979 – Convenção para a Proteção de Espécies Migra-tórias de Animais Selvagens.

- Convenção sobre Poluição Transfronteiriça.

1982 – Convenção sobre o Direito do Mar.

1985 – Tratado de Zona Livre de Elementos Nucleares do Pacífico Sul.

- Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora (África)

- Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio.

(43)

1986 – Convenção sobre Breve Notificação a respeito de Acidentes Nucleares.

1987 – Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que es-gotam a Camada de Ozônio (emendado em 1990 e 1992).

1989 – Convenção da Basileia - Controle de Movimen-tos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos.

- Convenção Internacional sobre Poluição do Óleo.

1991 – BAMAKO - Convenção Africana sobre o Bani-mento da Importação e Controle de MoviBani-mento e Ge-renciamento de Resíduos Perigosos Transfronteiriços. - Convenção sobre Cooperação Pesqueira entre Países Africanos beirando o Oceano Atlântico.

- Protocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção Am-biental.

- Convenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental em Contextos Transfronteiriços.

1992 – Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente.

- Agenda 21.

- Princípios para a Administração Sustentável das Florestas. - Convenção da Biodiversidade.

- Criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentá-vel da ONU.

(44)

- OSPAR - Convenção para a Proteção do Meio Am-biente do Atlântico Nordeste.

- Convenção para a Proteção do Mar Negro. - Convenção para a Proteção do Mar Báltico.

- Convenção sobre os Efeitos Transfronteiriços de Aci-dentes Industriais.

1993 – Convenção sobre Responsabilidade Civil por Danos Resultantes de Atividades Perigosas ao Meio Ambiente.

- Convenção de Londres sobre o Banimento de Des-pejo de Resíduos de Baixo Índice de Radiação nos Oceanos.

- Convenção sobre Proibição de Desenvolvimento, Produção, Armazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre sua Destruição.

1994 – Convenção Internacional de Combate à Deserti-ficação nos Países afetados por DesertiDeserti-ficação e/ou Seca.

1997 – Protocolo de Quioto.

1999 – Protocolo de Annápolis - Proteção do Meio Ambiente do Homem-Água, Saneamento e Saúde.

(45)

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