RETIRO QUARESMAL 2019 Terceira Parte – Tempo da Paixão
De 14 de abril a 17 de abril
Introdução
Amados irmãos e irmãs em Cristo, o Servo sofredor, ao longo deste tempo tão privilegiado da quaresma a Santa Igreja nos permitiu através da Santa Liturgia e da Sagrada Palavra de Deus em nosso retiro quaresmal de oração, mergulharmos em nossas misérias e fraquezas a fim de que, quando vermos o Filho do Homem elevado ao alto, sejamos até Ele atraídos, pois nada poderá nos impedir.
Hoje, o Cristo Sofredor toma o seu caminho da Cruz onde será elevado. Fomos convidados, lá na primeira semana, a seguir o caminho de Deus que consiste no amor e na verdade; este caminho, é também o caminho da Cruz; caminho este em que o próprio Jesus precisou trilhar para que a Glória do Pai fosse manifesta a nossos olhos; para que a cortina do santuário fosse rasgada e nós pudéssemos voltar novamente ao Paraíso Perdido e, face a face, ver Deus!
Hoje, o Rei começa seu caminhar em direção ao seu trono. Humilde, toma o burrico novo, nunca usado para transportar nenhum outro, pois nosso Rei é único e, revestido de profunda abnegação e aceitação do sofrimento, entra pelas ruas de Sião, onde o Santo dos Santos habita, aclamado pelo povo que logo depois pediria sua morte. Será levado para seu trono majestoso: a Cruz! É na Cruz o verdadeiro trono do Cordeiro que se deixa ser imolado para nossa salvação.
Mais do que qualquer outra, esta semana é a mais importante de nossas vidas. Queremos nestes próximos dias, também nós acompanhar o caminho de Jesus ao seu lado: humildes e pobres de nossas vontades, tendo reconhecido nossas misérias e podridões, com o ardente desejo de também nós sermos crucificados com Jesus. Sim, é na Cruz, trono de Jesus, que poderemos definitivamente acabar com aquele homem velho, deplorável, miserável, impuro, que vimos ser ao longo destas semanas. É lá onde deixaremos o espírito mundano e de soberba, autossuficiência, de
preguiça, avareza, luxúria, impiedade; enfim, onde nos deixaremos e renasceremos novas criaturas.
Nestes dias tenhamos nossos “olhos fixos em Jesus, que desprezou as alegrias pelo sofrimento da Cruz”, e encontraremos um olhar de misericórdia do Rei Sofredor. Nos entreguemos por inteiro, até a última gota de perfume como Maria. Saibamos olhar com os olhos da Fé as coisasdo Alto e não as do mundo. Arrependamo-nos e saibamos encontrar a verdadeira misericórdia de braços abertos na Cruz.
Que esta seja uma semana totalmente ao lado do Rei Sofredor. Comissão de Espiritualidade Dia 14 de abril de 2019
Dia 40 – “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonastes?”
A. Nas disposições ordinárias, comece seu momento de oração. Reze
a seguinte oração:
Meu Senhor e meu Deus, creio firmemente que estás aqui, que me vês, que me ouves. Adoro-te com profunda reverência. Peço-te perdão pelos meus pecados e graça para fazer com fruto este tempo de oração. Minha Mãe Imaculada, São José, meu pai e senhor, meu anjo da guarda, intercedei por mim!
B. Para bem rezar com o evangelho de hoje que marca o início da
semana magna para Santa Igreja Católica, comece pedindo ao Senhor a graça de chorar seus sofrimentos, de amargar os assoites que sofreu o Bom Jesus em sua Paixão. Suplique a graça de não serdes indiferente ao contemplar cada humilhação que sofreu o teu Salvador!
- Vá lendo e se colocando ao lado de Jesus. Escute os gritos das pessoas que dirigem a Ele acusações, observe a ira do povo que, dias antes, exaltava o Senhor que entrava em Jerusalém. Contemple nesta hora o semblante de Jesus reconhecendo estas pessoas que agora o condenam. Como um cordeiro humilde e obediente, o Filho de Deus se deixou carregar de um governador a outro, e em silêncio permitia que se cumprisse em sua carne a vontade do Pai.
D. Continue a leitura do evangelho Lc 23, 13-25.
- Agora nosso olhar se dirige a Pilatos que, mesmo não enxergando no Senhor qualquer motivo para julgá-Lo, num ato de covardia, o condena em detrimento da libertação de um assassino “..e entregou Jesus à vontade deles” (Lc 23, 25). Tu, então, vendo toda esta cena, dirige o teu olhar para uma mulher que se colocava um tanto afastada da multidão, mas observava tudo de longe. Ali estava a Virgem Maria enxergando o Seu filho, que passou a vida curando, libertando e dando palavras de vida eterna a todos que vinham ao seu encontro, ser trocado por um homicida. Contemple então esta Mãe que sofre a mesma Paixão que sofria Jesus, mas de forma silenciosa, sofria tudo em seu coração.
E. Continue a leitura: Lc 23, 26-32.
- No evangelho da Paixão escrito por João, antes do Senhor tomar a cruz, é descrito sua flagelação. Por isso, neste trecho do evangelho de hoje que acabastes de ler, tu, ao olhar para Jesus, o enxergava sob um véu rubro, um véu de puro sangue. Te imagines a caminhar do lado do teu Salvador, quando, em um dado momento, te chamam para carregar a cruz, pois este, fisicamente, está esgotado e carrega-a com dificuldade. Sinta o peso esmagante do madeiro em tuas costas, vede quão pesado é o teu pecado nas costas do teu Senhor. Ao lado deste, tu caminhas rumo ao calvário. Se sentires a ispiração do Espírito Santo, agora que te encontras tão próximo à face ensanguentada de Jesus,
dize a Ele o que vem em teu coração ao fitá-Lo neste momento.
F. Agora, leia Lc 23, 33-43
- Contemple todo o intinerario que seguiu o Salvador. Lhe arracaram suas vestes, lhe pregaram no madeiro da cruz como se fosse um criminoso, a pior das criaturas. Imagine os guardas que ali permaneciam para se certificar que o Senhor ia morrer, o povo que, tomado pela cegueira de suas faltas, continuavam a zombaria. Te coloques de joelhos diante da Cruz. Ao teu lado, de pé, está a Virgem Maria com lágrimas nos olhos e um semblante de quem ali, também tinha o coração crucificado junto ao Filho. Abra sua boca e diga ao Senhor do teu arrependimento, conforme o Espírito de Deus lhe inspirar, peça perdão por tamanha atrocidade que teus pecados causaram e continuam causando ao teu Senhor. E junto ao ladrão que grita para o Cristo, suplique também: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!” (Lc 23, 42)
G. Por fim, leia Lc 23, 44-49
- “Eu sou a luz do mundo.” (Jo 8, 12) A escuridão já havia tomado conta de toda a Criação. Esta, morria junto ao seu Senhor no cálvário. Com um suspiro, o Filho de Deus se entrega ao Pai. Tu, de joelhos no solo do calvário, contemple o corpo do teu Senhor agora sem vida. Sinta a angústia que brota do coração de João e das outras mulheres, discípulas de Jesus, que ali permaneceram. Contemple também Nossa Senhora, que silenciosa, fita o seu Filho morto na cruz com um semblante sereno de quem bem entendeu e acolheu os planos do Pai. Te aproximes da Virgem Maria e, de joelhos aos pés do seu manto, baixe a cabeça e silencie com Ela.
- Reze, por fim, uma Ave Maria pedindo a intercessão da Santíssima Virgem para que vivas conforme a vontade de Deus, esta semana tão
importante que hoje se inicia.
H. Anote em teu caderno tudo o que, pela infinita bondade e graça de
Deus, pudestes experimentar neste momento de oração.
I. Una-se a nós rezando nas intenções da comunidade:
a. Pelo Papa Francisco b. Por Bento XVI
c. Por Dom Fernando/ Dom Limacêdo d. Pelo Clero
e. Por Padre Fabio f. Por Pe. Adriano g. Por Rodriguinho
h. Pela casa da comunidade i. Pelo País
j. Por nossas famílias
k. Pelos benfeitores/doadores l. Por todas as comissões
m. Pelas almas que padecem no purgatório n. Pela expansão e consagração da Comunidade o. Pelo SOS e Decolar
Por todas as comissões
Pelas almas que padecem no purgatório Pela expansão e consagração da Comunidade Pelo SOS e Decolar