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APOIO DO ENFERMEIRO AO IDOSO NO LUTO E NA PERDA DO SEU CÔNJUGE RESUMO

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Academic year: 2021

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APOIO DO ENFERMEIRO AO IDOSO NO LUTO E NA PERDA DO SEU CÔNJUGE

1

KRUEL, Cristina

2

; FILIPINI, Cibele

3

; POLETO, Juliana

4

, STAFFORD, Juliana

5

.

RESUMO

A pesquisa utilizada foi descritiva exploratória que objetivou discutir a importância de se entender e acompanhar o processo de luto na velhice, principalmente no caso de morte do cônjuge, que pode provocar um grande impacto no idoso, com repercussões físicas e emocionais, que acrescem a vários outros sofrimentos desta faixa etária, renegada pela sociedade atual. Durante o processo dos cuidados de idosos em fases terminais, muitas vezes os profissionais de saúde têm uma intima ligação não só com o idoso, mas também com a sua família, seja em casa, no hospital ou na instituição de longa permanência. Vivencia-se a passagem do idoso e o ajuda nos últimos momentos de sua vida, evitando sofrimento e dores, bem como não buscando o que chamamos de futilidade terapêutica (não deixar morrer à todo custo). A família apega-se ao profissional de saúde, pelo trabalho, pela humanidade e pelo carinho que devota ao seu idoso enfermo. Cria-se, muitas vezes, laços afetivos e de respeito, que perduram por anos.

Descritores: Luto; Velhice; Psicogerontologia

ABSTRACT

1

Trabalho apresentado para a Disciplina de Psicologia na Enfermagem - UNIFRA

2

Docente do Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil.

3

Apresentador. Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil.Email: cibelinhafilipini_@hotmail.com.

4

Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil.

5

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A descriptive exploratory study was used which discusses the importance of understanding and monitoring the process of mourning in old age, especially in the case of death of spouse, which can cause a great impact in the elderly with physical and emotional repercussions, adding to the various other sufferings of this age group, disowned by society. During the process of care of elderly in the terminal stages, often health professionals have an intimate connection not only with the elderly, but also with your family, whether at home, in hospital or long-term institution.This experiences to help elderly and the passage of the last moments of his life, avoiding pain and suffering, and not seeking what is called therapeutic futility (not to let it die all costs). The family clings to the health professional, the work of humanity and the love that he devotes to his elderly sick. It creates, often bonding and respect, that last for years.

Keywords: Grief; Aging; Psicogerontologia.

1. INTRODUÇÃO

A morte, no modelo social, é algo relegado a um segundo plano, a não ser discutido, como se isso pudesse evitá-la. É aquela interdita, que deve ser escondida, institucionalizada, medicalizada, sem grandes demonstrações de dor pelos enlutados, não mais portadora de ritos. Em decorrência desse modelo, o luto deixou de ser valorizado, fato que repercute no meio acadêmico pela ausência significativa de estudos referentes à temática, cujo resgate se faz necessário, principalmente na atualidade, quando discutimos e vivemos a longevidade e os Cuidados Paliativos.

É muito comum que, após a morte do idoso, ocorra, por parte dos familiares, um retorno ao (a) enfermeiro (a) para conversar, relembrar ou somente agradecer. Ali encontramos a família triste e enlutada, vivenciando a dor de uma grande perda e que, muitas vezes, quer externá-la. Vêm as lágrimas e, como interlocutores, ficamos sem ação, sentindo até um certo desconforto pela situação.

É importante considerar que “o enlutado tem uma tarefa dolorosa e difícil para realizar, que não pode ser evitada nem apressada. A verdadeira ajuda consiste em reconhecer o fato e permitir que ele se organize para que fique disponível para elaborar a perda”2. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo discutir a importância de se entender e acompanhar o processo de luto na velhice, principalmente no caso de morte do

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emocionais.

Trata-se um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa do tipo revisão bibliográfica. A pesquisa exploratória desenvolve, esclarece e modifica conceitos e idéias, cujo objetivo gera uma visão geral acerca de determinado fato. A revisão bibliográfica foi realizada por meio de livros, e periódicos eletrônicos que abrangem o tema exposto, durante o mês de abril e maio de 2011, como subsídio para o trabalho realizado por um grupo de acadêmicos de enfermagem para a disciplina de Psicologia da Enfermagem.

1.1 O processo de luto

Quando o idoso encontra-se em processo de luto ele pode ser acometido por alguns distúrbios, como os do sono e da alimentação, ou ainda manifestações somáticas, sendo comum falta de ar, aperto no peito, falta de energia, insônia, passividade, alucinações e ansiedade. As alterações do sono podem estar relacionadas a somatização ou dever-se ao fato de que durante o sono ou em períodos de atenção relaxada, as lembranças dolorosas tendem a invadir nossa mente e nos pegamos revivendo o trauma mais uma vez2.

É importante frisarmos que na perda do marido ou esposa, o cônjuge sobrevivente passará por processos psicológico e é de extrema importância que ele saiba lidar com isso, os quais serão:

- Reconhecer a perda - Permitir-se sofrer

- Reconhecer que sua dor é única

- Discutir os pensamentos e os seus sentimentos

- Preparar-se para sentir uma grande variedade de emoções - Procurar um sistema de apoio

- Levar o tempo que precisa com os pertences do seu cônjuge

O luto é a fase da expressão dos sentimentos decorrentes da perda, a qual se demonstra por choque, desejo, desorganização e organização; é a fase de aprender que a morte deve ser tornada real, a partir do que se torna possível estabelecer novas concepções sobre o mundo, favorecendo investimentos pessoais. Uma forma de abrandar o luto é manter a sensação de que a pessoa está por perto através do reviver de lembranças felizes.

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Podem ser, neste caso, bem-vindos os tributos ao falecido, pois isto representa que este é merecedor da dor dos sobreviventes.

A diferença entre as pessoas em geral e os profissionais de saúde é que na vida dos últimos a morte faz parte do cotidiano, tornando-se companheira de trabalho. Negar a morte é uma das formas de não entrar em contato com as experiências dolorosas. A grande dádiva da negação e da repressão é permitir que se viva num mundo de fantasias onde há ilusão da imortalidade3.

O luto, como não é um processo linear, não tem data para terminar, podendo durar meses e anos, ou mesmo nunca acabar, na dependência direta das características individuais da personalidade e ainda do nível e intensidade de relação que se manteve com o falecido. Um idoso pode conviver por tempo prolongado com seu cônjuge portador de doença crônica e incapacitante, tornando o luto antecipatório uma realidade na velhice; no entanto isto “não significa que esse possa ser sempre completo, pois mesmo que as pessoas se preparem, sempre há coisas que não podem ser antecipadas”2. O traço mais característico do luto não é a depressão profunda, mas sim, episódios agudos de dor, com muita saudade e dor psíquica2.

O idoso pode ter dificuldades para vivenciar o processo de luto por vários motivos, sendo um deles a inabilidade em falar sobre a dor relacionada à perda, pois na sociedade atual as pessoas preferem afastarse do medo da morte, levando a um recalcamento da perda, em lugar de manifestações outrora usuais3.

1.2 Atuação da Enfermagem no Processo de luto

É preciso estarmos profissionalmente preparados para intervir nos casos necessários, e sem nos basear em um tempo cronológico, mas sim, nas repercussões para a vida do idoso.Precisamos desenvolver a comunicação e o compartilhamento de sentimentos sobre a perda, buscando contornar a ruptura do equilíbrio familiar. A (o) enfermeira (o) deve atuar estimulando o autocuidado, atuando na prevenção e não-complicação das doenças inevitáveis, como depressão, individualizando o cuidado a partir do princípio de que cada idoso vai apresentar um grau diferente de dependência, diferindo assim a maneira de assistência. Considerando os fatos relatados, mostra-se necessária e urgente a divulgação e discussão das diferenças que o aumento da população idosa

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novo papel dos idosos em nossa sociedade, para que tanto os profissionais quanto a população em geral possam atender de maneira satisfatória novas demandas.

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo mostrou que umas das coisas mais importantes que podemos fazer por alguém que sofre uma grande perda é escutar. Embora se ache que escutar alguém seja uma coisa relativamente fácil de se fazer, prestar atenção e ajudar, nesse caso, pode tornar-se muito difícil. Escutar ativamente é uma forma especial de responder, através da qual quem ajuda transmite a sua compreensão das ideias e sentimentos que estão sendo expostos. Escutar o outro e entender o que o outro diz, sob o ponto de vista dele. Isto, muitas vezes, não se demonstra com a sua fala e com o seu ponto de vista sobre o assunto. Somente um aceno de cabeça, um sinal de assentimento, uma resposta não-verbal, é o que basta.

Sobre o objetivo proposto que foi de discutir a importância de se entender e acompanhar o processo de luto na velhice, principalmente no caso de morte do cônjuge, foi possível concluir que este momento de perda é bastante complicado e o conjuge fica vulneravel. Inúmeros fatores mostraram que se torna um momento dificil na vida de quem sofre a perda, é importante salientar que cultivar as boas lembranças é um excelente meio de minimizar esta grande falta.

REFERÊNCIAS

1. Kovacs MC. Um estudo teórico da morte. Vol. 25. 2005.

2. Parkes CM. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo. Summus. 1998. 3. Lopes RG; Oliveira JB. O processo de luto no idoso pela morte de cônjuge e filho. Junho, 2008.

Referências

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