• Nenhum resultado encontrado

A criação de uma embalagem promocional Doces Jussára

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A criação de uma embalagem promocional Doces Jussára"

Copied!
127
0
0

Texto

(1)
(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

A criação de uma embalagem

promocional – Doces Jussára

Projeto de Graduação em Design II

Professora – Débora Ferro e Daniella Farias

Aluna: Dalciane Nunes da Silva Costa - Orientadora: Renata Wanderley 06/02/2015

(3)

3 Catalogação na fonte:

Bibliotecária - Simone Xavier CRB/4-1242

C837c Costa, Dalciane Nunes da Silva.

A criação de uma embalagem promocional: Doces Jussara. / Dalciane Nunes da Silva Costa. - Caruaru: O Autor, 2015.

127f. : il.; 30 cm.

Orientadora: Renata Garcia Wanderley.

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de Pernambuco, CAA, Design, 2015.

Inclui referências bibliográficas

1. Embalagem. 2. Doces Jussara. 3. Cultura. I. Wanderley, Renata Garcia. (Orientadora). II. Título.

740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2015-052)

(4)

4 Rosângela Vieira de Souza

2º Avaliador Renata Garcia Wanderley

orientadora

Sophia Costa 1º Avaliador

(5)

5

AGRADECIMENTO

Aqui venho agradecer a todos que colaboram diretamente com esta pesquisa, citando, então, aqueles que fazem parte da Fábrica de Doces Jussára, nas pessoas do Marcos Gomes e Carol, os quais me forneceram informações e produtos da empresa para que assim fossem estudados e apresentados. Além deles, ligado a cultura, agradeço a J. Miguel o qual me forneceu explicações a respeito da xilogravura. E ao senhor Lima, responsável pela Gráfica Lima, que acolheu tão bem as sugestões das embalagens promocionais neste trabalho sugeridas.

Além deles agradeço também a minha orientadora, a professora Renata Wanderley, a qual me auxiliou a construir esse projeto e a banca examinadora presente no dia da defesa, as professoras: Sophia Costa e Rosângela Viera. Além delas, a doce professora Andréa Camargo também foi bastante importante na minha formação, a qual iniciou esse projeto comigo.

Falando nas pessoas importantes na minha vida e na minha formação não posso deixar de citar meus pais, ternos, guerreiros e valentes, que me apoiaram e orientaram nas minhas escolhas: Helena Costa e Raimundo Filho, a eles agradeço por simplesmente tudo, do começo ao fim. Também sou muito grata ao meu irmão Diogenes Costa (o meu socorro), o qual me deixou quebrar seu computador quando eu já havia quebrado os meus.

De coração agradeço a Vanessa Matos, minha primeira incentivadora nessa caminhada e companhia nas idas e vindas de Bezerros à Caruaru. A Jerônimo Araújo e a Denis Arimateia por todos os tipos de auxílio (ideias, cortes, paciência e risos) que obtive durante todos esses anos. Também não posso deixar de agradecer a Waldomiro Nipo, que sempre me deu palavras de força quando achei que não daria certo/tempo. Além desses amigos que levo no coração desde a formação básica, também quero agradecer a companhia, dedicação e amizade daqueles que conheci no caminho e permaneceram na minha vida: Marisa Müller e José Paulo e, daqueles que conheci ainda no Pólo Comercial de Caruaru, quando a UFPE ainda lá funcionava, a começar por Isabella Moraes, Girlaynne Farias, Carolina Nobre e Azenathi Alian, as quais desejo muito sucesso.

E por fim, tenho que expressar que eu não chegaria até aqui se não fosse a cumplicidade, complemento e companheirismo de todas as horas do dia e da noite de Jonas Ferreira (Lau), minha alma gêmea, um presente que entrou na minha vida. “[...]Não é que fôssemos amigos de longa data. Conhecemo-nos apenas no (pen)último ano da escola universidade. Desde esse momento estávamos juntos a qualquer hora. Há tanto tempo precisávamos de um amigo que nada havia que não confiássemos um ao outro. Chegamos a um ponto de amizade que não podíamos mais guardar um pensamento: um telefonava logo ao outro, marcando encontro imediato. Depois da conversa, sentíamo-nos tão contentes como se tivéssemo-nos presenteado a nós mesmos. [...]”. Obrigada, por tudo Lau, minha sincera amizade.

(6)

6

RESUMO

Essa pesquisa pretende desenvolver uma embalagem promocional da marca dos Doces Jussára. O tema desta promoção será o aniversário da empresa, a qual completa 50 anos de existência. Cientes de que alterações na forma como a embalagem se apresenta causa impactos significativos no empreendimento, o uso da embalagem promocional é um meio que as empresas podem usar para mostrarem-se vivas e atuantes no mercado, além de chamar a atenção no ponto de venda e aproximar-se do consumidor, como poderá ser visto nesta pesquisa.

A pesquisa foi realizada considerando o aspecto tradicional e simbólico do doce, da embalagem e da empresa. E para enfatizar tais aspectos, foram empregados elementos da cultura local da cidade onde a empresa está situada, a fim de comunicar ao consumidor o seu potencial de pertencimento e proximidade, uma vez que signos culturais emanam as tradições deste lugar e caracterizam a essência de seu povo.

O estudo foi norteado pelo problema de pesquisa, que buscou diferenciar as embalagens dos Doces Jussára das demais do mesmo segmento; além de verificar os problemas existentes na embalagem atual afim de, subtraí-los, uma vez que comprometem a aquisição e o seu manuseio.

(7)

7

ABSTRACT

This research aims to develop a promotional package Brand of Jussara candy. The theme of this promotion will be the anniversary of the company, which completes 50 years of existence. Aware that changes to the way the package is presented cause significant impacts on the project, the use of promotional packaging is a way that companies can use to show themselves alive and active in the market, in addition to point-of-sale and point approaching the consumer, as can be seen in this study.

The survey was conducted considering the traditional and symbolic aspect of the sweet, packaging and company. And to emphasize these aspects, were employees of the local culture elements of the city where the company is located, in order to communicate to consumers the potential of belonging and closeness, as cultural signs emanating from the traditions of this place and characterize the essence of his people.

The study was guided by the research problem, which sought to differentiate the packaging of candy Jussara the other in the same segment; and to identify the problems in the current package in order to, subtract them, since undertake the acquisition and handling.

(8)

8 SUMÁRIO AGRADECIMENTO ... 5 RESUMO ... 6 ABSTRACT ... 7 ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ... 10 INTRODUÇÃO ... 13 Contextualização ... 13 Problemas ... 15 Objetivos ... 15 Perguntas ... 16 Metodologia ... 16 Método de projeto ... 17 1. DESIGN... 19

MAS, o que é design? ... 19

2. DESIGN DE EMBALAGEM ... 26

Criatividade ... 26

A relevância do design de embalagem ... 29

Impacto na Prateleira ... 35

3. O DESENVOLVIMENTO DE UMA EMBALAGEM ... 40

Porque é necessário ... 40

As fases da criação ... 42

Material ... 43

Processos de Impressão ... 47

Composição visual ... 49

Elementos Gráficos - Cor ... 50

Elementos Gráficos - Tipografia ... 51

Elementos Gráficos - Fotografia ... 53

Elementos Gráficos - Ilustração ... 53

Elemento gráfico - Design de Superfície ... 54

4. EMBALAGENS PROMOCIONAIS ... 57

Embalagens que seduzem ... 57

5. DESCOBRINDO A CULTURA ... 61

Xilogravura ... 61

(9)

9

O nosso doce de cada dia ... 73

7. DOCES JUSSÁRA ... 79

UM caso específico ... 79

As embalagens de plástico rígido ... 81

As embalagens de plástico flexível - Os rótulos ... 82

Deficiências e oportunidades ... 84

DESENVOLVIMENTO PROJETUAL ... 90

Análise dos dados... 90

Briefing ... 92

CRIAÇÃO ... 99

Geração e análise de alternativas ... 99

PRODUÇÃO ... 107

Desenvolvimento da alternativa adequada ... 107

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 122

(10)

10

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1-(LUPTON,2007, P.122).ESSA LINHA DE EMBALAGENS FOGE DA LÓGICA HABITUAL DE DESTAQUE, COLOCANDO OS DADOS NUTRICIONAIS NA FRENTE E NO CENTRO.E AO INVÉS DE PALAVRAS, O DESIGNER UTILIZOU IMAGEM PARA PROMOVER O SEU CONTEÚDO. ... 23 FIGURA 2-(CAVALCANTI,2006, P.24).MARCAS DE FERRO UTILIZADAS PARA GRAVAR A FOGO AS CAIXAS DE MADEIRA QUE

TRANSPORTAVAM AÇÚCAR PARA A EUROPA.(CAVALCANTI,2006, P.24). ... 30 FIGURA 3-(GRÁFICA,2003, P.35).RÓTULOS COM ESPAÇO ATÉ PARA HOMENAGEAR O VISCONDE FIGUEIREDO E PROTESTAR CONTRA O IMPERADOR:“INDENIZAÇÃO OU REPÚBLICA”. ... 31 FIGURA 4-(CAVALCANTI (2006), P.140.)EMBALAGENS CONFIRMANDO AS SUAS MODIFICAÇÕES MEDIANTE A EXIGÊNCIA DO

MERCADO. ... 33 FIGURA 5-(GILLES,2009, P.39).A VELOCIDADE DA SELEÇÃO. ... 36 FIGURA 6-(RONCARELLI,2010, P.196).EMBALAGEM DE DOCES SHEILA'S... 38 FIGURA 7–(FOTO TIRADA PELA AUTORA EM 2014).EXEMPLO DE EMBALAGENS OBSERVADAS NAS PRATELEIRAS DE DOCES NOS

SUPERMERCADOS, AS QUAIS POSSUEM PREDOMINÂNCIA DA COR DE TONS QUENTES, EM ESPECIAL A COR VERMELHA.FOTO TIRADA PELA AUTORA EM 2014 ... 51 FIGURA 8-(RONCARELLI 2010, P.171). EXEMPLO DE EMBALAGEM DE PAPEL O QUAL TEM NA TIPOGRAFIA O ELEMENTO MAIS

CHAMATIVO DA EMBALAGEM. ... 52 FIGURA 9–(RONCARELLI 2010, P.153).EMBALAGEM QUE CRIA UMA ANALOGIA ENTRE O SER HUMANO E O VINHO, ATRAVÉS DA

FOTOGRAFIA QUE TRANSMITE A IDEIA DE IDADE (ENVELHECIMENTO). E ... 53 FIGURA 10-RONCARELLI (2010, P.146).A IMAGEM REPRESENTA EMBALAGENS DE CHOCOLATES QUE SÃO ILUSTRADAS POR

PINTURAS, AS QUAIS TRANSMITEM A IDEIA D'A ARTE DE FAZER CHOCOLATE... 53 FIGURA 11-(RONCARELLI,2010, P.142).TAL EMBALAGEM SUGERE A IDEIA DE QUALIDADE CASEIRA.O PADRÃO NELA INSERIDO

REFLETE A SENSAÇÃO DE ELEGÂNCIA E ESTILO NOSTÁLGICO.AS CORES EMPREGADAS RESSALTAM AS INFORMAÇÕES DO RÓTULO. ... 54 FIGURA 12-(RONCARELLI,2010, P.143).ESSA SUPERFÍCIE FOI IMPRESSA DIRETAMENTE NO VIDRO, UTILIZANDO A TÉCNICA

DENOMINADA SILKSCREEN, UMA VEZ QUE VELA SE ESGOTE, A EMBALGEM PODE SER UTILIZADA EM OUTROS FINS. ... 55 FIGURA 13–(SOUZA2013, P.25).ESSA IMAGEM REPRESENTA O SISTEMA DE REPETIÇÃO APRESENTADO POR RENATA RUBIM, PARA A PRODUÇÃO DO DESIGN DE SUPERFÍCIE.O NOME DE CADA UMA É RESPECTIVAMENTE:SIDE,DROP E DIAMOND. ... 56 FIGURA 14-(CLAUDIA RESENDA HTTP://SCRIPTOCOMUNICA.WORDPRESS.COM/2011/06/20/CATUPIRY%C2%AE-COMEMORA

-100-ANOS/-20/06/2011).AO COMPLETAR 100 ANOS, A LACTICÍNIOS CATUPIRY LANÇA EMBALAGENS PROMOCIONAIS EM COMEMORAÇÃO.ACATUPIRY É UMA RENOMADA MARCA QUE NOMEIA DIVERSOS PRATOS. ... 57 FIGURA 15-.FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA NO MEMORIAL DOS BORGES, LOCALIZADA EM BEZERROS, EM ABRIL DE 2014.OS

FOLHETOS DE CORDEL DE J.BORGES. ... 63 FIGURA 16-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.J.BORGES. ... 66 FIGURA 17-FOTOGRAFIAS TIRADAS PELA AUTORA DESTA MONOGRAFIA, EM 2014, ONDE SÃO VISUALIZADAS NO MEMORIAL DE

J.BORGES O QUE FOI CONSTATADO NA PESQUISA DE MESTRADO DE SOUZA, EM 2007. ... 67 FIGURA 18-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA,2014.EXEMPLO DE UMA MATRIZ XILOGRÁFICA E SUA VERSÃO IMPRESSA... 68 FIGURA 19-FOTO TIRADA PELA PRÓPRIA AUTORA EM 2014.EXEMPLOS DE PRODUTOS OS QUAIS SÃO ESTAMPADOS COM

XILOGRAVURA. ... 69 FIGURA 20-(RONCARELLI,2010, P.150).ESSA IMAGEM É UMA EMBALAGEM DE VINHO, A QUAL ATRAVÉS DO USO DA XILOGRAVURA TRANSMITE A IDEIA DE PRODUTO ARTESANAL COM UMA VISÃO CONTEMPORÂNEA. ... 70 FIGURA 21-(FOTOGRAFIA PUBLICADA NO WEB SITE,25 DE JUNHO DE 2013-J.BORGES ASSINA AS LATAS DO SÃO JOÃO DE

ANTÁRCTICA - HTTP://WWW.GUIADAEMBALAGEM.COM.BR/NOTICIA

_5881-J._BORGES_ASSINA_AS_LATAS_DO_SAO_JOAO_DE_ANTARCTICA.HTM - VISUALIZADA EM JULHO DE 2014).EMBALAGEM PROMOCIONAL DA CERVEJA ANTARCTICA, ONDE FORAM ESTAMPADAS XILOGRAVURAS DO XILÓGRAFO J.BORGES A FIM DE ENFATIZAR A FESTA REGIONAL: O SÃO JOÃO. ... 71 FIGURA 22-REGISTRO FOTOGRÁFICO DA PRÓPRIA AUTORA EM JULHO DE 2012.FACHADA DA EMPRESA. ... 79 FIGURA 23-REGISTRO FOTOGRÁFICO REALIZADO INTERIOR DA FÁBRICA EM 2012, REALIZADO PELA PRÓPRIA AUTORA DO PROJETO.OS PRODUTOS OFERECIDOS PELA EMPRESA. ... 80

(11)

11 FIGURA 24-IMAGEM FOTOGRAFADA PELA PRÓPRIA AUTORA EM 2014.IMAGEM DOS PRODUTOS MAIS SIGNIFICATIVOS DA EMPRESA

JUSSÁRA: A GOIABADA, O DOCE CRISTALIZADO E O LANCHINHO (BISCOITO RECHEADO)... 80

FIGURA 25-FOTO TIRADA PELA AUTORA EM 2014.EMBALAGEM PLÁSTICA DA GOIABADA, USADA PELA FÁBRICA DE DOCES... 81

FIGURA 26-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2012.PROCESSO DE ARMAZENAMENTO DOS DOCES NAS EMBALAGENS PLÁSTICAS. ... 81

FIGURA 27-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS CORTADOS NO FORMATO QUADRADO. ... 82

FIGURA 28- FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.IMAGEM DO RÓTULO UTILIZADO PELA EMPRESA. ... 83

FIGURA 29-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2012.IMAGEM DE UM RÓTULO REDIMENSIONADO DE MODO 'ACHATADO', A FIM DE ACOMPANHAR O FORMATO DO PACOTE. ... 83

FIGURA 30-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.SEQUÊNCIA DE FOTOS QUE DEMONSTRA TENTATIVAS DE ABERTURA DA EMBALAGEM... 84

FIGURA 31-FOTO TIRADA PELA AUTORA EM 2014.A EMBALAGEM DE PLÁSTICO FILME LACRADA COM FITA ADESIVA NÃO CONSTITUI UM MODO DE FÁCIL DE ABERTURA, NEM DE ARMAZENAMENTO APÓS ABERTO O PACOTE. ... 85

FIGURA 32-FOTOGRAFIA TIRADA PELA PRÓPRIA AUTORA EM 2014.UMA PRATELEIRA CONTENDO ALGUMAS MARCAS QUE TAMBÉM OFERECEM DOCES CREMOSOS:PALMEIRON E TAMBAÚ. ... 86

FIGURA 33-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.TANTO OS DOCES SABOR BRASIL, QUANTO OS DOCES KI-DOÇURA, AMBOS PRODUZIDOS NA MESMA CIDADE QUE OS DOCES JUSSÁRA, TAMBÉM APRESENTAM A SUA IDENTIFICAÇÃO ATRAVÉS DE UM RÓTULO ENVOLVIDO POR PLÁSTICO FILME.CONTUDO É POSSÍVEL PERCEBER QUE NAS DUAS IMAGENS EXISTE UMA ORGANIZAÇÃO INFORMACIONAL MAIOR DO AQUELE RÓTULO USADO PELA FÁBRICA DE DOCES JUSSÁRA. ... 86

FIGURA 34-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.EMBALAGENS DE DOCES QUE SE APRESENTAM DE MANEIRA DIFERENTE DAQUELE QUE SE É ESPERADO, TANTO PELA FORMA QUANTO PELAS CORES. ... 87

FIGURA 35-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.EXEMPLOS DE EMBALAGENS DE PRODUTOS CONCORRENTES EXPOSTOS NAS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS, OS QUAIS SE APRESENTAM DE MODO SEMELHANTE AOS PRODUTOS OFERECIDOS PELOS DOCES JUSSÁRA. ... 87

FIGURA 36-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.APRESENTAÇÃO DOS TRÊS SÍMBOLOS USADOS PELA EMPRESA. OBSERVAÇÃO: A EMBALAGEM DE CAJU RARAMENTE É ENCONTRADA NO FORMATO DE MARIOLA COMO É OBSERVADO NESSA ILUSTRAÇÃO. LOGO TAL VARIAÇÃO NÃO SERÁ CONSIDERADA NESSA APRESENTAÇÃO DE EMBALAGEM PROMOCIONAL. ... 87

FIGURA 37-FOTOGRAFIA TIRADA PELA AUTORA EM 2014.NA ORDEM, AS TRÊS IMAGENS REPRESENTAM: O BISCOITO (LANCHINHO), TABLETE E A MARIOLA (O DOCE CRISTALIZADO/AÇUCARADO.) ... 99

FIGURA 38-ESQUEMA DE ORGANIZAÇÃO DAS EMBALAGENS EM UMA ÚNICA EMBALAGEM PROMOCIONAL CONTENDO TODOS OS ITENS DA EMPRESA. ... 100

FIGURA 39--IMAGENS QUE REPRESENTAM O "PRÉ-CORTE" TRINGULAR INDICADO PELAS TAMPAS DAS EMBALAGENS USADAS ATUALMENTE E, O FORMATO DA EMBALAGEM EM QUE SE PRETENDE PRODUZIR AS CAIXAS DOS DOCES EM PASTA. ... 100

FIGURA 40-ALTERNATIVA PARA O ARMAZENAMENTO DOS DOCES CRISTALIZADOS. ... 101

FIGURA 41-ALTERNATIVA DE CAIXA PARA EMBALAR OS TABLETES. ... 101

FIGURA 42--ALTERNATIVA DE CAIXA PARA OS DOCES CRISTALIZADOS, MARIOLAS.ABERTA E FECHADA. ... 101

FIGURA 43-ALTERNATIVA DE EMBALAGEM PARA O BISCOITO (LANCHINHO). ... 102

FIGURA 44-PRIMEIRAS ALTERNATIVAS DAS EMBALAGENS PROMOCIONAIS. ... 102

FIGURA 45–FIGURA TIRADA DO SITE:(HTTP://WWW.LIFEPEL.COM.BR/TABELA.ASP?SESSAO=BOMBONIERE&ENVIAR=SELECIONAR – JANEIRO DE 2015)EMBALAGEM INSPIRADORA DA EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS. ... 103

FIGURA 46-FIGURA TIRADA DO SITE:(HTTP://WWW.LIFEPEL.COM.BR/TABELA.ASP?SESSAO=BOMBONIERE&ENVIAR=SELECIONAR – JANEIRO DE 2015).EMBALAGEM INSPIRADORA PARA A EMBALAGEM DOS TABLETES. ... 103

FIGURA 47-VARIAÇÃO DA COR UTILIZADA NA GOIABA. ... 104

FIGURA 48-- LOGO TIPOS ARREDONDADOS PARA NÃO PERDER A IDENTIDADE DO USUAL:BANANA E CAJU. ... 104

FIGURA 49-SEGUNDO MODO DE APRESENTAÇÃO DA MARCA. ... 105

FIGURA 50-SUPERFÍCIES DESTINADAS A COBRIR A EMBALAGEM CONFORME O SEU SABOR. ... 105

FIGURA 51-DESENHO TÉCNICO DA EMBALAGEM DO DOCE SABOR GOIABA, ONDE AS LINHAS PONTILHADAS REPRESENTAM O VINCO E AS RETAS REFEREM-SE AO CORTE. ... 107

FIGURA 52-DESENHO TÉCNICO DAS EMBALAGENS DOS SABORES DE BANANA E CAJU. ... 108

(12)

12

FIGURA 54-EMBALAGEM PROMCIONAL BANANADA ... 109

FIGURA 55-EMBALAGEM PROMOCIONAL:CAJUADA. ... 109

FIGURA 56-VISTAS DE TODOS OS LADOS DA EMBALAGEM DO DOCE DE SABOR DE GOIABA. ... 110

FIGURA 57-VISTA DE TODOS OS LADOS DA EMBALAGEM DE DOCE DE SABOR DE BANANA. ... 110

FIGURA 58-VISTAS DE TODOS OS LADOS DA EMBALAGEM DO DOCE COM SABOR DE CAJU. ... 111

FIGURA 59-SUGESTÃO DE VENDA COMBINADA DE DOIS SABORES. ... 111

FIGURA 60-MANEIRAS DE ORGANIZAÇÃO DESSAS EMBALAGENS ... 112

FIGURA 61-ESQUEMA DO DESENHO TÉCNICO DA EMBALAGEM QUADRADA DOS DOCES CRISTALIZADOS. ... 113

FIGURA 62-ARTE FINAL DA EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS - EMBALAGEM QUADRADA. ... 113

FIGURA 63-DESENHO E TÉCNICO E ARTE FINAL, RESPECTIVAMENTE. ... 114

FIGURA 64-VISTAS DO PROTÓTIPO DA EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS (QUADRADO). ... 115

FIGURA 65-IMAGEM DO DESENHO TÉCNICO DA EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS BISCOITOS. ... 116

FIGURA 66-ARTE FINAL DA EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS BISCOITOS, COMO PODE SER OBSERVADO ELA POSSUI UMA ABERTURA CENTRAL A QUAL POSSIBILITA A VISUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DA EMBALAGEM. ... 116

FIGURA 67-EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS BISCOITOS. ... 117

FIGURA 68-DESENHO TÉCNICO DA EMBALAGEM EXTERNA DOS CRISTALIZADOS, NO FORMATO RETANGULAR.ACONSELHA-SE QUE O CORTE ENCONTRADO NA PARTE SUPERIOR DESSE PROJETO, CASO HAJA A NECESSIDADE, SEJA VETORIZADO PARA OBTER MAIOR PRECISÃO. ... 117

FIGURA 69-ARTE FINAL DA EMBALAGEM PROMOCIONAL DESTINADA A ARMAZENAR OS DOCES CRISTALIZADOS DE MANEIRA ENFILEIRADA.ELE POSSUI UMA JANELA QUE PERMITE VISUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO.O EQUILÍBRIO EXISTE QUANDO SÃO POSICIONADAS AS INFORMAÇÕES DO CONTEÚDO DE UM LADO E O SPLASH DO OUTRO. ... 118

FIGURA 70-DESENHO TÉCNICO DA PARTE INTERNA DA EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS, NO FORMATO RETANGULAR. ... 118

FIGURA 71-ARTE FINAL DA PARTE INTERNA DA EMBALAGEM DOS DOCES CRISTALIZADOS, SUSTENTA OS DOCES E OS TRANSPORTA COMO SE FOSSE UM CARRINHO. ... 119

FIGURA 72-EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS DOCES CRISTALIZADOS NA EMBALAGEM RETANGULAR (ABERTA E FECHADA). ... 119

FIGURA 73-DESENHO TÉCNICO DA EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS TABLETES. ... 120

FIGURA 74-ARTE FINAL DA EMBALAGEM PROMOCIONAL DOS TABLETES. ... 120

FIGURA 75-DESENHO TÉCNICO DA PLAQUINHA ENCONTRADA NO INTERIOR DA EMBALAGEM DOS TABLETES. ... 121

FIGURA 76-ARTE FINAL DA PLAQUINHA ENCONTRADA NO INTERIOR DA EMBALAGEM DOS TABLETES. ... 121

(13)

13

INTRODUÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO

Como contam os livros de História do Brasil, o Doce chegou à sociedade brasileira juntamente com os europeus, e na Região Nordeste foi desenvolvida uma área territorial açucareira. Os hábitos de produzir e saborear um doce ainda são vividos e, conforme Rego (2010), o sabor doce é uma característica do estado de Pernambuco, e este sabor transborda um sentimento de lugar, uma identidade regional. Segundo o mesmo autor, o doce não acompanhou apenas o desenvolvimento de certo Estado-Nação ou de uma determinada Região; ele viu o crescimento individual, pois partilhar um bolo, um doce, uma receita de família é um importante costume que celebra encontros, festas e fortalece relações.

Bezerros é uma cidade localizada no interior de Pernambuco e, é tradicionalmente conhecida como a cidade de bolos e doces. Nela situam-se cerca de quatro empresas de doces, dentre elas a Empresa de Doces Jussára, a celebrar seus cinquentas de existência.

Não se sabe ao certo quando os doces deixaram de ser produzidos unicamente nas casas de engenho e passaram a ser comercializados. Contudo, sejam eles feitos em casa ou adquiridos nos supermercado devem encantar o público como um amor à primeira vista, assim fala Rego, que explica que para ser gostoso um doce deve ser bonito. E essa apresentação do doce, essa aparência, é um problema verificado nos centros comerciais e também percebido por Silva (2001), o qual afirma que as embalagens dos doces em geral não apresentam bom desempenho comunicacional e são desprovidas de características que promovam a atenção do consumidor.

A embalagem é um vendedor silencioso, é o elemento responsável pela primeira impressão causada do produto ao consumidor. Ela transmite ideias e conceitos, é quem sugere o prazer que o consumidor irá sentir ao adquirir o produto e, é a comunicação direta com o comprador. Negrão (2008), também afirma que é da embalagem a responsabilidade de tornar um produto visível em relação aos demais.

Conforme Blessa (2010), os doces não fazem parte da lista de produtos de compra básica, por isso é necessário que tais produtos estejam revestidos por uma embalagem que seja um convite irresistível a sua adesão. Dessa forma, esse nicho do mercado pede embalagens promocionais, que concentrem em si beleza e exclusividade. Contudo, segundo Gilles (2009), detalhes como flashes, efeitos visuais, letras garrafais e cores atraentes não são o suficiente para valorizar esse mercado.

Segundo ele, o designer deve programar a embalagem atribuindo-lhe significado, uma emoção. O consumidor deseja se identificar com o produto, deseja ser envolvido, enxergá-lo como parte da sua vida e, apenas a razão não basta. Então através do plano emocional, segundo o mesmo

(14)

14 autor, deve existir uma conexão entre o consumidor e a embalagem. Diz Escorel (2004) que uma maneira de captar a atenção de um público sobre um determinado objeto refere-se ao fato de imbuir nele o sentimento de identidade, de tradição, de enaltecimento dos sistemas simbólicos da região ao qual o objeto pertence. Lindstrom (2009), também afirma que a emoção é uma das formas mais poderosas no caminho do que compramos.

As embalagens promocionais são apoiadas em temas específicos, tal como a comemoração de uma determinada data, por exemplo, e a vivência de mais de 50 anos da Empresa de Doces Jussára é uma boa oportunidade para se aplicar essa técnica de diferenciação.

Pensando nessa oportunidade foram desenvolvidos nesse trabalho sete capítulos compondo a fundamentação teórica e três capítulos compondo o desenvolvimento projetual. O primeiro capítulo deste estudo trata sobre o Design e nele são apresentados o seu conceito, as suas ferramentas e as suas segmentações.

Por sua vez, o segundo capítulo trata sobre o Design de Embalagem, apresentando sua evolução ao longo do tempo, e o seu desafio atual perante o consumidor quando em exposição numa prateleira de supermercado.

O capítulo seguinte refere-se sobre o Desenvolvimento de um Embalagem, onde é apresentado todos os aspectos necessários para que haja a sua construção. Em seguida, no quarto capítulo, mostram-se as Embalagens Promocionais como sendo um meio de diferenciação entre as demais, além dessa importância neste capítulo também verifica-se dicas de como obter tal diferenciação.

No quinto capítulo, verifica-se a importância da xilogravura para cultura de Bezerros e, desse modo, este capítulo deixa evidente o seu significado à identidade regional da cidade em que a Fábrica de Doces Jussára, o objeto de estudo deste trabalho, está situado. Além disso, neste capítulo também são apresentadas algumas embalagens que utilizam a xilogravura como representante de pertencimento de lugar.

A seguir, no sexto capítulo, fala-se sobre os Doces, da sua origem no território brasileiro até a sua comercialização nos dias atuais. E no sétimo e último capítulo da fundamentação teórica é apresentado o objeto de estudo: Os Doces Jussára, onde é apresentada a sua história, a sua variedade de produtos oferecidos e a sua forma de exposição nos pontos comerciais.

Logo após, é iniciada a segunda parte deste trabalho, o Desenvolvimento Projetual, onde são analisadas todas informações obtidas e é construído um briefing a partir das necessidades observadas. Em seguida, apresenta-se a fase de Criação das alternativas e o processo de Produção daquelas mais adequadas.

(15)

15

PROBLEMAS

Problema Prático:

A ausência de atrativos que tornem desejável o consumo dos Doces Jussára leva ao prejuízo a própria empresa, pois ao não investir em melhorias que chamem a atenção, a embalagem não conseguirá “vender-se sozinha”; além de incentivar o consumidor a desvalorizar a região, levando-o a acreditar na falsa ideia de que levando-os prlevando-odutlevando-os prlevando-oduzidlevando-os lá sãlevando-o de baixa qualidade.

Problema de Pesquisa:

Tanto a pouca diferenciação nas embalagens dos Doces Jussára das demais do mesmo segmento; quanto, a falta de qualidade na impressão referente à composição visual dos rótulos dificulta a aquisição do produto, uma vez que confunde o consumidor no ato da compra, e comprometem a qualidade do produto pela maneira como é apresentado. Tal situação tem como consequência a rejeição pela população local dos produtos ali produzidos, sendo eles industriais ou da produção cultural.

OBJETIVOS

1. OBJETIVO GERAL:

Busca-se desenvolver um sistema de embalagem promocional que valorize a marca e o seu conteúdo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Com este fim será necessário:

 Identificar os problemas das embalagens dos Doces Jussára quanto aos seus aspectos estéticos e práticos;

 Definir os conceitos necessários ao desenvolvimento da nova forma de apresentação dos Doces Jussára, acompanhada de aspectos simbólicos.

 Criar uma composição visual adequada contendo os elementos significativos, apropriada ao formato da embalagem e harmoniosa com as demais informações compositivas da embalagem.

(16)

16

PERGUNTAS

Ao visualizar um mercado com poucas variações de embalagens de doces desse segmento, como será possível criar um sistema de embalagem que faça a marca sobressair-se das suas concorrentes e ao mesmo tempo não a faça perder suas características? Como criar uma embalagem nova, diferenciada das demais, sem que haja o desagrado de que ela seja percebida como envoltório de qualquer outra categoria de produto. Quais aspectos devem ser configurados para o desenvolvimento deste sistema de embalagem?

METODOLOGIA

O resultado dessa pesquisa será um protótipo, sendo desse modo, caracterizada também como uma pesquisa projetual.

Na construção dessa embalagem promocional será utilizado como método de abordagem o método dedutivo, pois, tal método trabalha uma teoria geral, a qual será aplicada a um caso específico. Desse modo, observando teorias a respeito da embalagem, da promoção da cultura e do comportamento do consumidor pode-se chegar a conclusões verdadeiras sobre a produção dessa embalagem dos Doces Jussára, considerando tanto aspectos estéticos quanto as características simbólicas.

Como método de procedimentos será utilizado o método estruturalista. Método que corresponde investigação do concreto, isto é, investigação dos elementos que rodeiam o estudo em questão, tais como: design de embalagem, mercado consumidor e tradição; elevando-os a um nível ideal, com o objetivo de construir um modelo, em que essas partes se relacionam. Conforme Lakatos (2010), com esse método não se analisa mais os elementos isoladamente, mas relações que entre eles ocorrem, pois o verdadeiro sentido resulta do relacionamento entre eles.

No estudo de levantamento haverá uma pesquisa bibliográfica objetivando a colheita de informações, a respeito das teorias referentes à importância dos doces, à maneira de como são apresentados nos dias atuais, além de serem levantados assuntos a respeito da relevância da embalagem e do seu desenvolvimento. Também será estudado o comportamento do consumidor e o papel do design nesse contexto. Ocorrerão interrogações diretas a indivíduo(s) representativo(s) ligado(s) a empresa, a cultura e ao processo de produção; havendo uma entrevista despadronizada, em que as perguntas serão abertas e adaptáveis conforme a situação. Além disso, haverá a realização de visitas em supermercados, a fim de fotografar a embalagem em seu ‘habitat natural’. Portanto, serão utilizadas máquina fotográfica e um bloco de anotações como ferramentas de registros.

(17)

17 Ao cabo dessa pesquisa, provavelmente entender-se-á qual a influência que a embalagem promocional dos Doces Jussára, composta das funções prática, estética e simbólica.

MÉTODO DE PROJETO

Como processo de solução de problemas será utilizado o método utilizado por Löbach (2001), o qual é definido por fases. A primeira delas é nomeada como fase de preparação, onde é compreendido o conhecimento do problema e a reunião e análise das informações. Conforme o autor, nessa fase poderá ser apresentado análises do mercado, da função prática, da estrutura de configuração, da função estética, dos materiais e processos de fabricação. Nesse processo também são conhecidas às exigências para com o novo produto. Após esse processo, a partir dos conceitos adquiridos, serão criadas as alternativas de soluções da embalagem promocional na fase de geração, onde serão exibidos os esboços das ideias. Em seguida, a terceira fase consistirá na avaliação das alternativas, as quais serão julgadas conforme os conceitos antes estabelecidos. E, por fim é desenvolvida a alternativa mais adequada onde haverá o desenvolvimento do modelo, o desenho técnico e de representação, além da documentação do projeto, isto é, um relatório.

Tal método apresentado por Löbach, muito se assemelha com o método apresentado por Carvalho (2008), que diz em seu Guia de Orientação para o Desenvolvimento de Embalagens que para ocorre a produção são necessárias cinco fases, que são as seguintes: encomenda, levantamento, análise, criação e executiva. Na primeira a fase, a ‘encomenda’ leva a definição dos problemas, ao mesmo que se reúnem os objetivos que se pretendem alcançar, e se conhecem os requisitos. Em seguida no ‘levantamento’ ocorrerá obtenção de informações através de uma fundamentação teórica e do estudo de campo. Na terceira fase, a fase da ‘análise’, os dados antes adquiridos serão analisados e correlacionados, a fim de determinar as estratégias do projeto. Na quarta etapa, a fase de criação, ocorre a geração de alternativas onde são desenvolvidos os esboços e selecionadas as ideias, as quais evoluem, amadurecem, até chegarem ao desenho definitivo. Na quinta e última fase, a etapa ‘executiva’, a ideia definida segue para a produção e, então são visualizados os seguintes itens: o desenho técnico, a arte final, as provas de impressão, a impressão e os acabamentos. Além disso, Carvalho ainda sugere a apresentação de uma alternativa prototipada e testada.

Dessa forma, os dois métodos, seguem uma lógica semelhante, propondo a coleta de dados, análise de dados, a formulação de estratégias, processo criativo e a produção.

(18)

18

Fundamentação

(19)

19

1. DESIGN

MAS, O QUE É DESIGN?

“Não sabemos ainda muito bem o que é design, para que serve e o que fazem os designers”, é o que diz Marx (1998) apud Rubim (2004 p. 82), que ainda completa dizendo que estamos introduzidos em um ambiente dominado pelo design e, que a nossa relação com ele é equiparada a de uma criança que respira o ar em sua volta, sem a consciência da sua natural dependência.

Conforme o ADG Brasil (2002), todo designer já teve dificuldade para tentar explicar em que consiste a sua profissão: “desenho marcas, desenvolvo embalagens, crio cartazes.”. Contudo, o seu trabalho é muito mais amplo.

Segundo Marx, raramente ocorre, na mente humana, a preocupação com a origem das coisas; “[...] é raro alguém se preocupar com que veio antes da cadeira pronta, do tecido estampado de seu vestuário, do automóvel que dirige. É como se fôssemos à loja e lá nascessem os objetos. [...] É assim, está tudo pronto pra gente consumir, pois consumir faz parte da nossa vida.”. (MARX (1998) apud RUBIM (2004 p. 83)).

Os objetos que compõem a rotina de cada indivíduo têm uma origem e um processo de desenvolvimento; uns são mais bem planejados do que outros. Aqueles produtos concebidos e elaborados pelos designers têm maiores probabilidades de fazerem parte do grupo daqueles bem planejados; pois tal afirmação pode ser entendida ao ser visualizada a designação do profissional afirmada por Marx, a seguir:

“Designer é o que estudou um tanto de arte, outra de assuntos técnicos, mais outro tanto de comunicação, filosofia, marketing, e que tem como principais metas de vida, de um lado, se expressar de uma maneira estética e criativa, dentro de parâmetros e limites reais e, do outro lado, atender ao ser humano, que é o consumidor desse resultado. O designer é o ‘solucionador’ de problemas e produz motivado pelo desafio de alcançar e oferecer a solução mais adequada e interessante ao seu cliente e para a sociedade em geral.” (MARX (1998) apud RUBIM (2004, p. 85)).

O fruto do trabalho desempenhado pelo designer é, segundo Löbach (2001, p. 129) explica, conforme a norma brasileira, o desenho industrial, ou simplesmente o design; ou seja, o artefato produzido pelo designer, como sendo “a forma plástica ornamental de um objeto ou um conjunto

Paradoxalmente, somos um povo sensível às cores, à música, à comunicação – das bases às elites -, alcançamos maestria na música

popular, no artesanato, no carnaval. Mas vivemos mergulhados na escuridão de todo

o processo inteligente e sensível que existe embutido em qualquer

manifestação de design. (MARX (1998) apud RUBIM (2004, p. 83)).

(20)

20 de linhas e cores que passa a ser aplicável a um produto, proporcionando um visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial”. (Lei 9.276/96, Art. 95ª).

Segundo a ADG Brasil (2002, p. 27), das pranchetas ou computadores do designer podem surgir pequenos rótulos, embalagens ou cardápios, por exemplo; os quais são resultantes de um vasto campo de combinações realizadas entre os elementos básicos, enumerados por Dondis (2007, p. 51): “o ponto, a linha, o plano, a forma, a direção, a textura, a cor, dentre outros”. Segundo o mesmo autor, tais ferramentas constituem a matéria-prima de toda informação visual.

Conforme Lupton (2008, p. 15), “o ponto, a linha e o plano constituem os alicerces do design e, é partir desses elementos que os designers criam: imagens, ícones, texturas, padrões, diagramas, animações e sistemas tipográficos.”. Ela ainda define o ponto como uma posição no espaço, sem massa alguma, que pode representar algo insignificante ou uma ideia que concentra em si certa atenção.

Uma série infinita de pontos forma uma linha, segundo a referida autora, que ainda afirma que a linha pode tomar determinadas variações, tais como: retas ou curvas, contínuas ou tracejadas e, pouco ou muito espessas. Ao atingir certa espessura, a linha pode torna-se um plano, ainda diz Lupton (2008).

E para a mesma autora os planos são superfícies que se estendem em largura e altura e, que uma vez limitada, geram as formas. Segundo Dondis (2007), todas as infinitas variações de formas físicas ou imaginárias derivam das três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero e, a cada forma pode ser atribuído certa quantidade de significados, desse modo, o autor afirma que o quadrado pode associar-se ao enfado, a retidão e ao esmero; já o círculo, por sua vez pode representar infinitude, calidez e proteção; e o triângulo representa a ação, movimento.

Cada forma possui uma direção específica e ainda, segundo Dondis (2007), a característica de cada direção é associada a uma sensação. Assim, a direção perpendicular associa-se a sensação de estabilidade, a qual se refere à forma quadrada. Por sua vez, a sensação de repetição é enfatizada pelo aspecto direcional denominado curva, o qual é logicamente ligado à forma circular. E por fim, a direção diagonal é relacionada ao triângulo e representa uma força instável e por isso mais provocadora visualmente.

Conforme Dondis (2007, p. 23) a textura reflete o caráter superficial do produto, podendo ser tátil ou visual. Lupton (2008, p. 53) afirma que “a textura acrescenta detalhes a uma imagem, proporcionando mais qualidade à superfície como um todo e recompensando o olhar daquele que

(21)

21 a observa, [...] o designer usa texturas para estabelecer uma atmosfera, reforçar um ponto de vista ou expressar uma sensação.”. Ainda segundo ela, as texturas que podem ser geradas à mão, pela câmera ou pelo computador; e ainda mais, podem ser abstratas ou concretas; têm o poder genuíno, visceral e absolutamente sedutor de nos atrair e nos capturar.

A cor é o elemento visual com maior expressividade, podendo descrever uma realidade ou codificar uma emoção e, servindo para destacar ou camuflar determinado elemento, segundo Lupton (200, p. 71). Já Samara (2010, p. 79) ainda descreve que “ainda que cada cliente e projeto sejam diferentes, a linguagem cromática de muitos setores de negócios é frequentemente respeitada numa convenção relacionada aos efeitos psicológicos de cada cor”. Ela ainda diz que além desse fator, as expectativas do consumidor são também determinantes nas decisões que se referem ao uso da cor nos projetos desenvolvidos pelo designer.

Segundo Dondis (2007), objetivo ao qual se orienta o projeta serve como critério para determinar a disposição dos elementos acima citados no projeto; além disso, a partir da variação desses elementos, relacionados interativamente, há uma manifestação visual oferecida pelo designer, isto é, a criação de um design, de uma composição e, assim ocorre à existência de um significado. Ele ainda diz que esse significado depende da reposta do espectador, o qual o vai interpretar através da sua rede de critérios subjetivos. A respeito disso, o mesmo autor fala que nos meios de impressão em massa – tipo uma embalagem –, a relação existente entre a forma e o significado é de extrema importância; uma vez que as

combinações verbais e visuais definem uma tentativa de transmissão informacional.

Conforme o ADG Brasil (2002, p. 20) o termo “design” veio nascer, por volta do século XVIII, durante a Revolução Industrial e, foi ganhando o significado atual a partir da Segunda Guerra Mundial e, os seus fundamentos são existentes desde a Idade Média, onde havia a necessidade de produção de objetos que facilitassem a comunicação interpessoal. Colocando o design no topo de uma hierarquia é possível perceber que dele partem várias subdivisões, as quais podem ser nomeadas como: “especializações”, nas quais o profissional pode atuar; assim

como o design de moda, o design de produto, o design de interiores, etc. dentre esse leque de

O artista gráfico inglês Ken Garland, publicou um manifesto em meados de 1960, período em que havia a formação do design gráfico como profissão e, nessa situação, ele já levantava questões relacionadas ao estabelecimento do design como tipo de

comunicação com objetivos próprios, diferenciando-o da publicidade, cujas metas

são a venda e a promoção de bens, sem propiciar formas mais úteis e efetivas de comunicação, com benefícios concretos

para a comunidade. ADG BRASIL (2002,p.22)

(22)

22 vertentes encontra-se o design gráfico, o qual, segundo o ADG Brasil (2002, p.27) “é uma profissão cada vez mais complexa e sofisticada, a qual se relaciona com a estratégia de construção da imagem de uma empresa.” Além disso, ele também diz que o “designer gráfico” é um termo relativamente novo para designar um profissional. Conforme o mesmo livro, a este profissional era atribuído à nomeação: artista gráfico, “até alguém dizer que o trabalho de criar logotipos, cartazes, folhetos, embalagens, livros é design; e que design não é arte; daí, então: designer gráfico.”.

Ao continuar com as divisões, pode-se, desta vez, colocar o design gráfico no topo da hierarquia e, então, ainda segundo a ADG Brasil (2004), subdividi-lo em diversas áreas tais como: design editorial, sinalização, design de superfície, design de embalagem, etc. Este último é denominado pelo mesmo livro como sendo uma “peça-chave em um mercado competitivo, o qual considera as teorias relacionadas ao processo de desenvolvimento na hora de ‘vestir o produto’, isto é, de definir quais os elementos vão compor a aparência do projeto, com o objetivo de destacá-lo dos concorrentes.” (p 27). Além disso, ele ainda relata que o designer de embalagem está intimamente ligado ao design promocional, o qual é responsável pela criação de brindes de fim de ano, displays de ponto de vendas, dentre outros artefatos.

À medida que o tempo passa, o design vai se tornando cada vez mais compreensível e, assim, as empresas vão percebendo que a imagem do design é um diferencial competitivo, conforme o ADG Brasil (2002, p.37), a qual ainda afirma que “esse diferencial alavanca vendas, gera credibilidade e agrega valor aos produtos.”. Além disso, o mesmo livro conta que, nas empresas, o designer gráfico passou a trabalhar com os especialistas em marketing, em vendas e em pesquisa, os quais fornecem dados preciosos para balizar o projeto gráfico, tais como: embalagens, gôndolas especiais, peças promocionais, etc. Segundo Löbach (2001, p. 12) o olhar da empresa enxerga no design “o emprego econômico de meios estéticos no desenvolvimento de produtos, de modo a atrair a atenção dos compradores.”.

Ao perceber nesse conceito os termos: “econômico” e “estético”, pode-se então caracterizar como ‘funcionalidade’ o estilo visual que mais tem a ver com as necessidades contemporâneas do campo do design gráfico, o qual é classificado por Dondis (2007, p. 178) como uma “metodologia estritamente ligada à regra de utilidade e considerações de ordem econômica; sem, portanto, abandonar a busca da beleza em qualquer obra visual.”. O mesmo autor ainda sugere técnicas visuais próprias da funcionalidade, as quais servem como meios de expressão visual do conteúdo, tais como: simplicidade, simetria, previsibilidade, estabilidade, sequencialidade, unidade, repetição, economia, planura, regularidade, agudeza, mono cromatismo e mecanicidade. Desse modo, Dondis (2007) ainda afirma que a interação existente entre o efeito visual e a percepção humana é entendida através das leis da Gestalt.

(23)

23 Segundo Gomes Filho (2004, p. 19) o que acontece aos olhos não é exatamente igual àquilo que é interpretado pelo cérebro, uma vez que a visão capta fragmentos e o cérebro associa as várias sensações em uma sensação unificada, global. Essa sensação unificada é assim percebida por meio de uma organização processada pelo cérebro, como afirma Gomes Filho a seguir: “A hipótese da Gestalt, [...], é atribuir ao sistema nervoso central um dinamismo auto-regulador, que a procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados.”. (GOMES FILHO, 2004, p. 19).

As Leis da Gestalt, diz o mesmo autor afirma que, permitem e favorecem as articulações relacionadas às análises e interpretações da forma do objeto. Dentre essas normas que as constituem, pode-se citar: a Lei da Segregação, a qual consiste na “capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades de certa composição composta por desigualdades de estímulos, isto é: contraste.” (p. 30). Apoiados nessa lei pode-se perceber, por exemplo, com maior grau de facilidade as diferentes

informações contidas numa embalagem. Conforme Lupton (2007), para que isso ocorra é necessário organizar as informações hierarquicamente, ou seja, estabelecer uma ordem de importância dentro da manifestação visual. Conforme a mesma autora, a ausência de hierarquia, isto é, a falta de segregação em uma comunicação gráfica que dificulta o entendimento da mensagem, “qualquer que seja a abordagem, a hierarquia emprega marcas claras de separação para sinalizar a mudança de um nível para outro.”

(LUPTON 2007, p. 117). A figura ao lado representa uma maneira diferente de hierarquizar informações, nela a informação principal é transmitida através de um imagem e, aquelas que seriam apresentadas em segundo plano, são colocadas na parte frontal da embalagem. Quanto às embalagens, a mesma autora ainda diz que existe o desafio de manter a legibilidade na extensão e ao redor dos planos, havendo ou não sombra.

O conceito oposto ao princípio de segregação, a unificação, também é importante para a construção de um projeto gráfico, uma vez que os elementos constituintes do artefato necessitam manter o mesmo diálogo, conforme Gomes Filho. Segundo ele, essa técnica é descrita como a

Figura 1- (LUPTON, 2007, p. 122). Essa linha de embalagens foge da lógica habitual de destaque, colocando os dados nutricionais na frente e no centro. E ao invés de palavras, o designer utilizou imagem para promover o seu conteúdo.

(24)

24 igualdade ou semelhança dos estímulos visuais que compõem a peça gráfica; a essa lei são atreladas características como: harmonia, equilíbrio, ordenação e coerência de linguagem ou estilo (p. 31). Ainda levando-se em consideração a construção de uma embalagem é interessante compreender que esses adjetivos não devem apenas constituir uma de suas faces, mas sim a aparência deve continuar harmoniosamente equilibrada, ordenada e coerente em toda a sua composição. Sendo assim, a boa continuidade também é uma das Leis da Gestalt conforme Gomes Filho, o qual a conceitua como uma “organização perceptiva, sem quebras ou interrupções em uma fluidez visual” (p. 33). E por fim a Lei da Semelhança é uma das muitas outras leis que também são apontadas pelo mesmo autor, ela consiste na ideia de construir unidades através das igualdades, isto é “estabelecer agrupamentos por semelhança” (p.35). Desse modo, pensando de maneira prática, é possível concluir que as embalagens de produtos de uma mesma categoria de uma determinada empresa devem, então, conter um sentido de harmonia, ordem e equilíbrio visual para serem, assim, identificadas como unidades de um grupo.

Todas as técnicas e leis aqui apresentadas são ferramentas que servem para definir uma composição visual com uma boa relação figura/fundo, pois segundo Lupton (2007, p. 85) “o equilíbrio entre essas duas partes proporcionam energia e ordem à forma e ao espaço.”.

Contudo, na elaboração de um projeto de nada adianta ter domínio de toda atividade técnica ou o manejo dos programas gráficos se não houver ideias, lógica e criatividade, é o que aponta a ADG Brasil quando diz:

“Ser designer atualmente não se resume ao exercício de uma atividade técnica, não se restringe a ter competência em uma linguagem visual predeterminada e aceita; mas sim, sobretudo, em ser capaz de imaginar soluções de forma lógica e criativa, motivadora não por modismo, mas por critérios.”. ADG BRASIL (2002, p. 22).

Ainda segundo a ADG Brasil, a facilidade de acesso à tecnologia contribuiu para atrair indivíduos sem formação suficiente no desenvolvimento de projetos gráficos, mas que supõem dominar programas de edição de imagem e por isso entenderem a tradição, o sentido, os conceitos e os cânones que constituem o design (p.23). Em relação ao aspecto de encarregar qualquer sujeito à elaboração de um determinado produto gráfico, especificamente uma embalagem, Blessa (2010) faz a seguinte afirmação:

“Toda vez que um empresário precisa de uma embalagem para seu produto e não vincula a criação e a adequação deste trabalho à área merchandising (e eu coloco aqui: design, em específico) estará sempre fazendo apenas uma embalagem, deixando de fazer uma embalagem vendedora e atrativa para o consumidor.” (BLESSA, 2010, p. 22).

(25)

25 Então, para desempenhar com equilíbrio e eficácia a sua função, o designer deve estar atento a questões relativas à viabilidade econômica, prática e tecnológica de seu projeto, os quais, segundo Escorel (2004, p. 25) são tão relevantes quanto à linguagem do projeto; e é essa maneira de pensar e agir que diferenciam o designer de embalagem, em particular, de alguém que, assim, pensa ser um. E a ADG Brasil ainda complementa afirmando que o designer deve carregar em si o espírito artístico e interessar-se pela forma e completar suas habilidades natas com ciência e tecnologia, alcançando, assim, um equilíbrio existente entre a intuição e a técnica; pois, como ele mesmo afirma, se o profissional for apenas técnico, vira engenheiro; ao mesmo tempo em que não pode ser só intuitivo, senão torna-se artista. O designer necessita de “ferramentas técnicas, de uma linguagem, de uma tecnologia; além de saber comunicar-se, explicar o conceito para o cliente e justificar determinadas escolhas.” ADG Brasil (2002, p. 20).

(26)

26

2. DESIGN DE EMBALAGEM

CRIATIVIDADE

Além da inovação, os objetos complexos são um modo de manter o interesse dos usuários, Segundo Rocanreli (2010, p. 50), uma maneira que o designer de embalagem tem de inovar é passear pelos corredores dos supermercados, tal ação lhe proporcionará um impulso criativo. Conforme Löbach (2001, p.169), manter o interesse do consumidor é uma questão de instigar a curiosidade dos observadores, é desafiá-la. Segundo o autor a complexidade de um produto é determinada pelo alto grau informacional1 contido em uma composição visual.

“Para que um produto industrial possua certo valor na captação de atenção, deve oferecer uma super oferta de informação (elementos novos). Isto é factível através da complexidade agregada à aparência estética. [...]. Um produto industrial deve manter o interesse durante o maior tempo possível como objeto de percepção estética. Isso se torna possível com objetos de certa complexidade, onde o observador deve escolher as informações a serem percebidas. A estrutura da configuração pode desafiar o usuário a reconhecer constantemente novas relações de ordem, mantendo o interesse sobre o produto.”. LÖBACH (2001, p.174).

Contudo, é necessário haver um equilíbrio quanto à disposição das informações distribuídas no material produzido, pois Blessa (2010, p. 12) afirma que não se deve esquecer que uma boa harmonia na colocação de detalhes é essencial para evitar a fadiga e assim ocorrer uma dispersão de atenção e, consequentemente desinteresse. Por isso, ela ainda sugere que haja nas peças promocionais uma limitação de em média três particularidades motivacionais, uma vez que a vista humana não abrange, nem distingui muitos detalhes ao mesmo tempo.

Outra maneira para fazer um determinado produto sobressair-se dos demais ao seu entorno, é o uso da Engenharia Kansei, a qual é explicada por Sólomon (2008), como a prática filosófica que busca traduzir o sentimento dos clientes em

elementos de design; ou seja, refere-se ao fato de “fazer consciente” aquilo o que se vê. Relacionado a esse fato, Blessa (2010, p. 17), afirma que cada indivíduo baseado em informações armazenadas na sua memória, manipula conceitos e símbolos (abstrações e construções).

A respeito disso Löbach (2001, p. 65), explica que a função simbólica de um objeto é efetiva quando existe a capacidade mental de associar ideias à aparência de um objeto

1 “Informação é a parte da notícia nova para o receptor.”. LÖBACH (2001, p. 173)

“A lei da associação nos diz que, se uma ideia for associada à outra em determinado momento, ao ocorrer recordação de uma, a outra tenderá a ser lembrada também.” BLESSA (2010, p.

(27)

27 percebida sensorialmente. Além disso, ele define a ‘percepção’ como a transformação de uma aparência estética em significado. Nesse processo, a conscientização da imagem projetada é influenciada pela memória, experiência, conceito de valor, normas socioculturais, necessidades, obrigações e as demais condições do momento.

A embalagem promocional intensifica a relação da marca com o consumidor, pois como afirma Camilo (2011), “esses tipos de estratégias são excelentes para reforçar e aumentar a lembrança da marca na memória do consumidor, [...].”. Essa intensificação pode ser garantida por motivos simbólicos, ou seja, pelo significado que à embalagem pode ser atribuído. Cardoso (2012, p. 92) também indica que o uso da memória é uma ótima estratégia quando diz que “os bons designers fazem uso da memória para refinar seus projetos, incutindo-lhes camadas adicionais de significado.”.

Sendo assim Roncarelli (2010), explica que para cativar o consumidor as embalagens devem “criar um drama, contar a história do produto e ajudar o consumidor a antecipar o prazer que ele vai sentir ao saborear o alimento”. Assim como também é dito por Lindstrom (2009), quando afirma com as seguintes palavras: “[...] a estrada para a emoção passa por nossas experiências sensoriais e, a emoção é uma das formas mais poderosas no caminho do que compramos.”.

Sendo criada como um meio de comunicação direta com o consumidor é, portanto, interessante àqueles que produzem a embalagem entender aquilo o que é compreendido pelo receptor. Ou seja, essa descrição é explicada por Blessa (2010, p. 16) quando ela faz a seguinte afirmação: “É do interesse do analista de comportamento do consumidor a verificação de como “o percebido e o comunicado” é processado no plano da memória e em que medida é retido, guardado, enfim, aprendido, e, além disso, em que posição está na mente do consumidor.”. Por esse motivo, a autora ainda completa dizendo: “o marketing não seria na realidade uma batalha de produtos, e sim uma batalha de percepções.”. (BLESSA, 2010, p. 18). As embalagens podem conter diversos significados, e são esses significados que segundo Blessa (2010, p. 18) resultam na imagem do produto/marca. Os valores contidos nas embalagens são expostos na maneira de como elas se apresentam, tais valores podem ser expressos no conjunto das diversas técnicas de

“Ao tomarmos decisões a respeito do que compramos, nosso cérebro evoca e rastreia uma quantidade incrível de lembranças, fatos e emoções; e as compacta em – uma reação rápida –

uma espécie de atalho que permite que você viaje de “A” a “Z” em alguns

segundos e, determine o que você acabou de colocar dentro do carrinho de compras.” SÓLOMON (2008, p.115)

(28)

28 impressão, produção, e na enorme variedade de materiais que nelas podem ser empregados. Sobre isso Knignt (2012), exemplifica descrevendo que do mesmo modo que chás embalados em caixinhas de papelão ou saquinhos de papel exprimem a ideia de informalidade; aqueles envoltos “em uma caixa de metal sugerem um produto mais luxuoso, de qualidade superior.”. Além dos materiais utilizados na embalagem, o autor também considera a impressão como a gravação e a estampagem em baixo-relevo, a qual define o produto como pertencente ao mercado tradicional. O preço, a peça promocional, os ingredientes ou componentes do produto também funcionam como agentes “fundamentais na comunicação do valor do brand2, criando forte apelo junto aos

consumidores.”. A partir dessas ‘pistas’ a qualidade é percebida, conforme o que é dito por Blessa (2010). E ao perceber a qualidade esperada, Sólomon (2008), o consumidor “recompensa com sua lealdade e adesão entusiasmada as empresas que lhe oferecem o que desejam.”.

É importante concluir que não são necessários grandes investimentos que visam, conseqüentemente, enormes modificações na aparência da criação de uma embalagem promocional, pois como Knight (2012) mesmo afirma, “mudanças sutis podem significar grandes alterações no posicionamento do produto, assim como na atração do público.”. Contudo, ao contrário do que é afirmado por Knight, as embalagens comerciais consideradas tradicionais, que possuem uma campanha em andamento, tais como a lata de Leite Moça e o frasco de Pó Royal, segundo Cardoso, (2012, p. 90), têm o desafio de

manterem-se familiar e reconhecível ao público já cativado, ao mesmo tempo em que existe o anseio de torná-la sedutora, a fim, de conquistar novos compradores e afastar os concorrentes. Segundo ele o desafio consiste na máxima modificação da embalagem – adequando-a adequando-a novadequando-as tecnologiadequando-as e madequando-ateriadequando-ais -, madequando-as madequando-antendo constadequando-antes adequando-a identificadequando-ação e adequando-a confiadequando-abilidadequando-ade conquistada durante a história da empresa.

Como visto anteriormente, Cardoso (2012, p.111) também afirma que aparência dos artefatos carrega em si significados, a forma e o significado coexistem em relação fluida, no entanto, ele completa dizendo que uma vez inserido em determinado objeto certo significado, este, passa a ser um instrumento de comunicação, informação. Portanto, ao se comunicar, ou seja, se relacionar com o consumidor, o material fala de si próprio e discursa o motivo pelo qual passou a existir. Com as informações contidas na aparência da embalagem, então, é possível ao designer induzir ao

2 Brand/ Valor da marca: a impressão que o público tem de um serviço ou produto. KNIGHT, C. e. (2012)

“Por meio do design, atribui-se significados aos artefatos, que ficam associados a conceitos abstratos como estilo, status e identidade. Isso em essência é o

que queremos dizer quando falamos em ‘valor agregado’.”.

(29)

29 comprador determinadas ideias, isto é, “para recorrer a uma analogia, é possível programar o objeto”, diz o mesmo autor. Se assim os objetos não forem pensados, Cardoso ainda afirma que o resultado será o soterramento da sociedade pelo lixo por ela produzido, “afinal, lixo nada mais é do que a matéria desprovida de sentido ou propósito.”. (CARDOSO, 2012, p.133).

A RELEVÂNCIA DO DESIGN DE EMBALAGEM

Negrão (2008, p. 15), afirma que “quase 70% dos produtos comercializados são embalados”; assim, o próprio autor ainda diz que a embalagem é fundamental, pois contribui para uma melhor qualidade de

vida da raça humana.

A etimologia da palavra embalagem refere-se ao fato de conter mercadorias ou objetos em cestos, ânforas, pacotes, fardos, caixas, potes, odres, barris, barricas, tonéis, surrões, balaios, baús, garrafas, tambores, bujões, bolsas, sacolas, etc., para protegê-los de riscos ou facilitar seu transporte.

A origem da embalagem está ligada aos primórdios da civilização humana, uma vez que os seres pré-históricos, sendo

nômades, necessitavam armazenar e transportar seus alimentos; porém, conforme Cavalcanti (2006) há quem indique a natureza como a primeira engenhosa das embalagens, ao providenciar a palha para envolver a espiga de milho, a vagem como invólucro dos grãos de feijão e ervilha, dentre outros exemplos.

A embalagem tem sua origem antropológica e sociológica nos primórdios da civilização humana, pois deriva-se da necessidade básica do ser humano de se alimentar e de buscar formas de guardar e conservar seu alimento por mais tempo. [...] como explorador, o homem passa desbravar territórios de adversidade climática onde não bastava mais caçar ou colher para alimentar-se imediatamente, era preciso armazenar e transportar. (NEGRÃO, 2008, p.23) A respeito do Brasil, por volta de 1500, Cavalcanti (2006), conta que sempre se produziu alguma embalagem, tendo princípio desde os cestos, samburás3 e os balaios desenvolvidos pelos

índios e negros e adotados pelos brancos, até a produção de latões que serviam para o transporte

3 Samburá: Cesto de cipó em que os pescadores guardam a isca. (Dicionário Priberam da Língua Português)

“As embalagens eram valorizadas em si como produtos úteis e raros, mesmo

depois de esgotada sua serventia original, [...] guarnecendo dispensas numa

reciclagem muito anterior à inversão dessa palavra.”

(30)

30 de leite, tais acondicionamentos eram vedados com cadeado, para que não houvesse a possibilidade de serem realizadas misturas ao leite transportado.

Como observado, ao passo que sociedade evoluiu gradativamente, novos materiais foram sendo descobertos e a embalagem também foi se adequando ao novo cenário que ela habitava e, consequentemente, houve o aumento na quantidade de produtos a serem embalados. Segundo Cavalcanti (2006, p. 13) “o homem começou a lançar mão das folhas de plantas, do couro, do chifre e da bexiga dos animais, passou para a cerâmica e o vidro, para os tecidos e madeira, chegou ao papel, ao papelão e à folha de flandres, até atingir a atualidade do alumínio e do plástico nas suas várias modalidades.” Então, desse modo, o desenvolvimento social atribuiu maior valor e funções à embalagem, além de torná-las mais resistentes, afim de que elas mantivessem a integridade do produto.

Toga (1985, p. 25), afirma que a Revolução Industrial foi um marco na história da embalagem; antes artesanal, a embalagem adquiriu complexidade, resultante da proteção e cuidado exigidos, uma vez que a circulação das mercadorias tornou-se mais intensa. Mestriner (2007) aponta que “no século XVIII a Revolução Industrial e a grande produção dos bens, acompanhadas do surgimento de uma grande massa de assalariados urbanos, exigiram mais e melhores embalagens.”. O favorecimento da importação e da exportação de produtos deveu-se a abertura dos portos, em 1808, o qual além de modificar a economia, a cultura e a política, também influenciou o destino das embalagens. Como consequência desse fato,

nas escavações próximas às ruínas das casas-grandes, de fazendas de café, umas das ferramentas utilizadas para a investigação da história da embalagem nacional, são encontradas cacos de garrafas produzidas na Inglaterra e na França.

Apesar da expansão industrial oriunda dos acontecimentos vigentes da época, nas primeiras décadas do século XX a produção brasileira não possuía muita sofisticação. Segundo Negrão (2008), o transporte dos produtos era feito através de barris, e nos pequenos estabelecimentos onde eram comercializados, tais produtos eram pesados nas quantidades solicitadas e levados para casa em acondicionamentos como: sacos ou estopas de papel,

potes ou garrafas de vidro, latas ou barris de madeira. Durante esse período marcas de ferro eram

Figura 2 - (Cavalcanti, 2006, p. 24). Marcas de Ferro utilizadas para gravar a fogo as caixas de madeira que transportavam açúcar para a Europa. (Cavalcanti, 2006, p. 24).

(31)

31 utilizadas para identificar o proprietário de origem, como podem ser visualizadas na figura 2, começando assim a disputa denominada: concorrência.

Ganhando cada vez mais importância, a embalagem crescia surpreendentemente, e conforme Mestriner (2007) a tecnologia da impressão em cores, a máquina de fabricar papel e os equipamentos de produção e de envase fizeram surgir a primeira função mercadológica da embalagem: tornar os produtos mais atrativos, aumentando assim a sua venda. Isso se deu pelo fato de terem imputado nelas beleza com rótulos coloridos e imagens atraentes.

Além de espaço para homenagear e protestar, como visto na figura ao lado, os rótulos indicavam e ainda indicam as características de um produto. Segundo Coutinho (2011), além de revelarem o comportamento dos negócios; a tipografia, o letreiramento, os elementos decorativos e as imagens refletiam o sistema comunicacional e as práticas de consumo existentes da sociedade na qual o produto estava inserido.

Na primeira metade do século XX a aparência da embalagem referia-se apenas aos aspectos estéticos referidos a movimentos artísticos e o processo de compra e venda era dominado por bazares, empórios, armarinhos e quitandas; contudo, no

Brasil, explica Negrão (2008), esse cenário foi consideravelmente alterado, uma vez que foram atribuídos à embalagem novos atributos devido à criação do

sistema do autosserviço, consolidado após a Segunda Guerra Mundial como modelo padrão de estabelecimento comercial. Vindo dos Estados Unidos, Cavalcanti (2006), afirma que o supermercado surgiu em 1930 em um cenário precário devido à crise vivenciada em 1929. No princípio, essa ideia prática de comércio, teve como impulso a necessidade de economizar, eliminando assim os balconistas e os vendedores. Ao chegar à década de 50, os supermercados trouxeram consigo ao Brasil uma nova função a embalagem, a qual tornou-se um elemento indutor de vendas.

O Brasil dos anos 1950 guarda um sabor de transição do antigo para o novo. Saímos do

Brasil de Getúlio para o de Juscelino, do Brasil da roça para o das cidades. [...] Tudo mudava, inclusive o comércio brasileiro. (CAVALCANTI, 2006)

Figura 3 - (Gráfica, 2003, p. 35). Rótulos com espaço até para homenagear o Visconde Figueiredo e protestar contra o Imperador: “Indenização ou República”.

(32)

32

O supermercado promoveu a maior das revoluções vividas pela embalagem, uma vez que introduziu transformações que alteraram completamente o antigo comércio varejista, aqueles dos antigos armazéns, onde a compra era mediada pelo balconista que se encarregava de “pegar” o produto, explicar ao consumidor suas características e seu modo de usar. (MESTRINER, 2007, p. 04)

Nesse momento tornou-se necessário o desenvolvimento e a aplicação de novas técnicas de transmissão de ideias e conceitos na embalagem; fazendo existir, desse modo, o efeito de persuadir o consumidor sem a presença direta do vendedor. Assim, além de transportar e proteger, à embalagem também foi imposto às funções de informar, identificar e promover produtos e marcas, fato que desencadeou uma verdadeira revolução no design e na comunicação nela aplicados. No Brasil, o conceito de autoatendimento foi instaurado em 1953 e, segundo Negrão (2008) em uma década após já havia cerca de 1000 ambientes varejistas no país.

Para acompanhar as exigências dos novos tempos, a tecnologia de inovação e impressão gráfica teve que se modernizar muito rapidamente. Café torrado e moído, massas, bolachas e biscoitos

ganharam embalagens em papéis mais resistentes e vistosos, que prolongaram a vida dos produtos. (GRÁFICA, 2003, p. 139)

Contudo, pouco se sabia a respeito do impacto das embalagens, afirma Blessa (2010, p. 160) ao contar que “até os produtos consumidos por impulso, como chocolates, vinham embalados em caixas produzidas pelas próprias lojas.”.

Evoluindo gradativamente, as embalagens deixaram de ser apenas o “invólucro protetor” e “facilitador de distribuição”; mas, conforme Pires (2006), conjuntamente a essas

funções foram acrescidas outras, as quais exigiram atenção e cuidados referentes à organização dos elementos que a constituem. As embalagens estabeleceram uma intensa relação com a indústria de produção, oferecendo aos designers um amplo horizonte de especialidades referentes à tecnologia de materiais, envase, impressão, rotulagem e decoração. Desse modo, as exigências do supermercado contribuíram para a consolidação do conceito de embalagem que hoje existe. Abaixo é possível perceber inúmeras embalagens organizadas lado a lado como nas prateleiras de um supermercado:

“O design é uma disciplina do desenho que se caracteriza fundamentalmente por sua interface com a reprodução industrial do que foi desenhado.

Essa relação com a indústria é muito intensa no que se refere à

embalagem, [...]” (MESTRINER, 2005)

(33)

33 O papel do designer na produção da embalagem envolve decisões quanto à seleção de materiais, da forma e das cores constituintes da linguagem visual do produto, característica comunicada por via da embalagem. Através de um único projeto, conforme Pires (2006), este profissional pode contribuir para saúde financeira de uma empresa; pois, assim como afirma Negrão (2008), é através do desenvolvimento gráfico de uma embalagem que é transmitida a imagem da empresa, seus valores, suas crenças, sua qualidade ou ainda, torna-se possível identificar seu público-alvo.

Não se trata apenas de um trabalho de criação artística, mas a imagem final de tudo o que foi realizado até aquele momento, e vínculo definitivo do produto da cadeia produtiva com o consumidor final, pois a embalagem carrega também a imagem das empresas que a produziram e a marca de seus fabricantes. (MESTRINER, 2002, p. 4)

Ainda segundo Mestriner (2005), uma pesquisa foi realizada em 2002, com o Research International, pelo Comitê de Estudo Estratégico da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) chegando à conclusão que do ponto de vista do consumidor, os dois sujeitos: Embalagem X Produto forma uma única entidade. Além disso, nessa pesquisa também foi constatado que a embalagem carrega em si aspectos racionais, emocionais e simbólicos e por esse motivo, ela é quem atribui vida ao produto que nela contém. Além do mais, também foi verificado que no ato da compra do produto ao qual o consumidor concede grande importância, há a predominância de atributos emocionais; sendo assim, uma vez atribuído aspecto emocional ao produto, o “valor” exposto é superior ao preço cobrado por ele.

Desse modo, como é afirmada por Pires (2006), a embalagem não compreende apenas a função discriminatória por sua forma, cor e texto; ela é também um meio publicitário, o qual tem a capacidade de transmitir a qualidade do seu conteúdo. Sendo esse instrumento que tem por meta satisfazer dois universos distintos: empresa X consumidor, a embalagem recebe a seguinte definição:

Um sistema cuja função é técnica e comercial e tem como objetivo acondicionar, proteger (desde o processo de produção até o consumo), informar, identificar,

Figura 4 - (Cavalcanti (2006), p. 140.) Embalagens confirmando as suas modificações mediante a exigência do mercado.

Referências

Documentos relacionados

Varr edura TCP Window ( cont inuação) ACK- win manipulado Não Responde ACK- win manipulado ICMP Tipo 3 Firewall Negando Firewall Rejeitando Scanner de Porta... Var r edur a FI N/

Os motins na América Portuguesa tanto quanto na Espanhola derivam do colapso das formas acomodativas - como será melhor explicado à frente -, ou melhor dizendo, do rompimento

a) Na medida em que as crianças amadurecem, começam a entender certos limites. b) O ministro disse que as taxas de juros vão baixar à medida que os preços também caírem. c) Os

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

Mova a alavanca de acionamento para frente para elevação e depois para traz para descida do garfo certificando se o mesmo encontrasse normal.. Depois desta inspeção, se não

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF): procedimentos efetuados sobre a matéria-prima e insumos até a obtenção de um produto final, em qualquer etapa de seu