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Rede Interagencial de Informações para Saúde - RIPSA 21ª OFICINA DE TRABALHO INTERAGENCIAL (OTI)

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21ª OFICINA DE TRABALHO INTERAGENCIAL (OTI)

Data: 27-28 de outubro de 2010

Local: Brasília, Distrito Federal. Auditório da Representação da OPAS/OMS.

RELATÓRIO

I DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS ... 3

II ABERTURA DO EVENTO ... 3

III INFORME DA SECRETARIA TÉCNICA ... 4

1. Principais realizações... 4

2. RIPSA em perspectiva ... 5

3. Discussão plenária ... 6

IV LANÇAMENTO DO IDB-2009... 6

4. Matriz e base de dados do IDB ... 7

5. Folheto do IDB ... 7

6. Portal da BVS-RIPSA... 8

V PAINEL 1: INFORME DE SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS ... 9

7. Escopo do Informe ... 9

8. Complementações dos coordenadores dos capítulos ... 10

9. Discussão plenária ... 11

VI PAINEL 2 – NOVOS INDICADORES ... 11

10. Indicadores demográficos ... 12 11. Indicadores socioeconômicos ... 13 12. Indicadores de mortalidade ... 13 13. Indicadores de morbidade ... 14 14. Indicadores de recursos ... 15 15. Indicadores de cobertura ... 16

16. Indicadores de fatores de risco e proteção ... 16

17. Outras considerações ... 17

18. Discussão plenária ... 17

VII PAINEL 3 – CONTEÚDOS TEMÁTICOS ... 18

19. Indicadores do Pacto pela Saúde ... 18

20. Plataforma de Indicadores ... 20

21. Qualidade de sistemas de informação ... 22

22. Discussão plenária ... 23

VIII PAINEL 4 – RIPSA NO ESTADO ... 24

23. Comitê Temático Interdisciplinar (CTI-EST) ... 24

24. Experiências estaduais ... 26

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IX RECOMENDAÇÕES GERAIS E PROPOSTAS PARA O POP-2011 ... 31

26. Funcionamento da Secretaria Técnica ... 31

27. Atuação dos CGI ... 32

28. Produção do IDB ... 32

29. Produção de análises para subsidiar o SUS ... 33

30. Padrões de representação da informação em saúde ... 33

31. Iniciativa “RIPSA no Estado” ... 34

32. BVS-RIPSA ... 34

33. Próxima OTI ... 34

X PROPOSTAS E COMUNICADOS INSTITUCIONAIS ... 34

34. CONASEMS ... 34

35. ENSP/ FIOCRUZ ... 36

36. ICICT/ FIOCRUZ ... 36

37. Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) ... 36

38. GV-Saúde / EAESP/ Fundação Getúlio Vargas - SP ... 36

XI ANEXOS ... 37

39. Programação do evento ... 37

40. Relação de participantes ... 37

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I DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS

A 21ª reunião da Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da RIPSA se realizou conforme agenda proposta pela Secretaria Técnica (Anexo 1). Tiveram destaque alguns temas do Planejamento Operacional de Produtos (POP) da Rede, entre os quais o lançamento da edição 2009 do IDB. Resultaram recomendações para a continuidade dos trabalhos da RIPSA, que deverão ser consideradas pela nova gestão do Ministério da Saúde em 2011. A OTI foi precedida de uma reunião do Comitê Temático Interdisciplinar (CTI) “RIPSA no Estado”, no dia 26, que atualizou informações para serem apresentadas à OTI.

Conforme os procedimentos regulares, a reunião se realizou nas dependências da Representação da OPAS/OMS no Brasil, com apoio técnico-administrativo da Unidade Técnica de Informação em Saúde, Gestão do Conhecimento e Comunicação. Estiveram representadas 26 instituições afiliadas à RIPSA, com participação de 74 profissionais, entre membros institucionais, convidados e ouvintes (Anexo 2).

As apresentações e debates durante os dois dias do evento foram gravados em áudio e vídeo, para consulta dos interessados. No Espaço Colaborativo da BVS-RIPSA foram postadas as apresentações e documentos de trabalho utilizados na reunião, além de notícias sobre o evento e informações sobre a reunião preliminar do CTI “RIPSA no Estado”.

A Rede Interagencial de Informações Para Saúde (RIPSA) tem suas diretrizes atuais fixadas na Portaria 495/2006 do Ministro da Saúde e no Plano de Trabalho que integra o 5º Termo de Ajuste ao Termo de Cooperação nº 14, firmado em junho de 2006 entre o Ministério e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

II ABERTURA DO EVENTO

João Risi apresentou as boas vindas da OPAS aos participantes, em nome do Representante Engº Diego Victoria, que se encontrava em reunião interna com o grupo de gestão da Representação, e de José Moya, que fora enviado ao Haiti em caráter de urgência, integrando equipe internacional de apoio ao controle da epidemia de cólera.

Luis Gustavo Loyola manifestou satisfação em participar regularmente das reuniões da Secretaria Técnica da RIPSA e acompanhar a evolução dos produtos da Rede, pela atuação de pessoas muito dedicadas ao processo. Destacou também o seu empenho em que o DATASUS contribua cada vez mais para o desenvolvimento da RIPSA.

Em nome da Secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, Luiz Fernando Beskow destacou a importância da cooperação da OPAS na atual gestão do Ministério da Saúde e o interesse na continuidade dos trabalhos da RIPSA. Para isso estão assegurados recursos para os próximos anos no âmbito do TC-50, que consolidará toda a cooperação da OPAS com a Secretaria Executiva do Ministério.

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III INFORME DA SECRETARIA TÉCNICA

Luis Gustavo Loyola apresentou um relato das atividades da RIPSA desde a OTI passada, fornecido aos participantes também em forma impressa, para subsidiar recomendações sobre a continuidade dos trabalhos. O Informe da Secretaria Técnica tem como referência o relatório da 20ª OTI, em 24-25 de março, e os relatórios das reuniões mensais da Secretaria Técnica, de abril a outubro. Todos esses documentos estão disponíveis no Espaço Colaborativo (ECO) da BVS-RIPSA. A Secretaria Técnica acompanhou e revisou sistematicamente o Planejamento Operacional de Produtos (POP) da Rede, que está estruturado segundo as atividades e tarefas correspondentes às 7 (sete) metas estabelecidas no Plano de Trabalho que integra o 5º Termo de Ajuste ao Termo de Cooperação nº 14, firmado em 2006, com vigência até 10 de dezembro de 2010.

1. Principais realizações

Todas as atividades e tarefas atinentes à construção do IDB-2009 (Produtos 1-3) foram concluídas, com vários aperfeiçoamentos, para lançamento nesta OTI. Por recomendação da 20ª OTI, foi constituído Comitê Temático Interdisciplinar (CTI) para desenvolver plataforma informática que possibilite a construção compartilhada de indicadores (Produto 4). Todos esses aspectos serão detalhados em apresentações específicas a serem feitas durante o evento.

O CTI “Alimentação e Nutrição” coordenado pela CGPAN/SAS/MS (Produto 5) concluiu os produtos temáticos e recomendou indicadores para o IDB. O CTI “Saúde e Ambiente” coordenado pela DSAST/SVS (Produto 6) adaptou à metodologia RIPSA o subconjunto de indicadores temáticos para o folheto da SVS/MS “Indicadores de saúde ambiental 2009”. Na perspectiva de construir uma base de indicadores sobre “Saúde do Idoso” (Produto 7), a SVS/MS e o seu centro de referência na UFMG reativarão o CTI sobre o tema. Um grupo de trabalho vinculado ao CTI “Informações de base populacional” (Produto 9), coordenado pelo ICICT/Fiocruz, desenvolveu nova metodologia de aplicação em Tabnet que possibilita a tabulação automática de microdados provenientes de pesquisas de base populacional. Com relação a padrões de representação da informação em saúde, o CTI “Metodologia de gestão da qualidade de sistemas de informação de saúde” (Produto 12), coordenado pelo DATASUS, avançou no desenvolvimento de parâmetros para avaliação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Regularizou-se a participação do Ministério da Saúde no processo de elaboração de normas brasileiras de padrões ABNT/ISO (Produto 13), tendo-se apoiado a participação de delegação brasileira em duas reuniões do TC-215 da ISO, no Rio de Janeiro e em Rotherdam, Holanda.

Está sendo ultimado por CTI coordenado pelo DASIS/SVS, o Segundo “Informe de Situação e Tendências (IST)” sobre o tema da “Violência e Saúde” (Produto 14). Com relação à “Sala de situação de saúde” (Produto 15), foi desenvolvida funcionalidade para o módulo “indicadores do Pacto pela Saúde”, mediante interação do DAGD/SE/MS com o DATASUS. Esses produtos foram apresentados em painel específico na OTI.

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Houve progressos importantes no trabalho coordenado pelo CTI “RIPSA no Estado” (Produto 17), apresentados em detalhe à OTI. A coordenação da RIPSA em Mato Grosso do Sul publicou em junho o seu IDB-2009, e estão sendo finalizados os IDB dos Estados da Bahia e Santa Catarina. A metodologia RIPSA tem despertado interesse de outros setores do governo brasileiro e também de outros países (Produto 18). Informações e material técnico foram enviados a Angola e Moçambique. Materiais traduzidos pra o espanhol foram distribuídos às representações da OPAS e à Rede Latino-Americana e Caribe para Fortalecimento dos Sistemas de Informação em Saúde.

O Portal da BVS-RIPSA foi traduzido para inglês e espanhol, favorecendo a cooperação técnica internacional (Produto 19). Realizou-se na BIREME (setembro) treinamento para profissionais estaduais no uso da ferramenta BVS-Site para construção das páginas estaduais da RIPSA (Produto 23). O Espaço Colaborativo (ECO) está sendo continuamente utilizado para inserção de informações e documentos relativos ao trabalho das instâncias técnicas e colegiadas da RIPSA (Produto 21).

A experiência da RIPSA foi divulgada em importantes eventos de saúde (Produto 22): Congresso do CONASEMS em Gramado-RS, Congresso de Planejamento da ABRASCO em Salvador-BA, Encontro da ABEP em Caxambu-MG. Alguns materiais foram produzidos para apoiar essas atividades. A BIREME divulgou matéria sobre a RIPSA na Newsletter da Rede. Será disponibilizado na página do IDB um modelo para realização de enquete visando aferir a utilização do IDB-2009 pelos usuários.

Gustavo Loyola apresentou também uma relação de pendências relativas a tarefas não concluídas em 2010 e que constarão da pauta de propostas para a POP 2011, a ser discutida na plenária final da OTI.

2. RIPSA em perspectiva

Gustavo Loyola concluiu a sua exposição dizendo que, no qüinqüênio 2006-2010, a RIPSA alcançou o seu mais elevado nível de desenvolvimento, com a legitimação do apoio do Ministério da Saúde, traduzido em estabilidade na condução do processo, disponibilidade de recursos e engajamento efetivo de várias áreas técnicas. Consolidou-se o reconhecimento da metodologia RIPSA e de seus produtos, inclusive no âmbito de outras instituições, governamentais e acadêmicas. Também aumentou o interesse internacional em conhecer a experiência.

Foram principais avanços nesse período: (i) aperfeiçoamento qualitativo do IDB – produto finalístico que incorporou novas fontes de informação, recursos metodológicos e análises de consistência dos indicadores; (ii) início da elaboração de Informes de Situação e Tendências, como segundo produto finalístico da Rede; (iii) criação da BVS-RIPSA, que consolidou toda a informação sobre a Rede e os seus produtos, integrando-os em outros ambientes de informação em saúde e abrindo novos espaços para o intercâmbio e a cooperação técnica; (iv) extensão da experiência aos Estados e municípios, passo fundamental para agregar qualidade à produção de dados e promover o uso da informação

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na gestão do setor saúde; e (v) interesse de áreas técnicas em utilizar a metodologia RIPSA para construção de bases de indicadores temáticos.

Um novo ciclo para a RIPSA terá início em 2011, com muitos desafios e algumas incertezas. Além de mudanças na gestão federal e estadual, decorrentes das últimas eleições, serão reajustadas as bases de parceria estratégica com a OPAS, as quais geraram a RIPSA e a mantiveram em evolução por 14 anos. O atual termo de cooperação entre o Ministério da saúde e a OPAS se encerra em 10 de dezembro, esperando-se que os trabalhos tenham continuidade como “Resultado Esperado” do TC-50.

Mudanças ocorridas este ano na forma de contratação de pessoal nacional para o quadro da OPAS suscitam inquietações sobre a continuidade do modelo de gestão compartilhada da Rede (Ministério da Saúde e OPAS) que caracteriza a RIPSA. Tornaram-se vagos na OPAS três postos de trabalho de consultor nacional (inclusive o de responsável pelo TC) que são fundamentais para o funcionamento da Rede.

Do ponto de vista programático, Loyola destacou uma série de questões estratégicas que a OTI deve considerar nas suas recomendações para implementar a RIPSA no próximo período. Elas estão incluídas nos seguintes campos: (i) funcionamento da Secretaria Técnica; (ii) atuação dos CGI; (iii) produção do IDB; (iv) produção de análises para subsidiar o SUS; (v) padrões de representação da informação em saúde; (vi) Iniciativa “RIPSA no Estado”; e (vii) BVS-RIPSA.

3. Discussão plenária

A apresentação do relatório recebeu o comentário geral de que ele expressava a amplitude do trabalho realizado pela RIPSA e a importância dessa iniciativa para a condução estratégica da área de informação em saúde no Brasil.

No entanto, foi amplamente manifestada preocupação quanto à continuidade do apoio da OPAS ao desenvolvimento da RIPSA, considerando que desde julho deste ano está vago o posto de profissional nacional responsável pela RIPSA, além de dois outros de caráter técnico. Isso tem gerado incertezas, entre os representantes institucionais, sobre o interesse da OPAS em manter o protagonismo que sempre desempenhou nessa cooperação.

A ausência de interlocutores da OPAS na abertura da OTI, embora justificada, causou dificuldades aos representantes do Ministério da Saúde para elucidar aspectos da situação atual. Esse debate levou a plenária da OTI a aprovar Moção expressando a importância do papel da OPAS e a necessidade de que o trabalho não sofra descontinuidade (Anexo 3).

IV LANÇAMENTO DO IDB-2009

Foram realizadas três apresentações sobre o IDB-2009, abordando os produtos da RIPSA que o compõem: (i) revisão e atualização da matriz de indicadores e dos dados básicos organizados em base na Internet (Jacques Levin); (ii) folheto impresso destacando o tema

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do ano (Giselle Moraes); e (iii) portal de fichas dos indicadores organizada na BVS (Juliana Souza).

4. Matriz e base de dados do IDB

Jacques Levin detalhou os avanços introduzidos na base de dados na Internet, que está no documento “O que há de novo”: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2009/novidades.htm. O processo de atualização envolve, basicamente: (i) inclusão de dados para os anos mais recentes; (ii) revisão dos dados de períodos anteriores (aprimoramento das estimativas e bases de dados, inclusão tardia de dados, modificações nas fontes dos dados e revisão dos critérios de definição e do método de cálculo dos indicadores); (iii) inclusão de novos indicadores, pela qualificação de novas fontes de dados e para atendimentos às necessidades dos gestores e pesquisadores de saúde; e (iv) supressão de indicadores, pela impossibilidade de obtenção de dados ou pela imprecisão e distorções dos mesmos.

A elaboração do IDB-2009 ocorreu em paralelo a um profundo processo de revisão da Matriz de Indicadores, que resultou em diversas inclusões, exclusões e alterações de indicadores (nome, categorização, fonte etc.). Esse trabalho continuará em andamento em 2011. Outra alteração importante foi a subdivisão do grupo D, em Morbidade (D) e Fatores de Risco e de Proteção (novo grupo G). Ademais, foi complementada a parte de “Comentários” para as categorias de indicadores socioeconômicos (B.1 a B.7), de mortalidade (C.1 a C.17) e de Recursos (E.4 a E.9). Por fim, foram acrescentadas novas fontes de dados, sendo principal a “Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL)”, utilizada em vários indicadores de Fatores de Risco e de Proteção (grupo G).

Em seguida, Jacques Levin apresentou detalhadamente as modificações ocorridas no IDB 2009, por categorias de indicadores, as quais constam da apresentação em PPT disponível no ECO-RIPSA: http://www.eco.ripsa.org.br/tiki-list_file_gallery.php?galleryId=78.

A base de dados encontra-se carregada na Internet, podendo ser acessada no endereço:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2009/matriz.htm. ela substitui a do IDB-2008, a qual todavia permanece disponível, para servir de referência a trabalhos que a utilizaram como base bibliográfica.

5. Folheto do IDB

Giselle Moraes expôs o folheto do IDB-2009, cuja edição impressa foi distribuída em primeira mão na OTI. Trata-se do 12º da série, iniciada em 1997. O tema selecionado foi a mortalidade causada pelo trânsito – ou acidentes de transporte terrestre – trabalhado pelo Departamento de Análise de Situação de Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde (DASIS/SVS).

O mapa da capa mostra as taxas de mortalidade por município, com maior concentração nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Na contracapa, cinco gráficos destacam a distribuição das

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mortes segundo grupo etário, condição da vítima e porte do município. Destaca-se, desde 1996, notável aumento da mortalidade de adultos jovens em acidentes com motocicletas. A mortalidade de pedestres é bem maior acima dos 60 anos, e o aumento da mortalidade por acidentes de trânsito têm aumentado nos municípios de pequeno e médio porte.

Esta edição apresenta algumas mudanças nas tabelas do folheto, para adequá-lo à matriz revisada. Alguns novos indicadores foram incluídos, enquanto outros menos relevantes foram retirados, por limitação de espaço gráfico. Os indicadores A.17 e A.18 (Razão de nascidos vivos e óbitos informados e estimados) foram transpostos para o grupo de demográficos, por decisão da 20ª OTI.

Foram incluídos no folheto do IDB 2009: C.16 (mortalidade em menores de 5 anos); D.1.15 (incidência de doença meningocócica); D.2.2, D.2.5 e D.2.6 (incidência de tuberculose, leishmaniose visceral e hanseníase); e G.1-G.5 e G.7 (prevalência de diabetes, hipertensão arterial, atividade física, fumantes atuais, consumo abusivo de bebida alcoólica, excesso de peso em adultos); E.3 e E.18 (leitos hospitalares CNES e equipamentos de imagem); F.20, F.22.a, F.23.a, F.24 (consultas médicas nos últimos 12 meses, exame colo de útero, mamografia, internação nos últimos 12 meses).

Foram retirados, mas permanecem na base na Internet: A.12 (esperança de vida aos 60 anos); D.1.2, D.1.9, (incidência de difteria e cólera); C.11 (mortalidade por acidente de trabalho); D.6 e D.7 (incidência de acidentes e doenças do trabalho); D.13 e D.14 (proporção de internações por grupo de causas e causas externas); D.20 (aleitamento materno exclusivo); e E.17 (número de enfermeiros por leito).

Outras modificações foram: inclusão da logomarca RIPSA na capa do folheto, redução da tiragem para 30.000 exemplares e distribuição realizada pela própria gráfica contratada, prevendo-se que esteja concluída até 30 de novembro.

6. Portal da BVS-RIPSA

Juliana Souza (BIREME) apresentou os progressos na BVS-RIPSA, destacando o Portal de Fichas, que pode ser acessado em http://www.ripsa.org.br/fichasIDB/. As atualizações para a nova versão do IDB estão sendo realizadas em espaço de homologação, para serem aprovadas. Foram apresentados alguns exemplos de fichas, diretamente da Internet, mostrando os recursos disponíveis como acesso à base científica e possibilidade de impressão da ficha em pdf. Versões anteriores das fichas também podem ser acessadas. Quando o portal estiver atualizado, o link existente na base do IDB em Tabnet apontará diretamente para a versão 2009 do Portal.

Complementando esta apresentação, Rejane Cruz anunciou outra novidade do IDB, que é a inserção de uma chamada para pesquisar o perfil do usuário do IDB, conforme proposta enviada por Eduardo Mota. O formulário desenvolvido em FormSUS será postado no IDB e na BVS-RIPSA, com uma chamada que motive os usuários a preenchê-lo. Estes poderão também opinar sobre conteúdos, condições de acesso e fazer sugestões. Deverá ser

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assegurada a confidencialidade das informações prestadas. Posteriormente as informações deverão ser analisadas por Eduardo Mota.

V PAINEL 1: INFORME DE SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS

Otaliba Libânio coordenou o Painel, que trouxe informações sobre o estado atual de elaboração do segundo Informe de Situação e Tendências. Este produto finalístico da RIPSA tem como tema “Violência e Saúde”, selecionado pelo Núcleo Executivo de Projeto (NEP) que desenvolveu a metodologia de elaboração desses informes. Otaliba Libânio coordena o trabalho, para o qual foram convidados pesquisadores de várias instituições. Este painel contou com a participação dos coordenadores dos capítulos, alguns dos quais ainda não concluídos.

7. Escopo do Informe

Otaliba Libânio lembrou que se trata de uma publicação contando análise da situação e tendências das várias formas de violências na população brasileira, com os objetivos de: (i) analisar a morbimortalidade por causas externas (violências e acidentes) no Brasil com foco nas tendências dos principais tipos de violências: agressões, lesões e mortes causadas pelo trânsito, suicídios e violência doméstica e sexual; e (ii) identificar os determinantes e condicionantes da situação de violência e identificação das estratégias de prevenção e redução através de intervenções do poder público e da sociedade através de políticas públicas intersetoriais.

O informe será composto de duas partes. A primeira, com capítulos que abordam a situação dos vários tipos de violência e seu comportamento na população, os quais resultarão em artigos para publicação na Revista Ciência e Saúde Coletiva da ABRASCO. A segunda parte será um sumário executivo que identifica as principais tendências, os cenários da violência e a identificação dos pontos vulneráveis para atuação das políticas públicas. Foi estabelecido um cronograma, que não pôde ser integralmente cumprido em função das múltiplas responsabilidades dos responsáveis pela elaboração dos capítulos. Em abril de 2010 foi aprovado o termo de referência do Informe e definido o grupo de instituições e pessoas responsáveis. Em maio foi realizada a primeira oficina de trabalho com os autores, ficando definida a elaboração dos capítulos. Em agosto se realizou a segunda oficina de trabalho, para acompanhamento dos trabalhos, que deverão estar concluídos em dezembro. Espera-se que até março de 2011 o sumário do trabalho esteja concluído.

A publicação tem como eixos: (i) violência interpessoal, com recortes para a violência contra a criança e adolescente, contra pessoas idosas e a violência Institucional; (ii) violência autoprovocada; (iii) violência causada pelo trânsito; (iv) violência no trabalho (abordagem sobre a violência no trabalho e acidentes de trabalho); e (v) outros tipos de acidentes. Houve a preocupação de incorporar aos grupos encarregados da elaboração dos capítulos, técnicos do Ministério da Saúde que trabalham com os temas abordados.

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O termo de referência para a elaboração dos artigos estabelece um roteiro comum, com três itens: aspectos conceituais do tema específico, análise de situação de saúde e análise das políticas de intervenção que procuram controlar e prevenir o problema. Também foi requerido que se usasse linguagem simples e de fácil entendimento por não especialistas nos assuntos tratados.

8. Complementações dos coordenadores dos capítulos

Elza Machado de Melo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de medicina /UFMG, informou que o Capítulo 1 não será exatamente introdutório à violência interpessoal, mas faz “considerações gerais sobre a violência”, sob três abordagens: (i) marcos teóricos direcionados ao indivíduo (condições biológicas, natureza humana) e às relações sociais (trabalho e interação); (ii) análise de situação no mundo e no Brasil, a partir da sua classificação, da literatura dos dados disponíveis; e (iii) iniciativas de enfrentamento da situação, por políticas públicas que mediam a relação entre violência e saúde (nacionais e internacionais). O capítulo está pronto, faltando alguns ajustes a serem concluídos em até duas semanas.

Maria Ignez Costa Moreira, psicóloga do Núcleo de Prevenção à Saúde e Promoção à Saúde da Secretaria Municipal de Goiânia-GO, acrescentou que o Capítulo 2 trata da “violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes”, abordando: (i) breve revisão conceitual sobre a violência e a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes; (ii) análise de situação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes no Brasil contemporâneo; e (iii) recomendações para o enfrentamento e prevenção. Detalhes sobre o conteúdo do capítulo podem ser obtidos nos slides apresentados à OTI, disponíveis na ECO-RIPSA: http://www.eco.ripsa.org.br/tiki-list_file_gallery.php?galleryId=78.

Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas, consultor do DASIS/SVS/MS, informou sobre o Capítulo 3 do Informe, que trata da “violência e dos acidentes envolvendo a pessoa idosa”: aspectos epidemiológicos e políticas públicas. O capítulo aborda aspectos conceituais da violência nesse grupo, tais como denominação, tipologia (nacional e internacional) e metodologia focada na análise situação de saúde. Analisa as informações contidas nos sistemas nacionais de informação em saúde, especialmente o SIM, a SIH e o VIVA. Por fim, trata das políticas do setor saúde, relacionadas à pessoa idosa e a outras mais abrangentes, nas quais esse grupo é contemplado.

Maria Cecília de Souza Minayo, diretora do CLAVES/ Escola Nacional de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz, abordou o Capítulo 4 sobre “suicídios no Brasil”. O texto trata do fenômeno do suicídio e de seus desdobramentos (tentativas, ideação e comportamento autopunitivo), caracterizados e analisados por idade, sexo, região e tamanho de município. São analisados os termos utilizados no estudo temático, apresentados os principais fatores de risco, a metodologia do trabalho, o tema tratado em sua magnitude e especificidade em três faixas etárias (infância e juventude; vida adulta e velhice) e conclusões com propostas para prevenção e recomendações para ação. Os slides da apresentação à OTI estão na ECO-RIPSA: http://www.eco.ripsa.org.br/tiki-list_file_gallery.php?galleryId=78, com maiores detalhes.

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Marli de Mesquita Silva, do DASIS/SVS/MS, coordenadora do Capítulo 5 sobre “situação e tendências da violência do trânsito no Brasil". O tema é abordado como um problema previsível e passível de prevenção, sendo analisado do ponto de vista da sua morbimortalidade como questão de saúde pública e da forma como é tratado internacionalmente, sobretudo em países em desenvolvimento. São analisados os dados disponíveis, principalmente do SIM, SIH-SUS e VIVA. Alguns destaques estão resumidos no folheto do IDB-2009. No que se refere ao enfrentamento do problema, são abordadas as políticas públicas relacionadas, destacando o Código Nacional de Trânsito, o Programa Nacional de Promoção da saúde, o projeto de Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito e políticas sobre o uso do álcool. O capítulo já foi entregue.

Jorge Mesquita Machado (DESAST/SVS/MS e FIOCRUZ) informou que o capítulo 6 sobre “acidentes de trabalho e violência no trabalho no Brasil”, coordenado por Vilma Santana (ISC/UFBA) e ainda em elaboração, aborda três aspectos da questão: (i) as condições de vulnerabilidade que caracterizam os acidentes do trabalho; (ii) a problemática das informações disponíveis para analisar o tema; e (iii) as políticas de prevenção dos acidentes relacionadas às condições de trabalho, que afetam, por exemplo, taxistas e motociclistas.

Naiza Nayla Bandeira de Sá (DASIS/SVS/MS) comentou o Capítulo 7 “Perfil epidemiológico de outras causas externas de traumatismos acidentais no Brasil”, cuja literatura a respeito é escassa. O tema foi tratado na perspectiva da sua evitabilidade, analisando a situação no Brasil com dados do SIM, SIH e VIVA. A análise inclui outras causas acidentais definidas a CID 10 e que não foram contempladas em capítulos anteriores: quedas, ferimentos por objeto cortante e por arma de fogo, penetração de corpo estranho, afogamento, sufocação ou risco acidental à respiração, queimaduras, acidentes por animais ou plantas, envenenamento ou intoxicação, e acidentes sem outra especificação. O documento está pronto e inclui análise de políticas públicas correlatas

9. Discussão plenária

Cecília Minayo complementou a sua exposição para informar sobre a proposta de transformar os documentos apresentados em artigos para serem publicados na Revista de ciência saúde coletiva, editada pela ABRASCO, que hoje tem veiculação internacional significativa. Está disponível na íntegra no SciELO, permitindo que as pessoas tirem cópia dos artigos que lhes interessam. Será necessária adequação às normas da revista. Também estarão assegurados os créditos à RIPSA pela produção do material.

VI PAINEL 2 – NOVOS INDICADORES

Este painel, coordendo por João Risi, teve a participação de todos os coordenadores dos Comitês de Gestão de Coordenadores (CGI), para apresentar a situação atual e as propostas de novos indicadores para compor o IDB-2010. Os slides das apresentações, com detalhes

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que não constam dos textos resumidos a seguir apresentados, estão disponíveis no ECO-RIPSA: http://www.eco.ripsa.org.br/tiki-list_file_gallery.php?galleryId=78.

10. Indicadores demográficos

Antonio Tadeu de Oliveira se referiu à reunião do CGI realizada em Curitiba, em 7 de junho, na qual foram validados os indicadores demográficos para o IDB 2009, com a ressalva de refazer a série histórica para o período 2001-2009, que apresentou flutuações em função da Contagem 2007.

Seria utilizada a revisão 2008 do IBGE e a incorporação dos indicadores IBGE/UNFPA, acrescentando-se às projeções os anos de 2010 e 2011. Todo o período seria desagregado por sexo e idade, para os municípios. Inicialmente, os dados dos municípios seriam abertos por AiBi, a partir dos totais por UF, aplicando-se a estrutura do método de coortes, avaliando-se os resultados com os dados já divulgados. Para realizar esse trabalho, foi contratada pela RIPSA a consultora que havia participado do processo de revisão das projeções para a década de 1991-2000.

Nos dias 12 e 13 de agosto foi realizada, em Salvador, nova reunião do CGI para avaliar os resultados apresentados pela consultora. Constatou-se, após intensa discussão, que a série ficou mais suave em relação aos dados anteriores, mas restaram algumas dúvidas sobre as estruturas etárias resultantes da projeção. Solicitou-se realizar um exercício de comparação entre os valores da projeção para o ano de 2001 e os do Censo Demográfico de 2000, para os Estados do Acre, Roraima, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. Após essa avaliação, será tomada a decisão sobre a utilização do produto.

Para o exercício de estimativas dos municípios, foi verificado que os resultados apresentaram muitas inconsistências, sobretudo para os municípios pequenos. As diferenças decorreram, principalmente, da mudança de tendência de crescimento desses municípios. Dado o alto grau de inconsistência, decidiu-se que os dados resultantes do exercício elaborado pela Consultora não seriam disponibilizados. A solução encaminhada foi manter as estimativas atuais, até que o IBGE divulgue os resultados por sexo e idade, o que deve ocorrer até março de 2011. Em decorrência dessa deliberação, serão reabilitadas as estimativas pelo método das relações de coortes, visando desagregar os dados por sexo e idade para todos os municípios brasileiros.

De posse dos dados do IBGE, será realizado um novo exercício, suavizando a série histórica das estimativas municipais com a tendência 2000-2010, pelo método AiBi, desagregando as respectivas estruturas etárias pelo método das relações de coortes. Essa suavização deverá ser extrapolada até o ano de 2012.

Antonio Tadeu concluiu que, sentindo-se desconfortável com a situação, renunciou à coordenação do CGI, em caráter irrevogável. O IBGE, em função disso, colocou à disposição da RIPSA o papel de coordenação institucional do Comitê e realizou entendimentos preliminares para que a coordenação fosse assumida pela ABEP.

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11. Indicadores socioeconômicos

Luciana Servo informou que as atividades do CGI foram retomadas após longo tempo sem se reunir, e teve a sua composição reforçada com a incorporação, além dela própria, de Leila Posenato Garcia (IPEA), Maria Alicia Ugá (ENSP/Fiocruz) e Maria Luiza Marques Dias (Ipardes). Continuam como membros: Herton Ellery Araújo (IPEA), Ana Lucia Sabóia (IBGE), Ana Maria Nogales Vasconcelos (UnB), Jacques Levin (DATASUS), João B. Risi Jr (OPAS) e Giselle Moraes (OPAS).

De acordo com a estratégia de articulação com a iniciativa “RIPSA no Estado”, foram incorporados representantes dos CGI de: (i) Minas Gerais: Daisy de Abreu (UFMG/ NESCON) e Claudia Horta (Fundação João Pinheiro); (ii) Mato Grosso do Sul: Albertino Ribeiro (SES), Paulo Cezar R. Martins (IBGE) e Angela Maria Marques (SES); (iii) Bahia: Zenaide Oliveira (SES) e Joilson Souza (IBGE); e (iv) Santa Catarina: Dulce Quevedo (SES) e Isabel Berreta.

Após a 20ª OTI foram realizadas duas reuniões: (i) em Curitiba (8 de junho), para revisar o IDB 2009, discutir novos indicadores e os termos de referência para o Portal de Fichas; (ii) em Salvador (11 de agosto), para concluir o IDB 2009, as fichas dos novos indicadores e encaminhamentos para OTI. A Matriz de Indicadores está revisada quanto aos indicadores já existentes, e as fichas de qualificação estão em fase de conclusão.

Luciana apresentou propostas de quatro novos indicadores para o IDB, com e o estágio de elaboração em que se encontram: (i) Índice de Gini (B.9), com a justificativa para inclusão no IDB, ficha de qualificação pronta e análise da série histórica; (ii) Cobertura direta e indireta da Previdência Pública Básica (B.12), também com justificativa, ficha de qualificação e análise da série histórica; (iii) Proporção de crianças em situação de vulnerabilidade (B.10), com justificativa e ficha ainda em elaboração; e (iv) Vulnerabilidade de idosos (B.11), ainda em fase de definição. Os detalhes estão disponíveis nos slides da apresentação.

Caso os novos indicadores propostos sejam aprovados pela OTI, o comitê procederá a revisão final das fichas dos indicadores novos, a conclusão da revisão final das fichas dos indicadores já existentes, e aguardar orientações para elaboração do plano de trabalho do CGI para 2011.

12. Indicadores de mortalidade

Luis Patrício Ortiz fez a apresentação dessa categoria de indicadores, que está bastante consolidada e, portanto, sem grandes inovações. Totaliza 16 indicadores (com desdobramentos), dos quais 11 são taxas, 4 são proporções e um é razão. As fontes utilizadas são basicamente o SIM/MS, o Ministério da Previdência Social e o IBGE. Com relação ao IDB 2009, todos os indicadores foram atualizados e revisados.

As principais pendências são: (i) definir critérios para avaliar adequação das informações sobre óbitos e nascimentos em microrregiões; e (ii) definir os fatores de correção para a

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mortalidade materna. O CGI realizou duas reuniões, em Brasília e em São Paulo, e criou dois subgrupos, para estudar especificamente esses dois temas pendentes.

Dois eventos gerais ofereceram oportunidade para aprofundar discussões sobre esses temas: (i) a Oficina de Trabalho organizada pela SVS/MS sobre “Revisão de mortalidade materna do Brasil pelo IHME e OMS”; e (ii) sessão especial no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais 2010 da ABEP, em Caxambu/MG, no mês de setembro, sobre “Discussão dos indicadores municipais com dados do SIM e do SINASC – RIPSA”.

Nesta sessão da ABEP, Elisabeth França (UFMG) apresentou “Critérios para avaliar adequação das informações sobre óbitos e nascimentos em microrregiões de estados do Brasil”, trabalho realizado a partir dos estudos de Célia Landmann (FIOCRUZ). Outra apresentação, de Denise Porto (SVS/MS) sobre “Simulações com indicadores municipais e de Regionais de Saúde utilizando dados do SIM e SINASC” também trouxe novos subsídios ao debate.

Com relação aos critérios de adequação, o CGI propõe que a RIPSA contrate um técnico que se dedique a finalizar a aplicação desses critérios, segundo termo de referência a ser elaborado pelo CGI, sob a supervisão de um subgrupo especialmente designado. Em poucos meses se poderia oferecer aos Estados uma metodologia para indicar os municípios que produzem dados suficientemente consistentes para cálculo direto de indicadores derivados do SIM e do SINASC.

Com relação à mortalidade materna, o CGI propõe que a RIPSA adote os dados de Razão de Mortalidade Materna utilizados pela SVS no relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, para o período de 1990-2007. O gráfico elaborado com essa metodologia corrige uma distorção existente nos dados do IDB para o período de 1990 a 2000, que não têm fator de correção aplicado.

13. Indicadores de morbidade

Após longo período, o CGI se reuniu em 20-21 de julho para realizar ampla revisão da matriz e das fichas de qualificação dos indicadores. Resultaram várias propostas de modificação, que de maneira geral incidiram sobre as fontes e a interpretação dos dados. As modificações mais importantes estão relacionadas a seguir.

Na taxa de incidência de aids, foi sugerida a inclusão de nova categoria de análise, relativa à categoria de exposição, que é fundamental para a análise do problema. No entanto, como não é disponível o denominador para calcular as taxas por categorias de exposição, a solução encontrada foi criar novo indicador: “Proporção de casos de aids por categoria de exposição”. A ficha falta ser validada pelos membros do CGI.

Recomendou-se mudar o nome de Índice parasitário de malária (IPA) para “taxa de incidência de malária” e incluir a categoria de tipo de plasmódio identificado. Consultada a área técnica do Ministério, esta ponderou que não procede calcular IPA por tipo de plasmódio, pela falta de denominador, mas foi incluído o número absoluto de exames

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positivos por tipo de plasmódio. Não houve acordo quanto à mudança do nome, consagrado internacionalmente, e por se tratar de exames positivos e não de casos confirmados.

Recomendou o CGI que a taxa de incidência de tuberculose deveria ser categorizada por formas clínicas: pulmonar, extra-pulmonar e outras. A área técnica do Ministério vai avaliar os dados, para serem revistos no CGI.

Recomendou também que a Incidência de doença meningocócica deveria ser categoria de análise etiológica de um indicador mais amplo, “meningites em geral”. Além disso, a doença meningocócica deveria ser categorizada por sorogrupos (A, B e C). A: Ficha está em elaboração, para posterior análise dos dados pelo CGI.

Em 2009 foi recomendado que a taxa de prevalência de doenças do aparelho circulatório seria substituída pela taxa de internação por acidente vascular cerebral. A proposta atual é adotar o indicador “taxa de internação por causas selecionadas”, inclusive o acidente vascular cerebral. Falta elaborar a ficha e discutir os dados no CGI.

Outra proposta foi substituir a “Proporção de hospitalizações (SUS) por causas externas” por “Taxa de internação por causas externas”. Falta elaborar a ficha e discussão dos dados no CGI.

Os três indicadores atuais relativos à segurança no trabalho (incidência de doenças e de acidentes, típicos e de trajeto) passarão a ser categorias de análise de um indicador mais amplo: “Taxa de incidência de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho em segurados da Previdência Social”. A proposta decorre de alteração na forma de registro e de concessão do benefício pela Previdência..

Novos indicadores propostos: (i) incidência de leptospirose; (ii) incidência de hantavirose; e (iii) incidência por intoxicações por agrotóxicos, proposta pelo CTI “Saúde e Ambiente”. Para o primeiro, foi elaborada a ficha, faltando revisão do CGI. Para a hantavirose, o CGI considerou prematura a inclusão no IDB, por não ser doença de disseminação nacional. Quanto às intoxicações por agrotóxicos, a série histórica ainda é muito inconsistente, somente em setembro de 2010 passaram a constar da relação de doenças de notificação compulsória.

14. Indicadores de recursos

Ayrton Martinello informou que a última reunião do CGI ocorreu em abril 2010 e a matriz atual contém 23 indicadores. Todas as propostas de alteração foram apresentadas na OTI passada e aprovadas (nomenclatura, categorias de análise e novos indicadores), e estão quase integralmente implementadas no IDB-2009.

Está em discussão no CGI a inclusão de “Clientela: SUS (público e privado) e não – SUS” (público e privado) como categorias de análise dos indicadores E.2 e E.3 (número de leitos hospitalares por habitante, por fontes AMS/IBGE e CNES/MS). Os indicadores E.20 (despesa do Ministério da Saúde com atenção à saúde como proporção da despesa total do

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Ministério da Saúde) e E.21 (despesa do Ministério da Saúde com atenção à saúde per

capita) estão em processo de atualização do cálculo, sendo que para o E.21 falta incluir

comentários na ficha de qualificação.

Por falta de fonte de dados, o CGI propôs a exclusão dos indicadores E.10 (gasto médio SUS por atendimento ambulatorial), E.12 (gasto público com saneamento como proporção do PIB), E.13 (gasto federal com saneamento como proporção do PIB) e E.14 (gasto federal com saneamento como proporção do gasto federal total). Há uma perspectiva de que os indicadores E.13 e E.14 venham a ser trabalhados de forma conjunta pelo IBGE, o IPEA e o Ministério das Cidades, mas ainda não há perspectiva concreta de produção de dados. Por fim, permanece pendente a questão dos dados do PIB, em função da mudança de metodologia de cálculo introduzida a partir de 2008 pelo IBGE. Por enquanto, a perspectiva é manter as duas séries históricas do indicador, embora elas não possam ser comparadas.

15. Indicadores de cobertura

Giorgio Bottin passou em revista as últimas deliberações do CGI de cobertura, em reuniões realizadas em 28 de maio e em 10 de setembro. Praticamente todas as propostas já foram incorporadas ao IDB-2009, hoje divulgado. É o caso da transposição dos indicadores F.10 (razão entre nascidos vivos informados e estimados.) e F.11 (razão entre óbitos informados e estimados.), que passaram para grupo A - Demográficos.

As fichas dos novos indicadores propostos foram apresentadas, avaliadas pelo grupo e aprovadas. Os códigos para os procedimentos de consulta (a partir de 2008) estão avaliados e definidos. Esses novos indicadores são: (i) proporção da população que refere ter consultado médico nos últimos 12 meses (F.20); (ii) distribuição da população segundo tempo de realização do último atendimento odontológico (F.21); (iii) distribuição da população feminina, segundo tempo de realização do último exame preventivo para câncer do colo do útero (F.22); (iv) distribuição da população feminina, segundo tempo de realização da última mamografia (F.23); e (v) proporção da população que refere internação hospitalar nos últimos 12 meses (F.24).

Em sua exposição, Giorgio Bottin submeteu à OTI as versões finais dos textos das fichas de qualificação, referentes aos itens “conceituação” e “limitações”. Esclareceu que para os indicadores F.21, F.22 e F.23, a fonte de financiamento (SUS/não-SUS) foi suprimida, pois só há informação para a consulta no último ano. As categorias da PNAD 2003 são diferentes das categorias da PNAD 2008.

Foi proposta por representante do IBGE no CGI, a criação de um novo indicador - Volume de água tratada distribuída por habitante - com fonte na PNSB 2000 e 2008. A ficha de qualificação está sendo preparada para apreciação no CGI.

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Bettine Iser apresentou essa categoria de indicadores, em substituição à coordenadora do CGI, Deborah Malta, que representa a CGDANT/SVS/MS. Recordou inicialmente a composição do CGI, as instituições representadas e as conclusões que foram submetidas à 20ª OTI, em março de 2010.

Em 30 de junho, o CGI realizou nova reunião para revisão final das fichas de qualificação dos indicadores. Compõem a categoria 17 indicadores, entre já existentes e novos que foram incorporados. Todos eles constam na base do IDB-2009, acessível na Internet. Dos indicadores propostos pelo CTI de alimentação e nutrição, foram incorporados à base: (i) “prevalência de excesso de peso para idade segundo IMC em crianças < 5 anos (G.8)”; e (ii) “participação diária per capita das calorias de frutas, verduras e legumes no total de calorias da dieta (G.12)”. Não houve consenso sobre os indicadores propostos pelo CTI de saúde e ambiente.

As principais alterações e adequações efetuadas, em relação a fontes, categorias de análise e outras, estão dispostas em quadro apresentado na reunião, que está disponível no ECO-RIPSA.

17. Outras considerações

Jacques Levin salientou que o IDB-2009 incorporou grande numero de modificações, de diversos tipos e de forma generalizada em quase todos os grupos. A maioria das fichas foi atualizada, mas ainda há pendências com relação à atualização dos comentários à tabela. Outra pendência se refere à padronização da denominação dos indicadores. Há algumas propostas, como a do CGI de fatores de risco e proteção, para denominar simplesmente “prevalência”, em lugar de “taxa de prevalência”. Esse tema foi discutido na 20ª OTI, que recomendou uma revisão geral das denominações adotadas na matriz de indicadores.. Será necessário, portanto, iniciar um processo de sistematização de todas as contribuições recebidas desde a segunda edição do livro de indicadores básicos, com revisão criteriosa de todos os conteúdos, visando à terceira edição. Esse trabalho exigirá a contratação de consultores que possam se dedicar à tarefa.

18. Discussão plenária

Os membros da OTI reiteraram a importância de se observar com rigor o preceito adotado na RIPSA, de somente incluir no IDB indicadores que tenham sido completamente estudados, apresentados em fichas de qualificação devidamente revisadas e em séries históricas consistentes. Somente depois de cumprido este estágio, um indicador deve ser submetido à análise pela OTI.

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Alguns novos indicadores não estão seguindo o padrão de denominação adotado na RIPSA, por exemplo, os indicadores F.20, F.21 e F.22, nomeados como “distribuição da população...”, em lugar de “proporção da população...”.

Sugerido que o CGI de fatores de risco e proteção revise o indicador G.15 (Proporção de nascidos vivos por idade materna), com vistas a substituí-lo por uma taxa. A mudança na estrutura etária da população brasileira gera distorções dos valores, quando medidos em termos proporcionais.

Aprovada a revisão do conteúdo do livro de indicadores básicos, com vistas à terceira edição. Esse processo buscará atender algumas questões levantadas, tais como: (i) denominação dos indicadores (taxa de prevalência, distribuição da população etc.); (ii) revisão da ordem dos itens da ficha de qualificação, proposta ao CGI demográficos;

Aprovadas as proposições do CGI de mortalidade, quanto a: (i) contratar técnico indicado e supervisionado pelo CGI para concluir trabalho sobre a definição de critérios para avaliar adequação das informações sobre óbitos e nascimentos; (ii) adotar os dados de mortalidade materna utilizados pela SVS para no período 1990-1997; (iii) constituir grupo de trabalho para estudar a revisão do fator de correção de mortalidade materna a partir de 2008.

Aprovados os novos indicadores propostos pelo CGI socioeconômicos, especificamente: (i) Índice de Gini; (ii) Cobertura direta e indireta da Previdência Pública Básica (B.12), incorporando as sugestões de Eduardo Pereira, do MPS; (iii) Proporção de crianças em situação de vulnerabilidade (B.10); e (iv) incorporar contribuições do CTI saúde do idoso, coordenado por Maria Fernanda Lima e Costa, para a construção do indicador “Vulnerabilidade de idosos (B.11)”.

Aprovada proposta do CGI de morbidade, de substituir o indicador “Proporção de hospitalizações (SUS) por causas externas”, pelo de “Taxa de internação hospitalar por causas externas”.

VII PAINEL 3 – CONTEÚDOS TEMÁTICOS

Ernani Bandarra coordenou o painel, no qual foram apresentados os avanços com relação a três Comitês Temáticos Interdisciplinares (CTI) da RIPSA que tiveram atuação destacada em 2010.

19. Indicadores do Pacto pela Saúde

Patrícia Ferraz (DAGD/SE/MS) expôs a proposta de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, que foi trabalhada como um dos componentes do CTI “Sala de situação de saúde”, com base em estudo comparativo entre os indicadores do IDB e os que foram acordados no âmbito do Pacto pela Saúde, a partir de 2006.

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De início, o problema se caracterizava por: (i) inexistência de ferramenta eletrônica adequada ao monitoramento da pactuação; (ii) ausência da informação, no tempo requerido, para os instrumentos de pactuação e planejamento do SUS, impossibilitando a aplicação do que preconiza a portaria 2.751/2009; (iii) atraso na publicação dos Relatórios Anuais da Pactuação, com descumprimento da Portaria GM/MS nº 699/2006 (Art. 14); e (iv) dificuldade para assegurar o cumprimento da agenda tripartite para 2010.

O monitoramento da pactuação deve focalizar os seguintes aspectos: (i) monitoramento do processo de adesão ao Pacto pela Saúde, medido pela cobertura (%) de unidades da Federação (Estados e municípios) com termos de compromisso de gestão (TCG) homologados; (ii) monitoramento das responsabilidades assumidas nos TCG, por Estados e municípios, em valores percentuais; e (iii) monitoramento dos indicadores de prioridades, objetivos e metas dos Pactos pela Vida e de Gestão (40 indicadores). Os dois primeiros itens são contemplados no Sistema de Informação do Pacto (SISPACTO), enquanto o terceiro se constituía o maior problema a ser resolvido.

Tratou-se então de desenvolver tecnologia para captação e sistematização dos dados e informações, por meio de parceria com o DATASUS, para desenvolver o TABNET e Caderno do Pacto, para monitoramento dos indicadores. Realizou-se também articulação com a Sala de Situação do Ministério, para reorganização do módulo “Gestão em Saúde”, contemplando os focos de monitoramento. Por fim, promoveu-se a implantação de melhorias no aplicativo SISPACTO.

Os instrumentos de trabalho foram o TABNET e os Cadernos do Pacto, que são aplicativos desenvolvidos pelo DATASUS para a captura automática dos indicadores que integram o Pacto, a partir da interface com outros sistemas. O trabalho foi desenvolvido em tempo recorde, com o TABNET já disponível. Mas falta desenvolver processos para um conjunto de indicadores que não são calculados a partir de sistemas de informação de base nacional. Pretende-se divulgar essa ferramenta por meio de treinamento presencial e por vídeo-aula. O primeiro treinamento está agendado para se realizar na OPAS em novembro,para os técnicos do Ministério da Saúde.

Principais ganhos do processo: (i) extingue o re-trabalho de estados e municípios para inserir resultados no SISPACTO; (ii) possibilita a elaboração de análises por parte dos três gestores e gera subsídios para a tomada de decisão; (iii) incrementa, a partir da análise dos resultados, as discussões nos grupos técnicos e nas plenárias dos fóruns intergestores; (iv) calcula indicadores e integra em uma mesma planilha dados de bases diferentes; (v) permite a realização de tabulações rápidas de grande massa de dados dos sistemas nacionais de informação (Intranet / Internet); e (vi) disponibiliza informações de forma ágil e de fácil acesso para os instrumentos de planejamento e programação (relatório anual da pactuação – outros processos de monitoramento).

Principais desafios: (i) capturar os resultados dos indicadores que não estão disponíveis nas bases de dados nacionais (16 indicadores); (ii) qualificar o processo de formulação e definição dos objetivos, metas e indicadores (dissociação entre objetivos e indicadores, indicadores não passíveis de pactuação municipal, indicadores que apresentam dificuldades

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de monitoramento, entre outros); (iii) desenvolver e aperfeiçoar tecnologias de geração e divulgação de informações a fim de disponibilizá-las à população; (iv) convergir as ações das áreas técnicas às metas nacionais definidas; (v) institucionalizar a prática do monitoramento nas três esferas de governo (Art.14, Prt 699/2006).

20. Plataforma de Indicadores

Márcia Marinho se referiu a recomendação da 20ª OTI RIPSA (março de 2010) sobre a necessidade de articular o processo de revisão da matriz de indicadores da RIPSA com o surgimento de indicadores temáticos e com a criação de iniciativas RIPSA nos estados. A OTI propôs especificamente, como estratégia de implementação: (i) identificar blocos de áreas temáticas em condições de adotar o modelo; (ii) iniciar experiências piloto com caráter demonstrativo; (iii) desenvolver plataforma informacional comum para inserção de dados e construção de indicadores; (iv) sistematizar experiências, analisar processos, pontos comuns e inconsistências; (v) re-alocar indicadores por CGI; e (vi) definir critérios para delimitação da matriz nacional do IDB.

Com essas premissas (destaque para o item iii), a 20ª OTI recomendou a criação de um Comitê da RIPSA para especificar os requisitos necessários ao desenvolvimento da plataforma e indicar uma instituição para realizar o projeto. O DATASUS elaborou o Esquema Básico para o CTI-PI, que foi aprovado na Secretaria Técnica, e deu início aos trabalhos.

Produto do CTI-PI: Identificação das necessidades, especificação de requisitos e monitoramento da implementação de uma aplicação Internet destinada à definição, coleta de dados, validação dos dados e publicação de indicadores, de forma descentralizada, relativos ao IDB nacional, aos indicadores da iniciativa “RIPSA no Estado” e aos indicadores produzidos por Comitês Temáticos Interdisciplinares (CTI).

Composição do CTI-PI: (i) Ministério da Saúde/DATASUS (Márcia Marinho e Jacques Levin); (ii) BIREME (Adalberto Tardelli); (iii) Representação da OPAS (José Moya. João Risi, Giselle Hentzy e Rejane Cruz); (iv) Agência Nacional de Saúde Suplementar (Ceres Albuquerque); (v) CTI “RIPSA no Estado” (Sônia Machado); (vi) CTI “Indicadores de Alimentação e Nutrição” (Eduardo Nilson); (vii) CTI “Sala de Situação” (Ernani Bandarra); (viii) CGI socioeconômicos (Luciana Servo); Fiocruz (Francisco Viacava). A Plataforma de Indicadores consistirá basicamente de um software que, através de Internet, permita a definição dos atributos dos indicadores (nome, código, numerador, denominador, fator de escala, número de decimais, ano de início, categorias de análise etc.), um programa de captação de dados e um programa de importação e conversão de dados (para dados provenientes de bases nacionais, por exemplo).

A ferramenta de apresentação básica deverá ser compatível com as atuais ferramentas de disseminação de indicadores mantidas pelo DATASUS, as quais poderão ser aprimoradas a partir das recomendações deste CTI-PI.

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Atividades previstas para o CTI-PI: (i) especificar requisitos para a plataforma; (ii) elaborar um Termo de Referência para o desenvolvimento desta plataforma; (iii) elaborar um plano de divulgação e capacitação para o uso da plataforma por gestores; (iv) acompanhar as etapas de implementação do software da plataforma; (v) acompanhar a implantação do produto resultante.

Produtos esperados: (i) relatório com resumo de experiências nacionais e internacionais; (ii) relatório contendo requisitos dessa plataforma, que permitam atender as necessidades do IDB Nacional, da RIPSA no Estado e dos CTI de indicadores temáticos; (iii) relatório contendo minuta de Termo de Referência para desenvolver a plataforma; (iv) relatório contendo descrição (e/ou avaliação) da experiência piloto de desenvolvimento da plataforma (indicadores de alimentação e nutrição e/ou alguma experiência da RIPSA no Estado); (v) relatório contendo o plano de divulgação e capacitação para uso da plataforma; (vi) relatórios de avaliação das etapas de desenvolvimento da plataforma; (vii) relatório de avaliação da implantação do produto e recomendações para expansão. O CTI se reuniu duas vezes por videoconferência (2/9/2010 e 7/10/2010) e tem uma reunião presencial agendada (29/10). Os relatórios e os documentos produzidos estão postados no Espaço Colaborativo RIPSA (Coleção de Documentos/ CTI - Plataforma de Indicadores).

A primeira etapa do processo é especificar requisitos para a plataforma, com duas atividades programadas: (i) levantamento de macro-processos necessários para a plataforma; e (ii) revisão de iniciativas de gestão de indicadores. Foram definidos como macro-processos da primeira atividade: gestão do referencial conceitual dos indicadores; captação automatizada dos dados; certificação da qualidade; e formas de disseminação dos indicadores.

Com relação à atividade 2, foram analisadas iniciativas internacionais: Global Health

Observatory (GHO/OMS), Indicator Measurement Registry (IMR/OMS), Regional Health Observatory (RHO/PAHO), Sistema de indicadores da CEPAL, Publicação de indicadores

de saúde para países da região do EURO (EUROSTAT). As iniciativas nacionais analisadas foram: IPEAdata, SINTESE do Ministério da Previdência, INFOLOGO, Monitor AIDS, DEVinfo e outras..

Houve uma divisão do trabalho entre os membros do CTI para pesquisar e apresentar sua análise de cada iniciativa, sob as seguintes perspectivas: (i) caracterização: nome completo, país, instituição gestora, URL, plataforma tecnológica; (ii) forma como é feita a gestão do referencial conceitual dos indicadores: existência de fichas de qualificação, atributos; (iii) forma de ce captação dos dados dos indicadores; (iv) forma de certificação da qualidade dos indicadores; e (v) forma de disseminação dos indicadores.

As seguintes atividades estão em andamento: (i) sistematização das iniciativas de gestão de indicadores; (ii) especificação dos macro-processos; (iii) especificação de requisitos funcionais para os macro-processos; (iv) especificação de requisitos não funcionais da aplicação; e (v) análise das iniciativas.

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21. Qualidade de sistemas de informação

Márcia Marinho apresentou a situação atual do CTI sobre metodologia de qualidade dos sistemas de informação em saúde (CTI-QI), que foi constituído em 2007 e apresentado diversas vezes à OTI por Claudia Risso. O seu objetivo foi elaborar proposta para a criação de um processo formal e regular de avaliação gestão dos dados e das informações dos sistemas de informação em saúde do Brasil, tendo em vista a necessidade de prevenção de erros e o aprimoramento da qualidade dos dados e das informações produzidas. Compuseram-no inicialmente representantes de órgãos do Ministério da Saúde responsáveis por sistemas de informação e bases de dados nacionais, e também representantes de instituições acadêmicas que atuam em avaliação de sistemas de informação.

Produtos Esperados: (i) critérios para priorização dos sistemas a serem avaliados; (ii) elenco de técnicas para prevenção de erros; (iii) elenco de instrumentos necessários para viabilizar a implementação de avaliações rotineiras e o aprimoramento dos dados e informações; (iv) relação de problemas prioritários dos SIS; (v) glossário de nomenclaturas com conceitos apropriados ao Brasil; (vi) matriz para avaliação de cada sistema de âmbito nacional (diferenciado por SIS), com as suas dimensões de qualidade prioritárias, indicadores, parâmetros e métodos para avaliação. Para desenvolver esses produtos, foram constituídos três sub-grupos: terminologias envolvidas, gestão das informações nas três esferas do SUS, e metodologias.

O subgrupo de metodologias contou com participantes da UNB, SVS, Fiocruz e USP, com o objetivo de definir conceitualmente os termos utilizados em avaliação de qualidade das informações dos SIS. Apresentou as seguintes recomendações, que possibilitariam a elaboração de um glossário a ser utilizado no país: (i) analisar a metodologia do Canadá (CIHI); (ii) conhecer as experiências do CDC e da Comunidade Européia.; e (iii) revisar as experiências bem-sucedidas de outros países e as dimensões neles utilizadas para avaliar SIS; destacando os conceitos utilizados para compará-los e testar a sua aplicação no Brasil. O subgrupo de gestão das informações contou com participantes da ANS, ANVISA, DATASUS, SAS, SE, SVS, CONASS e CONASEMS. O seu objetivo foi identificar as ações para aprimoramento da qualidade, as avaliações realizadas e a sensibilidade do gestor em relação aos principais problemas dos SIS, na esfera federal e nas demais esferas, sendo criado um subgrupo para cada âmbito. Teve como resultado um levantamento das avaliações realizadas, por meio de entrevistas usando formulário próprio, com questões sobre as dimensões de qualidade das informações, as técnicas utilizadas e as ações de aprimoramento realizadas. Obtiveram-se informações sobre 42 sistemas, que em grande parte não são submetidos a avaliações rotineiras.

O subgrupo de metodologias teve por objetivo identificar metodologias de gestão de qualidade elaboradas por outros países, para verificar a possibilidade de sua adequação ao Brasil. Seguiu a sugestão do subgrupo terminologias de analisar a metodologia utilizada pelo Canadá, ficando acordado que, em uma primeira etapa, a metodologia canadense seria avaliada em um dos SIS, utilizado como piloto.

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A partir dos resultados do subgrupo de Gestão da Informação, selecionou como SIS piloto o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), considerando a sua importância como base para diversos SIS, a inexistência de estudos publicados sobre a qualidade de suas informações, e o interesse da SAS nessa avaliação. Foi definido um grupo de trabalho com pessoas que pudessem avaliar a adequação da metodologia canadense ao CNES. Esse subgrupo de metodologias contou com representantes de: Ministério da Saúde (SAS/DRAC, SE/DATASUS, SVS/DEVEP, ANVISA, ANS); IBGE; UFRJ; OPAS; CONASS; CONASEMS; FIOCRUZ; e IPARDES. Resultados: (i) tradução e adaptação transcultural da metodologia do Canadian Institute of Health Information (CIHI); (ii) adequação da matriz de dimensões de qualidade ao contexto do CNES; (iii) edição do formulário eletrônico; e (iv) edição do instrutivo. Após estudo exaustivo das dimensões, características e os 61 critérios adotados na metodologia do CIHI, concluiu-se pela definição de 47 critérios adaptados ao Brasil.

Os próximos passos desse trabalho serão: (i) aplicação do instrumento em localidades piloto; (ii) análise dos resultados; (iii) análise do método proposto; e (iv) edição do relatório de recomendações.

22. Discussão plenária

Com relação aos indicadores do Pacto pela Saúde, ficou claro que a contribuição da RIPSA, até este momento, limitou-se a apoiar o desenvolvimento de tecnologia para captação e sistematização dos dados e informações, para serem disseminados na Sala de Situação do Ministério da Saúde. A RIPSA não foi ainda demandada para contribuir na análise de consistência, no aprimoramento da qualidade ou no monitoramento dos indicadores do Pacto, os quais são estabelecidos segundo objetivos, metas e processos da gestão tripartite do SUS, não necessariamente alinhados com os propósitos da RIPSA.

No entanto, essa aproximação inicial com a RIPSA já produziu importantes e rápidos avanços para o monitoramento dos indicadores do Pacto, embora os recursos tecnológicos que foram utilizados já estivessem disponíveis há muitos anos no DATASUS (TABNET e Cadernos municipais). Observou-se que a ferramenta utilizada pode ser aprimorada com a utilização de cores indicativas de graus de cumprimento das metas do Pacto.

A compatibilização dos indicadores do Pacto com os da RIPSA é desejável, e tende a se tornar mais relevante com a implementação da iniciativa “RIPSA no Estado”. Está em andamento, nos cinco Estados piloto, um processo de produção de Indicadores e Dados Básicos (IDB) que busca desenvolver metodologias para desagregação dos dados por municípios, compatibilizado com a RIPSA nacional. A repactuação pretendida para 2011 deveria considerar esses fatores.

Com relação à plataforma de indicadores, Márcia Marinho esclareceu que não se trata apenas de um software, mas de um serviço que envolve equipes e processos, com documentação de processos de trabalho para reprodução em outra escala. A certificação de

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qualidade nos macro-processos deverá ocorrer de acordo com as recomendações das instâncias técnicas e deliberativas da RIPSA

VIII PAINEL 4 – RIPSA NO ESTADO

Este painel foi coordenado por André Luis Bonifácio de Carvalho (SEGEP/MS) e teve por objetivo apresentar a situação atual da iniciativa conduzida pelo Comitê Temático Interdisciplinar “RIPSA no Estado”, que se reuniu no dia 26 de outubro, antecedente à abertura da 21ª OTI. O painel constou de duas apresentações, uma da coordenadora do CTI sobre o processo nacional, e outra que sintetizou a situação atual dos processos estaduais.

23. Comitê Temático Interdisciplinar (CTI-EST)

Ilara Moraes recordou a composição do CTI criado em 2007, no qual estão amplamente representados os órgãos do Ministério da Saúde responsáveis por iniciativas que apóiam o desenvolvimento do SUS nas esferas estadual e municipal. Ao se iniciarem experiências piloto em cinco Estados – Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Tocantins – os coordenadores estaduais da RIPSA reforçam e ampliam a dinâmica do CTI. No mundo atual, a informação permeia interesses econômicos, político-sociais e da ciência e tecnologia, que se interrelacionam. Coexistem problemas de ordem política, de gestão, técnica, tecnológica, de formação profissional e epistemológica. Uma questão que se coloca é como a informação e suas tecnologias podem contribuir para um processo democrático emancipador e, ao mesmo tempo, serem macro-função estratégica da gestão do SUS, comprometida com a melhoria da saúde da população.

Sem perder a dimensão desses desafios, a RIPSA no Estado procura se concentrar em questões consideradas essenciais, a partir da interação e do diálogo (OTI Nacional, CTI RIPSA no Estado, e Estados-piloto). O processo tem como referências a criatividade e a solidariedade entre os parceiros. Em 2008, cuidou-se da sensibilização e disseminação pedagógica da “metodologia RIPSA”. Em 2009, iniciou-se a implementação da metodologia. Em 2010, surgiram os primeiros frutos e, também, novos desafios.

Trata-se de inovar na construção de “respostas novas” a antigos e novos problemas, por meio da metodologia RIPSA. “Respostas novas” requerem o alcance de consenso para assegurar orientação coerente e participação organizada das instâncias políticas e técnicas nacionais e estaduais.

Em relação ao IDB/UF, pareceu haver consenso em relação às seguintes recomendações: (i) não poderá ser publicado dado/indicador do Estado diferente do nacional; (ii) o dado/indicador do estado deve ser igual ao último publicado pelo IDB/Nacional; (iii) se o dado/indicador do Estado for o melhor disponível, remeter a questão para o CGI nacional correspondente que recomendará, por consenso com a participação do coordenador do CGI estadual, qual o dado/indicador a ser publicado; (iv) os estados atualizarão o IDB/UF eletrônico nos moldes das atualizações nacionais; (v) a coordenação/UF encaminha para os

Referências

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